REFLEXÕES SOBRE O ESPAÇO URBANO E A INFLUÊNCIA
ESTÉTICA SOBRE OS INDIVÍDUOS – UMA PROPOSIÇÃO PARA O
ENSINO DA ARTE
Cristiane Herres Terraza1
O presente trabalho propõe reflexões acerca da estética urbana e de como sua percepção
pelo indivíduo reverbera-se em modos de apreensão, significação e elaboração de ações
que constituem sua forma peculiar e coletiva de viver a(s) cidade(s). Tomando como
fundamentos princípios e conceitos propostos por alguns autores como Bourriaud
(2009) e de artistas como Joseph Beuys, esta reflexão desdobra-se na execução de uma
proposição pedagógica para o ensino da arte que intenta a abertura de percepções para
as imagens criadas pelo espaço urbano e como estas imagens refletem pensamentos e
valores. Assim, objetiva refletir sobre a relação estético-política na constituição dos
espaços urbanos e como esta influencia no entendimento do mundo pelo indivíduo.
Palavras chave: espaço urbano, estética, escultura social.
This paper explores ideas about the urban aesthetic and how its perception by individual
reverberates in modes of apprehension, significance and development of actions that
constitute its peculiar and collective form of living in the city. Taking as fundamental
principles and concepts proposed by some authors as Bourriaud (2009) and artists as
Joseph Beuys, this reflection unfolded in effecting a pedagogical proposal for art
teaching which brings the opening of perceptions to the images created by urban space
and how these images reflect thoughts and values . Thus, reflects on the aestheticpolitical relation in the constitution of urban spaces and how this influences in the
understanding of the world by the individual.
Keywords: urban space, aesthetic, and social sculpture.
Introdução
Este estudo foi motivado pela realização de dois trabalhos desenvolvidos no
âmbito do ensino da arte, tendo a pesquisa como elemento norteador de aprendizagem
significativa. O primeiro deles envolveu alunos do Ensino Médio da Educação Básica
de uma escola privada de Brasília (Plano Piloto) e versou sobre a relação entre a estética
urbana da cidade e a obra metafísica de Giorgio de Chirico. O segundo foi desenvolvido
numa
escola
federal
na
periferia
de
Brasília
(Samambaia),
com
alunos
1
Professora do Instituto Federal de Brasília. Mestre e doutora em Arte pelo PPG-Arte/UnB, sob
orientação da Profª Drª Maria Beatriz de Medeiros. Pesquisadora em Artes Visuais com grupo de
pesquisa multidisciplinar na instituição que atua.
jovens/adultos/trabalhadores, no ensino técnico e profissional em um curso de
edificações, e trabalhou com os conceitos de representação, desenvolvendo reflexões
sobre as questões simbólicas e sociológicas da constituição estética dos espaços
urbanos.
A pesquisa em arte se abre para pensar as relações estéticas cotidianas dos
indivíduos com os lugares construídos na coletividade, seja pela ocupação desregrada,
seja pelo poder constituído econômica e politicamente. Neste viés, esta proposição de
trabalho considera os apontamentos de Zamboni (2006, p. 22) ao afirmar que “[...] é
necessário entender que a arte não é apenas conhecimento por si só, mas também pode
constituir-se num importante veículo para outros tipos de conhecimento humano, já que
extraímos dela uma compreensão da experiência humana e dos seus valores.”
Deste modo, este estudo se estabelece na necessidade de um olhar complexo e
multidisciplinar para investigar a estética urbana e a relação dialética que implica, por
um lado, na constituição de espaços e lugares e, por outro, na conformação das ações
coletivas e peculiares do indivíduo a partir de sua percepção e da experiência da cidade.
O problema investigado é, portanto, em que medida a afirmação desta relação se
evidencia e como atinge o indivíduo, inclusive no aspecto sociopolítico.
1. Referencial teórico
Sabe-se que a experiência sensível faz parte do processo de aquisição de
memória e que este, por sua vez, liga-se às relações de conhecimento, de compreensão e
de identidade do ser. Assim, a singularidade do indivíduo se relaciona com as dobras de
sentido empreendidas a partir de sua percepção do mundo.
