80 1ª Jornada Científica de Comunicação Social A pesquisa em Comunicação: tendências e desafios A UTILIZAÇÃO DO RÁDIO NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD): O PROJETO MINERVA E O MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE1 Roseane Andrelo2, Thalita Maria Mancoso Mantovani e Souza3, Eliane Cintra Rodrigues Montresol4, Sílvia Brandão Cuenca Stipp5. RESUMO A Educação a Distância (EaD) utiliza-se principalmente da internet, que possibilita o acesso ao mundo todo em apenas alguns cliques, além do aluno estudar no tempo que lhe for conveniente e reduz custos financeiros dos dois lados, da instituição de ensino e do discente. Contudo, outros meios de comunicação, por exemplo o rádio e a televisão, em tempos remotos, implantaram o conceito de EaD no Brasil. Como proposta, este estudo apresenta a utilização do rádio como uma das ferramentas de EaD no Brasil, salientando, especialmente, o Movimento de Educação de Base (MEB) e o Projeto Minerva. Foram utilizadas as pesquisas bibliográfica e exploratória, baseando-se em literaturas, artigos científicos e webites sobre o assunto. Aplicou-se o Método Analítico-Sintético, que permite uma análise mais detalhada destes materiais, os quais encontram-se disponíveis em bibliotecas e na internet. Conclui-se que com as demais inovações tecnológicas disponíveis, o rádio passou a ser menos utilizado pela educação. O rádio é um meio importante de interação entre as pessoas e no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na educação e alfabetização de adultos. Neste sentido, cabe a todos os cidadãos, 1 Trabalho apresentado na 1ª Jornada Científica de Comunicação Social, sob o título A pesquisa em Comunicação: tendências e desafios, realizada na Universidade Sagrado Coração – Bauru – SP, no período de 27 a 29 de agosto de 2009. 2 Docente dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Sagrado Coração (USC). Coordenadora dos Cursos de Comunicação Social – Habilitações em Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda da USC. Doutora em Educação Escolar. Mestre em Comunicação Midiática. Bacharel em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo. E-mail: [email protected] 3 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital: Informação e Conhecimento da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP (FAAC/UNESP). Especialista em Planejamento e Gestão da Hospitalidade em Turismo. Bacharel em Turismo. E-mail: [email protected] 4 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital: Informação e Conhecimento da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP (FAAC/UNESP). Especialista em Marketing e Propaganda. Bacharel em Publicidade e Propaganda. Docente do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba. E-mail: [email protected] 5 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital: Informação e Conhecimento da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP (FAAC/UNESP). Especialista em Comunicação Jornalística. Bacharel em Direito. Bacharel em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo. Coordenadora do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo e Assessora de Comunicação do Centro Universitário de Votuporanga e Supervisora da Artefato – Agência Experimental de Jornalismo. E-mail: [email protected] 81 governantes, educadores, gestores e alunos acreditarem novamente no potencial do rádio no ambiente educacional, na expectativa de que se cumpra, verdadeiramente, as metas de Roquette-Pinto, trazendo consigo a esperança de uma nova civilização baseada na educação, na informação e na cultura. Palavras-chave: Rádio. Educação à Distância. Projeto Minerva. Movimento de Educação de Base. 1 INTRODUÇÃO Assim como a evolução das sociedades ao longo da história, o processo educacional também alcançou mudanças significativas, possibilitadas especialmente, pelas ferramentas tecnológicas desenvolvidas. Com a introdução da tecnologia, a educação teve a possibilidade de tornar-se mais dinâmica, de repensar valores e métodos, além de exigir cada vez mais que as pessoas (educadores, gestores, discentes) tenham conhecimentos e habilidades diversas e, que acima de tudo, sejam motivadas a utilizar tais tecnologias. Atualmente, vive-se a fase da Educação à Distância, mais conhecida como EaD. A EaD utiliza-se principalmente da internet, que possibilita o acesso ao mundo todo em apenas alguns cliques, além do aluno estudar no tempo que lhe for conveniente e reduz custos financeiros dos dois lados, da instituição e do discente. Grandes portais e plataformas são construídas para atender a EaD, tais como Moodle e TelEduc. Estas plataformas educacionais fazem com que os alunos possam interagir entre si e com os educadores (tutores), além da participação em fóruns, postar mensagens, entre outros. No Brasil, esta realidade não é diferente. Com a EaD, as barreiras geográficas são quebradas, otimiza-se o tempo, mas desde que os alunos tenham condições de acesso à computadores e laboratórios. Contudo, não é somente pela introdução da internet que se pode obter a EaD. Outros meios de comunicação, por exemplo o rádio e a televisão, em tempos remotos, implantaram o conceito de EaD no Brasil. Assim, como proposta, este estudo visa apresentar a utilização do rádio como uma das ferramentas de EaD no Brasil, salientando, especialmente, o Movimento de Educação de Base (MEB) e o Projeto Minerva. 