Tecnologia
Telecomunicações em uma
Com a impantação do Sistema Óptico
Rio/São Paulo/Brasília (SISOP),
FURNAS entra numa nova era de
telecomunicações, a partir da
disponibilidade de uma moderna
plataforma com alta capacidade
de transmissão e confiabilidade.
Os equipamentos já foram instalados
em unidades da Empresa espalhadas
nos estados do Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais, Goiás e no
Distrito Federal. Esta infra-estrutura
de transporte de comunicações se
apóia nos cabos ópticos implantados
pela Eletronet nas linhas de
transmissão, onde FURNAS tem
trocar informações corporativas e operacionais em tempo real, agilizando,
assim, o processo de gestão na região de maior demanda da área de atuação
de FURNAS. Segundo Sergio Cardinali, gerente do Departamento de
Engenharia de Telecomunicações (DET.T), o SISOP é composto por diversos
subsistemas integrados para atender às necessidades da Empresa.
“O subsistema de teleproteção (requisito de segurança para a
operação do sistema de transmissão de FURNAS), o subsistema de
transporte óptico, o subsistema de rádio (responsável pela integração
do Escritório Central à via óptica), o subsistema de acesso (que
disponibiliza os serviços aos usuários) e de gerência, já se encontram
operacionais”, ressaltou Cardinali.
Novos Serviços
O subsistema de multisserviços (responsável pelas comunicações
corporativas, integrando voz, dados e imagem), embora já disponível, só
estará totalmente operacional em maio de 2004. O multisserviços
permitirá que usuários de diversas áreas da Empresa se comuniquem a
taxas de até 10 Mbps, velocidade que só era disponível entre máquinas de
uma mesma unidade. Todas as funções corporativas ou operacionais serão
gerenciadas, remotamente, por uma plataforma instalada no bloco E, do
Escritório Central.
G RÁFICO A RQUIVO F URNAS
quatro fibras de uso exclusivo.
Através do SISOP, as diversas unidades da Empresa poderão, em breve,
O gráfico mostra
como se encontra,
atualmente, a Rede
de Transmissão Óptica
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• fevereiro 2004 • Linha Direta nº 305
Linhade Transmissão
nova era
“Teremos um salto de qualidade muito grande. Uma série de
novos serviços serão suportados
pelo SISOP. O primeiro será a
vídeocolaboração, que vai permitir
não só a realização de vídeoconferências e ensino à distância, mas,
também, o compartilhamento de
bases de dados simultaneamente
entre várias áreas, onde os usuários poderão atuar diretamente sobre documentos. A vídeocolaboração está prevista para entrar em
operação em 2005”, destacou o
gerente do DET.T.
Os principais parceiros do DET.T
no desenvolvimento e implantação
dos subsistemas são o Departamento de Equipamentos Eletroeletronicos (DQE.O), o Departamento
de Operação do Sistema (DOS.O),
os departamentos de Construção
(DTL.T, DTC.T, DTS.T), os departamentos de Produção (DRR.O,
DRN.O, DRM.O, DRT.O, DRG.O,
DRB.O, DRL.O, DRQ.O E DRP.O) e
o Departamento de Apoio aos Usuários (DUS.G).
FURNAS já tinha cabos ópticos
implantados na rota Norte/Sul, que
vai de Samambaia (DF) até
Miracema (TO); no sistema de
Itaipu interligando Foz do Iguaçu
(PR) até Tijuco Preto (SP); de Angra dos Reis (RJ) até São José (RJ);
e de Itumbiara (GO) até Corumbá
(GO). A grande malha óptica com
equipamentos digitais de última geração de FURNAS será ampliada com
as interligações entre Marimbondo
(MG)/Porto Colômbia (MG), prevista para o final de 2004; Rio de
Janeiro/Vitória (ES), para 2006; e
Campinas (SP) /Araraquara (SP),
para 2006.
Acima, o cacique Altino e sua família
Ao lado, a enfermeira Iris e as crianças da aldeia
F OTOS G LEICE B UENO
FURNAS leva luz elétrica à aldeia Guarani
O cacique Altino dos Santos, o Vera (relâmpago), está feliz e a aldeia Boa Vista
(Tekoa Nãndeva’e) está em festa. Os 140 índios guaranis que vivem na aldeia,
localizada em Ubatuba, São Paulo, serão beneficiados com a instalação de uma
rede elétrica, patrocinada por FURNAS.
A Boa Vista possui, há dois anos, uma enfermaria que conta com equipamentos
médicos e odontológicos, mas que por falta de eletricidade nunca foram utilizados.
A enfermeira Iris Araújo Barbosa, que vive na aldeia há dez anos, comemora
a chegada da energia: “agora, as crianças não precisam sair da aldeia para fazer
inalação. Geralmente, elas voltam do hospital ainda mais gripadas”.
A energia elétrica também vai contribuir para incrementar a educação das 35
crianças que freqüentam a escola Tembiguai (mensageiro), onde são alfabetizadas
em Guarani e Português. A escola terá agora sala de vídeo, televisão, computador
e a instalação de um freezer e de uma geladeira.
Histórico
No ano de 2000, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Fundação Nacional
de Saúde (Funasa) solicitaram a FURNAS, através do Escritório de Representação de São Paulo, a construção de uma rede elétrica para melhorar a assistência
nas áreas de saúde e educação.
Em dezembro de 2001, FURNAS disponibilizou cerca de R$ 29 mil para financiar
a instalação da rede, que terá 1,5 km de extensão, 36 postes e um transformador
monofásico de 15 KVA. Por questões de legislação ambiental, a obra realizada pela
concessionária local, a Elektro – Eletricidade e Serviços S. A. –, só teve início em
meados de dezembro de 2003.
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