Aniversário do Senge O Sindicato de Engenheiros completou 67 anos, no dia 25 de agosto, com novidades para os profissionais. A Ouvidoria do Sindicato e a Sala do Engenheiro já estão em funcionamento. Confira na página 3. ELEIÇÕES 2014 Hora de pensar e decidir sobre o futuro do país. Páginas 6, 7 e 8 10º CONSENGE NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Congresso traça metas para defesa da Engenharia Setor ganha nova estrutura para atender engenheiros A 10ª edição do Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge) foi realizada entre os dias 27 e 30 de agosto, em Búzios/RJ e deu origem à Carta do Rio de Janeiro. O documento traz um conjunto de propostas para o aprofundamento da democracia e para a renovação sindical. Veja nas páginas 4 e 5. Para melhor atender aos engenheiros e engenheiras, o Senge expandiu suas instalações e conta, agora, com um espaço exclusivo para o setor de Negociações Coletivas, em prédio localizado próximo à sede. Veja, na página 10, e confira um balanço das campanhas que estão em andamento, na página 11. 1 SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 OPINIÃO O futuro que desejamos RAUL OTÁVIO DA SILVA PEREIRA* As ruas, em junho de 2013, exigiram melhorias na saúde, educação, transporte, segurança moradia, etc. Se, por um lado, essas manifestações tiveram o dom de fazer despertar, de forma alvissareira, a cidadania de todos nós brasileiros – esquecida há muito tempo – por outro talvez tenham se perdido no vácuo da não explicitação objetiva daquilo que efetivamente se desejava naquele momento. Ou, pelo menos, o recado não foi entendido por quem deveria se apresentar para operacionalizá-lo. Em maior ou menor grau, com maior ou menor qualidade, apresentando intensidades distintas se compararmos municípios e estados, e independentemente de partidos, a preocupação dos atuais governantes com essas questões existe. O problema é que mesmo assim a insatisfação permanece, e muitos se perguntam a razão. Candidatos se apresentam para quase todos os níveis de governança e parlamentar (excetuam-se nesse ano somente as prefeituras e as câmaras municipais) buscando traduzir o recado que veio das grandes passeatas e movimentos. Bem poucos conseguem, infelizmente. A título de exemplo, poderíamos fazer um exercício de tentar interpretar o que significou “a rua” pedir melhor educação, por exemplo. Já está implícito no imaginário da população o conhecimento dos avanços registrados nas últimas décadas nesse setor – ProUni, Fies, escola integral, creches, tudo isso já faz parte do cotidiano do brasileiro. Perguntariam alguns: então o que se almeja quando se fala em melhoria na educação? Talvez pudéssemos responder apontando a necessidade de professores mais qualificados, interessados e bem remunerados, que estariam realmente preocupados com a educação de nossos jovens, e para os quais a preocupação com a sobrevivência em função dos salários irrisórios não existiria – aí sim poderíamos assistir ao retorno da carreira de magistério ao nível de sacerdócio, missão, vocação. Ou talvez a melhoria na educação que foi pedida pelas manifestações seja a possibilidade de se ter escolas – todas – equipadas com computadores, bem como equipamentos modernos que possibilitem a maior facilidade no ensino, dentro da enorme gama de possibilidades que a informática no século XXI nos proporciona. Seguindo a linha de raciocínio, talvez alguns candidatos se perguntem: “mas o que os brasileiros querem quando pedem melhores condições de habitação? Já não temos o “Minha Casa, Minha Vida”? O que se quer exatamente quando se fala em melhoria no transporte? São os viadutos, BRT’s, avenidas duplicadas, rodovias e linhas de metrô que foram e estão sendo construídos? E quanto à saúde? Já não bastam os hospitais construídos e em construção, médicos estrangeiros nos rincões do país, UMEI’s, UPA’s, etc? Não, nada disso basta. A evolução nesses setores, fato que ocorreu de forma inegável no país, principalmente após a SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto - CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail: [email protected] - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2013/2016 - DIRETORIA EXECUTIVA • Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira • 1º Vice-Presidente: Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga • 2º Vice-Presidente: José Flávio Gomes • Diretor 1º Tesoureiro: Antônio Carlos de Souza • Diretor 2º Tesoureiro: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho • Secretário Geral: Élder Gomes Dos Reis • Diretor 1º Secretário: Anivaldo Matias De Sousa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS • Diretor de Aposentados: Paulo Roberto Mandello • Diretor de Ciência e Tecnologia: Cynthia Franco Andrade • Diretor de Assuntos Comunitários: Josias Gomes Ribeiro Filho • Diretor de Imprensa: Mateus Faria Leal • Diretor Administrativo: Alírio Ferreira Mendes Júnior • Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo Cézar Duarte • Diretora da Saúde e Segurança do Trabalhador: Anildes Lopes Evangelista • Diretor de Relações Intersindicais: Rubens Martins Moreira • Diretor de Negociações: Antônio Azevedo • Diretor de Interiorização: Ricardo dos Santos Soares • Diretor Socioeconômico: Antônio Dias Vieira • Diretor de Promoções Culturais: José Marcius Carvalho Valle CONSELHO FISCAL • Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira • Éderson Bustamante • Virgílio Almeida Medeiros • Júlio César Lima • Gilmar Pereira Narciso DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA • Diretor Administrativo: Fernando José • Diretora Secretária: Vânia Barbosa Vieira • Diretora Tesoureira: Ilza Conceição Maurício • Diretores Regionais: Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu; Gilwayne Alves de Sousa Gomes; Sílvio Rogério Fernandes; Luiz Antônio Fazza; Liércio Feital Motta Junior; Francisco de Paula Lima Netto; Marcos Felicíssimo Beaklini Cavalcanti; Carlos Alberto de Oliveira Joppert; Eduardo Barbosa Monteiro de Castro; João Vieira de Queiroz Neto DI- 2 redemocratização, não é suficiente. Os brasileiros desejam mais. Os brasileiros desejam que esses setores busquem uma mudança de patamar que signifique não somente a existência precária desses serviços. Desejam medidas políticas e administrativas que contemplem um processo evolutivo naquilo que já existe. Os brasileiros desejam a excelência nos serviços. Desejam uma educação de primeiro mundo, que permita aos nossos jovens ombrear igualitariamente os jovens de outros países. Não basta também a existência de postos de saúde e hospitais; os brasileiros desejam que nesses locais existam médicos, enfermeiros e atendentes que os respeitem enquanto seres humanos e tornem a busca pela saúde mais digna – e não o calvário de hoje, representado pelas filas, senhas e que tais. Esse é o desafio dos candidatos. Qualquer um, qualquer partido, qualquer aspiração. Como se diz popularmente, “falar no ouvido o que as pessoas querem escutar”. Traduzir de forma simples e objetiva tudo aquilo que significa a melhoria, o avanço. Nada de palavras vazias jogadas ao vento – “vote em mim - vou lutar pela saúde, educação e segurança” – esse discurso insosso será descartado, certamente. Nesse sentido, cresce a obrigação de cada engenheiro. Enquanto formadores de opinião, podemos certamente buscar separar o joio do trigo, e escolher para os cargos que se apresentam no pleito de 2014, candidatos que realmente se comprometam com o avanço social dos brasileiros, um avanço