Nível de conhecimento, das famílias das crianças do Centro de
Educação Infantil Joanna de Angelis, Tubarão - SC, sobre as doenças
de cães e gatos que podem ser transmitidas a seres humanos.
Área de conhecimento: Ciências Médicas e da Saúde.
Rene Darela Blazius¹, Giovanna Luísa Olivieri², Thaís Batista².
¹Professor Orientador – PUIC – Universidade do Sul de Santa Catarina
² Acadêmicas do curso de Medicina – Universidade do sul de Santa Catarina
Campus – Regional Sul
Introdução
Resultados
Gráfico 1 - Número e porcentagem das amostras analisadas
Os animais de estimação vêm ocupando importante espaço na sociedade moderna.
Cães e gatos, conquistaram o carinho, a confiança e a amizade do homem ao longo
dos tempos e, devido a isso, passaram a partilhar um espaço, antes inacessível, na
casa de seus donos, mantendo um íntimo contato com os mesmos.03 Com isso, a
possibilidade de veicularem e/ou transmitirem doenças muitas vezes é ignorada pelos
seus proprietários.02
Zoonoses podem ser definidas como doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos.01
As infecções humanas por parasitas potencialmente zoonóticos ocorrem em todo o
mundo, atingindo principalmente crianças abaixo de 10 anos de idade, com pico entre
um e quatro anos.
Nas escolas de ensino infantil, a areia das áreas de lazer podem constituir via de
transmissão para as várias zoonoses parasitárias, representando risco potencial para
as crianças que brincam nesses locais.4 Dentre essas zoonoses encontramos a larva
migrans visceral (LMV) que resulta da migração de larvas de helmintos, principalmente
a Toxocara canis e T. cati, nos tecidos, e a larva migrans cutânea (LMC), causada pela
migração de larvas de nematódios, principalmente Ancylostoma sp, na pele.
Após a ingestão de ovos larvados, a LMV invade a parede intestinal migrando para as
vísceras em geral, onde exercem suas funções patogênicas: lesões de pele
pruriginosas, pápulas eritematosas, hipereosofilia, fraqueza crônica, dor abdominal,
lesões hepáticas e pulmonares, levando a uma resposta inflamatória imune. A LMC,
penetra ativamente na pele do homem e caminha no tecido subcutâneo provocando
uma erupção linear e tortuosa na pele, geralmente muito pruriginosa.º³
A incidência dessas doenças é grande nos países em desenvolvimento, onde as
características sociais e econômicas são fatores determinantes para sua propagação,
e os aspectos ambientais, como o saneamento básico, além de contribuírem para a
ocorrência, dificultam o controle por permitirem a disseminação dos agentes através da
água da chuva e da poeira, e portanto, crianças pertencentes a classes mais pobres,
vivendo em condições higiênicas desfavoráveis, são mais susceptíveis. 01
Objetivos
Objetivo Geral
Avaliar o conhecimento dos familiares das crianças matriculadas no Centro de
Educação Infantil Joanna de Angelis, Tubarão-SC, sobre as doenças que podem ser
transmitidas pelas fezes de cães e gatos.
Gráfico 2 – Demonstra os números e porcentagens de parasitismo único e/ou em
associação
Conclusões
Este projeto detectou a presença de parasitoses nos animais das famílias abordadas,
e as orientou quanto aos cuidados necessários com os seus animais afastando
fatores de risco, além de contribuir para tratamento de animais parasitados e a
realização de uma intervenção educativa, pois com conscientização e
responsabilidade os donos usufruirão dos benefícios que os animais podem
proporcionar na relação com o ser humano.
Objetivos Específicos
Investigar a presença de enteroparasitas de potencial zoonótico em amostras fecais
de cães e gatos;
Verificar a freqüência com que esses animais são everminados;;
Avaliar os cuidados com a higiene desses animais.
(01) Hélio Langoni, MSc, PhD, Sanitary Veterinarian Article - Zoonoses and human beings. Journal
of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases. J. Venom. Anim. Toxins incl. Trop.
Dis v.10 n.2 Botucatu 2004.
Metodologia
(02) Renata Golçalvez Martins Meditch. Mestre em saúde pública. Doenças transmitidas por
animais de companhia: a desinformação como um risco em saúde.
Coleta única de amostras fecais dos animais de estimação das 26 famílias das
crianças do CEIJA no período de agosto à dezembro de 2007;
Aplicação de um questionário com o intuito de avaliar o conhecimento da família sobre
os cuidados adequados com seus animais domésticos, condições de habitação e
higiene para com os mesmos;
Análise de um total de 43 amostras fecais dos cães e gatos domiciliados, de idades
variadas e ambos os sexos;
(03) Dioclesio Campos Junior, Guita Rubinsky Elefant, Elisabeth Ourique de Melo e Silva, Leonora
Gandolfi, Cristina Miuki Abe Jacob, Aline Tofeti e Riccardo Pratesi – Freqüência de soropositividade
para antígenos de Toxocara canis em crianças de classes sociais diferentes. Revista Brasileira de
Medicina Tropical, agosto 2003.
Bibliografia
(04) Nunes, Cáris M et al. Ocorrência de larva migrans na areia de áreas de lazer das escolas
municipais de ensino infantil, Araçatuba, SP, Brasil. Rev. Saúde Pública, Dez 2000, vol.34, n°.6,
p.656-658.
(05) Silvana D. P. FigueiredoI; José A. A. C. TaddeiII; Joaquim J. C. MenezesIII; Neil F. NovoIV;
Elizabete O. M. SilvaV; Helena L. G. CristóvãoVI; Maria C. F. S. CuryVII Estudo clínico-epidemiológico
da toxocaríase em população infantil J. Pediatr. (Rio de J.) v.81 n.2 Porto Alegre mar./abr. 2005.
(06) Cathia Maria Barrientos Serra, Claudia Maria Antunes Uchoa e Rafaela Alonso Coimbra. Artigo
– Exame parasitológico de fezes de gatos domiliciados e errantes da região metropolitana do RJ,
Brasil. Revista da sociedade brasileira de medicina tropical, junho de 2003.
(07) http://www.diagnosticosdaamerica.com.br/exames/parasitose_intestinais.shtml
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