Ann o
;
Cf
NÃO devemos dizer que não Acreditámos no Amor
— E então ? E ' verdade. Eu não acredito no amor !
^ w '1 o longe bate uma hora. A senhorita Mireille murmura
Foi nesse momento que seu olhar cruzou com o de Jacques
7 I alguns versos de celebre poeta e seus olhos ficam embaçados. Acha-se sentada á janella aberta do seu de Guerle. Mireille empallideceu como se um juiz da accusação
1 quarto, com os cotovellos apoiados numa mezinha, se erguesse deante delia. Jacques não dissera cousa alguma, nôm
•
onde estão algumas flores. Em casa tudo é silencio e se rira. Não motejára ; respondera apenas com o seu olhar dolose alguns ruidos ha na rua, ella nada ouve ou de na- rido e cheio de fé, ao grito negativo escapado daquelle coração
;
da se importa. Está sósinha. Seu pae, que é medico, foi visitar de moça.
E desde então ? ! Mireille, na sua solidão dessa Sexta-F-éira
os doentes. A mamãe foi ao offlcio de Sexta-Feira Santa.
Estamos numa esplendida manhã de Abril a primeira sau- Santa pensava nesses mezes decorridos e cheios de arrependimentos e de lagrimas. Nas suas relações soeiaes hédação da primavera. Comtudo,
nhuma differença occorrera. Ja c ques de Guerle e
Mireille está triste e olha melancholicamente para as curvas
ella eram os mesdo rio que banha a cidadesinha.
mos. O rapaz era
Conto de
Como poderia ella corrigir um
interno de um granengano irreparavel, uma palade hospital de Pavra destruidora, que não devêra
ris, mas frequentaHELENE
LETTRY
ter pronunciado ? ! Nessa mesva assiduamente -a
ma occasião ella revivia a scefamília de Mireille
Traducção de
na : fôra em Julho ; seus paes
d Arboy. Até ahi
haviam reunido em casa alguns
receberatanto beto
7*. 7VBEJJÍ0
amigos, antes da partida em fépela simples prerias. Haviam servido refrescos
sença de Jacques,
no Jardim, onde se
sem aperceber-se
disso. Eram
os
ouviam conversas
«mil
nadas» da
alegres e risadas,
existencia
quotiMireille estava ao
diana, insignificânmesmo tempo secias que se transria e inconsciente.
formam em infiniEstudante de metos, só porque uma
dicina, muito estucerta pessoa se
diosa, e bonita,
acha presente !
sem ligar importância a isso, não
Portanto, Jacpreoccupava e m
ques desde aquelagradar. Não cosla data pareoiatumava '«flirt.ar» e
Ihe difíerente. O
fugia das converque é que havia
sas referentes ao
agora no seu apercasamento, propoto de mão ? O que
sitos esses que eltinha nos olhos,
la despresava,conque a obrigava , a
siderando-se muito
baixar os seus* £©forte
mo que envergo— Oh ! Lá vem
nhada? O que haJacques de Guerle,
oscillou e sem que o joven tivesse tempo de amparal-a, caiu inanimada aos seus pés.
via nas intenções
exclamou de repente, e correu para o retardatário, conduzindo-o para o grupo de ambos, se elle não se manifestára e se eLa não acreditava
jovial.
no amor ?
O assumpto da conversação era um dos mais communs : o
* * *
amor, o amor .. De accôrdo com o seu costume em casos taes,
Mireille silenciou. Repentinamente, porém, estremeceu. Uma
Eis que um dia, d. Arboy, que regressara na vespera de
voz grave interpellava-a :
uma viagem á capital, diz. incidentalmente, como se o caso não
— E a senhorita, Mireille, não diz nada ? Qual é a sua opi- tivesse importancia, que soubera no hospital que o Jacques.de
nião nesse assumpto delicado?
Guerle estava para noivar. A familia estranhou que o rapaz fi— Eu ? Oh ! ó bem simples : eu não acredito no amor.
zesse segredo disso e imaginou que no proximo domingo: com
Mal acabara de pronunciar essas palavras, iá sentia a sen- certeza elle falaria no assumpto, visto como tinha promettido lá
sação de um vácuo immenso, e notara um fundo silencio entre os ir almoçar.
~
presentes. Ella teve a impressão de que deixava cahir das mãos
— E com quem quer casar-se ?
um objecto precioso e que os seus dedos se torciam, procurando
— Não sei. Ninguém me disse quem era a eleita.
segurar algo que não podiam mais alcançar. Acabava ahi o seu
Em casa pessoa alguma se inquietou com o que Mireille
futuro. Abria-se uma gaiola : rompia o voo o passaro de sua es- poderia pensar acerca do caso. Esta não indagara nada, não fizeperança !
ra quaesquer commentarios. Ella não sabia como teria forças paA s suas amigas riam-se, soltavam exclamações, protesta- ia não trahir-se e especialmente pora supportar a presença de
vam ! Perturbada, via, então, os rostos dos circumstantes, sem, Jacques naquelle dia de Paschoa, que a familia d'Arboy festeporém, os reconhecer, riu-se também, depois de repetir com voz
Continua na pag. <6
levemente tremula e impaciente :
.
u
-. - j
í fe r ii
« f j j j V i> ••/
Syndicato Oommercial de Petrópolis !
Ahi está como a tolerancia
é, na maior parte das vezes,tida
como um gesto de fraqueza.
\ r c
É muito mais economico
Entre W i l s o n e Monroe
Armando Martins e Octávio Venâncio
Director-Artístico : Alberto ilastos
Écos da Semana
Cogitação feliz
r
R E C E N T E incidente uruguayo-sovietico veiu novamente trazer á consideração dos povos americanos,
o quanto existe de util e de pratico na concepção de Monroe e
de utopico e incommodo nas
idéas do autor da Liga das Nações.
Comprehendendo, aliás, essa
distincção é que os proprios
conterrâneos de Wilson preteriram deixar aos europeus aquillo que somente á politica européa interessava.
De facto, cuidadosa apenas
dos problemas que affligiam as
chamadas grandes potencias, e
restringindo o numero destas a
tres, a assembJóa de Genebra
faz sómente o jogo dos interesses privados dos amigos. Para
ella o resto do mundo não existe... a não ser que prejudique
os seus afilhados...
0
LA-SE na organização de
um gymnasio municipal
com o fim de proporcionar
o ensino secundário ás classes menos íavorecidas da fortuna.
Será que caminhamos, de facto, para a realização das obras
de alcance social tão necessaíias
em o nosso paiz ?
Acreditamos que sim, pois
temos ò. frente do governo municipal um homem que parece
comprehender as necessidades
prementes das classes menos
abastadas.
Já se foi o tempo em que a
* * •
unidade de efflciencia adminisO
jogo
em
Petropolis
trativa era o paralellepipedo.