que seja compatível com a grandeza do Brasil e também de seu povo. (*) Raul Otávio da Silva Pereira é engenheiro eletricista, presidente do Senge-MG e conselheiro federal no Confea. RETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE • Diretor Administrativo: Guilherme Augusto Guimarães Oliveira • Diretor Secretário: Jessé Joel de Lima • Diretor Tesoureiro: Melquíades Ferreira de Oliveira • Diretores Regionais: Holbert Caldeira; Renata Athayde Gomes; Pedro Bicalho Maia; Plínio Santos de Oliveira DIRETORIA REGIONAL SUL • Diretor Administrativo: Nelson Benedito Franco • Diretor Secretário: Fernando Barros Magalhães • Diretora Tesoureira: Fabiane Lourdes de Castro • Diretor Regional: Nélson Gonçalves Filho DIRETORIA REGIONAL TRIÂNGULO • Diretor Administrativo: Ismael Dias Figueiredo da Costa Cunha • Diretor Secretário: Pedrinho da Mata • Diretor Tesoureiro: Jean Marcus Ribeiro • Diretores Regionais: Francielle Oliveira Silva; Hélver Martins Gomes DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO • Diretor Administrativo: Antônio Germano Macedo • Diretor Secretário: Sergino Ventura Dos Santos Oliveira • Diretor Tesoureiro: Bruno Balarini Gonçalves DIRETORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES • Diretor Administrativo: Domingos Palmeira Neto • Diretor Secretário: Wilson Antônio Siqueira • Diretor Tesoureiro: Arnaldo Coutinho Brito DIRETORIA REGIONAL CENTRO • Diretor Administrativo: Alfredo Marques Diniz • Diretor Secretário: Wellington Vinícius Gomes da Costa • Diretores Regionais: Aline Almeida Guerra; Gilmar Côrtes Sálvio Santana; Marcelo Fernandes da Costa; Marcos Moura do Rosário; Epaminondas Bittencourt Neto; Marcelo de Camargos Pereira; Andrea Thereza Pádua Faria; Sávio Nunes Bonifácio; Waldyr Paulino Ribeiro Lima; Wanderley Acosta Rodrigues; Laurete Martins Alcântara Sato; José Tarcísio Caixeta (licenciado); Carlos Moreira Mendes; Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Jucelino Dias Moreira; Paulo Henrique Francisco Santos. SENGE INFORMA• EDIÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira REDAÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Caroline Diamante ARTE FINAL: Viveiros Editoração IMPRESSÃO: Gráfica Millenium SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 ANIVERSÁRIO DO SENGE-MG Sindicato comemora 67 anos com novidades para os engenheiros O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) completou 67 anos no dia 25 de agosto. O aniversário do Senge foi marcado pela implantação de diversas ações que têm como objetivo trazer agilidade, conforto e melhoria no atendimento aos engenheiros e engenheiras de Minas Gerais. Entre as ações estão a criação da Ouvidoria do Senge, o lançamento da Sala do Engenheiro, a nova campanha de sindicalização e a ampliação da infraestrutura do setor de Negociações Coletivas. Raul Otávio da Silva Pereira, presidente do Senge-MG, considera que o Sindicato tem muitos motivos para comemorar. “O simples fato de termos uma entidade sindical atuante há 67 anos já é um motivo para comemorar. Podemos comemorar, ainda mais, se considerarmos que o Senge, principalmente nas últimas três décadas, tem aprimorado cada vez mais as suas formas de luta, quer seja na defesa da relação de trabalho, quer seja na defesa dos interesses da sociedade”, afirma. O Sindicato de Engenheiros, no entanto, ainda tem muito que avançar. “Acreditamos que o Senge tem realmente uma folha de serviços muito extensa na defesa dos engenheiros e da sociedade, mas a entidade tem outros desa- fios para os próximos anos, que são a modernização administrativa e uma melhoria na compreensão do ambiente político ao qual estamos inseridos”, acredita Raul Otávio. Outro desafio que o Senge-MG tem pela frente é conseguir se adaptar às novas demandas dos engenheiros e engenheiras. “Hoje temos uma geração que, longe de ser melhor ou pior, tem anseios diferenciados daquela de 30 anos atrás. É um desafio para o Sindicato entender esses anseios e se adaptar aos novos tempos sem, no entanto, perder de vista o seu objetivo principal”, afirma o presidente do Senge. Raul Otávio Pereira, presidente do Senge, vê desafios no futuro da entidade Objetivo é ficar mais perto do associado Já está em funcionamento, desde o dia 25 de agosto, aniversário do Senge-MG, a Ouvidoria do Sindicato. Através desta nova ferramenta, disponível no website da entidade, o engenheiro poderá tirar dúvidas, fazer reclamações e enviar sugestões. Para o diretor administrativo do Senge-MG, Alírio Ferreira Mendes Júnior, a ferramenta aproxima o engenheiro do Sindicato. “A atual gestão está buscando trazer o engenheiro para dentro do Sindicato. A ouvidoria é um canal de comunicação que promove a aproximação entre as partes.” O presidente do Senge, Raul Otávio da Silva Pereira, também acredita que a Ouvidoria vai se transformar em uma ferramenta capaz de aproximar os profissionais ao seu Sindicato. “A ouvidoria é um projeto que busca centralizar e unificar, em um único canal de comunicação, todas as interações entre o engenheiro e o sindicato que não sejam aquelas que ocorrem quando ele está presente fisicamente. Buscamos fornecer um espaço no qual os engenheiros poderão manifestar sua satisfação ou insatisfação, solicitar serviços, fazer comentários. Enfim, eles poderão participar ativamente da vida do Senge”, garante Raul. Sala do Engenheiro: conforto para os profissionais que procuram o Sindicato implantando está a Sala do Engenheiro, espaço criado para que os profissionais tenham conforto e infraestrutura adequada para esperar pelo atendimento no Sindicato. “A sala do engenheiro teve como objetivo oferecer um espaço para que os engenheiros que por ventura vierem ao Senge, seja para resolverem algum problema, seja para fazerem alguma consulta, tenham o espaço para aguardar, para conversar ou até para desenvolver alguma atividade momentânea que lhes interes- se. A nossa ideia foi oferecer o máximo de conforto possível ao engenheiro para que, além de ter a sua demanda atendida, ele se sinta confortável dentro do Sindicato”, explica Raul Otávio. Fique Sócio O Sindicato de Engenheiros está desenvolvendo, também, uma nova campanha para incentivar os engenheiros e engenheiras a se associarem. A campanha terá ações que vão divulgar os benefícios de que os profissio- Sala do Engenheiro Entre as novidades que o Sindicato de Engenheiros está 3 SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 nais podem usufruir ao se tornarem sócios do Senge-MG, tais como planos de saúde com preços acessíveis, convênios com diversas instituições e segmentos – que garantem descontos para os associados – cursos com preços promocionais, além do Banco de Talentos, onde o profissional pode cadastrar o currículo gratuitamente. De acordo com o presidente do Senge, Raul Otávio da Silva Pereira, aumentar o número de sócios significa fortalecer a representatividade do Sindicato e, também, renovar os quadros profissionais e sindicais. “O sindicato logicamente vive de e em função dos seus associados. Temos observado nos últimos anos uma estabilização do número de sócios do Senge e temos procurado buscar formas de atrair os engenheiros para dentro do Sindicato. A vinda de mais engenheiros para o Sindicato, certamente, trará consigo além de um aumento de sócios, que é fundamental para a vida do sindicato, uma oxigenação das práticas e nas atividades que o sindicato desenvolve”, diz. 10º CONSENGE Congresso traça metas para a atuação em defesa da Engenharia O 