UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CAMPUS SOROCABA
Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade na Gestão
Ambiental - PPGSGA
REGIANE AVENA FACO
Turismo, sustentabilidade e a gênese de um
“ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do
EcoUc/CONECOTUR.
Sorocaba
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CAMPUS SOROCABA
Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade na Gestão
Ambiental - PPGSGA
REGIANE AVENA FACO
Turismo, sustentabilidade e a gênese de um
“ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do
EcoUc/CONECOTUR.
Dissertação de mestrado apresentada ao
Programa
de
Pós-graduação
em
Sustentabilidade na Gestão Ambiental da
Universidade Federal de São Carlos,
Campus Sorocaba para obtenção de título de
mestre.
Orientador: Prof. Dr. Silvio César Moral
Marques
Co-orientador: Zysman Neiman
Sorocaba
2013
FICHA CATALOGRÁFICA
FICHA DE APROVAÇÃO
REGIANE AVENA FACO
Turismo, sustentabilidade e a gênese de um
“ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do
EcoUc/CONECOTUR.
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em
Sustentabilidade na Gestão Ambiental da Universidade Federal de São Carlos, Campus
Sorocaba para obtenção de título de mestre.
Sorocaba, 30 de julho de 2013.
Orientador:
_____________________________
Prof. Dr. Silvio César Moral Marques
Universidade Federal de São Carlos – UFSCar campus Sorocaba
Examinadores
____________________________
Prof. Dr. Thiago Allis
Universidade Federal de São Carlos – UFSCar campus Sorocaba
_____________________________
Prof. Drª. Celia Regina Tomiko Futemma
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e ao meu irmão, por sempre investirem (em todos os sentidos) na minha
evolução pessoal e profissional;
À Aline Vendramini Marques, a irmã que ganhei em Sorocaba quando pra cá mudei em
2007;
Ao meu orientador, Silvio César Moral Marques, pela paciência e pelos preciosos
conselhos e conhecimentos;
Ao Prof. Zysman Neiman, pelo companheirismo e co-orientação desse trabalho;
Aos meus colegas de mestrado, em especial, Mayra Moraes que nas horas de desespero
e de alegria esteve sempre presente;
Aos amigos: Everton Rodrigues, Karen Usida, Adriano (Duartino), Fabio Ortolano,
Angela Teberga, Fernanda Sola, Erika Assis Dias, Mariana Askar, Geise Lopes, Debora
Antunes, Gabriela Polles, Andreia Souza, Alyne Couto, Viviane Mendonça, Kelen
Cristina Leite, Kaline Mello, Mayra Moraes, Regina Miranda, Daniela Schimidt;
Emerson Arruda, Vivian Federicci, Lais Stripoli, Paulo Vinicius e Adriana Bonici;
À minha psicóloga Ruth Guimarães e sua paciência sem fim pra aguentar as minhas
insanidades;
Aos professores do curso de Turismo da UFSCar: Thiago Allis, Maria Helena Santos,
Alissandra Nazareth de Carvalho, Telma Darn e Rita de Cássia Lana;
Ao pessoal do curso de Turismo (turma 2007) da UFSCar;
As minhas novas colegas de república, em especial, Polliany Brigagão Soares, pelo
auxilio fundamental com o Excel e a tabulação dos dados;
Ao pessoal do “Faces In The Night” (grupo do Facebook) pela força durante a
confecção deste trabalho;
Aos docentes do PPGSGA, pelo empenho e dedicação na construção desse programa;
Aos membros das minhas bancas de qualificação e defesa;
À Sandra Mayer, secretária do PPGSGA,
À UFSCar, por ter sido minha segunda casa por 8 anos e por todas as experiências que
me proporcionou;
À Capes, pela bolsa concedida;
Ao pessoal da Análise e desenvolvimento de sistemas (turma 2011) da Fatec Sorocaba.
RESUMO
O presente trabalho documental, de caráter exploratório-descritivo, tem como objetivo
desenvolver uma análise acerca da pesquisa científica em turismo através dos trabalhos
(anais) apresentados nas edições do Congresso Nacional de Ecoturismo e do Encontro
Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de Conservação (CONECOTUR/EcoUc)
ocorridas até 2011. Para tal, são evidenciados alguns aspectos das pesquisas como:
origem dos pesquisadores, eixos e temáticas abordadas de acordo com as plataformas
propostas por Jafari (1989) através da obra de Rejowski (1996). A discussão se dá a
partir de uma reflexão em relação às terminologias do turismo relacionadas ao
aparecimento de conceitos como o desenvolvimento sustentável, para então construir
uma breve crítica aos modelos convencionais de turismo e compreender como o
ecoturismo se estabelece como uma alternativa a estes padrões. Em um segundo
momento, debate-se o início e a evolução da pesquisa em turismo e a importância do
surgimento de encontros acadêmicos para o fomento da área. Por fim, apresenta-se
então o CONECOTUR/EcoUc e, como este tem se desenvolvido como espaço de
debates científicos, permitido o enriquecimento de pesquisas e experiências no turismo
(enquanto prática) e na academia (enquanto reflexão).
PALAVRAS-CHAVE: ecoturismo, congresso, EcoUc.
ABSTRACT
This documentary paper, exploratory-descriptive, aims to develop an analysis of
scientific research on tourism through the annals presented in editions of the National
Congress of Ecotourism and the Interdisciplinary Meeting on Ecotourism in Protected
Areas (Conecotur / EcoUc) occurred until 2011. For this purpose, are disclosed some
aspects of the research as origin of research, axles and themes according to the platform
proposal by. Jafari (1989) through the work of Rejowski (1996).The discussion starts
with a reflection about the terminologies tourism originated with the emergence of
concepts such as sustainable development and then build a brief critique of the
conventional models of tourism to understand how ecotourism is an alternative to these
standards. In a second moment, the debate is about the beginning and evolution of
tourism research and the importance of the emergence of academic meetings for the
promotion of the area. Finally, it presents Conecotur / EcoUc and how this has
developed as an area of scientific debate, allowing the enrichment of research and
experience in tourism (as a practice) and academia (as reflection).
KEYWORDS: ecotourism, EcoUc, congresso.
LI S T A D E F I G U R AS
Figura 1. Contribuições disciplinares ao estudo doturismo...............................................6
Figura 2. Fatores logísticos do turismo...........................................................................17
Figura 3. O Turismo alternativo (MIECZKOWSI, 1995: 459).......................................22
Figura 4. Folder de divulgação do I EcoUc.....................................................................32
Figura 5. Realização do II EcoUC / VI Conecotur, em 2007..........................................38
Figura 6. Realização do II EcoUC / VI Conecotur, em 2007..........................................38
Figura 7. Imagem de divulgação do evento.....................................................................45
LI S T A D E G R Á F I C O S
Gráfico 1. Eixos de pesquisa do I EcoUC.......................................................................33
Gráfico 2. Origem dos pesquisadores do I EcoUC..........................................................34
Gráfico 3. Plataformas de abordagem do I EcoUC.........................................................35
Gráfico 4. Palavras-chave do I EcoUC............................................................................35
Gráfico 5. Eixos de pesquisa do II EcoUC / VI Conecotur.............................................39
Gráfico 6. Origem dos pesquisadores do II EcoUC / VI Conecotur...............................41
Gráfico 7. Plataformas de abordagem do II EcoUC / VI Conecotur...............................42
Gráfico 8. Palavras-chave do II EcoUC / VI Conecotur.................................................43
Gráfico 9. Eixos de pesquisa do III EcoUC / VII Conecotur... .....................................46
Gráfico 10. Origem dos pesquisadores do III EcoUC / VII Conecotur..........................48
Gráfico 11. Plataformas de abordagem do III EcoUC / VII Conecotur.........................49
Gráfico 12. Palavras-chave do III EcoUC / VII Conecotur............................................50
Gráfico 13. Eixos de pesquisa do IV EcoUC / VIII Conecotur.......................................53
Gráfico 14. Origem dos pesquisadores do IV EcoUC / VIII Conecotur........................55
Gráfico 15. Plataformas de abordagem do IV EcoUC / VIII Conecotur........................56
Gráfico 16. Palavras-chave do IV EcoUC / VIII Conecotur..........................................57
Gráfico 17. Origem dos pesquisadores (IC) do IV EcoUC / VIII Conecotur.................58
Gráfico 18. Plataformas de abordagem (IC) do IV EcoUC / VIII Conecotur................58
Gráfico 19. Palavras-chave (IC) do IV EcoUC / VIII Conecotur..................................59
Gráfico 20. Origem do Pesquisador (RE) do IV EcoUC / VIII Conecotur....................60
Gráfico 21. Plataforma de abordagem (RE) do IV EcoUC / VIII Conecotur................61
Gráfico 22. Palavras-chave (RE) do IV EcoUC / VIII Conecotur.................................62
Gráfico 23. Número de resumos em cada edição............................................................73
Gráfico 24. Número de autores em cada edição..............................................................74
LI S T A D E Q U A D R O S
Quadro 1. Ideias chave para a categorização dos trabalhos conforme as plataformas de
abordagem.......................................................................................................................13
Quadro 2. Eventos científicos em Turismo realizados recentemente no Brasil..............26
Quadro 3. Histórico do ECOUC/CONECOTUR........................................................... 30
Quadro 4. Eixos temáticos das edições do evento após 2005.........................................31
Quadro 5. Numero de trabalhos em cada eixo e edição..................................................69
Quadro 6. Modalidades de trabalho apresentadas...........................................................70
Quadro 7. Predominância da origem dos participantes em todas as edições..................72
LI S T A D E A B R E V I A T U R A S
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
ECOUC –Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de Conservação
CONECOTUR – Congresso Nacional de Ecoturismo
EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
GEA – Grupo de Estudos Ambientais
UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro
IC – Iniciação Científica
IEB – Instituto de Ecoturismo do Brasil
OMT – Organização Mundial de Turismo
ONG –Organização Não Governamental
PIB – Produto Interno Bruto
RBEcotur- Revista Brasileira de Ecoturismo
RE – Relato de experiência
SBEcotur – Sociedade Brasileira de Ecoturismo
SESC - Serviço Social do Comércio
SMA – Secretaria do Meio Ambiental
TS – Turismo Sustentável
UC - Unidade de Conservação
WWF - World Wide Fund for Nature
S U M ÁR I O
Introdução
O Turismo e as Pesquisas Científicas................................................................................1
Materiais e métodos
Ciencionometria e as plataformas de abordagem..............................................................10
Capítulo 1
Turismo e sustentabilidade: a gênese de um “Ecoturismo”............................................16
Capítulo 2
Plataformas de Abordagem e os trabalhos no EcoUC/Conecotur...................................29
2.1 – I Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / I
EcoUC.............................................................................................................................32
2.2 –II Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VI
Congresso Nacional de Ecoturismo – II EcoUC IV CONECOTUR...............................36
2.3 – III Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VII
Congresso Nacional de Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR..........................44
2.4 – IV Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação /
VIII Congresso Nacional de Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR..................50
2.4.1 – Pesquisas…....................................................................................................53
2.4.2 – Iniciação científica (IC).................................................................................57
2.4.3 – Relato de experiências (RE)..........................................................................59
Capítulo 3
Reflexões sobre os direcionamentos das pesquisas em Eco-Turismo na
EcoUC/Conecoturl...........................................................................................................63
Considerações Finais...............................................................................................77
Referencias Bibliográficas.....................................................................................81
Anexo.............................................................................................................................86
Introdução
O Turismo e as Pesquisas Científicas
D
e ma n e ir a g lo b a l, o t u r is mo t o r no u - s e u m d o s p r i n c ip a is
represent ant es
do
setor
so c io e co nô m ico
no
co mér c io
mu n d ia l p o r mo v i me n t ar e no r me s mo nt a nt es d e c ap it a l.
Confor me dado divu lgado pela Or ganização Mundia l do Tur is mo
( OMT ) a at iv id ad e c h eg a , e m a lg u ma s lo ca l id a d e s, a co nt r ib u ir
co m 5 % a 7 % d o p r o d u t o int er no br u t o ( P I B) nac io n a l e e m p a ís e s
de pequeno port e ( ilhas) co m 20% a 25% do PIB.
Ma is a nt e s q u e fo s se p o s s í v e l i ma g in ar o t u r is mo co mo u m
fenô meno t ão import ant e par a a econo mia mund ial, as pr ime ir as
me n çõ e s d e ss a at iv id a d e n a l it er at u r a fo r a m e n co nt r ad a s no in íc io
d a d éc ad a d e 1 8 7 0 , se n d o a ma io r p ar t e r e la c io na d a à g eo g r a f ia e a
eco no mia ( Jovic ic, 1988).
Segundo
aná lises
pesquisa
precursoras
desenvo lvida
da
at ividade
por
Re jo w sk i
tur íst ica
(so b
(1996),
o
as
aspect o
geográfico ) sit uar am- se na Ale ma nha, at é que no ano de 1951,
i n ic ia - se, e m â m b it o int er n ac io n a l , a A s so c i a t i o n I n t e rn a t i o n a l e
d ’ E xp er t s S c i e n t i f i q u es d u T o u ri s m e (A i e st ) , lo c a l iz a d o na S u íç a e
ainda
exist ent e,
que
t o mo u
fr e nt e
e
passou
a
desenvo lver
númeroso s est udos so br e o t urismo . Apenas nas décadas de 1960 e
1
1
7 0 o u t r o s p a ís e s e o s E st ad o s U n id o s d a A mér ic a d er a m in íc io ao
d e se n vo l v i me nt o a b i b l io g r a f ia s e sp ec ia l iz a d a s.
[...] o turismo, uma prática antiga, só aparece como
a área científica de estudos recentemente, e sua
evolução foi notável, levando -se em conta o curto
período de sua ocorrência. Mesmo considerando que
importantes bases de seu estudo foram assentada s
antes
da
Segunda
Guerra
Mundial,
seu
desenvolvimento científico só ocorreu após a mesma .
(REJOWSKI, 1999: 17)
No Brasil, o t ur ismo t em alcançado no decorrer do t empo,
u ma i mp o r t â nc ia ca d a v ez ma is s ig n i f ic at iv a no â m b it o eco nô mic o
e so c ia l. A cr i a ção d e ap o r t es in st i t u c io na is co mo o M in ist ér io d o
T u r is mo e a E mb r at u r 1 e a s s u a s d i v er sa s açõ e s vo lt a d a s p ar a o
desenvo lviment o da at ividade t ur íst ica , dão a est a um carát er de
p r o fis s io n a l iz a ção e d e n ec e ss id a d e d e d e b at es ma is ap r o fu nd ad o s
sobr e o seu plane jament o.
E m vist a do significat ivo pot encial t uríst ico br asile iro e do
seu hist ór ico de ev ent os de gr ande port e realizados no passado,
p r e se nt e e fu t u r o ( co mo a Co p a d o Mu n d o , a s er r e a l iz a d a no a no
de 2014) é possíve l imaginar que um grande vo lume de recur so s
p ar a in fr ae st r u t u r a e q u a l id ad e d e mão d e o br a e m ho t e la r ia e
1
“A Embratur - Institut o Brasileir o de Turism o, criada em 18 d e
novem br o de 1966 com o Empresa Brasil e ira de Turismo, tinha o objeti vo
de fom entar a atividade turística a o via bilizar condições para a geraçã o
de emprego, renda e desenvol vimento em todo o País. [...] Desde janeir o
de 2003, com a instituiçã o do Minist ério do Turismo, a atuaçã o da
Embratur con centra-se na promoçã o, no marketing e no apoi o à
com ercializaçã o dos pr odut os, ser viços e destinos turísticos brasil eiros
no
ext erior”.
(Fonte:
http://www.turism o.gov. br/turismo/o_
ministerio/missa o/ )
2
2
dema is
ser viço s
r e la c io n a d o s
são
co r r iq u e ir a me nt e
demandado s
p ar a o t u r is mo . Ne st e a sp ect o ,
Com esta recente valorização da área, tem -se a
necessidade, cada vez maior, de formação de
profissionais qualificados, o que só pode ser feito a
partir de um corpo teórico-prático de conhecimentos
sistematizados. Assim, a informação serviria para
subsidiar estudos, pesquisas e qualificar o mercado
do seto r. (FERREIRA, 2009).
Re jo w sk i ( 1 9 9 9 : 1 3 ) d est a ca q u e b e m co mo q u a lq u er o u t r a
área do conheciment o cient ífico , o proces so de desenvo lviment o
cient ífico
assent a-se
essencia lmente
em duas
possibil idades:
a
pesqu isa e o ensino ; cabendo a pr ime ira delas o est abe leciment o
de um fluxo cont ínuo de conhecime nt o.
Para Dencker (2007)
No turismo, o conhecimento é a base fundamental
para a elaboração de planos, projetos e programas.
A pesquisa fundamentada nos procedimentos de
metodologia científica é a base para entender a
realidade e sua dinâmica, permitindo a elaboração
de propostas que visam tanto ações em microescala,
no âmbito empresarial, quanto em macroescala, no
caso do planejamento (DENCKER, 2007:30).
S o u za et a l ( 2 0 0 8 ) p o nt u a q u e e mbo r a o t u r is mo , co mo c a mp o
cient ífico,
ainda
seja
r elat iva ment e
no vo
no
Brasil,
po is
os
pr imeiro s cur sos de gr aduação na área surgir am na déca da de
s e t e n t a 2, a p e s q u i s a n e s s a á r e a v e m c r e s c e n d o n o s ú l t i m o s a n o s .