2 RELEVÂNCIA 82 Para os acadêmicos, docentes e profissionais da Comunicação Social e suas áreas interdisciplinares, torna-se necessário conhecer e refletir sobre o papel exercido na sociedade por uma mídia, neste estudo, o rádio. O rádio é uma potente ferramenta para alavancar a educação em nosso país, a exemplo dos projetos extintos Minerva e MEB. Assim, o tema é pertinente porque reúne informações sobre os projetos citados acima e permite uma reflexão sobre a história do rádio na EaD no Brasil. 3 METODOLOGIA Foram utilizadas as pesquisas bibliográfica e exploratória, baseando-se em literaturas, artigos científicos e webites sobre o assunto. Aplicou-se o Método Analítico-Sintético, que permite uma análise mais detalhada destes materiais, os quais encontram-se disponíveis em bibliotecas e na internet. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO As origens da radiodifusão sonora vem carregadas de experiências e pesquisas em transmissão de som, telegrafia, telefonia com fios e ondas magnéticas. A invenção do rádio é atribuída ao italiano Guglielmo Marconi. Contudo, a radiodifusão sonora é o resultado do trabalho de vários pesquisadores de diversos países ao longo do tempo. No Brasil, o destaque é para o Padre Roberto Landell de Moura que, em 1904, recebe três cartas patentes do Escritório de Patente de Washington: telégrafo sem fio, telefone sem fio e transmissor de ondas. Um outro momento importante na história é que no início do século, “os pesquisadores enfrentavam um grande problema para a transmissão de sons sem o uso de fios” (FERRARETTO, 2001, p. 85). Assim, surge a figura de Reginald A. Fessenden, o qual desenvolveu a estrutura básica do processo de transmissão em amplitude modulada (teoria da onda contínua). Seu objetivo era transmitir a música e a voz humana. A teoria da onda contínua é aquela em que a onda sonora era sobreposta à de rádio e transmitida ao receptor, onde o ouvinte ficava apenas com o som. Em 24 de dezembro de 1906 ocorreu a primeira transmissão comprovada e eficiente, com som de um violino, trechos da Bíblia e de uma gravação fonográfica da estação em Brant Rock, Massachussetts. As emissões foram ouvidas em diversos navios da 83 costa norte-americana. Nesta esteira de raciocínio, podemos definir o rádio como sendo um “meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a audiências numerosas” (FERRARETTO, 2001, p. 23). Em linhas gerais, portanto, o rádio é um veículo de comunicação baseado na difusão de informações sonoras, por meio de ondas eletromagnéticas, em diversas freqüências. 4.1 SURGIMENTO DO RÁDIO: BREVES CONSIDERAÇÕES O rádio nasceu como um meio de comunicação bidirecional. Era um elo entre dois sujeitos fisicamente afastados que precisavam se comunicar. Em 1916, David Sarnoff, um russo radicado nos EUA intuiu a possibilidade de transformar o rádio em um meio de comunicação massiva. Os avanços técnicos tornaram possível que o rádio perdesse sua bidirecionalidade constituindo-se em um meio de comunicação massiva unidirecional. Já no Brasil, em 1922, durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro, a Westinghouse e a Western Eletric realizam a 1ª demonstração pública de radiodifusão sonora no país. Esta exposição despertou a curiosidade do Prof. Edgard Roquette-Pinto. No dia 20 de abril de 1923, Roquette-Pinto e Henrique Morize fundaram a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com o slogan “Trabalhar pela cultura dos que vivem em nossa terra e pelo progresso do Brasil”. O Brasil entrou definitivamente na era do rádio no dia 1º de maio de 1923. 4.2 O RÁDIO E A EDUCAÇÃO No que tange à educação, as emissoras educativas são aquelas mantidas pela União e sem fins lucrativos. Entre os diversos formatos de programação existentes, destaca-se o Educativo-Cultural, que é aquele adotado pelas emissoras não-comerciais, voltadas a uma programação que pretende formar o ouvinte, ampliando seus horizontes educativos e culturais. O rádio, durante a sua primeira fase no Brasil, era considerado um meio de comunicação focado principalmente para a transmissão de educação e cultura. Em 1936, a função educativa do rádio tornavase oficial. Roquette-Pinto doou ao MEC a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, mediante a promessa de que seus ideais ao fundar a emissora seriam preservados. Nasce o sistema de Rádios Educativas no Brasil. Havia a intenção de produzir uma 84 programação educativa popular, contudo, os conteúdos eram elitizados, como cursos de literatura francesa e inglesa, lições de italiano, português, francês, entre outros. Apesar do interesse de Roquete Pinto em produzir uma programação educativa popular, de acesso fácil à maioria da população, com o rádio ajudando a resolver o problema educacional do país, as condições de acesso existentes na época faziam com que o novo veículo refletisse um nível de cultura compatível com o da elite, os privilegiados ouvintes de então (MOREIRA, 1991, p. 17). Em 1933 foi criada a Rádio Escola Municipal do Distrito