Página 6 Qualidade dos animais garantiu comercialização positiva na 26ª Feovelha A 26ª Feira e Festa Estadual da Ovelha (Feovelha) fechou com comercialização positiva em Pinheiro Machado. De 28 a 31 de janeiro foram comercializados R$ 660.144,00 com a venda de 5.023 ovinos, o que representa um preço médio, por animal, de R$ 131,42. Para o presidente do Sindicato Rural do município, Max Garcia, os números mostraram a valorização da ovinocultura no Rio Grande do Sul. “Com menor número de animais comercializados se obteve faturamento muito próximo à edição passada”, comentou. Em 2009, foram vendidos 7.256 animais com receita de R$ 720 mil. Segundo o Sindicato Rural de Pinheiro Machado foram ofertados 6.200 animais e se não fosse a chuva, que reduziu a oferta de ovinos, este ano, a comercialização teria alcançado a cifra de R$ 1 milhão. Nas vendas realizadas no último dia, no parque Charrua, o animal mais valorizado foi um borrego Merino, vendido pelo Condomínio Votinha, de Barra do Quaraí, para Clóvis Adam Silva por R$ 3.000,00. Os rema- tes das raças Corriedale e Ideal, no dia 30, resultaram na venda de 130 ovinos e arrecadação de R$ 138.720,00. O animal mais valorizado foi um borrego Corriedale vendido por Florício Soares, da Cabanha Paraísos, de Pedras Altas, para José Guilherme Ilarra, comercializado por R$ 4.000,00. Nas vendas do remate geral, realizado em 28 de janeiro, o cenário foi de pista praticamente limpa e compradores de diversos estados do Brasil realizando lances. Foram vendidos 4.746 animais das raças Corriedale, Texel, Ideal e Merino Australiano com um faturamento de R$ 417.584,00. Na proporção, o lote mais valorizado do remate, composto por 20 borregas Texel, foi adquirido por Edo Osvaldo Mallmann por R$ 6.300,00 mil. Os dois lotes mais caros, um formado por 60 cordeiras Texel e o outro por 75 borregas Merino Australiano, foram adquiridos, respectivamente, por Daniel Oliveira Machado e José Érico Souto, ambos ao preço de R$ 9.000,00. A venda de 722 cordeiros, borregas e ovelhas Texel movimentou Pinheiro Machado negociou R$ 660 mil com a venda de 5.023 ovinos R$ 86.448,00 o que representou preço médio unitário para a raça de R$ 119,73. O volume arrecadado com a comercialização de 2.047 cordeiros, borregas e ovelhas da raça Corriedale foi de R$ 172.171,00; preço médio, por animal, de R$ 84,01. A comercialização de 924 cordeiros, borregas e ovelhas da raça Merino Australiano rendeu R$ 75.562,00; preço médio de R$ 81,77. Na raça Romney Marsh foram ofertadas 95 ovelhas ao valor de R$ 7.695,00; preço médio de R$ 81,00, e a venda de cordeiros, borregas e ovelhas Ideal movimentou R$ 58.833,00. Para o presidente da Comissão de Ovinos da Farsul, Glê- nio Prudente, o resultado da Feovelha demonstra o termômetro que vai ocorrer na temporada. “Tivemos liquidez tanto nas vendas do rebanho geral quanto nos animais a galpão.” A abertura oficial da 26ª Feovelha ocorreu em 30 de janeiro com presença de autoridades do Executivo gaúcho, Legislativo municipal, estadual e federal. Pela Farsul, participou o vice-presidente Gedeão Pereira que destacou o crescimento da mostra. “A cada ano a Feovelha melhora e nesta edição chama atenção sua apresentação. Pinheiro Machado, hoje, é reconhecido como um pólo de desenvolvimento do ramo”, analisou. Fundesa O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária do Estado do Rio Grande do Sul (Fundesa) arrecadou R$ 5.239.447,85 de janeiro a dezembro de 2009, período que totalizou saídas de R$ 1.186.076,04. Conforme dados divulgados em assembleia entre conselheiros, ocorrida em 15 de janeiro, em Porto Alegre, os desembolsos foram utilizados em investimentos no sistema de defesa sanitária animal e no pagamento de indenizações. As maiores aplicações, por cadeia produtiva, foram destinadas ao Fundesa Leite, que recebeu R$ 410.099,82. Segundo o presidente do Conselho Técnico Consultivo da Pecuária de Corte da Farsul, Fernando Adauto, a quantia foi destinada ao pagamento de indenizações referente a casos de tuberculose, no Rio Grande do Sul. O Fundesa Aves recebeu R$ 278.090,73 e o Fundesa Suínos R$ 243.855,91. Em relação a 2008 houve incremento de 54,5% no número de receitas quando foram arrecadados R$ 4.673.204,59. Os saldos em conta corrente e em aplicações, em 2009, somaram R$ 15.241.332,74. Mapa e CNA lançam projeto para proteger biomas “A agricultura tem que ser mais agressiva para participar dos processos de decisão”, afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, no lançamento do Projeto Biomas, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O programa é uma parceria entre o Ministério da Agricultura (Mapa), a Embrapa e a CNA para promover a proteção e o uso sustentável dos biomas brasileiros, sem comprometer a produção agropecuária. Durante a assinatura do termo de cooperação técnica, o ministro afirmou que o projeto demonstra o interesse das lideranças agrícolas em estudar questões ambientais e sustentáveis, com fundamentação científica. “O setor produtivo está ajudando a financiar projetos, em parceria com a Embrapa, para verificar como a agricultura pode contribuir mais na conservação dos biomas”, explicou. Um dos objetivos do Projeto Biomas é a criação de uma rede de manejos de Áreas de Preservação Permanentes (APPs), Áreas de Uso Alternativo (AUAs) e reserva legal. Além disso, serão adotados parâmetros para definir a largura de APPs, principalmente as fluviais, levando em consideração características de solo, clima, flora e fauna. Está prevista a realização de estudos para recuperar áreas de cobertura nativa em propriedades rurais, com mecanismos que garantam, simultaneamente, geração de renda para o produtor. O trabalho vai envolver mais de 200 pesquisadores da Embrapa e de universidades, em estudos específicos para cada bioma: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Ainda na ocasião, o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, assinou o plano de trabalho para execução da Plataforma de Governança Aplicada à Agricultura e Pecuária, cooperação firmada pelo Mapa e a CNA, em outubro deste ano. O propósito do projeto é tornar mais ágil o desenvolvimento de programas e soluções para o agronegócio brasileiro.