UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CAMPUS SOROCABA Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental - PPGSGA REGIANE AVENA FACO Turismo, sustentabilidade e a gênese de um “ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do EcoUc/CONECOTUR. Sorocaba 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CAMPUS SOROCABA Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental - PPGSGA REGIANE AVENA FACO Turismo, sustentabilidade e a gênese de um “ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do EcoUc/CONECOTUR. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba para obtenção de título de mestre. Orientador: Prof. Dr. Silvio César Moral Marques Co-orientador: Zysman Neiman Sorocaba 2013 FICHA CATALOGRÁFICA FICHA DE APROVAÇÃO REGIANE AVENA FACO Turismo, sustentabilidade e a gênese de um “ecoturismo”: uma análise dos trabalhos do EcoUc/CONECOTUR. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba para obtenção de título de mestre. Sorocaba, 30 de julho de 2013. Orientador: _____________________________ Prof. Dr. Silvio César Moral Marques Universidade Federal de São Carlos – UFSCar campus Sorocaba Examinadores ____________________________ Prof. Dr. Thiago Allis Universidade Federal de São Carlos – UFSCar campus Sorocaba _____________________________ Prof. Drª. Celia Regina Tomiko Futemma Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP AGRADECIMENTOS Aos meus pais e ao meu irmão, por sempre investirem (em todos os sentidos) na minha evolução pessoal e profissional; À Aline Vendramini Marques, a irmã que ganhei em Sorocaba quando pra cá mudei em 2007; Ao meu orientador, Silvio César Moral Marques, pela paciência e pelos preciosos conselhos e conhecimentos; Ao Prof. Zysman Neiman, pelo companheirismo e co-orientação desse trabalho; Aos meus colegas de mestrado, em especial, Mayra Moraes que nas horas de desespero e de alegria esteve sempre presente; Aos amigos: Everton Rodrigues, Karen Usida, Adriano (Duartino), Fabio Ortolano, Angela Teberga, Fernanda Sola, Erika Assis Dias, Mariana Askar, Geise Lopes, Debora Antunes, Gabriela Polles, Andreia Souza, Alyne Couto, Viviane Mendonça, Kelen Cristina Leite, Kaline Mello, Mayra Moraes, Regina Miranda, Daniela Schimidt; Emerson Arruda, Vivian Federicci, Lais Stripoli, Paulo Vinicius e Adriana Bonici; À minha psicóloga Ruth Guimarães e sua paciência sem fim pra aguentar as minhas insanidades; Aos professores do curso de Turismo da UFSCar: Thiago Allis, Maria Helena Santos, Alissandra Nazareth de Carvalho, Telma Darn e Rita de Cássia Lana; Ao pessoal do curso de Turismo (turma 2007) da UFSCar; As minhas novas colegas de república, em especial, Polliany Brigagão Soares, pelo auxilio fundamental com o Excel e a tabulação dos dados; Ao pessoal do “Faces In The Night” (grupo do Facebook) pela força durante a confecção deste trabalho; Aos docentes do PPGSGA, pelo empenho e dedicação na construção desse programa; Aos membros das minhas bancas de qualificação e defesa; À Sandra Mayer, secretária do PPGSGA, À UFSCar, por ter sido minha segunda casa por 8 anos e por todas as experiências que me proporcionou; À Capes, pela bolsa concedida; Ao pessoal da Análise e desenvolvimento de sistemas (turma 2011) da Fatec Sorocaba. RESUMO O presente trabalho documental, de caráter exploratório-descritivo, tem como objetivo desenvolver uma análise acerca da pesquisa científica em turismo através dos trabalhos (anais) apresentados nas edições do Congresso Nacional de Ecoturismo e do Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de Conservação (CONECOTUR/EcoUc) ocorridas até 2011. Para tal, são evidenciados alguns aspectos das pesquisas como: origem dos pesquisadores, eixos e temáticas abordadas de acordo com as plataformas propostas por Jafari (1989) através da obra de Rejowski (1996). A discussão se dá a partir de uma reflexão em relação às terminologias do turismo relacionadas ao aparecimento de conceitos como o desenvolvimento sustentável, para então construir uma breve crítica aos modelos convencionais de turismo e compreender como o ecoturismo se estabelece como uma alternativa a estes padrões. Em um segundo momento, debate-se o início e a evolução da pesquisa em turismo e a importância do surgimento de encontros acadêmicos para o fomento da área. Por fim, apresenta-se então o CONECOTUR/EcoUc e, como este tem se desenvolvido como espaço de debates científicos, permitido o enriquecimento de pesquisas e experiências no turismo (enquanto prática) e na academia (enquanto reflexão). PALAVRAS-CHAVE: ecoturismo, congresso, EcoUc. ABSTRACT This documentary paper, exploratory-descriptive, aims to develop an analysis of scientific research on tourism through the annals presented in editions of the National Congress of Ecotourism and the Interdisciplinary Meeting on Ecotourism in Protected Areas (Conecotur / EcoUc) occurred until 2011. For this purpose, are disclosed some aspects of the research as origin of research, axles and themes according to the platform proposal by. Jafari (1989) through the work of Rejowski (1996).The discussion starts with a reflection about the terminologies tourism originated with the emergence of concepts such as sustainable development and then build a brief critique of the conventional models of tourism to understand how ecotourism is an alternative to these standards. In a second moment, the debate is about the beginning and evolution of tourism research and the importance of the emergence of academic meetings for the promotion of the area. Finally, it presents Conecotur / EcoUc and how this has developed as an area of scientific debate, allowing the enrichment of research and experience in tourism (as a practice) and academia (as reflection). KEYWORDS: ecotourism, EcoUc, congresso. LI S T A D E F I G U R AS Figura 1. Contribuições disciplinares ao estudo doturismo...............................................6 Figura 2. Fatores logísticos do turismo...........................................................................17 Figura 3. O Turismo alternativo (MIECZKOWSI, 1995: 459).......................................22 Figura 4. Folder de divulgação do I EcoUc.....................................................................32 Figura 5. Realização do II EcoUC / VI Conecotur, em 2007..........................................38 Figura 6. Realização do II EcoUC / VI Conecotur, em 2007..........................................38 Figura 7. Imagem de divulgação do evento.....................................................................45 LI S T A D E G R Á F I C O S Gráfico 1. Eixos de pesquisa do I EcoUC.......................................................................33 Gráfico 2. Origem dos pesquisadores do I EcoUC..........................................................34 Gráfico 3. Plataformas de abordagem do I EcoUC.........................................................35 Gráfico 4. Palavras-chave do I EcoUC............................................................................35 Gráfico 5. Eixos de pesquisa do II EcoUC / VI Conecotur.............................................39 Gráfico 6. Origem dos pesquisadores do II EcoUC / VI Conecotur...............................41 Gráfico 7. Plataformas de abordagem do II EcoUC / VI Conecotur...............................42 Gráfico 8. Palavras-chave do II EcoUC / VI Conecotur.................................................43 Gráfico 9. Eixos de pesquisa do III EcoUC / VII Conecotur... .....................................46 Gráfico 10. Origem dos pesquisadores do III EcoUC / VII Conecotur..........................48 Gráfico 11. Plataformas de abordagem do III EcoUC / VII Conecotur.........................49 Gráfico 12. Palavras-chave do III EcoUC / VII Conecotur............................................50 Gráfico 13. Eixos de pesquisa do IV EcoUC / VIII Conecotur.......................................53 Gráfico 14. Origem dos pesquisadores do IV EcoUC / VIII Conecotur........................55 Gráfico 15. Plataformas de abordagem do IV EcoUC / VIII Conecotur........................56 Gráfico 16. Palavras-chave do IV EcoUC / VIII Conecotur..........................................57 Gráfico 17. Origem dos pesquisadores (IC) do IV EcoUC / VIII Conecotur.................58 Gráfico 18. Plataformas de abordagem (IC) do IV EcoUC / VIII Conecotur................58 Gráfico 19. Palavras-chave (IC) do IV EcoUC / VIII Conecotur..................................59 Gráfico 20. Origem do Pesquisador (RE) do IV EcoUC / VIII Conecotur....................60 Gráfico 21. Plataforma de abordagem (RE) do IV EcoUC / VIII Conecotur................61 Gráfico 22. Palavras-chave (RE) do IV EcoUC / VIII Conecotur.................................62 Gráfico 23. Número de resumos em cada edição............................................................73 Gráfico 24. Número de autores em cada edição..............................................................74 LI S T A D E Q U A D R O S Quadro 1. Ideias chave para a categorização dos trabalhos conforme as plataformas de abordagem.......................................................................................................................13 Quadro 2. Eventos científicos em Turismo realizados recentemente no Brasil..............26 Quadro 3. Histórico do ECOUC/CONECOTUR........................................................... 30 Quadro 4. Eixos temáticos das edições do evento após 2005.........................................31 Quadro 5. Numero de trabalhos em cada eixo e edição..................................................69 Quadro 6. Modalidades de trabalho apresentadas...........................................................70 Quadro 7. Predominância da origem dos participantes em todas as edições..................72 LI S T A D E A B R E V I A T U R A S CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ECOUC –Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de Conservação CONECOTUR – Congresso Nacional de Ecoturismo EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo GEA – Grupo de Estudos Ambientais UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro IC – Iniciação Científica IEB – Instituto de Ecoturismo do Brasil OMT – Organização Mundial de Turismo ONG –Organização Não Governamental PIB – Produto Interno Bruto RBEcotur- Revista Brasileira de Ecoturismo RE – Relato de experiência SBEcotur – Sociedade Brasileira de Ecoturismo SESC - Serviço Social do Comércio SMA – Secretaria do Meio Ambiental TS – Turismo Sustentável UC - Unidade de Conservação WWF - World Wide Fund for Nature S U M ÁR I O Introdução O Turismo e as Pesquisas Científicas................................................................................1 Materiais e métodos Ciencionometria e as plataformas de abordagem..............................................................10 Capítulo 1 Turismo e sustentabilidade: a gênese de um “Ecoturismo”............................................16 Capítulo 2 Plataformas de Abordagem e os trabalhos no EcoUC/Conecotur...................................29 2.1 – I Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / I EcoUC.............................................................................................................................32 2.2 –II Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VI Congresso Nacional de Ecoturismo – II EcoUC IV CONECOTUR...............................36 2.3 – III Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VII Congresso Nacional de Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR..........................44 2.4 – IV Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VIII Congresso Nacional de Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR..................50 2.4.1 – Pesquisas…....................................................................................................53 2.4.2 – Iniciação científica (IC).................................................................................57 2.4.3 – Relato de experiências (RE)..........................................................................59 Capítulo 3 Reflexões sobre os direcionamentos das pesquisas em Eco-Turismo na EcoUC/Conecoturl...........................................................................................................63 Considerações Finais...............................................................................................77 Referencias Bibliográficas.....................................................................................81 Anexo.............................................................................................................................86 Introdução O Turismo e as Pesquisas Científicas D e ma n e ir a g lo b a l, o t u r is mo t o r no u - s e u m d o s p r i n c ip a is represent ant es do setor so c io e co nô m ico no co mér c io mu n d ia l p o r mo v i me n t ar e no r me s mo nt a nt es d e c ap it a l. Confor me dado divu lgado pela Or ganização Mundia l do Tur is mo ( OMT ) a at iv id ad e c h eg a , e m a lg u ma s lo ca l id a d e s, a co nt r ib u ir co m 5 % a 7 % d o p r o d u t o int er no br u t o ( P I B) nac io n a l e e m p a ís e s de pequeno port e ( ilhas) co m 20% a 25% do PIB. Ma is a nt e s q u e fo s se p o s s í v e l i ma g in ar o t u r is mo co mo u m fenô meno t ão import ant e par a a econo mia mund ial, as pr ime ir as me n çõ e s d e ss a at iv id a d e n a l it er at u r a fo r a m e n co nt r ad a s no in íc io d a d éc ad a d e 1 8 7 0 , se n d o a ma io r p ar t e r e la c io na d a à g eo g r a f ia e a eco no mia ( Jovic ic, 1988). Segundo aná lises pesquisa precursoras desenvo lvida da at ividade por Re jo w sk i tur íst ica (so b (1996), o as aspect o geográfico ) sit uar am- se na Ale ma nha, at é que no ano de 1951, i n ic ia - se, e m â m b it o int er n ac io n a l , a A s so c i a t i o n I n t e rn a t i o n a l e d ’ E xp er t s S c i e n t i f i q u es d u T o u ri s m e (A i e st ) , lo c a l iz a d o na S u íç a e ainda exist ent e, que t o mo u fr e nt e e passou a desenvo lver númeroso s est udos so br e o t urismo . Apenas nas décadas de 1960 e 1 1 7 0 o u t r o s p a ís e s e o s E st ad o s U n id o s d a A mér ic a d er a m in íc io ao d e se n vo l v i me nt o a b i b l io g r a f ia s e sp ec ia l iz a d a s. [...] o turismo, uma prática antiga, só aparece como a área científica de estudos recentemente, e sua evolução foi