Rejowsk i ( 1999) acent ua nest a per spect iva que
2
O primeiro curso de Turismo em nível de ba charelado no Brasil foi
criado em 1971, na Faculdade de Turismo do Morumbi, hoje Anhe mbiMorumbi (REJOWSKI, 1999).
3
3
A carência de pesquisas científicas e o reduzido
número de pesquisadores, aliados a uma falta de
estímulos ao desenvolvimento do c onhecimento do
fato e do fe nômeno d o turismo nesse País, t em
levado a uma improvisada ação do setor, com seus
evidentes reflexos e consequências de absoluta
ausência de informações concretas que possa m
sensibilizar o poder público, sobretudo aqueles
responsáveis
pelo
desenvolvimento
do
turismo.
Adiciona-se a isto uma inaceitável indiferença da
Universidade aos trabalhos de Pesquisa (Rejowski,
1999: 60).
Essa
t u r is mo
l i m it a ção d ad a p e lo
per mite
o
uso
de
caráter
um
t er mo
recent e da pesquisa
conhecido
co mo
em
“saber
t ur íst ico” que acaba por resid ir em um co njunt o de inic iat iva s
“p r io r it ar ia me nt e
do
setor
pr ivado/empresar ia l
e
meno s
da
acade mia, se jam elas univer sidades e/ou facu ldades, públicas ou
p r i v a d a s 3.
O
saber
tur íst ico
assim
produzido
é
reduz ido
às
in fo r ma çõ e s e s ist e mát ic as so br e se u set o r pr o dut ivo ” ( Mó e s h,
2002: 13).
[...] realização de pesquisas de metaciência, qu e
permitem
analisar
e
avaliar
a
qualidade
e
efetividade do conhecimento produzido em uma
determinada área, bem como suas necessidades e
déficits. O próprio progresso científico se relaciona
ou depende de avaliações sistemát icas da produção e
do trabalho dos pesquisadores, o que garante o
aperfeiçoamento constante não só do conhecimento,
como também do próprio ensino”. (GALEMBERCK,
1990, p. 627-628)
3
Com o exempl o da predominância dos dados e a valiações do turism o
advindos da iniciati va privada, pode- se apresentar o caso do Guia Brasil
Quatro Rodas da Editora Abril, o qual é publi cado de maneira
ininterrupta desde 1966 com a valiações das cidades, hot éis, restaurante
e atrativos turísticos. Ca be salientar que nã o há no Brasil qualquer
outr o sist ema
de
informaçã o turística
com
esta
longevi dade
e
sist ematicidade no que se refere aos elementos ali apresentados.
4
4
É relevant e dest a car ainda que em virt ude do s impact os e
b e n e f íc io s,
eco nô micos,
socia is
e
cu lt u r a is
que
a
exploração
t u r íst ica p o d e c au s ar e m u ma lo ca l i d ad e, s u a a n á l is e d e ma n d a u ma
visão de estudos
em caráter
mu lt i o u in t er d is c ip l in a r ,
dada
a
disper são de pesqu isadores e m t ur is mo nas diver sas ár eas, fat o
est e que “dificult a a for mação de t eorias explicat ivas que seja m
su f ic ie nt es p ar a d ar co nt a d o fe n ô me no t u r íst ico ” ( DE N C K E R ,
2007) e assim Souza et al ( 2008) co loca que
Se bem que a publicação específica da área de
turismo ainda seja limitada, o que pode ser
explicado por ser um campo de estudo recente no
país, se comparada a outras com maior tempo de
desenvolvimento, existem publicações sobre o tema
em diversas áreas, como a Geografia, Economia e
Administração, por exemplo, que também estudam as
atividades turísticas, e que precisam ser conhecidas
a fim de que possam ser mais utilizadas pelos
estudantes e pesq uisadores dos cursos de turismo.
N ess e
s ent ido,
p es qu isa dor es
em
é
possível
Turismo
e
obs er var
ta mbém
a
qu e,
pes quisa
a
for maçã o
em
turismo,
de
é
c ons t r u í da c o m o a p or t e dos ma is di ver s os r a mos da c i ênc ia , e pa r a
que s eja poss ível, poss ibilitar um ent endi ment o do fenômeno de for ma
complexa
e
diversa,
r epr es enta -s e
a
seguir
a l gu ma s
á r ea s
importâ ncia para a constru çã o cient ífica do est udo do tur is mo.
5
5
de
F ig u r a 1 . Co nt r ib u içõ e s d is c ip l in a r e s ao e st u d o d o t u r is mo
(Adaptado de Mcint osh, Robert W. et al, 2002)
S o b r e a s i t u a ç ã o d o s c u r s o s s u p e r i o r e s d e t u r i s m o n o B r a s i l 4,
le v a nt a me nt o r ec e nt e fe it o 2 0 0 6 a p o nt a u m g r a n d e au me nt o no
ofereciment o de vagas par a o est udo do set or.
Em 1994 existiam no Brasil 41 cursos de turismo, j á
no final de 1997, havia 60 cursos superiores d e
turismo e 9 cursos superiores de Hotelaria no
Brasil, em 2002, conforme dados do INEP (2002), a
oferta
pulou para 576 cursos. Esse cresciment o
4
“O estudo a cadêmico do turismo brasilei ro iníciou seus primeiros passos
na década de 1970”. [...] “ Nessa época, no Brasil assim com o em outr os
países, exi stia toda uma expectati va e credi bilid ade sobre o turism o
com o uma das “chaves que abririam as portas” do desenvol vim ent o
econômi co. Isso em funçã o do boom do turismo massi vo e a consequent e
movim entação e circula çã o de capital, cuja importância econ ômica já era
reconhecida em t odo o mundo. In formações eram vi nculadas tanto em
mei os de comunicaçã o especializados (revi stas e bol etins técnico ci entíficos), quanto em mei os de comunicaçã o de massa (jornais diários,
programas de rádio e tel evi sã o), di vul gando os aspect os positi vos d o
turismo em t oda a sua plenitude”. (REJOWSKI, 1996: 59)
6
6
contínuou a se fazer presente alcançando o patamar
de 697 cursos de turismo em 2005, conforme
informa çõ es ob tidas ju nt o ao INEP (2 005). Po rtant o,
do ano de 2002 para 2005 foram criados 121 nov os
cursos de turismo no Brasil. (RAMOS; GARCIA,
2006: 5).
Já em 2013,
r e ve lo u
a
u m a p e s q u i s a n o p o r t a l d o s i s t e m a e - M E C 5,
existência,
no
Brasil,
de
649
cursos
s u p er io r e s
de
T u r is mo ( o u o u t ro s no me s d ir et a me nt e r e la c io n ad o s co mo : G est ão
d e T u r is mo , La zer e T u r is mo , G e st ã o d e Neg ó c io s e m T u r is mo ) e m
moda lidade presenc ial e a dist ância.
Tal
expansão
confir ma
a
id éia
de
que
a
demanda
pelo
p r o fis s io n a l q u a l i f ic a d o p ar a fo me nt ar a at iv id ad e e m t o d o s o s
se u s a sp e ct o s n ão só er a e m in e nt e co mo t a mb é m fu n d a me nt a l p ar a
p r o mo ver u m s er v iço d e ma io r q u a l id ad e, não só n a p e sq u is a , ma s
t a mb é m n a p r át ic a . O me s mo p o d e s er o b ser v ad o na o fer t a d e p ó s graduação,
com
a
abertura
de
diversas
especia lidades
para
o
est u d o d o t u r is mo .
Ent ret ant o,
há
ainda
um
grande
d é f ic it
de
pesquisas
em
t u r is mo , d e mo d o q u e, co m o cr e sc i me n t o d o s cu r so s su p er io r e s e
de pós-gr aduação obser vado recent ement e , t orne- se possíve l que
supo stas lacunas em áreas de pesquisa se jam supr imidas co m o
p a ss ar d o s a no s, d a me s ma ma n e ir a q u e, co n co m it a nt e me nt e a ist o ,
o a u me nt o d e p r o fis s io n a is o ca s io n e u m ad eq u a me nt o d a g e st ão d o
t u r is mo co m a s n ec e ss id a d e s d o s e n vo lv id o s d e fo r ma su st e nt á v e l.
Cont udo,
para
que
seja
propagada
de
fo r ma
efic ie nte,
a
pesqu isa deve fazer uso de cana is de c o municação cient ífica ent r e
5
http://emec.m ec.gov. br/
7
7
os
pesqu isadores,
funda ment a l
a
est udant es
existência
de
e
e mp r e s ár io s ,
vias
de
e
para
tal
co mpart ilha ment o
é
das
pe squ is a s p ar a a co nt ínua at ua liz aç ão da s in fo r ma çõ e s so br e a
produção cient ífica. Lar a et al. (2006, p. 395) acent ua que est e
processo de co municaçã o na área cient ífica “envo lve a co nst rução,
co mu n ic a ção e u so d o co n h ec i me nt o c ie nt íf ico co m o o b jet i vo d e
p r o mo ver su a e vo lu ç ão ”. N es s e se nt id o , e n u me r a m - s e l i v r o s, t es e s
e d is s er t açõ e s, pa le st r a s, a na is de co ngr e s so s, ar t igo s c ie nt íf ico s,
e nt r e o u t r o s, c o mo fer r a me nt as bá s ic a s e e ss e n c ia is p ar a o f lu x o
da co municação cient ífica.
At u alment e,
são
inúmeros
os
p e r ió d ico s
de
t u r is mo
em
c ir c u la ção , s e nd o o ma is i mp o r t a nt e d e le s a r e v ist a “T u r is mo e m
Aná lise ”6 e event os cient íficos que ocorrem em d iver sos lugar es,
p er m it in d o o d eb at e e m d i fer e nt e s e sp e c i f ic id ad e s d a at iv id ad e
tur íst ica.
S o br e a p e sq u is a e m E co t u r is mo , P i r es ( 2 0 0 2 : 2 5 ) co lo c a q u e
[..]verifica-se uma grande defasagem em pesquisa s
aplicadas e na produção de literatura especializada.
As primeiras contribuições acadêmicas surgiram no
início da década de 1990, com abordagens que
tangenciavam o tema mediante enfoques específicos,
destacando-se a incorporação do paradigma da
“sustentabilidade” associado ao desenvolvimento do
ecoturismo, especialmente após a realização da Eco 92, no Rio de Janeiro.
6
h ttp://www.tur ismoem an álise. or g.br /tur ismoem an álise
8
8
Assim, o objet ivo pr inc ipal desta pesquisa é invest igar a
p r o d u ção c ie nt í f ic a e m t u r is mo a p ar t ir d a a n á l is e d o s t r a ba lho s 7
ap r e s e nt ad o s n a s e d içõ e s d o Co ng r es so Na c io n a l d e E co t u r is mo e
do
Encont ro
I nt erdisc ip linar
de
E co t u r is mo
em
Unidades
de
Conser vação (CONE COT UR/E coUc) ocorridas no per íodo de 2005
até 2011.
7
Com exceçã o do I EcoUC, onde não foram publi cados os resum os dos
trabalhos, foram analisados os trabalhos compl et os que constam no s
anais do evento. Nas análises dos eventos post eriores foram levados em
consideração apenas os resum os publi cados nos anais.
9
9
Materiais e métodos
Ciencionometria e as p lataformas de estudo
Confor me apo nt a Bert uzzo (2004: 35)
“A análise da produção científica de qualquer área
do conhecimento visa determinar a produtividade
científica de pesquisadores de instituições de ensino
e centros de pesquisa. A forma, o método utilizad o
deve ser adequado à temática enfocada; deve
permitir um diagnóstico claro e preciso do seu
objetivo, ou seja, analisar quali -quantitativamente a
produção científica dos pesquisadores”.
Para propor a categor ização das pesqu isas analisadas, fez- s e
uso
de
um
liter atura
método
suger ido
t écnico -cient ífica
difer ent es
p lat a fo r ma s
ou
por
do
Rejowski
tur ismo
abordagens
( 1 9 9 9 ) 8,
pode
de
ser
no
qual
agrupada
estudo,
a
em
co nfo r me
pr o po st o po r Ja far i ( 1 989) . C ad a u ma de s sa s p lat a fo r ma s su ger e
u ma p o s iç ão d ist i nt a d o p e n sa me nt o e m t u r is mo , e co e x ist e m.
Estas sendo:
P lat a fo r ma de d e fe s a ( o u ad vo cat íc ia) : co ns id er a o t ur is mo
co mo u ma at iv id ad e bo a, b e n é f ic a p ar a a so c ied ad e. S o b e st e v ié s ,
o t u r is mo é co n s id er a d o u ma at iv id ad e n a q u a l, a mp lo s b e ne f íc io s
são fo r nec ido s, e nt r e e le s: ger aç ão de r e nd a, pr es er vaç ão do me io
ambient e, cr iação de e mpregos, ent re outros, sendo co nsiderad a
uma import ant e ferr ament a par a a reconst rução de eco no mias.
8
No livr o “Turism o e pesqui sa ci entífi ca” (1999) e posteri ormente no
artigo apr esentado na Revista Brasileira de Pesquisa em T urismo. v.5,
n.3 (2012).
10
10
P lat a fo r ma de ad ver t ê nc ia ( o u de pr udê nc ia ) : co ns id er a o
t u r is mo
co mo
u ma
at ividade ru im,
ma lé f ic a
para a
sociedade.
Diant e da emergênc ia do discur so ambient al, essa pla t afor ma se
co n so l id o u co mo u ma l in h a d e p e n s a me nt o e m q u e a p lat a fo r ma d e
d e fe s a co meç a a ser co nt e st ad a, a p o nt a nd o o s e fe it o s ne g at ivo s
g er a d o s p e lo d es e n vo l v i me nt o d o t u r is mo , t a is co mo : a d e st r u iç ão
d e p a is ag e n s, s a zo n a l id ad e e i n v a s ã o d e co mu n id ad e s.
P lat a fo r ma de a dapt a ção : sur ge d o s de bat e s do s imp act o s
p o s it iv o s e ne g at ivo s d o t u r is mo . E s se mo me nt o c ar a ct er iz a - s e
co mo
uma
co nvergênc ia
das
pro postas
ant er ior es,
ponder ando
so br e o s i mp a ct o s e b e n e f íc io s d e u m o u o u t ro t ip o d et er mi n a d o d e
t u r is mo . F a la - s e d o t u r is mo a lt er na t ivo o u d e su a s a d ja cê n c ia s, o s
quais
p er m it ia m,
ainda que t eor icament e, u ma
minimização de
impactos gerados pe la at ividade tur íst ica.
P lat a fo r ma
de
co nhecimento
básico:
or igina - se
das
r ep r e s e nt açõ e s p ar c ia is d a s p lat a fo r ma s a nt er io r e s. Ne st a u lt i m a
proposta,
o
t u r is mo
é
analisado
de
fo r ma
ma is
co mpl eta
e
co mp le x a, e n ão p ar c ia l me nt e co mo na s p lat a fo r ma s a nt er io r es .
Fala- se
aqui
de
uma
visão
sist êmica,
integrada,
o
estudo
do
t u r is mo co mo u m t o d o .
Após a leitur a dessas platafor mas, tor na- se possíve l ver ificar
que
t ant o
eco t u r is mo
d e s lo ca m
a
pesquisa
perpassam
no
decorrer
em
tur is mo
todas
do
as
quant o,
etapas
t e mp o ,
até
na
que
pr incipa lment e,
med ida
ho je
em
seja
que
em
se
possíve l
11
11
aproximar- se de uma visão s ist êmica de t ur is mo, na qual u ma
cad e ia d e s er v iço s e e v e nt o s d e v er á co mp o r u m p r o d u t o t u r íst ico
d e q u a l id ad e e d e fat o su st e nt á ve l.
Nesse
sent ido,
q u a nt it at iv a
event os
so bre
a
fim
os
de
construir
t raba lho s
ECOUC/CONECOTUR
uma
pesquisa
desenvo lvidos
fo r a m
no
qual i-
âmbito
ut ilizada s
dos
t abelas
co mp ar at iv a s. C ad a q u a l co nt e n d o : e i xo ( p r e v ia me nt e d e f i n id o s
p e la o r g a n iz aç ão r e fer e nt e à e d iç ão d o eve nt o e m c ad a a no ) , t ít u lo
do t r aba lho , a ut o r es, pa la vr a s - c ha ve da pe sq u is a, p lat a fo r ma s d e
abordagem
(defesa,
advert ência,
adaptação
e
conhecim ento
c ie nt í f ico ) e o r ig e m d o s p e s q u is a d o r es ( g o v er no , set o r p r iv a d o ,
u n iv e r s id ad e p ú b l ic a, u n iv e r s id ad e p r iv a d a, in t er n ac io n a l, t er ce ir o
set o r ) p o d en d o as t ip o lo g ia s se ap r es e nt ar e m in d i v id u a l me n t e o u
junt as de acordo co m os pesquisadores envo lvido s.
Para
ident ificação
da
or ige m
dos
pesquisadores,
fo r a m
ut iliz a do s o s dado s fo r nec ido s par a a o r ganiz a ção do s r es pe ct ivo s
event os, sendo que, quando inexist ent e, era r ealizada uma busca
online para ver ificar a qual organização o pesquisador enco nt ra vase vincula do.
De p o ss e d e s sa s p lat a fo r ma s e co m o p r o p ó s it o d e cr iar u m
sist ema de categor ização das pesquisas em questão, afer iu - se a
cada u ma de las, co nt ext os chaves co nfor me segue abaixo.
