ANC88 Pasta Jan/Maio 86 020 10 — 1 .o caderno — POLÍTICA — Domingo, 19 de janeiro de 1986 i FOLHA DE S. PAULO Empresários agrícolas podem eleger 40 constituintes MURILO CARVALHO Da Reportagem Local Não há cálculos p r e c i s o s , mas uma avaliação feita pelas lideranças rurais dos principais Estados agrícolas do pais indicam que os movimentos políticos já organizados pelos ag^cultores, seja através de coc^ierativas, sindicatos ou associações de Cátíegoria, deverão eleger entre vinte e quarenta deputados federais nas próximas eleições para a Constituinte. Os números são maiores onde a organização é maior. Assim, no Rio Grande do Sul, onde as cooperativas c<Higregam boa parte dos agricultores e têm uma estrutura descentralizada, que já mostrou ser capaz de reunir no ginásio do estádio BeiraRio no inicio do ano passado cerca de vinte mU agricultores para o "Grito do Campo", é provável que sejam eleitos de cinco a oito deputados. Esses números podem crescer na medida em que a campanha eleitoral deslanche, pois as cooperativas estão empenhadas em divulgar a importância da Constituinte entre seus associados. Eleição é assunto freqüente nos encontros agropecuários Dos Sucursais e Reportagem Local* tos básicos, coiio a defesa da posse e prcq>rieda(te d/ terra. Corren^ de pensamento Não há manimidade entre as v&iias enti^des de represoitação dos produtores rurais, que apesar de desejarem participar, de alguma foma, da Constituinte, imaginam fazê-lo de formas bem diferentes. Pode«e airmar que há três correntes distin|ius: a primeira, cwiservadwa, queiongrega empresários paulistas, gohnos e mineiros (além de mroprietá&os da Amazônia) que frefcoiam tér um partido político próINrio, querq;>resentasse a agricultura especmomente. Permanece como minoria dentro da UDR, e seus memtHxl estudam um onlnião de estetut(i>artidário, que permita partidparoa das eleições deste ano. Esses Àpresários adiam necessária a criado desse partido para marcar posição mesmo que um partido rural não téha chances de chegar ao poder.O que importa, para eles, é que < partido tenha um grupo aguerjido de parlamentares qite de* fenda 06 düreitos dos eminresárías ruraü no parlamento e no governo.' Seris^uma maneira de contrabalançar f çnie consideram excesso áe "esqierdismo" no país. Entretanto, o vem encontrando dificuldades se organizar e talvez apoie idaturas, como a do ex-deputado ío Cardoso de Almeida, cuja plalafórma política conservadora agijida a maioria dos participantes tendência, ^má segunda corrente, também tora, da qual faz parte a ioria dos associados da UDR |lém de deputados como João Cst^ áe Carli, do PDS pernambucano, io Sér^o Carttoso de Almeida o ex-prefeito do Recife, Antônio que deve se candidatar pelo mas atualmente é do PDS), fere apoiar candidatos dos diverpartidos que aceitem seus presitos conservadores. Seus candiitos deverão saú-, na maioria, do >DS e do PTB. Eventualmente poderão apoiar candidatos do PFL e mesmo do PMDB (caso do deputado paidista Roberto Cardoso Alves, que chegou á participar da reunião (to UDR, em Presidente Prud^ite). Nos últimos três meses, as rodas áe «mversas nas febras agropecuárias que se espalham por todo o país gan*v"^ip um assunto novo e até mesmo surpreendente: c(Hno particimr das eleições para a Constituinte. E em pouco tempo já surgiram candidatos, programas, reuniões e ate mesmo dois grandes leilões de animais —em Goiânia (GO), e em Presidente Prudente (SP)— destinados a arrecadar fundos para custear a organização de um grupo político São Paulo, que concentra o maior —a União Democrática Ruralista número de proprietários rurais do (UDR)— disposto a interferir e país, poderia, teoricamente, possuir participar nos rumos da nova Constia maior bancada de parlamentares tuição. ligados aos empresários agrícolas. AGRICULTORES Mas, neste Estado, não deverá ultraO movimoito de agricultores e SÃO JOSÉ ^ passiar a sete o número de deputadospecuaristas em direção a uma partiDO RIO PRETO PECUARISTAS eleitos