ANO VI - N º 35 - Abr/ Jul Páscoa O Instituto Padre Leonardo Carrescia, tradicional estabelecimento de ensino localizado no Rio Comprido, abriu as portas de sua sede para receber as crianças da CACCST. A festa de Páscoa da Instituição contou com várias atividades para os jovens e palestras para os pais. Viva a solidariedade! Teatro O despertar da juventude Adolescentes assistidos pela CACCST batem um papo franco sobre a vida Rifa A Casa de Apoio à Criança com Câncer Santa Teresa agradece a todos que participaram da nossa Rifa Solidária e aproveita para divulgar o resultado dos vencedores. Obrigado pela confiança, apoio e dedicação à causa! Extração n. 04627 – 28/01/2012 1º (1)7.359 Moto Honda Fun - Ganhador Alice Gentil (doou à CACCST). 2º (0)1.028 TV 32 polegadas - Ganhador Celso Hygino As crianças assistidas pela CACCST foram conferir a apresentação do musical infantil “O Reino da Gataria”, que tem o querido voluntário Sérgio Menezes como protagonista. A peça escrita e dirigida por Marcos dos Anjos conta com produção caprichada de João Junior. Um ano após a aventura, os gatos se reúnem para comemorar o dia em que se conheceram com muita música e muita diversão. E para relembrar contam como Duquesa e seus filhotes, se viram em perigo e precisaram do auxílio de novos amigos para retornarem ao lar. O Reino da Gataria é um espetáculo que enfatiza a solidariedade e o valor da amizade. A história de amor de Duquesa e Thomas é embalada por uma trilha sonora composta por músicas originais e executadas ao vivo. Auxiliada pelo cuidadoso figurino, o detalhe da maquiagem e coreografias dinâmicas, esta livre adaptação de Aristogatas ganha nova roupagem com a Companhia Atores in Cena. Aniversário A Casa de Apoio à Criança com Câncer Santa Teresa comemorou no início do mês os aniversários de Thamires Policarpo da Silva, Thais Araújo Novaes Veiga e Juliana Ribeiro Mota. PARCEIROS EXPEDIENTE Em ordem: Esther Silva dos Santos (13), Raquel Rodrigues (13), Thaissa Santiago (18), Andra Maturana (15), Paulo Cézar Geraldo (20), Jhonatas Quintão (21), Weslley Silva (16), Douglas Silva (19), Tiffani Aragão (12), Igor Felipe (18), Marcos Vinicius (19), Tainá Santos (16), Thainá Aragão (17), Jhonatan da Silva (17) Ruan da Silva (17), Pablo Henrique da Silva (19). Considerada uma fase difícil na vida de qualquer jovem, é na adolescência que meninos e meninas presenciam as principais transformações no corpo e no comportamento. Não é à toa que muito adultos costumam chamar essa fase de “aborrecência” e a literatura e a ciência há tempos abordam a questão tentando explicar o que se passa na cabeça e no corpo dessa juventude. Entre os adolescentes que fazem parte do projeto da Casa de Apoio à Criança com Câncer Santa Teresa, a realidade não é muito diferente da realidade dos milhares de jovens. Os questionamentos e as angústias são as mesmas, assim como as brincadeiras que surgem o tempo todo; a mente inquieta que tenta buscar resposta para todas as perguntas do universo e aquela dúvida que todos têm em mente: O que eu vou ser quando crescer? Durante um papo com 20 jovens assistidos pelo projeto, entre uma risada e outra e um cutucão no colega ao lado, eles abordam temas sérios como a insegurança que sentem com o policiamento nas comunidades em que vivem; a questão das cotas para negros nas universidades e as diferenças que enumeram entre meninas e meninas nesta fase. “Sou completamente contra a cota para negros na universidade. Por que não posso concorrer com alguém que é branco pela mesma vaga?”, pergunta Thaissa Santiago, de 15 anos. Imeditamente, Paulo Cezar Geraldo , um dos mais antigos na CACCST e que atualmente cursa o quarto período de direito na Universidade Cândido Mendes, se posiciona de forma contrária. “É uma forma de repararem toda a privação que os negros sofreram durante muito tempo”, questiona Paulinho. Para orientar os jovens e seus familiares, a CACCST Continua na pág. 2 Continuação da capa EDITORIAL No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo. Rajneesh Maio é o mês das mães. Quando falamos de mãe nos lembramos daquela pessoa que nos deu a vida, cuidou da