O factor homem, no Brasil,
O que parece, íòi permittido
tem vivido, como um somnamo jogo nesta cidade. Abribulo, no meio de tanto progresram-se os casinos cuja af•4
so material.
fluencia. tem sido uma deSem hospitaes e sem escolas monstração da "secura" com
oaminhámos quatrocentos an- que o jogo era esperado.
nos.
A medida será concedida meA s obras visando a valoisa- diante taxas cobradas pelos
ção do individuo não mere- poderes públicos destinadas á
ciam muita attenção dos nossos obras de benemerencia e entre
administradore s.
ellas as associações de imprenO ensino primário gratuito, sa.
porém pouco efficiente ; o seFelizmente, para nós, o jogo
cundário prohibitivo ás classes não constituiu elemento primapobres em virtude de uma serie cial para que a cidade se ende obrigações a que estão sú chesse de veranistas, que chejeitos os estabelecimentos de gam a disputar logares onde se
ensino.
acomodarem nos hotéis e casas
Agora ouvimos que o sr. pre- particulares. A inclemencia do
feito Carvalho Júnior, que en- calor fez que subissem á serra,
xergou a classe intellectual con- adoravel refugio petropolitano.
densada na Academia PetropoNecessitamos, agora, prender
litana de Letras, cogita de at- por mais tempo toda esse gente
tender á grande classe dos paes com diversões nas horas que
creando o maior presente de sobram aos passeios pelas ruas
festas que ella pôde aspirar : a e arrabaldes da cidade.
educação barata para seus fiE os casinos apresentam-se
lhos em um gymnasio controla- como factores preponderantes,
do pela Municipalidade, tal qual visto como reúne maiores posjá fizeram innutneros prefeitos sibilidades de gastos com lucros
em outros municipios fluminen- que lhes advém de pessoas que
zes.
se pódem dar ao luxo de jogar.
* •
•
Mais realistas que o rei...
R
EPORTAMO-NOS
ao
éco
anterior sobre a falta de
cumprimento de um edito
do director da Fiscalização, que determinava o fechamento do commercio na data da
promulgação da Carta Magna do
Estado, decretado feriado em
todo o territorio fluminense.
E ' que, mal entravamos no
regimen da lei e já esta soffria o
golpe do menospreso com allegações de quem quer ser mais
realista do que o rei!
E, tanto as=im. que não obstante a benevolencia do governador do municipio, a este foi
enderaçada uma censura ao
Hçto do «inspector», partida do
0 Verão
0 verão que atravessamos mereceu por parte da empreza do Theatro D. Pedro o maior cuidado quanto a organização de espectáculos
attrahentes e variados.
A cidade está cheia de veranis
tas e é preciso offerecer-lhes diversões outras além do cinema.
Assim comprehendendo, o sr. Pernambuco Júnior nos primeiros dias
do corrente, fará estrear no palco,
elementos artísticos de valor encabeçados pela incomparável dupla humorística Barbosa Junior-Lamartine
•3abo, muito conhecidos do publico
petropolitano.
Os espectáculos serão completos
com uma sessão cinematographica
e ao preço de 6$000 a cadeira.
T
comei ds pensão?
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Direcção de ;
já experimentou
1?©II S E < 'K MOS e x H u s i v a n i o n t e a
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m e n e i e s duas exeellentes refeições filarias cons
taaido n a n i t o t a l de 8 v a r i a d o s p r a t o s .
C o m o l i y g i e n e e g a r a n t i a , n o s s a s m a r m i t a s são
h e r m e t i c a m e n t e fechadas com sello de chumbo
t e n d o o nosso tiiiihre.
Rua Santos Dumont, 961 - Tel. 2 3 0 4
Podemos affirmar que a.inicialiva
do distiricto emprezario foi recebida
com satisfação, o que já é uma garantia de êxito a compensar-lhe os
esforços e despezas maiores mesmo
tratando-se de um pequeno conjuncto. E o que vae trazer vale ouro.
• •
F e s t i v a l de A r l e
Entre as festas mundanas que se
annunciam, destaca-se, pelo patrocínio da sra. Getúlio Vargas, a que
se vae realizar no proximo dia 5,
no Theatro D. Pedro.
Essa festa era beneficio das obras
da Cathedral, foi organizada pela
sra. Alcina Navarro de Andrade,
professora cathedratica do Instituto
Nacional de Musica do Rio de Janeiro. á frente sempre de iniciativas
de amparo social.
0 programma, como era de esperar, concorreu para a maior acceição dos bilhetes, como si não bastasse o fim a que se destina o producto.
Eil-o : 1 — Saint Saens — Trio op
65 para piano, violino e cello. a Minueto ; b) Intermezzo ; c) Gavote final, professores Alcina Navarro, F.
Chiaffitelli e Carmem Braga Bourgny.
2 — Buzzi Pecci
I.olitc, serenata espagnole (eanto) sr. Tiiomaz Loreno.
3 - Saint Saens — a) Le cigne ;
b) Tarantella, cello, prof. Carmen B.
Bourguy.
4 — Cliopin — a) Preludio ; l>)Novelete; c) Cordoba, piano, prof. Noemia Navarro Brandão.
5— Massenet — a) Regrets de Manon — Alberto Costa b) Canto da
Saudade, canto, srta. Sylvia Souza.
6 — Aibeniz, Tango ; Falia, Danse espagnole ; Sarasate, sapateado,
violino, prof. F. Chiafitelli.
7 — Carlos Gomes — Guarany,
duetto, canto, prof. Zélia Souza e
sr. Thomaz Loreno.
Segunda parte — 1 — Burgmuller,
Arabesca — P. Zilcher, Tarantella,
piano, menina Maria Alcina.
2 — Edmundo André, em seu repertório humorístico.
3 _ Ernesto de Curtis, Addio bel
sogno, canto, a pedido, sr. Thomaz
Loreno.
4 — Bailado da Primavera, por ura
grupo de senhoritas da sociedade
petropolitana.
Acompanhamentospelas professoras Alcina Navarro e Maria Lescadello Guimarães.
i
t
2)
ta mos
entes
3)
UiNíí-ORMES
CoHegiaet
Tiro de guerra
Para
Prefeitnri
tados
restabe
blico
4)
Municipal
Corpo de Bombeiro»
Correios e Telegraphoí»
Leopoldina e etc.
em
KeVi cflr firme
Bem molhado
Feitio garantido
Bonet». casquete*. botSe* emblema»,
cinto», talabarte». etc.
NÂO COMPRE SEM VER O »
|
. N O S S O S PREÇOS
a l f a i a t a r i a
d a
paz
eiQ. Avenldt 16 do Novambrcu 810
w I
TEL. 8147
^
*
Casamentos
Attenção ! Attenção !