12
12
Qu a d r o 1 . I d e ia s c h a v e p ar a a c at eg o r iz aç ão d o s t r ab a lho s
co nfo r me as p lat a fo r ma s de a bo r da g e m.
Defesa
Advertência
Adaptação
Con h eci men t o
Básico (Ou
Científico)
Pot encia l
tur íst ico
I mpactos
Busca de
a lt er n at iv a s
P laneja ment o
Be n e f íc io
eco nô mico
Perfil do
tur ista
Mudanças
Manejo
Aná lise das
condições
Desafio s
I nfr aest r ut ur a
Possibilidad
es
E lement os
ext er nos
Cert ificação
Tur ismo
co mo
sist ema
Dessa
for ma,
cada
pesquisa
analisada
aco r do co m o s eu co nt e xt o , fo i a ne xa da
nesse
t rabalho,
de
a uma platafor ma de
abordagem.
Par a a co nfe c ç ão de s se qu adr o fo r a m e le nc ad as e m d e f e sa ,
aq u e la s p e sq u is a s e m q u e se t in h a c o mo fo co o s a sp e ct o s p o s it i vo s
d o t u r is mo ; e m ad v er t ê nc ia, a s p e sq u is a s q u e, d e a lg u ma fo r ma ,
sina lizavam
impactos
e
a
emergência
de
uma
no va
visão
de
at iv id a d e t u r íst ic a ; e m a d a p t ação , fo r a m se le c io n ad a s p e sq u is a s
q u e já p r o p u n h a m a lg u m t ip o d e no v a e xp er iê n c ia e m t u r is mo , b e m
co mo fo r ma s d e p r o mo ver u m t u r is mo me no s ag r e ss ivo ; e p o r f i m ,
em conheciment o básico, encont ram - se os t rabalho s que t em uma
visão
mais
co mplexa
e
sist êmic a
de
tur ismo,
desenvo lvendo
quest ões r elat ivas ao planeja ment o da at ividade e t rat ando t ambé m
13
13
de temas correlatos ao turismo .
Para
a
cont agem
organizadas
em
esco lhendo -se
apresent aram
das
co lunas
para
ma io r
o
palavr as - chave,
em
ordem
gráfico
número
e
de
as
mesmas
alfabét ica
análise
r epet ições
as
4
em
cada
fo r a m
cr escent e,
(quatro)
que
ed ição
do
congresso.
E as s i m, a p ar t ir d o s d a d o s a lo c ad o s, fo r a m co n fe c c io na d a s
t ab e la s d i n â m ic a s e g r á f ico s co m o p r o pó s it o d e p r o mo ver u ma
aná lise
visual
difer ent es
da
oscilação
ed ições
do
dos:
event o,
números
o r ig e n s
de
dos
t rabalho s
na s
pesquisadores,
predo minânc ia de algumas t emát icas e posiçõ es e m det r iment o de
out ras (at ravés das plat afor mas de abordagem), apresent ando as
oscilações em cada categor ia.
Tal
método
é
baseado
na
C ie n c io met r ia,
aplicada
em
“qu ant ificação e aná lises das at ividades cient íficas inclu indo a
p u b l ic a ç ão e m p er ió d ico s c ie nt í f ic o s e l i v r o s” ( T UR NE R, 1 9 9 4 ,
p.471) sendo que no pr esent e t rabalho, serão ut ilizados os anais
do congresso cient ífico em quest ão.
Os o b jet iv o s d e s s a met o d o lo g ia s ã o e le nc ad o s p o r Ber t u z zo
(2004)
A Cienciometria analisa os aspectos quantitativos d a
geração, propagação e utilização da informação
científica, tendo em vista contribuir para o melhor
entendimento do mecanismo da pesquisa cient ífica
como uma atividad e social. (VINKLER, 1994)
14
14
É imp o r t a nt e r es s a lt ar q u e d u r a nt e a ma n ip u la ç ão d o s d ad o s,
a lg u n s it e n s s e mo st r ar a m i n co mp le t o s e, a s s i m, co m a f i n a l id ad e
de co nc lu ir a a ná lis e , e m a lgu ns c aso s ( qua ndo po s s íve is ) , fo r a m
a fer id o s va lo r e s r e la c io n ad o s ao s d e ma is e le me nt o s ap r e se nt a d o s,
int er ferências est as, sina lizadas co m um ast er isco
nas t abelas .
Par a t o do s o s ca mpo s no s q ua is não fo i po s s íve l pr e e nc her a s
la c u na s fo i a ne xada a e xpr e s são “nã o co nst a”.
15
15
Capítulo 1
Turismo e s ustentabilidade:
a gênes e de um “Ecoturismo”
C
o nt r ap o n d o - se ao t u r is mo d e ma s sa, o eco t u r is mo t e m a
su a o r ig e m, e n q u a nt o mo d e lo d e p r o d u t o t u r íst ico , no
final
de
década
de
1980.
Esta
“no va
mo d a l id a d e ” 9
ap ar ec e co mo u m r e f le xo d a s d is c u s sõ es e mp r ee n d id a s a p ar t ir d o
c o n c e i t o d e d e s e n v o l v i m e n t o s u s t e n t á v e l 10, i . e . , e d a p r e o c u p a ç ã o
o r iu n d a d o p r o b le ma d a d eg r ad aç ão a mb ie nt a l d o p la n et a p o r su a
exploração
econô mica
desenfreada.
Esta
inqu ietação
co meça
a
p ar t ir d a d é ca d a d e 1 9 6 0 , p er ío d o n o q u a l o mo d e lo d e cr e sc i me nt o
e c o n ô m i c o v i g e n t e e a d e t e r i o r a ç ã o a m b i e n t a l 11 a d q u i r i r a m m a i o r
public idade e passaram a ser objeto de estudo e reflexões em
“A hist ória da humanidade em todas as época s está pontuada de
iniciativas e feit os que dã o conta do interesse humano pela natureza,
não apenas no a spect o de sua expl oraçã o e apr oveitamento, com o faz em
ver as fa ses histórica s da ci vilização e do desenvol vim ento da
humanidade, mas também n o sentido de seu desfrut e pessoal com o
benefí ci os físi cos, culturais, psi col ógicos e espirituais. Em sua
essência, essa s iniciativa s nos aut orizam a tomá -las com o antecedente s
remot os do que atual mente se con cebe com o turism o na natureza ou de
natureza, em meio a o ampl o espectro das moti va ções de viagens e da s
tipol ogia s de turism o atualmente conheci das”. (PIRES, 2002: 29)
10 E m 1 9 8 7 , c o m a d i v u l g a ç ã o d o R e l a t ó r i o B r u n d t l a n d t ( c o m i s s ã o
constituída para avaliar os resultados da Con ferência de E st ocolm o),
define-se que a idéia de Desenvol vim ento Sust entável é aquele que “(...)
satisfaz as necessidades presentes, sem compr omet er a capa cidade da s
gerações fut uras de suprir suas próprias necessidades. (C MMAD, 1987)”.
11 E n t e n d e - s e p o r d e g r a d a ç ã o a m b i e n t a l , u m d e t e r m i n a d o n í v e l d e i m p a c t o
negativo sobre o am biente, no qual, as conseq ü ências ocorrem de forma
noci va, apresentando: derrubada de vegeta çã o, extinçã o de espéci es,
contaminação de cursos d e água, di spersã o de doença s, a cumul o d e
resíduos, entre outros.
9
16
16
esca la
in t er n a c io n a l.
Co n co mit a n t e me nt e
a
isto,
a
crescent e
apreensão co m a iminent e r edução dos recur sos d isponíve is na
nat ureza co meça a efer ves cer em uma sociedade que, diant e desse
p a no r a ma , d e u in íc io a u ma b u s ca d e a lt er n at iv a s p ar a p r o v er o
equilíbr io ent re as at ividades eco nô micas e a cr ise ambient a l que
se desencadeava.
P o r t u r is mo d e ma s s a p o d e - se co mp r ee n d er
[..] uma forma de organização do turismo que
envolve o agenciamento da atividade bem como a
interligação
entre
agenciamento,
transporte
e
hospedagem, de modo a proporcionar o barateamento
dos custos de viagem e permitir, consequentemente,
que um grande número de pessoas viaje. (CRUZ,
2003: 6)
Há d e s e p o nt u ar q u e, d e p o s se d a d e f i n iç ão d o t u r is mo d e
massa,
a lgu mas
“massificação”
r eflexõ es
do
tur ismo,
podem
ser
uma
sér ie
fe it a s.
de
Para
fatores
ocorrer
deve
a
estar
disponíve l e acessíve l, ent re e les um bar at eament o na o fert a de
t r an sp o r t es e ho sp e d a g e m e, p o r t ant o , u ma co n se q ü e nt e fac i l it aç ão
d e lo g íst ic a d e v ia g e m.
F ig u r a 2 . F at o r es lo g íst ico s d o t u r is mo
17
17
Ou seja, d evido as gr andes d ificuldades de t ransport e e as
p o u ca s o fer t as d e le it o s, a at iv id ad e t u r íst ic a a ca b a v a p o r s er
r est r it iv a a in d i v íd u o s d et e nt o r es d e p o d er aq u is it iv o s u f ic ie nt e
para despender dinheiro a lém de suas necess idades básicas co m
out ras at ividades e ent re elas viagens.
Co m
o
passar
do
tempo
e
a
e v o lu ç ão
dos
siste mas
de
t r anspo r t e e d e in fr a est r ut ur a par a a r e cep ção do s v ia ja nt e s, fo i
possíve l a um gr ande vo lu me de pessoas “co nsumir ” dest inações
t u r í s t i c a s , b e m c o m o c r i a r u m a “ a u r a ” 12 e m d e t e r m i n a d a s a t r a t i v o s .
No e nt a nt o , a in d a h á u m p ar a d o xo : co mo d i me n s io nar a at iv id ad e
tur íst ica?
A
part ir
mo d a l id ad e co mo
objet ivo
do
de
que
sendo
present e
de
mo m e nt o
massa
art igo,
é
possíve l
definir
o u r e s t r i t a 13? N ã o
ma s
são
conceitos
uma
é esse o
amp lament e
ut ilizados que ne m sempr e são claro s.
Esse co nt ext o, junt ament e a um mo ment o de expansão do
mo viment o
ambient a list a
e
da
popular ização
dos
t er mo s
12 R e f e r ê n c i a d a o b r a d e W a l t e r B e n j a m i n “ A o b r a d e a r t e n a é p o c a d e s u a
reproduti bilidade técnica”, empregada a qui com o analogia à criaçã o de
uma “aura”, que a sociedade de consumo junto com os adven tos
tecnol ógi cos e sociai s cria nos objet os/l ugares.
13 H á u m p r o b l e m a c o n h e c i d o d e s d e a A n t i g u i d a d e s o b r e a i m p o s s i b i l i d a d e
da determinação das quantidades. O que nos interessa aqui é sa ber
quando um destino turísti co se t orna “de massa” ou ainda é “rest rito”:
um exempl o é Fernando de Nor onha, o qual, embora apresente limitações
quanto ao número de pessoa s que podem visitá -la diariamente, reca i
sobre esta questã o: com um turismo diá rio limitado a 600 pessoas pode
ser considerado “restrito”? Ou já seria “d e massa”?. Sobre esta questã o,
ca be o “pr obl ema do Sorites”, formulado pela primeira vez por Zenão de
Eléia quando pergunta sobre o som produzido pela queda de um grão de
trigo: “Se um alqueire de trigo faz barulho a o cair, cada grão e cada
partícula de gr ã o deveria produzir um som a o cair, o que não ocorre
(Diel s, A 29). O argumento de Eubúlides, conhecido tam bém com o
sorites (de ccopóç = m onte), consi ste em perguntar quantos grã os de
trigo sã o necessários para formar um monte; bastaria só um grão?
Bastariam doi s?, et c. Com o é impossível det erminar em que pont o
com eça um monte, aduz -se esse argumento contra a pluralidade.”
(ABBAGNANO, 1998: 696)
18
18
desenvo lviment o
sust ent ável
e/ou
s u s t e n t a b i l i d a d e 14
acaba
por
o r ig in a r no va s p r o p o st a s d e t u r is m o , q u e e m co nt r ap o nt o co m a s
p r át ica s o b ser v a d a s le v a ao su r g i me nt o d o t u r is mo a lt er n at ivo e/ o u
s u s t e n t á v e l 15, o q u a l t i n h a c o m o p r o p ó s i t o , n a d é c a d a d e 1 9 8 0 / 9 0 ,
depreender
uma
mudança
na
fo r ma
de
co nduzir
as
at ividades
t ur íst icas co nvergindo co m a quest ão da sust ent abilidade. Nest e
sent ido, P ires ar gument a que
O conceito de sustentabilidade é introduzido no
turismo
como
um
modelo
de
desenvolvimento
turístico planejado no sentido de assegurar sua
permanência
por
longo
prazo,
integrando
as
comunidades locais e buscando a rentabilidade por
meio da gestão e otimização dos recursos, em
contraposição ao turismo convencional de sol e
praia, cujas premissas de funcionamento são as de
maximização da rentabilidade no espaço e no tempo,
exploração intensiva dos recursos e marginalização
das comunidades locais. (PIRES, 2002: 117)
Co n co m it a nt e me nt e ao p er ío d o e m q u e t o mo u co r p o o d e b at e
a cer ca d o t u r is mo su st e nt á v e l, a lg u ns au t o r es d er a m a p l ic a ção ao
conceito
de
vis lumbr ado
capacidade
este
co mo
um
de
carga
possível
na
at ividade
ind icador
para
tur íst ica,
plane jar
e
d i me n s io n ar o imp a ct o e m s ít io s t u r íst ico s.
14 D e u m a m a n e i r a g e r a l , e n t e n d e - s e p o r s u s t e n t a b i l i d a d e a p o s s i b i l i d a d e
de c on t i n ui da de d e c on di ç ões s em el h a n t es ou sup er i or e s d e vi da pa r a um
conjunto de pessoa s e seus sucessores em det erminado ecossist ema. O
conceit o de sust entabilidade é equi valente à ideia de permanência do
sist ema de vi da, expressando o compor tamento que busca obedecer às
leis da natureza (ROC HA; BACHA, 2000: 10).
15 O d e s e n v o l v i m e n t o d o t u r i s m o s u s t e n t á v e l a t e n d e à s n e c e s s i d a d e s d o s
turistas de hoje e das regi ões recept oras, ao mesm o t empo que prot ege e
amplia as oportunidades para o futuro. É vist o com o um condut or a o
gerenciament o de t odos os recursos, de tal forma que as necessidades
econômi cas, sociai s e est ética s possam ser satisfeita s sem desprezar a
manutenção da integridade cultural, dos processos ecol ógi cos essenciais,
da di versidade bi ol ógica e dos si st emas de garantem a vida (OMT, 199 8:
24).
19
19
Segundo Boo (1990 apud FARIA e CARNEIRO: 2001, p. 56) o
conceito consist e em
A quantidade de visitantes, por dia/mês/ano que uma
área pode suportar, dependendo do tipo ou tamanho
da área protegida ou natural; dependendo do solo,
da topografia, da conduta animal; e dos números e
quantidades das facilidades turísticas disponíveis.
Por sua vez, o Tour ism Co ncer n /WWF (1992) ind ica que o s
p r in c íp io s d o t u r is mo s u st e nt á v e l são : 1 ) u sar o s r ec u r so s d e
fo r ma
sust ent áve l;
2)
reduzir
o
co nsu mo
exagerado
e
o
d e sp er d íc io ; 3 ) ma nt er a d i v er s id ad e ; 4 ) i nt e g r ar o t u r is mo ao
planeja ment o;
5)
apo iar
as
eco no mias
lo c a is ;
6)
envo lver
as
co mu n id ad es lo ca is ; 7 ) co n su lt ar o s i n v e st id o r e s e o p ú b l ico ; 8 )
treinar equipes; 9) fazer o market ing; 10) realizar pesqu isas.
Ent ret ant o,
insufic ient e,
construção
t orna,
tais
po is
de
ass im,
um
o
não
postulado s
detalha m
tur is mo
discur so
apresent am - se
as
ações
calcado
na
um
t ant o
de
necessár ias
para
sust ent abilidade,
genér ico,
forma
o
a
que
per mit indo
i nt er p r et açõ e s d ú b ia s ac er c a d o q u e d e ve s er fe it o . M c Ker c h er
(1993, apud Fenne l, 2002) co nsider a que a sust ent abilidade não se
aplicar ia
ao
tur ismo ,
po is:
1)
indúst r ia dependent e de r ecursos
não
é
reco nhecido
naturais;
2)
é
co mo
uma
uma
indústria
i n v is ív e l; 3 ) é fr aco no ca mp o p o lí t ico – mu it a s v ez es n ão o bt ê m
20
20
ap o io g o v er n a me nt a l a co nt e nt o ; 4 ) au s ê n c ia n ít id a d e l id er a n ça s
q u e p e r m i t e m c o n f l i t o s d e u s o s d a t e r r a 16.
