INTEGRAÇÃO SÓCIOESPACIAL: DO VAZIO URBANO AO ESPAÇO PARA TODOS Aline Paula Gonzatti, Alexandre Maurício Matiello Professor Mestre em Sociologia Política, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNOCHAPECÓ [email protected] INTRODUÇÃO: O presente trabalho foi desenvolvido nas componentes curriculares Trabalho de Conclusão de Curso – Planejamento Urbano I e II. Trata-se de uma proposta de intervenção para o vazio urbano que separa e segrega o Bairro São Pedro/Bom Pastor conhecido pela precariedade sócioeconômica e estagnação histórica - do Bairro Maria Goretti - de classe média alta - ambos na região leste da malha urbana de Chapecó. OBJETIVO: Reverter a segregação sócioespacial, com um projeto urbano capaz de gerar qualidade de vida, que integre o bairro à cidade através de intervenções que privilegiem a geração de emprego e renda, a sociabilidade comunitária e o desenvolvimento econômico. METODOLOGIA: O desenvolvimento da proposta se baseia no Planejamento Estratégico Urbano, gerando projetos sinérgicos embasados em cases selecionados, agrupando os projetos por diretrizes temáticas. RESULTADOS: Entre os usos previstos no plano diretor para o vazio urbano estão a geração do desenvolvimento econômico, a habitação, as áreas verdes e os espaços públicos. A partir disto, foram desenvolvidas propostas com ocupação mais densificada de construções aproveitando o potencial construtivo permitido pelo plano, mas subvertendo a lógica tradicional da quadra com lotes privados. A forma gerada resulta em novas tipologias de ocupação, que vão desde o miolo da quadra como espaço público, associando moradia e comércio em tipologias unificadas, bem como a habitação de interesse social em “fita”, sem o limite físico do lote. Ambas conforma um padrão diferenciado de ocupação privada, mas não privatista do espaço. A partir desta concepção, os espaços públicos foram articulados em rede, compondo unidades com funções diversas, desde a proteção natural, passando pela criação de espaço cívico e comunitário. Estes espaços, por sua vez, articulam as novas funções urbanas do bairro, como a descentralização de serviços públicos (com a locação de órgãos da prefeitura), equipamentos esportivos (com destaque para um centro regional de formação em natação) e um edifício pórtico para o bairro, que abrigará incubadoras populares e um centro regional de comércio do cooperativismo popular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O grau de intervenção reflete uma visão prospectiva que parte das vantagens locacionais do Bairro para projetar seus novos usos, pois nos próximos vinte anos se espera que a expansão da cidade se direcione para a “franja” leste da malha urbana e desta forma, o bairro possa oferecer uma estrutura que possa se beneficiar da valorização, mantendo a população pelos vínculos com os espaços públicos e comunitários e pelo vínculo cooperativo. Palavras-chave: Projeto Urbano. Planejamento Estratégico. Vazio urbano