Federal, sob a coordenação de Anísio Teixeira, que permitiu o contato direto entre emissora e ouvinte e o desenvolvimento de uma didática especial para o ensino radiofônico. [...] preocupada em manter o contato com os alunos, a estação distribuía folhetos e esquema das lições que eram enviadas antes das aulas radiofônicas, pelo correio, às pessoas inscritas. Os alunos, por sua vez, enviavam à emissora trabalhos relacionados com os assuntos das aulas e mantinham contato com a emissora por carta, telefone e até mesmo visitas (MOREIRA, 1991, p. 18). Este breve resgate histórico nos remete ao conceito de EaD, o qual foi introduzido no Brasil em 1939, com a fundação do Instituto RádioMonitor e depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941. Outras iniciativas aconteciam ao mesmo tempo utilizando o rádio para promover a educação, como o programa Universidade no Ar, que oferecia orientação metodológica para professores do ensino secundário. No ano de 1947 houve uma campanha educacional do SESC e SENAC para operários do interior paulista. Desenvolveram-se os primeiros núcleos de recepção organizados, onde os alunos ouviam as aulas em grupos e debatiam os temas orientados por um professor. Neste mesmo período, o Brasil contou com a contribuição especial e importante de João Ribas da Costa, sendo que o mesmo fomentou a instalação de uma rede de emissoras de ondas médias nas regiões com maior densidade demográfica e menor número de rádios. A meta do projeto de Ribas da Costa era a alfabetização de adultos através de monitores voluntários com mínimo de conhecimentos, que auxiliariam os professores-locutores. Em 1957, este projeto foi o pontapé inicial da organização do Sistema de Rádio Educativo Nacional – SIRENA, extinto em 1963. Em linhas gerais, percebe-se que o rádio foi amplamente utilizado no processo de alfabetização, justamente porque esta mídia é difusora de informação e conhecimento e que 85 carrega consigo características especiais, tais como linguagem oral, mobilidade, imediatismo, instantaneidade, fácil penetração, entre outros. 4.3 O MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE (MEB) Como já é de conhecimento, no período do Estado Novo de Getúlio Vargas e da Ditadura Militar, a censura aos meios de comunicação foi constante. Pela sua facilidade de propagar mensagens, especialmente o rádio foi visto como importante estratégia para o Poder Público. Assim, Getúlio Vargas assina em 1932, um decreto que colocava o rádio e seus proprietários sob a vigilância de seu poder (SOUZA; SOUZA, 2007). Dando um salto na história, na década de 60 se iniciam os movimentos de educação popular, fundamentados nos pensamentos sociais e cristãos preocupados com questões educativas e que tornassem os adultos mais participativos de sua sociedade e da vida política do país. Um destes movimentos é o Movimento de Educação de Base (MEB), fundado em 21 de março de 1961 por Dom Eugênio Salles e desenvolvido pelas escolas radiofônicas paroquiais, sob a supervisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), concentrando suas atividades em regiões subdesenvolvidas: Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O MEB tinha o objetivo da alfabetização escolar, educação de base, conscientização da mudança de atitudes e da instrumentação das comunidades receptoras dos programas elaborados pelo MEB. Possibilitou também, a educação à distância nãoformal. O MEB viveu seu auge em 1963 e durante a Ditadura, em 1964, os acontecimentos políticos interferiram em todos os movimentos de educação e cultura popular, até desaparecerem. O MEB se sustentou graças ao vínculo com a CNBB, contudo, com alterações na sua concepção pedagógica. No ano de 1986, o movimento também assumiu como tarefa a animação e o assessoramento aos movimentos e organizações populares, visando a formação para a cidadania e a conscientização das lideranças frente aos problemas sociais. 4.4 PROJETO MINERVA O Projeto Minerva foi criado nos anos 70, para atender aos objetivos do governo militar brasileiro em resposta aos movimentos de educação popular iniciados pela Igreja, utilizando o rádio e a TV em programas de ensino à distância. Como exposto acima, na ditadura, a Igreja Católica propunha uma conscientização e 86 mudança radical no processo educativo com a utilização do rádio e da televisão. A proposta, portanto, do Projeto Minerva era a de solucionar os problemas educacionais com a implantação de uma cadeia de rádio e televisão educativas para a educação de massa por meios de métodos e instrumentos não convencionais de ensino. Como tudo era controlado, o governo determinou horários obrigatórios para a transmissão de programas educativos. Isto era uma realidade voltada “apenas a instrumentalizar o indivíduo para o trabalho, sem refletir criticamente sobre a realidade” (FERRARETTO, 2001, p. 162). O Projeto Minerva começou a operar em 1970 pelo Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura e concebido com uma parceria entre MEC, Fundação Padre Anchieta e Fundação Padre Landell de Moura. Era transmitido em rede nacional por várias emissoras de rádio e de televisão, visando a preparação de alunos para os exames