João Florentino dos Anjos A CRIAÇÃO DO TEXTO E A CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO NA INTERNET Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Leitura e Produção de Textos da Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Produção de Textos. Autor: João Florentino dos Anjos Orientadora: Professora MCs. Ferrarini Brasília-DF 2013 Deise Dedico este trabalho a minha esposa, Enezita Sampaio dos Anjos, pela compreensão e dedicação nas horas que eu mais precisei. Ao meu filho João Guilherme Sampaio dos Anjos, pela ajuda e orientação como bom conhecedor do nosso vernáculo e ao meu amigo e web designer, Eugênio Gomes de Sousa Filho, pela a ajuda que me proporcionou durante todo o curso dentro da sua área. Agradecimento Agradeço aos meus professores pela dedicação e pela transmissão de conhecimento e pela paciência que dispensaram nesses anos de ensino oferecendo-me o que de melhor poderiam dar de si para o meu desenvolvimento como cidadão. “No futuro, os novos aparelhos tecnológicos serão talvez tão intransferíveis do homem como a casca do caracol ou a teia da aranha.” (Heisenberg) RESUMO ANJOS, João Florentino dos. A Criação do Texto e a Construção de Conhecimento na Internet, ano da defesa 2013. 35 folhas. LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS. Universidade Católica de Brasília – UCB O seguinte estudo tenta mostrar como a produção de conhecimento é possível por meio da Internet e por ferramentas inovadoras. Para provar esse ponto, parte da história da Internet e estuda a importância desse tipo de ferramenta nos dias de hoje. Sem a qual, o homem demoraria séculos para chegar onde está; isto falando no campo da ciência, porque pessoas comuns não chegariam nem em milhares de anos. A primeira grande revolução tecnológica demorou cerca de dez anos (de 1936 a 1946) até surgir o primeiro computador na primeira metade do Século XX; depois veio a Internet e, com ela, a troca rápida de informações produzindo conhecimentos cada vez mais avançados, chegando a um nível quase sem limites, elevando a cada dia o papel da nova tecnologia, criando novos rumos na história da humanidade com a comunidade científica lutando para alcançar dias melhores em todas as áreas. Nem é necessário lembrar como o homem fazia uma carta chegar ao seu destinatário há dois mil e quinhentos anos. Não se pode esquecer que as comunicações via Internet ganharam um novo rumo, o que se pode dizer que é uma pequena revolução com a criação da Internet banda larga, colocando os usuários mais seguros nas suas transações e com mais liberdade de expressão, e com muito mais conhecimento em menor tempo. É a chamada livre expressão sem barreiras, as novas tecnologias catalisam alterações não só naquilo que se faz, mas também na forma como se pensa. Palavras-chave. Internet. Conhecimento. Texto. Tecnologia. ABSTRACT ANGELS, John Florentine. CEATING TEXT AND KNOWLEDGE BUILDING INTERNET. Year 2013 Defense, 35 pages. Reading and Production of Texts. Catholic University of Brasilia - UCB The following study tries to show like the production of knowledge it is possible through the Internet and for innovatory tools. To prove this point, part of the history of the Internet is counted, as well as the importance of this type of tool in the days of today, without which the man would delay centuries to arrive where it is, this speaking in the field of the science, because common persons would not arrive not even in thousands of years. The first great revolution technological stayed around ten years (from 1936 to 1946) until the first computer appeared in the first half of the century XX, then the Internet came and with her the quick exchange of information’s producing knowledge more and more advanced reaching a level almost without limits, lifting up to each day the paper of the new technology, creating new courses in the history of the humanity with the community scientific fighting for reach better days in all the arrest is not necessary to remember how the man was making a letter reach his addressee there are two thousand and five hundred years. It is not possible to forget that the communications he was seeing Internet they gained a new course, which can say what is a small revolution with the creation of the Internet wide band placing the safest users in his transactions and w ith more freedom of expression, and with much more knowledge in less time. It is the called free expression without barriers, the new technologies catalase alterations not only in what we do, but also about what we think. Keywords. Internet. Knowledge. Text. Technology. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................08 1 CAPÍTULO I O MUNDO TECNOLÓGICO E A CONSTRUÇÃO DA WEB 2.0 .................................................13 2 CAPÍTULO II A INTERNET, COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO ................................21 3 CAPÍTULO III MERCADO GLOBAL ..............................................................................................................24 4 CAOÍTULO IV GÊNEROS TEXTUAIS NA INTERNET........................................................................................28 CONCLUSÃO...........................................................................................................................31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................34 8 INTRODUÇÃO Na organização deste trabalho serão apresentados os tópicos tais como: O mundo tecnológico e a construção da Web 2.0 (O’Reilly Media 2004); a Internet como espaço de construção de conhecimento; Mercado global; eles serão desenvolvidos conforme pesquisado na Internet, livros e Estudos de trabalhos acadêmicos na área das novas tecnologias da comunicação digital. Hoje em dia, os trabalhos e compromissos dependem muito da necessidade que se criou ao utilizar o computador, mais precisamente a Internet. Por isso, foi desenvolvido este trabalho com um tema que envolve todos que têm necessidade de se comunicar pelas redes sociais, pois, hoje todos dependem, a cada dia, das novas tecnologias que estão a serviço do homem e o objetivo é fazer conhecidos os métodos a partir de cada cidadão e principalmente de pessoas de negócio que se dedicaram à ciência da comunicação como Steve Jobs, Bil Gates, sem esquecer os novos gênios das comunicações como: Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, em janeiro de 1996 quando eles eram doutorandos de comunicação via Internet na Universidade Stamford na Califórnia USA e Mark Eliot Zestvhester, Dustin Moskovitz, Eduardo Severin e Chris Hughes criadores do facebook em 04/02/2004 quando eram estudantes na Universidade de Harvard USA, disponível em wikipedia.org/wiki/Google. Acesso