UNIDADE DE CENTRO
CIRÚRGICO NA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE
EDLIVIA D. MATTOS
2012
PONTOS A APRENDER

Definir Centro Cirúrgico;

Descrever as finalidades, os objetivos e
metas do Centro Cirúrgico;

Definir os períodos pré, trans e pós
operatório;
PONTOS A APRENDER

Conceituar Centro Cirúrgico, objetivos, suas
respectivas áreas e instalações;
DEFININDO Centro Cirúrgico
PORTARIA 400 - MS:
Conjunto de elementos destinados ás
atividades cirúrgicas, bem como à
recuperação anestésica e pode ser
considerado uma organização complexa,
em virtude de suas características e
assistência especializada
Definindo Centro Cirúrgico

Composto por um conjunto de áreas,
dependências interligadas e instalações, de
modo a permitir que os procedimentos
anestésico-cirúrgicos sejam realizados em
condições assépticas ideais, afim de
promover segurança para o paciente e
conforto para a equipe que o assiste.
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO CC
Considerado um sistema sóciotécnico-estruturado,
composto por 5 subsistemas:



METAS E VALORES: filosofia da instituição;
TECNOLÓGICO: representado pelos aspectos físicos
(equipamentos/instrumentos) e pelos conhecimentos específicos (conjunto
de técnicas de operações utilizadas);
ESTRUTURAL: engloba a divisão das tarefas em unidades operacionais e a
coordenação entre essas unidades. Utiliza-se de organogramas,
fluxogramas, descrição de cargos e serviços, normas, regras, regulamentos
e regimentos
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO
CC


PSICOSSOCIAL: constituído de interações,
aspirações, opiniões e valores das pessoas
que fazem parte do sistema;
ADMINISTRATIVO: compreende a
coordenação de esforços de um grupo de
profissionais, por meio de técnicas
específicas. Engloba os processos de tomada
de decisão e de controle, em uma estrutura
de padrões, valores e critérios relevantes.
FINALIDADES, OBJETIVOS E
META DO CC



Prestar assistência ao paciente cirúrgico em
todo o período perioperatório;
Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar
o paciente á unidade, na melhor condição
possível de integridade;
Proporcionar recursos humanos e materiais
para que o procedimento anestésico-cirúrgico
seja realizado dentro de condições ideais,
técnicas e assépticas;
FINALIDADES, OBJETIVOS E
META DO CC


Favorecer o ensino e servir como
campo de estágio para a formação e o
aprimoramento de recursos humanos;
Desenvolver programas e projetos de
pesquisa voltados para o progresso
científico e tecnológico;
PERÍODO PERIOPERATÓRIO



Pré-operatório mediato: desde o momento
que o paciente recebe a notícia de que
serásubmetido ao tratamento cirúrgico até as
24 hs que antecedem a cirurgia;
Pré-operatório imediato: compreende as 24
hs que imediatamente anteriores à cirurgia;
Transoperatório: desde o momento em que o
paciente é recebido na unidade de CC até sua
saída da sala de operações;
PERÍODO PERIOPERATÓRIO



Intra-operatório: do início ao término do
procedimento anestésico-cirúrgico,
compreendido do período transoperatório;
Pós-operatório imediato: compreende as
primeiras 24 hs após o procedimento
anestésico-cirúrgico, incluindo o tempo de
permanência na sala de recuperação pós –
anestésica;
Pós-operatório mediato: envolve o período
após as 24 hs iniciais e é comumente descrito
como primeiro, segundo, terceiro etc., dias de
pós operatório.
PERÍODO PERIOPERATÓRIO

Pós-operatório tardio: varia de acordo
com o tipo e a complexidade da
cirurgia, podendo compreender desde
15 dias até cerca de um ano após o
procedimento anestésico-cirúrgico.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
Áreas irrestritas ou não restritas:
circulação livre de pessoas, não
exigindo cuidados especiais, nem uso
de uniforme privativo.
Ex: elevadores, corredores externos que
levam ao Centro Cirúrgico, vestiários,
local de transferência de macas.

ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
ÁREAS SEMI-RESTRITAS: permitem a
circulação de pessoal e de
equipamentos, não interferindo no
controle e manutenção da assepsia
cirúrgica.
 Necessário o uso de uniforme privativo
e de propés ou calçados adequados.
Ex: secretaria, copa, salas de conforto e
de guarda de equipamentos.

ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO


ÁREAS RESTRITAS: tem limites definidos para
a circulação de pessoal e de equipamentos,
onde se devem empregar rotinas próprias
para controlar e manter a assepsia local.
Além do uniforme privativo, é necessário o
uso de máscaras
Ex: salas cirúrgicas, ante-salas, lavabos e
corredores internos

CENTRO CIRÚRGICO - ÁREAS


A capacidade do CC é estabelecida segundo
leito cirúrgico e Salas de Operação;
A RDC nº 307/2002, da ANVISA/MS,
determina uma sala de operação para cada
50 leitos não especializados ou 15 leitos
cirúrgicos.
CENTRO CIRÚRGICO - ÁREAS


Lugar especial com vários requisitos especiais
para prática de atos cirúrgicos
Número de salas



5% do total dos leitos
Isolamento de outras áreas do hospital
Ambiente:


Calmo e silencioso
Cores
CENTRO CIRÚRGICO - ÁREAS

Instalações acessórias:







Secretaria
Expurgo
Esterilização
Preparação de material
Vestiários
Lavabos
Estar médico
A Sala de Operações

SALAS – RDC nº 307/2002

Pequenas: 20 m2


Médias: 25 m2


Ex: ORL e oftalmo
Ex: gástrica e geral
Grandes: 36 m2

Ex: neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas
A Sala de Operações

Janelas





Vidro duplo
Proteção de tela
Sem cortinas
Isenta de parapeito
Portas

Largas, postigo de vidro
A Sala de Operações


Revestimento liso, não poroso, sem relevos,
antiacústicos, não refletor de luz, cor que
combata a fatiga visual, materiais cerâmicos
com índice de absorção de água de 4%,
tintas a base de água, inodoras 9 não
emissão de vapores de solventes e odores
característicos de resina), teto com splinkers
(borrifadores de teto);
Tomadas: NR nº 10/1978 – proibido a ligação
simultânea de mais de 1 equipamento à
mesma tomada de corrente.
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações

Mobiliário


Mínimo necessário
Peça central: mesa de operações



Base
Segmentos articulados
Mesas auxiliares



Colocação do instrumental cirúrgico
Instrumentador
50 x 90 x 85 cm
A Sala de Operações
Mesa Cirúrgica
A Sala de Operações
Mesas Auxiliares
A Sala de Operações

Mobiliário





Carrinho de anestesia + monitores
Cestos (Hampers)
Bacias + Suportes
Bisturi elétrico
Armários (embutidos)
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações

Iluminação

Eliminação
de sombras
Luz de
várias
direções
Aspectos principais
Redução
do calor
Lâmpadas
ideais e
filtros
atérmicos
Intensidade
adequada
Eliminação
de reflexos
Conforto
para o
cirurgião
Material
metálico
fosco
Iluminação
geral
proporciona
l
Diminuir
contraste
A Sala de Operações
A Sala de Operações

Iluminação

Focos

Teto




Cúpula com revestimento de espelhos refletores x
múltiplas lâmpadas conjugadas
Filtro atérmico
Vareta externa e braços articulados para mobilidade
Focos auxiliares

Bases sobre rodízios + baterias
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações

Iluminação

Acessórios

Foco frontal


Afastadores com sistema iluminador



Adaptado à cabeça do cirurgião
Ligados a sistema de fibras ópticas
Ideais para iluminação em cavidades profundas
Foco “cobra”
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações
A Sala de Operações

Ventilação



Ar como via de transmissão de bactérias e
fonte de contaminação
Lister, 1867
Fonte de microrganismos: pessoas na sala
cirúrgica


Gotículas de ar expirado
Descamação de cels. da pele
A Sala de Operações

Ventilação



Função de exaustão: remoção de odores, calor e
gases anestésicos voláteis
Controle bacteriológico
Filtragem do ar:




Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes
Partículas > 5µ
Troca de ar a cada 10-20 x / hora
Pressão positiva no interior da sala
A Sala de Operações

Ventilação

Controle de Temperatura




Temperatura: paciente x cirurgião
Hipotermia: hipoxia, calafrios, hiperpirexia
T ~ 22 - 23oC
Controle de Umidade
Umidade ~ 55 - 60%
A Sala de Operações

Vestuário



Pessoal como principal fonte
exógena de bactérias
Entrada sempre pelo vestiário
Indumentária própria



Gorro, máscara, camisa, calça e propés
Não estéril, lavado especial com
água quente
Circulação restrita ao centro
cirúrgico
A Sala de Operações

Vestuário

Gorro


Cobrir os cabelos
Máscaras


Cobrir boca e nariz
Função de filtro:
prevenir escape de
gotículas expiradas
A Sala de Operações

Vestuário

Camisas




Tecido de malha densa
Manga curta: facilitar antisepsia dos braços
Por dentro das calças
Calças


Fechada nos tornozelos por
tubo de malha
Saias para mulheres
A Sala de Operações

Vestuário

Propés






Diminuir contaminação vinda
dos sapatos
Tecido, papel ou plástico
Uso restrito ao centro cirúrgico
Abolido em alguns lugares
Troca de gorro, máscara e propés a cada
operação
Cirurgias infectadas
“Etiqueta” do Centro Cirúrgico


Hierarquia na equipe
Silêncio



Falar baixo, somente o necessário
Música somente se adequada
Respeito aos pacientes



Respeito ao pudor do paciente
Respeito à psique do paciente
Nunca deixá-lo só na sala de operações
FIM
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O Centro Cirúrgico