notável, levando -se em conta o curto período de sua ocorrência. Mesmo considerando que importantes bases de seu estudo foram assentada s antes da Segunda Guerra Mundial, seu desenvolvimento científico só ocorreu após a mesma . (REJOWSKI, 1999: 17) No Brasil, o t ur ismo t em alcançado no decorrer do t empo, u ma i mp o r t â nc ia ca d a v ez ma is s ig n i f ic at iv a no â m b it o eco nô mic o e so c ia l. A cr i a ção d e ap o r t es in st i t u c io na is co mo o M in ist ér io d o T u r is mo e a E mb r at u r 1 e a s s u a s d i v er sa s açõ e s vo lt a d a s p ar a o desenvo lviment o da at ividade t ur íst ica , dão a est a um carát er de p r o fis s io n a l iz a ção e d e n ec e ss id a d e d e d e b at es ma is ap r o fu nd ad o s sobr e o seu plane jament o. E m vist a do significat ivo pot encial t uríst ico br asile iro e do seu hist ór ico de ev ent os de gr ande port e realizados no passado, p r e se nt e e fu t u r o ( co mo a Co p a d o Mu n d o , a s er r e a l iz a d a no a no de 2014) é possíve l imaginar que um grande vo lume de recur so s p ar a in fr ae st r u t u r a e q u a l id ad e d e mão d e o br a e m ho t e la r ia e 1 “A Embratur - Institut o Brasileir o de Turism o, criada em 18 d e novem br o de 1966 com o Empresa Brasil e ira de Turismo, tinha o objeti vo de fom entar a atividade turística a o via bilizar condições para a geraçã o de emprego, renda e desenvol vimento em todo o País. [...] Desde janeir o de 2003, com a instituiçã o do Minist ério do Turismo, a atuaçã o da Embratur con centra-se na promoçã o, no marketing e no apoi o à com ercializaçã o dos pr odut os, ser viços e destinos turísticos brasil eiros no ext erior”. (Fonte: http://www.turism o.gov. br/turismo/o_ ministerio/missa o/ ) 2 2 dema is ser viço s r e la c io n a d o s são co r r iq u e ir a me nt e demandado s p ar a o t u r is mo . Ne st e a sp ect o , Com esta recente valorização da área, tem -se a necessidade, cada vez maior, de formação de profissionais qualificados, o que só pode ser feito a partir de um corpo teórico-prático de conhecimentos sistematizados. Assim, a informação serviria para subsidiar estudos, pesquisas e qualificar o mercado do seto r. (FERREIRA, 2009). Re jo w sk i ( 1 9 9 9 : 1 3 ) d est a ca q u e b e m co mo q u a lq u er o u t r a área do conheciment o cient ífico , o proces so de desenvo lviment o cient ífico assent a-se essencia lmente em duas possibil idades: a pesqu isa e o ensino ; cabendo a pr ime ira delas o est abe leciment o de um fluxo cont ínuo de conhecime nt o. Para Dencker (2007) No turismo, o conhecimento é a base fundamental para a elaboração de planos, projetos e programas. A pesquisa fundamentada nos procedimentos de metodologia científica é a base para entender a realidade e sua dinâmica, permitindo a elaboração de propostas que visam tanto ações em microescala, no âmbito empresarial, quanto em macroescala, no caso do planejamento (DENCKER, 2007:30). S o u za et a l ( 2 0 0 8 ) p o nt u a q u e e mbo r a o t u r is mo , co mo c a mp o cient ífico, ainda seja r elat iva ment e no vo no Brasil, po is os pr imeiro s cur sos de gr aduação na área surgir am na déca da de s e t e n t a 2, a p e s q u i s a n e s s a á r e a v e m c r e s c e n d o n o s ú l t i m o s a n o s . Rejowsk i ( 1999) acent ua nest a per spect iva que 2 O primeiro curso de Turismo em nível de ba charelado no Brasil foi criado em 1971, na Faculdade de Turismo do Morumbi, hoje Anhe mbiMorumbi (REJOWSKI, 1999). 3 3 A carência de pesquisas científicas e o reduzido número de pesquisadores, aliados a uma falta de estímulos ao desenvolvimento do c onhecimento do fato e do fe nômeno d o turismo nesse País, t em levado a uma improvisada ação do setor, com seus evidentes reflexos e consequências de absoluta ausência de informações concretas que possa m sensibilizar o poder público, sobretudo aqueles responsáveis pelo desenvolvimento do turismo. Adiciona-se a isto uma inaceitável indiferença da Universidade aos trabalhos de Pesquisa (Rejowski, 1999: 60). Essa t u r is mo l i m it a ção d ad a p e lo per mite o uso de caráter um t er mo recent e da pesquisa conhecido co mo em “saber t ur íst ico” que acaba por resid ir em um co njunt o de inic iat iva s “p r io r it ar ia me nt e do setor pr ivado/empresar ia l e meno s da acade mia, se jam elas univer sidades e/ou facu ldades, públicas ou p r i v a d a s 3. O saber tur íst ico assim produzido é reduz ido às in fo r ma çõ e s e s ist e mát ic as so br e se u set o r pr o dut ivo ” ( Mó e s h, 2002: 13). [...] realização de pesquisas de metaciência, qu e permitem analisar e avaliar a qualidade e efetividade do conhecimento produzido em uma determinada área, bem como suas necessidades e déficits. O próprio progresso científico se relaciona ou depende de avaliações sistemát icas da produção e do trabalho dos pesquisadores, o que garante o aperfeiçoamento constante não só do conhecimento, como também do próprio ensino”. (GALEMBERCK, 1990, p. 627-628) 3 Com o exempl o da predominância dos dados e a valiações do turism o advindos da iniciati va privada, pode- se apresentar o caso do Guia Brasil Quatro Rodas da Editora Abril, o qual é publi cado de maneira ininterrupta desde 1966 com a valiações das cidades, hot éis, restaurante e atrativos turísticos. Ca be salientar que nã o há no Brasil qualquer outr o sist ema de informaçã o turística com esta longevi dade e sist ematicidade no que se refere aos elementos ali apresentados. 4 4 É relevant e dest a car ainda que em virt ude do s impact os e b e n e f íc io s, eco nô micos, socia is e cu lt u r a is que a exploração t u r íst ica p o d e c au s ar e m u ma lo ca l i d ad e, s u a a n á l is e d e ma n d a u ma visão de estudos em caráter mu lt i o u in t er d is c ip l in a r , dada a disper são de pesqu isadores e m t ur is mo nas diver sas ár eas, fat o est e que “dificult a a for mação de t eorias explicat ivas que seja m su f ic ie nt es p ar a d ar co nt a d o fe n ô me no t u r íst ico ” ( DE N C K E R , 2007) e assim Souza et al ( 2008) co loca que Se bem que a publicação específica da área de turismo ainda seja limitada, o que pode ser explicado por ser um campo de estudo recente no país, se comparada a outras com maior tempo de desenvolvimento, existem publicações sobre o tema em diversas áreas, como a Geografia, Economia e Administração, por exemplo, que também estudam as atividades turísticas, e que precisam ser conhecidas a fim de que possam ser mais utilizadas pelos estudantes e pesq uisadores dos cursos de turismo. N ess e s ent ido, p es qu isa dor es em é possível Turismo e obs er var ta mbém a qu e, pes quisa a for maçã o em turismo, de é c ons t r u í da c o m o a p or t e dos ma is di ver s os r a mos da c i ênc ia , e pa r a que s eja poss ível, poss ibilitar um ent endi ment o do fenômeno de for ma complexa e diversa, r epr es enta -s e a seguir a l gu ma s á r ea s importâ ncia para a constru çã o cient ífica do est udo do tur is mo. 5 5 de F ig u r a 1 . Co nt r ib u içõ e s d is c ip l in a r e s ao e st u d o d o t u r is mo (Adaptado de Mcint osh, Robert W. et al, 2002) S o b r e a s i t u a ç ã o d o s c u r s o s s u p e r i o r e s d e t u r i s m o n o B r a s i l 4, le v a nt a me nt o r ec e nt e fe it o 2 0 0 6 a p o nt a u m g r a n d e au me nt o no ofereciment o de vagas par a o est udo do set or. Em 1994 existiam no Brasil 41 cursos de turismo, j á no final de 1997, havia 60 cursos superiores d e turismo e 9 cursos superiores de Hotelaria no Brasil, em 2002, conforme dados do INEP (2002), a oferta pulou para 576 cursos. Esse cresciment o 4 “O estudo a cadêmico do turismo brasilei ro iníciou seus primeiros passos na década de 1970”. [...] “ Nessa época, no Brasil assim com o em outr os países, exi stia toda uma expectati va e credi bilid ade sobre o turism o com o uma das “chaves que abririam as portas” do desenvol vim ent o econômi co. Isso em funçã o do boom do turismo massi vo e a consequent e movim entação e circula çã o de capital, cuja importância econ ômica já era reconhecida em t odo o mundo. In formações eram vi nculadas tanto em mei os de comunicaçã o especializados (revi stas e bol etins técnico ci entíficos), quanto em mei os de comunicaçã o de massa (jornais diários, programas de rádio e tel evi sã o), di vul gando os aspect os positi vos d o turismo em t oda a sua plenitude”. (REJOWSKI, 1996: 59) 6 6 contínuou a se fazer presente alcançando o patamar de 697 cursos de turismo em 2005, conforme informa çõ es ob tidas ju nt o ao INEP (2 005). Po rtant o, do ano de 2002 para 2005 foram criados 121 nov os cursos de turismo no Brasil. (RAMOS; GARCIA, 2006: 5). Já em 2013, r e ve lo u a u m a p e s q u i s a n o p o r t a l d o s i s t e m a e - M E C 5, existência, no Brasil, de 649 cursos s u p er io r e s de T u r is mo ( o u o u t ro s no me s d ir et a me nt e r e la c io n ad o s co mo : G est ão d e T u r is mo , La zer e T u r is mo , G e st ã o d e Neg ó c io s e m T u r is mo ) e m moda lidade presenc ial e a dist ância. Tal expansão confir ma a id éia de que a demanda pelo p r o fis s io n a l q u a l i f ic a d o p ar a fo me nt ar a at iv id ad e e m t o d o s o s se u s a sp e ct o s n ão só er a e m in e nt e co mo t a mb é m fu n d a me nt a l p ar a p r o mo ver u m s er v iço d e ma io r q u a l id ad e, não só n a p e sq u is a , ma s t a mb é m n a p r át ic a . O me s mo p o d e s er o b ser v ad o na o fer t a d e p ó s graduação, com a abertura de diversas especia lidades para o est u d o d o t u r is mo . Ent ret ant o, há ainda um grande d é f ic it de pesquisas em t u r is mo , d e mo d o q u e, co m o cr e sc i me n t o d o s cu r so s su p er io r e s e de pós-gr aduação obser vado recent ement e , t orne- se possíve l que supo stas lacunas em áreas de pesquisa se jam supr imidas co m o p a ss ar d o s a no s, d a me s ma ma n e ir a q u e, co n co m it a nt e me nt e a ist o , o a u me nt o d e p r o fis s io n a is o ca s io n e u m ad eq u a me nt o d a g e st ão d o t u r is mo co m a s n ec e ss id a d e s d o s e n vo lv id o s d e fo r ma su st e nt á v e l. Cont udo, para que seja propagada de fo r ma efic ie nte, a pesqu isa deve fazer uso de cana is de c o municação cient ífica ent r e 5 http://emec.m ec.gov. br/ 7 7 os pesqu isadores, funda ment a l a est udant es existência de e e mp r e s ár io s , vias de e para tal co mpart ilha ment o é das pe squ is a s p ar a a co nt ínua at ua liz aç ão da s in fo r ma çõ e s so br e a produção cient ífica. Lar a et al. (2006, p. 395) acent ua que est e processo de co municaçã o na área cient ífica “envo lve a co nst rução, co mu n ic a ção e u so d o co n h ec i me nt o c ie nt íf ico co m o o b jet i vo d e p r o mo ver su a e vo lu ç ão ”. N es s e se nt id o , e n u me r a m - s e l i v r o s, t es e s e d is s er t açõ e s, pa le st r a s, a na is de co ngr e s so s, ar t igo s c ie nt íf ico s, e nt r e o u t r o s, c o mo fer r a me nt as bá s ic a s e e ss e n c ia is p ar a o f lu x o da co municação cient ífica. At u alment e, são inúmeros os p e r ió d ico s de t u r is mo em c ir c u la ção , s e nd o o ma is i mp o r t a nt e d e le s a r e v ist a “T u r is mo e m Aná lise ”6 e event os cient íficos que ocorrem em d iver sos lugar es, p er m it in d o o d eb at e e m d i fer e nt e s e sp e c i f ic id ad e s d a at iv id ad e tur íst ica. S o br e a p e sq u is a e m E co t u r is mo , P i r es ( 2 0 0 2 : 2 5 ) co lo c a q u e [..]verifica-se uma grande defasagem em pesquisa s aplicadas e na produção de literatura especializada. As primeiras contribuições acadêmicas surgiram no início da década de 1990, com abordagens que tangenciavam o tema mediante enfoques específicos, destacando-se a incorporação do paradigma da “sustentabilidade” associado ao desenvolvimento do ecoturismo, especialmente após a realização da Eco 92, no Rio de Janeiro. 6 h ttp://www.tur ismoem an álise. or g.br /tur ismoem an álise 8 8 Assim, o objet ivo pr inc ipal desta pesquisa é invest igar a p r o d u ção c ie nt í f ic a e m t u r is mo a p ar t ir d a a n á l is e d o s t r a ba lho s 7 ap r e s e nt ad o s n a s e d içõ e s d o Co ng r es so Na c io n a l d e E co t u r is mo e do Encont ro I nt erdisc ip linar de E co t u r is mo em Unidades de Conser vação (CONE COT UR/E coUc) ocorridas no per íodo de 2005 até 2011. 7 Com exceçã o do I EcoUC, onde não foram publi cados os resum os dos trabalhos, foram analisados os trabalhos compl et os que constam no s anais do evento. Nas análises dos eventos post eriores foram levados em consideração apenas os resum os publi cados nos anais. 9 9 Materiais e métodos Ciencionometria e as p lataformas de estudo Confor me apo nt a Bert uzzo (2004: 35) “A análise da produção científica de qualquer área do conhecimento visa determinar a produtividade científica de pesquisadores de instituições de ensino e centros de pesquisa. A forma, o método utilizad o deve ser adequado à temática enfocada; deve permitir um diagnóstico claro e preciso do seu objetivo, ou seja, analisar quali -quantitativamente a produção científica dos pesquisadores”. Para propor a categor ização das pesqu isas analisadas, fez- s e uso de um liter atura método suger ido t écnico -cient ífica difer ent es p lat a fo r ma s ou por do Rejowski tur ismo abordagens ( 1 9 9 9 ) 8, pode de ser no qual agrupada estudo, a em co nfo r me pr o po st o po r Ja far i ( 1 989) . C ad a u ma de s sa s p lat a fo r ma s su ger e u ma p o s iç ão d ist i nt a d o p e n sa me nt o e m t u r is mo , e co e x ist e m. Estas sendo: P lat a fo r ma de d e fe s a ( o u ad vo cat íc ia) : co ns id er a o t ur is mo co mo u ma at iv id ad e bo a, b e n é f ic a p ar a a so c ied ad e. S o b e st e v ié s , o t u r is mo é co n s id er a d o u ma at iv id ad e n a q u a l, a mp lo s b e ne f íc io s são fo r nec ido s, e nt r e e le s: ger aç ão de r e nd a, pr es er vaç ão do me io ambient e, cr iação de e mpregos, ent re outros, sendo co nsiderad a uma import ant e ferr ament a par a a reconst rução de eco no mias. 8 No livr o “Turism o e pesqui sa ci entífi ca” (1999) e posteri ormente no artigo apr esentado na Revista Brasileira de Pesquisa em T urismo. v.5, n.3 (2012). 