em 10/set/2013 suprindo a necessidade que o homem tem de se comunicar melhor, com eficiência e rapidez, com os seus pares fazendo com que eles cheguem aos seus objetivos com muito mais rapidez segurança e praticidade. Para a execução deste trabalho foram pesquisados os instrumentos de comunicação disponíveis no momento e a exploração dos seus conteúdos na socialização das pessoas que dependem da Internet para o trabalho e se comunicar com o mundo de modo geral, no campo dos negócios, com os amigos, com a família e tantas outras áreas que fazem parte do dia a dia de todos. Numa escalada sem fim que nem poderia ser imaginado há menos de um século. Algum tempo, antes da invenção do computador, (1940), o ser humano tinha dificuldade para elaborar diversas tarefas que atualmente podem ser executadas em minutos. Os computadores eram apenas necessários nas grandes empresas, para desempenhar 9 cálculos matemáticos ou administrar inúmeras tarefas ao mesmo tempo, coisa que um ser humano dificilmente conseguiria fazer. Ainda assim, esse primeiro computador¹ (a gigantesca máquina chamada de ENIAC 1946, que pesa trinta toneladas e ocupa um espaço de 120m³) só era utilizado por grandes corporações, sendo que o computador pessoal era algo impensado na década de 1970. A partir de alguns gênios da computação, como Steve Jobs (ex. CEO da Apple) e de Bill Gates (ex. CEO da Microsoft), começou a ser implantado o pensamento de que o ser humano comum necessitaria de um computador pessoal, de interface fácil e que pudesse ser utilizado também para o lazer. De inicio, algumas empresas acharam isso uma loucura, praticamente inviável, porém com o passar do tempo, essas novas empresas de computador começaram a desenvolver máquinas compactas e fáceis de usar, que foram bem aceitas pelo mercado consumidor e, hoje, algumas são transportadas até no bolso ou na palma da mão, como o Iphone e outras. A partir de então, as pessoas comuns começaram a desenvolver a necessidade de possuir computadores próprios, com uma interface capaz de ser apreendida de maneira rápida, já que o computador foi a grande revolução da área tecnológica de informática do século XX. Em seguida, surgiu a Internet como a segunda revolução no mercado dos computadores. Ela permite que o computador desempenhe uma função completamente nova, trazendo essas máquinas para outras dimensões de uso. _____________________ ¹Há 67 anos, foi anunciado o primeiro computador digital eletrônico de grande escala: o ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator). O computador foi criado em fevereirode 1946 pelos cientistas norteamericanos John Presper Eckert e John W. Mauchly, da Electronic Control Company. 10 Com a Internet, as pessoas podem trocar informações em tempo real, além de criar espaços para armazenar essas informações de modo que o mundo todo possa compartilhar textos, vídeos, fotos, etc. Ela abriu um mercado inovador de ferramentas voltadas para o uso pessoal. A maioria dessas ferramentas permite que as pessoas troquem ideias em uma rede comum e formem vínculos de amizade baseados em gostos parecidos por meio de e-mails, bate-papo, blogs, micro blogs, redes sociais, etc. Uma forma de unir pessoas com o mesmo interesse. Isso serviu de maneira clara para a produção de conhecimento, uma vez que a Internet possibilita milhares de pessoas conversarem sobre um determinado assunto em redes sociais, por exemplo, abrindo uma gama enorme de opiniões e debates de todos os lados do mundo, ou seja, pessoas diferentes emitindo opiniões diferentes sobre um assunto em comum. Essa produção de conhecimento acontece de maneira incessante e interminável, um assunto nunca morre na internet, pois toda hora alguém pode descobrir algo novo na rede, e a partir daí compartilhar seus conhecimentos com as outras pessoas, em qualquer parte deste nosso tão sofrido e benéfico Planeta Terra. A produção de conhecimento na Internet não possui limites e pode ser feita por qualquer pessoa. Ela é o meio mais democrático de emitir opinião que se tem conhecimento até hoje, e é também o mais eficaz, pois o faz de maneira rápida e eficiente atingindo milhares de pessoas em todos os cantos deste velho e abusado mundo, isto sem nenhuma restrição, porque felizmente é um ambiente livre e totalmente democratizado. A rede é antes de tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em que as comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber.² Os dados não representam senão a matéria-prima de um processo intelectual e social vivo, altamente elaborado. Enfim, toda inteligência coletiva do mundo jamais dispensará a inteligência pessoal, o esforço individual e o tempo necessário para pesquisar, aprender, avaliar e integrar-se a diversas comunidades, sejam elas virtuais ou não. A rede jamais pensará em seu lugar, é o que se espera. ________________________ ²Entrvista com Pierre Lèvy – Programa RODA VIVA – TV Cultura – Escola Net, educação continuad. 11 A criação da Internet seria inútil se o ser humano não a preenchesse de conteúdo. É o que se coloca nela que a faz tão importante como é hoje em dia. A Internet é totalmente dependente das pessoas que a utilizam, tanto para produzir conteúdo inédito para os sítios quanto para comentá-los. Os que trabalham na área sabem muito bem o que é isso principalmente os que trabalham no ambiente de educação formal na sala de aulas. O certo é que o papel relevante das novas tecnologias da informação e da comunicação poderão desempenhar, no sistema educacional, grandes avanços com o uso da Internet. Pena que o nosso corpo docente no Brasil não tem discutido o assunto o suficiente em sala de aula para saber, na fonte, a necessidade real dos estudantes. Os docentes ainda não foram suficientemente preparados pelos governantes, para acompanhar a geração molhada.³ A geração que ensina os pais a “mexerem” no computador. Na realidade, para equacionar e adequar ou atualizar o novo modelo de conhecimento faz-se necessário mudar critérios, conceitos e valores decorrentes do paradigma científico (MORAES, 1997) que coloca em xeque o atual modelo de construção de conhecimento. As tecnologias digitais vêm superando e transformando os modos e processos de produção e socialização de uma enorme gama de saberes. _______________________ ³Crianças que ainda usam fraldas e ensinam alguns pais a “mexerem” no computador 12 As tecnologias digitais vêm superando e transformando os modos e processos de produção e socialização de uma enorme gama de saberes. Criar, transmitir, armazenar, significar, está acontecendo como em nenhum outro momento da história. Os novos suportes (ou gêneros digitais) permitem que as informações sejam manipuladas de forma extremamente rápidas e flexíveis, envolvendo praticamente todas as áreas do conhecimento humano sistematizado, bem como, todo o cotidiano nas suas multifacetadas relações. Mas não se pode esquecer que a pouca ou falta total do hábito de leitura e escrita dos educandos têm prejudicado tanto eles próprios, quanto os competentes e abnegados educadores no desenvolvimento de suas múltiplas tarefas. 