Laboratório de Mecânica Instituto de Física Universidade Federal de Uberlândia 38400-902 Uberlândia-MG Lista introdutória Valor: 10 pontos para as turmas INFIS392025 A, B e C – FEELT. Atividade opcional e sem valor para a turma GET011-A da Engenharia Ambiental. Escolha seu grupo de laboratório (1 até 5 pessoas); Os exercícios são baseados nos experimentos que serão realizados no laboratório ao longo do semestre. Leia a apostila para compreender melhor a montagem experimental e revisar as equações envolvidas. Cada membro do grupo escolhe um experimento diferente e o resolve individualmente o problema proposto seguindo as seguintes regras: o Faça a solução “a mão” usando unicamente a calculadora e consultando as equações para o tratamento estatístico e o método dos mínimos quadrados. Invente ou consulte a apostila com sugestões de tabelas adicionais que o ajudaram no processo; o Os gráficos que serão aceitos na hora da entrega da lista são feitos a mão; Lembre-se que nas provas de 20 pontos, você deverá seguir um processo semelhante e deve ganhar segurança e habilidade nas técnicas de análise de dados; o Após a realização da resolução, recomenda-se o uso de programas como Excel ou SciDavis (software livre para análise de dados e gráficos disponível na página http://scidavis.sourceforge.net/) para checar contas, gráficos, linearização e regressão. Embora não é uma questão obrigatória, aprenda a usar os programas e guarde o seu trabalho. Ao longo do semestre, na hora de fazer os relatórios, seu grupo terá uma ferramenta numérica para tratar dados no seu experimento escolhido; O grupo discute a solução individual dos problemas, fazendo correções se forem necessárias; Os problemas resolvidos pelo grupo são entregues ao professor. Devem ser escritos a mão pelo responsável direto, que deve ser identificado com nome e matrícula na primeira página. Os nomes dos outros membros do grupo devem ser adicionados na última folha; A nota final da lista será a média da avaliação de cada um dos problemas (0 a 10). o Descontos principais: Unidades e erros de conta: -0,2 cada Conversões erradas e erros conceituais: -0,5 cada Falta do cálculo da incerteza na resposta final: -1,0 cada Nos gráficos: Nome dos eixos: -0,5 cada Escala inadequada: -0,5 cada De precisar, considere a aceleração da gravidade como sendo 965 cm/s2, valor aproximado em Uberlândia. 1. Experimento 3: Queda livre. Para determinar o valor da aceleração da gravidade em Uberlândia, uma equipe de laboratório coleta os dados de queda de uma bolinha, obtendo os valores de distância e tempo reportados na Tabela 1. A bolinha sai do repouso e a posição inicial antes de deixar cair é considerada como y( ) . A distância (variável independente) é fixada e medida com uma trena e o tempo (variável dependente) é medido com um cronómetro digital cinco vezes para cada valor da distância escolhida. a. Escreva a equação que descreve a distância percorrida como função do tempo na queda livre. Adapte-a para que a variável dependente no experimento seja função da variável independente. b. Calcule a média e o desvio padrão da média para cada conjunto de medidas de tempo. Organize seus resultados em uma tabela com colunas de distância e tempo médio. c. Usando papel milimetrado, faça um gráfico do tempo médio como função da distância. d. Analisando o gráfico do item anterior responda: é necessário seguir o processo de linearização? Se for necessário seguir um processo de linearização, i. Usando o método dos logaritmos, construa a tabela das novas variáveis que seguem uma relação linear, não esquecendo de calcular a incerteza dessas novas variáveis. ii. Faça a mesma coisa usando o método de substituição de variáveis; e. Usando papel milimetrado, faça os dois gráficos, um para cada caso do item anterior. f. Encontre a equação da reta de cada o gráfico obtido no item anterior, usando o método dos mínimos quadrados, levando em conta a incerteza das variáveis. g. Calcule a aceleração da gravidade e a sua incerteza. 