10 10 P lat a fo r ma de ad ver t ê nc ia ( o u de pr udê nc ia ) : co ns id er a o t u r is mo co mo u ma at ividade ru im, ma lé f ic a para a sociedade. Diant e da emergênc ia do discur so ambient al, essa pla t afor ma se co n so l id o u co mo u ma l in h a d e p e n s a me nt o e m q u e a p lat a fo r ma d e d e fe s a co meç a a ser co nt e st ad a, a p o nt a nd o o s e fe it o s ne g at ivo s g er a d o s p e lo d es e n vo l v i me nt o d o t u r is mo , t a is co mo : a d e st r u iç ão d e p a is ag e n s, s a zo n a l id ad e e i n v a s ã o d e co mu n id ad e s. P lat a fo r ma de a dapt a ção : sur ge d o s de bat e s do s imp act o s p o s it iv o s e ne g at ivo s d o t u r is mo . E s se mo me nt o c ar a ct er iz a - s e co mo uma co nvergênc ia das pro postas ant er ior es, ponder ando so br e o s i mp a ct o s e b e n e f íc io s d e u m o u o u t ro t ip o d et er mi n a d o d e t u r is mo . F a la - s e d o t u r is mo a lt er na t ivo o u d e su a s a d ja cê n c ia s, o s quais p er m it ia m, ainda que t eor icament e, u ma minimização de impactos gerados pe la at ividade tur íst ica. P lat a fo r ma de co nhecimento básico: or igina - se das r ep r e s e nt açõ e s p ar c ia is d a s p lat a fo r ma s a nt er io r e s. Ne st a u lt i m a proposta, o t u r is mo é analisado de fo r ma ma is co mpl eta e co mp le x a, e n ão p ar c ia l me nt e co mo na s p lat a fo r ma s a nt er io r es . Fala- se aqui de uma visão sist êmica, integrada, o estudo do t u r is mo co mo u m t o d o . Após a leitur a dessas platafor mas, tor na- se possíve l ver ificar que t ant o eco t u r is mo d e s lo ca m a pesquisa perpassam no decorrer em tur is mo todas do as quant o, etapas t e mp o , até na que pr incipa lment e, med ida ho je em seja que em se possíve l 11 11 aproximar- se de uma visão s ist êmica de t ur is mo, na qual u ma cad e ia d e s er v iço s e e v e nt o s d e v er á co mp o r u m p r o d u t o t u r íst ico d e q u a l id ad e e d e fat o su st e nt á ve l. Nesse sent ido, q u a nt it at iv a event os so bre a fim os de construir t raba lho s ECOUC/CONECOTUR uma pesquisa desenvo lvidos fo r a m no qual i- âmbito ut ilizada s dos t abelas co mp ar at iv a s. C ad a q u a l co nt e n d o : e i xo ( p r e v ia me nt e d e f i n id o s p e la o r g a n iz aç ão r e fer e nt e à e d iç ão d o eve nt o e m c ad a a no ) , t ít u lo do t r aba lho , a ut o r es, pa la vr a s - c ha ve da pe sq u is a, p lat a fo r ma s d e abordagem (defesa, advert ência, adaptação e conhecim ento c ie nt í f ico ) e o r ig e m d o s p e s q u is a d o r es ( g o v er no , set o r p r iv a d o , u n iv e r s id ad e p ú b l ic a, u n iv e r s id ad e p r iv a d a, in t er n ac io n a l, t er ce ir o set o r ) p o d en d o as t ip o lo g ia s se ap r es e nt ar e m in d i v id u a l me n t e o u junt as de acordo co m os pesquisadores envo lvido s. Para ident ificação da or ige m dos pesquisadores, fo r a m ut iliz a do s o s dado s fo r nec ido s par a a o r ganiz a ção do s r es pe ct ivo s event os, sendo que, quando inexist ent e, era r ealizada uma busca online para ver ificar a qual organização o pesquisador enco nt ra vase vincula do. De p o ss e d e s sa s p lat a fo r ma s e co m o p r o p ó s it o d e cr iar u m sist ema de categor ização das pesquisas em questão, afer iu - se a cada u ma de las, co nt ext os chaves co nfor me segue abaixo. 12 12 Qu a d r o 1 . I d e ia s c h a v e p ar a a c at eg o r iz aç ão d o s t r ab a lho s co nfo r me as p lat a fo r ma s de a bo r da g e m. Defesa Advertência Adaptação Con h eci men t o Básico (Ou Científico) Pot encia l tur íst ico I mpactos Busca de a lt er n at iv a s P laneja ment o Be n e f íc io eco nô mico Perfil do tur ista Mudanças Manejo Aná lise das condições Desafio s I nfr aest r ut ur a Possibilidad es E lement os ext er nos Cert ificação Tur ismo co mo sist ema Dessa for ma, cada pesquisa analisada aco r do co m o s eu co nt e xt o , fo i a ne xa da nesse t rabalho, de a uma platafor ma de abordagem. Par a a co nfe c ç ão de s se qu adr o fo r a m e le nc ad as e m d e f e sa , aq u e la s p e sq u is a s e m q u e se t in h a c o mo fo co o s a sp e ct o s p o s it i vo s d o t u r is mo ; e m ad v er t ê nc ia, a s p e sq u is a s q u e, d e a lg u ma fo r ma , sina lizavam impactos e a emergência de uma no va visão de at iv id a d e t u r íst ic a ; e m a d a p t ação , fo r a m se le c io n ad a s p e sq u is a s q u e já p r o p u n h a m a lg u m t ip o d e no v a e xp er iê n c ia e m t u r is mo , b e m co mo fo r ma s d e p r o mo ver u m t u r is mo me no s ag r e ss ivo ; e p o r f i m , em conheciment o básico, encont ram - se os t rabalho s que t em uma visão mais co mplexa e sist êmic a de tur ismo, desenvo lvendo quest ões r elat ivas ao planeja ment o da at ividade e t rat ando t ambé m 13 13 de temas correlatos ao turismo . Para a cont agem organizadas em esco lhendo -se apresent aram das co lunas para ma io r o palavr as - chave, em ordem gráfico número e de as mesmas alfabét ica análise r epet ições as 4 em cada fo r a m cr escent e, (quatro) que ed ição do congresso. E as s i m, a p ar t ir d o s d a d o s a lo c ad o s, fo r a m co n fe c c io na d a s t ab e la s d i n â m ic a s e g r á f ico s co m o p r o pó s it o d e p r o mo ver u ma aná lise visual difer ent es da oscilação ed ições do dos: event o, números o r ig e n s de dos t rabalho s na s pesquisadores, predo minânc ia de algumas t emát icas e posiçõ es e m det r iment o de out ras (at ravés das plat afor mas de abordagem), apresent ando as oscilações em cada categor ia. Tal método é baseado na C ie n c io met r ia, aplicada em “qu ant ificação e aná lises das at ividades cient íficas inclu indo a p u b l ic a ç ão e m p er ió d ico s c ie nt í f ic o s e l i v r o s” ( T UR NE R, 1 9 9 4 , p.471) sendo que no pr esent e t rabalho, serão ut ilizados os anais do congresso cient ífico em quest ão. Os o b jet iv o s d e s s a met o d o lo g ia s ã o e le nc ad o s p o r Ber t u z zo (2004) A Cienciometria analisa os aspectos quantitativos d a geração, propagação e utilização da informação científica, tendo em vista contribuir para o melhor entendimento do mecanismo da pesquisa cient ífica como uma atividad e social. (VINKLER, 1994) 14 14 É imp o r t a nt e r es s a lt ar q u e d u r a nt e a ma n ip u la ç ão d o s d ad o s, a lg u n s it e n s s e mo st r ar a m i n co mp le t o s e, a s s i m, co m a f i n a l id ad e de co nc lu ir a a ná lis e , e m a lgu ns c aso s ( qua ndo po s s íve is ) , fo r a m a fer id o s va lo r e s r e la c io n ad o s ao s d e ma is e le me nt o s ap r e se nt a d o s, int er ferências est as, sina lizadas co m um ast er isco nas t abelas . Par a t o do s o s ca mpo s no s q ua is não fo i po s s íve l pr e e nc her a s la c u na s fo i a ne xada a e xpr e s são “nã o co nst a”. 15 15 Capítulo 1 Turismo e s ustentabilidade: a gênes e de um “Ecoturismo” C o nt r ap o n d o - se ao t u r is mo d e ma s sa, o eco t u r is mo t e m a su a o r ig e m, e n q u a nt o mo d e lo d e p r o d u t o t u r íst ico , no final de década de 1980. Esta “no va mo d a l id a d e ” 9 ap ar ec e co mo u m r e f le xo d a s d is c u s sõ es e mp r ee n d id a s a p ar t ir d o c o n c e i t o d e d e s e n v o l v i m e n t o s u s t e n t á v e l 10, i . e . , e d a p r e o c u p a ç ã o o r iu n d a d o p r o b le ma d a d eg r ad aç ão a mb ie nt a l d o p la n et a p o r su a exploração econô mica desenfreada. Esta inqu ietação co meça a p ar t ir d a d é ca d a d e 1 9 6 0 , p er ío d o n o q u a l o mo d e lo d e cr e sc i me nt o e c o n ô m i c o v i g e n t e e a d e t e r i o r a ç ã o a m b i e n t a l 11 a d q u i r i r a m m a i o r public idade e passaram a ser objeto de estudo e reflexões em “A hist ória da humanidade em todas as época s está pontuada de iniciativas e feit os que dã o conta do interesse humano pela natureza, não apenas no a spect o de sua expl oraçã o e apr oveitamento, com o faz em ver as fa ses histórica s da ci vilização e do desenvol vim ento da humanidade, mas também n o sentido de seu desfrut e pessoal com o benefí ci os físi cos, culturais, psi col ógicos e espirituais. Em sua essência, essa s iniciativa s nos aut orizam a tomá -las com o antecedente s remot os do que atual mente se con cebe com o turism o na natureza ou de natureza, em meio a o ampl o espectro das moti va ções de viagens e da s tipol ogia s de turism o atualmente conheci das”. (PIRES, 2002: 29) 10 E m 1 9 8 7 , c o m a d i v u l g a ç ã o d o R e l a t ó r i o B r u n d t l a n d t ( c o m i s s ã o constituída para avaliar os resultados da Con ferência de E st ocolm o), define-se que a idéia de Desenvol vim ento Sust entável é aquele que “(...) satisfaz as necessidades presentes, sem compr omet er a capa cidade da s gerações fut uras de suprir suas próprias necessidades. (C MMAD, 1987)”. 11 E n t e n d e - s e p o r d e g r a d a ç ã o a m b i e n t a l , u m d e t e r m i n a d o n í v e l d e i m p a c t o negativo sobre o am biente, no qual, as conseq ü ências ocorrem de forma noci va, apresentando: derrubada de vegeta çã o, extinçã o de espéci es, contaminação de cursos d e água, di spersã o de doença s, a cumul o d e resíduos, entre outros. 9 16 16 esca la in t er n a c io n a l. Co n co mit a n t e me nt e a isto, a crescent e apreensão co m a iminent e r edução dos recur sos d isponíve is na nat ureza co meça a efer ves cer em uma sociedade que, diant e desse p a no r a ma , d e u in íc io a u ma b u s ca d e a lt er n at iv a s p ar a p r o v er o equilíbr io ent re as at ividades eco nô micas e a cr ise ambient a l que se desencadeava. P o r t u r is mo d e ma s s a p o d e - se co mp r ee n d er [..] uma forma de organização do turismo que envolve o agenciamento da atividade bem como a interligação entre agenciamento, transporte e hospedagem, de modo a proporcionar o barateamento dos custos de viagem e permitir, consequentemente, que um grande número de pessoas viaje. (CRUZ, 2003: 6) Há d e s e p o nt u ar q u e, d e p o s se d a d e f i n iç ão d o t u r is mo d e massa, a lgu mas “massificação” r eflexõ es do tur ismo, podem ser uma sér ie fe it a s. de Para fatores ocorrer deve a estar disponíve l e acessíve l, ent re e les um bar at eament o na o fert a de t r an sp o r t es e ho sp e d a g e m e, p o r t ant o , u ma co n se q ü e nt e fac i l it aç ão d e lo g íst ic a d e v ia g e m. F ig u r a 2 . F at o r es lo g íst ico s d o t u r is mo 17 17 Ou seja, d evido as gr andes d ificuldades de t ransport e e as p o u ca s o fer t as d e le it o s, a at iv id ad e t u r íst ic a a ca b a v a p o r s er r est r it iv a a in d i v íd u o s d et e nt o r es d e p o d er aq u is it iv o s u f ic ie nt e para despender dinheiro a lém de suas necess idades básicas co m out ras at ividades e ent re elas viagens. Co m o passar do tempo e a e v o lu ç ão dos siste mas de t r anspo r t e e d e in fr a est r ut ur a par a a r e cep ção do s v ia ja nt e s, fo i possíve l a um gr ande vo lu me de pessoas “co nsumir ” dest inações t u r í s t i c a s , b e m c o m o c r i a r u m a “ a u r a ” 12 e m d e t e r m i n a d a s a t r a t i v o s . No e nt a nt o , a in d a h á u m p ar a d o xo : co mo d i me n s io nar a at iv id ad e tur íst ica? A part ir mo d a l id ad e co mo objet ivo do de que sendo present e de mo m e nt o massa art igo, é possíve l definir o u r e s t r i t a 13? N ã o ma s são conceitos uma é esse o amp lament e ut ilizados que ne m sempr e são claro s. Esse co nt ext o, junt ament e a um mo ment o de expansão do mo viment o ambient a list a e da popular ização dos t er mo s 12 R e f e r ê n c i a d a o b r a d e W a l t e r B e n j a m i n “ A o b r a d e a r t e n a é p o c a d e s u a reproduti bilidade técnica”, empregada a qui com o analogia à criaçã o de uma “aura”, que a sociedade de consumo junto com os adven tos tecnol ógi cos e sociai s cria nos objet os/l ugares. 13 H á u m p r o b l e m a c o n h e c i d o d e s d e a A n t i g u i d a d e s o b r e a i m p o s s i b i l i d a d e da determinação das quantidades. O que nos interessa aqui é sa ber quando um destino turísti co se t orna “de massa” ou ainda é “rest rito”: um exempl o é Fernando de Nor onha, o qual, embora apresente limitações quanto ao número de pessoa s que podem visitá -la diariamente, reca i sobre esta questã o: com um turismo diá rio limitado a 600 pessoas pode ser considerado “restrito”? Ou já seria “d e massa”?. Sobre esta questã o, ca be o “pr obl ema do Sorites”, formulado pela primeira vez por Zenão de Eléia quando pergunta sobre o som produzido pela queda de um grão de trigo: “Se um alqueire de trigo faz barulho a o cair, cada grão e cada partícula de gr ã o deveria produzir um som a o cair, o que não ocorre (Diel s, A 29). O argumento de Eubúlides, conhecido tam bém com o sorites (de ccopóç = m onte), consi ste em perguntar quantos grã os de trigo sã o necessários para formar um monte; bastaria só um grão? Bastariam doi s?, et c. Com o é impossível det erminar em que pont o com eça um monte, aduz -se esse argumento contra a pluralidade.” (ABBAGNANO, 1998: 696) 18 18 desenvo lviment o sust ent ável e/ou s u s t e n t a b i l i d a d e 14 acaba por o r ig in a r no va s p r o p o st a s d e t u r is m o , q u e e m co nt r ap o nt o co m a s p r át ica s o b ser v a d a s le v a ao su r g i me nt o d o t u r is mo a lt er n at ivo e/ o u s u s t e n t á v e l 15, o q u a l t i n h a c o m o p r o p ó s i t o , n a d é c a d a d e 1 9 8 0 / 9 0 , depreender uma mudança na fo r ma de co nduzir as at ividades t ur íst icas co nvergindo co m a quest ão da sust ent abilidade. Nest e sent ido, P ires ar gument a que O conceito de sustentabilidade é introduzido no turismo como um modelo de desenvolvimento turístico planejado no sentido de assegurar sua permanência por longo prazo, integrando as comunidades locais e buscando a rentabilidade por meio da gestão e otimização dos recursos, em contraposição ao turismo convencional de sol e praia, cujas premissas de funcionamento são as de maximização da rentabilidade no espaço e no tempo, exploração intensiva dos recursos e marginalização das comunidades locais. (PIRES, 2002: 117) Co n co m it a nt e me nt e ao p er ío d o e m q u e t o mo u co r p o o d e b at e a cer ca d o t u r is mo su st e nt á v e l, a lg u ns au t o r es d er a m a p l ic a ção ao conceito de vis lumbr ado capacidade este co mo um de carga possível na at ividade ind icador para tur íst ica, plane jar e d i me n s io n ar o imp a ct o e m s ít io s t u r íst ico s. 14 D e u m a m a n e i r a g e r a l , e n t e n d e - s e p o r s u s t e n t a b i l i d a d e a p o s s i b i l i d a d e de c on t i n ui da de d e c on di ç ões s em el h a n t es ou sup er i or e s d e vi da pa r a um conjunto de pessoa s e seus sucessores em det erminado ecossist ema. O conceit o de sust entabilidade é equi valente à ideia de permanência do sist ema de vi da, expressando o compor tamento que busca obedecer às leis da natureza (ROC HA; BACHA, 2000: 10). 