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros (Consenge), realizado em Búzios/RJ, entre os dias 27 e 30 de agosto, debateu e traçou metas de atuação em defesa da Engenharia nacional, bem como de uma nova matriz de desenvolvimento econômico para o Brasil, pautada pela distribuição de renda e justiça social. O resultado deste debate está na Carta do Rio de Janeiro (veja na página 5). Trata-se de um conjunto de propostas que tem como eixo o aprofundamento da democracia brasileira e os desafios da renovação sindical. A carta defende investimento nos quadros técnicos, compromisso social e reformas política e tributária. Ela vai ser levada aos candidatos à Presidência da República como contribuição da Engenharia a um projeto de nação. Cerca de 400 pessoas, incluindo as delegações de 12 estados brasileiros participaram do 10° Consenge, que foi realizado pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e pelo Senge-RJ. O Congresso se repete a cada três anos. Esta edição foi considerada a maior da história da Federação. Ela teve como homenageado o engenheiro e militante político Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar em 1971. Durante o Consenge, foi montada, em sua memória, a exposição “Engenheiro Rubens Paiva, Presente!”. Foi exposta a história combativa de Rubens Paiva, com fotos, trechos de cartas, mensagens e do discurso que fez como orador da turma na solenidade de colação de grau da Escola de Engenharia Congresso discutiu as ações para o aprofundamento da democracia brasileira e os desafios para a renovação sindical da Universidade Mackenzie, em 22 de dezembro de 1954. A professora da USP e filha de Rubens Paiva, Vera Paiva, esteve presente na homenagem. “Quero dizer que tenho certeza que muitos outros engenheiros têm histórias pra contar da ditadura. E que não deixem a figura do meu pai, Rubens Paiva, ser esquecida. Todo sofrimento daquele período vale e deve ser registrado. Essas coisas precisam ser apresentadas e recuperadas para que isso nunca mais se repita no nosso Brasil.” Palestras A palestra “Um projeto de Nação para o Brasil”, ministrada pelo ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, abriu o primeiro Chapa “Seguir em Frente” foi eleita para comandar a Fisenge no período de 2014/2017 dia do Congresso. Dulci fez uma analise de conjuntura e da postura do Estado Brasileiro frente à internacionalização das nações e falou do papel da Engenharia no desenvolvimento brasileiro. “A Engenharia é fundamental para planejarmos o futuro”, defendeu. Para ele, a luta não se restringe a interesses, como também a disputa de valores. “A questão é o sentido das escolhas que os partidos e sindicatos fazem. Se isso interessa para todos, ou apenas para uma parte”, apontou. Também foram ministradas as palestras “O papel do Estado Brasileiro no Desenvolvimento Nacional” e “O papel do Movimento Sindical Frente às Modificações do Mundo do Trabalho”. Posse diretoria A nova diretoria da Fisenge foi eleita por aclamação durante o Congresso. A chapa “Seguir em Frente” tem como diretorpresidente Clovis Francisco do Nascimento Filho, do Senge-RJ, e como vice-presidente Roberto Luiz de Carvalho Freire, do Senge-PE. Do Senge-MG, fazem parte o presidente Raul Otávio da Silva Pereira, que vai assumir o cargo de diretor executivo, o diretor administrativo Alírio Ferreira Mendes Júnior, que tomou posse como membro suplente do Conselho Fiscal, e a diretora de Saúde e Segurança do Trabalhador, Anildes Lopes Evangelista, como diretoria executiva suplente da Federação. A chapa teve um aumento de 50% de mulheres na diretoria. Ela vai atuar durante o triênio 2014/2017. Questões de gênero entram no debate As mulheres representaram cerca de 35% dos participantes do 10° Consenge. A participação da mulher nas esferas de poder foi debatida ao longo do Congresso. Durante a palestra “O papel do Movimento Sindical Frente às Modificações do Mundo do Trabalho”, a secretária nacional de saúde do trabalhador da CUT, Junéia Batista, lembrou como o próprio dia a dia da mulher trabalhadora pode ser uma barreira para sua maior inserção na política ao relacionar a falta de políticas públicas como creches e abrigos para idosos, já que a responsabilidade de tomar conta de crianças e idosos recai sobre elas. Também cobrou a inclusão de pautas relacionadas à questão de gênero – como diferenças salariais, assédio moral e sexual – nas negociações coletivas dos sindicatos. 4 Segundo Junéia, o caminho para uma maior participação das mulheres nos movimentos sindicais passa pela necessidade delas se colocarem e ocuparem seus espaços e também pela colaboração dos homens. “De qualquer maneira, se começa a ter um novo olhar do movimento sindical sobre as mulheres. Mas temos ainda muito que caminhar”, afirmou. SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 A diretora da Mulher da Fisenge, Simone Baía, apresentou o Coletivo de Mulheres aos universitários no Fórum de Estudantes e debateu questões ligadas à mulher no mercado de trabalho. Ela deu exemplos de como as mulheres engenheiras são excluídas no mercado da Engenharia. “Os APIS em geral não são pensados para mulher, são pensados por homens para homens”. 10º CONSENGE Estudantes apresentam propostas de organização política e profissional A 10ª edição do Consenge foi a primeira a dedicar uma programação exclusiva aos futuros engenheiros. No Fórum de Estudantes, cerca de 40 universitários debateram propostas para apresentação na plenária final do Congresso e assistiram às palestras que abordaram questões como a ética profissional e a mulher na Engenharia, a história da Engenharia, os desafios das entidades de Engenharia no Brasil e sobre o papel do Confea. As propostas elaboradas pe- los universitários englobam a linha política, a organização e a formação profissional. Entre elas, está a de que os sindicatos filiados à Fisenge tenham um cronograma de formação política para os membros dos Senge Jovem/Estudante. Outra proposta é a organização de seminários estaduais para que eles também preparem um projeto de nação. Também foi proposto que a Fisenge promova o debate sobre a interdisciplinaridade e o regime de ciclos na formação em Engenharia. Durante o fórum, foram apresentadas a estrutura e as ações do Senge Jovem de Minas Gerais e do Paraná e do Senge Estudante, na Bahia. Ao apresentar o Senge Jovem de Minas Gerais, o presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira, disse que as portas do movimento sindical estão abertas aos estudantes e que cabe a eles preencherem esse espaço e fazer política. “Não é vir obrigado aos Senges ou à Fisenge. Vocês têm que descobrir Carta do Rio de Janeiro Nos 50 anos do golpe civil-militar no Brasil, nós, engenheiras e engenheiros reunidos no 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros saudamos a luta do povo brasileiro por liberdade e soberania. Homenageamos o engenheiro e político Rubens Paiva, barbaramente assassinado pela ditadura militar. O direito à memória e à verdade são os pilares de uma democracia comprometida com sua história. Temos avançando muito nos últimos anos e é nosso dever dar continuidade a esse projeto de nação comprometido com a universalização dos direitos e a democracia brasileira. Obviamente, nessa conjuntura identificamos impulsos e freios, mas o aprofundamento das transformações só avançará com participação social. Nesse sentido, reconhecemos o esforço do governo federal ao anunciar a Política Nacional de Participação Social, que reafirma espaços de construção coletiva. Diante das travas do parlamento, é preciso mais. Apoiamos a reforma política como uma iniciativa estratégica para gerar nova capacidade política de gestão do Estado e de articulação com os agentes sociais. Romper o fisiologismo com o poder econômico é imprescindível para a afirmação programática, e não personalista. A reforma política deve conduzir outras transformações como a reforma tributária, para reorganizar a capacidade fiscal do Estado com base em um sistema tributário justo, com incidência progressiva sobre a renda e a riqueza; e a necessária democratização dos meios de comunicação, para oferecer condições de igualdade para a realização do debate público de projetos e o exercício da pluralidade de ideias. Compreendemos que o papel do Estado no de- senvolvimento brasileiro exige a socialização da política. Outro elemento essencial nessa base de princípios é a soberania nacional, que perpassa pela defesa de riquezas estratégicas, como o pré-sal, a produção de alimentos seguros e o necessário investimento na política industrial brasileira. A magnitude dos problemas,em especial as desigualdades, considerando o tamanho do país e sua importância econômica na geopolítica mundial, exige um Projeto de Desenvolvimento que integre toda a sociedade brasileira. Compreendemos que a base econômica desse Projeto passa por dar prosseguimento à constituição de um padrão de produção e de consumo de massa, voltado a oferecer, em condições de igualdade, o acesso a bens e serviços públicos com qualidade e produzir condições adequadas de vida no campo e nas cidades. As transformações do mundo do trabalho têm afetado diretamente o movimento sindical e temos a compreensão de que é necessária uma mudança profunda. Isso significa o fortalecimento de políticas para renovação sindical e a ampliação dos espaços de poder por mulheres. Renovação sindical pressupõe, também, renovação de formas de organização e diálogo, ou seja, tratar a igualdade como princípio, jamais como fim absoluto. As jornadas de junho demonstraram a capacidade e diversidade de mobilização da juventude e o fortalecimento do movimento sindical está diretamente ligado às formas de aproximação de novos quadros e de afirmação da participação das mulheres. Temos o dever de seguir o caminho de construção de identidades coletivas e afirmar a solidariedade de classe. O imediatismo e a afirmação do individualismo provocados, muitas vezes, 5 SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 se isso é realmente importante”, disse aos universitários. Para que os estudantes de Engenharia tenham uma visão crítica e consciente da atividade profissional, o diretor do Senge Estudante da Bahia, Clécio Santos, defende uma abordagem do Sindicato desde o início dos cursos. “Os sindicatos tem que estar desde a recepção dos calouros para os estudantes se desenvolverem como profissionais conscientes da categoria e da necessidade de se organizar para lutar.” pela tecnologia exigem reflexão. Nessa construção, a engenharia tem papel fundamental.,pois acreditamos que as bases do investimento tecnológico devem vir acompanhadas por comprometimento social. Nós temos uma tarefa histórica na disputa desse processo, com o objetivo de garantir o exercício da função social da engenharia. É de suma importância a formação de novas e novos profissionais com a qualidade requerida pela envergadura dos projetos de engenharia que construirão a base material do desenvolvimento nacional. Exige a reestruturação dos cursos de engenharia, de forma a privilegiar a produção científica e a pesquisa voltada à inovação tecnológica, a valorizar o trabalho em rede e promover uma maior interação, preservada a autonomia, entre a universidade e a esfera produtiva. Todos temos reponsabilidades. Nós, engenheiras e engenheiros, compreendemos que o investimento que o país fez e faz em nossa formação, e que cada um de nós fez e continua fazendo, deve objetivar, também, a transformação social, a construção do desenvolvimento da nação. As ciências que constroem o campo de conhecimento das engenharias formam um patrimônio cognitivo essencial para pensar e promover o desenvolvimento. Por isso, reafirmamos nosso compromisso, como cidadãs e cidadãos e como profissionais, com o desenvolvimento do Brasil. Por isso, formulamos e apresentamos este amplo conjunto de propostas, pelas quais lutaremos e que foram objeto de debate e de deliberação neste Congresso. Estaremos juntos, com os demais trabalhadores, lutando para que o Desenvolvimento do Brasil seja o Projeto da Nação. Búzios/RJ, 30 de agosto de 2014 ELEIÇÕES 2014 Pleito é oportunidade para se pensar e decidir sobre o futuro do país No dia 5 de outubro, os brasileiros e brasileiras têm um compromisso agendado com o Brasil. Neste dia, ocorrem as eleições que vão escolher o novo ou nova presidente do país, além de governadores, senadores, deputados estaduais e deputados federais que Raul Otávio da Silva Pereira, presidente do Senge-MG devem representar os anseios da população nos próximos quatro anos. O futuro do país e dos Estados brasileiros será decidido no pleito em questão. E, pela importância deste momento, é necessário ter consciência na hora de escolher seus candidatos. “Acredito que os eleitores devam considerar quais são aqueles candidatos que conseguem traduzir, explicitar, de forma muito objetiva, aquilo que farão se forem eleitos, independentemente do cargo que disputam. É importante observar o discurso de todos e tentar extrair desse discurso compromissos objetivos e concretos com relação aquilo que se espera para os próximos quatro anos no Estado e no país”, considera o presidente do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG), Raul Otávio da Silva Pereira. O ex-presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e atual presidente do Senge Paraná, Carlos Roberto Bittencourt, chama a atenção para o fato de que os eleitores devem se guiar pelas propostas na hora de escolher seus candidatos. “É importante afirmar que o voto é o exercício da democracia. Para além do voto, a verdadeira festa democrática só acontecerá com soberania e participação popular. Os cidadãos devem estar atentos não apenas aos candidatos, mas sim aos programas políticos das candidaturas. Infelizmente, vivemos em uma sociedade capitalista que personaliza e desdenha os projetos políticos. Portanto, a escolha, deve ser balizada pela coerência, pelos princípios e comprometimen- tos sociais da candidatura. Para avançarmos nesse desafio, será necessária uma verdadeira reforma política comprometida com o aprofundamento da democracia e da participação da população na formulação e nas decisões”, afirma Bittencourt. Carlos Roberto Bittencourt, ex-presidente da Fisenge Eleger representantes da Engenharia é fundamental Mais do que alterações políticas, as eleições também podem afetar economicamente o país e, com isso, afetar diretamente a Engenharia. Daí a necessidade de se ter representantes do setor nas Assembleias Legislativas, no executivo e no Congresso Nacional. “É fundamental ter representantes da Engenharia eleitos. Todos os setores, de certa forma, se fazem representar, quer seja na Assembleia Legislativa, quer seja na Câmara dos Deputados. A representação da Engenharia nesses dois ambientes é uma forma de institucionalizar a ação dos diversos segmentos do setor, quer sejam sindicatos, conselhos, associações ou os próprios profissionais autônomos. É uma forma de institucionalizar os anseios de todos esses segmentos no ambiente legislativo”, acredita