Ponto de situação das negociações A aprovação do quadro financeiro plurianual e do pacote regulamentar relativo à política de coesão para 2014-2020 está na lista de prioridades da UE para o próximo ano. O grande objetivo é permitir que estes projetos regulamentares possam ser adotados ainda no primeiro semestre de 2013, de forma a que os EM consigam preparar e adequar os respetivos quadros jurídicos nacionais a tempo do início previsto para a execução dos PO (janeiro 2014). A missão não vai ser fácil. Embora estejamos já numa fase bastante avançada das negociações do pacote coesão – Parlamento Europeu e Conselho já conseguiram chegar a uma posição comum relativamente a alguns aspetos dos Regulamentos – a negociação do quadro financeiro plurianual, que define as dotações financeiras para cada uma das políticas da UE (aqui se incluindo a política de coesão), tem sido marcada por uma profunda divisão no Conselho entre dois grupos de EM: os chamados “Grandes contribuintes”, que defendem a redução dos valores propostos pela Comissão, e os “Amigos da coesão” (onde se inclui Portugal) que defendem o reforço, ou pelo menos a manutenção, da dotação proposta para a política de coesão. Resta-nos esperar que esta divisão, que esteve na origem do fracasso do último Conselho Europeu de 22 e 23 de novembro, possa ser ultrapassada no início do próximo ano, de preferência, com resultados favoráveis para a defesa e reforço da política de coesão. Apesar das negociações ao nível europeu ainda estarem marcadas por algumas incertezas, no plano nacional, a preparação do próximo período de programação foi definida como uma das grandes prioridades do Governo para os próximos meses. Com efeito, após ter sido divulgada a posição da Comissão sobre o acordo de parceria e PO em Portugal para 2014-2020 (position paper), foram constituídos dois grupos de trabalho, no âmbito do Ministério da Economia e Emprego, com vista a impulsionar os trabalhos de preparação, e negociação com a Comissão, dos documentos estratégicos nacionais (Despacho do MEE n.º 13872/2012). O IGFSE é um dos organismos representados nestes grupos de trabalho, assumindo-se como um ator chave na definição do futuro quadro de intervenção do FSE. Para mais informação sobre os trabalhos de preparação do quadro nacional de intervenção dos fundos QEC consulte: Resolução do Conselho de Ministros n.º 98/2012, de 26 de novembro Despacho do MEE n.º 13872/2012 Texto elaborado pelo Grupo de Trabalho “Futuro do FSE” Dezembro 2012