comprometidos com uma placipação eficiente na Constituinte pre^ taforma de defesa dos interesses tiNide ser o primeiro passo para a deste segmento social. Isso se explirettmiacte de um e ^ ç o político que USINEIROS ca, segundo as principais lideranças, começou a ser permdo cmn a acelepela fraldado das estruturas reração do inrocesso de industrialização COOPERATIVAS, presentativas dos agricultores no áo Brasil, no começo da década de 50. Estado. Ate um pouco depois da 2* Grande Guerra, o poder político ainda perApesar da mobilização, já relatimanecia cottéentrado, fundamentalvamente intensa, na região de Presimente, n9s mãos de grandes produtodente Prudente, 590 km a oeste de. res rurais, que elegiam deputados, São Paulo, ainda não existe, no nomeavam ivefeitos e controlavam Estado, um movimento, organizado, ministérios. A situação, começou a se a exemplo do que ocorre a partir do modificar com a modernização da cooperativismo do Rio Grande do Sul indústria brasileira e com a crescenou do Paraná. te impOTtftncia dos centros urbanos, que atraíram multidões de agricultoAliás, é exatamente no Paraná que thminam boa parte do mercado de Lugar, segue prudentemente as físi- res, forçando um êxodo que transPAULO FRANCIS o número de deputados ligados aos fwmou o país de essencialmente j alta tecnologia no mundo. A questão ções de Reagan. De Nova York proprietários rurais poderá surpreagrícola (70% da população ocupada é saber se t&riam esses lucros se não ender. Inicialmente calcula-se que Esses exemplos imligiarãq^ na lavoura em 1950) em pais indusRooald Reagaa assinou outro dia mom^polizassem as encomendas milideverão ser eleitos entre três e seis uma M concedendo créditos de US$ gente, mas sem "l<ri>bies" trial (apenas 35% da população deputados constituintes. Desses, boa 52 bilhões ao setor agrícola, falido tares. O iucro gue apresentam junto teria reduzido as peiaõ continua atualmente no campo). parte deverá vir da região dos tecnicamente com a queda de procu- ao Pentágono é mínimo, ridículo. Ê vailhões de aposentados e inúm\ um truque de contabilidade. O lucro Campos Gerais (Ponta Grossa, 114 ra, "A agricultura demorou a perceber de produção e custo do está embutido no custo do que benefícios sociais de neg km a oeste de Curitiba, Cascavel, 519 dólarexcesso que já não era a classe majoritária solteiras etc., tema (incmnpi para importadores. O presidenproduzem, o que se chama no Brasil km a oeste de Curitiba etc) e do te assinou a lei contra a vontade. O no país", afirma Flávio Teles de "custo pm administração", vulgo, vél, porque referido em si Norte do Estado (Maringá, 419 km a Menezes, 40, presidente da Sociedade agrícola amtém cerca de 6% da quanto cobrarem o governo —o quem não conhece o governo noroeste de Curitiba e Londrina, 390 seim Rural Brasileúra (SRB). "Apesar de EUA por dentro) do primeiro d< popKÚaçáo. Eleitoralmente é próximo contribuinte—paga... km a noroeste de Curitiba), onde se de zero. Reagan, filosoficamente, não ser mais a grande classe hegeentre Reagan e JMdndaie, em situam as cooperativas mais fortes. mônica do Brasil, a agricultura acredita na lei de <^erta e procura. Ê verdade que armas como as que JlfiDndaie, por exemplo, acusmi continua sendo um segmento extreMinas Gerais é outro Estado que Quem não tem competência não se as EUA necessitam, de alta sofistíca- gan de ser contra a AFDC, importante", diz Menezes, tradicionalmente tem seus deputados estabelece, na famosa frase do por- çio, teriam de ser mmu^íJizadas por aegando furiosam&ate. Vi o te mamente "pds existem atualmente cerca de 4 ligados aos agricultores. Mas, em tugês da aiKdota, que resume a algmtas empresas mais competen- con vários americanos. Ni de proprietários rurais, entre geral, são eleitos com programas que filosoúa coDserve^Uaa, "laissez fai- tes, e tamban pongue graüde av&rsi- saMa do que se tratava. Ê auxjio a milhões pequenos, médios e grandes". fa^tüias com crianças dependftes, re", do presidente. JReagan assinou a Beação