15 O d e s e n v o l v i m e n t o d o t u r i s m o s u s t e n t á v e l a t e n d e à s n e c e s s i d a d e s d o s turistas de hoje e das regi ões recept oras, ao mesm o t empo que prot ege e amplia as oportunidades para o futuro. É vist o com o um condut or a o gerenciament o de t odos os recursos, de tal forma que as necessidades econômi cas, sociai s e est ética s possam ser satisfeita s sem desprezar a manutenção da integridade cultural, dos processos ecol ógi cos essenciais, da di versidade bi ol ógica e dos si st emas de garantem a vida (OMT, 199 8: 24). 19 19 Segundo Boo (1990 apud FARIA e CARNEIRO: 2001, p. 56) o conceito consist e em A quantidade de visitantes, por dia/mês/ano que uma área pode suportar, dependendo do tipo ou tamanho da área protegida ou natural; dependendo do solo, da topografia, da conduta animal; e dos números e quantidades das facilidades turísticas disponíveis. Por sua vez, o Tour ism Co ncer n /WWF (1992) ind ica que o s p r in c íp io s d o t u r is mo s u st e nt á v e l são : 1 ) u sar o s r ec u r so s d e fo r ma sust ent áve l; 2) reduzir o co nsu mo exagerado e o d e sp er d íc io ; 3 ) ma nt er a d i v er s id ad e ; 4 ) i nt e g r ar o t u r is mo ao planeja ment o; 5) apo iar as eco no mias lo c a is ; 6) envo lver as co mu n id ad es lo ca is ; 7 ) co n su lt ar o s i n v e st id o r e s e o p ú b l ico ; 8 ) treinar equipes; 9) fazer o market ing; 10) realizar pesqu isas. Ent ret ant o, insufic ient e, construção t orna, tais po is de ass im, um o não postulado s detalha m tur is mo discur so apresent am - se as ações calcado na um t ant o de necessár ias para sust ent abilidade, genér ico, forma o a que per mit indo i nt er p r et açõ e s d ú b ia s ac er c a d o q u e d e ve s er fe it o . M c Ker c h er (1993, apud Fenne l, 2002) co nsider a que a sust ent abilidade não se aplicar ia ao tur ismo , po is: 1) indúst r ia dependent e de r ecursos não é reco nhecido naturais; 2) é co mo uma uma indústria i n v is ív e l; 3 ) é fr aco no ca mp o p o lí t ico – mu it a s v ez es n ão o bt ê m 20 20 ap o io g o v er n a me nt a l a co nt e nt o ; 4 ) au s ê n c ia n ít id a d e l id er a n ça s q u e p e r m i t e m c o n f l i t o s d e u s o s d a t e r r a 16. Co mo co n se q u ê nc ia d a e me r g ê n c i a d o t u r is mo sust ent ável ( T S ) , d iv er so s o u t r o s t er mo s t ê m s i d o d ifu n d id o s, e o b s er v a - s e, a p ar t ir d e e nt ão , u ma d i f ic u ld ad e c o m r e la ç ão à d e f in iç ão d o q u e vir iam a ser cada uma dessas vert ent es do t ur ismo , já que as difer enças ent r e cada uma delas apr esent am - se de mane ira t ênue, e mu it as v ez e s, se in t er r e la c io n a m. E st es co nc e it o s são g er a l me nt e co n st r u íd o s so br e o s mes mo s a sp e ct o s d o T S , ma s se g me nt a m- s e ma is específica ment e de acordo com o per fil da at ividade a ser fe it a. U m e x e mp lo é o t u r is mo a lt er nat ivo , no q u a l e nt r e o u t r a s diver sas modalidades ( t u r is mo c u lt u r a l, agrotur ismo, tur ismo c ie nt í f ico ) e n co nt r a - s e o eco t u r is mo , r eco n h ec id o ho je co mo o e mb le ma d o t u r is mo su st e nt á v e l. Ne s se mo me nt o d e t e nt at iv a d e d e f in içõ e s, o q u a d r o a b a ixo p er m i t e u ma v is u a l iz aç ão d e co mo es s es co n ce it o s e st ar ia m s e d e l in e a n d o . 16 N e s t e m o m e n t o o a u t o r c i t a d o f a z r e f e r ê n c i a a s d i f i c u l d a d e s e n c o n t r a d a s no planejamento e gestã o da ati vidade turísti ca, a dependência da atividade em relaçã o a os recursos naturais é nítida e intrínseca, senã o indispensável, contudo sua invi si bi lidade permite a observa çã o de impact os, na maioria das vez es, a longo prazo. Além disso, con figura -se também com o um set or ainda defici ente em relaçã o a políti cas d e governo, tanto para incentivo quanto para gestã o. Diante dess e panorama, em algumas local idades, a a usência de uma liderança l oca l que n orteie os limites e possi bilidades do turism o permite múltiplos usos desses síti os através de uma expl oração irresponsá vel e da t omada de decisões desalinhadas com as demandas e prioridades pontuais. 21 21 F ig u r a 3 . O T u r is mo a lt e r n a t ivo ( MI EC Z KO W S I , 1 9 9 5 : 4 5 9 ) . Nesta direção, Fennel l afir ma que: Como uma extensão ou apêndice do Turismo Alternativo (TA), o ecoturismo cresceu como uma consequência da insatisfação com as formas convencionais de turismo que, num sentido geral, ignoraram os elementos sociais e ecológicos de regiões em paí ses estrangeiros, em favor de um enfoque mais antropocêntrico e concentrado estritamente no lucro dos produtos de turismo ofer ecidos (FENNEL : 200 2: 41). E so br e o seu sur g ime nt o de s sa mo d a lid ad e , t e m- s e qu e o [...] ecoturismo, ou seja, a ideia de que o t urismo baseado na natureza poderia proporcionar benefícios sociais e ambientais, brotou na consciência popular do final da década de 1990, tornando -s e práticamente um fenômeno na década de 90. Em diversos países, o ecoturismo transformou -se em um importante tema de debate. Gerando um sem número de conferências e novos cursos e estimuland o políticas de desenvolvimento em todos os níveis d e governo, na indústria do turismo e no movimento ambi entali sta. (WEARING; NEIL, 2000 : VII) 22 22 De st a fo r ma , o e co t u r is mo , e m su a es s ê nc ia , co nc e nt r a - s e n o reenco nt ro da relação ho me m- nat ureza, de fo r ma que ha ja i nt er aç ão , p er m it i n d o v iv ê n c ia s e e x p er iê n c ia s d ir et a s co m o me io . Dent re as inú mer as co nc e it u açõ es que são difundidas, três car act er íst ic a s est ão s e mp r e i mp r e s sa s, se ja d e fo r ma l it er a l o u nas ent relinhas, e confor me afir mam Faco e Ne iman (2010), est as po dem ser co ns id erad as “o t r ipé da su st ent abilid ade” dent ro d a at ividade: 1) gar ant ia de co nser vação do me io ambient e ; 2) educação Ambient al; 3) benefíc ios às co munidade s recept oras. É pert inent e sust ent abilidade” me n c io n ar pode ser també m aplicado que em este outros “t r ip é da co nt ext os, por e xe mp lo , q u a n d o t r at ad o o t u r is mo no es p a ço u r b a no , u ma v e z q u e este també m pode incorporar car act er íst icas que possa m minimizar seus impactos. At u alment e, o eco t u r is mo é alvo de co nst ant es ações de d iver so s s et o r es, po de ndo - se o bser var o e nvo lv ime nt o , de fo r ma significat iva e efet iva, de organizações não gover na ment ais – ONG s ( qu e t a mbé m v ir a m no eco t ur is mo u ma fo nt e d e r ec ur so s) , elaboração de p o l ít ic a s públicas para incent ivar o setor ( d iv u lg a ção d e d o cu me nt o s o f ic ia i s d e se n vo l v id o s p e lo g o v er no co mo fo r ma d e o r ie nt ar e p a d r o n iz a r a s açõ e s vo lt ad a s a ma n e jo d a at ividade) e reest abe lecer da própr ia sociedade co mo um todo, que se u s v ín c u lo s co m a nat u r e za. D a me s ma t ent a fo r ma , d e v e - s e le v ar e m co n s id er a ção a cr es ce nt e c ap ac it a ção d e g e st o r es em tur ismo em níve l técnico e su p er io r , bem co mo o 23 23 ad e n s a me nt o d o s e v e nt o s c ie nt í f ico s d o set o r , p r o mo v id o s p o r t o d o país, o que acaba por ince nt ivar a pesquisa e o debat e, cr i ando no vos cana is para o i nt er câ mb io de exper iênc ias, pesquisas e enco nt ros cient ífico s da ár ea. Eventos científicos em turismo e ecoturismo Tão import ant e quant o as pesquisas cient ífica s desenvo lvidas, são t ambé m os seus canais de divulgação. É at ravés deles que se per mite a vis ibilid ade dos r es u lt ad o s, sendo a publicação part e essencia l desse processo. Nesse sent ido, diver sa s fer r a me nt a s se a p r e se nt a m co m o i nt u it o d e cu mp r ir e ss a fu n ç ão , e n t r e e l e s : p e r i ó d i c o s , l i v r o s , a r t i g o s e e v e n t o s c i e n t í f i c o s 17. N o caso deste ú lt i mo , são fu nda me nt a is co mo espaços para a discussão acadê mica e pr át ica de temát icas r elat ivas a cada campo de estudo. No caso específico do t u r i s m o 18, tem sido cr escent e o apar ec iment o e a cont inu idade de event os c ient ífico s realizados 17 “ E v e n t o s são todos os acontecimentos previamente planejados, organizados e coordenados de forma a contemplar o maior número de pessoa s em um m esm o espaço fí si co e t emporal, com informações, medidas e projet os sobre uma ideia, a ção ou produt o, apresentando os diagnósti cos de resultados e os m ei os mais efi cazes para se atingir det erminado objeti vo” (BRITTO e FONTES, 1997) 18 R e j o w s k i ( 1 9 9 6 : 6 0 ) s i t u a o p r i m e i r o e v e n t o c i e n t í f i c o d e t u r i s m o n a década de 70, sendo est e o I Congresso Na ci onal de Turismo, mai s precisam ente em 1975. 24 24 em d iver sos po nt os do pa ís, fat o est e decorrent e do cr esciment o de p r o fis s io n a is qua lificado s e das d iversas possibilidades e oport unidades passíve is de sere m t raba lhadas, pr inc ipalment e e m países em desenvo lviment o at rat ivos. Os organizar o t u r is mo objet ivo s debate: ur bano, e e com fo co s ecotur ismo, tur ismo rur al, são gr ande dispo nibilidade var iados na desenvo lviment o t u r is mo de base int enção de de sust ent ável, co mu n it ár ia , fo r ma ção p r o fis s io n a l e m t u r is mo , p ó s - g r ad u a ção , e nt r e o u t r o s. 25 25 Qu a d r o 2 . E ve nt o s c ie nt í f ico s e m T u r is mo r e a l iz a d o s r ec e nt e me nt e no Br a s i l 26 26 As s i m, co mo e m o u t r as ár e as, o t u r is mo e, p r in c ip a l me nt e, o eco t u r is mo , e n co nt r a m- s e e m u m i m p o r t ant e mo me nt o d e d e b at e no me io c ie nt í f ico t a nt o no Br a s i l q u a nt o no e xt er io r . I st o se d e v e à emer gência de quest ões relat ivas ao desenvo lviment o sust ent ável e a co nservação dos recursos naturais, no qual, são estudadas mane iras de co nciliar a at ividade t ur íst ica minimizando impact os, e n vo lv e n d o co mu n id a d e s lo c a is e cap ac it a n d o - a s p ar a t a l, b e m co mo p o r me io d e p r o p o s iç ão d e met o d o lo g ia s d e p r e v is ão d e impact os ambient ais, ent re out ros. Todo esse discur so acadêmico desenvo lvido e as dificu ldade s enco nt radas ambient ais, em ter mos so mados ao logíst ic os, i n cô mo d o cu lt u r a is , gerado pela estat íst ic os má gestão e das p o lít ic as p ú b l ic a s e p e la s p r át ic a s i mp act a nt e s d o mer c ad o e m r e la ção ao me io a mb ie nt e, i mp u ls i o nar a m o d e b at e e nt r e q u e m s e d ed ic a ao est u d o d o eco t u r is mo a s e mo b i l iz a r p ar a o r g a n iz ar es s a produção. Lavini e Rabino vici ( 2005: 124) pondera m que A geração de conhecimento na área vem sendo pautada por orientações nas pesquisa s, apoio às universidades, promoção de eventos que congregam pesquisadores e pela divulgação dessas pesquisas em alguns setores da mídia volt ados ao assunto, em algumas publicações especializadas (revistas e livros), assim como vários documentos cinematográficos e televisivos, nos quais a área ambiental tem ganhado enorme espaço. As s i m, co m a i nt e n ç ão d e p r o mo v e r u ma co n v er g ê n c ia e nt r e o s d is c u r so s e t a mb é m p r o p ic ia r u ma so mat ó r ia d e fo r ça s ao 27 27 mo viment o, os event os c ient ífico s que t rabalha m a t emát ica do eco t u r is mo , t e m s e mo st r ad o fu n d a me nt a is , co n so lid a n d o - se co mo espaços de co nst rução co let iva do conheciment o, sendo um deles o Co n g r e s so Nac io n a l d e E co t u r is mo e E nco nt r o I nt er d is c ip l i n ar d e Ecot urismo em Unidades de Co nser vação (CONE COT UR/E COUC). 28 28 Capítulo 2 Platafor mas de Abordagem e os tr abalhos no EcoUC/Conecotur N Int erd iscip linar o â mb it o ac ad ê m ico , u m d o s p r i n c ip a is e v e nt o s q u e desenvo lve a t emát ica do ecot ur ismo , no Br asil, é o Co ng r es so N ac io n a l d e E co t u r is mo e E n co nt r o de E co t u r is mo em Unidades de Co nservação ( CO NE C OT UR / E C OU C) . O no me d u p lo é r e su lt a d o d e u ma ju n ç ão fe it a e m 2 0 0 7 p ar a cr ia r u m ú n ico e v e nt o , d e fo r ma a não p er d er o produzido até ent ão, t e mát ic a s abordadas ma s no também, debate p r o mo v er em cada a um amp liação dos das event os, co n v er g in d o su a s p r o p o st as. Ant er i o r me nt e a fu s ão co m o E co UC, o I E B 19 ( I n st it u t o discussões de organizando E co t u r is mo o do Congr esso Br as il), Nac io n a l deu de iníc io às Ecotur ismo (CONECOTUR), event o que er a anual e ocorreu sequencia lment e e m 1 9 9 6 , 1 9 9 7 , 1 9 9 8 e 2 0 0 0 ( s e n d o q u e, e nt r e o s d o is ú lt i mo s , houve um int er valo maior). 19 O I E B é u m a s o c i e d a d e c i v i l s e m f i n s l u c r a t i v o s , c r i a d o e m 1 9 9 5 , q u e tem com o objeti vo di fundir os princípi os da sust entabilidade, junt o a o trade de ecot urismo, visando à conserva çã o dos recursos naturais, culturais e hist óricos. O síti o apresenta ser viços, guia s de ecot urismo, artigos, notícias, entre outras informações. (site ofi cial fora do ar) 29 29 Q u a d r o 3 . H ist ó r ico d o E CO UC/ C O NE COT UR 1996 1997 1998 2000 2005 2007 2009 2011 I Encontro Interdisciplin ar de Ecoturismo em Un idades de Conserva çã o (I ECO UC) II Encontro Interdisciplin ar de Ecoturismo em Un idades de Conserva çã o (II ECO UC) e VI Congresso Naci onal de Ecoturismo ( CONECOTUR) III Encontro Interdisciplin ar de Ecoturismo em Un idades de Conserva çã o (III ECO UC ) e VII Congresso Naci onal de Ecoturismo ( CONECOTUR) IV Encon tro Interdisciplin ar de Ecoturismo em Un idades de Conserva çã o (III ECO UC ) e VIII Congresso Naci onal de Ecoturismo (CONECOTUR) 8 a 10 de novem br o São Paulo – SP Instituto IpaTiu-á e SBECOT UR (Sociedade Brasileira de Ecoturismo) 1º Congresso Naci onal de Ecoturismo 2º Congresso Naci onal de Ecoturismo 3º Congresso Naci onal de Ecoturismo 4º Congresso Naci onal de Ecoturismo. 