13 CAPÍTULO I 1 O MUNDO TECNOLÓGICO E A CONSTRUÇÃO DA WEB 2.0 4 Antes de acessar o mundo tecnológico do conhecimento na internet é bom ter um pouco da história desta incrível ferramenta colocada nas mãos do homem moderno no campo da educação: A internet surgiu a partir de pesquisas militares nos períodos áureos da Guerra Fria. Na década de 1960, quando dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa liderada pela União Soviética e pelos Estados Unidos: as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação. Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque russo às bases militares. Um ataque poderia trazer a público, informações sigilosas, tornando os EUA vulneráveis. Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização delas. Assim, se o Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, portanto, criar uma rede, a ARPPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency. Em 1962, J. C. R. LickkLider do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) já falava em termos da existência de uma Rede Galaxica. Em 29 de outubro de 1969 ocorreu a transmissão do que pode ser considerado o primeiro e-mail da história. O texto desse primeiro email seria “LOGIN”, conforme desejava o Professor Leonard Kleinrock da Universidade da California em Los Angeles (UCLA), mas o computador no Stanford Research Institute, que recebia a mensagem, parou de funcionar após receber a letra “O”. ________________________ 4 WEB 2.0 é um termo criado em 2004 pela empresa norte-americana O´Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidade e serviços. 14 Já na década de 1970, a tensão entre URSS e EUA diminui. As duas potências entram definitivamente naquilo em que a história se encarrega de chamar de Coexistência Pacífica. Não havendo mais a iminência de um ataque imediato, o governo dos EUA permitiu que pesquisadores que desenvolvessem, nas suas respectivas universidades, estudos na área de defesa pudessem também entrar na ARPANET. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número e localidades universitárias contidas nela. Dividiu-se então este sistema em dois grupos, a MILNET, que possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. O desenvolvimento da rede, nesse ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não só os pesquisadores como também os alunos e os amigos deles, tiveram acesso aos estudos já empreendidos e somaram esforços para aperfeiçoá-los Houve uma época nos Estados Unidos em que sequer cogitava-se a possibilidade de comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los. (Google, Web 2.0) Como motivar os educadores para que eles deem um novo sentido ao seu papel? Como fazer os conteúdos das aulas terem mais significado? Como mudar essa realidade adequando as propostas curriculares às novas tecnologias educacionais? Como abranger as diversas áreas do conhecimento a fim de obter um trabalho interdisciplinar? Todas estas perguntas geram uma grande expectativa, qual seja, a de inserir no cotidiano escolar, o uso das Tecnologias na produção de textos de acordo as necessidades atuais na produção de textos. Veja a seguir o que diz o professor Luiz Antônio Marcuschi: A Internet é uma espécie de protótipo de novas formas de comportamento comunicativo. Se bem aproveitada, ela pode tornarse um meio eficaz de lidar com as práticas pluralistas sem sufocálas, mas ainda não sabemos como isso se desenvolve. Já nos acostumamos a expressões como e-mail, bate-papo virtual, aula chat... Qual a originalidade desses gêneros em relação ao que já existe? De onde vem o fascínio que exercem? Qual a função de um bate-papo pelo computador, por exemplo? Passar o tempo, propiciar divertimento, veicular informações, permitir participação interativa, criar novas amizades? Pode-se dizer que parte do sucesso da nova tecnologia deve-se ao fato de reunir em um só meio, várias formas de expressão, tais como texto, som e imagem, o que lhe dá maleabilidade para a incorporação simultânea de múltiplas semioses, interferindo na natureza dos recursos linguísticos utilizados. A par disso, a rapidez da veiculação e sua flexibilidade linguística aceleram a penetração entre as demais práticas sociais. (MARCUSCHI 2010 P. 16). 15 As novas tecnologias criaram novos rumos na história da humanidade. Elas estão aí para ficar e avançar cada vez mais, daí, a necessidade de novos conhecimentos com essas novas tecnologias na Internet sabendo que ela é um aliado fiel que não decepciona. As universidades têm investido muito no aprimoramento do aprendizado, mas ainda não é tudo, precisam investir no corpo docente, porque não é só com tecnologia que se cria um bom profissional, é preciso investir em gestão humana com pessoas que queiram realmente ter novos conhecimentos. “O impacto das tecnologias digitais na vida contemporânea está apenas se fazendo sentir, mas já mostrou com força suficiente que tem enorme poder tanto para construir quanto para devastar.” (CRYSTAL, 2001 p. 169). Às vezes, torna-se cansativo bater na mesma tecla, mas alguém precisa fazer isso, porque o mundo digital avança numa velocidade espantosa. De 1971 até hoje são apenas quarenta e dois anos e os avanços são de tirar o fôlego, mas não é só isso, a abordagem da linguagem na Internet amanhã não será a mesma de hoje. Fazendo-se uma análise de todos os gêneros que são desenvolvidos e usados atualmente, nota-se que novos gêneros textuais são criados tornando os mais antigos obsoletos. Provavelmente a Internet amanhã pode ganhar um novo nome ou até mesmo um codinome para se adequar às redes mundiais. O que se pode ver são os profissionais de hoje correndo a todo custo para acompanhar essa corrida da era digital, para que possamos desfrutar das benesses do conhecimento criadas pela Internet. Veja por exemplo, o que diz o Aurélio na sua versão eletrônica para o século XXI: A noção de Internet é aqui tomada na acepção ampla que lhe dá o Dicionário Aurélio – século XXI, na sua versão eletrônica, ou seja: internet segundo Aurélio: Qualquer conjunto de redes de computadores ligadas entre si por roteadores e gateways, como p. ex. aquela de âmbito mundial, descentralizada e de acesso público, cujos principais serviços oferecidos são o correio eletrônico, o chat e a Web, e que é constituída por um conjunto de redes de computadores interconectados por roteadores que utilizam o protocolo transmissão