Raul Otávio Pereira. Carlos Bittencourt destaca a importância que as eleições deste ano têm para a Engenharia. “Basta uma reconstrução histórica dos momentos pelos quais a Engenharia brasileira passou, por exemplo, na década de 1990. Foram demissões em massa, destruição do planejamento e memória técnica das empresas, privatizações e muitos engenheiros indo para outras profissões. Não havia emprego para a Engenharia, muito menos empresas públicas. A Vale do Rio Doce foi entregue ao capital internacional. Passado esse desastre social e econômico, 6 entramos em novos tempos. Tempos comprometidos com a transformação social. Como está a Engenharia hoje? Pulsando de norte a sul no país, com a Petrobras, com o investimento nos setores naval e industrial, construção de hidrelétricas, programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje, a Engenharia é estratégica para o desenvolvimento do país e está inserida nos grandes projetos nacionais. Precisamos defender um projeto político comprometido com a engenharia nacional”, afirma o presidente do Senge Paraná. O ex-presidente da Fisenge considera que a participação dos engenheiros e engenheiras no processo eleitoral é fundamental para o avanço social do Brasil. SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 “A participação da Engenharia no processo eleitoral é central para que possamos contribuir na formulação de políticas públicas comprometidas com o avanço social, além de inserirmos nas esferas do legislativo e do executivo pautas específicas do setor, como o projeto que caracteriza a Engenharia como carreira típica do Estado”, diz Bittencourt. Ele destaca, ainda, a contribuição que tais profissionais podem dar, se eleitos. “Em Minas Gerais existem ótimos candidatos engenheiros. Estes candidatos têm um compromisso com a sociedade e um histórico de luta, pois militam nos sindicatos, conselhos e demais instâncias ligadas à nossa categoria”, completa. ELEIÇÕES 2014 Candidatos engenheiros podem fazer a diferença no parlamento Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada no dia 26 de julho, os engenheiros e engenheiras presentes debateram sobre as eleições proporcionais de 2014 e manifestaram, por unanimidade, apoio às candidaturas dos engenheiros Gilson Queiroz e Tarcísio Caixeta, associados ao Senge-MG, a deputado federal e deputado estadual, respectivamente. O apoio foi justificado pela enorme contribuição que os dois têm dado à Engenharia em Minas, pelo histórico de participação deles no Sindicato e pelas suas propostas para as eleições deste ano. Experiência na representação da Engenharia é trunfo de Caixeta Tarcísio Caixeta Formado em Engenharia de Minas, com especialização em Engenharia Sanitária e de Segurança, José Tarcísio Caixeta é diretor licenciado do Senge-MG e candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Atualmente em seu quarto mandato como vereador em Belo Horizonte, Caixeta tem vasta experiência política e administrativa e acredita que sua trajetória política e social pode beneficiar a população. “A minha história política traz uma experiência muito grande. Para mim foi um privilégio ter podido participar de momentos importantes da história, principalmente da luta pela redemocratização do país e também das políticas públicas em Belo Horizonte, através dos governos de que participei. Essa experiência pode ser levada também para a Assembleia Legislativa uma vez que, já no quarto mandato de vereador em BH, eu pude aprender os mecanismos, os procedimentos, a experiência da negociação e o aprofundamento desta experiência no Par- lamento”, considera Caixeta. O candidato a deputado estadual acredita que a representação da Engenharia em todas as esferas de poder é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. “É importante ter representantes da Engenharia na Assembleia de Minas pela própria importância do setor. A Engenharia é um dos segmentos mais importantes do ponto de vista econômico e como transformadora da realidade. Ela é fundamental para toda a infraestrutura do país, ela move o desenvolvimento e o crescimento. Se tivermos uma infraestrutura obsoleta e ultrapassada, como a que se apresenta hoje em alguns aspectos, como as estradas brasileiras, isso requer um investimento e uma intervenção muito grande do ponto de vista de políticas públicas para mudar essa realidade”, afirma Caixeta. A formulação de políticas públicas ligadas, principalmente, à questão da infraestrutura é uma das principais preocupações de Tarcísio Caixeta. “Precisamos buscar a modernização dos portos brasileiros, das rodovias brasileiras e uma malha ferroviária mais adequada para o transporte. Todos esses modais devem estar integrados, interligados, para o escoamento da produção e também para o melhor deslocamento das pessoas. E é dessa forma, trabalhando na formulação de políticas públicas e no planejamento do desenvolvimento e do crescimento do país, que podemos recuperar a importância da Engenharia”, avalia. 7 A seguir, o Senge Informa apresenta os candidatos Gilson Queiroz e Tarcísio Caixeta. Eles se propõem a ser a voz da categoria na formulação de políticas de desenvolvimento para o país, no resgate da autoridade técnica da Engenharia e na defesa da valorização dos engenheiros como pro- fissionais estratégicos para gerar o bem estar de toda a sociedade. Com esta iniciativa, o Sindicato tem a pretensão de contribuir para que um maior número de profissionais conheça as propostas dos candidatos que podem representar os interesses e aspirações da Engenharia no Legislativo. Valorização profissional é bandeira de Gilson Queiroz Gilson Queiroz Ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funas), o engenheiro Gilson Queiroz, formado em Engenharia Civil, com especialização em Engenharia Sanitária, é associado do Senge-MG e candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Com ampla atuação política e na Engenharia, Gilson foi presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) por dois mandatos consecutivos (2006 a 2011), foi diretor do Instituto Mineiro de Engenharia Civil (Imec) e sua iniciativa junto aos parlamentares mineiros levou à criação da “Frente Parlamentar de Engenharia”. Para Gilson Queiroz, a Engenharia brasileira precisa recuperar sua autoridade técnica, uma vez que o setor está intimamente ligado à economia e ao crescimento e desenvolvimento do país. “O que a gente pretende é trabalhar moldando dispositivos para que fique mais fácil o exercício da nossa profissão. Simplificando a legislação, facilitando o acesso ao licenciamento e, principalmente, resgatando a autoridade técnica, SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 porque o que vemos hoje é uma distorção. Quando a gente vai discutir alguma questão relativa à Engenharia, às vezes ela tem uma abordagem da área jurídica ao invés de técnica. Então precisamos resgatar esse aspecto, essa questão fundamental”, diz. O candidato a deputado federal também pretende atuar pela valorização dos profissionais da Engenharia, principalmente daqueles que se encontram no setor público. “Nós temos questões específicas da Engenharia que devem ser tratadas como, por exemplo, a discussão do salário mínimo profissional, que é uma lei que existe desde 1966 e nunca foi bem definida e não se aplicou às carreiras públicas. Eu diria que na carreira pública, hoje, a discussão que temos que fazer é colocar a Engenharia como carreira típica de estado. A gente precisa ter, no caso do setor público, uma valorização das carreiras que executam, dos profissionais executivos e, acima de tudo, é preciso debater como será feita essa valorização”, afirma Queiroz. Para Gilson Queiroz, é fundamental ter representantes da Engenharia nas casas legislativas e executivas. “Temos, hoje, uma defasagem entre aqueles que representam a Engenharia no Congresso Nacional. A presença de engenheiros nos espaços de poder é importante para que a gente leve para dentro do Congresso as nossas pautas, sejam relativas a questões específicas da nossa profissão, sejam as que envolvem nossa profissão mas que, de certa, forma impactem todas as demais profissões”, acredita. ELEIÇÕES 2014 Debate sobre a Reforma Política ganha espaço e mobiliza a sociedade Com as eleições 2014 sendo o assunto do momento – o pleito acontece em 5 de outubro - o debate sobre a Reforma Política não poderia estar mais em evidência. Sabendo disso, a Coalizão Mineira pela Reforma Política e Eleições Limpas realizou, no dia 21 de agosto, ato público na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, para coletar assinaturas em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular nº 6316, Reforma Política e Eleições Limpas - Coalizão Democrática. O Senge-MG é uma das entidades que faz parte da Coalizão. Para o diretor do Sindicato de Engenheiros e coordenador da Coalizão e do Movimento de Combate à Corrupção (MCCE), em Minas Gerais, Anivaldo Matias de Sousa, a Reforma Política é a mãe de todas as reformas. “Com ela você democratiza o acesso aos cargos públicos, ao poder e cria as condições para se ter um Congresso que represente a sociedade brasileira e, com isso, fazer grandes mudanças estruturais necessárias para o Brasil, como a tributária, a administrativa, a reforma da educação.” Para Anivaldo Matias, um dos caminhos para o Brasil ter políticos que realmente representem Reforma Política, além de coletar assinaturas. Ela divulgou, também, a Campanha Nacional pelo Plebiscito Popular da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, que propõe a consulta popular sobre a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva com o intuito de materializar a Reforma. PROJETO 6316 O projeto de iniciativa popular propõe: Movimento na Praça 7, em Belo Horizonte, coletou assinaturas a favor da Reforma Política os interesses da população é o financiamento democrático de campanha. “Realmente, o Congresso Nacional não representa a população. Porque ele representa o interesse de quem financiou sua campanha. A grande novidade que temos nestas eleições é justamente a descrença da população em relação ao Congresso Nacional. De não se sentir representada. Isso coloca a eleição deste ano numa situação em que vamos ver como a população vai se posicionar frente a isso. Se ela vai se tornar mais vigilante em relação a quem gasta muito nas campanhas e não votar nessas pessoas. Quem gasta muito está sendo financiado e vai defender os interesses de quem está financiando e não da população”, conclui. Coleta de Assinaturas O MCCE realizou, ainda, a Semana Nacional de Coleta de Assinaturas, entre os dias 1º e 7 de setembro. Organizada em associações, paróquias, entidades sindicais, entre outras, a semana teve o intuito de sensibilizar a população para a proposta da • Financiamento democrático das campanhas eleitorais • Eleições proporcionais em dois turnos • Paridade de gênero nas listas de candidatos • Fortalecimento dos mecanismos de participação popular direta. Ele conta com o apoio de 95 entidades, dentre as quais a CNBB, a OAB, o MCCE, a Plataforma dos Movimentos Sociais e o Senge-MG. A proposta será viabilizada quando forem atingidas 1.500.000 assinaturas. Para mais informações, acesse: http://www. mcce.org.br. Engenheiros de Sergipe conquistam Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos Os engenheiros e arquitetos servidores da administração direta, autárquica e fundacional do Estado do Sergipe têm garantido, desde julho deste ano, o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). O plano garante aos profissionais progressão funcional por escolaridade e tempo de serviço. O PCCV contempla a descrição formal dos Cargos de Engenheiros nas diversas modalidades, como também do Cargo de Arquiteto, acompanhado dos respectivos quantitativos, requisitos e competências; a apresentação da nova Tabela de Vencimentos, o piso e teto salarial, respectivamente de R$ 4.100,00 e de R$ 8.100,00; entre outros pontos. O PCCV foi conquistado através de negociações e mobilizações das categorias e de entidades como o Sindicato de Engenheiros de Sergipe (Senge-SE), o Conselho Regional de Agronomia e Engenharia de Sergipe (CREA-SE) e da Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE). Para o presidente do Senge-SE, Rosivaldo Ribeiro, a implantação do PCCV trouxe a valorização dos engenheiros. “Hoje temos uma carreira valorizada. Passamos a ter uma progressão salarial e uma lei específica. Isso é um ganho enorme para a categoria. A partir dessa lei, o Estado ganhou a condição de realizar concurso público. Agora, o Estado tem condições de reorganizar o setor de Engenharia.” O plano beneficia mais de 120 engenheiros estatutários, segundo o presidente da AEASE, Naum Araújo. Um dos benefícios recaiu sobre os salários iniciais da categoria. “Tínhamos engenheiros ganhando R$ 1.200 8 SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 e graças à luta da categoria, o Plano foi aprovado pela Assembleia e nosso salário base passou para R$ 4.100”. A média de trabalho de um engenheiro estatutário é de 6 horas diárias. Com o PCCV, o valor se aproxima do estipulado pela Lei 4.950 A/66 Salário Mínimo Profissional (SMP) que é de R$ 4.344, o equivalente a seis salários mínimos. Apesar de a Lei não se aplicar ao setor público, ela serve como referência. O presidente do CREA-SE, Jorge Silveira, diz que a implantação do PCCV é uma reivindicação antiga, mas que reconhece o esforço dos profissionais. “É uma questão de valorização profissional. Nos últimos 10 anos, a Engenharia deu um salto em Sergipe por conta dos investimentos em infraestrutura que recebemos.” PEC 68 Pressão do movimento social leva a arquivamento de proposta A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 68, que facilitava a privatização das empresas públicas de Minas Gerais, foi retirada de tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no dia 26 de agosto. O “engavetamento” da PEC 68 representa uma grande vitória não apenas para a sociedade, como também para as entidades e movimentos sociais que se mobilizaram para impedir a aprovação desta Proposta. “Essa vitória é significativa para todos. Além do arquivamento, a mensagem subliminar que está contida nesse arquivamento é, justamente, o entendimento que o Senge-MG já tinha, de que as empresas públicas devem pertencer à sociedade como um todo, para oferecer os serviços para os quais foram criadas. As empresas públicas, quer sejam de energia, quer sejam de água e esgoto, devem atender aos interesses públicos e, quando falamos do interesse público, falamos da qualidade, da eficiência na prestação dos serviços para os quais foram criadas”, avalia Raul Otávio da Silva Pereira, presidente do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG). Raul Otávio explica que não é desejo das entidades que as empresas sejam deficitárias e deem prejuízo. “O lucro da prestação de serviço que existe através dessas empresas deve ser reinvestido na própria prestação de serviço, visando aumentar a qualidade do mesmo. Entendemos que a não privatização, que é o que significa a retirada da PEC 68, é uma mensagem clara da população de Minas, que não quer que as empresas apenas deem lucro, mas empresas que, em primeiro lugar, se preocupem com a qualidade dos serviços que elas prestam”, afirma. O diretor do Senge-MG, Ricardo Soares, responsável por coordenar a participação do Sindicato em todo o processo da PEC 68, considera que a retirada da proposta é uma demonstração da força do povo Sindicatos e movimentos sociais fizeram manifestação na porta da ALMG contra a PEC 68 e as privatizações mineiro. “A PEC 68 tinha, entre suas propostas, retirar a necessidade de referendo popular para a privatização das empresas. Se o povo mineiro escolhe os seus deputados e se eles agem de acordo com a vontade do povo, não há porque as decisões deles não serem referendadas pelos eleitores”, acredita. Além disso, a retirada da PEC, para o diretor do Senge, significa uma grande vitória para a Gasmig, empresa que estava no centro da proposta. “A questão da não privatização da Gasmig é de extrema importância. Temos exemplos negativos de outros Estados, em que a Fenosa, empresa que compraria a Gasmig, adquiriu empresas públicas e o resultado não foi positivo”, lembra. Eterna vigilância A retirada da PEC 68 da ALMG não significa, no entanto, o fim do trabalho das entidades e movimentos sociais. Agora, mais do que nunca, é necessário acompanhar os desdobramentos desta tentativa de privatização. “O nosso papel, agora, é observar e vigiar. Existem muitos grupos interessados na aquisição de empresas notoriamente eficientes e grupos econômicos interessados no lucro que essas empresas podem vir a dar. Então, é nossa obrigação estar sempre alerta para que essa iniciativa não retorne à ALMG”, completa Raul Otávio. Para o diretor do Senge, Ricardo Soares, a retirada da PEC 68 foi uma manobra política para não prejudicar a base governista nas eleições de outubro. “O engavetamento da PEC nos dá um tempo maior para o esclarecimento da população mineira sobre as intenções por trás desta proposta. Após as eleições, o governo pode voltar o foco novamente para a PEC 68 ou mesmo criar uma PEC específica para a privatização da Gasmig. Enquanto isso, vamos continuar nosso trabalho de conscientização da população para que ela já saiba do que se trata e já esteja pronta para a mobilização, se for necessário”, completa. Manifestantes se reuniram para impedir a aprovação da PEC 68 Manifestantes de diversos movimentos sociais e entidades, entre elas o Senge-MG, se reuniram, em 5 de agosto, na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 68, de 24 de junho de 2014, que seria apreciada no Plenário. A manifestação, que contou com a presença de diversos trabalhadores e trabalhadoras, conseguiu que a reunião do dia 5 de agosto fosse cancelada e que a discussão sobre a PEC fosse adiada. Após a sessão no Plenário, os manifestantes se dirigiram à sede da Cemig, onde continuaram o protesto. A PEC 68 tinha como principal objetivo viabilizar a venda de 9 ações da Companhia de Gás de Minas (Gasmig) para a empresa espanhola Gás Natural Fenosa (GNF), de maneira a possibilitar a construção de um gasoduto que ligue Queluzito à Uberaba, onde será implantada uma fábrica de amônia. O Sindicato de Engenheiros mostrou sua posição contrária à PEC 68. O diretor do Senge, Ricardo Soares, esteve na manifestação e declarou o apoio da entidade ao movimento. “O Senge-MG é contrário à PEC 68 e contrário ao processo de privatização. Por isso, estamos apoiando totalmente o movimento e estamos na luta para derrubar essa proposta”, disse Ricardo, durante a manifestação. O Senge-MG contou, ainda, SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 com a participação dos diretores Josias Gomes Ribeiro Filho e Marcos Moura na manifestação. O que é a PEC 68? A PEC 68 foi apresentada em 24 de junho na ALMG e tinha como objetivo retirar da população o direito de decidir em relação à privatização de um patrimônio público que pertence à sociedade. Atualmente, para privatizar as empresas controladas indiretamente pelo Estado (GASMIG, CEMIG DISTRIBUIÇÃO, CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO, CEMIG TELECOM, COPANOR, entre outras) é necessária a criação de lei complementar e a realização de um referendo popular. A PEC 68 queria acabar com isto. NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Senge expande setor para melhor atender aos engenheiros Para melhor exercer a sua atividade fim, ou seja, a representação dos profissionais nas negociações coletivas, o Senge-MG teve seu espaço físico ampliado. A entidade conta, agora, com quatro salas em prédio localizado na Rua Timbiras, n° 2.887, próximo à sede, onde foi instalado o departamento de Negociações Coletivas. A estrutura abriga, ainda, uma sala de reuniões e uma sala para realização de cursos voltados para os engenheiros. A subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Senge-MG também está instalada no local. De acordo com o Diretor de Negociações Coletivas do Sindicato, Antônio Azevedo, o novo espaço é fundamental para que a entidade desenvolva uma de suas atividades principais e para melhor atender aos profissionais que procuram o Senge. “O anexo é importantíssimo, pois lá temos uma estrutura completa para realizar nosso trabalho de negociações, que se estende durante todo o ano. Ter um espaço como o que temos hoje mostra o desenvolvimento do Sindicato e todo o trabalho que está sendo feito para nos aproximar dos profissionais”, acredita. O presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira, considera a expansão fundamental para a qualidade do serviços prestado pelo Sindicato. “O setor se encontra em franco crescimento, com a participação de mais diretores e com reforço de funcionários. Assim, o setor se encontra, hoje, em um espaço físico mais adequado, onde ele pode, a cada dia, aumentar significativamente a qualidade da sua participação nas negociações nas quais o Sen- ge já atua e nas que, por ventura, viermos a participar”, diz. Para Antônio Azevedo, a expansão do Senge mostra o desenvolvimento da entidade Discussão sobre problemas de segurança na Linha Viva avança Nos dias 29 e 30 de julho, eletricitários que trabalham na Linha Viva da Cemig, gerentes e representantes da empresa e das entidades sindicais se reuniram em mais um encontro do Pacto de Saúde e Segurança. Na ocasião, foram discutidos os problemas levantados pelos trabalhadores no que diz respeito à segurança do trabalho, as soluções propostas para estes problemas e a resposta da Cemig para essas soluções. A reunião mostrou grande avanço da participação dos trabalhadores, que se mostraram mais a vontade para expor suas considerações aos representantes da empresa. O diretor do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG), Ricardo Soares, é responsável por acompanhar os trabalhos do Pacto de Saúde e Segurança da Cemig e acredita que a iniciativa é fundamental para a renovação das práticas dentro da empresa. “O pacto é importante para melhorar o sistema de gestão da saúde e segurança dentro da Cemig. Embora seja um sistema muito bom, tudo requer renovação. E alguns problemas localizados já estão sendo corrigidos e melhorados”, diz Ricardo. Segundo o diretor do Senge, o trabalho do Pacto é importante também para os engenheiros e engenheiras que trabalham na Cemig. “A questão da saúde e segurança é um assunto tocante a todos os trabalhadores. E os engenheiros engenheiras da Cemig, principalmente os de Saúde e Segurança, se beneficiam