Realizou-se hontem no Rio o enlace matrimonial da dlstincta senhorita,
Marin i!e Lourdes Pereira, filha do
sr. Gaslfio Pereira e de d. Palroyra
Marques Pereira, com o sr. Jayme
Queiroz, gerente das Casas Pernam^
bucanas nesta cidade.
Serviram de testemunhas no civil
o sr. Augusto Martinez, funccionarlo do Banco ao Bjasil e exma. esposa. O acto religioso que se eftectuoás 16 horas, na egreja do Sagrado Coração de Jesus (Rua Benja
mim Conetant) será o» raoymphado
TYPOGRAPHIA YPIRAGA
Os noivos subi-am para Petropolis,
onde fixaram residencla.
Impressos de toda a especie pelo sr. Oswaldo do Valle e esposa.
a< se
na Hi
\Sf p e q u e n a
2-2-
3
0UUSJHAÇÃO
e seu
Os Chronislàs
Horas de deíirante alegria
nos salões da rua Saldanha Marinho.
bàíle domingo ultimo |
-', S
.S-V
•
H
G . C . F i l h o s «la L u a
- ,r:. .
Um baile, h o j e , noa salões <la rua
Riachuelo
Ha algum tempo já que o. Greíhio
Carnavalesco Filhos da Lua não se
«explica» com os «habitués» de suas
íestas. E' que o Perdigão esperava
um momento propicio para reooméçar as actividades da aggremiação
que dirige com tanto carinho. _• - •
O momento tinha que chegar, E
chegou mesmo. H»íe, a Grémio leva
a eíleito um baile* que promette ser
dos mais ruidosos. Para isso se
abrirão os salões da rua Riachuelo,
onde tem séde o veterano e conceituado Turnverein Petropolis Quer
dizer que Momo vae agitar um pouco aquellas bandas, tendo sido çontractado correcto jazz.
**
líntli Cal«leira é rainha
«Io Carnaval «lo Coronel
Veiga F . P.
Aspecto da selecta assistência que deu brilho extraordinário ao baile dos Chronistas
Esteve formidoloso o baile á fan- 1
tasia que os Chronistas Carnavalesc o s promoveram domingo ultimo.
Ficaram repletissimos os salões
da rua Saldanha Marinho, onde tem
séde a sociedade de Diversões Car
navalescas de Petropolis, cuja directoria os cedera aos rapazes (e
velhinhos também) da imprensa local.
Essesuccesso não causou nenhuma surpreza. Os Chronistas que se
estrearam em 1934 com uma esplendida batalha de confetti na praça
da rua Marechal Deodoro e adjacências, seguida de colossal baile
Outro sinccesso «lo « Apai- 1
x o u a d o s «lo T r i c o l o r »
Um Carnaval em miniatura no
Itamaraty
Cada «funcção» que o bloco «Apaixonados do Tricolor» realiza, com
esse enthusiasmo que domina seus
componentes, marca
retumbante
successo para elle. Por Isso mesmo
é que a turma do Itamaraty se tornou popular e celebre.
O baile de sabbado transacto, na
séde do Itamaraty F. C., foi uma
nova demonstração de prestigio ?do
blóco. Avultada a concorrência, que
encheu o salão de todo, pois com
pareceram o Blóco das Jardineiras,
um blóco do Rancho do Amor e o
conhecido Blóco da Macumba. Um
Carnaval em miniatura, póde-se dizer, animado ainda pelo irriquieto
Jazz Odeon.
Houve um concurso de fantasia,
tendo conquistado o premio o incansável folião Antonio Albino, havendo-se classificado também a srta
Oscarina Silva e o sr. Pedro Sarana.
nos salões do Brasil A. C„ conquistaram enorme prestigio e justa sympathia entre os foliões e as famílias.
De sorte que a um appellosinho dos
«lords» todo mundo corre logo, como se viu agora em sua «premiere»
do Carnaval de 1936.
Dansou se, saltou-se, cantou se,
mas tanto e tanto que ainda hoje
muita gente se queixa da barriga...
das pernas. Também, pudéra não,
se a musica, levando o caso a capricho, não quiz dar folga á endiabrada multidão. O Jazz Rio Petropolis
é assim mesmo e pensa que cada
par que se ache na sala pôde trans-
Os
bailes a n n n n e i a d o s
para iiontem
Para a noite de hontem estavam
aununciados, entre outros, bailes á
fantasia no Coronel Veiga, em homenagem á srta. Ruth Caldeira e ao
joven Norival Campos, rainha e rei
da Folia do Club ; no Serrano F. C.,
na Sociedade Carnavalesca Rei das
Serras e no Rio Branco.
C a f é Centenario
Ao lado do CapiMio
Monumental batalha de confetti,
hoje, no Itamaraty
A Tua Sorte
'Bebidas, doces, Chopp*
Brahma, aguas mineraet
— Higcrosa hygiene —
José Fernandes—Tel. 3284— Petropoli»
Promovem-na os "Apaixonados do Tricôlor" em homenagem a Octávio Venâncio
Os foliões que constituem o bloco
"Apaixonados do Tricolor", persis
tindo numa actividade digna de nota, promovem hoje magnifica e
monumental batalha de confetti no
bairro do Itamaraty, Essa festa, seus
promotores a dedicam a nosso companheiro Octávio Venâncio que —
é a "Tribuna"que o diz — esse anno
resolveu afastar-se das lides momomescas para fazer uma estação
de repouso interminável, com o que
os "Apaixonados" não se conformam.
Prestando semelhante homenagem de sympathia a esse animador
de tantas festas, os que integram o
correcto e victorioso blóco pensam
traduzir o delicado sentimento da
familia tricolor, no seio da qual
Octávio Venâncio ha éiicpntrado
sempre-o melhor e mais expressivo
VidaDomcsUcci
Revista dp Lar e da Mulher
sformar-se num motuo-continuo. \ a
elle... Devagar com isso, para outr .
vez, seu Deoclecio. Respeite a lei
de segurança... de nossa saúde.,.
Tudo isso, das ultimas horas da
tarde até o entrar da madrugada,
proporcionou aos amigos dos Chro
nistas, representados estes com es
tylos differeutes — do diplomata ao
bonachão — delirante alegria, digno
mesmo do rei M mo- Confetti, ser
pentinas, nada faltou nesse apurado
ensaio do reinado que está proximo,
E vae ter mais, para satisfação das
innutneras famílias que ficaram sem
convite como das outras também
Por equivoco dissemos em nosso
numero anterior que a srta. Ruth '
Caldeira havia sido eleita rainha der
Carnaval da Sociedade de Diversões
Carnavalescas, quando sua eleição
se deu no Coronel Veiga F. C„ bem
como a do guapo «diabo» Noiival
Campos.
A homenagem prestada hontém
aos soberanos é que nos chamou á
realidade, pelo que damos a devida
ractificação.