Co mo co n se q u ê nc ia d a e me r g ê n c i a
d o t u r is mo
sust ent ável
( T S ) , d iv er so s o u t r o s t er mo s t ê m s i d o d ifu n d id o s, e o b s er v a - s e, a
p ar t ir d e e nt ão , u ma d i f ic u ld ad e c o m r e la ç ão à d e f in iç ão d o q u e
vir iam a ser cada uma dessas vert ent es do t ur ismo , já que as
difer enças ent r e cada uma delas apr esent am - se de mane ira t ênue, e
mu it as v ez e s, se in t er r e la c io n a m. E st es co nc e it o s são g er a l me nt e
co n st r u íd o s so br e o s mes mo s a sp e ct o s d o T S , ma s se g me nt a m- s e
ma is específica ment e de acordo com o per fil da at ividade a ser
fe it a. U m e x e mp lo é o t u r is mo a lt er nat ivo , no q u a l e nt r e o u t r a s
diver sas
modalidades
( t u r is mo
c u lt u r a l,
agrotur ismo,
tur ismo
c ie nt í f ico ) e n co nt r a - s e o eco t u r is mo , r eco n h ec id o ho je co mo o
e mb le ma d o t u r is mo su st e nt á v e l. Ne s se mo me nt o d e t e nt at iv a d e
d e f in içõ e s, o q u a d r o a b a ixo p er m i t e u ma v is u a l iz aç ão d e co mo
es s es co n ce it o s e st ar ia m s e d e l in e a n d o .
16 N e s t e m o m e n t o o a u t o r c i t a d o f a z r e f e r ê n c i a a s d i f i c u l d a d e s e n c o n t r a d a s
no planejamento e gestã o da ati vidade turísti ca, a dependência da
atividade em relaçã o a os recursos naturais é nítida e intrínseca, senã o
indispensável, contudo sua invi si bi lidade permite a observa çã o de
impact os, na maioria das vez es, a longo prazo. Além disso, con figura -se
também com o um set or ainda defici ente em relaçã o a políti cas d e
governo, tanto para incentivo quanto para gestã o. Diante dess e
panorama, em algumas local idades, a a usência de uma liderança l oca l
que n orteie os limites e possi bilidades do turism o permite múltiplos
usos desses síti os através de uma expl oração irresponsá vel e da t omada
de decisões desalinhadas com as demandas e prioridades pontuais.
21
21
F ig u r a 3 . O T u r is mo a lt e r n a t ivo ( MI EC Z KO W S I , 1 9 9 5 : 4 5 9 ) .
Nesta direção, Fennel l afir ma que:
Como
uma
extensão
ou
apêndice
do
Turismo
Alternativo (TA), o ecoturismo cresceu como uma
consequência
da
insatisfação
com
as
formas
convencionais de turismo que, num sentido geral,
ignoraram os elementos sociais e ecológicos de
regiões em paí ses estrangeiros, em favor de um
enfoque
mais
antropocêntrico
e
concentrado
estritamente no lucro dos produtos de turismo
ofer ecidos (FENNEL : 200 2: 41).
E so br e o seu sur g ime nt o de s sa mo d a lid ad e , t e m- s e qu e o
[...] ecoturismo, ou seja, a ideia de que o t urismo
baseado na natureza poderia proporcionar benefícios
sociais e ambientais, brotou na consciência popular
do
final
da
década
de
1990,
tornando -s e
práticamente um fenômeno na década de 90. Em
diversos países, o ecoturismo transformou -se em um
importante tema de debate. Gerando um sem número
de conferências e novos cursos e estimuland o
políticas de desenvolvimento em todos os níveis d e
governo, na indústria do turismo e no movimento
ambi entali sta. (WEARING; NEIL, 2000 : VII)
22
22
De st a fo r ma , o e co t u r is mo , e m su a es s ê nc ia , co nc e nt r a - s e n o
reenco nt ro
da
relação
ho me m- nat ureza,
de
fo r ma
que
ha ja
i nt er aç ão , p er m it i n d o v iv ê n c ia s e e x p er iê n c ia s d ir et a s co m o me io .
Dent re
as
inú mer as
co nc e it u açõ es
que
são
difundidas,
três
car act er íst ic a s est ão s e mp r e i mp r e s sa s, se ja d e fo r ma l it er a l o u
nas ent relinhas, e confor me afir mam Faco e Ne iman (2010), est as
po dem ser co ns id erad as “o t r ipé da su st ent abilid ade” dent ro d a
at ividade:
1)
gar ant ia
de
co nser vação
do
me io
ambient e ;
2)
educação Ambient al; 3) benefíc ios às co munidade s recept oras.
É
pert inent e
sust ent abilidade”
me n c io n ar
pode
ser
també m
aplicado
que
em
este
outros
“t r ip é
da
co nt ext os,
por
e xe mp lo , q u a n d o t r at ad o o t u r is mo no es p a ço u r b a no , u ma v e z q u e
este també m pode incorporar car act er íst icas que possa m minimizar
seus impactos.
At u alment e,
o
eco t u r is mo
é
alvo
de
co nst ant es
ações
de
d iver so s s et o r es, po de ndo - se o bser var o e nvo lv ime nt o , de fo r ma
significat iva
e
efet iva,
de
organizações
não
gover na ment ais
–
ONG s ( qu e t a mbé m v ir a m no eco t ur is mo u ma fo nt e d e r ec ur so s) ,
elaboração
de
p o l ít ic a s
públicas
para
incent ivar
o
setor
( d iv u lg a ção d e d o cu me nt o s o f ic ia i s d e se n vo l v id o s p e lo g o v er no
co mo fo r ma d e o r ie nt ar e p a d r o n iz a r a s açõ e s vo lt ad a s a ma n e jo d a
at ividade)
e
reest abe lecer
da
própr ia
sociedade
co mo
um
todo,
que
se u s v ín c u lo s co m a nat u r e za. D a me s ma
t ent a
fo r ma ,
d e v e - s e le v ar e m co n s id er a ção a cr es ce nt e c ap ac it a ção d e g e st o r es
em
tur ismo
em
níve l
técnico
e
su p er io r ,
bem
co mo
o
23
23
ad e n s a me nt o d o s e v e nt o s c ie nt í f ico s d o set o r , p r o mo v id o s p o r t o d o
país, o que acaba por ince nt ivar a pesquisa e o debat e, cr i ando
no vos
cana is
para o
i nt er câ mb io
de
exper iênc ias,
pesquisas
e
enco nt ros cient ífico s da ár ea.
Eventos científicos em turismo e ecoturismo
Tão
import ant e
quant o
as
pesquisas
cient ífica s
desenvo lvidas, são t ambé m os seus canais de divulgação. É at ravés
deles
que
se
per mite
a
vis ibilid ade
dos
r es u lt ad o s,
sendo
a
publicação part e essencia l desse processo. Nesse sent ido, diver sa s
fer r a me nt a s se a p r e se nt a m co m o i nt u it o d e cu mp r ir e ss a fu n ç ão ,
e n t r e e l e s : p e r i ó d i c o s , l i v r o s , a r t i g o s e e v e n t o s c i e n t í f i c o s 17. N o
caso
deste
ú lt i mo ,
são
fu nda me nt a is
co mo
espaços
para
a
discussão acadê mica e pr át ica de temát icas r elat ivas a cada campo
de estudo.
No
caso
específico
do
t u r i s m o 18,
tem
sido
cr escent e
o
apar ec iment o e a cont inu idade de event os c ient ífico s realizados
17 “ E v e n t o s
são
todos
os
acontecimentos
previamente
planejados,
organizados e coordenados de forma a contemplar o maior número de
pessoa s em um m esm o espaço fí si co e t emporal, com informações,
medidas e projet os sobre uma ideia, a ção ou produt o, apresentando os
diagnósti cos de resultados e os m ei os mais efi cazes para se atingir
det erminado objeti vo” (BRITTO e FONTES, 1997)
18 R e j o w s k i ( 1 9 9 6 : 6 0 ) s i t u a o p r i m e i r o e v e n t o c i e n t í f i c o d e t u r i s m o n a
década de 70, sendo est e o I Congresso Na ci onal de Turismo, mai s
precisam ente em 1975.
24
24
em d iver sos po nt os do pa ís, fat o est e decorrent e do cr esciment o de
p r o fis s io n a is
qua lificado s
e
das
d iversas
possibilidades
e
oport unidades passíve is de sere m t raba lhadas, pr inc ipalment e e m
países
em
desenvo lviment o
at rat ivos.
Os
organizar
o
t u r is mo
objet ivo s
debate:
ur bano,
e
e
com
fo co s
ecotur ismo,
tur ismo
rur al,
são
gr ande
dispo nibilidade
var iados
na
desenvo lviment o
t u r is mo
de
base
int enção
de
de
sust ent ável,
co mu n it ár ia ,
fo r ma ção p r o fis s io n a l e m t u r is mo , p ó s - g r ad u a ção , e nt r e o u t r o s.
25
25
Qu a d r o 2 . E ve nt o s c ie nt í f ico s e m T u r is mo r e a l iz a d o s r ec e nt e me nt e no Br a s i l
26
26
As s i m, co mo e m o u t r as ár e as, o t u r is mo e, p r in c ip a l me nt e, o
eco t u r is mo , e n co nt r a m- s e e m u m i m p o r t ant e mo me nt o d e d e b at e no
me io c ie nt í f ico t a nt o no Br a s i l q u a nt o no e xt er io r . I st o se d e v e à
emer gência de quest ões relat ivas ao desenvo lviment o sust ent ável e
a
co nservação
dos
recursos
naturais,
no
qual,
são
estudadas
mane iras de co nciliar a at ividade t ur íst ica minimizando impact os,
e n vo lv e n d o co mu n id a d e s lo c a is e cap ac it a n d o - a s p ar a t a l, b e m
co mo p o r me io d e p r o p o s iç ão d e met o d o lo g ia s d e p r e v is ão d e
impact os ambient ais, ent re out ros.
Todo esse discur so acadêmico desenvo lvido e as dificu ldade s
enco nt radas
ambient ais,
em
ter mos
so mados
ao
logíst ic os,
i n cô mo d o
cu lt u r a is ,
gerado
pela
estat íst ic os
má
gestão
e
das
p o lít ic as p ú b l ic a s e p e la s p r át ic a s i mp act a nt e s d o mer c ad o e m
r e la ção ao me io a mb ie nt e, i mp u ls i o nar a m o d e b at e e nt r e q u e m s e
d ed ic a ao est u d o d o eco t u r is mo a s e mo b i l iz a r p ar a o r g a n iz ar es s a
produção.
Lavini e Rabino vici ( 2005: 124) pondera m que
A geração de conhecimento na área vem sendo
pautada por orientações nas pesquisa s, apoio às
universidades, promoção de eventos que congregam
pesquisadores e pela divulgação dessas pesquisas em
alguns setores da mídia volt ados ao assunto, em
algumas
publicações
especializadas
(revistas
e
livros),
assim
como
vários
documentos
cinematográficos e televisivos, nos quais a área
ambiental tem ganhado enorme espaço.
As s i m, co m a i nt e n ç ão d e p r o mo v e r u ma co n v er g ê n c ia e nt r e
o s d is c u r so s e t a mb é m p r o p ic ia r u ma so mat ó r ia d e fo r ça s ao
27
27
mo viment o, os event os c ient ífico s que t rabalha m a t emát ica do
eco t u r is mo , t e m s e mo st r ad o fu n d a me nt a is , co n so lid a n d o - se co mo
espaços de co nst rução co let iva do conheciment o, sendo um deles o
Co n g r e s so Nac io n a l d e E co t u r is mo e E nco nt r o I nt er d is c ip l i n ar d e
Ecot urismo em Unidades de Co nser vação (CONE COT UR/E COUC).
28
28
Capítulo 2
Platafor mas de Abordagem e os tr abalhos
no EcoUC/Conecotur
N
Int erd iscip linar
o â mb it o ac ad ê m ico , u m d o s p r i n c ip a is e v e nt o s q u e
desenvo lve a t emát ica do ecot ur ismo , no Br asil, é
o Co ng r es so N ac io n a l d e E co t u r is mo e E n co nt r o
de
E co t u r is mo
em
Unidades
de
Co nservação
( CO NE C OT UR / E C OU C) . O no me d u p lo é r e su lt a d o d e u ma ju n ç ão
fe it a e m 2 0 0 7 p ar a cr ia r u m ú n ico e v e nt o , d e fo r ma a não p er d er o
produzido
até
ent ão,
t e mát ic a s
abordadas
ma s
no
também,
debate
p r o mo v er
em
cada
a
um
amp liação
dos
das
event os,
co n v er g in d o su a s p r o p o st as. Ant er i o r me nt e a fu s ão co m o E co UC,
o
I E B 19
( I n st it u t o
discussões
de
organizando
E co t u r is mo
o
do
Congr esso
Br as il),
Nac io n a l
deu
de
iníc io
às
Ecotur ismo
(CONECOTUR), event o que er a anual e ocorreu sequencia lment e
e m 1 9 9 6 , 1 9 9 7 , 1 9 9 8 e 2 0 0 0 ( s e n d o q u e, e nt r e o s d o is ú lt i mo s ,
houve um int er valo maior).
19 O I E B é u m a s o c i e d a d e c i v i l s e m f i n s l u c r a t i v o s , c r i a d o e m 1 9 9 5 , q u e
tem com o objeti vo di fundir os princípi os da sust entabilidade, junt o a o
trade de ecot urismo, visando à conserva çã o dos recursos naturais,
culturais e hist óricos. O síti o apresenta ser viços, guia s de ecot urismo,
artigos, notícias, entre outras informações. (site ofi cial fora do ar)
29
29
Q u a d r o 3 . H ist ó r ico d o E CO UC/ C O NE COT UR
1996
1997
1998
2000
2005
2007
2009
2011
I Encontro
Interdisciplin
ar de
Ecoturismo
em Un idades
de
Conserva çã o
(I ECO UC)
II Encontro
Interdisciplin
ar de
Ecoturismo
em Un idades
de
Conserva çã o
(II ECO UC) e
VI Congresso
Naci onal de
Ecoturismo
( CONECOTUR)
III Encontro
Interdisciplin
ar de
Ecoturismo
em Un idades
de
Conserva çã o
(III ECO UC )
e VII
Congresso
Naci onal de
Ecoturismo
( CONECOTUR)
IV Encon tro
Interdisciplin
ar de
Ecoturismo
em Un idades
de
Conserva çã o
(III ECO UC )
e VIII
Congresso
Naci onal de
Ecoturismo
(CONECOTUR)
8 a 10 de
novem br o
São Paulo –
SP
Instituto IpaTiu-á e
SBECOT UR
(Sociedade
Brasileira de
Ecoturismo)
1º Congresso
Naci onal de
Ecoturismo
2º Congresso
Naci onal de
Ecoturismo
3º Congresso
Naci onal de
Ecoturismo
4º Congresso
Naci onal de
Ecoturismo.
6 a 8 de
Novembr o em
Bertioga (SP)
4 a 7 de
Novembr o em
Itabuna
(BA).
15 a 18 de
novem br o em
Fl orianópoli s
(SC).
15 a 17 de
dez em bro na
cidade de
Belo
Horiz onte
(MG).
3 a 7 de
outubr o
Ri o de
Janeiro (RJ)
8 a 11 de
novem br o
Itatiaia (RJ)
17 a 22 de
novem br o
Praia
Formosa –
Aracruz (ES)
Prom ovido
pelo Instituto
de
Ecoturismo
do Brasil IEB.
Prom ovid o
pelo Instituto
de
Ecoturismo
do Brasil IEB.
Prom ovido
pelo Instituto
de
Ecoturismo
do Brasil IEB.
Prom ovido
pelo Instituto
de
Ecoturismo
do Brasil IEB.
Grupo de
Estudos
Ambi entais –
GEA
( Un iver sidad
e Federal do
Ri o de
Janeiro)
Instituto
Ph ysi s –
Cultura e
Ambi ente
Instituto
Capixaba de
Ecoturismo –
ICE
Fonte: sites dos eventos e entrevi sta com organizadores (Org. Regiane Avena Faco, 2013).
30
30
Quadro 4. E ixos t emát ico s das ediçõ es do event o após 2005
2005
2007
2009
2011
I E nc ontr o I nt er dis c ip lina r
de Ecotur is mo em
Unida des de C ons er va çã o
(I EC OUC )
II Encontro
I nt er disc ip lina r de
Ecot uris mo em Unida des
de C ons er vaçã o (II
ECOUC ) e VI C ongr ess o
Naciona l de Ecotur is mo
(CONECOT UR)
III Encontr o
I nt er disc ip lina r de
Ecot uris mo em Unida des
de C ons er vaçã o (III
ECOUC ) e VII C ongr ess o
Naciona l de Ecotur is mo
(CONECOT UR)
IV Encontro
I nt er disc ip lina r de
Ecot uris mo em Unida des
de C ons er vaçã o (III
ECOUC ) e VIII C ongr ess o
Naciona l de Ecotur is mo
(CONECOT UR)
Eixo 1 - Ecot uris mo e
Educa çã o Ambienta l em
Ár ea s Pr ot egida s.
Eixo 1 - Ecot uris mo e
Educa çã o Ambienta l em
Ár ea s Pr ot egida s.
Eixo 1 - Ecot uris mo e
Educa çã o Ambienta l
Eixo 1 - Educação e
I nt er pr eta çã o Amb ienta l
no Ecoturismo
Eixo 2 - P la neja mento e
G estã o do Ecotur is mo em
Unida des de C ons er va çã o.
Eixo 2 - P la neja mento e
G estã o do Ec otur is mo em
Unida des de C ons er va çã o.
Eixo 2 - P la neja mento e
G estã o do Ec otur is mo
Eixo 2 - P la neja mento e
G estã o do Ec otur is mo
Eixo 3 - Manejo e
Cons er va çã o dos R ecur s os
Naturais Atra vés do
Turismo Sustentá vel.