6 a 8 de Novembr o em Bertioga (SP) 4 a 7 de Novembr o em Itabuna (BA). 15 a 18 de novem br o em Fl orianópoli s (SC). 15 a 17 de dez em bro na cidade de Belo Horiz onte (MG). 3 a 7 de outubr o Ri o de Janeiro (RJ) 8 a 11 de novem br o Itatiaia (RJ) 17 a 22 de novem br o Praia Formosa – Aracruz (ES) Prom ovido pelo Instituto de Ecoturismo do Brasil IEB. Prom ovid o pelo Instituto de Ecoturismo do Brasil IEB. Prom ovido pelo Instituto de Ecoturismo do Brasil IEB. Prom ovido pelo Instituto de Ecoturismo do Brasil IEB. Grupo de Estudos Ambi entais – GEA ( Un iver sidad e Federal do Ri o de Janeiro) Instituto Ph ysi s – Cultura e Ambi ente Instituto Capixaba de Ecoturismo – ICE Fonte: sites dos eventos e entrevi sta com organizadores (Org. Regiane Avena Faco, 2013). 30 30 Quadro 4. E ixos t emát ico s das ediçõ es do event o após 2005 2005 2007 2009 2011 I E nc ontr o I nt er dis c ip lina r de Ecotur is mo em Unida des de C ons er va çã o (I EC OUC ) II Encontro I nt er disc ip lina r de Ecot uris mo em Unida des de C ons er vaçã o (II ECOUC ) e VI C ongr ess o Naciona l de Ecotur is mo (CONECOT UR) III Encontr o I nt er disc ip lina r de Ecot uris mo em Unida des de C ons er vaçã o (III ECOUC ) e VII C ongr ess o Naciona l de Ecotur is mo (CONECOT UR) IV Encontro I nt er disc ip lina r de Ecot uris mo em Unida des de C ons er vaçã o (III ECOUC ) e VIII C ongr ess o Naciona l de Ecotur is mo (CONECOT UR) Eixo 1 - Ecot uris mo e Educa çã o Ambienta l em Ár ea s Pr ot egida s. Eixo 1 - Ecot uris mo e Educa çã o Ambienta l em Ár ea s Pr ot egida s. Eixo 1 - Ecot uris mo e Educa çã o Ambienta l Eixo 1 - Educação e I nt er pr eta çã o Amb ienta l no Ecoturismo Eixo 2 - P la neja mento e G estã o do Ecotur is mo em Unida des de C ons er va çã o. Eixo 2 - P la neja mento e G estã o do Ec otur is mo em Unida des de C ons er va çã o. Eixo 2 - P la neja mento e G estã o do Ec otur is mo Eixo 2 - P la neja mento e G estã o do Ec otur is mo Eixo 3 - Manejo e Cons er va çã o dos R ecur s os Naturais Atra vés do Turismo Sustentá vel. Eixo 3 - Manejo e Cons er va çã o dos R ecur s os Naturais Atra vés do Turismo Sustentá vel. Eixo 3 - Manejo e Cons er va çã o dos R ecur s os Naturais Atra vés do Turismo Sustentá vel. Eixo 3 - Manejo e Cons er va çã o dos r ec ur s os natura is através do Turismo Sustentá vel ------ Eixo 4 – Ens ino, pes quisa e ext ensã o em Ecotur is mo no Brasil Eixo 4 – Ens ino, pes quisa e ext ensã o em Ecotur is mo no Brasil Eixo 4 - Ens ino, P es quisa e Extensã o em Ecotur ismo ------ ------ Eixo 5 - Ecot uris mo de Base Comunitária Eixo 5 - Ecot uris mo de Base Comunitária ------ ------ ------ Eixo 6 Empr eendedor ismo e Inova çã o em Ecotur is mo. Fo nt e: s it e s d o s e v e nt o s e a n a is d is p o n í v e is n a int er n et ( Or g . Re g ia n e Av e n a F aco , 2 0 1 3 ) . 31 31 2.1.– Encontro Interdisciplinar de Unidades de conservação – I EcoUC A pr ime ir a edição do E nco nt ro Ecoturismo I nt erdiscip linar em de E co t ur is mo e m U n id ade s d e co ns er vaç ão ( E co Uc) fo i r e a liz a d a no R io d e J a n e ir o , no p er ío d o d e 0 3 a 0 7 d e o u t u br o d e 2 0 0 5 , e fo i organizado p e lo Grupo de Estu dos Ambient ais – GE A/UE RJ da Univer sid ad e Est ad ual do Rio de Jane iro . F i g u r a 4 . F o l d e r d e d i v u l g a ç ã o d o I E c o U c 20 A r ea l iz aç ão d e ss e e v e nt o se d eu no int u it o d e “promover um amplo debate entre profissionais da universidade, instituições de ensino em geral, poder público e privado, operadoras, agencias e Organizações não Governamentais – ONGs, no que tange a aplicação do planejamento e manejo do ecoturismo voltados à prática de mínimo impacto, visando não soment e avaliar o conhecimento e as atividades que estão sendo implementadas nas Unidades d e Conservação, como também promover uma relação trans e interdisciplinar, de aprendizad o coletivo. Esperamos proporcionar a todos, momentos de reflexões e aprendizado, 20 Fon te:<h ttp://www.ipatiua.com. br /viii_ con ecotur _i v_ ecou c/sit e/co n gr esso_eventos_anteriores.html> Acesso em 10/03/2013. 32 32 profissionais que atuam, pesquisam e ensin am e s t a e n c a n t a d o r a e p r o m i s s o r a a t i v i d a d e ” 21. Segundo est imat ivas da Sociedade Brasile ir a de E co t u r is mo ( S BE co t u r ) , ent id ad e q u e at u a l me n t e p r o mo v e a s ed içõ e s ( a p ar t ir d e 2 0 0 9 ) d o e v e nt o , o I EcoUC “cont ou co m a p ar t ic ip aç ão d e ma is d e 4 0 0 in s cr it o s e a ap r es e nt aç ão d e 280 trabalhos de p e s q u i s a ” 22, sendo 75 art igos co mp let o s publicados nos anais do event o, dist r ibu ídos em t rês eixo s (Gráfico 1). Gráfico 1. E ixos de pesquisa do I EcoUC O b ser v a - se u ma ma io r co n ce nt r aç ão d e t r a ba l ho s no e ix o 2, fat o que pode ser explic ado pela intenção de, pr inc ipa lment e, cent r ar o debat e na quest ão do Uso Público 21 Apresentaçã o feita pela comi ssã o organizadora e contida nos anais do evento. 22 Disponível em: <h ttp://www.sbecotur .or g. br /con ecotur ecou c/n ode/1 0#sth ash .Hzlln FF0. dpuf Acesso em 10/03/2013. 33 33 das unidades de co nser vação (UCs) estruturas e co nt r o le, já at ividades que este de é e a ecotur ismo, um dos imp lementação de bem pr inc ipais co mo o seu ent rave s do eco t ur ismo no Br a sil. Gráfico 2. Or ige m dos pesquisadores do I EcoUC Confor me pode- se ver ificar no s dados arro lados acima (Gráfico 2) observa-se a baixa expr essividade de outros segment os que não os provenient es de univer sidades edição . Isto pode ocorrer p e lo fat o de uma nessa possíve l concent ra ção e m exposiçõ es e debat e de cunho essenc ialment e acadê mico, o que pode ser consequência da car acter íst ica de e ve nt o lo c a l a i n d a ne st e p er ío d o . 34 34 Gráfico 3. P lat afor mas de abordagem do I EcoUC Sobre o cont eúdo dos t rabalho s apresent ados de acordo co m as plat afor mas de abordagem (Gráfico 3), t em- se uma co n ce nt r a ção ma io r no s t r a b a l ho s q u e s e d e se n vo l v e m so b u m aspect o de “adapt ação”, ou se ja, que abordam uma busca por a lt er n at iv a s e d e se n vo l v i me nt o d e mo d e lo s d e t u r is mo q u e v is e m p r o p o r u m eco t u r is mo s u st e nt á ve l. Gráfico 4. Pa lavras-chave do I EcoUC 35 35 Obser vando as estat íst icas de menção as palavras chave ( Gr á f ico 4 ) é p o s s ív e l no t ar q u e, se m su r p r e sa, o t er mo q u e ma is aparece é “e co t u r is mo ”, seg uido de unidade de co nser va ção . I st o r e fo r ça do is pe ns a me nt o s: o pr ime ir o de q u e o event o acont ece co m a propost a de debat er o ecot ur ismo dent ro do cont ext o segundo que não de gestão de unidades protegidas, há u ma e sp e c i f i c id ad e ma io r e na hora de es co lh er as p a la v r as - c h a v e d o s t r ab a lh o s, se n d o s e le c io n a d a s p a la v r a s d e a mp lo se nt id o . 2.2 –II Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VI Congresso Nacional de Ecoturismo – II EcoUC IV CONECOTUR A segunda edição do Encont ro Int er disc iplinar de E co t ur is mo e m U n id ade s d e co ns er vaç ão ( E co Uc) fo i r e a liz a d a t a mb é m no E st ad o d o R io d e J a ne ir o , e m I t at ia ia, d e 8 a 1 1 d e no v e mb r o d e 2 0 0 7 , e fo i o r g a n iz a d o p e lo I n st it u t o P h ys is – C u l t u r a e A m b i e n t e 23. A e s c o l h a d o l o c a l s e d e u e m f u n ç ã o d a co me mo r aç ão d o s 7 0 a no s d a cr ia ç ão d o P ar q u e N ac io n a l d o It at iaia no ano de 2007, o pr ime ir o da hist ór ia das Unidades de Co nser vação no Br asil. É part ir dessa edição que se dá a 23 I n s t i t u t o P h y s i s - C u l t u r a & A m b i e n t e , a s s o c i a ç ã o s e m f i n a l i d a d e lucrativa, qualifi cada com Organização da Soci edade Ci vil de Interesse Público (OSCIP), fundada em 15 de maio de 1991. 36 36 fusão ent re os do is event os, CONE COTUR e EcoUC, t ornando o me s mo b ie n a l. Na mesma linha, em 2005, o Iº Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades d e Conservação · EcoUC, promovido pel a Universidade Estadual do Rio de Janeiro · UERJ, d ebat eu o Us o Pú blico das UC·s par a atividades de Educação Ambiental e Ecoturismo. Este Evento contou com a participação de mais de 400 inscritos e a apresentação de 280 trabalhos de pesquisa, constituindo -se num dos mais privilegiados espaços para o debate dos temas referentes à Visitação nas UC·s b r a s i l e i r a s . 24 Aind a present es confor me 562 pessoas dados e fo r a m da organiz ação, apresent ados est iver am cerca de 242 r e s u m o s 25. Out ro pont o import ant e a ser dest acado é que após a r ea l iz a ç ão d a ed iç ão d e 2 0 0 7 , o e v e nt o ad q u ir iu o co nc e it o Qu a l is B 2 d a Ca p e s, o q u e p o d e g a r a nt ir ma io r q u a l id a d e no s t rabalho s e u m incent ivo para aqueles que quere m divid ir exper iências, e, co nsequent ement e, efet ivá - las at ravés da p o st er io r p u b l ic a ção . 24 D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / p h y s i s . o r g . b r / e c o u c / i n d e x . h t m l > . A c e s s o e m 09/05/2012. Acesso em 09/05/2012. 25 D i s p o n í v e l e m : <h ttp://www.ipatiua.com. br /viii_ con ecot ur _iv_ ecou c/sit e/con gr esso _ eventos_anteriores.html > Acesso em 09/05/2012. 37 37 Figur a 5. Realização do II EcoUC / VI Co necot ur, em 2007. Fo nt e: Faco, 2007. Figur a 6. Realização do II EcoUC / VI Co necot ur, em 2007. Fo nt e: Faco, 2007. 38 38 Ne s sa e d iç ã o , o s e ixo s d e p e s q u is a f o r a m: Eix o 1 – E c otur is mo e E du ca çã o A mb ienta l em Ár ea s Prot egidas Eixo 2 – P la neja mento e gestão do ecoturismo em unida des de cons er vaçã o. Eix o 3 – Ma nejo e C ons er va çã o dos Rec ur s os Na tur a is a tr a vés do T ur is mo Sust entá vel Eixo 4 - Ens ino, pes quisa e ext ensã o em Ecotur is mo no Brasil. Gráfico 5. E ixos de pesquisa do II EcoUC / VI Conecotur S e co mp ar a d a a e d iç ão a nt er io r , é p o ss í v e l co n st at ar q u e há a inserção de ma is i nt it u la d o “E n s ino , Brasil”. fo r ne ce É (Gráfico 5), p e sq u is a e e x t en são e m E co t u r is mo no int er essant e espaço para o um eixo de co mpr eender debate do pesquisa que, ecotur ismo essa em temát ic a nível de acadê mico, o que per mite uma aut o análise so b a per spect iva 39 39 d o e ns ino d o eco t u r is mo , a in d a q u e t e n h a p o ss u íd o me no r número de trabalhos. Novament e, o eixo 2 “P lane jament o e gestão do eco t u r is mo e m u n id ad es d e co n s er v aç ão ” t e m o ma io r vo lu m e de t rabalho s submet idos. Pode -se conclu ir que t al fat o se dá pela propost a específica de realização dessa edição do event o em função da co memoração da cr ia ção da pr ime ira unidade de co n ser v a ção d o p a ís , d a n d o ma io r ê n fa s e n e ss a t e mát ic a. Difer ent ement e da pr ime ir a edição do event o, nest a o se g u n d o ma io r vo lu me d e t r a ba l ho s ap r e s e nt ad o s co n ce nt r a - s e no eixo “Ecotur ismo e Educação Ambient al em Ár ea s P r o t eg id as ”. E m co n v er g ê n c ia co m a co nc e nt r a ção p r in c ip a l n o e ixo 2 , o e ixo 1 fo r n e ce u m a sp ect o mu it o i mp o r t a nt e p ar a a conser vação das unidades de co nser vação, podendo ser at ravé s d o eco t u r is mo e d a ed u c aç ão a mb i e nt a l q u e s e d á a r e la ç ão co n sc ie nt e d o ser h u ma no co m o me io a m b ie nt e e as s i m, fat o r essenc ial par a a co nser vação de espaços nat urais. 40 40 Gráfico 6. Or ige m dos pesquisadores do II EcoUC / VI Co necotur Igualment e ao event o a n t er io r , a maio r r epr e s e nt at iv id ade no co ngr e s so fo i d a u niver s id ad e pú b lic a (Gráfico 6), seguida pela univer sidade pr ivada e depo is pelo gover no. Há uma var iação ma ior de setores em relação à 1º edição que fo i essenc ialment e possíve l enco nt rar acadêmica. t rabalho s Neste advindos do mo me nt o , terceiro setor, fo i e ainda que meno s expressivo, da inic iat iva pr ivada. É r e le v a nt e r e s sa lt ar aq u i q u e o t erce ir o s et o r se mo st r a co mo um r es p o n s á ve l, import ant e meio desenvo lvendo e de p r o mo ç ão propondo novos de tur ismo mo d e lo s de g e st ão e i mp la nt aç ão d e p r o jet o s e m t u r is mo , o u a in d a co mo ar t ic u la d o r e nt r e l id er a n ç as d e co m u n id ad es e g o ver no s. 41 41 G r á fic o 7 . P la t a fo r ma s d e a bo r d a g e m d o I I E c o U C / V I Co ne c o t u r No que se refere ao o cont eúdo dos t rabalh os, nest a edição a s p lat a fo r ma s vo lume de de t raba lho s abordagem apresent am um em “adaptação”, maior seguida de “co nheciment os bás icos” , ou seja, ainda mant endo o per fil da p r i me ir a ed iç ão d o e v e nt o ( Gráfico 7) . No e nt a nt o , é p o s s í v e l que, a lém da pro ximid ade estat íst ica ent re “co nhecimento bás ico e “advertência” per ceber trabalho s de també m u m sut il aument o no número de t rabalho s de “advert ência” e m relação a pr ime ir a edição do event o, fat o que pode t er or ige m na part icipação mais efet iva de me mbros do ter ceiro setor nest a ed ição, sina lizando event uais proble mas co m o t ur ismo de d et er mina da s lo c a lid ad e s. E st a p lat a fo r ma , a s s im co m já me n c io n ad o at ividade de propõe t u r is mo alter nat ivas e todos os ao desenvo lviment o fatores envo lvido s de nas mes mas. 42 42 Gráfico 8. Pa lavras-chave do II EcoUC / VI Co necot ur É p o ss ív e l no t ar q u e, s e m su r p r e sa, o t er mo q u e ma i s apar ece é “ecot ur ismo”, no vament e, seguido de parques e de u n id ad es d e co n s er v aç ão ( Gráfico 8) . O fat o q u e p o d e s er explicado pelo co nt ext o de execução do event o, dada a co me mo r aç ão d o a n i v er sár io d o P ar q u e N ac io n a l d e I t at ia i a d a n d o ê n fa s e a t r a b a lh o s vo lt ad o s p ar a p ar q u e s n ac io n a is , ainda que esses seja m categor ia de unidade de co nser vação, o q u e e v id ê n c ia t a m b é m u ma ma io r e s p ec i f ic a ç ão na e sco lh a d a s palavras- chave. 