A escolha da graciosa filha dè
uosso confrade Mário Caldeira, havendo sido uma surpireza para eJJa,
causou absoluto agrado entre o s
que frequentam os salões do sympathico tricolor, que a conta comò
uma de suas mais distinctas damas.
* *
acolhimento. Com isso "Pequena
Illustração" se s e n t e sobremodo
horada e prazeirosa. Pena é que,
por enfermo, nosso companheiro talvez não possa assistir a batalha,
caso em possivelmente se deixe a
homenagem para outra opportunidade, sem, no entanto, se dar a transferencia do "barulho".
Na batalha, preparada com enthusiasmo intenso, haverá duas taças
- uma para o melhor blóco, offerta
do sr. Migliorance Lopes, do Café da
Ponte ; e outra para a fantasia mais
rica, lembrança do Café e Bilhares
Itamaraty, do sr. José Aprilio. além
de outros prémios
E S T A ' NA
CASA DO POVO
Quarta-feira
Sabbado...
2 0 0 : 0 0 0 $
2 0 0 : 0 0 0 $
C A F E\?.
•
PAVÃO,
NAMORADO
'
..
e
nada
mais
A F A STSIW
Depois como chave de ouro... da
sempre a hypothese de já sermos
felicidade, uma "baita" tarde-noite sufficientemente conhecidos no lodansante na 6éde do Itamaraty E. gar, e portanto desnecessária. Uma
F.C.
propaganda constante.
1
PEQUENA ILUSTRAÇÃO - ANO V - N. 231 - 1936
2-3
i?Ii a n r f l l l
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3
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U v 6 f H
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!ò*Venceu o Rio Branco
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R THEREZOPOLIS, O LYCEU A. C. da oc qt eut rias- ci çaõmeps e ã o p a r a a t e m -
O team da Cia. de Metralhadoras sobrepujou o Thesoura
Jiaíii í i» "
ís—
O team da Cia.
de Metralhadoras
/ " . " ' . .
'
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1
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- 0' •
Thesoura
O Serrano
Realizou-se domingo ultimo, no
campo :do Serrano, o sensacional en
contro entre os teartis da Cia. de Me
AMÉRICO, do Sertfalhadoras do V B. C. e do Thesou
rano, que domingo
f « F. C»
brilhou.
Apezar. do mesmo ter sido ás 10
da manha, .tinha a assistil-o regular
O alvi-ceruleo enfrentou domingo,
assistência.
O prélio esteve bastante animado, ultimo o quadro do Rio Branco, em
tendo melhor actuaç3o o team da Cia. sua excellente praça de sports.
Os adeptos dos dois bandos estavam anciosos por essa partida, pois
tanto no Serrano como no Rio Branco,
estreariam novos elementos.
A partida transcorreu movimentada até certo ponto, e dahi por diante
o Serrano impoz se plenamente sobre
o Rio Branco, vencendo-o por 6 x 1 .
porada de 1936.
O i n f a n t i l do
Serrano venceu
por 3 x 1
in^mem funiil do Banco
!
Como eslava annunciado,realisou-se
domingo, passado no campo do Banco Ccnstructor o esperado match de
football entre as adextradas equipes
infantis do Banco e do Serrano.
O prélio desenvolveu-se bastante
animado e ambos os teams empregaRIO BRANCO - Garoto (Humber- ram-se com ardor para a conquista
t o ) ; Nelson e Rossi ; Qaldino, Solda- dos louros da victoria.
do e Orlando; Bibiu, Djalma, DorO quadro do Serrano, agindo com
valino, Carramachão e Pedrinho.
mais segurança e aproveitando me-
:
o Rio
Emnco
No Serrano foi experimentado o
extrema esquerda Renato, que, aliás
agiu bem.
E o Rio Branco incluiu no seu quadro alguns elementos de valor entre
os quaes Pedrinho e Gustavo.
Os teams tinham esta organização :
SERRANO — Werneck ; Thomé e
Nos segundos quadros o tetra-camTorio ; Américo (Justen), Orlando e peSo, sahiu a i n d a vencedor pelo
Oscar; J u s t e n (Cosme), Zézinho,
Paulino, Nenen, Sardinha (Renato). score de 3 x 0.
Sois om sportman ?
Como praticante
WALTER (TubarSo),
o valoro so cam-
ptão petropolitano, que integra o quadro
ia Cia. di Metralhadoras.
de Metralhadoras, que venceu por
5x1.
'' "
Os teams estavam assim constituídos : "
CIA. DE METRALHADORAS
Walter; Norberto e Roberto ; Queiroz ; D u r v a I e Jayme ; Mayworm
(Waldemar), Sylvio, Moraes, Ruy e
Cassamassa.
-*
THESOURA — Cunha ; Thomé e
Mulatinho; Colin; Pamonha e Cezar i o ; Pinga, Paulo. Apparicio, Gamberalli I .e GamberalH II.
Os elementos que se destacaram
foram,: Tubarão, Moraes e Cassamassa, da Cia. de Metralhadoras, e
Colin dô Thesoura.
Com esta brilhante vfetoria, está
de parabeng.&leam da Cia. Metralhadoras, que couta com a Competente
direcção do Cap. Amílcar Dutra de
M«ne«9.
ri
1
1 — Praticaes os jogos por amor
aos sports ?
2 — Jogaes por vossa equipe e
não por vós mesmos ?
3 — Obedeceis ao capitão da vossa equipe sem discussão nem critica ?
4 — Aceitaes cegamente as decisões do arbitro ?
5 — Ganhaes sem fanfarronar e
perdeis sem murmurar ?
6 — Preferis perder a ganhar
usando de recursos desleaes ?
Estaes então no bom caminho para chegardes a ser um sportman.
Como
espectador
O Lyceu A . € . , Macedo e Marcolino, do Strrano
lhor os tiros finaes, conseguiu ven3x1.
irá j o g a r em cerOsporteams
estavam assim constituídos :
— Hercilio ; Hoelz e
T h e r e z o p o l i s , B iSERRANO
f e ; Thiers, Quadrelli e Altair;
Marcolino, Tavares, Anselmo, Hilton
Macedo.
com o V a r z e a e BANCO
— Zéca, Pedro e CarliA i n d a por todo este m e z o
novel grémio L y c a u A . C., j o gará e m Therezopolis, c o m a
poderosa eleven principal do
V a r z e a F . O.
Reina g r a n d e enthusiasmo
entre o s associados do: L y c e u
A . C., por esse encantador p a s seio a linda Therezopolis.
O L y c e u A.
C.;
sciente
d o valor do seu adversario v e m
se e n t r e g a n d o a rigorosos treinos, c o m c o n c u r s o de n o v o s elem e n t o s jqua m u i t o r e f o r ç a r ã o o
seu team.
1 — Recusaes applaudir as boas
jogadas do adversario ?