supletivos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial (preparação dos candidatos que desejavam se submeter aos exames e não tinham condições de freqüentar ou pagar um curso preparatório), produzidos pela Fundação Padre Landell de Moura e pela Fundação Padre Anchieta. O Projeto Minerva, segundo Pavan (2001), possuía um cunho informativocultural e educativo com uma produção regionalizada, concentrada no eixo Sul-Sudeste, e uma distribuição centralizada. O programa acabou não conquistando a população, que o chamava de “Projeto Me Enerva”. Isso contribuiu para fortalecer a imagem, segundo Pavan, de que o rádio educativo é chato e cansativo (BURINI, 2005, p. 68). Foi implementado como uma solução a curto prazo aos problemas do desenvolvimento do país, que tinha como cenário um período de crescimento econômico onde o pressuposto da educação era o de preparação de mão de obra. O Projeto Minerva foi mantido até o início dos anos 80, apesar das severas críticas e do baixo índice de aprovação - 77% dos inscritos não conseguiram obter o diploma, ficando amplamente conhecido como “Projeto Me Enerva”, conforme exposto acima. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com as demais inovações tecnológicas disponíveis, o rádio passou a ser menos utilizado pela educação. Contudo, a educação precisa redescobrir as suas funcionalidades, que são a instantaneidade, simultaneidade e rapidez. Na mesma 87 medida, espera-se que os professores e gestores escolares mudem suas mentalidades, ousem mais, criem mais, para que assim cumpram com o objetivo de formarem cidadãos mais críticos e comprometidos com o desenvolvimento das sociedades. O rádio é um meio importante de interação entre as pessoas e no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na educação e alfabetização de adultos. Este meio de comunicação tem a facilidade de trabalhar com conteúdos locais e regionais, além de ser possível a redução de analfabetismo nas áreas rurais. Compreender esses aspectos é caminhar para a libertação e universalização dos saberes, favorecendo a aquisição de conhecimentos e habilidades indispensáveis para que se introduzam e se promovam os diferentes modos de comunicação na sala de aula e no conjunto das atividades educativas (BURINI, 2005, p. 71). Neste sentido, cabe a todos os cidadãos, governantes, educadores, gestores, alunos a acreditar novamente no potencial do rádio no ambiente educacional, na expectativa de que se cumpra, verdadeiramente, as metas de Roquette-Pinto, trazendo consigo a esperança de uma nova civilização baseada na educação, na informação e na cultura. ABSTRACT The Distance Education (EAD) is mainly used the Internet, allowing access to the world in just a few clicks, and the student's study time that is convenient and reduces the financial costs on both sides of the educational institution and students. However, other media such as radio and television, in ancient times, applied the concept of Distance Education in Brazil. As proposed, this study presents the use of radio as a tool of Distance Education in Brazil, highlighting in particular the Movement for Basic Education (MEB) and Minerva Project. We used the literature and exploratory research, based on literature, scientific articles and webites on the subject. We applied the Analytic-Synthetic, which allows a more detailed analysis of these materials, which are available in libraries and the Internet. It was concluded that with the other technological innovations available, the radio has become less used for education. The radio is an important means of interaction between people and the process of teaching and learning, especially in education and adult literacy. In this sense, it is for all citizens, governments, educators, managers and students once again believe in the potential of radio in the educational environment, pending the fulfillment, indeed, the objectives from Roquette-Pinto, bringing hope of a new civilization based on education, information and culture. Keywords : Radio. Distance Education. Minerva Project. Movement for Basic Education. 88 REFERÊNCIAS BURINI, D. Educação para adultos e democracia: um estudo do rádio como mediador nas experiências educativas no Brasil. FACOM, São Paulo, n. 15, 2 sem. 2005. Disponível em: <http://www.faap.br/revista_faap/revista_facom/facom_15/_debora_burini.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2009. FERRARETTO, L. A. Rádio: o veículo, a história e a técnica. 2. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001. PROJETO MINERVA. In: MENEZES, E. T. de; SANTOS, T. H. dos. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix, 2002. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=291>. Acesso em: 12 jun. 2009. MEB (Movimento de Educação de Base). In: _____. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix, 2002. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=272>. Acesso em: 12 jun. 2009. MOREIRA, S. V. O rádio no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1991. SOUZA, I. S. de; SOUZA, C. A. de. O poder do rádio na era da educação a distância. 2007. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/53200713528PM.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2009.