O ser humano é um ser estético, que constrói significâncias por meio das
interações. A experiência estética requer disponibilidades. Disponibilidade do olhar, do
sentir, do engendrar significações, do maturar e do contestar. Esta experiência necessita
estabelecer conexões de sentido, de identidade, de alteridade. Porém a disponibilidade
dos sujeitos está embotada por uma gama de procedimentos e discursos generalizantes.
Nomeia-se, por meio do constituído como ordem (o Estado, a produção, a globalização,
o lucro), o que é belo, o que é certo, o que é sucesso, o que é desejo, o que é arte. O que
aqui chamamos de ordem também condiciona o sujeito nas suas percepções e
construções de sentido; “pasteuriza-o” por uma sequência de ações, prescrições,
gerências, padrões.
Essa submissão do sujeito a uma prescrição pré-ordenada e generalizante, pode
ser considerada como iniquidade, ou seja, um movimento, uma lógica de desvalorização
daquilo que está na contramão do hegemônico, da invisibilidade de saberes outros que
não os acadêmicos e/ou eruditos, da impossibilidade de conformação de outros arranjos
se não o determinado pelo mundo produtivo, entre outras coisas. Em muitos casos, a
iniquidade pode ser considerada como base de um sistema que cria distanciamentos e
compromete a construção de autonomia do individuo em relação às suas ações no
espaço social. “Desaprender a iniquidade é mudar radicalmente de perspectiva. [...] Para
desaprender a iniquidade, é preciso aprender a vê-la: onde e como se manifesta”
(SOLAR, 2001, p. 115).
Sabe-se que os espaços urbanos nas grandes cidades são (des)ordenados
considerando aspectos de exclusão, regidos pelo sistema econômico. Esta questão não
se apresenta como novidade. O que aqui se coloca é como a percepção dos elementos
que formam estes espaços pode conduzir a uma emancipação do planejado inicialmente
e em que medida esta emancipação pode gerar a conformação de uma coletividade que
agirá segundo seus próprios parâmetros de necessidade.
Neste sentido, a emancipação viria pela experiência de entendimento dos
processos de construção e estabelecimentos dos espaços. Mais ainda, viria da
necessidade de entendimento da composição social dada naquele espaço e de como
ações individuais e coletivas podem estabelecer maneiras próprias de criação de lugar:
“lugar se refere a uma noção específica do espaço: trata-se de um espaço particular,
familiar, responsável pela construção de nossas raízes e nossas referências no mundo”
(CANTON, 2009, p. 15)
O que se presencia nos espaços periféricos das grandes cidades é uma
desarticulação do sujeito com o lugar, causada muitas vezes pela perspectiva de
aguardar o poder público (que nunca vem na mesma medida dos espaços ocupados por
classes sociais mais bem economicamente posicionadas), pela violência que ocupa as
ruas e pela falta de ocupação coletiva e identitária dos espaços públicos.
Existe, porém, uma série de engendramentos que, à forma da gambiarra, acabam
por corroer uma ordem predeterminada e criam nossas formas de ação e significado.
Além disso, pelo conceito de escultura social2 do artista Joseph Beuys, empreende-se o
2
Sobre o conceito de escultura social ver ROSENTHAL, Dália. Joseph Beuys: o elemento material
como agente social. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167853202011000200008> Acesso em: 02 jan. 2013.
esforço da inventividade, uma vez que possibilita à criação vinculada à vida,
abrangendo instâncias psicológica, politica, cultural, educacional, social, cultivando a
valorização do pensamento e da liberdade no pensar. Para Beuys, todos podem ser
artistas no sentido de pensar e gerar significâncias e conceitos, fundados na vida, na
existência, na liberdade, nas relações cuidadosas do ser com seus pares e com a
natureza. (TERRAZA, 2013, p. 78)
Assim, as construções relacionadas a esta liberdade constituem-se modos de vida
próprios, emancipados e se colocam como alternativa, desvios das elaborações
padronizadas pelos sistemas. Resta saber, sem pretender o desfoque da reflexão inicial,
o quanto destes desvios dos sistemas ordinários será cooptado para gerar novas formas
de sujeição a uma realidade hegemonicamente estabelecida.
