O Estado de São Paulo no Censo 2010
Elaboração : Suzana Pasternak
Colaboraram Lucia Maria Machado Bógus e Eliana Rodrigues
Introdução
O Estado de São Paulo atinge, em 2010, uma população de 41.252.162 habitantes,
95,94%% vivendo em áreas urbanas e 58,53% nas suas áreas metropolitanas
institucionais; São Paulo, Santos e Campinas. O grau de urbanização no Estado de São
Paulo é alto, bem maior que a da Região Sudeste, de 92,95% e a do Brasil, de 84,36%,
mostrando um estado com população rural reduzida, de apenas 1.676.948 pessoas em
2010. A urbanização no estado de São Paulo é crescente: a proporção de população
urbana era, em 1950, de 52,59%, subindo para 88,65% em 1980, 93,41% em 2000 e
atingindo em 2010 o percentual de 95,94%.
Tabela 1: Grau de urbanização, Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo, em
% da população total
ano
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
Brasil
Sudeste ESP
36,16
47,55
52,59
45,08
57,36
62,81
55,98
72,76
80,36
67,70
82,83
88,65
75,47
88,01
92,79
81,23
90,52
93,41
84,36
92,95
95,94
Fonte: Censos Demográficos de 1950 a 2010
O peso da população paulista no total da população brasileira subiu até o ano de 1980,
quando São Paulo possuía quase metade da população do Brasil. Desde então, esta
proporção vem descendo lentamente, representando hoje quase 22% da população
brasileira (Tabelas 2 e 3). Até o decênio de 2000-2010 as taxas de crescimento da
população paulista eram sempre maiores que as taxas brasileiras (Tabela 4). O
incremento absoluto da população paulista na primeira década de 2000 foi de 4.219.758
pessoas. Grande proporção deste incremento se deu nas 3 regiões metropolitanas
institucionais: São Paulo, Campinas e Santos, com aumento de 2.455.441 moradores
entre 2000 e 2010, ou seja, mais de 58% do aumento da população estadual entre 2000 e
2010 aconteceu nas regiões metropolitanas, indicando, além de urbanização,
concentração populacional. As 3 regiões metropolitanas institucionais são responsáveis
1
por 58,53% da população do Estado em 2010 (este valor era de 58,57% em 2000,
indicando estabilidade na proporção das metrópoles na população estadual). A Região
Metropolitana de São Paulo vem diminuindo muito lentamente seu peso na população
do Estado: chegou a representar quase a metade da sua população em 1980, chegando
em 2010 a 47,72% (Tabela 3)
Tabela 2: População do Brasil do Estado de São Paulo, da Grande São Paulo e do
Município de São Paulo, 1872-2010
data
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
Brasil
9.930.478
14.333.915
17.438.434
30.635.605
41.236.315
51.944.397
70.992.343
94.508.583
121.150.573
146.917.459
169.590.693
190.755.966
ESP
837.354
1.384.753
2.282.279
4.592.188
7.180.316
9.134.423
12.974.699
17.958.693
25.375.199
31.546.473
37.032.403
41.252.162
GSP
MSP
1.568.045
2.688.901
4.791.245
8.139.730
12.588.745
15.446.932
17.878.703
19.683.975
31.385
64.934
239.820
579.033
1.326.261
2.198.096
3.825.351
4.978.977
8.587.665
9.626.894
10.405.867
11.253.503
Fonte: Censos Demográficos de 1872 a 2010; em alguns anos, é fornecida a população
presente.
Tabela 3: Proporção da população, diversas bases, 1872 – 2010
data
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
ESP/Brasil
GSP/ESP
GSP/Brasil MSP/ESP MSP/GSP
8,43%
3,75%
9,66%
4,69%
13,09%
10,51%
14,99%
12,61%
17,41%
21,84%
3,80%
18,47%
84,58%
17,59%
29,44%
5,18%
24,06%
81,75%
18,28%
36,93%
6,75%
29,48%
79,84%
19,00%
45,32%
8,61%
27,72%
61,17%
20,95%
49,61%
10,39%
33,84%
68,22%
21,47%
48,97%
10,51%
30,52%
62,32%
21,84%
48,28%
10,54%
28,10%
58,20%
21,63%
47,72%
10,32%
27,28%
57,17%
Fonte: Censos Demográficos de 1872 a 2010
As taxas históricas de crescimento populacional do Estado de São Paulo sempre foram
superiores as taxas brasileiras, até a década de 200-210, como mostra a Tabela 4. Assim,
é na primeira década do século XXI que a taxa de crescimento da população brasileira
supera a paulista: a brasileira com valor de 1,18% ao ano, e a paulista com 1,08%
2
anuais. Observa-se também o declínio de 40% no valor da taxa de incremento
populacional da Região Metropolitana de São Paulo, que até 1991 costumavam ser
superiores à taxa estadual. Este declínio deve-se sobretudo à diminuição do crescimento
do município sede
Tabela 4: Taxas anuais de crescimento populacional, Brasil, Estado de São Paulo,
Grande São Paulo e Município de São Paulo, 1872-2010
intervalo Brasil
ESP
GSP
MSP
1872-1890
2,06%
2,83%
4,12%
1890-1900
1,98%
5,12%
13,96%
1900-1920
2,86%
2,86%
4,51%
1920-1940
1,50%
2,26%
4,23%
1940-1950
2,34%
2,44%
5,54%
5,18%
1950-1960
3,17%
3,57%
5,95%
5,70%
1960-1970
2,90%
3,30%
5,44%
2,67%
1970-1980
2,51%
3,52%
4,46%
5,60%
1980-1991
1,77%
2,00%
2,00%
1,04%
1991-2000
1,61%
1,80%
1,64%
0,87%
2000-2010
1,18%
1,08%
0,97%
0,79%
Fonte: Censos Demográficos de 1872 a 2010
Para analisar o perfil deste território, à luz dos primeiros resultados do Censo 2010,
neste texto será considerada a sua divisão mesoregional, suas regiões metropolitanas
institucionalizadas e o município de São Paulo. São 15 meso regiões que compõe o
tecido estadual:
1. Araçatuba, com 36 municípios; cidades mais importantes: Araçatuba, Andradina
2. Araraquara, com 21 municípios; cidades mais importantes: Araraquara, São
Carlos
3. Assis, com 35 municípios; cidade mais importante: Assis
4. Bauru, com 56 municípios; cidades mais importantes: Botucatu, Bauru, Barra
Bonita, Avaré, Jaú
5. Campinas, com 49 municípios; cidades mais importantes: Americana, Amparo,
Campinas, Paulínia, Santa Bárbara d’Oeste, Serra Negra, Sumaré. Valinhos,
Vinhedo; neste meso região situam-se 16 dos 17 municípios que compõem a
Região Metropolitana de Campinas. Apenas um município, o de Itatiba, faz
parte da RMC e encontra-se noutra mesoregião, a Macro Metropolitana Paulista.
6. Itapetiniga, com 36 municípios; cidades mais importantes; Itapetiniga, Itapeva,
Tatuí
7. Litoral Sul Paulista, com 17 municípios; cidades mais importantes; Registro,
Itanhaém, Peruíbe, Cananéia. Nesta meso região estão 3 entre os 9 municípios
que integram a RM Baixada Santista: Itanhaém, Monguaguá e Peruíbe.
3
8. Macro Metropolitana Paulista, com 36 municípios; cidades mais
importantes:Atibaia, Bragança paulista, Itu, Ibiúna, Jundiaí, Porto Feliz, São
Roque, Sorocaba
9. Marília, com 20 municípios; cidades mais importantes; Marília, Tupã
10. Piracicaba, com 26 municípios; cidades mais importantes: Araras, Piracicaba,
Rio Claro
11. Presidente Prudente, com 54 municípios; cidades mais importantes: Presidente
Prudente, Presidente Venceslau, Adamantina
12. Ribeirão Preto, com 66 municípios; cidades mais importantes: Barretos,
Batatais, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Quatro
13. São José do Rio Preto, com 108 municípios; cidades mais importantes:
Catanduva, São José do Rio Preto
14. Vale do Paraíba Paulista, com 39 municípios; cidades mais importantes:
Aparecida, Campos do Jordão, Caraguatatuba, São Bento do Sapucaí, São José
dos Campos, Taubaté, Ubatuba
15. Região Metropolitana de São Paulo, com 47 municípios: os 39 da Grande São
Paulo (metrópole institucionalizada) e Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia
Grande, Santos e São Vicente, que compõe, com outros 3 da meso região Litoral
Sul Paulista, a Região Metropolitana da Baixada Santista
2. Distribuição da população
Mapa 1; Meso regiões do Estado de São Paulo
Mais de 64 % da população paulista se encontra nas meso regiões a leste: Vale do
Paraíba Paulista, Macro Metropolitana, Metropolitana de São Paulo e Litoral Sul
Paulista. A maior concentração situa-se na meso região Metropolitana de São Paulo,
4
com 51% da população estadual. É nesta meso região que se situa a região
institucionalizada da Grande São Paulo e parte da Região Metropolitana da Baixada
Santista. As duas meso regiões ao norte da meso região metropolitana de São Paulo,
Campinas e Piracicaba, concentram 12,5% da população do Estado. Percebe-se que
nestas 6 meso regiões residem 76,80% dos habitantes paulistas.Os outros 20% se
distribuem nas 8 outras meso regiões, apresentando certa concentração nas meso regiões
de Ribeirão Preto (5,76%) e São José do Rio Preto (3,80%). O incremento populacional
também se concentra nas primeiras meso regiões: as 4 meso regiões próximas à Grande
São Paulo com 62,94% do incremento estadual, e Campinas- Piracicaba com 15,89% do
aumento de população no intervalo 2000-2010.