2 — Vaiaes guando o arbitro dá
uma debisão que não approvaes ?
3 — Desejaes ver vossa equipe
ganhar quando ella não o merece ?
4 — Procuraes querellas com os
espectadores que applaudem a outra equipe ?
Se responderdes sim, não sois um A t t e n ç ã o !
A t t e n ç ã o !
sportman. Procureis chegar a sel-o,
Impressos de toda- a especie
Conselhos contidos na summula
da Carta Olympica,
TYPOGRAPHIA YPIRAGA
nhos; Vivi, Colombo e Corrêa; Peixoto, Paoni, Paulo, Jacy e Tiío.
No quadro alvi-eeruleo, estrearam
Hilton e Anselmo, que tiveram óptima actuação.
A nova directoria do S. C."
Cascatinha
Para dirigir os destinos do S. C.
Cascatinha, durante o corrente anno,
foi eleita a seguinte directoria:
Presidente, Ricardo Salvini; vice,
Francisco Ferreira Filho ; 1* secretario, Alvaro Martins Esteves ; 2', Horácio Daumas Nunes ; thesoureiro,
José S. Machacchero; 2 , Américo
Pires ; procurador, Antonio M. Guerra. Conselho Fiscal : Celestino F. Fa;unde8, Guilherme D. Nunes Filho,
osé F. Santos, Mário Giarola e Anfrísio Magalhães.
Í
_
PEQUENA ILUSTRAÇÃO - ANO V - N. 231 - 1936
r ' ' zW
2*2-/$16
r
5 PEQUENAv
iLLUSrPflÇÃn
?ag
S
A melhor de três
entre os àlví-negros
JnternACíon<\l e
Rfo Branco
No campo do Internacional, no Alto da Serra, realiza-se
v
hoje, o primeiro encontro da série "melhor de tres" entre as valorosas elevens dos dois alvi-negros S. C. Internacional e o S.
C. Rio Branco, em disputa de custosa taça.
Ambos possuem optimos elementos, que dia a dia vêm
se apurando mais technicamente, e estando por isso aptos a fazerem destacada exhibição
E' de se esperar grande affluencia hoje ao cancha do
Alto da Serra.
Em 16 de Fevereiro proximo, deverá realizar se a primei
ro prova da "melhor de tres", da grande taça Guimarães, entre
o Internacional x Serrano, offerecida pelo digno representante
dos saborosos cafés Pavão e Namorado, e que será sem duvida
uma das melhores provas do anno.
Chamamos attenção das gentis senhoras e senhoritas
para os valiosos brindes que vão ser offertados as numerosas
torcedoras dos clubs que comparecei em aos jogos.
0 1* anniversario do
«Correioda Noite»
A s p o s s i b i l i d a d e s de
c r e d i t o augmentam a
efficiencia do h o m e m
intelligente que delle se
s a b e servir.
Qualquer
m e r c a d o r i a pode ser
adquirida a prazo longo
na PETROPOLIS CRDITO MÓVEL.
Casa D Angelo
Com o apparecimenrto, na imprenstucarioca do «Correio da Noite», a
população da capital da Republica •
passou a contar com um valioso ele- 1
mento de defesa aos interesses collectivos, obedecendo aquelle orgão
ao programma traçado e que vem
cumprindo com critério e elevação,
cercado da preoccupaçâo do tratamento especial pelas coisas que dizem respeito ao progresso do Brasil.
Fundado que foi por uma pleiadé
de jornalistas cujo valor e critério
reflectem-se atravéz as columas do
popular vespertino, vem de completar o primeiro anno, com a satisfação da acolhida que teve no seio de
todas as classes sociaes e ainda
prestigiado pelos poderes públicos.
Os que se decidiram acompanhar
Mário Magalhães, dos mais completos homens de imprensa que conhe- Café, Chá, Chocolate e Fructas
cemos © devotado á profissão, tem
SORVETES
agora o premio da V i c t o r i a que elle,
Vinhos c Bebidas nacionaea e
á frente da empreza conquistou, conestrangeiras
fiante no esforço e dedicação de
seus companheiros de jornada.
Commemorando a passagem dessa
Telephone 2447
data qu« deve encher de jubilo a imprensa brasileira, pois regista um
A v . 15 de Novembro, 7 í O - P e t r o p o l i :
triumpho de profissionaes da penna,
sem outro auxilio que o do povo para o qual vivem elles, suffocando
maguas e esquecendo ingratidões,
o «Correio da Noite» realizou varias
Purgativo Homaeopatba
festas, entre as quaes um lauto janE
n c o n t r a - s e ha
tar de 100 talheres do qual participaram amigos e admiradores do
brilhante diário.
Amais liem montada Confeitaria de Petropolis
João D'Angelo & Cia.
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Pag. 6
Isolada e esquecida, continua a vil
la de Alberto Santos Dumont. A «Encantada», cognominada assim pelo inventor patrício, a pequena casa
lhe serviu de repouso e resguardo,
merecia e devia merecer olhares conservadores da municipalidade.
E' dever de todos venerar e recordar a obra de Santos Dumont.
Os antigos moradores de Petropolis
lembrar-se ão daquelle que, conhecido
por « P a e da A v i a ç ã o » percoiria, com
o seu tradicional chapsu branco, as
da cidade.
Era Alberto Santos Dumont dotado
de um espirito innovador e lúcido, e
ao mesmo tempo modesto ; ludo que
fazia provinha de uma idéa amadurecida e bondosa.
A relíquia deixada por Santos Du-
Não devemos dizer que
não acreditamos no amor
mais convidados, chegara s ó e
adeantado. Tinha visto e seu
vestido claro pelo gradil e tomara a liberdade de entrar furtivamente, afim de surprehendel-a. Não se agastasse ; era
uma simples fantasia de estudante, pois, elle não era ainda
estudante, no hospital?
Sahiram pelas alamedas do
jardim, a conversar sobre muitos motivos, como seja a sciencia, os livros, a estação do auno, as férias,- seus amigos, gozando as delicias da hora matinal e silenciosa do ermo.
Mas, cada um delles não tinha um pensamento, uma idéa
intima, que não podia, que não
queria externar ?
Eis que os ruidos característicos da chegada de vehiculos
e pessoas, com vozes e risos,
veio interromper o idylio. Mireille comprehendeu que tudo
estava terminado, que nunca
mais tornaria a viver esse instante, e que não teria mais occasião de estar a sós com a pessoa que lhe enchia assim o coração, se a noticia trazida recentemente pela mamãe fosse
real. Precisava, queria saber.
Parou no meio do caminho,
bem defronte de Jacques, fixando nelle seus pobres olhos pisados de tormentos e, com a voz
que ella tentava manter inalterada, falou :
— Disseram-me que você vae
casar-se. E ' verdade ? Não fica
bem, termos conhecimento dessa sua resolução por meio de
estranhos.
