16 Segunda-feira, 6 de outubro de 2014 Bega godóy [email protected] Begair Godoy Luis Carlos Cruz Não fosse a cirurgia na coluna aos 20 anos, Luis Carlos Figueiredo Cruz, de 50 anos, ainda estaria em Lages, sua cidade natal. Ter feito história sendo gandula, jogando e treinando o Inter de Lages, na década de 1980, é pouco para ele, um visionário e apaixonado pela cidade. Cruz ainda sonha em ser presidente do Leão Baio. Ele saiu de Lages, mas a ligação com o esporte permaneceu. Há dois anos, ele coordena o time Bom de Bola Futebol Clube em Abelardo Luz– projeto mantido pela Parati que tem como proposta formar cidadãos e transformar vidas. “Como educador lido com sonhos. Escolhi este caminho. Hoje comando esse projeto fantástico que prima pela formação de atletas Tenho 40 meninos e somos os atuais campeões estaduais da sub 15”, explica Cruz adianta que os meninos encontram no Centro de Treinamento da Parati toda a infraestrutura que necessitam. “Preparamos os meninos para daqui a pouco estarem servindo a seleção brasileira. Não temos a preocupação de formar somente atletas, formamos cidadãos. Nosso distintivo é respeitar as diferenças trazendo para o futebol uma nova mensagem”, afirma. Para consolidar o projeto, Cruz conta que desde a sua construção passaram-se mais de dois anos. “No quinto ano estaremos aptos a colocar os meninos no mercado. Não vamos queimar etapas”, diz ele. Talento. Em Lages, se destacou co- mo profissional nos times do Clube Caça e Tiro 1º de Julho e no Hélio Moritz e logo recebeu a chance de defender as camisas do Novo Hamburgo/RS e do Grêmio/RS. Aos 27 anos, assumiu o time principal do Leão da Ilha. “Fui um dos mais jovens técnicos do Brasil e essa era uma situação delicada, porque em alguns momentos estive à frente de jogadores mais velhos do que eu”, lembra o profissional que também teve experiências no nordeste do país e nos Emirados Árabes. Paixão pelo futebol. Luis Carlos costuma dizer que aprendeu a gostar de esporte no ventre da mãe. “Meus pais eram apaixonados por futebol e gostavam do Guarani. Eles viajavam com o time”, diz ele. O envolvimento do casal era tamanho Luis Carlos coordena o time Bom de Bola Futebol Clube, em Abelardo Luz, mas tem imensa ligação com Lages, sua terra natal que quando nasceu um dos filhos, o time todo foi na maternidade visitar o bebê. Filho do meio de uma família de sete irmãos, Luis Carlos sofreu muito quando teve que deixar o futebol. O consolo foi dedicar-se aos estudos. Tornou professor de educação física e especialista no assunto. Usou a sua habilidade como centroavante nos tempos do treinador Setembrino para captar talentos e transformar vidas. Sou feliz porque o Inter retomou o caminho. Nasci sob o manto sagrado do Leão Baio. Merecemos um representante na elite do futebol catarinense em 2015” Lages tem uma magia diferente. É coisa da gente da terra, bem próximo da nossa origem, de serrano acolhedor e que apaixona quem aqui vem” Lio Marin Procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina