Trad&Arte Solar António Supico Escola Básica 2º e 3º Ciclos Serra da Gardunha - Fundão Fundão – Castelo Branco 12 9º e 10º O Clube Trad&Arte já tinha funcionado no ano lectivo anterior numa vertente de construção de brinquedos tradicionais com materiais originais e próprios da tradição, como madeiras, metais e tecidos obtidos a partir do aproveitamento das caixas da fruta e paletes, restos de arames e roupas velhas respectivamente. Porém, e depois de o professor responsável ter participado na acção de formação sobre a Escola da Energia no INETI em Lisboa, no ano lectivo anterior, este ano surgiu o Trad&Arte Solar, aliando a tradição do brinquedo tradicional à utilização da energia solar. O desafio de construir um carro solar com tantas regras e exigências, começou por ser difícil para os alunos que tinham aderido ao projecto. O tipo de material a utilizar, a potência necessária aos painéis, o número de painéis necessários, o design mais aerodinâmico e muitas outras coisas, preocupavam-nos. Por isso, começaram por pedir o apoio dos respectivos professores de Ciências da Natureza e Ciências Físico-Químicas que, conjuntamente com o professor responsável pelo clube dentro da área da Educação Visual e Tecnológica, pesquisaram e projectaram o modelo de carro solar que acabaram por construir. Para material, pensou-se em várias alternativas como a madeira de balsa ou de caixa de fruta. No entanto, o nosso objectivo de não perder de vista a forma tradicional de construir um brinquedo ao mesmo tempo que teria de ser um material leve, levou os alunos a escolher a placa de rofmade, uma esferovite mais dura utilizada em situações diversas no isolamento de paredes na construção civil . Além disso, poderia ser reaproveitado dos restos utilizados na construção civil. Depois do projecto feito, iniciaram-se as medições e o corte das várias peças, por fim a pintura e a colagem nos respectivos lugares. Escolheram-se as rodas, sempre com o reaproveitamento de resíduos. Experimentaram-se os painéis para melhor definir a voltagem necessária a um bom desempenho. Fizeram-se ajustes de última hora como, por exemplo, a cabine do condutor que teimava em “não ser segura”. No final, retocou-se a pintura para que o carro do passado ficasse bonito no futuro. Pesquisa: Janeiro Projecto com as medidas à escala: Fevereiro Relatório: Março Corte, pintura e colagem das peças: Março e Abril Recolha de materiais de desperdício junto de algumas empresas, para a construção do protótipo: Março Ensaio dos materiais fotovoltaicos: Março Aplicação de algumas técnicas na construção dos protótipos: medir, traçar, cortar, pintar, lixar e colagem, soldar e montagem das diversas peças do carro solar: Março e Abril Experimentação, acertos e retoques: início de Maio. Como um dos principais objectivos do projecto, foi a participação activa nas actividades desenvolvidas na preservação do meio ambiente, os custos dos materiais foram escassos. Com excepção da esferovite, que foi obtida nas obras de construção civil e as tintas, solda de estanho e cola de contacto compradas pela escola, todos os outros materiais, foram oriundos da campanha de recolha de electrodomésticos desenvolvida na nossa escola no presente ano lectivo, no âmbito do “Projecto Escola Electrão”. O nível de interesse e participação neste projecto foi grande. Todos os alunos que se inscreveram no Clube tinham forte apetência por trabalhar em diversos materiais e ferramentas. De referir que, uma boa parte deles, não obtém aproveitamento nas disciplinas teóricas mas conseguiram um bom rendimento no trabalho prático. Falando de comercialização, também esta questão foi apresentada pelos alunos participantes à semelhança dos “brinquedos tradicionais”. Este trabalho foi divulgado ao nível de toda a escola no âmbito do programa eco-escolas. Alguns dos alunos envolvidos neste projecto já tinham feito parte das equipas de anos anteriores. No respeitante à sua integração no currículo, alguns dos trabalhos foram e estão a ser desenvolvidos nas disciplinas de Físico Química e Educação Visual e Tecnológica.