Tabela 5- População total residente, incremento absoluto e relativo, taxa geométrica de
crescimento anual, segundo meso regiões geográficas. Estado de São Paulo, 2000 e
2010
população total
increemento
taxa de crescimento
meso regiões
2.000
2.010 % pop ESP 2010 2000-2010 relativo ao ESP
2000-2010
São José do Rio Preto
1.420.864 1.569.220
3,80
148.356
3,51
1,00
Araçatuba
635.539
695.801
1,72
60.262
1,42
0,91
Presidente Prudente
803.785
848.124
2,06
44.339
1,05
0,54
Ribeirão Preto
2.104.374 2.376.360
5,76
271.986
6,43
1,22
Araraquara
719.326
810.926
1,97
91.600
2,17
1,21
Bauru
1.309.586 1.454.111
3,52
144.525
3,42
1,05
Marília
418.121
440.058
1,07
21.937
0,52
0,51
Assis
517.504
553.778
1,34
36.274
0,86
0,68
Itapetininga
748748
824453
2,00
75705
1,79
0,97
Campinas
3271634
3785620
9,17
513986
12,15
1,47
Piracicaba
1218915
1377257
3,34
158306
3,74
1,23
Vale do Paraíba Paulista
1.992.110 2.264.594
5,49
272.484
6,44
1,20
Macro Metropolitanapaulista 2.250.585 2.644.519
6,41
393.934
9,31
1,63
Metropolitana de São Paulo 19.196.979 21.154.988
51,27 1.958.009
46,29
0,98
Litoral Sul Paulista
424.297
462.390
1,12
38.093
0,90
0,86
Estado de São Paulo
37.032.403 41.262.199
100,00 4.229.796
100,00
1,09
Fonte: IBGE Censos Demográficos de 2000 e 2010
Pode-se notar que as 3 meso regiões a oeste: Marília, Assis e Itapetiniga apresentam
taxas de crescimento bastante reduzidas, menores que a taxa estadual. Seu crescimento
absoluto foi de apenas 133.916 habitantes na década, pouco mais de 3% do incremento
estadual. Praticamente mantiveram seu peso relativo no estado: 4,41% da população em
2000 e 4,55% em 2010.
As 3 meso regiões a noroeste, São José do Rio Preto, Araçatuba e Presidente Prudente,
tinham 7,33% da população estadual em 2000 e 7,55% em 2010. Todas apresentaram
saldos positivos na década, e o seu crescimento absoluto foi de 252.957 habitantes,
5,98% do crescimento estadual. Estas meso regiões também apresentam taxas de
crescimento mais baixas que a média estadual: Presidente Prudente com 0,54% ao ano
no período 2000-2010, Araçatuba com 0,91% e São José do Rio Preto com 1,00%
anuais
5
As meso regiões mais centrais.: Ribeirão Preto, Araraquara e Bauru possuíam, em 2000,
11,16% da população estadual e em 2010 este percentual foi de 11,25%. Ribeirão Preto
e Araraquara aumentaram ligeiramente seu peso relativos (Ribeirão de 5,68% para 5,
76% e Araraquara de 1,94% para 1,97%), enquanto Bauru mostrou ligeira queda (de
3,54% para 3,52%). As taxas de crescimento destas meso regiões ultrapassam 1%,
sendo que Ribeirão Preto cresce a 1,22% anuais e Araraquara a 1,21% ao ano.
Uma das maiores taxas de crescimento estadual foi na meso região de Campinas, com
1,47% ao ano no período 2000-2010.A meso região de Campinas abriga 12,15% da
população estadual, teve um saldo de mais de 500 mil pessoas entre 2000 e 2010. Entre
os 49 municípios que compõem a meso região de Campinas encontram-se 16 dos 17 da
Região Metropolitana institucional de Campinas. Apenas esta metrópole cresceu quase
1,5 milhão de pessoas na década, sendo responsável, assim, por todo o crescimento da
meso região. A meso região de Piracicaba também teve taxa de crescimento superior à
estadual, de 1,23% ao ano.
As meso regiões ao leste do estado: Macro Metropolitana, Vale do Paraíba Paulista e
Litoral Sul Paulista concentram mais de 64% da população estadual. A Macro
Metropolitana Paulista, limítrofe à Grande São Paulo, cresce a taxa de 1,63% ao ano,
superior à taxa estadual, assim como a meso região Vale do Paraíba Paulista, com taxa
de incremento populacional na década de 1,20% anuais. A meso região Metropolitana
de São Paulo, entretanto, tem taxa de 0, 98% anuais. Esta meso região é composta da
Grande São Paulo, que teve crescimento de 0,97% na década, e de alguns municípios da
Baixada Santista, como Santos, Guarujá, Cubatão, Praia Grande e São Vicente. Entre
estes municípios da Baixada, apenas Praia Grande apresentou alta taxa de incremento
populacional na década: 3,02%. O Litoral Sul Paulista é uma região bastante deprimida,
com crescimento de apenas 0,86% ao ano. De outro lado, o Vale do Paraíba Paulista é
composto de alguns municípios com alto vigor econômico e com grande taxa de
crescimento da população, como São José dos Campos (1,53% entre 2000 e 2010), São
Sebastião (2,44%), Taubaté (1,33%) e Pindamonhangaba (1,55%).
Com relação às regiões metropolitanas institucionalizadas, observa-se:
Como já foi dito, o peso das Regiões Metropolitanas na população estadual manteve-se
estável entre 2000 e 2010: a população das 3 RMs representava 58,58% da população
estadual em 2000, passando a 58,52% em 2010. Ou seja, quase 60% da população
paulista reside nas 3 regiões metropolitanas institucionais, mostrando grande
concentração.
Comparativamente à taxa média de crescimento das regiões metropolitanas no Brasil
(1% a.a. no período 2000-2010), a Grande São Paulo cresceu menos, mas as outras duas
metrópoles paulistas ultrapassaram este limiar, com ênfase em Campinas, com taxa de
1,81%. Outro fenômeno semelhante nas 3 metrópoles: a taxa de crescimento dos
municípios periféricos foi, nas três, bem superior à taxa de crescimento nos núcleos. Na
RM de São Paulo a cidade de São Paulo apresenta crescimento reduzido. Mas mesmo
assim é responsável por 19,37% do incremento estadual. Os municípios da Grande São
6
Paulo que não a capital responsabilizam-se por mais de 23% do crescimento da
população do estado. Na Baixada Santista o núcleo – o município de Santos- teve um
crescimento reduzidíssimo na década, mas os municípios periféricos cresceram a taxa
alta, de 1,62%. A periferização do crescimento metropolitano é uma constante no estado
de São Paulo. O peso relativo da população dos outros municípios que não o núcleo é
crescente.
Tabela 6- Regiões Metropolitanas no estado de São Paulo: população total, núcleo e
periferia, 2000 e 2010
região
metropolitana
RM São Paulo
núcleo -São Paulo
periferia
população total
2000
2010
17.878.703 19.683.975
10.434.252 11.253.503
7.444.451
8.430.472
participação na RM
taxa de crescimento
2000
2010
2000-2010
100,00%
100,00%
0,97%
58,36%
57,17%
0,76%
41,64%
42,83%
1,25%
RM Campinas
núcleo - Campinas
periferia
2.338.148
969.396
1.368.752
2.797.137
1.080.113
1.717.024
100,00%
41,46%
58,54%
100,00%
38,61%
61,39%
1,81%
1,09%
2,29%
RM Baixada Santista
núcleo- Santos
periferia
1.476.820
417.983
1.058.830
1.664.136
419.757
1.243.325
100,00%
28,30%
71,70%
100,00%
25,22%
74,71%
1,20%
0,04%
1,62%
Fonte: IBGE- Censos Demográficos
Tabela 7: Incrementos das Regiões Metropolitanas e do Estado de São Paulo
região
metropolitana
RM São Paulo
núcleo -São Paulo
periferia
incremento
% RM
% ESP
1.805.272
819.251
986.021
100,00%
45,38%
54,62%
42,68%
19,37%
23,31%
RM Campinas
núcleo - Campinas
periferia
458.989
110.717
348.272
100,00%
24,12%
75,88%
10,85%
2,62%
8,23%
RM Baixada Santista
núcleo- Santos
periferia
187.316
1.774
184.495
100,00%
0,95%
98,49%
4,43%
0,04%
4,36%
ESTADO SÃO PAULO
4.229.796
57,96%
100,00%
Fonte: IBGE- Censos Demográficos de 2000 e 2010
Sumarizando, a distribuição e o crescimento da população paulista mostra taxas mais
altas de crescimento nas regiões do centro oeste - meso regiões de Ribeirão Preto,
7
Araraquara e Bauru, das meso regiões de Campinas e Piracicaba e das meso regiões do
leste, com exceção da deprimida Litoral Sul Paulista. São justamente as meso regiões
com PIB per capita mais elevado, com exceção de Bauru, onde este valor foi apenas de
9800,00 reais em 2003. Campinas lidera o PIB per capita entre as meso regiões, com
mais de 26.000,00 reais em 2003, acompanhada de perto pela meso região do Vale do
Paraíba Paulista, com 23.200,00 reais. Ribeirão Preto e Araraquara apresentam,
respectivamente, 16.700,00 e 15.500,00 reais. A Metropolitana de São Paulo e a Macro
Metropolitana paulista tinham, em 2003, um PIB per capita de quase 13.000,00 reais.
Internamente a elas, as 3 regiões metropolitanas institucionais; Campinas, São Paulo e
Baixada Santista, destacando-se os municípios periféricos.
Tabela 8 -Meso regiões do estado de São Paulo: área, população e PIB per capita, 2003
meso regiões
área
São José do Rio Preto
29.294,70
Araçatuba
16.763,21
Presidente Prudente
24.035,38
Ribeirão Preto
27.532,23
Araraquara
9.455,30
Bauru
26.723,26
Marília
7.170,17
Assis
12.710,21
Itapetininga
20.172,16
Campinas
14.226,13
Piracicaba
9.045,63
Vale do Paraíba Paulista
16.179,95
Macro Metropolitanapaulista 12.309,60
Metropolitana de São Paulo
9.298,19
Litoral Sul Paulista
13.200,89
Estado de São Paulo
248.117,01
Pop 2010 densidade 2010 PIB/hab ( 2003)
1.569.220
53,57
10.500
695.801
41,51
11.654,01
848.124
35,29
8.347,08
2.376.360
86,31
16.688,70
810.926
85,76
15.510,41
1.454.111
54,41
9.787,81
440.058
61,37
8.522,25
553.778
43,57
10.156,83
824.453
40,87
8.492,80
3.785.620
266,10
26.051,63
1.377.257
152,26
12.484,79
2.264.594
139,96
23.298,00
2.644.519
214,83
12.227,94
21.154.988
2275,17
12.911,00
462.390
35,03
5.440,29
41.262.199
166,30
14.787,94
Fonte: IBGE, 2010
A pesquisa da Atividade Econômica Paulista (Paep) de 2001, assim como sua
precedente de 1996, confirmam a existência de forte núcleo na Região Metropolitana de
São Paulo, complementado com atividade econômica intensa nas regiões que compõem
o seu entorno – Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e Baixada Santista- e uma
região interiorana com menor escala de produção. Os dados demográficos das meso
regiões seguem a tendência econômica: A meso região Macro metropolitana, onde se
encontra parte da RA de Sorocaba cresce a taxa de 1,63% ao ano, a do Vale do Paraíba
paulista (onde aloca-se a RA de São José dos Campos) a 1,20% ao ano , a de Campinas
cresce a 1,47% anuais no período 2000-2010, e a meso região Metropolitana de São
Paulo, que inclui a metrópole institucional e parte da Baixada Santista, a 0,96% ao ano
no período. No período 1996-2001 a metrópole institucional de São Paulo perdeu
participação relativa, de 60% para 53% do PIB estadual, enquanto que Campinas, São
José dos Campos e Santos aumentaram sua participação estadual no período. Nas
regiões que elevaram sua participação estadual encontram-se indústrias como aço e
8
aeronáutica (Embraer) e alimentos (cana e laranja). Nas regiões de Campinas e Santos
se encontram as principais refinarias do Estado (Paulínia e Cubatão).
Tabela 9- Estado de São Paulo e Município de São Paulo: PIB por habitante, 1999 a
2008
região
PIB/capital
ESP 1999
10.418.42
ESP 2003
14.787,95
ESP 2008
24.457,04
MSP1999
14.743,54
MSP2003
19.494,23
MSP2008
32.493,96
Fonte: Fundação Seade
A pujança econômica dos municípios paulistas é claramente percebida na comparação
com os municípios de outros estados do país. Destaca-se o caso da capital do Estado de
São Paulo, cuja participação no PIB nacional (12%) supera não só a de todos os
municípios como também a de todos os estados, com exceção de São Paulo. Além
disso, dos 30 maiores municípios brasileiros melhor classificados em termos da riqueza
por habitante gerada, 11 situam-se no estado de São Paulo e são responsáveis por cerca
de 20% do PIB nacional, conforme o Quadro 1 abaixo.
Quadro 1 Trinta municípios mais bem classificados no ranking do PIB municipal.
Brasil, 2008
municípios
São Paulo
Rio de Janeiro
Brasilia
Curitiba
Belo Horizonte
Manaus
Porto Alegre
Duque de Caxias
Guarulhos
Osasco
São Bernardo do Campo
Salvador
Campinas
Campos dos Goytacazes
Fortaleza
ranking
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
municípios
ranking
Barueri
16
Betim
17
Santos
18
Vitória
19
Recife
20
São José dos Campos
21
Goiânia
22
Belém
23
Jundiaí
24
Contagem
25
São Luis
26
Uberlândia
27
Ribeirão Preto
28
Santo André
29
Joinville
30
Fonte: Fundação Seade – O PIB dos Municípios Paulistas, 2010, p 3
9
A partir do quadro, percebe-se que as atividades econômicas estão concentradas nas
meso regiões Região Metropolitana de São Paulo, que agrega parte de Baixada Santista,
Campinas, Vale do Paraíba, Macro Metropolitana de São Paulo e Ribeirão Preto. As
informações acima demonstram também como esta concentração econômica se reflete
em termos geográficos, já que apenas o município da capital foi responsável por mais de
35% do PIB paulista em 2008. Além disso, é importante destacar que os 6 municípios
responsáveis por cerca de 50% do PIB estadual localizam-se a menos de 100 km da
capital, e 5 pertencem à Grande São Paulo: São Paulo, Guarulhos, Osasco, São
Bernardo do Campo, Barueri, um à meso região Macro Metropolitana (Jundiaí). As
exceções em relação ao vigor econômico referem-se à meso região de Ribeirão Preto,
cujo município sede localiza-se a mais de 300 km e meso região da Vale do Paraíba
Paulista, onde se situa São José dos Campos, a 140 km da capital.
3. Composição da população
O Estado de São Paulo apresentou uma nítida transformação na sua estrutura
demográfica: percebe-se uma diminuição de sua população jovem, até 15 anos (26,13%
do total populacional em 2000 para 21,47% em 2010) e aumento de quase 2 pontos
percentuais na população idosa, com 65 anos e mais. Há aumento da participação
percentual da população adulta, a partir dos 25 anos de idade. Este comportamento
etário se dá em ambos os sexos, embora se perceba também que entre as mulheres a
proporção de pessoas com mais de 65 anos é superior: 4,55% das mulheres em 2010
têm mais de 65 anos, para 3,29% dos homens.
10
Tabela 10: População por sexo e grupo etário, Estado de São Paulo, 2000 e 2010
ESP
grupo etário
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos ou mais
total
H
4,39%
4,35%
4,62%
4,91%
4,75%
4,28%
4,03%
3,78%
3,35%
2,78%
2,21%
1,61%
1,32%
1,01%
0,76%
0,45%
0,38%
48,98%
2000
M
4,23%
4,21%
4,52%
4,92%
4,80%
4,37%
4,17%
4,03%
3,58%
2,98%
2,38%
1,79%
1,53%
1,23%
0,99%
0,64%
0,65%
51,02%
T
8,62%
8,55%
9,14%
9,83%
9,55%
8,66%
8,21%
7,81%
6,93%
5,76%
4,59%
3,40%
2,84%
2,24%
1,75%
1,09%
1,03%
100,00%
H
3,30%
3,53%
4,09%
4,04%
4,45%
4,56%
4,22%
3,75%
3,50%
3,17%
2,79%
2,25%
1,71%
1,21%
0,90%
0,60%
0,58%
48,66%
2010
M
3,18%
3,40%
3,97%
3,97%
4,37%
4,62%
4,40%
3,96%
3,72%
3,50%
3,12%
2,56%
2,01%
1,48%
1,17%
0,86%
1,04%
51,34%
T
6,48%
6,93%
8,06%
8,01%
8,82%
9,18%
8,62%
7,72%
7,22%
6,67%
5,90%
4,82%
3,72%
2,69%
2,08%
1,46%
1,62%
100,00%
Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010
Comparando-se com 2000, dos dados do Censo Demográfico de 2010 mostram que em
São Paulo os grupos etários entre 0-4 anos e 5-9 anos mostram forte perda absoluta no
seu contingente populacional, seguido pelos grupos entre 10 e 14 anos e 15 a 19 anos,
para os dois sexos.
Figura 1 - Pirâmides populacionais: Estado de São Paulo, 2000 e 2010
11
Tabela 11- Estado de São Paulo: população residente, variação absoluta e percentual por
idade e sexo, 2000-2010
ESP
grupo etário
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos ou mais
total
2010
H
1.361.616
1.457.203
1.687.826
1.667.482
1.835.222
1.881.495
1.741.346
1.549.270
1.444.231
1.308.852
1.149.501
930.303
705.940
499.180
371.655
246.532
240.219
20.077.873
M
1.313.756
1.403.430
1.637.087
1.636.426
1.802.466
1.908.293
1.815.101
1.634.852
1.536.444
1.444.270
1.286.603
1.057.688
831.069
609.906
484.550
354.796
427.589
21.184.326
2000
H
1.623.963
1.609.522
1.710.336
1.817.616
1.757.537
1.586.803
1.492.773
1.400.360
1.241.184
1.029.684
818.855
597.226
488.217
374.521
281.136
167.939
141.691
18.139.363
variação
M
H
1.568.201 -262.347
1.558.105 -152.319
1.673.654
-22.510
1.822.555 -150.134
1.777.856
77.685
1.619.743
294.692
1.546.059
248.573
1.491.377
148.910
1.325.648
203.047
1.101.778
279.168
882.144
330.646
662.467
333.077
564.808
217.723
456.341
124.659
365.634
90.519
235.480
78.593
241.190
98.528
18.893.040 1.938.510
M
-254.445
-154.675
-36.567
-186.129
24.610
288.550
269.042
143.475
210.796
342.492
404.459
395.221
266.261
153.565
118.916
119.316
186.399
2.291.286
variação percentual
H
M
-16,15% -16,23%
-9,46%
-9,93%
-1,32%
-2,18%
-8,26% -10,21%
4,42%
1,38%
18,57%
17,81%
16,65%
17,40%
10,63%
9,62%
16,36%
15,90%
27,11%
31,09%
40,38%
45,85%
55,77%
59,66%
44,60%
47,14%
33,28%
33,65%
32,20%
32,52%
46,80%
50,67%
69,54%
77,28%
10,69%
12,13%
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010
Os ganhos mais expressivos vão acontecer em grupos etários elevados, acima de 45
anos. Percebe-se também a feminização da população estadual, já que a variação da
população feminina foi superior à masculina: a razão de sexo estadual em 2000 era de
96,01, passando para 94,87 homens para cada 100 mulheres.O Estado de São Paulo
tornou-se mais feminino e mais idoso. Para o Brasil como um todo a proporção de
jovens é de 24,08% da população total em 2010, e a de pessoas com 65 anos e mais, de
7,38%, contra 21,47% e 7,85% para São Paulo, respectivamente.
Em relação às meso regiões, apenas duas delas- Itapetininga e Litoral Sul Paulista –
mostram percentuais de população jovem (entre 0 e 15 anos) no mesmo nível que a
população brasileira como um todo: no Litoral Sul a proporção de pessoas com até 15
anos de idade foi de 25,68% no ano 2010, enquanto que em Itapetininga esta
porcentagem alcançou 24,06%. São nestas duas meso regiões onde acontece o PIB per
capita mais baixo do Estado de São Paulo. Na porção centro oeste do estado, onde as
meso regiões crescem a taxas mais elevadas, o percentual de população idosa (com 65
anos e mais) fica em torno de 8 a 9%; já na parte leste do estado este percentual cai para
7%, com exceção do litoral Sul, onde atinge 9,25%.
12
Tabela 12- Estrutura etária das meso regiões do Estado de São Paulo, 2010
meso regiões
São José do Rio Preto
Noroeste Araçatuba
Presidente Prudente
Ribeirão Preto
Centro Oeste Araraquara
Bauru
Marília
Oeste
Assis
Itapetiniga
Campinas
Centro
Piracicaba
Vale do Paraíba Paulista
Macro Metropolitana
Leste
Metropolitana de São Paulo
Litoral Sul
Estado de São Paulo
Brasil
0-14
18,74
19,35
19,93
21,07
19,07
21,06
19,94
21,32
24,06
20,15
20,78
21,66
21,76
21,92
25,68
21,47
24,08
15-64
70,95
71,01
69,93
70,56
71,25
69,97
69,89
69,13
68,11
72,70
70,88
71,14
70,65
70,83
65,07
70,69
68,54
65 e mais
10,29
9,63
10,14
8,37
8,78
8,97
10,17
9,55
7,84
7,15
8,34
7,20
7,59
7,25
9,25
7,84
7,38
Fonte: IBGE Censo Demográfico de 2010
Tabela 13- Proporção da população residente segundo grupos etários- Estado de São
Paulo, meso regiões geográficas 2010
meso regiões 2010
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos ou mais
total
noroeste
centro oeste
oeste
São José do Rio Preto Araçatuba Presidente Prudente
Ribeirão Preto Araraquara
Bauru
Marilia
Assis
Itapetininga
5,72%
5,93%
5,85%
6,38%
6,09%
6,34%
5,90%
6,47%
6,98%
5,99%
6,07%
6,45%
6,85%
6,38%
6,81%
6,36%
6,83%
7,84%
7,04%
7,35%
7,63%
7,85%
7,50%
7,91%
7,67%
8,02%
9,24%
7,59%
7,75%
8,08%
8,25%
7,99%
8,11%
7,88%
8,23%
8,85%
8,53%
8,33%
8,43%
9,10%
8,99%
8,70%
8,37%
8,37%
8,55%
8,63%
8,54%
8,19%
9,19%
9,14%
8,85%
8,38%
8,16%
8,58%
8,13%
8,25%
7,87%
8,32%
8,45%
8,30%
8,07%
7,73%
8,06%
7,45%
7,81%
7,39%
7,36%
7,55%
7,42%
7,43%
7,26%
7,27%
7,40%
7,52%
7,47%
7,04%
7,20%
7,00%
7,19%
7,11%
6,71%
7,08%
7,15%
7,04%
6,69%
6,94%
6,71%
6,85%
6,88%
6,31%
6,40%
6,20%
6,14%
5,92%
6,09%
6,01%
6,24%
6,04%
5,52%
5,33%
5,20%
5,09%
4,84%
5,00%
4,99%
5,21%
5,15%
4,57%
4,41%
4,24%
4,24%
3,85%
3,91%
3,89%
4,27%
4,20%
3,69%
3,43%
3,30%
3,38%
2,83%
2,86%
2,93%
3,32%
3,27%
2,74%
2,80%
2,61%
2,75%
2,23%
2,32%
2,37%
2,69%
2,49%
2,12%
1,97%
1,78%
1,94%
1,58%
1,70%
1,76%
1,97%
1,85%
1,46%
2,09%
1,93%
2,07%
1,73%
1,89%
1,91%
2,21%
1,93%
1,51%
100,00% 100,00%
100,00%
100,00%
100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
100,00%
13
central
Campinas
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 anos ou mais
total
6,35%
5,91%
7,89%
8,23%
9,19%
9,60%
8,82%
7,89%
7,47%
6,84%
6,07%
4,88%
3,70%
2,60%
1,97%
1,31%
1,27%
100,00%
leste
Piracicaba Vale do Paraíba Paulista Macro Metropolitana Metropolitana de São PAulo Litoral Sul
6,27%
6,07%
6,50%
6,64% 0,074563
6,67%
7,18%
7,01%
7,10%
8,32%
7,83%
8,42%
8,25%
8,18%
9,91%
8,09%
8,39%
8,25%
7,89%
8,61%
8,96%
8,73%
8,86%
8,88%
7,28%
9,24%
9,09%
9,14%
9,42%
7,41%
8,45%
8,64%
8,57%
8,86%
7,59%
7,54%
7,70%
7,69%
7,89%
6,91%
7,11%
7,21%
7,18%
7,26%
6,38%
6,79%
6,77%
6,73%
6,56%
6,05%
5,99%
5,98%
5,89%
5,80%
5,57%
4,89%
4,90%
4,70%
4,71%
5,05%
3,84%
3,74%
3,66%
3,56%
4,22%
2,79%
2,62%
2,64%
2,50%
3,43%
2,17%
1,89%
2,01%
1,91%
2,52%
1,59%
1,28%
1,41%
1,33%
1,65%
1,79%
1,40%
1,52%
1,51%
1,65%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00% 100,00%
Fonte: IBGE Censo Demográfico de 2010
Outro indicador que revela ainda com maior expressividade as mudanças etárias do
estado e as meso regionais é o índice de idosos (que mede a proporção entre o número
de pessoas com 65 anos e mais e o número de crianças e adolescentes abaixo de 15
anos: quanto maior for este índice, mais envelhecida é a população). Em 2000, o índice
de idosos no Estado de São Paulo era de 23,23, subindo para 36,50 idosos para cada 100
jovens em 2010. No Brasil, em 2010, o índice atingiu 30,66 idosos para cada 100
jovens. Pela Tabela 14 percebe-se que as meso regiões do noroeste do estado- São José
do Rio Preto, Araçatuba e Presidente Prudente - apresentam índice de envelhecimento
bem superior ao estadual, assim como as meso regiões de Araraquara, Bauru (no centrooeste), Marília e Assis (no oeste) e Piracicaba (na parte central do estado). Já as meso
regiões situadas a leste e com atividade econômica bastante fortalecida, com Campinas,
Vale do Paraíba paulista, Macros Metropolitana e Metropolitana de São Paulo
apresentam índices de envelhecimento mais baixos, próximos á média estadual. Entre as
meso regiões com maior vigor econômico, apenas a de Ribeirão Preto mostra índice
superior ao estadual.