43 43 2.3 – III Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VI I Congresso Nacional de Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR No ano de 2009, ocorreu a rea lização do III Enco nt ro I nt er d is c ip l in a r d e E co t u r is mo e m U n id a d es d e Co n s er v aç ão e VI I Co ng r es so Na c io n a l d e E co t u r is mo , r ea l iz ad o no E st ad o d o Espir ito Sant o nas dependências do Serviço Socia l do Co mér c io ( S e s c) na P r a ia Fo r mo sa – Ar acr u z, no p er ío d o d e 1 7 a 22 de Sociedade no vembro. Brasile ir a responsabilidade de Neste de event o ocorreu E co t u r is mo , auxiliar na a a fundação qual organização assumiu das da a próxima s ed içõ e s, e d es s a fo r ma, o s a n a is d o eve nt o co me çar a m a s e r p u b l i c a d o s n a R e v i s t a B r a s i l e i r a d e E c o t u r i s m o 26, a q u a l é r eco n h ec id a co mo i mp o r t ant e fe r r a me n t a n a d i v u lg a ção d o s t rabalho s nest a área. Segu ndo e st imat iva s da o r ga n iz aç ã o , ne st a ed iç ão fo r a m co nt a biliz a d a s 43 8 ins c r içõ e s e c er ca d e 1 92 t r a ba lho s fo r a m a p r e s e n t a d o s 27. O t e m a c e n t r a l d o e v e n t o f o i : “ E c o t u r i s m o – No v a d éc ad a, no vo s r u mo s: q u a l ser á a su a co nt r ib u iç ão ?”, co m o p r o p ó s it o d e e v id e n c ia r o car át er p ar t ic ip at ivo e d e 26 A R E V I S T A B R A S I L E I R A D E E C O T U R I S M O ( R B E c o t u r ) é u m a publi ca çã o el etrônica quadrimestral produzida pela Soci edad e Brasileira de Ecoturism o (SBE cotur), sendo expressã o do esforç o dos pr ofissi onais nela envol vi dos: edit ores e outros cola boradores. Criada em 2008, seus volumes sã o editados exclusi vamente na formataçã o el etrônica online (SEER). Disponí vel em: h ttp://www.sbecotur . or g.br /r becotur /seer /in dex.ph p/ecotur ism o/ar ti cl e/ view/317/245. Acesso em: 09/05/2012. 27 h t t p : / / w w w . i p a t i u a . c o m . b r / v i i i _ c o n e c o t u r _ i v _ e c o u c / s i t e / c o n g r e s s o _ even tos_anteriores.html . Acesso em 02/06/2012. 44 44 construção co let iv a necessár ia ao ap r i mo r a me nt o do Ecot urismo no país. Pr omo veu um ampl o d eba te entre pr ofission ai s das universidades, instituições de ensino em geral, poder público e iniciativa privada, operadoras, agências, comunidades tradicionais e locais e organizações não governamentais, n o que tange a aplicação do planejamento e manejo do ecoturismo voltado à práticas de mínimo impacto, visando não somente avaliar o conhecimento e as atividades que estão sendo implementadas no setor, como também promover uma relação interdisciplinar de aprendizad o coletivo, aglutinando os diversos setores numa discussão única entorno da temática e das áreas a f i n s 28. Figur a 7. I magem de divulgação do event o 28 T r e c h o retirado dos anais do evento, D i sponível em: <h ttp://www.sbecotur .or g. br /r becotur /seer /in dex.ph p/ecotur ism o/in d ex>.Acesso em: 25/05/2013. 45 45 Gráfico 9. E ixo s de pesqu isa do III EcoUC / VII Co necot ur A p ar t ir d o e ve nt o d e 2 0 0 9 , fo i in s e r id o u m no vo e ix o d e pesqu isa i nt it u la d o “E co t u r is mo de Base Co mu n it ár ia ” ( Gráfico 9) , d an d o a ber t u r a p ar a a p u b l ic aç ão d e t r a ba lho s desenvo lvidos at ravés de pesqu isas em co munidades locais. Essa modalidade programas conso lidado do de e co t u r is mo Ministér io co mo uma do tem sido T u r is mo , import ant e fo nt e incent ivada a lém de de r enda por ter a se essas p o p u la çõ es, q u e u t il iz a m a g o r a o t u r is mo co m u ma o p ç ão d e incr ement o de renda. Novament e, e seguindo a t endênc ia já evidência da dos event os ant er iores, o e ixo 2 “P lane ja ment o e gestão do Ecot urismo em Unidades de Co nservação” concent ra o maior número de t raba lho s submet idos, o que evidência a inda u ma grande co ncent ração das pesquis as em E co t u r is mo a inda at relada a cont ext os de Unidades de Conser vação. 46 46 Na me s ma l i n h a d o s e ve nt o s a nt er io r es, o s p e sq u is ad o r e s concent ram suas or igens nas univer sidades, pr incipalment e públicas, segu idas de part icipação de set ores go ver nament ais e par cer ias ent re univers idade (públicas e pr ivadas) co m o t er ce ir o s et o r . Ou se ja , n es s e mo m e nt o , é p o ss í v e l co nst at ar u ma ma io r ad er ê n c ia d o t er ce ir o set o r no eve nt o , a in d a q u e pr e se nt a do pe la par cer ia co m pr o fe s so r es de u nive r s id ad es, t a l fat o p o d e ser e x p l ic ad o p e lo fat o de q u e n ão mu it o r ar a me nt e pode-se observar a presença de me mbros de univer sidades envo lvido s na gest ão das organiz ações não gover nament a is (Gráfico 10). 47 47 Gráfico 10. 29 O r i g e m d o s p e s q u i s a d o r e s d o I I I E c o U C / V I I C o n e c o t u r 29 A legenda da última barra é “universidade, terceiro setor e governo”. 48 48 Confor me, t endência per siste já quant o ( Grá fico apr esent ado às 11), nos p lat a fo r ma s sendo a event os de ma io r a nt er io r e s abordagem parte dos a também trabalho s co ncent rada e m “adapt ação ” segu id a de “co nhec iment o básico ” dada a relação do eco t u r is m o com outros aspectos so c io eco nô m ico s. Gráfico 11. P lat a fo r ma s d e a bo r d age m do I I I E co UC / VI I Co ne co t ur (Org. Regia ne Avena Faco, 2013). A p lat a fo r ma “defesa” com menor represent at ividad e ent re os t rabalho s t raz co nsigo u ma possíve l evidê ncia de que o t u r is mo n ão é v ist o co m u ma at iv i d ad e t o t a lme nt e b e n é f ic a e q u e só r e v er t e e m b e n e f íc io s e co n ô mico s. E la é u ma p r át ic a que pode r evert er nisso, co nt udo se adaptada a co nt ext os locais e a u ma sér ie de fat ores de plane jament o e gest ão. 49 49 Gráfico 12. Palavras-chave do III EcoUC / VII Conecotur De fo r ma ig u a l às a n á l is e s a nt er io r es, a ma io r co nt ag e m de t er mo s nessa edição também fo i “e co t u r is mo ” , seguido d e st a v ez p o r ed u ca ç ão a mb ie nt a l ( Gráfico 12) , o q u e p o d e e vid ê nc ia r u ma mu da nça no e nfo q ue do s t r a ba lho s, da da a importância também desta co mo no me io ent endiment o e finalidade da em sust ent abilidade toda at ividade e de eco t u r is mo . 2.4 – IV Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo em Unidades de conservação / VIII Congresso Nacional de Ecoturismo – III EcoUC / VII CONECOTUR E m 20 11 , fo i r e a liz a do o I V E nco nt r o I nt er d is c ip lina r d e Ecot urismo em Unidades de Conser vação e VIII Co ngr esso Nac io n a l d e E co t u r is mo , e nt r e o s d i as 8 e 1 0 d e no ve m b r o . Fo i 50 50 o r g an iz ad o p e lo I n st it u t o I p á T i - u á d e Me io A mb ie n t e, Cu lt u r a e Sociedade e p r o mo v id o por: Sociedade Br asile ira de E co t u r is mo - S BE co t u r e Re v ist a Br a s i le ir a d e E co t u r is mo – RBE cotur; nas dependências do SESC Pinheiros, Secr etar ia do Me io A mb ie n t e - ( S M A) e na P r a ça V ict o r C iv it a na c id a d e d e S ão P au lo . Sugerimos a cid ad e de S ão Pau lo par a sedia r o evento, pois a cidade é o berço de diversas atividades pioneiras em Ecoturismo no B rasil; é de onde se originaram a maior parte das agências de ecoturismo do país e onde existe o maior número de práticantes, formando o maior mercado emissor do país para destinos do Brasil e no Mundo. A cidade também está cercada d e diversas universidades públicas estaduais e federais, com uma grande quantidade de estudantes que temos a intenção de estimular a pesquisar esta temática. A infraestrutura da cidade e as instituições apoiadoras poderão colaborar muito para firmar este encontro como o maior evento acadêmico brasileiro, talvez da América Latina, congregando pessoas para debater o Ecoturismo no Brasil, colaborando com a conservação da natureza e geração b e n e f í c i o s s o c i a i s 30. Logo fica claro o int u it o desta edição de t ent ar ap r o x i mar o d e b at e d o me r ca d o , ev id ê n c ia d a p e la e s co lh a d o lo c a l s er o p r in c ip a l c e nt r o d e n eg ó c io s d o p a ís. A fa c i l id ad e logíst ica aqui o bser vada per mit ia uma previsão de público ma io r do que as outras ediçõ es, fato este que não se conso lidou, t alvez por proble mas r elat ivo s a di vu lgação , valor 30 D i s p o n í v e l e m : <h ttp://www.ipatiua.com. br /viii_ con ecot ur _iv_ ecou c/sit e/con gr esso _com o_sera.html>.Acesso em 29/06/2013. 51 51 de inscr ição no event o e conflit os int er no s de organização do me s mo . Figur a 8. I magem de divulgação do event o “Ao todo foram apresentados 98 trabalhos d e pesquisa, 35 trabalhos de Iniciação Científica e 31 relatos de experiências, totalizando 164 trabalhos acadêmicos que constam destes anais e foram apresentados no formato de pôsteres. Nos eventos foram realizados 7 Minicursos, 1 Workshop, 11 Mesas Redondas, 6 painéis de convidados, 3 Conferências Internacionais e 1 Nacional, além do painel de encerramento e da p l e n á r i a f i n a l ” 31. Nesta categor ias: exper iência; ed ição os pesquisa, sendo r e su mo s inic iação apenas a foram separados cient ífica pr ime ir a e de las em r elato três de (pesquisa) o r gan iz ad a co nfo r me o s e ixo s de f in ido s . 31 A n a i s d o e v e n t o . D i s p o n í v e l e m : h t t p : / / w w w . i p a t i u a . c o m . b r / v i i i _ c o necotur_iv_ecouc/ sit e/document os/Anais%20do%20VIII%20CONE CO TUR%20S%E3o%20Paul o%202011.pdf. Acesso em 23/06/2013. 52 52 2.4.1 – Pesquisas Ne st a su b d iv is ão , int e n c io no u - s e e l e nc ar o s t r ab a lh o s d e pesqu isadores já gr aduados e que at uam no Ecot ur ismo ( seja at ravés de docência ou ges t ão, ent re out ros). Gráfico 13. E ixos de pesquisa d o IV EcoUC / VIII Co necot ur Na pesqu isa edição de in t it u lad o 2011, fo i inser id o “ E mp r e e nd ed o r is mo um e no vo eixo I no vação de no Ecoturismo ” ( Gráfico 13), que aparece zerado neste pr ime iro mo ment o, pois co nsidera - se dest e eixo os t rabalho s da sessão “relatos de exper iência”. Sem ro mper co m a co ncent r ação dos event os ant er iores, o eixo 2 “P lane jament o e gest ão do Eco t urismo ” co ncent ra o 53 53 ma io r n ú me r o d e t r a b a lho s su b met i d o s, a in d a q u e ne st a ed iç ão t en h a r et ir ad o s u a ê n fa s e d a s U n id a d e s d e Co n s er va ção , o q u e ac a ba p o r en g lo b ar o u t r o s co nt e xt o s p ar a o E co t u r is mo , p o r e xe mp lo , e m e sp aço s u r ba no s. Um segundo dest aque vai par a o eixo 1 “Ecot ur ismo e E d u c aç ão Am b ie nt a l”, e lo g o d e p o is no t a - s e u m eq u i l íb r io ent re os dema is e ixo s. É int er essant e pont uar que, a inda que haja um int er ess e pela área cont ando de com e mp r ee n d e d o r is mo , o um mais número mu it o event o ainda acaba repr esent at ivo de acadê micos. Co n fo r me p o d e mo s no t ar no g r á f ico a ba i xo ( Gr á f ico 1 4 ) , se m surpresa, a co ncent ração ma io r de co ngressist as é no v a me nt e d a u n iv er s id a d e, p ú b l ic a , e m ma io r e sc a la. S eg u id o p e la u n i v er s id ad e p r i v ad a e d ep o is p e lo t er c e ir o s et o r . 54 54 Gráfico 14. Or ige m dos pesquisadores do IV EcoUC / VII I Conecotur 55 55 Gráfico 15. P lat a fo r ma s de a bo r d ag e m do I V E co UC / VI I I Co ne co t ur Não diferent e ment e do que já fo i analisado, a pr edo minâ nc ia qua nt o às p lat a fo r mas d e a bo r d ag e m ( Gr á f ico 15) t ambé m se mant é m, sendo gr ande part e dos t rabalho s e m “adaptação”, po is a inda busca - se a co nst rução de uma at ividade t ur íst ica, paut ada na sust ent abilidade seguida d e “co nhec ime nt o bá s ico ”, o que r e fo r ça a s r e la çõ e s e m d ive r sa s esca las para co mposição do e co t u r is mo . A p lat a fo r ma “advert ência”, que s ina liza par a a lgumas quest ões refer ent es aos impactos do eco t u r is mo , apresent a alguns t raba lho s, seguida da platafor ma de “defesa”. 56 56 Gráfico 16. Palavras-chave do IV E coUC / VIII Conecotur E m co nvergência co m as análise s das outras ediçõ es, a palavra- chave que apr esent ou maio r ocorrência (Gr áfico 16) fo i “eco t u r is mo ”, seg u id o p o r “t u r i s mo ”, co n seq u ê n c ia d e u ma abordagem ma is ger al do set or, ou da ut ilização de out ras no menclat uras que t rat am d e “t ur is mo d e nat ureza”, “t ur is mo verde”, ent re out ros. 2.4.2 – Iniciação científica (IC) E m “ in ic ia ç ão c ie nt íf ic a ” fo r a m o r g a niz ado s o s t r a ba lho s de est udant es de graduação, e t em se apro x imado recent ement e da pesquisa cient ífica . Sem a int ens ão de cat egor izar esses t rabalho s, est es não se inserem no s eixo s de pesquisas. 57 57 Gráfico 17. Or igem dos pesquisadores (I C) do IV EcoUC / VIII Co necotur Nest a et apa, vist o que apenas se enco nt ram est udant es, no vament e a concent ração reside nas univers id ades, p r in c ip a l me nt e na p ú b l ic a, co m u ma m í n i ma p ar t ic ip aç ão d a univers idade pr ivada ( Gráfico 17). Gráfico 18. P lat a fo r ma s de a bo r d ag e m ( I C) do I V E co U C / VI I I Co neco t ur Em r elação ao t ip o de posição adotada confor me as p lat a fo r ma s ( Gr á f ico 18 ) , no va me nt e o d is cur so fo c a- se e m “adapt ação”, ou seja, em um discurso que busque agregar os 58 58 co n ce it o s d e s u st e nt a b i l id ad e à s a t iv id ad es d e t u r is mo . E m se g u n d o lu g ar , a s s i m co mo d e ma i s ca so s, o “co n h e c i m e nt o b á s ico ” co lo ca - s e e m se g u n d o lu g ar . A palavra- chave (Gr áfico 19) co m maior cont abilização fo i “e co t u r is mo ”, seguido de “ t u r is mo ” e “unidade de co nser va ção ”, co nfo r me t a be la e gr á f ico a s egu ir . Gráfico 19. Palavras-chave (I C) do IV EcoUC / VIII Co necotur 2.4.3 – Relato de experiências (RE) Ne st e e sp aço , e st ão a lo c ad o s o s t r a ba lho s d o q u e ser ia cha mado de E ixo 6 E mp r e e n d e d o r is mo e I no vação em Ecoturismo. Resume m- se a tratar de exper iênc ias prát icas de d e se n vo l v i me nt o e i mp la nt a ção d e p r o jet o s. 59 59 G r á f i c o 20 . O r ig e m d o P e s q u is a d o r ( RE ) do I V E co U C / VI I I Co ne c o t ur Por ser um campo de teor mais prático, obser va- se que a ma io r p ar t e d o s au t o r es , n e st e c aso , v ê m d o t er ce ir o set o r , o u se ja, O NG s , q u e g er a l me nt e são in s t it u içõ es q u e d es e n vo l v e m p r o jet o s d e t u r is mo , p r in c ip a l me nt e r e fer e nt e s a co mu n id a d e s locais e plane ja ment o part ic ipat ivo. E m um segundo mo ment o, d e st aca - s e a i n d a a u n iv e r s id a d e p ú b l ic a, q u e p o r me io d e seu s ser vidores t rabalha conjunt ament e na imp lant ação de pro jet os d e d e s e n vo lv i me n t o e g est ão d e t u r is mo . E e m u m ú lt i mo ca so , enco nt ra- se o go ver no e a sua parcer ia co m a univers idade p u b l ic a. O r e lat o d e e xp er iê n c ia a q u i se co nc e nt r a, e m ma io r part e, na imp lant ação e f eedback de programas de incent ivo ao 60 60 t u r i s m o ( G r á f i c o 20 ) . G r á f i c o 21 . P la t a fo r ma d e a bo r d ag e m ( R E ) do I V E co U C / VI I I Co ne co t ur No caso dos r elat os de exper iênc ia, not a -se um equilíbr io e n t r e “ a d a p t a ç ã o ” e “ c o n h e c i m e n t o b á s i c o ” ( Grá fico 21 ). O fa t o d e ss a mo d a l id ad e d e t r a b a lh o co nt e r u ma a bo r d ag e m d e r e lat o p e sq u is a p r át ic a i n l o co ma is e n f at ic a me nt e, t o r na - s e ma i s prováve l que haja um anseio que aver iguar fo r ma s de aproximar a realidade às propost as de t ur ismo sust ent ável e m níve l sistêmico, po nderando be n e f íc io s e os cont rapont os enco nt rados. 