2. Experimento 4: Movimento de um projétil: O seu grupo de laboratório faz o experimento de movimento de um projétil, fazendo cinco lançamentos para cada uma das distâncias escolhidas. O lançamento é feito tal que a bolinha tenha velocidade inicial unicamente com componente horizontal. Os dados são apresentados na Tabela 2. O objetivo é encontrar o módulo da velocidade inicial com que a bolinha deixa a rampa. a. Escreva a equação que descreve a trajetória, ou seja (variável dependente) como função da distância de afastamento do anteparo, (variável independente). b. Calcule a média, ̅, e o desvio padrão da média, ̅ , para cada conjunto de medidas da distância . Construa uma tabela com colunas de distância de queda média e distância do anteparo. c. Usando papel milimetrado, faça um gráfico de ̅ como função de . d. Analisando o gráfico do item anterior responda: é necessário seguir o processo de linearização? Se for necessário seguir um processo de linearização, i. Usando o método dos logaritmos, construa a tabela das novas variáveis que seguem uma relação linear, não se esquecendo de calcular a incerteza dessas novas variáveis. ii. Faça a mesma coisa usando o método de substituição de variáveis; e. Usando papel milimetrado, faça os dois gráficos, um para cada caso do item anterior. f. Encontre a equação da reta de cada o gráfico obtido no item anterior, usando o método dos mínimos quadrados. Não esqueça levar em conta a incerteza g. Calcule a aceleração da gravidade e a sua incerteza. 3. Experimento 5: 2ª Lei de Newton. No experimento para comprovar a 2ª lei de Newton, um planador se move em um trilho de ar, sendo puxado por um porta-peso de massa 200 g. A massa do planador é alterada fazendo com que a aceleração do planador (variável dependente) seja função da massa total do sistema (variável independente), onde esta última a soma das massas do porta-peso e o planador. Mede-se cinco vezes o tempo que o planador leva em percorrer uma distância fixa 30 cm. Os dados coletados da massa do planador e o tempo são reportados na Tabela 3. a. Escreva a equação que relaciona a aceleração com a massa total do sistema. b. Calcule o tempo médio e o desvio padrão da média. c. Com os dados do tempo médio e a expressão , calcule a aceleração e a sua incerteza. d. Usando papel milimetrado, faça um gráfico da aceleração média como função da massa. e. Analisando o gráfico do item anterior responda: é necessário seguir o processo de linearização? Se for necessário seguir um processo de linearização, i. Usando o método dos logaritmos, construa a tabela das novas variáveis que seguem uma relação linear, não se esquecendo de calcular a incerteza dessas novas variáveis. ii. Faça a mesma coisa usando o método de substituição de variáveis; f. Usando papel milimetrado, faça os dois gráficos, um para cada caso do item anterior. g. Encontre a equação da reta de cada o gráfico obtido no item anterior, usando o método dos mínimos quadrados. Não esqueca de levar em conta a incerteza h. Calcule a aceleração da gravidade, sua incerteza e determine em que planeta foi feito o experimento. 4. Experimento 6: Movimento Circular. O movimento circular com aceleração angular constante é estudado no laboratório, medindo cinco vezes o tempo (variável dependente) que uma roda gira um certo número de voltas (variável independente) ao redor de um eixo, pela ação de um torque exercido por um corpo que cai (ver apostila). Os dados coletados são reportados na Tabela 4. a. Escreva a equação que descreve a ângulo como função do tempo na queda livre. Adapte-a para que a variável dependente no experimento seja função da variável independente. b. Consulte a apostilha e veja o desenho da montagem experimental. Responda, qual seria o valor de incerteza do ângulo percorrido pelo aro? c. Calcule a média e o desvio padrão da média para cada conjunto de medidas de tempo. Organize seus resultados em uma tabela com colunas de tempo médio e distância. d. Usando papel milimetrado, faça um gráfico do tempo como função do ângulo, lembrando que uma volta equivale a 2 radianos. e. Analisando o gráfico do item anterior responda: é necessário seguir o processo de linearização? Se for necessário seguir um processo de linearização, i. Usando o método dos logaritmos, construa a tabela das novas variáveis que seguem uma relação linear, não se esquecendo de calcular a incerteza dessas novas variáveis. ii. Faça a mesma coisa usando o método de substituição de variáveis; f. Usando papel milimetrado, faça os dois gráficos, um para cada caso do item anterior. g. Encontre a equação da reta de cada o gráfico obtido no item anterior, usando o método dos mínimos quadrados. Não esqueca de levar em conta a incerteza. h. Calcule o valor da aceleração angular da roda ao girar e a sua incerteza. 