Figura 2 - Meso regiões a noroeste do Estado: pirâmides etárias de 2010
Da mesma forma a razão de sexo varia conforme as meso regiões. Para o Estado de São
Paulo, em 2000, a razão de sexo era de 96,01 homens para cada 100 mulheres. Em 2010
a população estadual ficou mais feminina, com 94,78 homens para cada 100 mulheres.
14
No ano 2010, apenas as meso regiões de Presidente Prudente, Itapetininga e Campinas
conservam a razão de sexo acima de 100. Em todas as outras vai existir o predomínio
feminino, de forma acentuada na meso região Metropolitana de São Paulo.
Embora a idade média populacional seja indicador mais frágil que a idade mediana, em
termos comparativos revela tendências: percebe-se que a idade média estadual é
superior á brasileira e ultrapassa 35 anos nas meso regiões do noroeste e em Marília.
Mostra-se inferior á 33 anos apenas na meso região de Itapetiniga.
Figura 3 - Meso regiões no centro – oeste do estado: pirâmides etárias de 2010
Figura 4 – Meso regiões a oeste do estado: pirâmides etárias de 2010
15
Tabela 14- Idade média, razão de sexo e índice de envelhecimento das meso regiões no
estado de São Paulo, 2010
meso regiões
idade média razão de sexo indice de envelhecimento
São José do Rio Preto
35,87
97,71
54,86
Noroeste Araçatuba
35,36
99,38
49,77
Presidente Prudente
35,33
100,27
50,91
Ribeirão Preto
33,83
96,90
39,74
Centro Oeste Araraquara
34,49
97,33
43,94
Bauru
34,25
98,81
42,57
Marília
35,39
95,38
51,03
Oeste
Assis
34,62
97,17
44,78
Itapetiniga
32,58
100,88
32,57
Campinas
33,57
103,04
35,48
Centro
Piracicaba
33,99
97,78
40,14
Vale do Paraíba Paulista
33,27
98,48
33,21
Macro Metropolitana
33,29
98,06
34,87
Leste
Metropolitana de São Paulo
33,09
91,98
33,08
Litoral Sul
33,16
98,72
36,01
Estado de São Paulo
33,56
94,78
36,50
Brasil
32,11
95,95
30,66
Fonte: IBGE Censo Demográfico de 2010
Figura 5- Meso regiões de Campinas e Piracicaba: pirâmides etárias de 2010
16
Figura 6 – Meso regiões a leste do estado: pirâmides etárias de 2010
4. Grande São Paulo
Como já foi colocado pela tabela 4, a taxa de crescimento da população da Grande São
Paulo (metrópole institucionalizada, com 39 municípios) mostra tendência declinante
nas últimas décadas: até 1980, as taxas de crescimento demográfico eram altas, acima
de 4 % ao ano; já entre 1980 e 1991 a taxa reduziu-se para 1,86, e esta redução
continuou entre 1991 e 2000 (1,64%), atingindo 0,97% anuais entre 2000 e 2010.
Embora o peso das 3 metrópoles institucionalizadas (São Paulo, Baixada Santista e
Campinas) na população estadual tenha se mantido estável em torno de 58%, As taxas
de crescimento demográfico das outras duas metrópoles paulistas têm sido superiores à
da Grande São Paulo: entre 2000 e 2010 Campinas e a Baixada Santista cresceram 1,81
% e 1,20% ao ano, respectivamente. O peso da Grande São Paulo na população estadual
reduziu-se na última década de 48,28% para 47,72%, enquanto que os pesos de
17
Campinas e da Baixada Santista subiram de 6,31% e 3,39% em 2000 para 6,78% e
4,03% no ano 2010.
Assim como nas outras duas metrópoles, o crescimento da Grande São Paulo é maior na
periferia que no núcleo (município de São Paulo): do seu incremento absoluto de
1.805.272 pessoas na década, 54,62% de alocaram nos municípios periféricos. A taxa de
crescimento do núcleo foi de 0,76% ao ano na década, enquanto que na periferia atingiu
1,25%. A população da metrópole de São Paulo ficou mais feminina (a razão de sexo
em 2000 era de 93,04, passando a 92,03 no ano 2000), mais velha (o índice de
envelhecimento mudou de 20,73 em 2000 para 32,48 idosos para cada 100 jovens em
2010, com proporção de pessoas com 65 anos e mais indo de 5,48% da população total
para 7,12%), com menor percentual de crianças e adolescentes (a população de até 15
anos que era de 26,42% no ano 2000 mudando para 21,93% em 2010). A tabela 15
detalha a estrutura por idade e sexo para 2000 e 2010.
Tabela 15 Região Metropolitana de São Paulo: estrutura por idade e sexo, 2000 e 2010
RMSP 2010
H
M
total
0 a 4 anos
3,38%
3,26%
6,64%
5 a 9 anos
3,61%
3,49%
7,10%
10 a 14 anos
4,14%
4,05%
8,19%
15 a 19 anos
3,95%
3,94%
7,90%
20 a 24 anos
4,44%
4,49%
8,94%
25 a 29 anos
4,61%
4,86%
9,48%
30 a 34 anos
4,27%
4,63%
8,90%
35 a 39 anos
3,79%
4,13%
7,91%
40 a 44 anos
3,48%
3,80%
7,27%
45 a 49 anos
3,05%
3,50%
6,55%
50 a 54 anos
2,66%
3,12%
5,78%
55 a 59 anos
2,13%
2,55%
4,68%
60 a 64 anos
1,57%
1,96%
3,53%
65 a 69 anos
1,07%
1,40%
2,46%
70 a 74 anos
0,77%
1,10%
1,87%
75 a 79 anos
0,50%
0,80%
1,30%
80 anos ou mais
0,49%
0,99%
1,49%
total
47,93%
52,07% 100,00%
RMSP 2000 H
M
total
0 a 4 anos
4,54%
4,40%
8,94%
5 a 9 anos
4,30%
4,19%
8,48%
10 a 14 anos
4,51%
4,48%
8,99%
15 a 19 anos
4,84%
4,99%
9,83%
20 a 24 anos
4,81%
5,04%
9,85%
25 a 29 anos
4,42%
4,65%
9,07%
30 a 34 anos
4,12%
4,35%
8,47%
35 a 39 anos
3,75%
4,11%
7,86%
40 a 44 anos
3,29%
3,65%
6,94%
45 a 49 anos
2,72%
3,04%
5,76%
50 a 54 anos
2,12%
2,39%
4,51%
55 a 59 anos
1,49%
1,73%
3,21%
60 a 64 anos
1,17%
1,44%
2,61%
65 a 69 anos
0,86%
1,14%
2,01%
70 a 74 anos
0,64%
0,93%
1,57%
75 a 79 anos
0,38%
0,60%
0,98%
80 e mais
0,31%
0,61%
0,92%
total
48,27%
51,73% 100,00%
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010
Nota-se, pela Tabela 16, que tanto para homens como para mulheres, as 4 primeiros
grupos etários – até 20 anos- apresentam redução. Esta redução, para o sexo feminino,
chega até 25 anos de idade. Entre os homens, a redução é de quase 4% entre os de até
20 anos; entre as mulheres, de 3,71% até os 25 anos. De outro lado, há dois picos de
acréscimo populacional para os dois sexos: entre 25 e 35 anos, indicando uma possível
entrada migratória, e entre os 50 e 60 anos. E nas idades mais avançadas, pós 65 anos,
há incremento nos dois sexos, maior nas mulheres (2,79%) que nos homens (1,80%),
resultante de uma maior expectativa de vida feminina.