TCP/IP. Assim, a internet é algo diverso da WWW e outros fenômenos que estão nela obrigados. Os lexicógrafos e outros autores como: Maria Cândida Moraes, Poul Gilster, Nelson de Lucas Pretto, Pierre Lévy, Luiz Antônio Marcuschi, etc. estão preocupados com a evolução das novas tecnologias e começam a fornecer dados 16 para auxiliar a comunidade letrada do nosso país. Entretanto, as instituições de ensino, do básico ao superior, não parecem tão preocupadas assim, lamentavelmente! Alguns autores que já foram citados até aqui têm colocado a comunidade científica o mais próximo possível das novas tecnologias digitais quando se reclama que as instituições de ensino não têm dado o devido suporte aos docentes, é bom que se diga, também, que alguns profissionais não têm se interessado muito em se desenvolver para acompanhar a loucura atual de busca do conhecimento por meio das novas tecnologias digitais na Educação. Por exemplo: No Brasil, os primeiros embriões de rede surgiram em 1988 e ligavam universidades do Brasil a instituições nos Estados Unidos. No mesmo ano, o Ibase começou a testar o AlterNex, o primeiro serviço brasileiro de Internet não acadêmico e não governamental. Inicialmente o AlterNex era restrito aos membros do Ibase e associados e só em 1992 foi aberto ao público. Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia lança um projeto pioneiro, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Existente ainda hoje, a RNP é uma organização de interesse público cuja principal missão é operar uma rede acadêmica de alcance nacional. Quando foi lançada, a organização tinha o objetivo de capacitar recursos humanos de alta tecnologia e difundir a tecnologia Internet por meio da implantação do primeiro backbone nacional. O primeiro backbone brasileiro foi inaugurado em 1991, destinado exclusivamente à comunidade acadêmica. Mais tarde, em 1995, o governo resolveu abrir o backbone e fornecer conectividade a provedores comerciais. A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na Internet brasileira. O aumento de acesso a rede e a necessidade de uma infra-estrutura mais veloz e segura levaram a investimentos em novas tecnologias. Fonte arquivos da Ibasa, (hoje extinta). Seria impossível pensar na existência de qualquer ser humano nos dia de hoje, principalmente nos grandes centros, sem o uso da Internet e suas ferramentas facilitadoras da vida. Mesmo que o homem tenha passado muito tempo sem o uso dessa criação, pode-se perceber que hoje, o ser humano criou uma relação de dependência com a máquina. A maioria das tarefas mais simples que se possui foram adaptadas para o uso de computadores na Internet. As cartas, (e-mails), os telefonemas, (Skype), os cadastros, tudo foi adaptado para o serviço em rede, por serem considerados mais fáceis e práticos. A capacidade de armazenagem e de compartilhar conteúdo torna a Internet uma ferramenta muito produtiva para empresas e estudos, sendo muito utilizada também para outras finalidades, como recreação e lazer (como o iPhone e o iPad. 17 Ela vem se tornando cada vez mais comum e acessível para pessoas em todo o mundo, por meio do barateamento do custo de produção de computadores e da expansão da rede em escala global. Portanto, hoje em dia não é muito difícil ter acesso à Internet, mesmo sem um computador, já que as lan houses oferecem esse tipo de serviço por um baixo custo, alcançando os jovens e adolescentes. E também tem sido de muita utilidade para estudantes que os pais não podem manter um serviço de Internet em casa, servindo como meio de integração social. Além de lazer cumpre o seu papel de grande relevância na educação. De acordo com a Internet World States, aproximadamente 1,96 bilhões de pessoas utilizam a Internet regularmente em todo o mundo, esse número representa em torno de 29% de toda a população mundial.5 Esse número ainda é pequeno comparado com a população do planeta, (cerca de 7.200 bi), mas a tendência é que o número de usuários cresça, sobretudo com o barateamento dos computadores e com políticas de inclusão digital que começam a ser adotadas por muitas cidades no mundo. A Internet atingiu um novo marco com a criação da Internet banda larga 6 que possibilitou que os usuários façam várias atividades ao mesmo tempo, sem ter que esperar muito e sem o perigo de perder a conexão. Outro marco importante na Internet foi o surgimento da Web 2.0 que será desenvolvido a seguir. O termo Web 2.0 foi criado em 2004, usada para designar uma segunda geração da Internet, composta por comunidades e serviços inovadores, sendo também conhecida como: “Web como plataforma”. A web 2.0 se utiliza de uma série de ferramentas como wikis, aplicativos diversos, redes sociais e Tecnologia da Informação. ________________________ 5 World Internet Users and Population Stats. Internet World Stats (2010) 18 O termo Web 2.0 foi criado (por Tim O’Reilly 2004), usada para designar uma segunda geração da Internet, composta por comunidades e serviços inovadores, sendo também conhecida como: “Web como plataforma”. A web 2.0 se utiliza de uma série de ferramentas como wikis, aplicativos diversos, redes sociais e Tecnologia da Informação. Embora pareça um novo sistema, trata-se da mesma configuração da web antes da criação do termo, envolvendo apenas uma nova maneira de pensar o funcionamento do espaço web, vista como ambiente de interação e participação de diversos usuários para criar uma cultura muito mais completa e interativa. Muitos alegam que o termo é mal utilizado, pois os conceitos da web 2.0 são mais antigos ainda do que a criação da própria web, como a participação e a construção de conhecimento. Além disso, a web 2.0 não é nenhuma criação e não difere nada da web normal, é apenas uma nova maneira de se pensar, portanto muitos estudiosos sobre o assunto consideram a criação do termo apenas como uma grande jogada de marketing. O criador do termo (O’Reilly 2004) sugere algumas regras para se pensar a Web 2.0 de maneira adequada: O beta perpétuo – não trate o software como um artefato, mas como um processo de comprometimento com seus usuários. Pequenas peças frouxamente unidas – abra seus dados e serviços para que sejam reutilizados por outros. Reutilize dados e serviços de outros sempre que possível. Software acima do nível de um único dispositivo – não pense em aplicativos que estão no cliente ou servidor, mas desenvolva aplicativos que estão no espaço entre eles. Lei da Conservação de Lucros, de Clayton Christensen – lembre-se de que em um ambiente de rede, APIs abertas e protocolos padrões vencem, mas isso não significa que a ideia de vantagem competitiva vá embora. Dados são o novo “Intel inside” – a mais importante entre as futuras fontes de fechamento e vantagem competitiva