5. Experimento 7: 2ª Lei de Hooke. Considere duas molas usadas no experimento de Lei de Hooke. Os dados de deslocamento da mola 1, , medidos cinco vezes, como função da massa são reportados na tabela 5.1. Após análise de dados semelhantes, conclui-se que a mola 2 tem constante elástica dada por ̅̅̅ 2,5 N/m 0,1 N/m. Os dados da Tabela 5.2 correspondem ̅̅̅̅ aos dados coletados do deslocamento médio como função da massa de uma associação de molas desconhecida. O deslocamento nos dois experimentos é medido usando a mesma trena. a. Escreva a equação que relaciona o deslocamento sofrido pela mola com a massa. b. Calcule o valor médio do deslocamento e o desvio padrão da média. c. Usando papel milimetrado, faça um gráfico do deslocamento médio como função da massa para os dados da tabela 1, obtidos para a mola 1. d. Encontre a equação da reta do item anterior usando o método dos mínimos quadrados. e. Qual é o valor da constante elástica da mola 1? E a incerteza? f. Pesquise e escreva as equações para a constante elástica efetiva de uma associação de massas em série e em paralelo g. Usando papel milimetrado, faça o gráfico do deslocamento médio como função da massa para a associação desconhecida de molas. h. Encontre a equação da reta do item anterior usando o método dos mínimos quadrados. i. Qual é o valor da constante elástica da associação de molas? E a incerteza? j. As molas estão em série ou em paralelo? Justifique. TABELAS DE DADOS Tabela 1: medidas de um experimento de queda livre feitas em Uberlândia. O tempo é medido com um cronômetro digital e a distância com uma régua graduada em milímetros. y (cm) 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 t1 (s) 0,10153 0,14359 0,17586 0,20310 0,22704 0,24870 0,26864 t2 (s) 0,10160 0,14358 0,17585 0,20306 0,22703 0,24872 0,26866 t3 (s) 0,10152 0,14358 0,17584 0,20305 0,22705 0,24869 0,26862 t4 (s) 0,10155 0,14360 0,17587 0,20307 0,22706 0,24869 0,26865 t5 (s) 0,10148 0,14361 0,17586 0,20307 0,22703 0,24871 0,26863 Tabela 2: medidas do experimento de lançamento de projétil. A distância com uma régua graduada em milímetros. (cm) 5,00 7,00 9,00 11,00 13,00 15,00 17,00 (cm) 0,95 1,95 3,25 4,8 6,74 9,00 11,50 (cm) 1,00 1,90 3,20 4,85 6,75 8,95 11,55 (cm) 0,95 1,95 3,25 4,80 6,73 8,97 11,55 (cm) 1,00 1,92 3,30 4,82 6,74 9,10 11,45 (cm) 1,00 1,90 3,20 4,81 6,76 9,00 11,55 Tabela 3: medidas do experimento de comprovação da 2ª lei de Newton feitas em Uberlândia, onde é a massa do planador. O tempo é medido com um cronômetro digital e a massa com uma balança digital. (g) 220,00 240,00 250,00 260,00 270,00 280,00 290,00 t1 (s) 0,36135 0,36986 0,37404 0,37817 0,38226 0,38627 0,39031 t2 (s) 0,36133 0,36988 0,37402 0,37815 0,38224 0,38628 0,39035 t3 (s) 0,36136 0,36987 0,37405 0,37817 0,38227 0,38631 0,39032 t4 (s) 0,36132 0,36984 0,37401 0,37814 0,38223 0,38627 0,39028 t5 (s) 0,36134 0,36985 0,37403 0,37816 0,38225 0,38629 0,39030 Tabela 4: medidas do tempo como função do número de voltas do experimento de movimento circular, O tempo é medido com um cronômetro digital e o ângulo é determinado usando como referência um pino que passa pela frente do observador a cada volta, Voltas 1 2 3 4 5 6 7 t1 (s) 0,83564 1,18174 1,44730 1,67119 1,96930 2,04675 2,21074 t2 (s) 0,83574 1,18180 1,44740 1,67129 1,86853 2,04685 2,21084 t3 (s) 0,83544 1,18154 1,44710 1,67110 1,86823 2,04655 2,21054 t4 (s) 0,83544 1,18154 1,44710 1,67099 1,86823 2,04660 2,21054 t5 (s) 0,83544 1,18154 1,44710 1,67099 1,86823 2,04655 2,21054 Tabelas do problema 5 Tabela 5,1: Deslocamento como função da massa da mola 1, Massa (kg) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 (cm) 0,21 0,39 0,58 0,80 1,10 (cm) 0,22 0,38 0,57 0,81 1,09 (cm) 0,21 0,37 0,56 0,82 1,05 (cm) 0,19 0,38 0,56 0,79 1,12 (cm) 0,20 0,35 0,59 0,79 1,11 Tabela 5,2: Deslocamento como função da massa da associação de molas desconhecida, Massa (kg) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 (cm) 0,61 1,22 1,84 2,45 3,07 (cm) 0,60 1,20 1,85 2,45 3,06 (cm) 0,63 1,21 1,83 2,46 3,06 (cm) 0,61 1,20 1,82 2,43 3,08 (cm) 0,61 1,23 1,84 2,44 3,07