AULA 15 INTRODUÇÃO À ROBÓTICA DINÂMICA Trajetória de Força do Elemento Terminal Trajetória de Posição do Elemento Terminal Posição Força Jacobiano Inverso Tempo Jacobiano Torques de Juntas n Dinâmica Direta Movimento de Juntas Cinemática Direta Tempo n, n, n Dinâmica Inversa Cinemática Inversa Dinâmica Direta: Torques de juntas Posições, veloc. e acel. de juntas ou do elemento terminal Dinâmica Inversa: Posições, veloc. e acel. de juntas ou do elemento terminal Torques de juntas As leis básicas da dinâmica podem ser formuladas a partir de seus princípios fundamentais de várias formas diferentes onde se incluem: Leis de Newton com o conceito de trabalhos virtuais Equações de Lagrange Equações de Hamilton Princípio de D’ Alambert Todas essas formulações são equivalentes e podem ser derivadas das leis de Newton e do principio dos Trabalhos Virtuais. Em robótica, as duas formulações mais comuns são: Equações de Newton-Euler Equações de Lagrange As formas mais comuns de resolver essas equações em robótica são: iterativa, forma fechada e recursiva. Iterativa: solução numérica, pode ser demorada. Forma fechada: expressões analíticas, explícitas e rápidas. Recursiva: Equações sofrem interações, mas as soluções de forma fechada tem duplicação de cálculos. As formulações de Lagrange ou Euler são equivalentes. O primeiro tipo lida com energia e é razoável dizer que a formulação de Lagrange é superior para obtenção de equações de forma fechada que descrevam a evolução no tempo das coordenadas generalizadas do que a formulação de Euler (q(t) <=> (t)). Entretanto, a última pode ser superior se necessitarmos saber que forças generalizadas precisam ser aplicadas para produzir uma evolução particular no tempo das coordenadas generalizadas, ou seja, saber apenas que função (t) produz uma trajetória particular q(t), não sendo necessário o conhecimento da relação funcional geral entre as duas. Entretanto, se alguém estiver interessado em estudar fenômenos mais avançados, como deformações elásticas dos elos, então a formulação de Lagrange é claramente superior. PRINCIPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS Equação de D’Alambert Esta equação foi derivada de deslocamentos infinitesimais, mas é válida para deslocamentos de qualquer magnitude. Fisicamente, pode-se dizer que a aceleração de um corpo gera uma força de inércia que pode ser somada com todas as outras forças agindo no corpo para que se obtenha uma única força resultante. PRINCÍPIOS DA MECÂNICA NEWTONIANA QUE SE APLICAM À FORMULAÇÃO DE NEWTON-EULER SÃO: 1. Toda ação tem uma reação igual e oposta. Portanto, se corpo 1 aplica uma força f e torque ao corpo 2, então o corpo 2 aplica uma força de - e um torque de - ao corpo 1. 2. A taxa de variação da quantidade de movimento linear, P, iguala a força resultante aplicada ao corpo. 3. A taxa de variação da quantidade de movimento angular, L, iguala o torque resultante aplicado ao corpo. FORMULAÇÃO DE NEWTON-EULER força aplicada ao elo n torque em torno do centroide do elo n Efeito giroscópico Que sai de (na junta) = P = quantidade de movimento linear (no centroide) + ; Lc L = quantidade de movimento angular Tomando como referencia um sistema rigidamente conectado ao elo, então, Efeito giroscópico O primeiro termo é o torque inicial resultante da aceleração angular. O segundo é o torque giroscópico resultante de variações no tensor de inércia à medida que a orientação do elo varia. O tensor cI para o centróide é usado para equilibrar os torques em torno do centróide. Do equilíbrio, ( =0 ) (quando as forças são equilibradas) ( =0 ) (quando os torques são equilibrados) , onde Rcn,n é a distância da origem do sistema n ao centróide do elo n como visto do sistema de referência. Como no caso estático, a força e o torque resultantes são nulos quando as forças e torques no elo estão equilibrados. Por exemplo, um robô se movendo no espaço livre tem equilíbrio de torques quando o torque do atuador se iguala aos torques de inércia de gravidade. Se uma força externa ou torque for aplicado à garra do robô, torques adicionais no atuador são necessários para manter o equilíbrio. No caso de uma junta rotativa, a componente de torque no eixo z na junta é o torque que o atuador tem de suprir, e no caso de juntas de translação, a força no eixo z tem que ser suprida pelo atuador. FORMULAÇÃO DE LAGRANGE Na formulação de Newton-Euler, equações dinâmicas são derivadas em função de forças e movimentos. As forças de vínculos foram eliminadas através do uso do principio dos trabalhos virtuais e o efeito da aceleração como uma força de inércia foi descrito com a equação de D’ Alambert. A equação resultante do equilíbrio de torques pode ser ainda manipulada para se obter uma equação de forma fechada para o torque do atuador. A formulação de Lagrange descreve o comportamento dinâmico de um robô em termos do trabalho realizado ou energia armazenada pelo sistema. O robô é tratado como uma caixa preta que tem equilíbrio de energia. As forças de vínculo são eliminadas durante a formulação das equações. Como na dinâmica de Newton-Euler, as equações na forma fechada podem ser derivadas em qualquer sistema de coordenadas. A derivação da equação de Lagrange não será demonstrada aqui. Em robótica as n coordenadas generalizadas independentes q1, …, qn são as coordenadas de juntas, uma vez que elas representam completamente a dinâmica de um robô. L = Lagrangeano , K = energia cinética ,U = energia potencial Usando o Lagrangeano, as n equações de movimento acopladas, nãolineares, que descrevem a dinâmica de um robô de n elos são (equação de D’Alambert + derivações): , onde n = 1 …. nº. de elos e Fn = força generalizada correspondente à coordenada qn . A força generalizada age no elo n na direção do movimento possível do elo, e é uma quantidade escalar. É composta de um vetor de torque, no caso de uma junta de revolução, ou um vetor de força, no caso de uma junta prismática, forças gravitacionais, e outras forças não-lineares em razão de zonas mortas e histerese. Como a energia potencial é dependente apenas de posição, então (preferível referência no elo, no C. G., uma vez que é necessário transformar a inércia I) ωn e In → mesma referência , onde g é um vetor gravidade 3 x 1 , e 0cn é o vetor posição da origem do sistema de referência ao centróide do elo n, representado no sistema de referência. A energia potencial de um manipulador é Então a contribuição da energia potencial à dinâmica Lagrangeana é EXEMPLOS DE APLICAÇÃO No manipulador do tipo 1 de 2 elos, formular sua dinâmica utilizando Newton-Euler e o Lagrangeano. 1) Newton-Euler Logo, (1) (2) (3) (4) Mas no sistema x-y De (1) De (2) 0 De (1) e (2) De (1) Sabe-se que De (3) De (4) 0 De (3) e (4) → 2) Lagrangeano 2.a) Energia Cinética 2.b) Energia Potencial 2.c) Formulação do Lagrangeano Substituindo no Lagrangeano