O moço respondeu baixinho,
num sorriso indefinível, cheio
de melancholia :
— Sim, é exacto, penso seriamente em me casar.
Mireille oscillou e sem que o
joven tivesse tempo de amparal-a, caiu innanimada aos seus
pós ! Elle abaixou-se e tomando-a nos brajos.conduziu-a pa-
C o n t i n u a ç ã o da 1 pag.
java todos os annos tão festivamente.
* * *
H a semanas paschaes cheias
de sol e de promessas. Dava-se
o mesmo agora. O domingo nascera numa apotheose de luz e
de sinos que repicavam alegremente, annunciando a Alleluia.
Mireille, apezar da sua dôr,
enfeitava-se com o seu melhor
vestido e procurava fazer-se
sorridente e iovial. Desceu depois para o jardim, onde flores
variegadas emprestavam tanta
graça ao ambiente. A moça ensaiava algum trecho de canção
primaveril, mas de mui curta
duração, interrompendo-se : ah-!
não posso, estou tão m a l ! As^
sim, nas horas de dôr, o pesar
lancinante vae e volta n'alma,
com invasões violentas e retiradas lenitiuas, parecendo o
movimento do mar, como se
houvesse combate entre a morte e a vida. O desespero gritava
as suas queixas ; a juventude
cantava !
— Fujamos ambos para a
sombra dos ramos, exclamou de
repente uma voz, completando
os versos que a moça cantava e
que eram muito conhecidos.
Jacques de Guerle approximouse :
— Porque parou? E' tão bello
um canto de donzella. na manhã
de primavera !
Apezar da sua emoção, Mireille teve um sorriso radiante.
Como viera ali, tão inesperadamente, aquelle a quem se ligava o seu pensamento ? !
Elie explicou-se : não desejando Vir na companhia dos de-
mont, e que consiste na «Encantada»,
que elle mesmo construiu, impulsionado pelo celibatario gosto de ter tudo
na maior simplicidade pos=ivel, chama logo a attenção por sua forma e
disposição.
As moradias, os locses e as officif nas onde militaram os mais variados
inventores europeus e ncrte americanos mereceram sempre por parte de
ra dentro, onde dona d'Arboy
se precipitou ao encontro de.
ambos, fundamente incommodaoa.
— Não é nada, minha senhora, informou o joven medico ;
uma simples syncope. O rosto
de Jacques nesse instante irradiava satisfação.
•
*
*
Uma hora depois, os convidados sentavam-se á mesa. Mireille, ainda pallida e com os membros lassos, esforçava-se por
manter a compostura. Desde
que voltara a si, sob o olhar ansioso dos paes e parentes, sentia-se envergonhada. Jacques
sorria para ella. Então, lembrava-se de tudo. Que juizo faria o
moço ? Ora, ella, tao valente,
tão corajosa, tão hábil em mascarar o amor que a abrazava de
ha muito, — eis que uma súbita
fraqueza vinha trahil-a !
Acalmou-se, aos poucos, porém, ao notar que ninguém se
apercebera, nam desconfiava de
nada. Continuava ansiosa, entretanto, não sentia m a i f t ã o
profundo o seu penar ; parecia-lhe não estar só para supportal-o, mas que havia alguém
para compartilhal-o.
seus governos o maior carinho. P o r
que não fazermos o mesmo ?
Transfoimar a villa
«Encantada»
num pequeno museu não é disp
r
nem ião pouco perder capital ; é uma
; obrigação.
| Lançando o appello espera a Asso: ciação Petropolitana de Planadores
i Aereos, que não permaneça no rol do
! esquecimento, e s m o tantos cutros que
' aguardam solução.
D e p o i s de A m a n h ã — A srta. Ma
g d a l e n a C o m e s , filha do n e g o c i a n t e
sr. P e d r o C o m e s ; a sra. Maria N i e tzsch, e s p o s a do sr. F r a n k N i e t z s c h ,
p r o p r i e t á r i o da P h o t o - N i e t z s c h ; a
srta. Cecilia H i n g e l , filha do sr. H e n rique H i n g e l .
D i a 5 - A e x m a . sra. O d e t t e Cunha,
e s p o s a do dr. R e n a t o Cunha, cirurgião-dentista ; o p r o f . G á o O m a t c h ;
o sr. Julio G a l l i e z .
Dia 6 — 0 j o v e n V i c t o r i o , f i l h o
do sr. T h o m a z M o d u g n o .
Dia 7 — A sra. Isaura V i e i r a Gagliardi, e s p o s a do n e g o c i a n t e sr.
V i c e n t e G a g l i a r d i ; o sr. A u g u s t o
Pinto de C a r v a l h o , a n t i g o l e i l o e i r o ;
a sra. C e c i l i a B o r d e de A l m e i d a , e s posa do sr. H e r a l d o de A l m e i d a ; a
srta. C a r m e n G o m e s , filha d o sr. A l fredo Gomes.
Dia 8 0 dr. Z a c h a r i a s M a g a l h ã e s
G o m e s ; a sra. v i u v a Luiza E u g e n i a
G o n ç a l v e s , p r o g e n i t o r a do sr. Gaspar G o n ç a l v e s .
**
0 nosso companheiro Alberto Bastos e sua e x m a . e s p o s a sra. M a r i a
Bastos, f e s t e j a r a m a 31 do m e z
p.p. a data nataIicia d e seu f i l h o
Walter,applicado
alumno daCollegio Sagrado Cor a ç ã o de Jesus,
d i r i g i d o p e l a prof e s s o r a srta. Hil/'Continua na pag. 8)
da Maduro.
ilpi
Fazem anncs:
Walter além de
estudioso é um
b o m menino, n ã o
se p r e v a l e c e n d o
da situação d e f i
Walter
lho único,
que
sabemos gosam
de todas as r e g a l i a s
possíveis e
imaginaveis. Sem abdicar, p o r é m ,
de seus « d i r e i t o s * e « p r e r o g a t i v a s »
W a l t e r não abusa e i s s o o t o r u a
mais q u e r i d o d e seus p a e s e sympa*
thico aos seus a m i g u i n h o s .
H o j e — 0 dr. H a r o l d o L e i t ã o da
Cunha ; o p r o f . G u i m a r ã e s Júnior,
nosso c o n f r a d e de i m p r e n s a r e p r e sentante do « J o r n a l do C o m m e r c i o » ;
o m e n i n o O g , f i l h o do sr. G a s p a r
G o n ç a l v e s , c h e f e dos i n s p e c t o r e s de
v e h i c u l o s ; a srta. I r a c e m a P a i x ã o ,
filha do sr. L e o n c i o P a i x ã o , g e r e n t e
do « J o r n a l de P e t r o p o l i s » ; o dr. AuR e c e b e m o s a g r a d e c i m e n t o s das
gusto M o r e i r a Guimarães.
exmas. famílias Francisco Gouvêa e
Amanhã — 0 sr. Paulo Borde ; o A u g u s t o Mussel p e l a s noticias pumenino Afrânio, filho do sr. Henri- blicadas p o r o c u a s i ã o d o f a l l e c i m e n que Baldner.
to dos r e s p e c t i v o s c h ç f e s .