atuiria graa&s x^xaiunidanão visam especialmente a agricultura, ficando suas ligações, quase lei porque se a vetasse o veto seria des à espimiagem estnngeira. Ainda eutéadsmo de mãe aotteira, iaase Unifto Democrática Ruralista sempre, restritas às regiões de onde derrubado. O "lobtoy" agricultural no assim, a corrupção é vasta, o suborno sempre ixgra, cujo "lobby" màteve Plínio Junqueira, 43, fazendeiro de é rotimiro, não raro envolvendo altas todo ò dimeiro que é dado atssas provieram. Assim, a bancada minei- Congresso é poderosíssimo. Mas a corrente dominante parece patentes militares (que reformadas, mulheres (a simples maíaidade Presidente Prudente , tem uma ser a liderada pela Sociedade R I B ^ ra dç deputados ligados a este setor garante à mãe um subsídio dj US$ análise semelhante à de Menezes. trabalham, em muitos casos, para deverá situar-se entre quatro e seis, BrasUeira e pelo Sindicato Nadoial Ê também legal e longe de ser o s^undo as informações que as lide- único. Não bá literalmente camada fmnecedores do Pentágono, a cha- 150 ao mês, o gue é uma das $zões Segundo ele, os canais disponíveis, dos Pecuaristas de Gado df Corte, da enorme fàtilidade das (físses boje, aos agricultores, são iisuficienranças rurais possuem até o momen- da população que não seja represen- mada "porta giratária", gue muita passando por federações deagriculgente quer proibir por lei). Nestes mais pobres e não brancas nos VA). tes para garantir a sua participaçãi» to%s do Paraná, São Paul(K.e Rio tada no Congresso por um grupo de dois política, uma vez que os sindicato» últimos ano, sdí pressão, ditada Grande do Sul. Na visão desteigrupo, No restante do país os números são pressão, compcsto de profíssimais de pelos altos gastos militares, o MiEm suma, onde houver caitalis- rurais —pcda sua propria caracterísmenores, embora em Goiás —onde relações públicas, ex-políticos, ou nistério da Justiça de Reagan, a mo, msde tudo for estatizdo, o tica- são incapazes de se tomaren trata-se de apoiar candidatos à*Cois-' nasceu a União Democrática Ruralis- políticos guetenhamperdido manda- contragosto do presidente, está pro- "lobby" é inevitável. Se oleitor pólos de debates políticos. "As orgi- tituinte —imtopendente do par^cto a ta— possa haver também um cres- to, firmas de advocacia etc. Ê legal cessando cerca de 45% dos fornece- soiAesse de um candidato a pisiden- nizações de representação dos agn- que pertençam—'que defendam alcimento inesperado de candidaturas amstituir esses grupos de laressão, dores de armas do Pentágono. Algu- te, em que confiasse, que gamtisse cultõres, principalmente os sindica- guns postulados clássicos do lib«r»ligadas ao empresariado a^cola. As desde que registrados junto ao fisco. mas centenas de oficiais de alta um corte no imposto de r«da, é tos, não puderam cumprir um pafel lismo ecoiômico. O laresidente do Sindicato Nadoial primeiras avaliações indicam que Ê também l^tl constituí-los para patente foram discretamente postos bastante provável gue estivese dis- de aglutinar os membros da cate|odos Pecuaristas de Gado de Corte,< deverão ser eleitos entre três e cinco países estrangeiros, exigindo-se tam- na compulsória. posto a contribuir para um 'obby" ria, pois, atrelados ao Estedo, fuici- Antônio Pereira de Oliveira, 56, deputados, considerando-se as forças bém o repsõro (sem registro, "lobque e/egesse esse candidai e o onando com uma carta-patente m - afirma que o smdicato apoiará, políticas já mobilizadas. E no Mato bies" nacionais estão sujeitos a penas cedi^ pelo Estado, não tem libeiilaO "latoby", claro, se jaesta à fizesse ter um clima de ação live. Grosso do Sul —Estado essencial- criminais, estrangeiros podem ser corrupção. Ê infantil imaginar que de para fazer críticas ao poder oficialmente, os candidatos que defenderem "a agricultura e a criação mente agrícola— a previsão é de enquadrados em espionagem e sedi- funciona exclusivamente pela cor"Lobby" há de qualquer aamira, constituído". de uma política agrícola coerente quatro a cinco deputados. ção). Os "lobbies" mais poderosos do rupção. O "lobby" israelense, por em qualquer tipo de socieade. O Segimdo Junqueira, houve ima com a realidade do país". E apesar país são os do Pentágono e de Israel. exemplo, funciona muito pela afeti- melhor é l^aüzá-lo, o que mplica pulvmzação muito grande de enti- de afirmar que há uma identidade No Nordeste, o único Estado onde contra fcessos dades representetivas de agricilto- política com a Sociedade Rural as lideranças rurais já fizeram al- Isso não quer dizer que não aàstam vidade, mi sentimenU) de culpa, que estabelecerAopenas menos é melhodo que ' res nas últimas décadas e, com isso, Brasileira, Oliveira diz que o C!ongum tipo de previsão, foi Pernambu- "lobbies" fortes de "mães solteiras Israel, em face do aconteado aos criminais. na surdina, como èmitece uma perda quase total da capacidade gresso constituinte, como o que foi co, que poderá contar com dois ou até subsi<üadas", por exemplo, de sindi- judeus na 2* Guerra, desperta junto a fuadaaem no Brasil. Um empresário basUeiro de iiàluenciar o governo. "Recente- ainrovado, não é o melhor caminho. • parlamentares. Ted Kmnedy é criaquatro deputados. Nesta unidade da catos opaérios (poderosíssimos juncrucificado na imprensaporgue mente, quandb foi anunciado o novo "Saímos de um regime ditatorial e o Federação existe uma situação espe- to ao Partido Democrata. Impuse- tura do "lobby" israelense. Não leva foi financiou a visita do sr. Areliano Programa Nacional de Reforma Congresso que aí esta é produto das cial, pois 06 usineiros continuam ram a candidatura Mondale, em 1984, dinheüv, que se saiba. CSiaves aos EUA. Ê claro jie esse Agrária, diante das ameaçss de normas vigentes. Logo, representam sendo lideranças expressivas e em- quando era visível que Gary Hart, empreário espera que o sr Chaves dõaiHtipriações sem critérios, al- interesses de grupos econômicos, não O "lobby" também ameaça. Ê bora venham elegendo, tradicional- um senador menos acessível aos prospere porgue representeinteres- guns pn^rietários rurais percebe- r^resentam, em sua totalidade, o mente, um número expressivo de líderes àndicàs, tinha mais chance certo que grupos de extrema direita e ses ávoraveis á indústria pivada no ram que estevam sendo ameaçados e pensamento da sociedade brasileide Israel destruíram a carreira deputados, não são, em geral, ho- contra Reagan). política dos dois últimos presidentes Brasil. Não há crime algumiisso, se fm ái que se iniciou, em Goiás, um ra", afirma. mens com plataformas políticas que da Comissão de Relações Externas mantido dentro de limitt legais movimento de autodefesa", diz Junenvolvam especificamente os proVoto ponderado do Senado, o democrata Frank Chur- claros. Que imn sempre seun cum- queira. O Pentágmw, claro, se ceva em blemas da agricultura. Além dessas três posições, mais ou empresas como a General Dynamics, ch, já falecido, e o republicano pridos esses limites nos EÚ se deve Esse movimento de "autodefesa", menos definidas, existem, pelo país, Bokng etc. São literalmente estatais, Charles Percy, porque tomaram po- a amruptibilidade da natreza hunão necessariamente no sentido bra- sições em favor de acordo de armas mana. Fingir que não há iteresses iniciado em Goiás, acabou se consoli- algumas propostas de liderai^s Defesa da propriedade e de venda de aviões F-15 à pessoais em questões pdticas ou dando na União Democrática Rura- rurais bastante diferentes. O presiIndependente da corrente política a sileiro, isto é/improdutivas e defici- nucleares Sawiita. O atual presidente da esperar perftíção moral o ser hú- liste (UDR), uma associação de dente da Associação dás Empresas que se filiam, todas as lideranças dos tárias, porque, ao contrário, como Arábia naanoé infantil. :Í emiwesários rurais, que passou a Agropecuárias do NotIeste (Agropeagricultores colocam como pressu- subprvduto da tecnolo^a militar. Comissão, o republicano Richard coiH-denar, em nível