61 61 Gráfico 22. P alavras- chave ( RE) do IV EcoUC / VIII Conecot ur Segu indo a ló gica oper ant e e m t odas as análises, aind a que em r elatos significat ivas em de exper iênc ias, re lação aos não t er mo s houve chave mudança s esco lhido s (Gráfico 22), sendo novament e o mais ut ilizado “ecot ur ismo”. A “u n id a d e d e co ns er v aç ão ” e m s eg u n d o lu g ar a p ar ec e aq u i co mo um po nt o int er pret ação de import ant e, que p o is gr ande parte, poder ia co nduzir senão todas, a das e xp er iê n c ia s r e lat a d a s o co r r e m n e s t es es p a ço s, ló g ic a r e fo r ç a p e lo terce iro it e m “parques”, o qual cabe a inda, a uma categor ia de unidade de co nser vação. 62 62 Capítulo 3 Ref lexões sobr e os dir ec ionamentos das pesquisas em ecot urismo na EcoUC/Conecotur C om base abrangênc ia dos dados do event o t orna - se no sent ido per cept íve l a de a p er m it ir p ar t ic ip aç ão d e d iv er so s at o r es so c ia is , t a is co mo : ONGs, co munidades, est udant es, pr ofissio nais, pesquisadores, p o lít ico s, ar t ist a s e ar t e são s. Co nt u d o , co m b as e no q u ad r o 2 (pag.25) é possíve l infer ir que sua organização se dá através de inst ituiçõ es part icu lar es, cont ando apenas com o ap o io i n st it u c io n a l d as u n iv er s id a d e s ( co m e x ce ção d e 2 0 0 5 ) , d a í a co n st it u iç ão de sust ent a discur so o seu caráter de científico. que o Esse t u r is mo , fato e també m inic iat ivas r e la c io n ad a s a e le, são p r io r it ar ia me nt e d e o r d e m p r i v ad a, a e xe mp lo d a s O NG s. Co m a evo lução t emporal dos event os, é obser vável a cr iação de mais eixos de pesquisa (ver t abe la 3), ele ment o est e fu n d a me nt a l co mo fo r ma d e o r g a n iz ar e s ist e mat iz ar o s t rabalho s apresent ados. segment ação da própr ia Tal desme mbr ament o at ividade de corre ecotur íst ica e da suas es p e c i f ic id ad es, já q u e e st a s e co n st it u i d a r eu n ião d e v ár io s 63 63 atores soc iais pesqu isadores, outros). em diver sos tur istas, Nesse sent ido, cont ext os est udant es, a cr iação setor de ( co munidade, pr ivado, novo s ent re eixo s vis a cont emp lar as diversas demandas dent ro de um univer so de possibilidades de debate acerca da atividade na medida em que as pesqu isas se int ensifica m. E m uma análise da evo lução dos eixo s t emát icos do s event os pode-se observar a lt e r açõ e s nas ênfases e preocupações dos t emas no que se refer e ao desenvo lviment o d e st es e st u d o s. E xe mp lo d is so , o e ixo 1 p er ma n e c e in a lt er ad o at é a t erceira ed ição do event o, quando perde sua especifidade de tratar apenas de área protegidas. Tal fato o corre p r o va v e l me nt e p o r q u e a p ar t ir d e u m d ad o mo me nt o as ár ea s p r o t eg id a s não se co n st it u e m ma is co mo o ú n ico e sp aço p ar a o co r r ên c ia d e E co t u r is mo e E d u c a ção Am b ie nt a l, p o d e n d o - s e e nt ão p er m it ir u m t r at a me nt o d a t e mát ic a e m o u t r o s â m b it o s . Já na ú lt i ma ed iç ão a n a l is a d a, h á a i n d a u ma mo d i f ic a ção ma i s significat iva, na qual insere - se a educação e a interpr etação ambient al dent ro do e co t u r is mo . Sobre a sua import ânc ia, La yrar gues d iscorre: O ecoturismo é tradicionalmente considerado um veículo da educação ambiental, encarregado sobretudo da sensibilização e aquisição d e conhecimentos ecológicos. Por outro lado, considerando os riscos do ecoturismo que podem comprometer sua própria sustentabilidade, a educação ambiental se transforma em veículo d o ecoturismo. Assim, a educação ambiental no contexto do ecoturismo, assume novos contorno s no que diz respeito às suas metas, pois agora, a importância de uma eficaz sensibilização do 64 64 turista com relação à proteção ambiental e cultural do espaço visitado, necessária pa ra a natureza e a comunidade local, também se refere à sustentabilidade do próprio negócio e c o t u r í s t i c o . ( L A Y R A R G U E S , 2 0 0 4 ) 32 Já no consider am eixo o 2, as duas planeja ment o pr ime ir as e a ed ições gestão em do event o unidades de co n ser v a ção , e n q u a nt o o s d o i s ú lt i mo s e v e nt o s aco mp a n h a m a lógica das alt er ações do eixo 1, consider ando o planeja ment o e a gest ão não só em unidades de conser vação, mas t ambé m e m o u t ro s s ít io s e co nt e xt o s. A import ância do plane ja mento no turismo é i n q u e st io ná v e l e m q u a lq u er mo d a l i d ad e, s e nd o o eco t u r is mo embasado em uma sér ie de aspectos já arro lado s acima, e ao propor u ma sust ent abilidade, at ividade t orna - se assent ada em fundament al p r in c íp io s at ent ar - se a da um p la ne ja me nt o ade qu ada me nt e e la bo r ado , de fo r ma qu e a g est ão da at ividade co nsiga at ingir os o bje t ivo s a que se propôs. I r v in g ( 2 0 0 2 : 4 7 ) a cr e d it a q u e O planejamento e a gestão do ecoturismo em áreas protegidas representam, nos dias atuais, um dos maiores desafios que o país enfrenta, com o objetivo de compatibilizar os pressupostos de conservação ambiental, em áreas de elevado valor patrimonial de biodiversidade, com a operacionalização do conceito de desenvolvimento sustentável. 32 D i s p o n í v e l e m : h t t p : / / w w w . s e n a c . b r / I N F O R M A T I V O / B T S / 3 0 1 / b o l t e c 301e.htm. Acesso em: 04/12/2012. 65 65 D i fer e nt e me nt e d o s e ixo s a n a l is a d o s at é o mo me nt o , o e ixo 3 fo i o ú n ico q u e a i n d a n ão so fr eu q u a lq u er a lt er a ç ão , per manecendo co m o no me de “Manejo e Conser vação dos Recursos Naturais At ravés do Tur ismo Sust ent ável”. A possíve l explicação pode ser encont rada no fat o de que est a discussão cont ínua sendo essenc ial para o alcance do t ur ismo su st e nt á v e l, já q u e o “p r o d u t o ” a se r ve n d id o no E co t u r is mo é o p r ó p r io r e cu r so n at u r a l. E m 2 0 0 7 é p o s s í v e l p er c e b er a in c l u s ão d o no vo t e ma, o “E n s ino , p e sq u is a e e xt e n são e m E co t u r is mo no Br a s i l” ( E ix o 4) isto se obser vada proposto deve nos p e lo a me io s crescent e discussão a c a d ê m i c o s 33, E co t u r is mo , sendo e esta so bre também um no vo ecotur ismo ao caráter segment o ap o iad a e m p la n e ja me nt o e na e x p ect at iv a d e b e n e f íc io s ao ambient e e as co munidades, pr imo rdialment e. Nessa direção, Mart ins afir ma Como o turismo é uma atividade que s e caracteriza por ser multifacetada, ou seja, nela estão inseridos vários segmentos do mercado além dos sociais, ambientais, políticos e culturais, apreende-se daí necessidade de seu aprofundamento em termos de pesquisa s acadêmicas. (MARTINS et al, 2007) 33 C r e s c i m e n t o e v i d ê n c i a d o p e l o a u m e n t o d e g r u p o s d e p e s q u i s a e revi stas de caráter ci entífico que aborda m a temática, a exempl o, a Revi sta Brasileira de E coturism o, criada em 2008. Levantament o recente ela borado sobre os grupos de pesquisa pode ser encontrado em: Neiman, Z.;Saraceni, R.F.; Geerdi nk, S. Levantamento quali quantitativo da produçã o ci entífic a sobre Ecoturism o no Brasil . Revi sta Brasileira de Ecoturism o, São Paul o, v.3, n.3, 2010, pp.528-555. 66 66 E ainda Por ser um segmento novo, o Ecoturismo é qu e mais carece de aprofundamento através d e estudos e pesquisas, uma vez que ele difere dos demais por aliar experiências de educação interpretativa, valorização das comunidades tradicionais, promoção da conservação e de desenvolvimento sustentável do meio ambiente (KINKER, 2002). Quant o aos eixo s 4 e 5 do co ngr esso de 2011, obser va - s e uma alter ação no menclat ura mudanças de em ordem e relação substancia is pequenas ao de event o co nt eúdo a bo r d a n d o t e mát ic as se me l h a nt e s . a lt er açõ e s a nt er io r , ainda que quant o que à trazem prossiga m Na pr ime ira vez e m que ap ar ec e, o it e m se ap r es e nt a co mo E n vo lv i me nt o Co mu n it ár io no E co t u r is mo , su g er i n d o u ma e nt r ad a p ar a e nt e n d er a fo r m a at ravés da qual se dão as int er ações ent re a co munidade envo lvida na at ividade ecot ur íst ica. Já a mudança de no me p ar a “E co t u r is mo d e B as e Co mu n it á r ia ” p er m it e a in c lu s ão d e u ma no v a mo d a l id ad e d e t u r is mo su st e nt á v e l, o t u r is mo d e base co munit ár ia, no qua l a co munidade não é só part e de u m pr o dut o t ur íst ico , mas fo co pr inc ip a l de la , a lé m de co nt r ibu ir d ir et a me nt e na o p er a c io n a l iz aç ão d o me s mo . P ar a C ar v a lh o (2007) O turismo comunitário destaca -se pela mobilização da comunidade na luta por seus direitos contra grandes empreendedores da indústria do turismo de massa que pretendem ocupar seu território ameaçando a qualidade d e vida e as tradições da população local. Este modelo de turismo através do desenvolvimento comunitário é capaz de melhorar a renda e o bem-estar dos moradores, preservando os 67 67 valores culturais e as belezas naturais da (sic!) de cada região. P o r f i m, na ú lt i ma ed iç ão d o e ve nt o , é in ser id o u m no vo eixo, in t it u lad o Ecoturismo” ( eixo e mp r ee n d e d o r is mo “E mpr eendedo ris mo e Ino vação em 6). É a import ância do p ara o do de co ns iderável desenvo lviment o turismo, fo r ma q ue est e po s s ib ilit a não só o incr e me nt o de r e nda par a co mu n id ad es souvenires que inic ia m t ípico s e vendas também se de produtos estruturam locais, para o ferecer ser v iço s e m t u r is mo , ma s t a m b é m p er m it e q u e no va s e mp r e sa s co m p r o p ó s it o s ino vadores se desenvo lva m, dina mizando a eco no mia e o fer t a nd o no vo s p r o d u t o s t u r íst ico s ao mer c ad o . Co mo o b ser v ad o na e vo lu ção t e mp o r a l d o s e ve nt o s d e eco t u r is mo , ocorreram t ransfor mações no que se refere ao p r ó p r io e n fo q u e q u e s e a p r e se nt a na s t e mát ic as ( e ixo s) d o co n g r e s so . T a is mu d a n ça s p ar e ce m in d ic ar q u e o eco t u r is mo ainda não alcançou p r o p o r c io nar ia m ma io r u ma matur idade estabilidade dos de debates temas a que serem discut idos, o que poder ia ser co nsequênc ia desta ainda ser co n s id er ada u ma t e mát ic a r ec e nt e, d e fo r ma qu e, a q ua l e st ar ia su b met id a a u ma co n st r u ção d e c o nc e it o s co r r iq u e ir a me nt e de s fo c ado s da pr át ica o bser vad a, se ndo e nt ão u m e spa ço d e exper iment ação, po is, à medida que novas frent es e ele ment o s são incor porados no d iscur so, novos co nt ext os de pesquisa s 68 68 são desenvo lvido s. Quadro 5. Numero de t rabalho s em cada e ixo e edição Ainda, d ialogando so bre o s eixo s, é possíve l, em uma a ná lis e co mpar at iva, p er c e ber qu e a ed iç ão d e 20 07, fo i a ma is expr essiva em concent rando edições os sua t er mo s de maior ia no número s quant idade eixo oscilava m, em 2, de enquant o sua trabalhos, nas ma io r ia, outras em uma margem de menor discr epância ent re os eixo s. Ap ó s a le it u r a d as p lat a fo r ma s t o mad a s co mo r e fe r ê n c ia , t orna-se po ss íve l t ambé m, ver ifica r que t ant o a pesquisa em t u r is mo quant o, pr incipalmente, em ecotur ismo perpassam t odas as et apas na medida em que se deslocam no decorrer do t e mp o , at é q u e ho je s e ja p o s s í v e l ap r o x i mar - s e d e u ma v is ão sist êmica de tur ismo, na qual uma cad eia de ser viço s e event os dever á co mpor um produt o t ur íst ico de qua lidade e de fat o su st e nt á ve l. 69 69 Quadro 6. Modalidades de t rabalho apresent adas 2005 2007 2009 2011 I Encontr o I nt er disc ip lina r de Ecotur is mo em Unidades de Cons er va çã o (I EC OUC ) II Encontro I nt er disc ip lina r de Ecotur is mo em Unidades de Cons er va çã o (II ECOUC) e VI C ongr ess o Naciona l de Ecot uris mo (CONECOT UR) III Encontr o I nt er disc ip lina r de Ecotur is mo em Unidades de Cons er va çã o (III EC OUC ) e VI I C ongr es s o Naciona l de Ecot uris mo (CONECOT UR) IV Encontro I nt er disc ip lina r de Ecotur is mo em Unidades de Cons er va çã o (III EC OUC ) e VIII C ongr ess o Naciona l de Ecot uris mo (CONECOT UR) Trabalhos Completos R esu mos e Trabalhos Completos R esu mos e Trabalhos Completos R esu mos e Trabalhos Completos Apr es enta çã o Oral Apr es enta çã o em for mat o banner. ------ ------ Apr es enta çã o em for mat o banner e oral Apr es enta çã o em for mat o Ba nner Pes quisas, IC, R elat os de exp er iênc ia s. ------ Fo nt e: s it e s d o s e v e nt o s e a n a is d is p o n í v e is n a int er n et . (Org. Regiane Avena Faco , 2013) As mo d a l id ad es d e t r a ba lho s t a m b é m se a lt er ar a m n o decorrer do apresent adas tempo, 3 sendo categor ias pe squ is ado r e s já fo r ma do s e que de em sua últ ima t raba lho s: edição pesquisa são (para p r o fes so r e s u n i v er s it ár io s) ; I C ( in ic ia ç ão c ie nt í f ic a, vo lt a d o p ar a a lu no s d e g r a d u a ção e m t u r is mo