serão os dados, seja por 19 meio do aumento do retorno sobre dados gerados pelo usuário, sendo dono de um nome ou do formato de arquivo proprietários. A web 2.0 proporcionou a criação de um verdadeiro banco de dados que independe do computador e dos sistemas do usuário, possibilitou que as pessoas armazenem conteúdos de seu computador na rede. Os programas que fazem parte da Internet na web 2.0 são constantemente atualizados, a cada dia, sofrendo as alterações de acordo com a opinião das pessoas acerca dos seus serviços. Em oposição ao que acontece com softwares tradicionais, em caixas, com instaladores e dependentes de um sistema operacional. Aplicativos Web podem ser atualizados de forma constante, linear e independente da ação do usuário final. Ainda na web 2.0, cada um dos usuários serve como um banco de dados, assim como a Internet provê uma maneira segura de armazenar dados em rede, sem que eles estejam no computador das outras pessoas, cada usuário também funciona como transmissor de dados, a partir do descobrimento das redes P2P6 nas quis cada usuário é um servidor de arquivos em potencial e os arquivos são trocados diretamente entre eles. Talvez a maior inovação da web 2.0 seja na criação de conteúdo. Todo o conteúdo de web sites sofreu um grande impacto com essa inovação possibilitando aos usuários uma forma de interagir e de participar do que é colocado, organizando e até gerando novas informações. Em se tratando de um conteúdo que não foi criado por um usuário, ele pode interferir na publicação, enriquecendo ainda mais a produção de conteúdo por meio de comentários e de fóruns de discussão sobre um determinado assunto. O conceito disso é baseado na liberdade de expressão, também conhecida como software livre (copyleft), no qual os usuários podem emitir sua opinião acerca de outros assunto e publicações. Funciona de uma maneira que cada integrante da rede pode personalizar seu conteúdo, escolhendo quais os assuntos relevantes para ele. Desde que não prejudique o autor original: __________________________ 6 Peer-to-peer (do inglês par-a-par) entrepares de ponta a ponta, onde cada um nodo realiza tanto funções de servido quanto de cliente. 20 Alguns especialistas em tecnologia, como Tim Berners-Lee, o inventor da World Wide Web (WWW), alegam que o termo carece de sentido, pois a Web 2.0 utiliza muitos componentes tecnológicos criados antes mesmo do surgimento da Web. Alguns críticos do termo afirmam também que este é apenas uma jogada de marketing. O termo Web 2.0 foi usado pela primeira vez em outubro de 2004 pela O´Reilly Media e pela MediaLive International como nome de uma série de conferência sobre o tema, popularizando-se rapidamente a partir de então. Tratou-se de uma constatação de que as empresas que conseguiram se manter por meio da crise da internet possuíam características comuns entre si, o que criou uma série de conceitos agrupados que formam o que chamamos Web 2.0. “Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.” As regras a que se refere O´Reilly já foram discutidas antes do surgimento do termo, sob outros nomes como: infowaer, the internet operating system e the open source paradigm shift e são produto de um consenso entre empresas como Google, Amazon, Yahoo e Microsoft e estudiosos da Web (como Tim O´Reilly, e Tim BernersLee) e da consolidação do que realmente traz resultado na internet. Segundo Tim O´Reilly, a regra mais importante seria desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva conforme citado na página acima. Esclarecendo o que foi dito acima, liberdade de expressão é muito importante porque é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos que é o conceito basilar da democracia moderna na qual não há censura. 21 CAPÍTULO II 2 A INTERNET COMO ESPAÇAO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO A construção de conteúdo na Internet acontece de maneira rápida e constante, de maneira que todo o conteúdo se modifica a cada minuto e tudo está em constante processo de modificação e de aprimoramento, com novas descobertas e novas opiniões. A Internet já é reconhecida como espaço de construção de conhecimento, e melhor ainda, de debate sobre conhecimento, possibilitando que qualquer indivíduo opine e aprenda sobre qualquer assunto. O reconhecimento já é tão amplo que milhares de escola já possuem computadores para expandir os conhecimentos de seus alunos. No Uruguai os alunos não usam Livros, evitando carregar aquele peso enorme nas costas, eles só usam pequenos computadores de mão para armazenar os seus conhecimentos. A presença dos elementos tecnológicos na sociedade, especialmente a Internet, vem transformando o modo dos indivíduos se comunicarem, se relacionarem e construírem conhecimentos. A escola não pode ficar alheia a essas mudanças. Não basta, apenas, introduzir as inovações técnicas na dinâmica escolar, simplesmente por modismo. É fundamental promover uma discussão ampla sobre a relação que se estabelece entre as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, e o processo de ensinar e aprender, evitando assim incorrerem posições dicotômicas que oscilam entre uma supervalorização da tecnologia e, no outro extremo, numa postura de rejeição ao novo, esquecendo que tecnologia é basicamente uma produção humana. Conforme citado na introdução deste trabalho. Quanto ao conhecimento proveniente da Internet, é importante lembrar que são referidos espaço de livre expressão, portanto, o conteúdo que ela disponibiliza é uma junção de esforço e opiniões de pessoas com realidades diferentes. Dessa forma pode-se eleger o conteúdo da Internet como opinião popular, ou melhor, um senso comum, sendo as opiniões expressas variadas de acordo com a realidade dos usuários.7 22 Deve-se tomar cuidado com o conteúdo da Internet, isso não significa que não se possa acreditar em nada que tem sido falado na web, apenas que toda a informação nela presente deve ser checada para comprovar sua veracidade. Alguns jornalistas já cometeram o equívoco de noticiar algum fato que viram na Internet, o que sucedeu posteriormente foi a descoberta de que se tratava de um furo jornalístico falso. Esse tipo de caso é mais comum do que se imagina, já que o jornalismo na Internet é em tempo real. 8 Internet não deve ser tratada apenas como uma novidade nas escolas, como um instrumento que irá resolver a maioria dos problemas presentes nos processos educacionais brasileiros, ela deve ser entendida como um novo caminho no processo de apropriação de conhecimento de forma a modificá-lo e melhorá-lo. Esse conceito se encaixa dentro da ideia de aldeia global, proposta por McLuhan (1969) ao dizer que o progresso tecnológico estaria trazendo o mundo todo a uma condição semelhante a de