Eixo 3 - Manejo e
Cons er va çã o dos R ecur s os
Naturais Atra vés do
Turismo Sustentá vel.
Eixo 3 - Manejo e
Cons er va çã o dos R ecur s os
Naturais Atra vés do
Turismo Sustentá vel.
Eixo 3 - Manejo e
Cons er va çã o dos r ec ur s os
natura is através do
Turismo Sustentá vel
------
Eixo 4 – Ens ino, pes quisa
e ext ensã o em Ecotur is mo
no Brasil
Eixo 4 – Ens ino, pes quisa
e ext ensã o em Ecotur is mo
no Brasil
Eixo 4 - Ens ino, P es quisa
e Extensã o em Ecotur ismo
------
------
Eixo 5 - Ecot uris mo de
Base Comunitária
Eixo 5 - Ecot uris mo de
Base Comunitária
------
------
------
Eixo 6 Empr eendedor ismo e
Inova çã o em Ecotur is mo.
Fo nt e: s it e s d o s e v e nt o s e a n a is d is p o n í v e is n a int er n et ( Or g . Re g ia n e Av e n a F aco , 2 0 1 3 ) .
31
31
2.1.– Encontro Interdisciplinar de
Unidades de conservação – I EcoUC
A
pr ime ir a
edição
do
E nco nt ro
Ecoturismo
I nt erdiscip linar
em
de
E co t ur is mo e m U n id ade s d e co ns er vaç ão ( E co Uc) fo i r e a liz a d a
no R io d e J a n e ir o , no p er ío d o d e 0 3 a 0 7 d e o u t u br o d e 2 0 0 5 ,
e
fo i
organizado
p e lo
Grupo
de
Estu dos
Ambient ais
–
GE A/UE RJ da Univer sid ad e Est ad ual do Rio de Jane iro .
F i g u r a 4 . F o l d e r d e d i v u l g a ç ã o d o I E c o U c 20
A r ea l iz aç ão d e ss e e v e nt o se d eu no int u it o d e
“promover um amplo debate entre profissionais
da universidade, instituições de ensino em
geral, poder público e privado, operadoras,
agencias e Organizações não Governamentais –
ONGs,
no
que
tange
a
aplicação
do
planejamento e manejo do ecoturismo voltados à
prática de mínimo impacto, visando não soment e
avaliar o conhecimento e as atividades que
estão sendo implementadas nas Unidades d e
Conservação,
como
também
promover
uma
relação trans e interdisciplinar, de aprendizad o
coletivo.
Esperamos
proporcionar
a
todos,
momentos
de
reflexões
e
aprendizado,
20
Fon te:<h ttp://www.ipatiua.com. br /viii_ con ecotur _i v_ ecou c/sit e/co n gr
esso_eventos_anteriores.html> Acesso em 10/03/2013.
32
32
profissionais que atuam, pesquisam e ensin am
e s t a e n c a n t a d o r a e p r o m i s s o r a a t i v i d a d e ” 21.
Segundo
est imat ivas
da
Sociedade
Brasile ir a
de
E co t u r is mo ( S BE co t u r ) , ent id ad e q u e at u a l me n t e p r o mo v e a s
ed içõ e s ( a p ar t ir d e 2 0 0 9 ) d o e v e nt o ,
o I EcoUC “cont ou co m
a p ar t ic ip aç ão d e ma is d e 4 0 0 in s cr it o s e a ap r es e nt aç ão d e
280
trabalhos
de
p e s q u i s a ” 22,
sendo
75
art igos
co mp let o s
publicados nos anais do event o, dist r ibu ídos em t rês eixo s
(Gráfico 1).
Gráfico 1. E ixos de pesquisa do I EcoUC
O b ser v a - se u ma ma io r co n ce nt r aç ão d e t r a ba l ho s no e ix o
2,
fat o
que
pode
ser
explic ado
pela
intenção
de,
pr inc ipa lment e, cent r ar o debat e na quest ão do Uso Público
21
Apresentaçã o feita pela comi ssã o organizadora e contida nos anais do
evento.
22
Disponível em:
<h ttp://www.sbecotur .or g. br /con ecotur ecou c/n ode/1 0#sth ash .Hzlln FF0.
dpuf Acesso em 10/03/2013.
33
33
das unidades de co nser vação (UCs)
estruturas
e
co nt r o le,
já
at ividades
que
este
de
é
e a
ecotur ismo,
um
dos
imp lementação de
bem
pr inc ipais
co mo
o
seu
ent rave s
do
eco t ur ismo no Br a sil.
Gráfico 2. Or ige m dos pesquisadores do I EcoUC
Confor me pode- se ver ificar no s dados arro lados acima
(Gráfico
2)
observa-se
a
baixa
expr essividade
de
outros
segment os que não os provenient es de univer sidades
edição .
Isto
pode
ocorrer
p e lo
fat o
de
uma
nessa
possíve l
concent ra ção e m exposiçõ es e debat e de cunho essenc ialment e
acadê mico, o que pode ser consequência da car acter íst ica de
e ve nt o lo c a l a i n d a ne st e p er ío d o .
34
34
Gráfico 3. P lat afor mas de abordagem do I EcoUC
Sobre o cont eúdo dos t rabalho s apresent ados de acordo
co m as plat afor mas de abordagem (Gráfico 3), t em- se uma
co n ce nt r a ção ma io r no s t r a b a l ho s q u e s e d e se n vo l v e m so b u m
aspect o de “adapt ação”, ou se ja, que abordam uma busca por
a lt er n at iv a s e d e se n vo l v i me nt o
d e mo d e lo s d e t u r is mo q u e
v is e m p r o p o r u m eco t u r is mo s u st e nt á ve l.
Gráfico 4. Pa lavras-chave do I EcoUC
35
35
Obser vando as estat íst icas de menção as palavras chave
( Gr á f ico 4 ) é p o s s ív e l no t ar q u e, se m su r p r e sa, o t er mo q u e
ma is
aparece
é
“e co t u r is mo ”,
seg uido
de
unidade
de
co nser va ção . I st o r e fo r ça do is pe ns a me nt o s: o pr ime ir o de q u e
o event o acont ece co m a propost a de debat er o ecot ur ismo
dent ro
do
cont ext o
segundo que não
de
gestão
de
unidades
protegidas,
há u ma e sp e c i f i c id ad e ma io r
e
na hora de
es co lh er as p a la v r as - c h a v e d o s t r ab a lh o s, se n d o s e le c io n a d a s
p a la v r a s d e a mp lo se nt id o .
2.2 –II Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em
Unidades de conservação / VI Congresso Nacional de
Ecoturismo – II EcoUC IV CONECOTUR
A
segunda
edição
do
Encont ro
Int er disc iplinar
de
E co t ur is mo e m U n id ade s d e co ns er vaç ão ( E co Uc) fo i r e a liz a d a
t a mb é m no E st ad o d o R io d e J a ne ir o , e m I t at ia ia, d e 8 a 1 1 d e
no v e mb r o d e 2 0 0 7 , e fo i o r g a n iz a d o p e lo I n st it u t o P h ys is –
C u l t u r a e A m b i e n t e 23. A e s c o l h a d o l o c a l s e d e u e m f u n ç ã o d a
co me mo r aç ão d o s 7 0 a no s d a cr ia ç ão d o P ar q u e N ac io n a l d o
It at iaia no ano de 2007, o pr ime ir o da hist ór ia das Unidades
de Co nser vação no Br asil. É part ir dessa edição que se dá a
23 I n s t i t u t o P h y s i s - C u l t u r a & A m b i e n t e , a s s o c i a ç ã o s e m f i n a l i d a d e
lucrativa, qualifi cada com Organização da Soci edade Ci vil de
Interesse Público (OSCIP), fundada em 15 de maio de 1991.
36
36
fusão ent re os do is event os, CONE COTUR e EcoUC, t ornando
o me s mo b ie n a l.
Na mesma linha, em 2005, o Iº Encontro
Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades d e
Conservação
·
EcoUC,
promovido
pel a
Universidade Estadual do Rio de Janeiro ·
UERJ, d ebat eu o Us o Pú blico das UC·s par a
atividades de Educação Ambiental e Ecoturismo.
Este Evento contou com a participação de mais
de 400 inscritos e a apresentação de 280
trabalhos de pesquisa, constituindo -se num dos
mais privilegiados espaços para o debate dos
temas
referentes
à
Visitação
nas
UC·s
b r a s i l e i r a s . 24
Aind a
present es
confor me
562
pessoas
dados
e
fo r a m
da
organiz ação,
apresent ados
est iver am
cerca
de
242
r e s u m o s 25.
Out ro pont o import ant e a ser dest acado é que após a
r ea l iz a ç ão d a ed iç ão d e 2 0 0 7 , o e v e nt o ad q u ir iu o co nc e it o
Qu a l is B 2 d a Ca p e s, o q u e p o d e g a r a nt ir ma io r q u a l id a d e no s
t rabalho s e u m incent ivo para aqueles que quere m divid ir
exper iências,
e,
co nsequent ement e,
efet ivá - las
at ravés
da
p o st er io r p u b l ic a ção .
24 D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / p h y s i s . o r g . b r / e c o u c / i n d e x . h t m l > . A c e s s o e m
09/05/2012. Acesso em 09/05/2012.
25 D i s p o n í v e l e m :
<h ttp://www.ipatiua.com. br /viii_ con ecot ur _iv_ ecou c/sit e/con gr esso
_ eventos_anteriores.html > Acesso em 09/05/2012.
37
37
Figur a 5. Realização do II EcoUC / VI Co necot ur, em 2007.
Fo nt e: Faco, 2007.
Figur a 6. Realização do II EcoUC / VI Co necot ur, em 2007.
Fo nt e: Faco, 2007.
38
38
Ne s sa e d iç ã o , o s e ixo s d e p e s q u is a f o r a m:

Eix o 1 – E c otur is mo e E du ca çã o A mb ienta l em Ár ea s
Prot egidas

Eixo 2 – P la neja mento e gestão do ecoturismo em
unida des de cons er vaçã o.

Eix o 3 – Ma nejo e C ons er va çã o dos Rec ur s os Na tur a is
a tr a vés do T ur is mo Sust entá vel

Eixo 4 - Ens ino, pes quisa e ext ensã o em Ecotur is mo no
Brasil.
Gráfico 5. E ixos de pesquisa do II EcoUC / VI Conecotur
S e co mp ar a d a a e d iç ão a nt er io r , é p o ss í v e l co n st at ar q u e
há
a
inserção
de
ma is
i nt it u la d o “E n s ino ,
Brasil”.
fo r ne ce
É
(Gráfico
5),
p e sq u is a e e x t en são e m E co t u r is mo
no
int er essant e
espaço
para
o
um
eixo
de
co mpr eender
debate
do
pesquisa
que,
ecotur ismo
essa
em
temát ic a
nível
de
acadê mico, o que per mite uma aut o análise so b a per spect iva
39
39
d o e ns ino d o eco t u r is mo , a in d a q u e t e n h a p o ss u íd o me no r
número de trabalhos.
Novament e,
o
eixo
2
“P lane jament o
e
gestão
do
eco t u r is mo e m u n id ad es d e co n s er v aç ão ” t e m o ma io r vo lu m e
de t rabalho s submet idos. Pode -se conclu ir que t al fat o se dá
pela propost a específica de realização dessa edição do event o
em função da co memoração da cr ia ção da pr ime ira unidade de
co n ser v a ção d o p a ís , d a n d o ma io r ê n fa s e n e ss a t e mát ic a.
Difer ent ement e da pr ime ir a edição do event o, nest a o
se g u n d o ma io r vo lu me d e t r a ba l ho s ap r e s e nt ad o s co n ce nt r a - s e
no
eixo
“Ecotur ismo
e
Educação
Ambient al
em
Ár ea s
P r o t eg id as ”. E m co n v er g ê n c ia co m a co nc e nt r a ção p r in c ip a l n o
e ixo 2 , o e ixo 1 fo r n e ce u m a sp ect o mu it o i mp o r t a nt e p ar a a
conser vação das unidades de co nser vação, podendo ser at ravé s
d o eco t u r is mo e d a ed u c aç ão a mb i e nt a l q u e s e d á a r e la ç ão
co n sc ie nt e d o ser h u ma no co m o me io a m b ie nt e e as s i m, fat o r
essenc ial par a a co nser vação de espaços nat urais.
40
40
Gráfico 6. Or ige m dos pesquisadores do II EcoUC / VI Co necotur
Igualment e
ao
event o
a n t er io r ,
a
maio r
r epr e s e nt at iv id ade no co ngr e s so fo i d a u niver s id ad e pú b lic a
(Gráfico 6), seguida pela univer sidade pr ivada e depo is pelo
gover no.
Há uma var iação ma ior de setores em relação à 1º edição
que
fo i
essenc ialment e
possíve l enco nt rar
acadêmica.
t rabalho s
Neste
advindos do
mo me nt o ,
terceiro
setor,
fo i
e
ainda que meno s expressivo, da inic iat iva pr ivada.
É r e le v a nt e r e s sa lt ar aq u i q u e o t erce ir o s et o r se mo st r a
co mo
um
r es p o n s á ve l,
import ant e
meio
desenvo lvendo
e
de
p r o mo ç ão
propondo
novos
de
tur ismo
mo d e lo s
de
g e st ão e i mp la nt aç ão d e p r o jet o s e m t u r is mo , o u a in d a co mo
ar t ic u la d o r e nt r e l id er a n ç as d e co m u n id ad es e g o ver no s.
41
41
G r á fic o 7 . P la t a fo r ma s d e a bo r d a g e m d o I I E c o U C / V I Co ne c o t u r
No que se refere ao o cont eúdo dos t rabalh os, nest a
edição
a s p lat a fo r ma s
vo lume
de
de
t raba lho s
abordagem apresent am um
em
“adaptação”,
maior
seguida
de
“co nheciment os bás icos” , ou seja, ainda mant endo o per fil da
p r i me ir a ed iç ão d o e v e nt o ( Gráfico 7) . No e nt a nt o , é p o s s í v e l
que,
a lém
da
pro ximid ade
estat íst ica
ent re
“co nhecimento bás ico e “advertência” per ceber
trabalho s
de
també m u m
sut il aument o no número de t rabalho s de “advert ência” e m
relação a pr ime ir a edição do event o, fat o que pode t er or ige m
na part icipação mais efet iva de me mbros do ter ceiro setor
nest a ed ição, sina lizando event uais proble mas co m o t ur ismo
de d et er mina da s lo c a lid ad e s. E st a p lat a fo r ma , a s s im co m já
me n c io n ad o
at ividade
de
propõe
t u r is mo
alter nat ivas
e
todos
os
ao
desenvo lviment o
fatores
envo lvido s
de
nas
mes mas.
42
42
Gráfico 8. Pa lavras-chave do II EcoUC / VI Co necot ur
É p o ss ív e l no t ar q u e, s e m su r p r e sa, o t er mo q u e ma i s
apar ece é “ecot ur ismo”, no vament e, seguido de parques e de
u n id ad es d e co n s er v aç ão ( Gráfico 8) . O fat o q u e p o d e s er
explicado
pelo
co nt ext o
de
execução
do
event o,
dada
a
co me mo r aç ão d o a n i v er sár io d o P ar q u e N ac io n a l d e I t at ia i a
d a n d o ê n fa s e a t r a b a lh o s vo lt ad o s p ar a p ar q u e s n ac io n a is ,
ainda que esses seja m categor ia de unidade de co nser vação, o
q u e e v id ê n c ia t a m b é m u ma ma io r e s p ec i f ic a ç ão na e sco lh a d a s
palavras- chave.
43
43
2.3 – III Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em
Unidades de conservação / VI I Congresso Nacional de
Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR
No ano de 2009, ocorreu a rea lização do III Enco nt ro
I nt er d is c ip l in a r d e E co t u r is mo e m U n id a d es d e Co n s er v aç ão e
VI I Co ng r es so Na c io n a l d e E co t u r is mo , r ea l iz ad o no E st ad o d o
Espir ito
Sant o
nas
dependências
do
Serviço
Socia l
do
Co mér c io ( S e s c) na P r a ia Fo r mo sa – Ar acr u z, no p er ío d o d e 1 7
a
22
de
Sociedade
no vembro.
Brasile ir a
responsabilidade
de
Neste
de
event o
ocorreu
E co t u r is mo ,
auxiliar
na
a
a
fundação
qual
organização
assumiu
das
da
a
próxima s
ed içõ e s, e d es s a fo r ma, o s a n a is d o eve nt o co me çar a m a s e r
p u b l i c a d o s n a R e v i s t a B r a s i l e i r a d e E c o t u r i s m o 26, a q u a l é
r eco n h ec id a co mo i mp o r t ant e fe r r a me n t a n a d i v u lg a ção d o s
t rabalho s nest a área.
Segu ndo e st imat iva s da o r ga n iz aç ã o , ne st a ed iç ão fo r a m
co nt a biliz a d a s 43 8 ins c r içõ e s e c er ca d e 1 92 t r a ba lho s fo r a m
a p r e s e n t a d o s 27. O t e m a c e n t r a l d o e v e n t o f o i : “ E c o t u r i s m o –
No v a d éc ad a, no vo s r u mo s: q u a l ser á a su a co nt r ib u iç ão ?”,
co m o p r o p ó s it o d e e v id e n c ia r o car át er p ar t ic ip at ivo e d e
26 A R E V I S T A B R A S I L E I R A D E E C O T U R I S M O ( R B E c o t u r ) é u m a
publi ca çã o el etrônica quadrimestral produzida pela Soci edad e
Brasileira de Ecoturism o (SBE cotur), sendo expressã o do esforç o
dos pr ofissi onais nela envol vi dos: edit ores e outros cola boradores.