o u ár e as co r r e lat a s) e r e lat o s d e e xp er iê n c ia s, no q u a l ser ia m a bo r d a d o s i n ic iat i v a s d e ec o t u r is mo e s eu s r e f le x o s e r es u lt ad o s, s e nd o u ma le it u r a ma is p r át ic a e n ão t ão ca lc ad a no discurso pr imeir a acadêmico. ed ição fo r a m Deve-se publicados me n c io n ar t rabalho s que apenas co mpletos na no s a na is d o e v e nt o . A e xp l ic aç ão p o s s ív e l p ar a t a l mo d i f ic aç ão 70 70 nas edições seguint es é que, a p r i n c íp io , o E co Uc/ CONE COT UR se co n st it u ía c o mo u m e v e nt o d e p eq u e n a esca la que per mit ia po rt ant o a exposição integr al dos t rabalho s. Co m o decorrer das ediçõ es e o adensament o no número de part icipant es, a publicação dos r esumos e a expos ição por meio dos banner s acabou maximizando o t empo, a lé m d e p er m it ir u m ma io r f lu xo d e t r o cas d e e x p er iê n c ia s. Pádua (2010: 215) afir ma que A partir da década de 1990, a modalidade pôster apresentou um crescimento significativo na graduação, portanto, extrapolando o âmbito tradicional da pesquisa strictu sensu e da pós graduação” [...] “essa estratégia de socialização tem possibilitado ampliar a troca direta e pessoal entre os participantes de eventos acadêmico-científicos, bem como pode se constituir numa primeira vivencia dos alunos, no que se refere à comunicação e divulgação dos resultados dos seus trabal hos científicos, sejam estes individuais ou em grupos. A lé m d is so , t a nt o o e n v io d e r e su m o co mo a ap r es e nt a ção e m b a n n er p o d e s er e nt e nd id o t a mb é m co mo u m mét o d o ma i s s i mp le s e q u e , p o r t ant o , p o r p er mit ir ma io r f le x i b i l id a d e p ar a aqueles que apr esent ar e m seus trabalhos, pelo fato de provocar menor t ensão do que uma apresent ação co mplet a e/ou o r a l. Cabe r e s sa lt ar també m que, essa fac ilidade na co mu n ic a ção d e p es q u is a s v ia b a n n er , p er m it e u ma at r aç ão ma io r d e p e sq u is a d o r es ma is no vo s e e st u d a nt es e m in íc io d e carr eira acadê mica. 71 71 Q u a d r o 7 . P r e d o m i n â n c i a d a o r i g e m d o s p a r t i c i p a n t e s e m t o d a s a s e d i ç õ e s 34 De aco r d o co m o já o b ser v ad o no s g r á f ico s a nt er io r e s e n e st e ú lt i mo , a p r ed o m in â n c ia e m t o d as a s e d içõ e s t ê m s id o d a univers idade pr ivada). pública Ainda (e que a em seguid a organização pe la dos univers idade event os seja p r o ve n ie nt e d e me mb r o s d es s a i n s t it u iç ão , t a l p er sp e ct iv a é um t ant o preocupant e. O t ur ismo parece ent ão, operar em duas lógicas, uma e m que mer cado faz o que be m ent ende em busca do lucro at ravés d a e xp lo r aç ão e d iv u lg aç ão d e no vo s d e st ino s, mu it a s v e ze s n ão le v a n d o e m co nt a fat o r es so c io a mb ie nt a is lo c a is ; e o u t r a assent ada na aut ono mia do discur so acadêmico, no qua l busca se u ma at iv id ad e a l ia d a ao s p r ec e it o s d a su st e nt a b i l id a d e e b e n e f íc io a s co mu n id ad e s lo ca is . L o g o , esse g r á f ico r e v e la o s se g u i nt e s d i le ma s : e m t er mo s p r át i co s, o d isc u r so aca d ê m ic o t em co nverg ido co m as prát ica s d e mer cado ? At é qu e po nt o esses t rabalho s apr esent ados revela m exper iênc ias pr át ica s de t u r is mo o u ap e n as r e f le x õ e s u t ó p ic as a c er c a d o p la n e ja me nt o do que dever ia ser ? A apro ximação mo ment os sina liza ent re uma os diver sos inic iat iva de seto res d ia lo g o que em raros pode, e 34 Parcerias entre os setores (governo, universidades, terceiro setor) foram descartadas deste gráfico devido ao montante ser muito inferior aos que foram elencados. 72 72 d e v er á , co n so lid ar u m ma io r ap r o v e it a me nt o d a p e sq u is a e m t er mo s d e a ção p r át ic a e me lh o r ia s n a g e st ão d o s ne g ó c io s e n a at iv id ad e, s e nd o es s e n c ia l, o est u d o v i n d o d a u n i v er s id ad e não t ornar-se r e d u c io n ist a a fim de produzir um debate exc lusivo so b o pont o de vist a de mercado. No me s mo se nt id o , a n á l is e s co n ju nt as e nt r e o s set o r es d e ed u c a ção co m o g o v er no d ão fo r ç a cr ít ic a e f ee d b a ck a s açõ e s d e in c e nt iv o ao t u r is mo , a lé m p o d er e m co m o t e mp o ad eq u a r o s o b jet ivo s e m c ad a lo c a l id a d e e m q u e st ão . Gráfico 23. Número de resumos em cada edição 73 73 Gráfico 24. Número de autores e m cada ed ição Aqui, pode-se constatar uma oscilação no número de t r ab a lho s ( Gr á f ico 2 3 ) e m ca d a e d iç ão d o ev e nt o , be m co mo t er noção da dimensão de c ada delas em t er mos de pú blico, se n d o q u e o s fat o r es q u e p o d e m t e r in f lu e n c ia d o s ão o s ma i s d iv er so s : lo ca l d o e v e nt o , p u b l ic id ad e, v ar ie d ad e d e e ve nt o s s i mu lt â neo s, custo de viagem, cr it ér io s para o ac e it e de t rabalho s, dispo nibilização de recursos para pesquisa, ent re outros. O gráfico 24, pode também afer ir uma noção da quant idade de aut ores em cada ed ição (e n ão necessar ia ment e de inscr içõ es nos mu lt id is c ip l in a r id ad e event os). do estudo Dada do a co mplexidade turismo, não é e raro, obser var que, por vezes, t rabalho s apresent am aut ores de ár eas d ist int a s co m a f in a l id ad e d e co m p o r u ma a ná l is e d ia n t e d e diver sos po nt os de vist a. Igualment e e não raro, é o fat o de 74 74 que est udant es t endem a escr ever t rabalhos co m u m ma io r número de int egrant es, realidade est a, que pode influenciar o gráfico em questão também. O menor I EcoUC vo lume apr esent a de menor trabalhos) pú blico porque t eve (e co nsequent e uma abr angência local, quase que se apr esent ando co m um event o int er no da U n iv e r s id ad e E st ad u a l d o R io d e Ja n e ir o . No se g u n d o e ve nt o , o ma is n u me r o so d e le s, co nt o u - s e co m u m ma io r e s fo r ço d e p u b l ic id ad e e t a mb é m d e r ed e s so c i a is ( co mo o Or k u t ) . Va le r e ss a lt ar t a mb é m q u e d e a co r d o co m o p er f i l d a eq u ip e o r g a n iz ad o r a e d as mo d a l id a d e s d e t r a ba l ho e s co lh id a s, ma is ou expos ição. menos trabalho s No do caso II podem ser apro vados Eco Uc, um grande para vo lume a de t r ab a lho s, p r in c i p a l me n t e e m fo r m at o ba n n er fo i ac e it o , fat o explicado p e lo anseio de ampliar o event o e dar uma v is ib i l id a d e n ac io n a l a e le. Co m a co n seq u e nt e in d e x a ção d o c o ng r e s so ao co n ce it o qualis b2 e t ambé m co m os anais agora anexad os na r evist a br asile ira de seguir am enco nt rar t rabalho s, o ecot ur ismo, que as ma io r pode ediç ões r igor ter do congresso acadê mico cont r ibuído no para a que ace it o se dos diminuição gradat iva de t rabalho s. O I I I E co Uc, o co r r id o no S e s c Ar ac r u z no E sp í r it o S a nt o , fo i v ít i ma de co mplicações logís ticas devido ao lo c a l do 75 75 event o ser afastado d i f ic u lt a va custos a de de lo co mo ç ão t ransport e concent rado um um fo r t e grande dos e cent ro , part ic ipant es ho s p ed ag e m, número de fato e encarecia ainda autores este que e que os tenha pesqu isas, ap r e s e nt o u u m co nt in g e nt e in fe r io r ao e ve nt o a nt er io r . P o r fi m, I V E co U C, r ea l iz a d o e m S ão P au lo , fo i o e v e nt o q u e, t eo r ica me nt e, e m t er mo s d e fat o r es lo g íst ico s, e n co nt r a v a menor es d ificuldades; co nt udo, apr esent ou uma meno r quant idade de t rabalho s. Tal aco nt e ciment o deve- se a quest ões relat ivas t ant o a organização , divulgação e preços de i n s cr iç ão , q u e n e st a ed iç ão se e le v a r a m mu it o ( e m co mp ar a ção co m ediçõ es ant er iores) e acabaram por limitar o público ( ap r e s e nt a nd o u ma au s ê n c ia ma io r d e e st u d a nt e s, a in d a q u e est es t ivesse m descont o), além d e uma poss íve l e levação do grau de d ificuldade quant o sua análise para apro vação, o que pode, em t er mo s q u a l it at ivo s, ter elevado a qualidade do event o em quest ão. 76 76 Consider ações Finais E st a dissert ação apresent ou u ma análise acer ca da est rut uração da pesqu isa e m ecot ur ismo t omando co mo base o desenvo lviment o e os trabalho s ap r e s e nt ad o s no E co Uc/ CO NE C OT U R d o p er ío d o d e 2 0 0 5 at é 2011. A f i m d e co mp r e e nd er a g ê n es e d o eco t u r is mo fe z- s e necessár ia uma r eflexão so br e o s conceit os que ant ecedera m se u su r g i me nt o , e e m q u e co nt e xt o es sa no va mo d a l id ad e s e insere. Nesse sust ent ável”, conceit os -chave sent ido, “t u r is mo a lt er n at iv o ”, co mo “t u r is mo “t ur ismo de massa” t o r na m- s e fu n d a me nt a is co mo o s p r in c íp io s q u e d e f i n ir a m o s co nt o r no s co n ce it u a is d o eco t u r is mo . Co mo u ma t e mát ic a r e lat iv a me nt e r ece nt e e d a d o se u cr e sc i me nt o , co mo já me n c io n a d o a nt er io r me nt e, fo i t a mb é m i nt e n ç ão d e s se ar t ig o int r o d u z ir u m d e b at e so br e o s r u mo s d a pesqu isa em tur ismo (e ecotur ismo), quais têm sido os pr inc ipa is discur sos e a import ância de cada um de les dent ro de um processo diver sos atores de construção socia is são do conhecimento, responsáveis pe la na gestão qual da at ividade. 77 77 Confor me co nst at ado, a mudança nas t er mino logias do s eixo s no decorrer do t empo apr esent a não so ment e u ma mer a t r o ca d e t ít u lo s, mas s ina liza também, uma abordage m d e as p e ct o s q u e fo r a m in t r o d u z id o s ( e o u t ro s r et ir ad o s) d e aco r d o com no vas demandas per cebidas durant e o andament o das pesqu isas. Por fim, confor me as p la t a fo r m a s elencada s a nt er io r me nt e p o r R e jo w sk i ( 1 9 9 6 ) é p o s s ív e l o b ser v ar q u e o eco t u r is mo – co mo o b jet o d e e st u d o e t a mb é m co mo p r át ic a– r e la c io n a co m t o d as a s fa se s. E m u m p r i me ir o mo me nt o , p ô d e se co ne ct ar o t u r is mo à lu z d a p lat a fo r ma d e d e fe s a, já q u e er a vist o, essenc ialment e, co mo um i mp u ls io n a d o r de r enda e b e n e f íc io s. E e nt ão , d a d o o u t ro p er ío d o , s it u a - se t a m b é m n a p lat a fo r ma de advertência devido às questões ambient a is e mer g e nt e s, su r g in d o , a p ar t ir d a í, a p r o p o st a d o E co t u r is mo , co mo u ma a lt er n at iv a. As s i m, no s d ia s at u a is, o e co t u r is mo enco nt ra- se s it u ad o ent re as p la t a fo r ma s de adaptação e conheciment o, de for ma que quando se o bser vam as t emát icas desenvo lvidas nos co ngr essos, pondera -se quase que i n v ar ia v e l me nt e o s i mp act o s t ant o n eg at ivo s q u a nt o p o s it i vo s g er a d o s, co mo t a mb é m s e a n a l is a a at iv id ad e t u r íst ic a co mo uma at ividade sist ê mica e int egrada. As s i m, co m a i nt e nç ão d e p r o mo v er o d is cu r so e t a mb é m p r o p ic iar u ma so mat ó r ia d e fo r ça s no s eg me nt o , o s e v e nt o s c ie nt í f ico s q u e t r a ba l h a m a t e mát ic a d o e co t u r is mo t ê m s e 78 78 mostrado fundament a is, construção colet iva proble mát icas do co nso lidando -se do co mo conheciment o, turismo elucidadas espaços le v a nt a n d o por diver sos de as vieses: met o d o ló g ico s, ár e a s d e est u d o s v a r iad as, d is cu s sõ es t eó r ic a s e objet os de est udos. As cont r ibu ições das pesquisas ocorre m e m vár io s â m b it o s, lo ca is, r eg io n a is e na c io n a is . Nesse sent ido, ainda nest e ano de 2013, será realizado na c id ad e d e R io Br a n co ( Acr e) , o I X C ONE COT U R / V E co U C , desenvo lvido so bre Ecoturíst icos na o tema Amér ica do “ Int egr ação Sul”, em de Roteiro s função das car a ct er íst ic a s r e g io n a is d a c id ad e se d e , “ v is a n d o d is cu t ir o fo r t a le c ime nt o das par cer ia s co m pa ís e s limít r o fe s ao Br a s i l para o desenvo lviment o de at ividades no s e g m e n t o ” 35. A organização deste é r esponsab ilida de da Sociedade Brasile ir a d e E co t u r is mo e p e la S ecr et ar ia d e E st ad o d e T u r is mo e L az e r do Acr e. Co nt u d o , co m o i nt u it o d e a mp ar ar a g e st ão d o t u r is mo , se faz ne ce s sár io , senão indispensáve l, a proposição de p o lít ic as p ú b l ic a s, r eg u la me nt o s e f er r a me nt a s p ar a in c e nt iv a r a co nservação funcio ne de da natureza, for ma e v it a n d o negat iva, c o mo assim um que o tur is mo catalisador de degr adação ambient al e exploração eco nô mica. 35 Disponível em: <h ttp://www.sbecotur .or g. br /con ecotur ecou c/n ode/1 0>. Acesso em 29/05/2013. 79 79 As po ss ibilidades não estão esgotadas co m essa pesquis a, as p lat a fo r ma s aná lises, e suger idas també m categor ização, bem aqui no vas co mo podem possibilit ar p lat a fo r ma s outros usos da e outras s istemas c iencio metr ia de ou o u t r a met o d o lo g ia q u e p o ss a e n vo l v er t o d a a d i n a m ic id a d e d a at iv id a d e t u r íst ic a e d a p e sq u is a e m t u r is mo . Ca b e r e s sa lt ar a in d a a i mp o r t â nc ia d a int er n et co mo u m a ferr ament a de organização e disper são dos t raba lho s cient ífico s, na medida e m que a facilit ação ao seu acesso r es u lt a em u ma ma io r abr angência e fluxo dos estudo s r ea l iz a d o s, b e m co mo t a mb é m p r o p ic ia a co mu n ic aç ão e nt r e p r o fis s io n a is , a cad ê m ico s e est u d a n t es. . 80 80 Referências Bibliográficas AB B AGN ANO, N. D ic io n ár io d e F i l o so f ia. S ão P au lo : M ar t in s Fo nt es, 1998. Disponíve l em: htt p://pt.s cribd.com/ doc/4776000/Dicionar io -de-F ilos ofia -NicolaAbba gna no. Acesso em: 14 de no vembro de 2012. BRITT O, J. ; FONTES, N. D. Tur is mo e event os: inst rument o d e p r o mo ç ão e e st r at ég ia d e ma r k e t in g . T u r is mo e m A n á l is e , S ão P au lo , p . 6 6 , 1 9 9 7 . BERTUZZO, G. M. P. Produção C ie nt í f ic a : Um estudo c ie n c io mét r ico d o p er ió d ico T u r is m o e m Aná l is e. 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ANAIS DO VII ICONECOTUR/IV ECOUC NA REVISTA BRASILEIRA DE ECOTURISMO 87 87