dessas discussões, pois eles são os responsáveis por multiplicar essas práticas e melhorias e atuam, também, diretamente nas áreas de risco. Eles estão suscetíveis a acidentes de trabalho. Assim, o 10 pacto é importante tanto pelo lado da gestão quanto pelo lado da segurança dos próprios engenheiros”, diz Ricardo. O engenheiro eletricista e gerente de Segurança do Trabalho, Saúde e Bem-Estar da Cemig, João José Magalhães Soares, concorda que o Pacto de Saúde e Segurança é de extrema importância SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 para os engenheiros da empresa. “Uma das grandes vantagens que estamos vendo neste trabalho é a aproximação da Engenharia com a execução de uma maneira muito forte. Isso já existia na Cemig, mas com o pacto estamos tendo uma visão diferente. É uma aproximação maior para a solução dos problemas”, afirma. NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Veja aqui como estão as negociações com a sua empresa/setor Redação da cláusula de banco de horas emperra negociação da Consultoria Os trabalhadores do setor de Consultoria aprovaram, com ressalvas, a contraproposta apresentada pelo Sinaenco, em Assembleia Geral realizada em 5 de agosto. Os trabalhadores condicionaram a aprovação à alteração na redação das Cláusulas 21ª e 22ª, que falam da duração do trabalho semanal e da prorrogação da jornada de trabalho, respectivamente. Além disso, a contraproposta aprovada oferece 6,3% de reajuste salarial e dos pisos e R$20,00 (vinte reais) de auxílio refeição. O resultado da AGE foi apresentado ao Sinaenco no dia 26/8 e este solicitou que as entidades alterassem a redação da cláusula 22ª. O Senge e os demais sindicatos enviaram a nova proposta de redação da cláusula 22ª e o patronal ficou de levar a proposta à AGE das empresas. Não houve resposta do Sinaenco até o momento. Trabalhadores da Copasa conquistam INPC mais isenção da cesta básica Os trabalhadores da Copasa aprovaram, em Assembleia Geral realizada em 5 de setembro, a proposta feita pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de reajuste salarial correspondente ao INPC para 1º de maio (5,82%) e isenção da cesta básica. A proposta foi uma das sugeridas pela juíza Wilméia da Costa Benevides e pela Procuradora Regional do Trabalho, Yamara Viana de Figueiredo, durante audiência de conciliação e instrução do dissídio coletivo entre a Copasa e as entidades sindicais, Senge-MG, Sindágua-MG e Saemg, realizada em 26 de agosto, no TRT. A aprovação da proposta marcou o fim da campanha salarial 2014/2015, que chegou a ter greve dos trabalhadores. Engenheiros e arquitetos da BHTrans conseguem comissão para estudar o SMP Os engenheiros e arquitetos da BHTrans aprovaram, em Assembleia realizada em 31 de julho, a redação da cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que instaura a comissão de trabalhadores que vai fazer o estudo da questão do Salário Mínimo Profissional (SMP) na empresa. Ela prevê um prazo de 90 dias, a partir da assinatura do ACT, para que a comissão de trabalhadores conclua o estudo, e a empresa vai liberar um total de 4 horas por semana, durante este período, para que os membros da comissão terminem o trabalho. A BHTrans terá o prazo de 120 dias a partir da entrega do estudo para dar uma resposta sobre o trabalho. O Acordo Coletivo já foi assinado e se encontra, agora, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para conferência da redação e posterior registro. Profissionais da Gasmig aprovam acordo com a metodologia da PLR Os trabalhadores da Gasmig aprovaram, em Assembleia Geral realizada em 20 de agosto, a proposta da empresa com a metodologia de avaliação que será utilizada no pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). A proposta da empresa prevê, entre outros pontos, o seguinte: entre os indicadores comuns, se o resultado do indicador for menor que 60%, a nota resultante será zero; quando o resultado estiver entre 60% e 105%, a nota resultante será igual ao valor alcançado e quando o resultado for superior a 105%, a nota resultante será sempre 105. O número de remunerações a serem recebidas, formas de pagamento, entre outras questões, serão discutidas durante a campanha salarial dos trabalhadores, que têm data-base em 1º de dezembro. Fiemg oferece menos do que o INPC para os metalúrgicos Na primeira reunião de negociação entre a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e as entidades que representam os trabalhadores do setor metalúrgico, entre elas o Senge-MG, realizada em 29 de agosto, a Fiemg ofereceu reajuste salarial escalonado, com valores entre 5% e 5,5%. A previsão para o INPC para 1º de outubro, data-base dos metalúrgicos, é de 6,54%. Além disso, a proposta oferece abono de férias para os empregados que não tiverem mais do que sete faltas, justificadas ou não, e altera o vale transporte e alimentação. As entidades realizaram Plenária no dia 4 de setembro, na Escola Sindical, e definiram pela realização de Assembleias com as categorias até o dia 12/9, para deliberação da contraproposta. Incorporação de 100% da GAT é reivindicação dos servidores de Contagem Em Assembleia Geral realizada em 24 de julho, os servidores da Prefeitura de Conta- 11 SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014 gem definiram a pauta de reivindicações da categoria, que pede a incorporação imediata de 100% da Gratificação de Atividade Técnica (GAT) ao vencimento dos profissionais, com a incidência de todos os benefícios. Além disso, os profissionais querem que a prefeitura pague aos novos servidores 100% da GAT, deduzindo o percentual apenas quando da incorporação, e que a Lei Complementar nº112/2011 seja alterada e passe a incluir a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação em seu art.1º. Querem, também, que após a incorporação da GAT ao vencimento dos servidores, os salários dos mesmos sejam corrigidos, tendo como base o piso atual da categoria para jornada de 8 horas, de R$ 6.154,00. A pauta foi encaminhada à Prefeitura e à Câmara Municipal de Contagem e as entidades (Senge e Sinarq) já enviaram ofício solicitando reunião com os representantes do Legislativo e do Executivo. CCT da Construção Civil de JF garante 7% de reajuste A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 da Construção Civil de Juiz de Fora já está registrada no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e garante, aos trabalhadores do setor, 7% de reajuste salarial, retroativo a 1º de abril de 2014, data base da categoria. Além disso, as empresas farão incidir um acréscimo de 7% sobre os valores devidos a título de gratificação de Natal (13º salário), como prêmio por assiduidade. A CCT estipula que as empresas devem fornecer aos engenheiros atestados de experiência adquirida a serviço da empresa (participação em estudos, planos e projetos, obras e serviços - participação em congressos e seminários, atividades de ensino e pesquisa) e que o modelo deste atestado deve ser fornecido pelo Senge. Negociações da Construção Civil e Construção Pesada começam em setembro As campanhas salariais da Construção Civil e da Construção Pesada, que têm data-base em 1º de novembro, serão iniciadas no mês de setembro com a realização das primeiras assembleias para levantamento das pautas de reivindicações. A previsão do INPC para 1º de novembro é de 6,37%, o que significa que para recuperarem as perdas inflacionárias do período os trabalhadores têm que receber, no mínimo, 6,37% de reajuste salarial. 12 SENGE INFORMA Nº 210 - 10/SETEMBRO/2014