A percepção da cidade e de sua construção estética também compõe os estudos
atuais da cultura visual, importante discussão que pode acontecer no componente
curricular arte, mas que, acredita-se, é complexamente abordada no entrecruzamento
com outros saberes – o filosófico, o geográfico, o histórico, o sociológico, o técnico em
suas diversas especificidades.
Constituindo as reflexões sobre ao espaço urbano, emprega-se a teoria de Argan
(2005) que relaciona arquitetura, cultura e construção artística e discute os princípios
sob os quais os objetos estéticos compõem uma espécie de lugar – “a cidade é o produto
de toda uma história que se cristaliza e manifesta” (ARGAN, 2005, p. 244).
Trata-se aqui de refletir sobre dois aspectos: Um que diz respeito às percepções e
que interfere na vivência de sensações e experimentações de sinestesia considerando os
estímulos do ambiente sobre o corpo do indivíduo. Este aspecto é também responsável
pelos humores e disposições, uma vez que atua na sua corporeidade, no que se refere à
reações, impulsos e intuições. Assim, sensações provocadas na relação do corpo com os
estímulos de qualquer ordem vindos do ambiente podem possibilitar ao indivíduo
agregações de sentido que desenvolvem processos superiores de pensamento, de
laboração da memória. Por este viés, destaca-se a importância das vivências perceptivas
conscientes como “experiências de impacto do mundo em nossos corpos, e nossas ações
intencionais conscientes” (SEARLE, 1998, p.200) também como uma ação que
promoverá certo impacto do sujeito sobre o mundo.
O segundo aspecto a ser abordado é aquele que trata da formação estética urbana
contemporânea, composta, conforme exposto por Argan, de uma cristalização dos
princípios que regem determinada sociedade em uma época específica. Esta
cristalização não se apresenta de forma definitiva, mas envolve um processo dinâmico
de recomposição, segundo as necessidades e conformações atualizadas em novos
empreendimentos e elaborações de espaços e lugares.
Tal estética produz-se de forma relacional com os sujeitos envolvidos em sua
composição e existência, uma vez que os lugares constituídos abrigam as ações e
necessidades cotidianas dos indivíduos que ali consistem seus modos de vida.
Estabelece-se, portanto, esta estética no estatuto da intersubjetividade, considerando
todos os fatores característicos de determinado lugar, constituído nas relações políticas,
econômicas e culturais atuais.
[...] assim, as reuniões, os encontros, as manifestações, os diferentes tipos de
colaboração entre pessoas, os jogos, as festas, os locais de convívio, em
suma, todos os modos de contato e de invenção de relações representam hoje
objetos estéticos passíveis de análise enquanto tais. (BOURRIAUD, 2009a,
p. 40)
Outros autores como Rossi (2001) e Corrêa (2006) contribuem para o
pensamento da cidade como criação indissociável do estado civil nas suas relações de
trabalho, bem como das articulações entre valores culturais peculiares e cultura
hiperindustrial3 globalizada. Assim, ao pensar a cidade e sua estética, são implicados os
valores que norteiam a construção de espaços e a significação dos mesmos,
considerando como a sociedade se organiza a partir das relações de produção,
formalizando estratificações e modos de operar.
Esses modos de operar cristalizam formas que respondem por um lado à
ausência de eficácia do poder público no atendimento às necessidades de moradia, lazer,
trabalho e locomoção (pilares básicos do urbanismo moderno). De outro lado elencamse aspectos que vão desde a inventividade para suprir demandas do cotidiano, passando
por insuficiência de recursos e conhecimentos técnicos adequados, perda de identidade
cultural pela hegemonia da estética lançada comercialmente e, principalmente na mídia,
até resultar em uma formação de gosto que aqui não se pretende distinguir por juízo de
valor, muito menos categorizar em baixa ou alta cultura.