18
Figura Região Metropolitana de São Paulo- pirâmides etárias 2000 e 2010
Tabela 16- Região Metropolitana de São Paulo: população residente, variação absoluta e
percentual por idade e sexo, 2000- 2010
idade
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 e mais
total
2000
2010
variação absoluta variação percentual
H
M
H
M
H
M
H
M
811892 787116 665324 642329 -146568 -144787
-1,70%
-1,57%
768139 748374 711052 687070
-57087
-61304
-0,66%
-0,66%
806570 800660 815122 796749
8552
-3911
-0,05%
-0,04%
864866 892288 778399 775746
-86467 -116542
-1,00%
-1,26%
859312 901607 874393 884602
15081
-17005
0,17%
-0,18%
790412 831017 908091 957100 117679 126083
1,36%
1,36%
735742 777761 841063 911673 105321 133912
1,22%
1,45%
669638 735023 745188 812483
75550
77460
0,88%
0,84%
588813 652645 684323 747361
95510
94716
1,11%
1,02%
486376 542836 600497 688740 114121 145904
1,32%
1,58%
379636 427479 524156 614103 144520 186624
1,67%
2,02%
265933 308656 419477 501228 153544 192572
1,78%
2,08%
209236 257803 308994 386337
99758 128534
1,16%
1,39%
154360 204355 209957 274949
55597
70594
0,64%
0,76%
115182 166178 151932 216546
36750
50368
0,43%
0,54%
68179 106643
98523 157727
30344
51084
0,35%
0,55%
55394 108582
97114 195627
41720
87045
0,48%
0,94%
8629680 9249023 9433605 10250370 803925 1001347
9,32%
10,83%
Fonte: IBGE Censos Demográficos de 2000 e 2010
A composição demográfica varia entre o núcleo da metrópole (município de São Paulo)
e a periferia (demais municípios). A população da capital tem maior proporção de
idosos (com 65 anos e mais): 8,13% do total em 2010, comparando com a dos
municípios da periferia (5,78%), Isto se traduz num índice de envelhecimento de 39,16
na capital e em 24,60 idosos para cada 10 jovens na periferia. A proporção de menores
19
de 15 anos é superior nos outros municípios que não a capital: 23,50% do total
populacional para a periferia e 20,76% no município de São Paulo. A razão de sexo na
capital favorece mais as mulheres que na periferia: 89,93 homens para cada 100
mulheres, enquanto que na periferia esta proporção foi de 94,90. A tabela 17 mostra a
distribuição populacional por sexo e grupo etário para o núcleo e a periferia. Tanto no
núcleo da metrópole como na periferia o grupo etário com maior concentração é o de 25
a 29 anos, para os dois sexos.
Tabela 17- Região Metropolitana de São Paulo: população residente por sexo e grupo
etário, núcleo e periferia, 2010, em percentual
núcleo
periferia
idade
Homens Mulheres total
Homens Mulheres total
0 a 4 anos
3,21%
3,10%
6,32%
3,60%
3,48%
7,08%
5 a 9 anos
3,43%
3,31%
6,74%
3,86%
3,73%
7,59%
10 a 14 anos
3,90%
3,81%
7,71%
4,47%
4,36%
8,83%
15 a 19 anos
3,74%
3,75%
7,48%
4,24%
4,20%
8,44%
20 a 24 anos
4,35%
4,46%
8,81%
4,57%
4,54%
9,10%
25 a 29 anos
4,62%
4,93%
9,55%
4,61%
4,77%
9,38%
30 a 34 anos
4,28%
4,70%
8,98%
4,27%
4,54%
8,81%
35 a 39 anos
3,76%
4,14%
7,90%
3,82%
4,11%
7,94%
40 a 44 anos
3,42%
3,80%
7,22%
3,55%
3,79%
7,34%
45 a 49 anos
3,04%
3,56%
6,60%
3,07%
3,42%
6,48%
50 a 54 anos
2,68%
3,25%
5,93%
2,64%
2,95%
5,58%
55 a 59 anos
2,17%
2,70%
4,87%
2,08%
2,34%
4,42%
60 a 64 anos
1,63%
2,13%
3,76%
1,49%
1,74%
3,23%
65 a 69 anos
1,13%
1,56%
2,69%
0,98%
1,18%
2,17%
70 a 74 anos
0,85%
1,26%
2,11%
0,67%
0,88%
1,56%
75 a 79 anos
0,57%
0,95%
1,52%
0,41%
0,61%
1,01%
80 anos ou mais
0,59%
1,23%
1,82%
0,36%
0,68%
1,05%
total
47,35%
52,65% 100,00%
48,69%
51,31% 100,00%
Fonte: IBGE- Censo Demográfico de 2010
A tabela 18 fornece a população dos 39 municípios da metrópole de São Paulo, desde
1950. Nota-se que, além da capital, 4 municípios metropolitanos apresentam população
de mais de 500 mil habitantes:Guarulhos, com mais de 1 milhão, Osasco, Santo André e
São Bernardo do Campo. E, em todos os municípios as taxas de crescimento
populacional são declinantes, embora alguns ainda mostrem altas taxas, com Arujá
(2,91%), Cajamar (2,36%), Cotia (3,04%), Itapevi (2,15%), Mairiporã (3,02%),
Pirapora do Bom Jesus ( 3,82%), Taboão da Serra ( 2,16%) e Vargem Grande Paulista
(2,77%)
20
Tabela 18- Região Metropolitana de São Paulo; população dos municípios, 1950 a 210
municípios
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
Aruaja
3.822
5.758
9.599
17.279
37.622
59.185
Barueri
4.499
16.671
38.077
74.697
130.799
208.281
Biritiba Mirim
4.600
5.712
8.997
13.361
17.833
24.653
Caieiras
1.573
9.405
15.631
24.980
39.069
71.221
Cajamar
3.780
6.438
10.452
21.795
33.736
50.761
Carapicuiba
5.948
14.891
17.590
184.591
283.661
344.596
Cotia
12.236
14.409
31.007
62.309
107.463
148.987
Diadema
3.023
12.308
79.316
227.616
305.287
357.064
Embu
4.028
5.041
18.183
95.076
155.990
207.663
Embu Guaçu
3.815
4.773
10.325
20.870
36.277
56.916
Ferraz de Vasconcelos
3.189
10.167
25.353
54.582
96.166
142.377
Francisco Morato
324
2.554
11.230
28.070
83.885
133.738
Franco da rocha
24.158
25.376
36.447
50.391
85.535
108.122
Guararema
8.277
7.688
12.767
15.060
17.961
21.904
Guarulhos
34.683 101.273 237.900
529.483
787.866 1.072.717
Itapecerica da Serra
8.245
11.772
25.382
60.072
93.146
129.685
Itapevi
4.794
12.229
27.648
52.863
107.976
162.433
Itaquaquecetuba
5.124
11.456
29.159
72.155
164.957
272.942
Jandira
1.475
2.047
12.501
35.736
62.697
91.807
Juquitiba
5.836
5.863
7.306
12.402
19.969
26.459
Mairiporã
9.386
12.842
19.650
27.380
39.937
60.111
Mauá
9.472
28.924 102.188
204.582
294.998
363.392
Mogi das Cruzes
51.829
94.482 139.666
196.941
273.175
330.241
Osasco
40.326 114.828 285.160
473.168
568.225
652.593
Piraporado Bom Jesus
2.244
2.490
3.720
4.766
7.956
12.395
Poá
8.508
15.829
32.448
52.478
76.302
95.801
Ribeirão Pires
8.892
17.210
29.391
56.171
85.085
104.508
Rio Grande da Serra
2.063
3.995
8.329
19.969
29.901
37.091
Salesópolis
8.720
9.130
10.084
10.641
11.359
14.357
Santa Isabel
8.453
11.787
17.240
29.017
37.975
43.740
Santana do Parnaíba
4.387
5.244
5.454
28.893
37.762
74.828
Santo André
104.338 245.147 420.828
552.069
616.991
649.331
São Bernardo do Campo
24.899