2-2-1 ?36
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O
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Serviço
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The Leopoldina R a i l w a y
Company, Limited
m
»
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PEDI
•
t
de
trens
iio-Fefr;
1) Ultimamente tem apparecido guinte :
na imprensa frequente s criticas ao
PASSAGEM SIMPLES
serviço ferroviário entre esta Capi1900
1929
1936
a
tal e Petropolis, insinuando que a 1. classe... 6$200 48400
4$400
Companhia tem descurado do con- 2.a oiasse.. . 4$200 38800
3$800
forto, rapidez e pontualidade
de
Em 1900, o cambio era de 25$500
seus trens.
por libra esterlina, em 1910, 14Ç800
2) — Não é justa a critica e es- e em 1936, de 87$500 a 90$000 por
tamos certos de que os nosses cli- esterlino
Esse factor cambial é importanentes habituaes não a subscrevem.
tíssimo, no serviço cujos materiaes
3) — Os factos, em seguida apon- são quasi todas importados, inclutados, contestam-na em absoluto e sive o combustivel, por causa
da
restabelecerão a verdade, que o pu- tracção na Serra de Petropolis.
blico precisa conhecer.
Tanto assim que, neste
ultimo
4) — As passagens custavam, periodo de 1910 a 1936, o curso dos
ao se estabelecer aqui a Leopoldi- preços dos principaes materiaes foi
na Railway e custam hoje, o se- o seguinte :
1910
25S000
$038
1048000
1048000
1927
92$000
18240
341$000
2338000
1936
133$000
1$850
4938000
3908000
Carvão — por tonelada
Oleo de cylindro — kilo
Aros para locomotivas — um . . . .
Eixos para locomotivas — um
...
Roda s dentadas para machinas de
5:958$000
2:775$000
4328000
cremalheira — uma
66:8418000
Caldeira para locomotivas — uma 10:1678000 60:6138000
608000
278000
108000
Tubos de ferro de caldeira — um
51$000
498000
98000
Verniz
43:8568000 280:6088000 625:8608000
Locomotivas de linha plana
—
29:0928000 202:9668000
Locomotivas de cremalheira
5) — No começo do século o material rodante era composto
de
carros leves, acanhados, illuminados a vela e sem corredores e accommodações hygienicas. Hoje,
o
material é pesado, amplo, confortável, com todos os requisitos h y gieniços e illuminação electrica.
6) — Agora, os trens vão directos
do Rio a Petropolis e vice-versa;
antigamente era forçada a baldeação : em Mauá, para os que se destinavam ou provinham de Prainha;
em S. Francisco Xavier em combinação com cs trens da E. P.
Central do Brasil.
7) — Os carros actuae s possuem
assentos numerados, de modo que
cada pasageiro tem seu logar marcado, ao passo que antes tinha de
dlsputal-os aos outros, e guardal-o.
8) — O percurso Prainha-MauáPetropolis era feito em 2 hora s e
10 minutos, e S. Francisco XavierPetropolis, em 2 horas e 42 minutos. Com o horário actual a viagem demora 1 hora e 35 minutos.
'Se a estação terminal de Petropolis
fosse Alto da Serra a viagem seria
reduzida a 1 hora e 25 minutos.
9) — Quanto á segurança da
circulação dos trens, não se pôde
comparar o systema actual de freio
vácuo automatico continuo, com os
freios manuaes de outr'ora.
10) — Estas comparações
demonstram os progressos e melhoramentos da organização do serviço
entre as duas épocas.
11) — Enumeremos, a seguir, as
dlfficuldadee technicas vencidas e
o quanto tem custado conseguir os
elementos
indispensáveis ao pror
gresso verificado.
12) — Primeiro teve a Companhia de prolongar sua linha de S.
Francisco Xavier até a cidade,
o
que constituiu
enorme
conforto
para os passageiros, acabando com
as baldeações.
13) — Construiu a estação
de
Barão de Mauá, com todos os re: quisitos modernos de conforto.
14) — Quadruplicou suas linhas
até Bemfica e dupiicou-as até R o j sario, o que não só permittiu dar
maior rapidez aos terns, como assegurar-lhes a pontualidade.
15) — Lastrou com pedra britada a linha de Barão de Mauá a
Raiz da Serra o que eliminou a
poeira inherente aa antigo lastro
de terra, que causava desconforto
e prejudicava a limpesa dos passageiros, e estragava-lhes as roupas.
16) — A variante entre Sarapuhy e Actura foi estabelecida sobre o brejal da Baixada Fluminense e installou-se o serviço de controle dcs trens e signalisação mecanica, de Barão de Mauá a Rosario, para poder fazer circular
os
trens com maior velocidade e segurança .
17) — Na Serra, o systema
de
cremalheira é de construcção e
conservação onerosa; exige maiores cuidados e vigilancia mais constante do que o resto da linha, em
simples adherencia. Embora
imposto pela topographia, este systema não deixa de ser o mais caro
no mundo em matéria de transporte ferroviário.
18) — Suas locomotivas requerem uma officina especialisada, em
Alto da Serra, sendo necessário, por
outra parte, a manutenção de um
serviço de revisão especial e continua do material rodante em cada
viagem.
19) — Neila a tracção dos trens
se faz em condições especialmente
difficeis e onerosas. Os trens communs com 10 carros de passageiros, entre Rio e Petropolis, na Serra são desdobrados em cinco trens,
cada qual com sua locomotiva própria, quando nas linhas de simples
adherencia uma única é sufficiente.
20) — Recentemente, com a creação de noves trens servindo as estações de Barão de Mauá a Raiz
da Serra, todos os trens de Petropolis passaram a ccrrer directamente, sem parada
alguma, em
viagem mais rapida e confortável.
21) — Aceresce notar que a lotação offerecida pelu actual serviço de Petropolis é ainda superior
ao numero de passageiros, do que
decorre máo
aproveitamento
da
capacidade dos 16 trens diários.
0 numero médio de carros, nos
tres primeiros trens da amnhã, de
Petropolis para o Rio, é :
Verão
8,3
Inverno
4,3
Seis trens diários, nas horas de
menor movimento são formados de
1 a 3 carros, apenas, quando a lotação normal poderá ser até
de
16 carros.
22) — A pontualidade dos trens
Hora
Trem Procedencia
da
partida
1
1
1
P 2| Petropolis
Vezes
que
correm
de Petropolis é mantida tão estrictarnente quanto possível em serviço dessa natureza, tendo, na Serra, intercalado, um trecho de cremalheira .
