PREVENÇÃO DE
DOENÇAS
TRANSMITIDAS POR
ANIMAIS DE
COMPANHIA
Ana Ribeiro - Cátia Monteiro - Mª Francisca Santos Carvalho
“... qualquer animal detido ou destinado a ser
detido pelo homem, designadamente, no seu lar,
para seu entretenimento e companhia.”
Os animais de companhia marcam uma presença
importante no seio familiar.
São companheiros de brincadeiras e de aprendizagens
São terapeutas
Ajudam a combater o stresse e o isolamento
mas
São uma porta aberta a infecções!
Fonte: ANF, Animais sem parasitas, amigos saudáveis , Abril 2008
Importância
do
Farmacêutico
Para quem tem um animal de companhia, é na Fármacia que
encontra profissionais habilitados a prestar esclarecimentos
sobre:

as doenças mais comuns que afectam os animais;
 formas de contágio e de prevenção e tratamento para
desfrutar com toda a segurança do seu companheiro.
O farmacêutico deve encaminhar, sempre que
necessário, o animal para o veterinário.
Fonte: ANF, Animais sem parasitas, amigos saudáveis , Abril 2008
Dados epidemiológicos
OMS:
1/3 da mortalidade humana em todo mundo é devida a doenças do foro
infeccioso e parasitário.
DL 314/2003 de 17 de Dezembro:
A raiva*, a equinococose/hidatidose*, a leishmaniose* e a
leptospirose* são zoonoses de risco que podem ser transmitidas ao ser
humano pelos carnívoros domésticos.
* - Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) –
Portaria nº 1071/98 de 31 Dez
Figura 1 – Taxas de incidência para os períodos
1992-96 e 2004, de DDO, potencialmente
transmitidas por animais de companhia.
Taxa de incidência /105
Fonte: gráfico construído com base nos dados da DGS
Enquadramento legal
Decreto-Lei nº 314/2003 de 17 de Dezembro
Artigo 1º
O presente diploma aprova o Programa Nacional de Luta e Vigilância
Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses (PNLVERAZ), constituído pelo
conjunto de acções de profilaxia médica e sanitária destinadas a manter o
estatuto de indemnidade do país relativamente à raiva e o desenvolvimento
de acções de vigilância sanitária com vista ao estudo epidemiológico e
combate às outras zoonoses, e estabelece as regras relativas à posse e
detenção, comércio, exposições e entrada de animais susceptíveis à raiva em
território nacional.
Artigo 3º - Detenção de cães e gatos
 O alojamento de cães e gatos em prédios urbanos, rústicos ou mistos, fica
sempre condicionado à existência de boas condições do mesmo e ausência
de riscos hígio-sanitários relativamente à conspurcação ambiental e doenças
transmissíveis ao homem.
 Nos prédios urbanos podem ser alojados até três cães ou quatro gatos
adultos por cada fogo, não podendo no total ser excedido o número de quatro
animais, excepto se for autorizado pelo médico veterinário municipal e pelo
delegado de saúde.
Enquadramento legal
Portaria nº81/2002 de 24 de Janeiro
Aprova as normas técnicas de execução regulamentar do Plano Nacional de Luta
e Vigilância Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses (PNLVERAZ).
 Obrigatoriedade da vacinação anti-rábica.
 Uma vez declarada a obrigatoriedade da vacinação anti-rábica, ficam sujeitos a
esta todos os cães com três ou mais meses de idade.
 A DGV pode determinar, em determinados concelhos ou áreas, a execução de
acções de carácter sanitário para efeitos do controlo de outras zoonoses em
canídeos.
Quais os perigos?
O contacto com animais de companhia tem os seus riscos:
 Alergias:
 Pêlos
 Secreções
 Zoonoses:
 Ectoparasitas
 Endoparasitas
Fonte: ANF, Animais sem parasitas, amigos saudáveis , Abril 2008
Os parasitas, ameaça para a
saúde?
O que são parasitas?
Os parasitas
são seres que sobrevivem à custa de outros (os
hospedeiros) – fixam-se à pele ou aos pêlos (ectoparasitas), ou
alojam-se no interior do corpo (endoparasitas).
Ameaça saúde do
animal
Fonte: ANF, Animais sem parasitas, amigos saudáveis , Abril 2008
Ameaça saúde do
homem
 Crianças
Grupos de risco