estadual, toda a ne), Ismar Amorim, 45, afirma que posto básico para a nova Constítuição discussão sobre a reforma agrária e espera que a Constituinte "possa a definição da propriedade privada' as atitudes políticas a serem tona- extinguhr o colonialismo interno. Sua da terra como a forma legítima e das. Ronaldo Ramos Caiado, 36, {nrc^MSta fundamental é a criação do adequada de apropriação. Alguns coordenador da UDR em Goiás e um voto ponderado, de foma que cada empresários, como o presidente da dos seus fundadores, afirma que a voto das regiões mais pobres, como o Soaedade Rural BrasUeü-a, Flávio SAVIO DE TARSO ceito contra os 'lobbies' no Brasil", sar e decidir sobre matééis impor- mobUização em seu EIstado foi muito Nordeste, valha por dois. Teles de Menezes, acrescentam que a Redator da r e l l M mas assinalou que não faltam exem- tantes" — disse Toledo, "ifunção do grande, com adesões de fazendeiros Já o presidente da Federação da terra, apesar de ser propriedade idos da desenvoltura e eficácia dessa lobista é em primeiro luga instruir o de todas as regiões. "Em pouco Agricultura de Pernambuco, Giloio Num estudo pioneiro sobre "Gru- atuae&o em diversos episódios da parlamentar e estabelecei o diálogo tempo já havíamos organizacto um privada, tem que ter uma "destinação social", um "uso adequado para pos de Pressão no Brasil", o advoga- vida política do pais. Citou o caso da com o grupo que reprnega." Disse, movimento sólido e bem constituícto, de Carli, coiservador, aposta na éteição de candidatos 4a mesma produção", caso contrário poderia do Gastão Alves de Toledo,42, profes- absorção do Banco SulbrasUeiro pdo «itrétanto, que "a " ' que M capaz de interferir positiva- posição ideológica que a mia, como até mesmo ser desapropriada pelo s a de Dúreito da P<mtífícia Universi- Estado no ano passado como exem- Ebcecutivo nos últimos mente no Plano Nacional de Reforma seu i^óprio fi^, o deputado federal governo para entregá-la a quem dade Católica de São Paulo, defende plar da eficiência de um grupo de veu o maior assédio Agrária", diz Caiado. do PDS João Carlos de CarU, que se que os "lobbies" são um meio legal e possa fazê-la produzir. ivessão que atingiu seu objetivo junto IH-essfio sobre esse: legítimo de atuação de setores da aoC(»gresso. Em s«i trabalho o Segundo ele, depois de algumas afúrma "malufista e direitista". Outra reivindicação considerada sociedade, organizados para obter o termindogia que i reuniões, a UDR já possuía pelo Cooperativismo fundamental é a liberdade de cada atendimento de suas reivindicações Lembrou, a i v t ^ i t o , que o pró- de {vesBão em internos à extcands à menos 1.500 associados e começava a No Paraná, onde o cqtperativismo proprietário trabalhar sua terra se- junto aos poderes do E^stado. Ele inrio regimento interno da Câmara administração pública, ootando que se articular para se constituir num gundo sua própria escolha, sem argumenta que o direito de associa- dos Dqxitados prevê em seu Artigo os "lobbies" internos f- principal- partido político da agriodtura. Mais tem grande peso polítict, o presideninterferências de governos estaduais, ção combinado com o de petição e 60 o credenciamento de reiH«sentan- mente 06 ligados às eK««Bas esta- tarde, após algumas ponderações, te da Organização das Cooperativas municipais ou mesmo do governo reinesentação estabelecido no pará- tes de "entidades de classe de grau tais — têm hoje mav influtacia decidiram que talvez a constituição do Paraná (Ocepar), Guntolf Van federal. Na visão da lideranças grafo 30 do Artigo 153 da Cimstituição superíOT, de empr^^doe e emprega- stibre 06 governantes eidministrado- de um partido exclusivamente ligado Kaick, 50, afirma gue t Constituinte é rurais, a liberdade de comércio é um Federal são aparatos legais que dores, e órgãos de profissionais res. "Eles manipulan grandes so- ao campo não fosse a solução corre- uma das prindpais i^eocupações da aspecto desta reivindicação maior. a s s e ^ a m o exercício