uma aldeia, onde as informações são passadas de boca em boca, de maneira simples e pouco burocrática: ___________________ 7 KERCKHOVE, Derrick de (1998), Connected Intelligence – the arrival of the web society, London: Kogan page _______________________ 8 WATSON, Nessim (1998), “Why We Argue About Virtual Community: a case study of the Phish. Net Fan Community” 23 Alguns filósofos têm ideias tão independentes que é absolutamente impossível encaixá-los em uma corrente de pensamento. É o caso do canadense Marshall McLuhan. Um dos pesquisadores de comunicação mais criticados de todos os tempos, e também um dos mais influentes, McLuhan criou teorias que delinearam nossa visão de mundo e nos fizeram ver com outros olhos os Meios de Comunicação de Massa. Seu pensamento pode ser resumido em três teorias: os meios de comunicação como extensões do homem, os meios são as mensagens e aldeia global. WATSON, Nessim (1998), “Why We Argue About Virtual Community: a case study of the Phish.Net Fan Community”, In: JONES, Steven G. (1998), Virtual Culture – Identity & communication in Cybersociety, London: Sage, p. 102-132. Hoje todos sabem que os meios de comunicação estão bem avançados, segundo a teoria do autor, os meios de comunicação têm a conotação de extensão do homem, e, na realidade, é isso mesmo. É como se o homem com os braços desse a volta ao mundo e pudesse tocar em tudo conforme a sua imaginação. Os braços a que se refere o autor deste trabalho, nada mais é que a Internet com os seus tentáculos atingindo o mundo em fração de segundo por meio de suas mensagens como se o mundo fosse uma grande aldeia é a chamada aldeia global. . O homem desde a antiguidade sempre quis se comunicar indo além, primeiro usou o próprio homem (o mensageiro), depois usou as aves (o pombo correio e outros), o cavalo (o ginete), a bicicleta, o carro (o sedex até hoje), o trem, a eletricidade, a onda de Rádio, a televisão e por fim a Internet que é a última palavra em comunicação rápida e eficaz como nenhum outro meio até hoje, tornando muito dos seus antecessores obsoletos. Todo esse desenvolvimento representa um mundo totalmente acessível às comunicações na qual o volume de informações aumenta em uma velocidade insustentável a cada dia, onde a inteligência, a criatividade e o uso intensivo das novas tecnologias são fatores que deixam marcas indeléveis. Alavancados por essas novas tecnologias, países saíram da obscuridade e se encontram num espaço de primeiro plano mundial, num tempo relativamente curto. O Brasil pode ser citado como um bom exemplo no avanço dessas novas tecnologias, nas comunicações, na educação, na indústria, até mesmo no serviço público já se nota alguma diferença. 24 CAPÍTULO III 3 MERCADO GLOBAL No mercado global o uso da Internet já se tornou mais do que comum se tornou extremamente necessário. A maioria das atividades cotidianas necessita do uso da Internet no que diz respeito à praticidade e velocidade de muitas ações hoje consideradas banais. A Internet é a principal responsável pelo processo de globalização de conhecimento, já que a rede não possui barreiras territoriais capazes de separar os países. Dessa maneira, por meio de uma língua estabelecida (usualmente o inglês), os usuários da internet podem se comunicar de diversos pontos do planeta sem a preocupação de serem impedidos por questões legais ou territoriais. Como já ficou dito acima, a Internet não conhece limites. Esse processo de globalização encabeçado pelo uso da Internet permite uma interação mais eficaz e também um avanço tecnológico sempre em constante mudança. Essa rede global de conexão só foi possível com o desenvolvimento processado na II Guerra Mundial, quando os americanos investiram em um sistema de espionagem conhecido como Arpanet,9 que servia também como modo de comunicação instantânea entre os aliados. Aprimorando essa tecnologia foi desenvolvida a Internet como conhecemos hoje, com investimentos em fibra ótica e sinais de satélite, possibilitados pela corrida espacial, também proveniente da II Guerra Mundial (1939/1945). ____________________________ 9 Arpanet ou ARPANet é considerada a mãe da Internet, desenvolvida pela Advanced Research and Projects Agency ARPA (1969) disponível em o Google, acesso em 09/08/2011. 25 A Internet foi revolucionária na ação humana, mas principalmente na questão dos princípios humanos, mudando por meio de um espaço de livre expressão sem barreiras, a maneira do ser humano de pensar o mundo. A tecnologia catalisa alterações não só naquilo que fazemos, mas também na forma como pensamos. Modifica a percepção que as pessoas têm de si mesmas umas com as outras, e de sua relação com o mundo. Em que espécie de pessoas os homens estão querendo se transformar com essa gama de novas tecnologias? Quando se fala em novas tecnologias não se pode esquecer que a mídia, em sentido amplo é a interface das práticas de consumo que, muito além da posse de bens, interfere nos modos de viver, que também se dimensiona em contextos diversos refazendo ou quebrando fronteiras, configurando uma ponta do iceberg para estudos das representações das subjetividades e, sobretudo, da vida urbana de hoje. O desempenho da mídia na sociedade, principalmente nos grandes centros urbanos, é fundamental para compreender os múltiplos usos das subjetividades que se formam neste contexto, como se pode ver a seguir. A rede da Internet é um espaço que promove a alteração, reorganização e construção da subjetividade. Sendo assim, os usuários dessa rede são tanto produtores quanto produtos desse tipo de processo. Pensando na Internet como um mercado de venda, pode-se perceber que uma das maiores commodities (mercadorias) desse tipo de mercado é evidenciada pela venda de informações. Milhares de sites jornalísticos vendem a informação na Internet por meio de assinaturas, dessa maneira eles lucram com o conteúdo das informações que constam nas páginas da web, uma forma de lucrar com o conhecimento que a Internet disponibiliza. Outra forma de vender conteúdo na Internet sem ter que cobrar pelo que está escrito nas páginas é por meio de publicidade; dessa maneira, um portal ou site pode disponibilizar um conteúdo no site totalmente de graça, e lucrar com a propaganda dentro de sua página. O mercado da Internet vem crescendo de maneira inimaginável, possibilitando um mercado totalmente inovador e nunca antes pensado. Hoje a grande jogada é vender o produto pela Internet e as grandes lojas já descobriram esse filão para negociar os seus produtos. Também tem o chamado mala direta, com o envio de quarenta mil correspondências, em fração de segundos 26 sem pagar por isso. Esse é o papel relevante das novas tecnologias da informação e da comunicação, não só na