2. Metodologia
Para o desenvolvimento do estudo considera-se como estratégia metodológica a
ABER - arts-based educational research4. Assim, segue-se o princípio de que algumas
3
4
Termo cunhado por Stiegler (2007) Pesquisa educacional baseada em arte – livre tradução
questões a serem trabalhadas surgirão em um primeiro momento de desenvolvimento, a
saber, o trabalho pedagógico de pesquisa/ação realizado com alunos. Esse modo de se
empreender a pesquisa oferece a oportunidade de estabelecer relação com o objeto de
estudo de modo complexo e dinâmico:
Por meio de formas criativas, elas [as novas formas de se fazer pesquisa]
estabeleceram oportunidades de ver, experimentar o ordinário, aprender a
compreender as novas e diferentes maneiras de se fazer pesquisa em artes
[...]. Os pesquisadores [...] exploram modos criativos de representação que
reflitam a riqueza e a complexidade das amostras e dados de pesquisa,
promovendo múltiplos níveis de envolvimento, que são, simultaneamente,
cognitivos e emocionais. (DIAS, 2013, p. 23)
Dias (2013) assinala também a respeito da pesquisa em arte que a a/r/tografia5,
uma das práticas do ABER que será norteadora deste trabalho, ao proporcionar uma
relação criativa com o objeto de investigação, abrange não só aspectos cognitivos e
conceituais, mas também sensíveis, afectivos, imaginativos e visuais. Assim, este modo
de pesquisa compreende as reflexões e conclusões − mesmo que provisórias − e as
narrativas visuais construídas ao longo do processo de pesquisa.
Este estudo firma-se numa construção reflexiva que aponte para a complexidade,
adotando como princípio a necessidade da experiência singular frente ao objeto a ser
fruído esteticamente, conforme aponta Stiegler (2007, p. 19): “Nada é mais urgente de
que inquietar as certezas” (grifo do autor). A partir dessa asseveração, depreende-se que
mesmo existindo uma hipótese inicial sobre as percepções − e as elaborações delas
advindas − que podem surgir sobre o espaço urbano, as questões serão apontadas mais
concretamente durante o processo de investigação.
A proposição pedagógica que vem sendo efetuada e que resulta na construção
deste estudo visa proporcionar aos indivíduos nela envolvidos um processo de
apercepção, termo cunhado por Martin Heidegger (1987, p.156), das realidades por eles
vivenciadas. Aperceber-se de um objeto ou fenômeno exige do indivíduo mais que o
entendimento daquilo que se apreende; demanda um reconhecimento da relação do
objeto/fenômeno consigo e, derivado disto, o entendimento de si. Assim, busca-se uma
ação de ampliação da consciência de seus próprios estados internos e representações,
por meio de uma provocação das percepções, visando evitar o condicionamento das
5
“A/R/T é uma metáfora para Artist (artista), Researcher (pesquisador), Teacher (professor) e graph
(grafia, escrita, representação). Na a/r/tografia saber, fazer e realizar se fundem.” (DIAS, 2013, p.25) mesmas, bem como a construção de significâncias advindas da relação dos indivíduos
com o espaço construído, tornado lugar.
Porém, para desconstruir as bases perceptivas condicionadas, bem como elaborar
uma compreensão leitora de imagens, mesmo aquelas que se formam a partir da
elaboração visual cotidiana de cada indivíduo, é indispensável empreender estudos e
práticas sobre literacia visual contemporânea. Assim, a proposição de reflexão sobre
uma estética modular, relacional, contextual e de pós-produção que caracteriza a
atualidade será desenvolvida considerando as visitas de campo ao espaço urbano, bem
como pela fruição de obras como as de Fargas (2012), Dias (2010) e Guggisberg (2006)
entre outros.
Figura 1: FARGAS, Joaquín. Princípio Estocástico: Espaço/Tempo/Probabilidade, 2012.
Fonte: <www.arsomnibus.com/web/muestras/inauguran/fecha:2012-11-15/page:1>
Figura 2: DIAS, Karina. Souvenirs, 2011.
Fonte: <www.pipa.org.br/pag/artistas/karina-dias/>
Figura 3: GUGGISBERG, Sônia. Bolhas Urbanas, 2006.