Criada em 2008, seus volumes sã o editados exclusi vamente na
formataçã o
el etrônica
online
(SEER).
Disponí vel
em:
h ttp://www.sbecotur . or g.br /r becotur /seer /in dex.ph p/ecotur ism o/ar ti
cl e/ view/317/245. Acesso em: 09/05/2012.
27 h t t p : / / w w w . i p a t i u a . c o m . b r / v i i i _ c o n e c o t u r _ i v _ e c o u c / s i t e / c o n g r e s s o _
even tos_anteriores.html . Acesso em 02/06/2012.
44
44
construção
co let iv a
necessár ia
ao
ap r i mo r a me nt o
do
Ecot urismo no país.
Pr omo veu um ampl o d eba te entre pr ofission ai s
das universidades, instituições de ensino em
geral, poder público e iniciativa privada,
operadoras, agências, comunidades tradicionais
e locais e organizações não governamentais, n o
que tange a aplicação do planejamento e manejo
do ecoturismo voltado à práticas de mínimo
impacto,
visando
não
somente
avaliar
o
conhecimento e as atividades que estão sendo
implementadas no setor, como também promover
uma relação interdisciplinar de aprendizad o
coletivo, aglutinando os diversos setores numa
discussão única entorno da temática e das áreas
a f i n s 28.
Figur a 7. I magem de divulgação do event o
28 T r e c h o
retirado
dos
anais
do
evento,
D i sponível
em:
<h ttp://www.sbecotur .or g. br /r becotur /seer /in dex.ph p/ecotur ism o/in d
ex>.Acesso em: 25/05/2013.
45
45
Gráfico 9.
E ixo s de pesqu isa do III EcoUC / VII Co necot ur
A p ar t ir d o e ve nt o d e 2 0 0 9 , fo i in s e r id o u m no vo e ix o d e
pesqu isa
i nt it u la d o
“E co t u r is mo
de
Base
Co mu n it ár ia ”
( Gráfico 9) , d an d o a ber t u r a p ar a a p u b l ic aç ão d e t r a ba lho s
desenvo lvidos at ravés de pesqu isas em co munidades locais.
Essa
modalidade
programas
conso lidado
do
de
e co t u r is mo
Ministér io
co mo
uma
do
tem
sido
T u r is mo ,
import ant e
fo nt e
incent ivada
a lém
de
de
r enda
por
ter
a
se
essas
p o p u la çõ es, q u e u t il iz a m a g o r a o t u r is mo co m u ma o p ç ão d e
incr ement o de renda.
Novament e, e seguindo a t endênc ia já evidência da dos
event os
ant er iores,
o
e ixo
2
“P lane ja ment o
e
gestão
do
Ecot urismo em Unidades de Co nservação” concent ra o maior
número de t raba lho s submet idos, o que evidência a inda u ma
grande
co ncent ração
das
pesquis as
em
E co t u r is mo
a inda
at relada a cont ext os de Unidades de Conser vação.
46
46
Na me s ma l i n h a d o s e ve nt o s a nt er io r es, o s p e sq u is ad o r e s
concent ram
suas
or igens
nas
univer sidades,
pr incipalment e
públicas, segu idas de part icipação de set ores go ver nament ais
e par cer ias ent re univers idade (públicas e pr ivadas) co m o
t er ce ir o s et o r . Ou se ja , n es s e mo m e nt o , é p o ss í v e l co nst at ar
u ma ma io r ad er ê n c ia d o t er ce ir o set o r no eve nt o , a in d a q u e
pr e se nt a do pe la par cer ia co m pr o fe s so r es de u nive r s id ad es, t a l
fat o p o d e ser e x p l ic ad o p e lo fat o de q u e n ão mu it o r ar a me nt e
pode-se observar
a presença de
me mbros de univer sidades
envo lvido s na gest ão das organiz ações não gover nament a is
(Gráfico 10).
47
47
Gráfico 10.
29
O r i g e m d o s p e s q u i s a d o r e s d o I I I E c o U C / V I I C o n e c o t u r 29
A legenda da última barra é “universidade, terceiro setor e governo”.
48
48
Confor me,
t endência
per siste
já
quant o
( Grá fico
apr esent ado
às
11),
nos
p lat a fo r ma s
sendo
a
event os
de
ma io r
a nt er io r e s
abordagem
parte
dos
a
também
trabalho s
co ncent rada e m “adapt ação ” segu id a de “co nhec iment o básico ”
dada
a
relação
do
eco t u r is m o
com
outros
aspectos
so c io eco nô m ico s.
Gráfico 11.
P lat a fo r ma s d e a bo r d age m do I I I E co UC / VI I Co ne co t ur
(Org. Regia ne Avena Faco, 2013).
A
p lat a fo r ma
“defesa”
com
menor
represent at ividad e
ent re os t rabalho s t raz co nsigo u ma possíve l evidê ncia de que
o t u r is mo n ão é v ist o co m u ma at iv i d ad e t o t a lme nt e b e n é f ic a e
q u e só r e v er t e e m b e n e f íc io s e co n ô mico s. E la é u ma p r át ic a
que
pode r evert er
nisso,
co nt udo
se
adaptada
a co nt ext os
locais e a u ma sér ie de fat ores de plane jament o e gest ão.
49
49
Gráfico 12.
Palavras-chave do III EcoUC / VII Conecotur
De fo r ma ig u a l às a n á l is e s a nt er io r es, a ma io r co nt ag e m
de
t er mo s
nessa
edição
também
fo i
“e co t u r is mo ” ,
seguido
d e st a v ez p o r ed u ca ç ão a mb ie nt a l ( Gráfico 12) , o q u e p o d e
e vid ê nc ia r u ma mu da nça no e nfo q ue do s t r a ba lho s, da da a
importância
também
desta
co mo
no
me io
ent endiment o
e
finalidade
da
em
sust ent abilidade
toda
at ividade
e
de
eco t u r is mo .
2.4 – IV Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em
Unidades de conservação / VIII Congresso Nacional de
Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR
E m 20 11 , fo i r e a liz a do o I V E nco nt r o I nt er d is c ip lina r d e
Ecot urismo em Unidades de Conser vação
e VIII Co ngr esso
Nac io n a l d e E co t u r is mo , e nt r e o s d i as 8 e 1 0 d e no ve m b r o . Fo i
50
50
o r g an iz ad o p e lo I n st it u t o I p á T i - u á d e Me io A mb ie n t e, Cu lt u r a
e
Sociedade
e
p r o mo v id o
por:
Sociedade
Br asile ira
de
E co t u r is mo - S BE co t u r e Re v ist a Br a s i le ir a d e E co t u r is mo –
RBE cotur; nas dependências do SESC Pinheiros, Secr etar ia do
Me io A mb ie n t e - ( S M A) e na P r a ça V ict o r C iv it a na c id a d e d e
S ão P au lo .
Sugerimos a cid ad e de S ão Pau lo par a sedia r o
evento, pois a cidade é o berço de diversas
atividades pioneiras em Ecoturismo no B rasil; é
de onde se originaram a maior parte das
agências de ecoturismo do país e onde existe o
maior número de práticantes, formando o maior
mercado emissor do país para destinos do Brasil
e no Mundo. A cidade também está cercada d e
diversas universidades públicas estaduais e
federais,
com
uma
grande
quantidade
de
estudantes que temos a intenção de estimular a
pesquisar esta temática. A infraestrutura da
cidade e as instituições apoiadoras poderão
colaborar muito para firmar este encontro como
o maior evento acadêmico brasileiro, talvez da
América Latina,
congregando pessoas para
debater o Ecoturismo no Brasil, colaborando
com a conservação da natureza e geração
b e n e f í c i o s s o c i a i s 30.
Logo
fica
claro
o
int u it o
desta
edição
de
t ent ar
ap r o x i mar o d e b at e d o me r ca d o , ev id ê n c ia d a p e la e s co lh a d o
lo c a l s er o p r in c ip a l c e nt r o d e n eg ó c io s d o p a ís. A fa c i l id ad e
logíst ica aqui o bser vada per mit ia uma previsão de público
ma io r
do
que
as
outras
ediçõ es,
fato
este
que
não
se
conso lidou, t alvez por proble mas r elat ivo s a di vu lgação , valor
30 D i s p o n í v e l e m :
<h ttp://www.ipatiua.com. br /viii_ con ecot ur _iv_ ecou c/sit e/con gr esso
_com o_sera.html>.Acesso em 29/06/2013.
51
51
de inscr ição no event o e conflit os int er no s de organização do
me s mo .
Figur a 8. I magem de divulgação do event o
“Ao todo foram apresentados 98 trabalhos d e
pesquisa, 35 trabalhos de Iniciação Científica e
31 relatos de experiências, totalizando 164
trabalhos acadêmicos que constam destes anais
e foram apresentados no formato de pôsteres.
Nos eventos foram realizados 7 Minicursos, 1
Workshop, 11 Mesas Redondas, 6 painéis de
convidados, 3 Conferências Internacionais e 1
Nacional, além do painel de encerramento e da
p l e n á r i a f i n a l ” 31.
Nesta
categor ias:
exper iência;
ed ição
os
pesquisa,
sendo
r e su mo s
inic iação
apenas
a
foram
separados
cient ífica
pr ime ir a
e
de las
em
r elato
três
de
(pesquisa)
o r gan iz ad a co nfo r me o s e ixo s de f in ido s .
31 A n a i s d o e v e n t o . D i s p o n í v e l e m : h t t p : / / w w w . i p a t i u a . c o m . b r / v i i i _ c o
necotur_iv_ecouc/ sit e/document os/Anais%20do%20VIII%20CONE CO
TUR%20S%E3o%20Paul o%202011.pdf. Acesso em 23/06/2013.
52
52
2.4.1 – Pesquisas
Ne st a su b d iv is ão , int e n c io no u - s e e l e nc ar o s t r ab a lh o s d e
pesqu isadores já gr aduados e que at uam no Ecot ur ismo ( seja
at ravés de docência ou ges t ão, ent re out ros).
Gráfico 13. E ixos de pesquisa d o IV EcoUC / VIII Co necot ur
Na
pesqu isa
edição
de
in t it u lad o
2011,
fo i
inser id o
“ E mp r e e nd ed o r is mo
um
e
no vo
eixo
I no vação
de
no
Ecoturismo ” ( Gráfico 13), que aparece zerado neste pr ime iro
mo ment o, pois co nsidera - se dest e eixo os t rabalho s da sessão
“relatos de exper iência”.
Sem ro mper co m a co ncent r ação dos event os ant er iores, o
eixo 2 “P lane jament o e gest ão do Eco t urismo ” co ncent ra o
53
53
ma io r n ú me r o d e t r a b a lho s su b met i d o s, a in d a q u e ne st a ed iç ão
t en h a r et ir ad o s u a ê n fa s e d a s U n id a d e s d e Co n s er va ção , o q u e
ac a ba p o r en g lo b ar o u t r o s co nt e xt o s p ar a o E co t u r is mo , p o r
e xe mp lo , e m e sp aço s u r ba no s.
Um segundo dest aque vai par a o eixo 1 “Ecot ur ismo e
E d u c aç ão Am b ie nt a l”, e lo g o d e p o is no t a - s e u m eq u i l íb r io
ent re os dema is e ixo s.
É int er essant e pont uar que, a inda que haja um int er ess e
pela
área
cont ando
de
com
e mp r ee n d e d o r is mo ,
o
um
mais
número
mu it o
event o
ainda
acaba
repr esent at ivo
de
acadê micos.
Co n fo r me p o d e mo s no t ar no g r á f ico a ba i xo ( Gr á f ico 1 4 ) ,
se m
surpresa,
a
co ncent ração
ma io r
de
co ngressist as
é
no v a me nt e d a u n iv er s id a d e, p ú b l ic a , e m ma io r e sc a la. S eg u id o
p e la u n i v er s id ad e p r i v ad a e d ep o is p e lo t er c e ir o s et o r .
54
54
Gráfico 14.
Or ige m dos pesquisadores do IV EcoUC / VII I Conecotur
55
55
Gráfico 15.
P lat a fo r ma s de a bo r d ag e m do I V E co UC / VI I I Co ne co t ur
Não
diferent e ment e
do
que
já
fo i
analisado,
a
pr edo minâ nc ia qua nt o às p lat a fo r mas d e a bo r d ag e m ( Gr á f ico
15) t ambé m se mant é m, sendo gr ande part e dos t rabalho s e m
“adaptação”,
po is
a inda
busca - se
a
co nst rução
de
uma
at ividade t ur íst ica, paut ada na sust ent abilidade seguida d e
“co nhec ime nt o bá s ico ”, o que r e fo r ça a s r e la çõ e s e m d ive r sa s
esca las
para
co mposição
do
e co t u r is mo .
A
p lat a fo r ma
“advert ência”, que s ina liza par a a lgumas quest ões refer ent es
aos
impactos
do
eco t u r is mo ,
apresent a
alguns
t raba lho s,
seguida da platafor ma de “defesa”.
56
56
Gráfico 16.
Palavras-chave do IV E coUC / VIII Conecotur
E m co nvergência co m as análise s das outras ediçõ es, a
palavra- chave que apr esent ou maio r ocorrência (Gr áfico 16)
fo i “eco t u r is mo ”, seg u id o p o r “t u r i s mo ”, co n seq u ê n c ia d e u ma
abordagem ma is ger al do set or, ou da ut ilização de out ras
no menclat uras que t rat am d e “t ur is mo d e nat ureza”, “t ur is mo
verde”, ent re out ros.
2.4.2 – Iniciação científica (IC)
E m “ in ic ia ç ão c ie nt íf ic a ” fo r a m o r g a niz ado s o s t r a ba lho s
de est udant es de graduação, e t em se apro x imado recent ement e
da pesquisa cient ífica . Sem a int ens ão de cat egor izar esses
t rabalho s, est es não se inserem no s eixo s de pesquisas.
57
57
Gráfico 17. Or igem dos pesquisadores (I C) do IV EcoUC / VIII Co necotur
Nest a et apa, vist o que apenas se enco nt ram est udant es,
no vament e
a
concent ração
reside
nas
univers id ades,
p r in c ip a l me nt e na p ú b l ic a, co m u ma m í n i ma p ar t ic ip aç ão d a
univers idade pr ivada ( Gráfico 17).
Gráfico 18.
P lat a fo r ma s de a bo r d ag e m ( I C) do I V E co U C / VI I I Co neco t ur
Em
r elação
ao
t ip o
de
posição
adotada
confor me
as
p lat a fo r ma s ( Gr á f ico 18 ) , no va me nt e o d is cur so fo c a- se e m
“adapt ação”, ou seja, em um discurso que busque agregar os
58
58
co n ce it o s d e s u st e nt a b i l id ad e à s a t iv id ad es d e t u r is mo . E m
se g u n d o lu g ar , a s s i m co mo d e ma i s ca so s, o “co n h e c i m e nt o
b á s ico ” co lo ca - s e e m se g u n d o lu g ar .
A palavra- chave (Gr áfico 19) co m maior cont abilização
fo i
“e co t u r is mo ”,
seguido
de
“ t u r is mo ”
e
“unidade
de
co nser va ção ”, co nfo r me t a be la e gr á f ico a s egu ir .
Gráfico 19.
Palavras-chave (I C) do IV EcoUC / VIII Co necotur
2.4.3 – Relato de experiências (RE)
Ne st e e sp aço , e st ão a lo c ad o s o s t r a ba lho s d o q u e ser ia
cha mado
de
E ixo
6
E mp r e e n d e d o r is mo
e
I no vação
em
Ecoturismo. Resume m- se a tratar de exper iênc ias prát icas de
d e se n vo l v i me nt o e i mp la nt a ção d e p r o jet o s.
59
59
G r á f i c o 20 . O r ig e m d o P e s q u is a d o r ( RE ) do I V E co U C / VI I I Co ne c o t ur
Por ser um campo de teor mais prático, obser va- se que a
ma io r p ar t e d o s au t o r es , n e st e c aso , v ê m d o t er ce ir o set o r , o u
se ja, O NG s , q u e g er a l me nt e são in s t it u içõ es q u e d es e n vo l v e m
p r o jet o s d e t u r is mo , p r in c ip a l me nt e r e fer e nt e s a co mu n id a d e s
locais e plane ja ment o part ic ipat ivo. E m um segundo mo ment o,
d e st aca - s e a i n d a a u n iv e r s id a d e p ú b l ic a, q u e p o r me io d e seu s
ser vidores t rabalha conjunt ament e na imp lant ação de pro jet os
d e d e s e n vo lv i me n t o e g est ão d e t u r is mo . E e m u m ú lt i mo ca so ,
enco nt ra- se o go ver no e a sua parcer ia co m a univers idade
p u b l ic a. O r e lat o d e e xp er iê n c ia a q u i se co nc e nt r a, e m ma io r
part e, na imp lant ação e f eedback de programas de incent ivo ao
60
60
t u r i s m o ( G r á f i c o 20 ) .