82.411 202.505
423.677
566.893
703.177
São Caetano do Sul
59.832 114.421 151.012
163.268
149.519
140.159
São Lourenço da Serra
2.481
4.162
6.662
7.596
12.199
São Paulo
2.198.096 3.824.102 5.978.977 8.475.380 9.646.185 10.434.252
Suzano
11.157
27.094
55.734
100.342
158.839
228.690
Taboão da Serra
7.173
41.124
96.908
160.084
197.644
Vargem Grande Paulista
15.870
32.683
total
2.696.031 4.905.421 8.172.542 12.575.655 15.452.537 17.878.703
78.816
240.656
28.573
86.623
64.113
369.908
201.023
386.039
240.007
62.846
168.290
154.538
131.603
25.861
1.222.357
152.380
200.874
321.854
108.436
28.732
80.920
417.281
387.241
666.469
15.727
106.033
113.043
44.084
15.639
50.464
108.875
673.914
765.203
149.571
13.985
11.244.369
262.568
244.719
42.946
19.676.580
Fonte – IBGE: Censo Demográfico de 2010
21
Tabela 19- Região Metropolitana de São Paulo: taxas geométricas de crescimento
populacional, 1950-2010
municípios
Aruaja
Barueri
Biritiba Mirim
Caieiras
Cajamar
Carapicuiba
Cotia
Diadema
Embu
Embu Guaçu
Ferraz de Vasconcelos
Francisco Morato
Franco da Rocha
Guararema
Guarulhos
Itapecerica da Serra
Itapevi
Itaquaquecetuba
Jandira
Juquitiba
Mairiporã
Mauá
Mogi das Cruzes
Osasco
Piraporado Bom Jesus
Poá
Ribeirão Pires
Rio Grande da Serra
Salesópolis
Santa Isabel
Santana do Parnaíba
Santo André
São Bernardo do Campo
São Caetano do Sul
São Lourenço da Serra
São Paulo
Suzano
Taboão da Serra
Vargem Grande Paulista
total
50-60
4,18%
13,99%
2,19%
19,58%
5,47%
9,61%
1,65%
15,07%
2,27%
2,27%
12,29%
22,93%
0,49%
-0,74%
11,31%
3,63%
9,82%
8,38%
3,33%
0,05%
3,18%
11,81%
6,19%
11,03%
1,05%
6,41%
6,83%
6,83%
0,46%
3,38%
1,80%
8,92%
12,71%
6,70%
5,69%
9,28%
6,17%
taxas geométricas de crescimento
60-70
70-80
80-91
91-2000
5,24%
8,61%
4,65%
5,21%
4,97%
1,68%
7,96%
20,48%
13,69%
8,02%
9,57%
15,96%
3,69%
5,20%
8,92%
7,99%
8,50%
9,79%
19,83%
2,22%
4,35%
13,45%
3,99%
9,52%
4,10%
7,44%
5,50%
7,62%
1,00%
3,88%
0,39%
5,55%
9,41%
2,81%
5,31%
4,57%
7,48%
19,08%
6,05%
6,97%
4,03%
4,80%
7,63%
26,50%
7,23%
11,12%
17,99%
7,29%
7,97%
9,59%
3,29%
1,67%
8,33%
9,00%
6,70%
9,48%
11,07%
5,43%
3,37%
7,19%
3,50%
5,19%
2,51%
4,92%
6,69%
9,14%
0,54%
5,34%
18,14%
2,75%
7,66%
0,78%
4,82%
3,55%
6,06%
8,95%
7,33%
5,22%
2,66%
4,15%
4,05%
3,98%
5,08%
2,70%
4,60%
5,15%
5,28%
10,46%
4,93%
1,61%
3,68%
4,07%
6,71%
7,81%
5,24%
4,43%
3,49%
3,38%
3,02%
1,68%
4,77%
3,46%
3,85%
3,74%
0,60%
2,48%
2,46%
1,02%
2,68%
-0,80%
1,20%
1,18%
4,26%
4,67%
5,24%
4,40%
1,89%
5,16%
5,31%
3,66%
6,90%
4,64%
2,19%
3,70%
1,76%
3,23%
5,13%
4,46%
5,32%
2,64%
2,23%
3,49%
3,75%
4,64%
5,75%
4,33%
3,18%
4,65%
2,34%
2,13%
1,55%
5,05%
2,56%
2,31%
2,42%
2,64%
1,58%
7,89%
0,57%
2,42%
-0,72%
5,40%
0,88%
4,13%
2,37%
8,36%
1,63%
2000-2010
2,91%
1,46%
1,49%
1,98%
2,36%
0,71%
3,04%
0,78%
1,46%
1,00%
1,69%
1,46%
1,98%
1,67%
1,31%
1,63%
2,15%
1,66%
1,68%
0,83%
3,02%
1,39%
1,60%
0,21%
2,41%
1,02%
0,79%
1,74%
0,86%
1,44%
3,82%
0,37%
0,85%
0,65%
1,38%
0,75%
1,39%
2,16%
2,77%
0,96%
Fonte- IBGE; Censo Demográfico de 2010
22
5. Município de São Paulo
O núcleo central da metrópole, município de São Paulo, vê suas taxas de crescimento
populacional declinar desde a década de 1960 (Tabela 20). O incremento de 817.924
habitantes entre 2000 e 2010 representa uma taxa de apenas 0,76% ao ano. Mesmo
assim, tem mais de 11 milhões de moradores, constituindo-se no município mais
populoso do Brasil.
O censo de 2010 mostrou uma inversão de tendência intra-urbana que se dava desde
1980: seu crescimento era essencialmente periférico, com perda de moradores nos anéis
mais centrais. Até o ano 2000 o processo de periferização dentro do tecido urbano
municipal acompanhava o seu transbordamento para os municípios vizinhos. Pela
Tabelas 20 e 21 pode-se notar que as taxas de crescimento populacional nos anéis
centrais, interior e intermediários foram negativas desde 1980, mostrando o
esvaziamento do centro municipal. O peso do crescimento do anel periférico, que já
década de 1960 era de 43% do incremento municipal, nos anos 70 cresceu para 55%, e
nos anos 80 representou 97% do incremento paulistano. Entre 1980 e 1991 o
crescimento de São Paulo foi quase que exclusivamente periférico; nos anéis centrais
observou-se uma perda populacional de mais de 250 mil residentes, que aumentou para
265 mil nos anos 90. Esta situação mudou na primeira década do século XXI, quando os
3 anéis centrais ganharam216 mil residentes. Este ganho é menor que nos dois anéis
mais periféricos, onde o ganho atingiu mais de 600 mil habitantes. Mas mostra uma
inversão da tendência dos últimos 20 anos.
Figura 5- Município de São Paulo: anéis
23
Tabela 20- Município de São Paulo: população por anéis, 1960 a 2010
anel
central
interior
intermediário
exterior
periférico
total
1960
319117
684762
1022152
1280277
407557
3715825
1970
341752
689930
1346527
2191068
1359929
5929206
1980
426283
781578
1529230
2983114
2773021
8493226
1991
2000
384048
318599
686610
583956
1413723 1316367
3265900 3304779
3860378 4911845
9610659 10435546
2010
360266
648269
1426682
3414917
5403336
11253470
Fonte: IBGE: Censo Demográficos de 1960 a 2010
Tabela 21- Município de São Paulo: taxas geométricas de crescimento populacional por
anel, 1960 a 2010
anel
1960-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000 2000-2010
central
0,69%
2,23%
-0,94%
-2,05%
1,24%
interior
0,08%
1,26%
-1,17%
-1,78%
1,05%
intermediário
2,79%
1,28%
-0,71%
-0,79%
0,81%
exterior
5,52%
3,13%
0,83%
0,13%
0,33%
periférico
12,81%
7,39%
3,05%
2,71%
0,96%
total
4,78%
3,66%
1,13%
0,92%
0,76%
Fonte- IBGE.Censos Demográficos de 1960 a 2010
A análise da composição populacional do município de São Paulo mostra uma
população com razão de sexo de 89,94 homens para cada 100 mulheres e um índice de
envelhecimento de 39,16 idosos para cada 100 jovens entre 0 e 15 anos. A população
paulistana tornou-se mais feminina e mais idosa: no ano 2000 a razão de sexo foi de
92,26 homens para cada 100 mulheres e o índice de envelhecimento de 26,12.