Idosos

Grávidas

Pessoas com o sistema de defesa diminuído
(imunodeprimidas)
são mais vulneráveis a este contágio, devendo ter particular
cuidado no contacto com os animais e ambientes potencialmente
contaminados.
Fontes: Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (www.lpda.pt)
Cão
Desinfestação
Pulgas
Carraças
Ácaros
Echinococcus granulosus
Toxocara canis
Ancylostoma sp.
Dipylidium caninum
Leishmania spp
Leptospira sp.
Rhabdovírus
Desratização
Para proteger
animal
Desparasitação
Redes mosquiteiras
Não pernoitar na rua
Repelentes de
insectos
Para proteger
o Homem:
Vacinação
Tratamento dos animais
 Evitar o contacto com as secreções dos animais
(urina, saliva, sangue, fezes)
 Higiene da habitação.
Fontes: Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (www.lpda.pt)
Gato
Pulgas
Toxoplasma gondii
Toxocara cati
Para proteger
animal
Desparasitação
Não alimentar os gatos com
carne crua (aquecer a carne
pelo menos a 66º C ou
alimentos secos ou
enlatados)
Para proteger o Homem:
Manter a caixa de areia
 Lavar as mão depois de contactar com limpa
gato ou tudo o que o envolve e quando
contacta com carne crua e alimentos crus.
 Comer carne bem passada, lavar bem
alimentos crus; evitar produtos lácteos não
pasteurizados.
Fontes: Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (www.lpda.pt)
Gato
Grávida
 Evitar contacto com gatos;
 Se não estiver imune à toxoplasmose, deve fazer
análises cada 3 meses;
 Caso
sinta
febre,
dores
musculares
ou
gânglios
dolorosos na região do pescoço deve recorrer ao seu
médico de família.
Fontes: Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (www.lpda.pt)
Roedores
Céstodes
Virus da Coriomeningite linfocítica
Leptospira sp
Para proteger o Homem:
Para proteger
animal
Desparasitação
Vacinação
 Tratamento dos animais
 Evitar o contacto com as secreções dos
animais (urina, saliva, sangue, fezes)
 Higiene da habitação
 Lavar as mãos após manusear
os
animais, gaiolas e pratos
 Os animais não devem ter acesso à
cozinha
 Não beijar os animais
Fonte: ANF, Cuidados a ter com os animais de companhia, 2008
RÉPTEIS
Salmonella
(são reservatórios
naturais)
Para proteger o Homem:
 Lavar as mãos com sabão após com o
contacto com réptil ou com os objectos,
Evitar o contacto de pessoas susceptíveis
Fonte: ANF, Cuidados a ter com os animais de companhia, 2008
Aves
Chlamydophila psittaci
Para proteger
animal
Cryptococcus neoformans
Higiene dos recintos
Para proteger o Homem:
 Tratamento do animal infectado
Quarentena de indivíduos novos e
suspeitos de, no mínimo 30 dias
Boa alimentação
 Higiene das gaiolas
 Uso de luvas e máscara durante a
limpeza das gaiolas
Fonte: ANF, Cuidados a ter com os animais de companhia, 2008
Peixes
Mycobacterium marinum
Para proteger
animal
Higiene dos aquários
Alimentação variada e de boa qualidade
Isolamento ou a eliminação de todos suspeitos
contaminados.
Para proteger o Homem:
 Usar luvas na limpeza dos aquários
 Isolar e tratar os peixes infectados
Fonte: ANF, Cuidados a ter com os animais de companhia, 2008
VACINAR é necessário
A maneira mais segura para cuidar da saúde de seu animal de
estimação é vaciná-lo regularmente, seguindo a orientação
de um médico veterinário.
Enquanto ele não estiver adequadamente vacinado, tome alguns
cuidados:
- Não o deixe sair à rua ou locais públicos que podem estar contaminados.
- Evite o contacto com animais adultos não vacinados.
- Ao levá-lo ao médico veterinário, mantenha-o no colo, distante de outros cães.
Fonte: Bayer Health-care (www.bayervet.bayer.pt)
Esquema de vacinação
Para cães:
Aos 45-60 dias - 1ª dose vacina múltipla (esgana, hepatite vírica
por adenovírus, leptospirose, coronavirose, parvorvirose e tosse
do canil).
Aos 75-90 dias - 2ª dose vacina múltipla.
Aos 105-120 dias - 3ª dose vacina múltipla.
A partir dos 4 meses - Vacina anti-rábica.
Vacinar os cães anualmente com uma dose de vacina
óctupla e vacina anti-rábica. Realizar a desparasitação
gastrointestinal na altura de cada vacinação.
Para gatos:
Aos 60 dias - 1º dose da vacina tríplice ou quádrupla felina
(contra coriza, panleucopénica, leucose felina)
Aos 90 dias - 2ª dose da tríplice ou quádrupla felina
Aos 120 dias- 3ºdose dose da tríplice ou quádrupla felina
A partir dos 4 meses - vacina anti-rábica
Vacinar os gatos anualmente com uma dose de tríplice
felina e anti-rábica. Realizar a desparasitação
gastrointestinal na altura de cada vacinação.
mas também... DESPARASITAR
Cães e gatos são muito mais do que animais de companhia,
para muitas pessoas é como se fossem da família. E, como
qualquer outro membro da família, devem ser mantidos
saudáveis.
Como?
Fonte: Bayer Health-care (www.bayervet.bayer.pt)
Passa por manter os parasitas
à
distância,
através
da
desparasitação, administrando
regularmente
medicamentos
eficazes contra um ou mais
parasitas.
Desparasitação
Nos animais mais jovens:


A partir das seis semanas de vida;
de 15 em 15 dias, até aos três meses
(alguns já nascem com parasitas,
transmitidos pela mãe,outros adquirem-nos através do colostro e leite maternos).
 Nos animais adultos depende:
 Idade e do estado fisiológico do animal
 Dieta
(gestação, amamentação);
(rações comerciais, comida enlatada, restos de comida, vísceras, etc.)
 Ambiente
(se vive permanentemente no exterior/casa/ambos, e do tempo que passa no
exterior);
 Estilo de vida
(ou seja o tipo, intensidade e local onde pratica exercício, se está em
contacto com outros animais, ou se é um animal de caça, de guarda ou de pastoreio);
Em regra, os animais podem ser desparasitados de 3 em 3 ou de 4
Fonte: Bayer Health-care (www.bayervet.bayer.pt)
em 4 meses.
Desratizar e desinfestar – porquê?
Porque os ratos são portadores de organismos causadores de doença que podem
perturbar a saúde do Homem e dos animais que vivem com eles.
Eliminar os ratos: empresas especializadas, armadilhas
Evitar o seu aparecimento:
- acondicionar o lixo em locais elevados do solo e tapado
- retirar e lavar os vasilhames do cão/gato todas noites
LEPTOSPIROSE
- manter os terrenos baldios limpos e desmatados
- fechar buracos de telhas, paredes e rodapés
Porque os mosquitos podem ser vectores de transmissão de doenças aos animais
de companhia, podendo estes transmitir a doença. Os mosquitos possuem elevada
capacidade de proliferação e a facilidade de dispersão.
Eliminar os mosquitos: empresas especializadas, pulverizadores de insecticida,
equipamento especializado
LEISHMANIOSE
Prevenir infestações
A saúde do animal passa também por prevenir as infestações
de pulgas, carraças e outros parasitas externos.
 Coleiras insectidas;
 Soluções para unção,
 Sprays,
 Pós
 Pipetas para aplicar na pele (spot-on)
Fonte: Bayer Health-care (www.bayervet.bayer.pt)
são algumas das
alternativas disponíveis
para cães e gatos,
oferecendo protecção
por períodos variáveis
consoante o produto.
Proteger toda a família
Escolher os animais cuidadosamente
Vacinar, desparasitar, desratizar, desinfestar
Manter os animais afastados da cozinha
Manter área do animal sempre limpa
Alimentar correctamente o animal
Lavar sempre as mãos depois de contactar com os animais
Evitar a exposição de pessoas susceptíveis
Ensinar as crianças a lidar com os animais
Fonte: ANF, Animais sem parasitas, amigos saudáveis , Abril 2008
Contactos úteis
Liga Portuguesa dos Direitos do Animal - www.lpda.pt
Rua das Vinhas, 18
4760-661 V.N.Famalicão
Email:[email protected]
Tel.: 252 310 361
Fax.: 252 310 362
Sociedade Protectora dos Animais do Porto - www.spaporto.pt
Rua Sociedade Protectora dos Animais, 40
4350-325 Porto
Email: [email protected]
Telefone: 225 89 80 90
Fax: 225 10 06 49
Portal dos Profissionais de Medicina Veterinária - www.veterinaria-actual.pt
Rua Basílio Teles nº 35 – 1º Dto
1070-020 Lisboa
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Telefone: 210 033 800
Fax: 210 033 888
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Doenças transmitidas por animais de companhia.