G r á f i c o 21 . P la t a fo r ma d e a bo r d ag e m ( R E ) do I V E co U C / VI I I Co ne co t ur
No caso dos r elat os de exper iênc ia, not a -se um equilíbr io
e n t r e “ a d a p t a ç ã o ” e “ c o n h e c i m e n t o b á s i c o ” ( Grá fico 21 ). O fa t o
d e ss a mo d a l id ad e d e t r a b a lh o co nt e r u ma a bo r d ag e m d e r e lat o
p e sq u is a p r át ic a i n l o co ma is e n f at ic a me nt e, t o r na - s e ma i s
prováve l
que
haja
um
anseio
que
aver iguar
fo r ma s
de
aproximar a realidade às propost as de t ur ismo sust ent ável e m
níve l
sistêmico,
po nderando
be n e f íc io s
e
os
cont rapont os
enco nt rados.
61
61
Gráfico 22. P alavras- chave ( RE) do IV EcoUC / VIII Conecot ur
Segu indo a ló gica oper ant e e m t odas as análises, aind a
que
em
r elatos
significat ivas
em
de
exper iênc ias,
re lação
aos
não
t er mo s
houve
chave
mudança s
esco lhido s
(Gráfico 22), sendo novament e o mais ut ilizado “ecot ur ismo”.
A “u n id a d e d e co ns er v aç ão ” e m s eg u n d o lu g ar a p ar ec e aq u i
co mo
um
po nt o
int er pret ação
de
import ant e,
que
p o is
gr ande
parte,
poder ia
co nduzir
senão
todas,
a
das
e xp er iê n c ia s r e lat a d a s o co r r e m n e s t es es p a ço s, ló g ic a r e fo r ç a
p e lo
terce iro
it e m
“parques”,
o
qual
cabe
a inda,
a
uma
categor ia de unidade de co nser vação.
62
62
Capítulo 3
Ref lexões sobr e os dir ec ionamentos das
pesquisas em ecot urismo na
EcoUC/Conecotur
C
om
base
abrangênc ia
dos
dados
do
event o
t orna - se
no
sent ido
per cept íve l
a
de
a
p er m it ir
p ar t ic ip aç ão d e d iv er so s at o r es so c ia is , t a is co mo :
ONGs, co munidades, est udant es, pr ofissio nais, pesquisadores,
p o lít ico s, ar t ist a s e ar t e são s. Co nt u d o , co m b as e no q u ad r o 2
(pag.25) é possíve l infer ir que sua organização se dá através
de
inst ituiçõ es
part icu lar es,
cont ando
apenas com o
ap o io
i n st it u c io n a l d as u n iv er s id a d e s ( co m e x ce ção d e 2 0 0 5 ) , d a í a
co n st it u iç ão
de
sust ent a
discur so
o
seu
caráter
de
científico.
que
o
Esse
t u r is mo ,
fato
e
també m
inic iat ivas
r e la c io n ad a s a e le, são p r io r it ar ia me nt e d e o r d e m p r i v ad a, a
e xe mp lo d a s O NG s.
Co m a evo lução t emporal dos event os, é obser vável a
cr iação de mais eixos de pesquisa (ver t abe la 3), ele ment o
est e fu n d a me nt a l co mo fo r ma d e o r g a n iz ar e s ist e mat iz ar o s
t rabalho s
apresent ados.
segment ação
da
própr ia
Tal
desme mbr ament o
at ividade
de corre
ecotur íst ica
e
da
suas
es p e c i f ic id ad es, já q u e e st a s e co n st it u i d a r eu n ião d e v ár io s
63
63
atores
soc iais
pesqu isadores,
outros).
em
diver sos
tur istas,
Nesse
sent ido,
cont ext os
est udant es,
a
cr iação
setor
de
( co munidade,
pr ivado,
novo s
ent re
eixo s
vis a
cont emp lar as diversas demandas dent ro de um univer so de
possibilidades de debate acerca da atividade na medida em que
as pesqu isas se int ensifica m.
E m uma análise da evo lução dos eixo s t emát icos do s
event os
pode-se
observar
a lt e r açõ e s
nas
ênfases
e
preocupações dos t emas no que se refer e ao desenvo lviment o
d e st es e st u d o s. E xe mp lo d is so , o e ixo 1 p er ma n e c e in a lt er ad o
at é a t erceira ed ição do event o, quando perde sua especifidade
de
tratar
apenas
de
área
protegidas.
Tal
fato
o corre
p r o va v e l me nt e p o r q u e a p ar t ir d e u m d ad o mo me nt o as ár ea s
p r o t eg id a s não se co n st it u e m ma is co mo o ú n ico e sp aço p ar a
o co r r ên c ia d e E co t u r is mo e E d u c a ção Am b ie nt a l, p o d e n d o - s e
e nt ão p er m it ir u m t r at a me nt o d a t e mát ic a e m o u t r o s â m b it o s .
Já na ú lt i ma ed iç ão a n a l is a d a, h á a i n d a u ma mo d i f ic a ção ma i s
significat iva, na qual insere - se a educação e a interpr etação
ambient al
dent ro
do
e co t u r is mo .
Sobre
a
sua
import ânc ia,
La yrar gues d iscorre:
O ecoturismo é tradicionalmente considerado um
veículo da educação ambiental, encarregado
sobretudo da sensibilização e aquisição d e
conhecimentos
ecológicos.
Por
outro
lado,
considerando os riscos do ecoturismo que podem
comprometer sua própria sustentabilidade, a
educação ambiental se transforma em veículo d o
ecoturismo. Assim, a educação ambiental no
contexto do ecoturismo, assume novos contorno s
no que diz respeito às suas metas, pois agora, a
importância de uma eficaz sensibilização do
64
64
turista com relação à proteção ambiental e
cultural do espaço visitado, necessária pa ra a
natureza e a comunidade local, também se refere
à
sustentabilidade
do
próprio
negócio
e c o t u r í s t i c o . ( L A Y R A R G U E S , 2 0 0 4 ) 32
Já
no
consider am
eixo
o
2,
as
duas
planeja ment o
pr ime ir as
e
a
ed ições
gestão
em
do
event o
unidades
de
co n ser v a ção , e n q u a nt o o s d o i s ú lt i mo s e v e nt o s aco mp a n h a m a
lógica das alt er ações do eixo 1, consider ando o planeja ment o
e a gest ão não só em unidades de conser vação, mas t ambé m e m
o u t ro s s ít io s e co nt e xt o s.
A
import ância
do
plane ja mento
no
turismo
é
i n q u e st io ná v e l e m q u a lq u er mo d a l i d ad e, s e nd o o eco t u r is mo
embasado em uma sér ie de aspectos já arro lado s acima, e ao
propor
u ma
sust ent abilidade,
at ividade
t orna - se
assent ada
em
fundament al
p r in c íp io s
at ent ar - se
a
da
um
p la ne ja me nt o ade qu ada me nt e e la bo r ado , de fo r ma qu e a g est ão
da at ividade co nsiga at ingir os o bje t ivo s a que se propôs.
I r v in g ( 2 0 0 2 : 4 7 ) a cr e d it a q u e
O planejamento e a gestão do ecoturismo em
áreas protegidas representam, nos dias atuais,
um dos maiores desafios que o país enfrenta,
com
o
objetivo
de
compatibilizar
os
pressupostos de conservação ambiental, em
áreas
de
elevado
valor
patrimonial
de
biodiversidade, com a operacionalização do
conceito de desenvolvimento sustentável.
32 D i s p o n í v e l e m : h t t p : / / w w w . s e n a c . b r / I N F O R M A T I V O / B T S / 3 0 1 / b o l t e c
301e.htm. Acesso em: 04/12/2012.
65
65
D i fer e nt e me nt e d o s e ixo s a n a l is a d o s at é o mo me nt o , o
e ixo 3 fo i o ú n ico q u e a i n d a n ão so fr eu q u a lq u er a lt er a ç ão ,
per manecendo co m o no me de “Manejo e Conser vação dos
Recursos
Naturais
At ravés
do
Tur ismo
Sust ent ável”.
A
possíve l explicação pode ser encont rada no fat o de que est a
discussão cont ínua sendo essenc ial para o alcance do t ur ismo
su st e nt á v e l, já q u e o “p r o d u t o ” a se r ve n d id o no E co t u r is mo é
o p r ó p r io r e cu r so n at u r a l.
E m 2 0 0 7 é p o s s í v e l p er c e b er a in c l u s ão d o no vo t e ma, o
“E n s ino , p e sq u is a e e xt e n são e m E co t u r is mo no Br a s i l” ( E ix o
4)
isto
se
obser vada
proposto
deve
nos
p e lo
a
me io s
crescent e
discussão
a c a d ê m i c o s 33,
E co t u r is mo ,
sendo
e
esta
so bre
também
um
no vo
ecotur ismo
ao
caráter
segment o
ap o iad a e m p la n e ja me nt o e na e x p ect at iv a d e b e n e f íc io s ao
ambient e e as co munidades, pr imo rdialment e. Nessa direção,
Mart ins afir ma
Como o turismo é uma atividade que s e
caracteriza por ser multifacetada, ou seja, nela
estão inseridos vários segmentos do mercado
além
dos
sociais,
ambientais,
políticos
e
culturais, apreende-se daí necessidade de seu
aprofundamento
em
termos
de
pesquisa s
acadêmicas. (MARTINS et al, 2007)
33 C r e s c i m e n t o e v i d ê n c i a d o p e l o a u m e n t o d e g r u p o s d e p e s q u i s a e
revi stas de caráter ci entífico que aborda m a temática, a exempl o, a
Revi sta Brasileira de E coturism o, criada em 2008. Levantament o
recente ela borado sobre os grupos de pesquisa pode ser encontrado
em: Neiman, Z.;Saraceni, R.F.; Geerdi nk, S. Levantamento quali quantitativo da produçã o ci entífic a sobre Ecoturism o no Brasil .
Revi sta Brasileira de Ecoturism o, São Paul o, v.3, n.3, 2010,
pp.528-555.
66
66
E ainda
Por ser um segmento novo, o Ecoturismo é qu e
mais carece de aprofundamento através d e
estudos e pesquisas, uma vez que ele difere dos
demais por aliar experiências de educação
interpretativa, valorização das
comunidades
tradicionais, promoção da conservação e de
desenvolvimento sustentável do meio ambiente
(KINKER, 2002).
Quant o aos eixo s 4 e 5 do co ngr esso de 2011, obser va - s e
uma
alter ação
no menclat ura
mudanças
de
em
ordem
e
relação
substancia is
pequenas
ao
de
event o
co nt eúdo
a bo r d a n d o t e mát ic as se me l h a nt e s .
a lt er açõ e s
a nt er io r ,
ainda
que
quant o
que
à
trazem
prossiga m
Na pr ime ira vez e m que
ap ar ec e, o it e m se ap r es e nt a co mo E n vo lv i me nt o Co mu n it ár io
no E co t u r is mo , su g er i n d o u ma e nt r ad a p ar a e nt e n d er a fo r m a
at ravés
da
qual
se
dão
as
int er ações
ent re
a
co munidade
envo lvida na at ividade ecot ur íst ica. Já a mudança de no me
p ar a “E co t u r is mo d e B as e Co mu n it á r ia ” p er m it e a in c lu s ão d e
u ma no v a mo d a l id ad e d e t u r is mo su st e nt á v e l, o t u r is mo d e
base co munit ár ia, no qua l a co munidade não é só part e de u m
pr o dut o t ur íst ico , mas fo co pr inc ip a l de la , a lé m de co nt r ibu ir
d ir et a me nt e na o p er a c io n a l iz aç ão
d o me s mo . P ar a C ar v a lh o
(2007)
O
turismo
comunitário
destaca -se
pela
mobilização da comunidade na luta por seus
direitos contra grandes empreendedores
da
indústria do turismo de massa que pretendem
ocupar seu território ameaçando a qualidade d e
vida e as tradições da população local. Este
modelo de turismo através do desenvolvimento
comunitário é capaz de melhorar a renda e o
bem-estar dos moradores, preservando os
67
67
valores culturais e as belezas naturais da (sic!)
de cada região.
P o r f i m, na ú lt i ma ed iç ão d o e ve nt o , é in ser id o u m no vo
eixo,
in t it u lad o
Ecoturismo”
( eixo
e mp r ee n d e d o r is mo
“E mpr eendedo ris mo
e
Ino vação
em
6).
É
a
import ância
do
p ara
o
do
de
co ns iderável
desenvo lviment o
turismo,
fo r ma q ue est e po s s ib ilit a não só o incr e me nt o de r e nda par a
co mu n id ad es
souvenires
que
inic ia m
t ípico s
e
vendas
também
se
de
produtos
estruturam
locais,
para
o ferecer
ser v iço s e m t u r is mo , ma s t a m b é m p er m it e q u e no va s e mp r e sa s
co m p r o p ó s it o s
ino vadores
se desenvo lva m,
dina mizando
a
eco no mia e o fer t a nd o no vo s p r o d u t o s t u r íst ico s ao mer c ad o .
Co mo o b ser v ad o na e vo lu ção t e mp o r a l d o s e ve nt o s d e
eco t u r is mo ,
ocorreram t ransfor mações no
que
se refere ao
p r ó p r io e n fo q u e q u e s e a p r e se nt a na s t e mát ic as ( e ixo s) d o
co n g r e s so . T a is mu d a n ça s p ar e ce m in d ic ar q u e o eco t u r is mo
ainda
não
alcançou
p r o p o r c io nar ia m
ma io r
u ma
matur idade
estabilidade
dos
de
debates
temas
a
que
serem
discut idos, o que poder ia ser co nsequênc ia desta ainda ser
co n s id er ada u ma t e mát ic a r ec e nt e, d e fo r ma qu e, a q ua l e st ar ia
su b met id a a u ma co n st r u ção d e c o nc e it o s co r r iq u e ir a me nt e
de s fo c ado s da pr át ica o bser vad a, se ndo e nt ão u m e spa ço d e
exper iment ação, po is, à medida que novas frent es e ele ment o s
são incor porados no d iscur so, novos co nt ext os de pesquisa s
68
68
são desenvo lvido s.
Quadro 5. Numero de t rabalho s em cada e ixo e edição
Ainda, d ialogando so bre o s eixo s, é possíve l, em uma
a ná lis e co mpar at iva, p er c e ber qu e a ed iç ão d e 20 07, fo i a ma is
expr essiva
em
concent rando
edições
os
sua
t er mo s
de
maior ia
no
número s
quant idade
eixo
oscilava m,
em
2,
de
enquant o
sua
trabalhos,
nas
ma io r ia,
outras
em
uma
margem de menor discr epância ent re os eixo s.
Ap ó s a le it u r a d as p lat a fo r ma s t o mad a s co mo r e fe r ê n c ia ,
t orna-se po ss íve l t ambé m, ver ifica r que t ant o a pesquisa em
t u r is mo
quant o,
pr incipalmente,
em
ecotur ismo
perpassam
t odas as et apas na medida em que se deslocam no decorrer do
t e mp o , at é q u e ho je s e ja p o s s í v e l ap r o x i mar - s e d e u ma v is ão
sist êmica
de
tur ismo,
na
qual
uma
cad eia
de
ser viço s
e
event os dever á co mpor um produt o t ur íst ico de qua lidade e de
fat o su st e nt á ve l.
69
69
Quadro 6. Modalidades de t rabalho apresent adas
2005
2007
2009
2011
I Encontr o
I nt er disc ip lina r
de Ecotur is mo
em Unidades de
Cons er va çã o
(I EC OUC )
II Encontro
I nt er disc ip lina r
de Ecotur is mo
em Unidades de
Cons er va çã o
(II ECOUC) e
VI C ongr ess o
Naciona l de
Ecot uris mo
(CONECOT UR)
III Encontr o
I nt er disc ip lina r
de Ecotur is mo
em Unidades de
Cons er va çã o
(III EC OUC ) e
VI I C ongr es s o
Naciona l de
Ecot uris mo
(CONECOT UR)
IV Encontro
I nt er disc ip lina r
de Ecotur is mo
em Unidades de
Cons er va çã o
(III EC OUC ) e
VIII C ongr ess o
Naciona l de
Ecot uris mo
(CONECOT UR)
Trabalhos
Completos
R esu mos e
Trabalhos
Completos
R esu mos e
Trabalhos
Completos
R esu mos e
Trabalhos
Completos
Apr es enta çã o
Oral
Apr es enta çã o
em for mat o
banner.
------
------
Apr es enta çã o
em for mat o
banner e oral
Apr es enta çã o
em for mat o
Ba nner
Pes quisas, IC,
R elat os de
exp er iênc ia s.
------
Fo nt e: s it e s d o s e v e nt o s e a n a is d is p o n í v e is n a int er n et .