Esta composição por idade e sexo varia bastante por anel, conforme se pode observar
nas pirâmides abaixo: os anéis central, interior e intermediário tem população jovem
extremamente reduzida, de 12,07%, 13,40% e 15,76% do total, respectivamente,
enquanto que nos anéis exterior e periférico a população com até 15 anos de idade
atinge 19,61% e 24,28%, respectivamente. Chama a atenção que no anel interior, o com
população com renda mais alta, a razão de sexo seja a menor, de 84 homens para cada
100 mulheres, e o índice de envelhecimento mostre 103,23 idosos para cada 100 jovens
até 15 anos. O anel central de São Paulo também mostra uma população feminina e
envelhecida: a razão de sexo é de 89 mulheres para cada 100 homens e o índice de
envelhecimento de 98,0.
De outro lado, os jovens residem no anel periférico: neste anel a população com até 15
anos atinge 24,28% do total, resultando num índice de envelhecimento de 22,05. A
razão de sexo é a maior entre os anéis: 92,37 homens para cada 100 mulheres. A Tabela
22 resume estes dados por anel intra-urbano.
24
Tabela 22- Município de São Paulo:razão de sexo e índice de envelhecimento por anel
anel
razão de sexo indice de envelhecimento pop 65 e mais pop ate 15
central
88,1
98,04
11,84%
12,07%
interiro
84,28
103,23
13,84%
13,40%
intermediário
85,99
79,70
12,56%
15,76%
exterior
89,07
46,94
9,21%
19,61%
periférico
92,37
22,05
5,35%
24,28%
Fonte- IBGE: Censo Demográfico de 2010
Figura 6 Pirâmides etárias dos anéis central e interior
Figura 7 Pirâmides etárias dos anéis intermediário e exterior
25
Figura 8 Pirâmide etária do anel periférico
6. Considerações finais
6.1 Em relação à distribuição da população no Estado






O Estado de São Paulo atinge, em 2010, uma população de 41.252.161
habitantes, 21,6% da população brasileira; trata-se de um estado com alto grau
de urbanização (95,94%), bem maior do que a brasileira, de 84,36%;
As taxas de crescimento da população paulista eram, até 2000, superiores à da
população brasileira. Na década 2000-2010 esta situação se inverte: São Paulo
cresceu a 1,08% ao ano e o Brasil a 1,18% anuais;
A população paulista está concentrada nas 3 regiões metropolitanas
institucionais: em 2000 as metrópoles de São Paulo, Campinas e Baixada
Santista concentravam 58,57% da população estadual; este valor praticamente se
mantém no ano 2010, com 58,53%
As 3 metrópoles institucionais apresentaram taxas de crescimento dos
municípios periféricos superiores às taxas dos núcleos;
O Estado de São Paulo possui 15 meso regiões: mais de 64% da população
estadual reside nas 4 meso regiões a leste do Estado: Vale do Paraíba Paulista,
Macro Metropolitana, Metropolitana de São Paulo e Litoral Sul. As duas meso
regiões ao norte da Meso Região Metropolitana de São Paulo: Campinas e
Piracicaba concentram 12,5% da população do Estado. Os outros 20% se
distribuem nas outras 8 meso regiões;
As meso regiões a noroeste e a oeste do Estado apresentaram taxas de
crescimento populacional baixas, inferiores a 1% ao ano; as meso regiões mais
centrais: Ribeirão Preto, Araraquara e Bauru, que possuíam, no ano 2010, 11%
26

da população estadual, já cresceram a mais de 1%; uma das maiores taxas de
crescimento se deu na meso região de Campinas (1,47% ao ano). Piracicaba,
meso região vizinha, também teve taxa expressiva, de 1,23% anual. As meso
regiões a leste, que circundam a meso região Metropolitana de São Paulo,
apresentaram altas taxas: Vale do Paraíba Paulista com 1,20%, Macro
Metropolitana com 1,63%. A meso região Metropolitana de São Paulo, integrada
pela metrópole institucional de São Paulo mais alguns municípios da Baixada
Santista, cresceu a 0,98% na década. O Litoral Sul, região bastante deprimida,
teve crescimento reduzido, de 0,86% anuais.
Há forte associação entre dados econômicos e demográficos. A PAEP de 2001
mostra a existência de forte núcleo na metrópole de São Paulo, complementado
com atividade econômica intensa em regiões do seu entorno: Sorocaba,
Campinas, São José dos Campos e Baixada Santista- e uma região interiorana
com menor escala de produção. É também nestas meso regiões - Vale do Paraíba
Paulista, Campinas, Macro Metropolitana - onde se deu o maior incremento
demográfico
6.2 Em relação à composição da população estadual



Nota-se que a população do Estado de São Paulo envelheceu: a proporção de
população jovem de até 15 anos, que era 26,13% em 2000 passa a 21,47% em
2010. A população idosa aumenta em quase 2 pontos percentuais. A observação
das pirâmides populacio0nais de 2000 e 2010 mostra um estreitamente forte na
base. Há perda absoluta de contingentes populacionais até 20 anos de idade;
Um maior detalhamento da estrutura etária das meso regiões mostra
envelhecimento: apenas em Itapetininga e no Litoral Sul a proporção de jovens
de até 15 anos era superior à 23%.Estas duas meso regiões estão ente as de
menor PIB por habitante do Estado;
Os índices de envelhecimento das meso regiões paulistas são superiores aos
brasileiros; as meso regiões a noroeste, oeste e centro –oeste têm índices que
chegam a mostrar mais de 40 idosos para cada 100 jovens;
6.3 Sobre a metrópole de São Paulo



A taxa de crescimento da grande São Paulo é declinante: até 1980, estas taxas
eram de mais de 4% anuais; entre 1980 e 1991 reduziu-se para 1,86%, esta
redução continuou entre 1991 e 2000 (1,64%), atingindo 0,97% entre 2000 e
2010;
Assim como nas outras duas metrópoles paulistas o crescimento da Grande São
Paulo é maior na periferia (1,25%) que no núcleo (0,76%);
A população metropolitana ficou mais feminina (a razão de sexo em 2000 era de
93,04 homens para cada 1000 mulheres, passando em 2010 a 92,03 homens para
cada 100 mulheres) e mais velha (o índice de envelhecimento mudou de 20,73
em 2000 para 32,48 em 2010)
27



Tanto para homens como para mulheres os 4 primeiros grupos etários
apresentam redução. Aliás, para o sexo feminino esta redução acontece até o s
25 anos de idade; percebem-se dois picos de acréscimo populacional para os
dois sexos: entre 25 e 35 anos, indicando uma possível entrada migratória, e
entre os 50 e 60 anos. Nas idades mais avançadas, pós 65 anos, há incremento
nos dois sexos, maior entre as mulheres que entre os homens, dado sua maior
expectativa de vida;
As pirâmides etárias de 2000 e 2010 mostram a mudança no formato;
Alguns municípios da Grande São Paulo ainda crescem a taxas muito elevadas,
superiores a 2%:Arujá, Cajamar, Cotia, Itapevi, Mairiporã, Pirapora, Taboão e
vargem Grande
6.4 Sobre o município de São Paulo




Os dados de 2010 mostraram uma inversão no crescimento intra-urbano: até o
ano 2000 o crescimento populacional do município era predominantemente
periférico. Nos anéis centrais percebia-se perda absoluta de contingente
populacional, de 250 mil pessoas entre 1980 e 1991 e de 265 mil entre 1991 e
2000;
Este padrão se modificou na década 2000-2010: os anéis centrais ganharam 216
mil residentes, mostrando uma reversão do crescimento periférico;
A população paulistana apresenta 89,94 homens para cada 1000 mulheres e um
índice de envelhecimento de 39,16 idosos para cada 100 jovens; tornou-se,
assim, mais feminina e mais velha que em 2000, quando estes valores foram de
92,26 e 26,12;
A composição populacional muda profundamente por anel: os 3 anéis mais
centrais apresentam índices de envelhecimento altos. No anel interior há mais
idosos que jovens de até 15 anos: o índice é de 103,23 idosos para cada 100
jovens; no anel central aproxima-se de 100, com 98,04 idosos para cada 100
jovens. Apenas na periferia ele diminui para 22,05. Em todos os anéis vão existir
mais mulheres que homens, mas a proporção atinge seu menor valor no anel
interior, contrariando a imagem que seria no anel central a maior concentração
de mulheres
28
29
Download

O Estado de São Paulo no Censo 2010 Elaboração : Suzana