O horário é feito para attender
a movimento médio habitual
de
passageiros, suppondo a circulação
de trens formado s de tres secções
de dois carros, de accordo com a
observação habitual de 4,3 carros
(médio de inverno) a 8,3 carros
(média de verão), dos trens mais
aproveitados.
Ha dias em que estes mesmos
trens trazem 16 carros, e até 20.
E' claro que o
desdobramento
destes trens e a sua recomposição,
ao entrar e deixar a linha de cremalheira, requererão o tripulo ou
mais de tempo, do requerido pelos
aombeios médios.
Resultam fatalmente atrazos des;as variações do numero de carros
le cada comboio.
23) — Dada a natureza peculiar
ío serviço de Petropolis, o numero
le carros de qualquer trem varia
notavelmente no inverno para
o
verão ; dentro da mesma época
do snno, de um dia para outro.
Nessas condições, para evitar de
medo abcoluto os atrazos seria necessário organizar o horário pre-.
vendo a composição maxima para
cada trem,—do que resultaria perda
de tempo nos casos normaes.
24) — Mesmo assim, os trens,
nas horas de maior movimento,
correram 174 vezes e só se atrazaram 26, no ultimo mez de dezembro, conforme o quadro abaixo
minudência :
Vezes á Vezes com
hora e
mais de
até 5' 5' de atrazo
Média do
atrazo
por trem
6.10
31
26
5
2.9
4
>>
7.35
31
26
5
1.9
6 1
1
>>
8.35
25
21
4
3.2
3.30
31
27
4
3.4
4.30
25
23
2
1.8
5.30
31
25
6
3.5
1
P 91 B. Mauá
1
11!
13 |
1
>>
i>
25) — No momento, a Companhia está ultimando novos planos
para construcção da Estação
de
Petropolis, que até hoje não foi
iniciada por motivos superiores
á
vontade da Administração da Companhia.
O novo projecto vae ser submettido á approvação do Governo Estadual, dentro em breve.
| 26) — Achamos de bom
aviso
dar esses esclarecimentos ao publico, que, estamos certos, não pôde
geralmente, por falta de opportunidade, observal-os. De posse dell las, porém, com
maior
conhecimento de causa, poderá
formar
opinião e verificar a
constante
preoccupação da Companhia, pelo
! í perfeiçoamento do serviço.
BANCO D O B R A S I L
II
Empréstimos a taxas mínimas
Oepositos em conta corrente
PETROPOLIS
Avenida 15 de Novembro, 9
:
PEQUENA
ILLDSTRACÃo
fyp. ypiranga - Petropolis
Não devemos dizer que
não acreditamos no amor
C o n c l n s ã o da pag.
* • *
Mireille e Jacques passeam de
novo no jardim, mas desta vez é
ao cahir da noite. O sol desçam-1
ba no horizonte e a brisa nocturna já começa a soprar. Jacques
segura a noiva pela cintura e re
gula a cadencia do passo pelo
delia. Por vezes silenciam e os
pensamentos que teem entrecruzam-se, ávidos de se penetrarem, de se confundirem.
— Ainda esta manhã eu era
tão desditosa. Parece-me que
estou sonhando ! Você gostava
de mim ha muito tempo ?
— Sim, Mireille.
— Como é que me deixou soffrer assim ?
Itlicumatismo
SB.
ESTÁ
Quando faz
calor, este homem treme de
frio, e quando
faz frio transpira como se
estivesse a 60
grãos á sombra ! Os médicos até hoje não conseguiram explicai esta exquisita anomalia. O
extranho individuo que a sente, chama-se
George Gosney e vive em Chicago.
6
Ella bem via que Jacques a
observava, procurando-lhe os
olhos ; e admirava-se de que
ninguém falasse no tal casamento projectado, e que não lhe sahia da cabeça um momento sequer.
Quando o almoço estava quasi findo, Jacques tomou a palavra e dirigiu-se a dona d ' A r b o y
— Minha senhora, desejava
pedir-lheum conselho...
— E' cousa tão grave, que o
senhor necessite de minhas luzes ?
— Sim, senhora. Quaes são as
condições a preencher para que
um rapaz seja acceito por uma
senhorita que deseja desposar?
— Ora ! o senhor está gracejando ; pois, então, ignora?...
Penso — accrescentou dona
d'Arboy — cujo coração materno tinha sentido e advinhado
muitas coisas — que a primeira
condição é que exista um amor
reciproco.
Depois, de agradecer, tornando-se solemne, emocionado e
ancioso, ajuntou :
— Posso ter a honra de pedirlhe a mão da senhorita Mireille ?
— Jacques! Oh, Jacques !
Num impeto, a moça correu
para o noivo, pegou-lhe ambas
as mãos, que elle cobriu de osculos.
— Parece-me... está me parecendo — interveio o doutor d'Arboy, que... que não preciso indagar se os dois jovens gostam
um do outro !
Machina Planeta i i >
Pomas palavras, muitas idéas
— E' que as suas palavras j olhos agoniados e, mais do que
cruéis me haviam rasgado o co- tudo. o chilique desta manhã ?
ração e, se eu estivesse certo de
— Jacques, eu tinha renegado
que o amor se vingaria da blas- a coisa mais sagrada da vida.
phemia que você disse, estava Neste mesmo logar onde eu um
longe de suppôr que seria atra- dia soltei o grito da minha duvóz da minha pessoa. Acompa- vida, exclamo agora a minha fé:
nhava a sua vida e aguardava, eu creio no amor... Eu o amo.
tinha esperança!
Jacques, sim !
— Mas... esse casamento, de
Os sinos da egreja badalaram
que falavam ? Você mesmo me ainda os últimos sons nesse dia
confessou : sim, penso seria- lindo de íesta.
mente em me casar...
— Paschoa! E' a minha resur— Sempre almejei fazer de reição, disse Mireille baixinho
você minha esposa.
— Jacques !
— E eu abençoei o engano
que deu logar á sua confissão e 1
á sua resposta afirmativa.
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— Mas. se eu não affirmei couDE T'»DAS ASQlUIilíxnRS
sa alguma !
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15 DE NOVEMBRO, 757
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peiores enfermidades.
Começa
crispando os musculos. entorpecendo as juntas, atacando a
cintura, augmentando de tal
forma até prostal-o na cama.
Alem disto, o excesso de impurezas no sanrue, pode fazer
sentir seus graves ífteitos sobre
o coração.
O rheumatismo, com as suas
mortificantes dores, pode ser
causado pela existencia de bactérias e impurezas no sangue.
Realmente é missão dos rins
eliminar estas impurezas do
sangue. Quando os rins falham
na sua principal funcção, as
impurezas são arrastadas pela
circulação do sangue a todas as
partes do corpo, provocando as
dores que excitam os nervos.
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