gente e que nos ama incondicionalmente. Existe um velho ditado que diz que mãe é tudo igual e só muda o endereço. A frase pode ser clichê, mas não está totalmente incorreta. Independente de religião, condição social ou cultural, tudo que uma mãe quer é ver o seu filho feliz. Algumas são mais presentes enquanto outras – atarefadas com o corre-corre da vida – talvez não consigam preencher esse espaço físico. Algumas nem precisam ter dado a luz para serem chamadas de mãe, afinal, mãe é aquela (e por que não aquele) que cuida. Quando recebemos uma nova criança na Casa de Apoio, estamos cuidando não só da criança como também de seus familiares. É aí que percebemos a importância da atuação da família no tratamento da doença. Passamos a atuar como verdadeiras mães para essas pessoas que chegam à instituição dando o apoio necessário à sua recuperação. Além do apoio em questões materiais, aconchegamos a alma e quando necessário também damos os devidos puxões de orelha. Afinal, mãe não é aquela que passa a mão na cabeça do filho e sim aquela que nos orienta e nos prepara para o mundo. mantém um grupo de discussão que se reúne mensalmente com coordenação de Rafael Bartolo. O resultado desse trabalho pode ser notado no discurso dos próprios jovens. Irmão gêmeo de Ruan Silva e com mais três outros irmãos dentro do projeto, Jhonatan da Silva percebe a transformação que sofreu com o tempo. “Aqui na CACCST a gente se encontra para ver filme, conversar e colocar o papo em dia com os amigos. Quando eu cheguei aqui era muito revoltado e brigava muito no colégio e em casa. Agora sou outra pessoa”, conta. É com a mesma disposição e alegria com que falam sobre todos os temas que os jovens da CACCST também se comportam quando o assunto é o câncer. Jhonattas Quintão se lembra do período em que visitava sua irmã no INCA e a protegia das brincadeiras no colégio. Thainá Aragão também não carrega boas lembranças do período em que precisou raspar a cabeça e enfrentar os colegas de turma. “Me lembro que não queria ir para o colégio de jeito nenhum e sempre usava um chapéu. Eu não falava no assunto e quando alguma criança debochava de mim eu já ia batendo. Entrar para a Casa de Apoio me deu mais tranquilidade e vi que outras pessoas vivem as mesmas coisas que eu”, diz Thainá, hoje com 17 anos e ostentando uma bela cabeleira. Para Tainá Santos, o medo de perder alguém em função da doença é o mesmo de perder a presença de um voluntário querido. “Quando a pessoa se torna voluntária de uma causa ela tem que saber que estamos contando com ela. Quando elas vão embora e não dão nenhuma satisfação sentimos muita falta”, diz a jovem. Para ela, a diferença de comportamento entre meninos e meninas é notória. “As meninas amadurecem muito mais rápido que os meninos. Enquanto nós já estamos fazendo um monte de coisa, eles ficam querendo só brincar”, conclui ela sob as vaias dos meninos. “Eu não concordo! Saí de casa aos 15 anos porque tinha problemas com minha mãe e fui morar na casa da minha madrinha. Já fui muito bagunceiro, mas depois que vim para a CACCST, coloquei a cabeça no lugar e parei de pensar besteira. Quando me falavam da casa eu achava que era um tipo de asilo, só com gente chata. Descobri que não era nada assim”, diz Douglas Silva, de 19 anos. E é dessa forma, alguns mais tímidos, outros mais extrovertidos, que os jovens que fazem parte da instituição vão crescendo e aprendendo que a adolescência é uma fase difícil, porém muito importante pra o crescimento como Ser Humano. CACCST busca apoio para a construção da nova sede Fundada há 11 anos e com um trabalho muito sério e reconhecido pela sociedade, a Casa de Apoio à Criança com Câncer Santa Teresa, com sede no bairro no Estácio, busca o apoio de empresários e voluntários para conseguir erguer sua nova sede que terá espaço para atender cerca de 300 famílias necessitadas. O primeiro passo foi dado e a prefeitura do Rio de Janeiro concedeu cessão de uso gratuito de um terreno localizado à Rua Frei Caneca, ao lado do Sambódromo, para a construção. A nova casa terá quatro andares, um maior número de quartos e banheiros, suítes com as necessidades