educação, mas na globalização do comércio mundial. De acordo com Moraes: Os fios da teia global são as redes de computadores, as máquinas de fax, os satélites, interligando pessoas, empresas, países, centros decisórios por todo o mundo e que constituem a razão de ser do desenvolvimento capitalista atual. Já não é possível tentar controlar os fluxos de informação, conhecimento e dinheiro através de fronteiras. As tentativas neste sentido vêm mostrando-se inúteis em função das modernas tecnologias e das operações eletrônicas que se movem à velocidade da luz. Há uma nova ordem global moldada pelas telecomunicações e que vem mudando fundamentalmente o modo como as pessoas se relacionam. São as redes que emergem de baixo para cima e que, em princípio, deveriam fortalecer o indivíduo, dando-lhe poder e liberdade. Conectados por computadores, correios eletrônicos, telefones celulares, mensagem via fax, as pessoas comunicam-se umas com as outras, independente dos locais onde se encontram (1998). Como consequência dessa chamada “teia global” tem-se hoje alterações profundas no relacionamento empresa/empregados, hoje entregar currículo pessoalmente é coisa do passado, tudo é feito pela rede de computadores, com a vantagem de economia de dinheiro e tempo para gastar em outros afazeres. Porque ao estruturarem-se amplamente como uma rede, os meios de comunicação propiciaram o ilimitado desenvolvimento acima citado e a livre circulação da informação num ambiente sem fronteiras visto que elas foram quebradas pela Internet, como prova disto temos os anúncios na mídia que circulam em todo o mundo, esses anúncios se abrem para análise da constituição de subjetividades, das relações de poder e no âmbito da cultura/consumo no comercio global. A grande mídia, em especial a televisão, representa um dos principais meios de cumprimento das novas políticas destinadas à construção de determinados modelos de seres humanos, criando novas necessidades físicas e materiais além de criarem novos conceitos de sexo, gêneros, idade e raça com novas propostas de construção subjetiva e objetiva com a criação de novas significações de cunho ideológico e político. 27 Esse novo campo do saber midiático por meio do conhecimento na Internet com as novas tecnologias de comunicação podem ser aproveitadas no campo social por meio das práticas pedagógicas, esportes, beleza, melhorando a aparência, etc. como se pode notar, a intensa conexão com as novas tecnologias é cada vez mais presente na vida cotidiana, especialmente nos meios de comunicação, em que as comunidades virtuais, como os sites de relacionamentos são uma verdadeira febre nacional, criando novos modos de ser e estar no mundo. Principalmente entre jovens e adolescentes. 28 4 CAPÍTULO IV Gêneros Textuais na Internet O assunto gêneros textuais na Internet é muito vasto, mas aqui será tratado como exemplo apenas um, “Softwere” dentre todos os gêneros textuais existentes na Internet, o Softwere é de grande avaliação na Produção de textos. Provavelmente nem todos sabem o que um Softwere, mas ele é muito conhecido no mundo virtual. Softwere é um programa de computador composto por uma sequência de instruções, que é interpretada e executada por um processador ou por uma máquina virtual. Em um programa correto e funcional, essa sequência segue padrões específicos que resultam em um comportamento desejado. De acordo com as necessidades da empresa que está usando o programa. O termo "software" foi criado na década de 1940, e é um trocadilho com o termo hardware. Hardware, em inglês, significa ferramenta física. Software seria tudo o que faz o computador funcionar excetuando a parte física dele com todos os seus componentes interno, que é conhecido por poucos. Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de interpretar e executar as instruções de que é formado. Quando um software está representado com instruções que podem ser executadas diretamente por um processador diz-se que está escrito em linguagem de máquina. A execução de um software também pode ser intermediada por um programa interpretador, responsável por interpretar e executar cada uma de suas instruções. Uma categoria especial, e o notável de interpretadores são as máquinas virtuais, como a máquina virtual Java (JVM), que simulam um computador inteiro, real ou imaginado. O dispositivo mais conhecido que dispõe de um processador é o computador. Atualmente, com o barateamento dos microprocessadores, existem outras máquinas programáveis, como telefone celular, máquinas de automação industrial, calculadora, etc. A construção de um programa de computador o chamado código fonte é um conjunto de instruções para o processador também chamado de linguagem de máquina, que pode-se utilizar em linguagens de programação, que traduza 29 comandos em instruções para o processador. Normalmente, programas de computador são escritos em linguagens de programação, pois estas foram projetadas para aproximar-se das linguagens usadas por seres humanos. Raramente a linguagem de máquina é usada para desenvolver um programa. Atualmente existe uma quantidade muito grande de linguagens de programação, dentre elas as mais populares no momento são Java, Visual Basic, C, C++, PHP, dentre outras. Alguns programas feitos para usos específicos, como por exemplo software embarcado ou software embutido, ainda são feitos em linguagem de máquina para aumentar a velocidade ou diminuir o espaço consumido. Em todo caso, a melhoria dos processadores dedicados também vem diminuindo essa prática, sendo a “C” uma linguagem típica para esse tipo de projeto. Essa prática, porém, vem caindo em desuso, principalmente devido à grande complexidade dos processadores atuais, dos sistemas operacionais e dos problemas tratados. Muito raramente, realmente apenas em casos excepcionais, é utilizado o código de máquina, a representação numérica utilizada diretamente pelo processador. O programa é inicialmente "carregado" na memória principal. Após carregar o programa, o computador encontra o Entry Point ou ponto inicial de entrada do programa que carregou e lê as instruções sucessivamente byte por byte. As instruções do programa são passadas para o sistema ou processador onde são traduzidas da linguagen de programação para a linguagem de máquina, sendo em seguida executadas ou direcionadas diretamente para o hardware, que recebe as instruções na forma de linguagem de máquina. Qualquer computador moderno tem uma variedade de programas que fazem diversas tarefas. Eles podem ser classificados em duas grandes categorias: 1. Software de sistema que incluiu o firmware (O BIOS dos computadores pessoais, por exemplo), drivers de dispositivos, o sistemas operacionais, uma interface gráfica que, em conjunto, permite ao usuário interagir com o computador e seus periféricos. 