PAC 2014-2020 Ponto de situação das negociações e trabalhos em curso 4º ENCONTRO DA ORIZICULTURA PORTUGUESA AOP Benavente / 9 de abril de 13 1 1 C a le n d á rio d a s n e g o c ia ç õ e s P A C 2 Conclusões do CE sobre o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020 3 Informação dos trabalhos no âmbito do Acordo de Parceria 4 Elementos em aberto na negociação da PAC - Regadio 5 Objetivos da programação Desenvolvimento Rural e organização dos trabalhos 2 1 Calendário negociação PAC Análise técnica propostas regulamentares concluída a nível GT CONS Votação emendas PE em COMAGRI (23/24 janeiro) Preparação trílogos com PE (PRES IE e SG-CONS prepararam documentos posicionamentos) Análise documentos nos GT CONS (final fevereiro e início março) Posicionamento em CEA (4/5 e 11/12 março) Votação emendas PE em Plenário (11/14 março) Adoção posição em CMA (18/19 março) Posição PE comunicada formalmente ao CONS (final março) Série trílogos, com base mandato CEA/CMA (com início em abril) Adoção acordo político interinstitucional (final junho) Contatos informais entre PRES e PE durante votação em COMAGRI e 3 Plenário Resultados obtidos por Portugal na negociação QFP para a PAC 2 Dotação PAC para PT 8,1 mil milhões € Redução -7,6% em termos reais face QFP 2007-2013 (perda inferior média UE, que atingiu -14,4%) Acréscimo 2% em termos nominais Salvaguarda da convergência dos Pagamentos Diretos entre EM, aumentando o nível da média dos pagamentos unitários em Portugal Em termos nominais, assegurado um acréscimo 5% para 2014-2020, representando cerca 7% no ano cruzeiro 2020 No Desenvolvimento Rural, condições mais favoráveis para Portugal na aplicação FEADER (4,0 mil milhões € a preços correntes): Atribuição envelope específico 500 milhões € isento cofinanciamento nacional, relevante para o esforço de consolidação orçamental (regra aplicável até 2016, altura em que será reavaliada) Majoração 10 pontos percentuais nas taxas cofinanciamento máximas (regra aplicável até 2016, altura em que será reavaliada) Aplicação regra n+3 nos pedidos pagamento Elegibilidade do IVA não reembolsável, alargando esta possibilidade aos financiamentos em infraestruturas 4 3 Resultados obtidos por Portugal na negociação CMA • Pagamentos Diretos - Atenuação dos efeitos da convergência dos pagamentos individuais salvaguardando o rendimento dos agricultores e a atividade económica em setores com forte contributo para o produto agrícola A proposta inicial da Comissão Europeia obrigava a uma transferência de apoios entre agricultores de mais de 1/3 (208 milhões de euros) do envelope total de pagamentos diretos que colocava em causa a sustentabilidade económica de explorações agrícolas em setores como o Leite, o Arroz, Tomate e outras culturas de regadio como o caso do Milho. Com o compromisso político obtido é possível reduzir as perdas até 70% do proposto inicialmente • Pagamentos Diretos - Inclusão de um pagamento para práticas agrícolas benéficas para o clima e ambiente (greening) com adaptação à realidade agrícola nacional Portugal apoiou a proposta da Comissão Europeia de evolução da PAC no sentido de uma maior integração dos valores ambientais. Portugal, ao longo das várias fases de negociação foi colaborando no sentido de tornar as exigências regulamentares mais simples e mais adaptadas à agricultura nacional. Assim, foram introduzidas cláusulas a favor de atividades com contributos ambientais já comprovados, caso das culturas permanentes extensivas, espaços agroflorestais e culturas 5 realizadas debaixo de água. Por outro lado foi introduzida flexibilidade no caso das pequenas explorações. 3 Resultados obtidos por Portugal na negociação CMA (cont.) • Mercado - Vinha: foi possível assegurar a manutenção do atual regime de direitos de plantação, até 31 de dezembro de 2018, ao qual se seguirá um novo regime de autorizações de plantação, conforme defendido por Portugal, que vigorará até 31 de dezembro de 2024, contemplando uma revisão intercalar para avaliar da necessidade de prolongamento para além desse prazo. A taxa máxima de novas autorizações será de 1% por ano, inferior aos 2% defendidos pela Comissão Europeia, com os quais Portugal não concordava. • Mercado - Leite: apesar de não ter sido possível reverter a decisão de final do regime de quotas em 2015, foi assumida a necessidade de assegurar um nível de regulação adequado para este setor após o fim desse regime, como vem sendo defendido por Portugal, estando prevista uma conferência de alto nível para discutir este assunto, a realizar no próximo setembro. • Mercado - Reforço do papel das Organizações de Produtores: em linha com as preocupações nacionais, foi possível manter as disposições previstas na proposta da Comissão para reforço do papel negocial de Organizações de Produtores e organizações Interprofissionais, para a totalidade dos setores abrangidos pela OCM Única, para além dos setores para os quais se verifica atualmente o reconhecimento obrigatório, ao abrigo de regimes de reconhecimento e regras nacionais, já existentes em Portugal. 6 Regime de pagamentos diretos Apoios ligados - opção • Ampla gama de sectores • Até 7% ou 12% dos PD a decidir pelos EM, ou + com autorização COM. Degressividade e limites máximos (sobre o conjunto dos pagamentos acima de 150.000 €, com exclusão do pagamento greening) – opcional [QFP] Apoio aos Agricultores nas ZD Naturais – opção • até 5% dos PD OU Regime pequena agricultura - opção Regime para os jovens agricultores - opção • Apoio até 5 anos após inicio atividade • <= 40 anos • EM define ha (>= 13 ha PT) • até 2% dos PD Pagamento Greening • Diversificação das culturas (10-30ha: 2 culturas; >30ha: 3 culturas) • 30% fixo dos PD - QFP • Pastagens permanentes • Área de interesse ecológico (cult. perm até 250 árv. e parcelas declive >10%, sup.agroflorestais); 5% até 2017 e 7% a partir 2018; possib. aplicação regional ou coletiva Pagamento Redistributivo - opção • Valor (decisão EM: até [65] % do valor médio do PD 2019 / ha 2014) • Máx. n.º de ha = média EM (13 hectares PT) (opção degressividade) • até 30% dos PD Regime de Pagamento Base [ de 13% a 70% dos PD ] • Pagamento uniforme nacional ou regional • Possibilidade greening em função nível PB por hectare até 2019 (flat-rate 10% em 2014); • Possibilidade exclusão área vinha para atribuição direitos • Modelo alternativo de mitigação da convergência interna (aproximação a 1/3 de • Acesso ao novo regime: 90% média) - Pagamento direto em 2010 ou 2011, ou • Limitação do n.º de direitos em 2014 (135% agricultores que apresentem hectares direitos 2009) elegíveis em 2014. • Coef. de redução prados permanentes - Produtores frutas, hortícolas ou vinha. • Até 10% dos PD • Adesão em 2014 • Pagamento forfetário, ou nível de pagamento semelhante ao obtido em 2014 nos outros regimes com limite de 1000 €). • Isenção da condicionalidade e greenning • Simplificação dos pedidos de ajuda e de controlos 7 3 Resultados obtidos por Portugal na negociação CMA (cont.) Desenvolvimento Rural • Possibilidade de apoio a novas infraestruturas de regadio • Aumento da taxa de apoio para investimentos para a melhoria do desempenho económico das florestas • Medidas de apoio para o reforço de Organizações de Produtores • Criação de Sistema de Gestão de risco No âmbito das propostas do regulamento para o Desenvolvimento Rural foi obtido um conjunto muito relevante de elegibilidades e apoios que vieram ao encontro das pretensões nacionais no quadro da preparação do futuro programa de Desenvolvimento Rural. Destaca-se, com particular significado, a alteração da proposta da Comissão Europeia que impedia o apoio à expansão da área irrigada. Por outro lado foram satisfeitos pedidos específicos de Portugal: • no apoio às medidas de concentração da oferta (a investimentos coletivos e projetos que resultem, através da fusão de OP, num aumento de pelo menos 35% no valor da produção comercializada ou do número de membros. • no apoio ao setor florestal (aumento da taxa máxima de apoio de 50% para 65% nas 8 operações de melhoria do desempenho económico das florestas). Principais aspetos do compromisso CMA: Pagamentos Diretos 4 • Impacto nas ajudas diretas – convergência interna (opções do EM para mitigar impacto) • Modelo de aproximação em alternativa a um pagamento uniforme em 2019: permite reduzir em pelo menos 1/3 da diferença entre o valor do direito do agricultor e 90% da média do valor unitário. • Atribuição de Pagamento greening em função do nível de pagamento base. • Limitação da evolução do n.º de direitos a 135% do n.º de hectares elegíveis declarados com direitos de RPU em 2009. • Pagamento redistributivo (majoração dos primeiros hectares em todas as explorações) 9 Principais aspetos do compromisso CMA: Pagamentos Diretos 4 • Greening (adaptação à realidade mediterrânica) • Prática de Diversificação de culturas – entre 10 ha e 30 ha de terra arável – 2 culturas; mais de 30 ha – 3 culturas; Definição de cultura: ao nível do Género; Se cultivada como outono-inverno e primavera-verão considera-se como sendo duas culturas; Isenção da prática - mais de 75% da área elegível da exploração for prado permanente, cultivada com culturas sob água durante uma parte significativa do ano ou do ciclo da cultura, ou combinação destes usos. • Prática de manutenção de prados permanentes – opção do EM implementar a nível regional ou nacional • Prática de Superfície de Interesse Ecológico – mais de 15 hectares de área elegível com exceção dos prados permanentes: mínimo de 5% de SIE; mínimo de 7% a partir de 2018 após avaliação COM (de acordo com impacto no ambiente, rendimento e produção agrícola. Exemplos de SIE: pousio, faixas de proteção dos cursos de água, elementos da paisagem, áreas sujeitas a compromissos agroambientais; Isenção da prática quando: a) mais de 75% da área elegível da exploração for pastagem, cultivada com culturas sob água durante uma parte significativa do ano ou do ciclo da cultura, ou combinação destes usos; b) mais de 75% da área elegível estiver sujeita a compromissos agroambientais; c) EM pode decidir isenção nas freguesias localizadas em zona de montanha ou outras zonas desfavorecidas, desde que mais de 50% da área da freguesia seja florestal e rácio de superfície florestal face à superfície agrícola seja superior a 3:1. 10 Principais aspetos do compromisso CMA: Pagamentos Diretos 4 • Ajudas Ligadas • Aumento das percentagens de pagamentos ligados – PT pode implementar Ajudas ligadas até 12% do envelope de PD, não sujeito a aprovação da COM; • Emenda do PE permite aumentar o valor acima referido para 15% (em discussão no âmbito das reuniões do trílogo que se iniciam no mês de abril); • Derrogação permite que PT, caso pretenda, possa implementar Ajudas ligadas em valor superior a 12% do envelope de PD, sujeito a aprovação por parte da COM. 11 5 • Principais aspetos do compromisso CMA: OCM Única Melhoria da regulação da cadeia agroalimentar: reforço da posição negocial da produção, disposições específicas para OP e OIP • Regras comuns para o reconhecimento • Extensão de regras e contribuições financeiras de não membros • Práticas concertadas • Particularmente importante para o sector do Arroz nacional: sector com maior nível de concentração da oferta em Portugal com 42,2% da produção comercializada através de OP e com OIP reconhecida (CASA DO ARROZ) 12 Principais aspetos do compromisso CMA: FEADER – Apoio ao Regadio Elegibilidade do Regadio (I) • Evolução positiva ao nível do Conselho, no entanto resultado complexo: • Condições de base : • Existência de PGRH notificado a COM de acordo com DQA para a área onde o investimento será implementado, bem como em quaisquer outras áreas onde possam ocorrer repercussão ambientais; • Existência ou compromisso do investimento ter equipamentos de medição do volume de água utlizada; • Condições adicionais – melhoria de regadios existentes (exceção de inv. em eficiência energética, reservatórios, ou de uso de água reciclada): • Demonstrem poupança potencial de água entre 10% e 25%; • Se massa de água subterrânea ou superficial for classificada em estado menos que bom por razões quantitativas o investimento terá que se traduzir numa redução efetiva no consumo de água de 50% do potencial de poupança; 13 Principais aspetos do compromisso CMA: FEADER – Apoio ao Regadio Elegibilidade do Regadio (II) • Condições adicionais – novos regadios elegíveis se investimento: • Se investimento não representar aumento liquido da área regada numa massa de água • Se investimento representar aumento liquido da área regada numa massa de água: • em estado não inferior a bom por razões quantitativas, uma análise ambiental substancial for favorável; • em estado inferior a bom por razões quantitativas: • desde que associado a outro investimento de melhoria, e que no conjunto permita poupança potencial de água entre 10% e 25%, e investimento em conjunto permita poupança efetiva de 50% da poupança potencial, tendo análise ambiental substancial favorável; ou • O investimento utilizar água de reservatório aprovado antes de 1 janeiro de 2013, identificado no PGRH, e tenha limite máx. de utilização e caudal mínimo em vigor à data de 1 de janeiro de 2013. 14 Principais aspetos do compromisso CMA: FEADER – Apoio ao Regadio Elegibilidade do Regadio (III) Posição PT – Portugal tem reservas sobre proposta da PRES devido: • complexidade da mesma e pelo princípio de querer implementar a política comunitária da água através do apoio ao Desenvolvimento Rural; • exigência desproporcionada quanto a análises ambientais substanciais, devendo ser revista no sentido de melhor adequação à dimensão dos investimentos. (AIA, análise substancial, licenciamento de utilização de recursos hídricos). Posição PE – Portugal pode concordar com emenda n.º 90 do PE relativa ao artigo 46.º (3) que clarifica que o apoio abrange os novos investimentos, incluindo a modernização de sistemas existentes com o objetivo de melhorar a eficiência de utilização da água e da energia. Estes investimentos só serão elegíveis se cumprirem com os objetivos ambientais dos programas de medidas, no caso de os PGRH estarem implementados ao abrigo da DQA. 15 7 Elementos em aberto nas negociações – trílogos com PE Harmonização nível cofinanciamento entre a Política Coesão e o Desenvolvimento Rural Consolidação da repartição do envelope Desenvolvimento Rural por EM Apoio ao desenvolvimento irrigação como contributo para adaptação às alterações climáticas (elegibilidade FEDER e Fundo Coesão) No âmbito Reg. FEADER: • Apoio à criação de Agrupamentos de Produtores – artigo 28.º • Greening enquanto base-line das medidas agroambientais-clima – artigo 29.º 16 8 Objetivos da programação Desenvolvimento Rural e organização dos trabalhos ESTRATÉGIA 2014-2020 VISÃO ESTRATÉGICA A autossuficiência do sector agroalimentar, em valor, em 2020 promovendo a sustentabilidade de todo o território nacional. Desenvolver a produção agrícola e florestal sustentável em todo o território nacional Aumentar a concentração da produção e da oferta Criação e distribuição de valor equitativa ao longo da cadeia de valor do sector agroalimentar SIMPLIFICAÇÃO Procurar reduzir medidas e simplificar processos COMPETITIVIDADE Privilegiar as opções produtivas da iniciativa privada com vista a criação de valor acrescentado ORG. ESTRUTURAL Promover aumento da dimensão e abrangência das Organizações de produtores e estruturas de concertação ao longo da cadeia alimentar SUSTENTABILIDADE Promover boas práticas e utilização sustentável dos recursos Naturais e valorização do Território Rural 17 Níveis dos grupos de trabalho: Núcleo de programação alargado Formulação da Programação AG ProDer INIAV ICNF GPP Núcleo Orgânico de Programação Grupo de reflexão GPP Conselho de Coordenação Estratégica DGADR Grupo de Peritos Gabinetes MAMAOT IFAP IVV Parceiros Auscultação Orientações 18 Grupos de Trabalho de Programação das medidas do PDR 2014-2020 Áreas temáticas Entidades externas ao GPP Inovação INIAV, ICNF e DGADR Cooperação INIAV, ICNF e DGADR Investimento (Expl. agrícolas, transf. e comercialização, infraestruturas, jovens agricultores) Gestão do risco Floresta DGADR IVV e IFAP ICNF Organização da produção ICNF e DGADR Transferência de conhecimentos, Serviços de Aconselhamento, Gestão e Substituição INIAV e DGADR Medidas de carácter ambiental DGADR e ICNF IFAP AGPRODER Zona desfavorecidas Rede Rural DGADR LEADER DGADR Fichas de programação elaboradas 19