específicas para hospedar transplantados; ampla sala de estar e TV; salas de aula e multimídia; brinquedoteca; consultórios de psicologia e atendimento social; pátio ao ar livre; refeitório; lavanderia e salas para realização das oficinas e salão para festas. Por se tratar de uma ONG, a instituição sobrevive apenas de doações de voluntários e ações solidárias promovidas constantemente. Para conseguir arrecadar o valor estimado da obra, a CACCST tem promovido diversos eventos e ações de marketing. Por isso, é importante ressaltar que as doações a entidades de Utilidade Pública Federal, poderão ser deduzidas do Imposto de Renda (Pessoa Jurídica) até o limite de 2% do lucro operacional antes de computada a sua dedução, conforme Lei 9249 - Artigo 13 § 2 inciso I e III. ENTREVISTA José Eduardo C. S. Figueiredo, Diretor Técnico da IESA Qual a importância de apoiar projetos sociais da CACCST? Toda a empresa responsável deve estar consciente que suas funções vão além de gerar riqueza para seus acionistas e remuneração para os seus colaboradores. Há uma razão a mais associada a sua existência: a responsabilidade também com a sociedade da qual faz parte. Esta responsabilidade é efetivada através de ações sociais de várias naturezas. No caso da IESA OG, uma de suas mais importantes ações é o apoio aos projetos sociais da CACCST. A IESA identificou na causa da CACCST um grande significado humano e encontrou em todos seus dirigentes um comprometimento muito grande com ela. Assim, a IESA sente-se muito gratificada com os resultados alcançados e pretende estar cada vez mais ao lado da CACCST. Sua empresa já é doadora há alguns anos. Qual o conselho e orientação que o senhor dá para outras empresas que queiram ser solidárias? Acredito que o apoio à uma causa como a da CACCST, trará a qualquer empresa uma sensação de recompensa por contribuir para o bem estar e a saúde de algumas de nossas crianças e enriquecerá muito a sua imagem perante seus pares, contratantes e aos próprios colaboradores. Como o senhor conheceu a Casa de Apoio à Criança com Câncer Santa Teresa? Através da divulgação dada pela IESA, comecei a saber dos detalhes da atuação da CACCST. Pude conhecer nos últimos anos o trabalho de seus dirigentes, principalmente em eventos dos quais participei. Antes disso já havia ouvido o nome da Casa através da minha esposa, que acompanha os trabalhos de uma entidade com o mesmo propósito no Rio de Janeiro. DENTRO DA LEI Qual a sua compreensão pessoal do termo Responsabilidade Social? A Responsabilidade Social é o conjunto de atitudes de uma empresa relativo à melhoria de vida e o crescimento humano de seus colaboradores e da sociedade em geral. Não pode perder de vista, no entanto, que só poderá desempenhar o seu papel se gerar lucro em sua atividade. Dessa forma, poderá destinar parte dele para programas sociais. A que o senhor atribui o despertar, tido como tardio, para as questões sociais de algumas empresas? A falta de visão de alguns empresários que se mantinham focados somente nas suas atividades; a falta de incentivo por parte dos governos; a legislação que não cobrava esse tipo de ação e outros motivos. Somente há alguns anos as empresas de maior porte foram obrigadas a publicar anualmente seus balanços sociais. Acredito que uma maior comunicação dos trabalhos de apoio que vem sendo feitos por determinadas empresas motivará outras mais a abraçarem as causas sociais. O que podem ganhar as empresas que se mobilizam em prol de programas sociais? Além da gratificação individual de cada uma, com a sensação de que estão ampliando seu papel, acho que um dos maiores ganhos é o crescimento da sua imagem perante ao mercado como um todo. Como o senhor e toda diretoria da IESA se sentem em fazer parte de um projeto tão importante que é a ampliação da CACCST, uma vez que o projeto de arquitetura está sendo desenvolvido pela sua equipe de arquitetos e engenheiros? Sentimo-nos muito felizes em participar da ampliação da CACCST. Como a IESA é uma empresa de engenharia e construção, poderá ajudar muito nesse desafio. Estamos empenhados em que tudo seja feito da melhor forma.