2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais tarefas específicas. Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de larga escala, muitas vezes em âmbito mundial; nestes casos, os programas tendem a ser 30 mais robustos e mais padronizados. Programas escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor. Pode-se dizer que ainda é possível usar a categoria Software embutido ou software embarcado, indicando software destinado a funcionar dentro de uma máquina que não é um computador de uso geral e normalmente com um destino muito específico que é caso dos celulares, tablets, e tantos outros aparelhos existentes atualmente, por qualquer pessoa, inclusive crianças de tenra idade, não querem outro brinquedo, só a Internet. 31 CONCLUSÃO Até aqui foram elaborados os temas propostos neste trabalho como: O Mundo Tecnológico e a construção da Web 2.0 e A Internet como Espaço de Construção de Conhecimento, abordando desde o início com a criação do computador até o desenvolvimento da Internet passando por diversos autores e fases em pesquisa pela mídia mostrando as vantagens das novas tecnologias no campo das comunicações, na educação e como todo esse arsenal de conhecimento tem influenciado no cotidiano da humanidade. Foi mostrado que, com todas essas inovações, o mundo tem avançado a passos largos para o desenvolvimento, o que não teria acontecido sem os conhecimentos da Internet. Como o mundo se tornou uma pequena aldeia global, trazendo o homem cada vez mais próximo dos seus objetivos, mas também, muitas vezes mais distante daqueles que lhe são mais caros, pois a Internet é também, um meio de o ser humano se isolar no seu pequeno mundo, aumentando significativamente o número de autistas virtuais. A Internet é necessária para a maioria das atividades que são efetuadas no cotidiano, sendo imprescindível na maioria das coisas que são feitas atualmente. Ela não é mais, apenas uma ferramenta usada por aqueles que laboram no mundo virtual, pois está ligada a muitas questões da sociedade que necessita dessa nova tecnologia de uma forma ou de outra. A Internet é um dos meios mais completos de se produzir conhecimento que se tem noticia. Isso porque é totalmente democrática e muito acessível, permitindo que milhões de pessoas participem da criação do seu conteúdo de maneira instantânea e muito rápida. De maneira prática, ela permite que o acesso ao conteúdo aconteça de maneira muito fácil, sem barreiras em nenhum tipo de assunto. A Internet hoje já é muito usada nas escolas por alunos e professores, não apenas como meio de obter mais conhecimentos, mas também como meio de expandir ideias e criar um novo tipo de consciência através do espaço temporal da rede online. Cada vez mais seu uso vem crescendo e isso possibilita a criação de mais conteúdo na Internet, já que a maior quantidade de usuários permite maior 32 quantidade de produção de conhecimento. Tudo que passa por diversas opiniões na Internet acaba como um resultado muito mais rico e também completo. Trata-se de um relato criado a partir de várias ideias e opiniões. Como a criação desse conteúdo é democrática, tudo pode ser dito na Internet, o que significa que nem tudo é comprovado cientificamente. Nesse processo os próprios internautas funcionam como filtro para o tipo de conteúdo que aparece na Internet. Se uma coisa absurda é falada em um fórum, cabe aos usuários desmentila tornando os internautas parecidos com fiscais do conhecimento. A Internet pode funcionar como uma extensão da maioria dos meios tecnológicos ou impressos, ou seja, uma extensão de meios informativos. Com a Internet é possível discutir mais amplamente ideias que aparecem em filmes, revista ou jornais. O público da Internet entende que sua participação é importante e o mercado também reconhece esse aspecto inovador. Dessa maneira diversos sites disponibilizam maneiras de os usuários emitirem suas opiniões por meio de comentários e fóruns destinados aos assuntos específicos. Além de tudo isso, todo usuário pode criar um portal de discussão, no qual sua ideia será avaliada, e mais importante ainda, complementada por outros navegantes. A diferença da criação de conteúdo na Internet, ou melhor, da disponibilidade do conteúdo, é que ele não tem restrições, caso alguma coisa que não agrada a alguém seja colocada ela pode até sumir, mas esse processo demora certo tempo. A verdade é que a Internet ainda não foi explorada em todo o seu potencial, ela ainda pode apresentar muitas inovações ao longo do tempo, até porque ela é modificada todos os dias. Quem participa da sua modificação são os próprios usuários, que com suas sugestões acabam melhorando o modo como ela opera. Como se diz que o conteúdo é a “alma” do texto, na Internet não poderia ser diferente, daí a necessidade de o texto ser “enxuto” com uma linguagem acessível para quem vai tomar conhecimento dele, se possível o mais simples que poder, porque não é só com textos em linguagem rebuscada que se obtém o devido respeito. Ninguém precisa fazer acrobacia linguística para escrever bem, é bastante conhecer o seu público e escrever na sua linguagem. Use a imaginação. O Luiz Antônio Marcuschi (2002) é bastante enfático ao afirmar que “a linguagem dar-se através de textos.” Seja em linguagem rebuscada ou não o texto 33 deve ser explorado de todas as maneiras na linguagem escrita, mas também na linguagem falada, que são as armas usadas pelos professores para escrever e falar. Finalizando a conclusão, será inserido um texto do David Crystal sobre a Internet, ele é professor honorário de linguística da Universidade do País de Gales, em Bangor, David Crystal de 66 anos, é uma das maiores autoridades mundiais em linguagem. Autor de “A Revolução da Linguagem” (Jorge Zahar), ele falou a VEJA sobre as mudanças que a Internet trouxe ao uso da língua e sobre as línguas em extinção. Disponível em o Google. Acesso em 04/set/2013. 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHYSTAL, David. A Revolução da Linguagem. Disponível em Google Wikipedia, acesso em 20 de julho de 2013. KERCKHOVE, Derrick de. Conected Inteliigence – the arrivel of the web society London: Kogan Pege, 1998 MARCUSCHI, Luiz Antônio. Hipertexto e gêneros digitais, Novas Formas de Construção de Sentidos, 3. ed. São Paulo: Cortez 2010 p.16 ________. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola 2008 MORAES, Maria Cândida. Informática educativa no Brasil: um pouco de história... Em Aberto, Brasília, ano 12, n.. 57, jan/mar 1993 p. 17-26 WATSON, Nessim. Why We Argue About Virtual Community: a case study 1998 WEB 2,0 Compact Definition: Trying Again – O’Reilly Radar. Radaroreilly.com 08 de Setembro de 2013