Fonte: <www.canalcontemporaneo.art.br/portfolio_obra_B >
Esta proposição de fruição desenvolve-se na perspectiva de que a apreciação
artística e estética está imbuída de uma construção sociológica, redefinindo papeis e
questões do campo arte. Considera-se, portanto, que um dos usos sociais da arte
expressa no território da arte educação é a abertura das percepções para a desconstrução
de certezas hegemônicas e criação de possibilidades de singularidades. Assim, se “a arte
e sua utilização são utilizadas como capital simbólico na arena (ou champ) de status”
(ZOLBERG, 2006, p. 234) o trabalho de desenvolvimento das percepções
contextualizado nas questões cotidianas pode implicar na criação dessas singularidades.
3. Considerações finais
O ensino da arte nesse contexto de investigação das realidades e integração com
o aprendizado técnico e teórico, se firma como possibilidade de construção crítica. Essa
construção se realiza no estabelecimento de relação entre valores éticos e políticos e
valores estéticos, empreendida na aproximação aos objetos artísticos e consequentes
reflexões sócio históricas, sociológicas e filosóficas. Entendendo a transcomplexidade6 entre ser pesquisador da arte e ser educador
em arte, este trabalho, fundado na metodologia da a/r/tografia, considera o que ressalta
Irwin (2013, p. 29):
6
Termo cunhado pela profª Akiko Santos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a partir dos
conceitos de Transdisciplinaridade de Basarab Nicolescu (O Manifesto da Transdisciplinaridade. Trad.
A/r/tógrafos preferem pensar sobre as práticas de artistas e de educadores
como ocasiões para produção de conhecimento. [...] Artistas se envolvem em
investigações artísticas que os auxiliam a explorar questões, temas ou ideias
que inspiram suas curiosidades e sensibilidades estéticas. Já educadores se
envolvem em investigações educacionais que os ajudam a estudar assuntos,
tópicos e conceitos que influem em suas aprendizagens, assim como
maneiras de aprender a aprender.
Desta forma, os resultados buscados nesta investigação conjunta à prática
pedagógica é a contribuição sobre os procedimentos de recepção e apreensão da estética
contemporânea, que deve se realizar de modo relacional, implicando nas ações e
comportamentos dos indivíduos por ela envolvidos. Acredita-se que esta investigação
propicia ampliação de reflexões que abordem tais aspectos, considerando que estará
assentada numa observação de prática realizada junto aos alunos que pouco entendem
de apreciação estética singular e contextualizada. Conforme pontua Stiegler (2007, p.
54):
Os especialistas não me interessam, o que me interessa é o olho nu, e não
simplesmente aquele da criança. [...] Esses olhos nus e essas orelhas nuas não
veem e não ouvem a arte contemporânea. Fazer de forma que a experiência
do sensível seja possível para aqueles que o marketing condiciona
esteticamente torna-se uma prioridade e uma responsabilidade.
Considera-se, igualmente, como resultado esperado deste trabalho investigativo
e pedagógico a produção de um aporte teórico que componha as reflexões sobre o papel
do ensino formal da arte, bem como da necessidade da literacia visual aplicada ao
espaço urbano cotidiano.
Referências
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Fontes, 2005.
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Lúcia Pereira de Souza. São Paulo: TRIOM, 1999) e de Complexidade de Edgar Morin (Introdução ao
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DIAS, Belidson. Preliminares: A/r/tografia como Metodologia e Pedagogia em Artes.
In: DIAS, Belidson e IRWIN, Rita. Pesquisa educacional Baseada em Arte:
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SEARLE, John. O mistério da consciência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p.200.
SOLAR, Claudie. Da ruptura à transformação: o caso da iniquidade. In: DANIS,
Claudia e SOLAR, Claudie. Aprendizagem e desenvolvimento de adultos. Portugal:
Instituto Piaget, 2001. P. 115-153.
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Stiegler: reflexões (não) contemporâneas. Chapecó: Argus, 2007.
TERRAZA, Cristiane H. O conceitualismo e a arte tecnológica: Um estudo sobre a
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Brasília,
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2013.
Disponível
em:
<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/14099/1/2013_CristianeHerresTerraza.pdf>
Acesso em: 30 nov. 2013.
ZAMBONI, S. A Pesquisa em Arte: um paralelo entre Arte e Ciência (2ª ed).
Campinas, SP: Autores Associados, 2001, p. 20.
ZOLBERG, Vera L. Para uma sociologia das artes. São Paulo: Senac São Paulo,
2006.
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