(Org. Regiane Avena Faco , 2013)
As mo d a l id ad es d e t r a ba lho s t a m b é m se a lt er ar a m n o
decorrer
do
apresent adas
tempo,
3
sendo
categor ias
pe squ is ado r e s já fo r ma do s e
que
de
em
sua
últ ima
t raba lho s:
edição
pesquisa
são
(para
p r o fes so r e s u n i v er s it ár io s) ; I C
( in ic ia ç ão c ie nt í f ic a, vo lt a d o p ar a a lu no s d e g r a d u a ção e m
t u r is mo o u ár e as co r r e lat a s) e r e lat o s d e e xp er iê n c ia s, no q u a l
ser ia m a bo r d a d o s i n ic iat i v a s d e ec o t u r is mo e s eu s r e f le x o s e
r es u lt ad o s, s e nd o u ma le it u r a ma is p r át ic a e n ão t ão ca lc ad a
no
discurso
pr imeir a
acadêmico.
ed ição
fo r a m
Deve-se
publicados
me n c io n ar
t rabalho s
que
apenas
co mpletos
na
no s
a na is d o e v e nt o . A e xp l ic aç ão p o s s ív e l p ar a t a l mo d i f ic aç ão
70
70
nas
edições
seguint es
é
que,
a
p r i n c íp io ,
o
E co Uc/ CONE COT UR se co n st it u ía c o mo u m e v e nt o d e p eq u e n a
esca la
que
per mit ia
po rt ant o
a
exposição
integr al
dos
t rabalho s. Co m o decorrer das ediçõ es e o adensament o no
número
de
part icipant es,
a
publicação
dos
r esumos
e
a
expos ição por meio dos banner s acabou maximizando o t empo,
a lé m d e p er m it ir u m ma io r f lu xo d e t r o cas d e e x p er iê n c ia s.
Pádua (2010: 215) afir ma que
A partir da década de 1990, a modalidade
pôster apresentou um crescimento significativo
na graduação, portanto, extrapolando o âmbito
tradicional da pesquisa strictu sensu e da pós graduação”
[...]
“essa
estratégia
de
socialização tem possibilitado ampliar a troca
direta e pessoal entre os participantes de
eventos acadêmico-científicos, bem como pode
se constituir numa primeira vivencia dos
alunos, no que se refere à comunicação e
divulgação dos resultados dos seus trabal hos
científicos, sejam estes individuais ou em
grupos.
A lé m d is so , t a nt o o e n v io d e r e su m o co mo a ap r es e nt a ção
e m b a n n er p o d e s er e nt e nd id o t a mb é m co mo u m mét o d o ma i s
s i mp le s e q u e , p o r t ant o , p o r p er mit ir ma io r f le x i b i l id a d e p ar a
aqueles
que
apr esent ar e m
seus
trabalhos,
pelo
fato
de
provocar menor t ensão do que uma apresent ação co mplet a e/ou
o r a l.
Cabe
r e s sa lt ar
també m
que,
essa
fac ilidade
na
co mu n ic a ção d e p es q u is a s v ia b a n n er , p er m it e u ma at r aç ão
ma io r d e p e sq u is a d o r es ma is no vo s e e st u d a nt es e m in íc io d e
carr eira acadê mica.
71
71
Q u a d r o 7 . P r e d o m i n â n c i a d a o r i g e m d o s p a r t i c i p a n t e s e m t o d a s a s e d i ç õ e s 34
De aco r d o co m o já o b ser v ad o no s g r á f ico s a nt er io r e s e
n e st e ú lt i mo , a p r ed o m in â n c ia e m t o d as a s e d içõ e s t ê m s id o d a
univers idade
pr ivada).
pública
Ainda
(e
que
a
em
seguid a
organização
pe la
dos
univers idade
event os
seja
p r o ve n ie nt e d e me mb r o s d es s a i n s t it u iç ão , t a l p er sp e ct iv a é
um t ant o preocupant e.
O t ur ismo parece ent ão, operar em duas lógicas, uma e m
que mer cado faz o que be m ent ende em busca do lucro at ravés
d a e xp lo r aç ão e d iv u lg aç ão d e no vo s d e st ino s, mu it a s v e ze s
n ão le v a n d o e m co nt a fat o r es so c io a mb ie nt a is lo c a is ; e o u t r a
assent ada na aut ono mia do discur so acadêmico, no qua l busca se u ma at iv id ad e a l ia d a ao s p r ec e it o s d a su st e nt a b i l id a d e e
b e n e f íc io a s co mu n id ad e s lo ca is . L o g o , esse g r á f ico r e v e la o s
se g u i nt e s d i le ma s : e m t er mo s p r át i co s, o d isc u r so aca d ê m ic o
t em co nverg ido co m as prát ica s d e mer cado ? At é qu e po nt o
esses t rabalho s apr esent ados revela m exper iênc ias pr át ica s de
t u r is mo o u ap e n as r e f le x õ e s u t ó p ic as a c er c a d o p la n e ja me nt o
do que dever ia ser ?
A
apro ximação
mo ment os
sina liza
ent re
uma
os
diver sos
inic iat iva
de
seto res
d ia lo g o
que
em
raros
pode,
e
34
Parcerias entre os setores (governo, universidades, terceiro setor) foram descartadas deste gráfico
devido ao montante ser muito inferior aos que foram elencados.
72
72
d e v er á , co n so lid ar u m ma io r ap r o v e it a me nt o d a p e sq u is a e m
t er mo s d e a ção p r át ic a e me lh o r ia s n a g e st ão d o s ne g ó c io s e
n a at iv id ad e, s e nd o es s e n c ia l, o est u d o v i n d o d a u n i v er s id ad e
não
t ornar-se
r e d u c io n ist a
a
fim
de
produzir
um
debate
exc lusivo so b o pont o de vist a de mercado.
No me s mo se nt id o , a n á l is e s co n ju nt as e nt r e o s set o r es d e
ed u c a ção co m o g o v er no d ão fo r ç a cr ít ic a e f ee d b a ck a s açõ e s
d e in c e nt iv o ao t u r is mo , a lé m p o d er e m co m o t e mp o ad eq u a r
o s o b jet ivo s e m c ad a lo c a l id a d e e m q u e st ão .
Gráfico 23. Número de resumos em cada edição
73
73
Gráfico 24. Número de autores e m cada ed ição
Aqui,
pode-se
constatar
uma
oscilação
no
número
de
t r ab a lho s ( Gr á f ico 2 3 ) e m ca d a e d iç ão d o ev e nt o , be m co mo
t er noção da dimensão de c ada delas em t er mos de pú blico,
se n d o q u e o s fat o r es q u e p o d e m t e r in f lu e n c ia d o s ão o s ma i s
d iv er so s : lo ca l d o e v e nt o , p u b l ic id ad e, v ar ie d ad e d e e ve nt o s
s i mu lt â neo s,
custo
de
viagem,
cr it ér io s
para
o
ac e it e
de
t rabalho s, dispo nibilização de recursos para pesquisa, ent re
outros.
O
gráfico
24,
pode
também
afer ir
uma
noção
da
quant idade de aut ores em cada ed ição (e n ão necessar ia ment e
de
inscr içõ es
nos
mu lt id is c ip l in a r id ad e
event os).
do
estudo
Dada
do
a
co mplexidade
turismo,
não
é
e
raro,
obser var que, por vezes, t rabalho s apresent am aut ores de ár eas
d ist int a s co m a f in a l id ad e d e co m p o r u ma a ná l is e d ia n t e d e
diver sos po nt os de vist a. Igualment e e não raro, é o fat o de
74
74
que est udant es t endem a escr ever t rabalhos
co m u m ma io r
número de int egrant es, realidade est a, que pode influenciar o
gráfico em questão também.
O
menor
I
EcoUC
vo lume
apr esent a
de
menor
trabalhos)
pú blico
porque
t eve
(e
co nsequent e
uma
abr angência
local, quase que se apr esent ando co m um event o int er no da
U n iv e r s id ad e E st ad u a l d o R io d e Ja n e ir o . No se g u n d o e ve nt o ,
o ma is n u me r o so d e le s, co nt o u - s e co m u m ma io r e s fo r ço d e
p u b l ic id ad e e t a mb é m d e r ed e s so c i a is ( co mo o Or k u t ) .
Va le r e ss a lt ar t a mb é m q u e d e a co r d o co m o p er f i l d a
eq u ip e o r g a n iz ad o r a e d as mo d a l id a d e s d e t r a ba l ho e s co lh id a s,
ma is
ou
expos ição.
menos
trabalho s
No
do
caso
II
podem
ser
apro vados
Eco Uc,
um
grande
para
vo lume
a
de
t r ab a lho s, p r in c i p a l me n t e e m fo r m at o ba n n er fo i ac e it o , fat o
explicado
p e lo
anseio
de
ampliar
o
event o
e
dar
uma
v is ib i l id a d e n ac io n a l a e le.
Co m a co n seq u e nt e in d e x a ção d o c o ng r e s so ao co n ce it o
qualis b2 e t ambé m co m os anais agora anexad os na r evist a
br asile ira
de
seguir am
enco nt rar
t rabalho s,
o
ecot ur ismo,
que
as
ma io r
pode
ediç ões
r igor
ter
do
congresso
acadê mico
cont r ibuído
no
para
a
que
ace it o
se
dos
diminuição
gradat iva de t rabalho s.
O I I I E co Uc, o co r r id o no S e s c Ar ac r u z no E sp í r it o S a nt o ,
fo i
v ít i ma
de
co mplicações
logís ticas
devido
ao
lo c a l
do
75
75
event o
ser
afastado
d i f ic u lt a va
custos
a
de
de
lo co mo ç ão
t ransport e
concent rado
um
um
fo r t e
grande
dos
e
cent ro ,
part ic ipant es
ho s p ed ag e m,
número
de
fato
e
encarecia
ainda
autores
este
que
e
que
os
tenha
pesqu isas,
ap r e s e nt o u u m co nt in g e nt e in fe r io r ao e ve nt o a nt er io r .
P o r fi m, I V E co U C, r ea l iz a d o e m S ão P au lo , fo i o e v e nt o
q u e, t eo r ica me nt e, e m t er mo s d e fat o r es lo g íst ico s, e n co nt r a v a
menor es
d ificuldades;
co nt udo,
apr esent ou
uma
meno r
quant idade de t rabalho s. Tal aco nt e ciment o deve- se a quest ões
relat ivas
t ant o
a
organização ,
divulgação
e
preços
de
i n s cr iç ão , q u e n e st a ed iç ão se e le v a r a m mu it o ( e m co mp ar a ção
co m ediçõ es ant er iores)
e acabaram por
limitar
o
público
( ap r e s e nt a nd o u ma au s ê n c ia ma io r d e e st u d a nt e s, a in d a q u e
est es t ivesse m descont o), além d e uma poss íve l e levação do
grau de d ificuldade quant o sua análise para apro vação, o que
pode,
em
t er mo s
q u a l it at ivo s,
ter
elevado
a
qualidade
do
event o em quest ão.
76
76
Consider ações Finais
E
st a dissert ação apresent ou u ma análise acer ca da
est rut uração da pesqu isa e m ecot ur ismo t omando
co mo
base
o
desenvo lviment o
e
os
trabalho s
ap r e s e nt ad o s no E co Uc/ CO NE C OT U R d o p er ío d o d e 2 0 0 5 at é
2011.
A f i m d e co mp r e e nd er a g ê n es e d o eco t u r is mo fe z- s e
necessár ia uma r eflexão so br e o s conceit os que ant ecedera m
se u su r g i me nt o , e e m q u e co nt e xt o es sa no va mo d a l id ad e s e
insere.
Nesse
sust ent ável”,
conceit os -chave
sent ido,
“t u r is mo
a lt er n at iv o ”,
co mo
“t u r is mo
“t ur ismo
de
massa”
t o r na m- s e fu n d a me nt a is co mo o s p r in c íp io s q u e d e f i n ir a m o s
co nt o r no s co n ce it u a is d o eco t u r is mo .
Co mo u ma t e mát ic a r e lat iv a me nt e r ece nt e e d a d o se u
cr e sc i me nt o , co mo já me n c io n a d o a nt er io r me nt e, fo i t a mb é m
i nt e n ç ão d e s se ar t ig o int r o d u z ir u m d e b at e so br e o s r u mo s d a
pesqu isa
em
tur ismo
(e
ecotur ismo),
quais
têm
sido
os
pr inc ipa is discur sos e a import ância de cada um de les dent ro
de
um
processo
diver sos
atores
de
construção
socia is
são
do
conhecimento,
responsáveis
pe la
na
gestão
qual
da
at ividade.
77
77
Confor me co nst at ado, a mudança nas t er mino logias do s
eixo s no decorrer do t empo apr esent a não so ment e u ma mer a
t r o ca d e t ít u lo s,
mas s ina liza também,
uma
abordage m d e
as p e ct o s q u e fo r a m in t r o d u z id o s ( e o u t ro s r et ir ad o s) d e aco r d o
com
no vas
demandas
per cebidas
durant e
o
andament o
das
pesqu isas.
Por
fim,
confor me
as
p la t a fo r m a s
elencada s
a nt er io r me nt e p o r R e jo w sk i ( 1 9 9 6 ) é p o s s ív e l o b ser v ar q u e o
eco t u r is mo – co mo o b jet o d e e st u d o e t a mb é m co mo p r át ic a–
r e la c io n a co m t o d as a s fa se s. E m u m p r i me ir o mo me nt o , p ô d e se co ne ct ar o t u r is mo à lu z d a p lat a fo r ma d e d e fe s a, já q u e er a
vist o,
essenc ialment e,
co mo
um
i mp u ls io n a d o r
de
r enda
e
b e n e f íc io s. E e nt ão , d a d o o u t ro p er ío d o , s it u a - se t a m b é m n a
p lat a fo r ma
de
advertência
devido
às
questões
ambient a is
e mer g e nt e s, su r g in d o , a p ar t ir d a í, a p r o p o st a d o E co t u r is mo ,
co mo u ma a lt er n at iv a. As s i m, no s d ia s at u a is, o e co t u r is mo
enco nt ra- se
s it u ad o
ent re
as
p la t a fo r ma s
de
adaptação
e
conheciment o, de for ma que quando se o bser vam as t emát icas
desenvo lvidas
nos
co ngr essos,
pondera -se
quase
que
i n v ar ia v e l me nt e o s i mp act o s t ant o n eg at ivo s q u a nt o p o s it i vo s
g er a d o s, co mo t a mb é m s e a n a l is a a at iv id ad e t u r íst ic a co mo
uma at ividade sist ê mica e int egrada.
As s i m, co m a i nt e nç ão d e p r o mo v er o d is cu r so e t a mb é m
p r o p ic iar u ma so mat ó r ia d e fo r ça s no s eg me nt o , o s e v e nt o s
c ie nt í f ico s q u e t r a ba l h a m a t e mát ic a d o e co t u r is mo t ê m s e
78
78
mostrado
fundament a is,
construção
colet iva
proble mát icas
do
co nso lidando -se
do
co mo
conheciment o,
turismo
elucidadas
espaços
le v a nt a n d o
por
diver sos
de
as
vieses:
met o d o ló g ico s, ár e a s d e est u d o s v a r iad as, d is cu s sõ es t eó r ic a s
e objet os de est udos. As cont r ibu ições das pesquisas ocorre m
e m vár io s â m b it o s, lo ca is, r eg io n a is e na c io n a is .
Nesse sent ido, ainda nest e ano de 2013, será realizado na
c id ad e d e R io Br a n co ( Acr e) , o I X C ONE COT U R / V E co U C ,
desenvo lvido
so bre
Ecoturíst icos
na
o
tema
Amér ica
do
“ Int egr ação
Sul”,
em
de
Roteiro s
função
das
car a ct er íst ic a s r e g io n a is d a c id ad e se d e , “ v is a n d o d is cu t ir o
fo r t a le c ime nt o das par cer ia s co m pa ís e s limít r o fe s ao Br a s i l
para
o
desenvo lviment o
de
at ividades
no
s e g m e n t o ” 35.
A
organização deste é r esponsab ilida de da Sociedade Brasile ir a
d e E co t u r is mo e p e la S ecr et ar ia d e E st ad o d e T u r is mo e L az e r
do Acr e.
Co nt u d o , co m o i nt u it o d e a mp ar ar a g e st ão d o t u r is mo ,
se
faz
ne ce s sár io ,
senão
indispensáve l,
a
proposição
de
p o lít ic as p ú b l ic a s, r eg u la me nt o s e f er r a me nt a s p ar a in c e nt iv a r
a
co nservação
funcio ne
de
da
natureza,
for ma
e v it a n d o
negat iva,
c o mo
assim
um
que
o
tur is mo
catalisador
de
degr adação ambient al e exploração eco nô mica.
35
Disponível em:
<h ttp://www.sbecotur .or g. br /con ecotur ecou c/n ode/1 0>. Acesso em
29/05/2013.
79
79
As po ss ibilidades não estão esgotadas co m essa pesquis a,
as
p lat a fo r ma s
aná lises,
e
suger idas
també m
categor ização,
bem
aqui
no vas
co mo
podem
possibilit ar
p lat a fo r ma s
outros
usos
da
e
outras
s istemas
c iencio metr ia
de
ou
o u t r a met o d o lo g ia q u e p o ss a e n vo l v er t o d a a d i n a m ic id a d e d a
at iv id a d e t u r íst ic a e d a p e sq u is a e m t u r is mo .
Ca b e r e s sa lt ar a in d a a i mp o r t â nc ia d a int er n et co mo u m a
ferr ament a
de
organização
e
disper são
dos
t raba lho s
cient ífico s, na medida e m que a facilit ação ao seu acesso
r es u lt a
em
u ma
ma io r
abr angência
e
fluxo
dos
estudo s
r ea l iz a d o s, b e m co mo t a mb é m p r o p ic ia a co mu n ic aç ão e nt r e
p r o fis s io n a is , a cad ê m ico s e est u d a n t es. .
80
80
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85
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ANEXO
1. ANAIS DO VII CONECOTUR/III ECOUC NA REVISTA BRASILEIRA DE
ECOTURISMO
86
86
2. ANAIS DO VII ICONECOTUR/IV ECOUC NA REVISTA BRASILEIRA DE
ECOTURISMO
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“ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do EcoUc/CONECOTUR.