do "lobby" no liberais" para "prestar esclareci- mas de dinheiro, têmprande ascen- ta. Esta decisão não significou, no entidade, neste ano As prindpais mentos específicos^' aos l^isladores. dência sobre os pcdUcos e uma entanto, a paralização das atividades rdvindicações da Qc&gar, em relaEm defesa de sua posição, citam Brasil. Há tambm uma tendênda à r^pi- postura ideológica q u ^ ampara no da UDR. Em setembro, ao realizar ção à plataforma .púlítica dos candicomo exemplo de interíerência "inToledo afirma que a atividade lamentação dos "lobbies" no Con- nacionalismo para efender seus um leilão com 1.461 bois em Goiânia, datos que as cow^rativas deverão devida" do governo na livre comer- lobística "ocupa um vácuo existente apoiar, são que s nova Constituição gresso, onde tramita o projeto de lei cialização do produto agrícola, o caso entre os diversos segmentos da rilégios" — disse ibledo. Assina- arrecadffli perto de Cr$ 2 bilhões, que, defenda a liberdji4e de atuação das somados a outros Cr$ 2,5 bilhões do trigo, atualmente regulado e sociedade e os podo-es do Estado". n« 25/84 — de autoria do nünistro da pwém, que a legitimidade dos co(9orativas e d^Sna o "ato cooperactmtrolado pelo Banco do Brasil —o Em sua opinião, "o mandato popular Educação, Marco Maciel — cujo gnmoe de prcseão "nè significa que obtidos em lòlão realizado em Presi- tivo". Isto é, qus aceitem o fato de Artigo 1" dispõe que "as pessoas dente Prudente, em meados de deúnico comprador e i^co vendedor. não cimfere aos eleitos a representa- físicas ou jurídicas, contratadas ou o Estado deve s e n ^ ceder; o zembro, já constituem um razoável r a s ações qie acontecem dentro ou UEislador deve cooperativistno não sejam mais O estabelecimento, na Constituiçã- ção de uma parcela da população, voltadas, por seu objetivo, para o administrador estar aberto aos pl«(06, mas deve fundo de reservas para atuação encaradas cono atos mercantis, já mas de todo o povo", daí a necessiexercício direto ou indireto, formal o, de uma política agrícola que política. "No início hôive boatos de aplicar osHincfoios consque a coopersàva é uma associação ( ^ v i l ^ e a produção de alimentos de dade de criar canais para que grupos ou informal, de atividades tendoites sot»%tudo que esse dinheiro seria destinado à de indivíduos éião de capital. consumo interno, entendida como um de interesse^ específicos possam ex- a üifluendar o processo legislativo, titucionais e a tegislafo ormnária". compra de armas para defender as aspecto da defesa da segurança pressar suas aspirações junto aos deverão registrar-se perante as MeT^eapnedaáes contra invasões", diz Consideradts pn^ressistas, as coToledo afirmou ^da que "os qierativas doParaná (a exemplo das legisladores e administradores públisas Diretoras do Senado Federal e nacional, é outro ponto defendido por 'lobbies' influenciai os partidos, Caiado. "Mas não é nada disso", coc^ierativasgaúchas) poderão apoicos. câmara dos Deputados". lideranças rurais. acrescenta. Segundo Calado, a opormas não se «Mifilem com eles timidade de participar dá Constituin- ar candidato» do PMDB, PDT, PFL e Se depender das grandes coopera"Mesmo as comissões técnicas do pwque seu objetivo Ao é conquistar te, EUe disse acreditar que "a conotafõ o desaguadouro natural dos mesmodoP?*. tivas brasileiras, a nova Constituição ção de ilegalidade ou de atividade Legislativo muitas vezes não têm o poder, e sim detbder interesses propósitos da UDR, que pret^ide • PflUklpdwiii: Mimo CARVALHO, do ReporMgMK local, irá definir também o "ato cooperati- obscura ainda determina um precon- conhecimento específico para anali- mais específicos". apoiar candidatos a deinitado consti- lOUmA PAIM. é Sucursal do Porto Alogra, EDUARDO vo", tOmando-o distinto dos atos SCAKZaiA, do bcurul do Curitiba o IMARCaO AMEU, tuinte que acòtem alguns pressupos- doSucamldoRo^ comerciais. OS CENTROS DE IRRADIAÇÃO DO"LOBBY"RURAL Nos EUA,"lobby" rural époderoso Grupos de pressão são legais no Bra^l K