Simulado 1 – Matemática – IME – 2012 Soluções Propostas 1 – Para 0 , temos: para cada um dos elementos de , valores possíveis em (não precisam ser distintos entre si, apenas precisam ser pertencentes a , pois não se exige que a função seja injetiva), totalizando possibilidades para restrita a , pelo Princípio Multiplicativo; para cada um dos elementos de nem precisam ser pertencentes apenas a , novamente pelo Princípio Multiplicativo. , valores possíveis em , pois não se exige que Portanto, mais uma vez pelo Princípio Multiplicativo, temos para Obs.: Para ou , o total de possibilidades para (não precisam ser distintos, pois não se exige que a função seja injetiva, ), totalizando possibilidades para restrita a um total de é, trivialmente, igual 2 – Assumindo um evidente equívoco no enunciado, e substituindo por possibilidades. . na expressão dada, temos, por redução ao mesmo denominador: Esta expressão terá sempre valor inteiro, para qualquer inteiro, se o resto da divisão do numerador pelo denominador for sempre igual a zero Para verificar isso, pode-se utilizar a função , que associa a cada inteiro o resto de sua divisão por um número inteiro positivo fixo , denominado módulo, e que possui as seguintes evidentes propriedades: Note-se que a divisibilidade por um número equivale à divisibilidade por cada um dos seus fatores primos, na potência com que ocorrem em sua fatoração prima. Assim, em nosso caso, bastará verificar que é nulo o resto da divisão do numerador por e por . Calculando o resto da divisão do numerador por , temos: . Temos, assim, para qualquer inteiro : se se se , então , então ; , então . Portanto, para qualquer inteiro , temos que Calculando, de mesma forma, o resto da divisão do numerador por , temos: , ou seja, é divisível por . . Temos, assim, para qualquer inteiro : se , então se , então ; se , então ; se , se , então ; então . Portanto, para qualquer inteiro , temos que , ou seja, Concluímos, então que, para qualquer inteiro , a expressão para qualquer inteiro . 3 – Definindo , , é divisível por é divisível por . , de modo que a expressão inicial é um número inteiro, , o sistema de equações torna-se: Definindo, ainda, a função , o novo sistema pode ser expresso da seguinte forma: Um sistema assim admite, evidentemente, soluções da forma , onde é uma solução da equação . Uma evidente condição necessária (mas não suficiente) para que existam outras soluções é que a função cruze a bissetriz dos quadrantes ímpares, como na figura abaixo. Ocorre que a função forma . Como a equação encontra-se completamente acima dessa bissetriz, não existindo, portanto, outras soluções que não sejam da só possui a solução , o sistema original só possui uma solução, dada por 4 – Expressemos a tangente da soma pedida em termos das raízes do polinômio dado: . Portanto, a tangente da soma pedida pode ser calculada com os coeficientes do polinômio dado: . Assim, a soma pedida é igual a , a menos de múltiplos de . 5 – Designemos por: o número de “caras” obtidas por A no lançamento de suas o número de “caras” obtidas por B no lançamento de suas moedas; moedas; o número de “caras” obtidas por A após o lançamento das suas primeiras moedas, antes de lançar a última das suas o número de “caras” obtidas por A no lançamentos da sua última moeda ( Assim, moedas; ). . Em razão da honestidade de todas as moedas lançadas e da independência entre todos os lançamentos, temos que: , de modo que: . Pelas mesmas razões, também temos: . Como: , obtemos: . Portanto, a probabilidade de A obter mais “caras”, no lançamento de suas 6 – A forma geral do determinante moedas, do que B, no lançamento de suas moedas, é igual a . é a seguinte: Somando a cada coluna a sua coluna vizinha à direita, indo da esquerda para direita, o determinante adquire a seguinte forma, sem alterar seu valor: Desenvolvendo o determinante pela sua primeira linha, obtem-se , com 7 – A seguinte identidade, válida para quaisquer números reais , revela que a igualdade a ser demonstrada, válida para . , . Portanto, . e e , depende de ser a expressão entre colchetes igual à unidade, para Isto pode ser demonstrado com o desenvolvimento do binômio , obtendo-se, com a observação de que : Extraindo o quadrado do módulo de seus membros, por meio de conjugados, obtem-se, com a observação de que Utilizando-se a seguinte identidade, válida para quaisquer números reais , obtem-se, para : e : : como desejado, demonstrando a validade da igualdade a ser demonstrada. 8 – Para o , abaixo, tracemos, inicialmente, as paralelas e , aos lados respectivamente, formando o paralelogramo . D A B' C' B e A' A'' C Tracemos, também, as medianas , e do , e liguemos por segmentos de reta o ponto médio do lado do paralelogramo aos extremos da mediana . Mostremos, inicialmente, que os comprimentos dos lados do , em destaque na figura, são iguais aos comprimentos das medianas do . Note-se, inicialmente, que o lado do já é uma das próprias medianas do . Já o comprimento do lado do é igual à metade da diagonal do paralelogramo , pois e são os pontos médios dos seus lados e , respectivamente. Como as diagonais desse paralelogramo se encontram em seus pontos médios, temos que , e são colineares, e que, portanto, o comprimento da mediana do é igual à metade do comprimento da diagonal do paralelogramo e, assim, igual ao comprimento do lado ’ do Por fim, sendo e segmentos paralelos de mesmo comprimento, por serem lados opostos do paralelogramo , e sendo o ponto médio da e o ponto médio de , temos então que os segmentos e também são paralelos de mesmo comprimento, constituindo assim os lados opostos um paralelogramo , de modo que seus outros dois lados, a mediana do e o lado do , também são segmentos paralelos de mesmo comprimento. Portanto, os lados do tem os mesmos comprimentos das medianas do . Já a área deste , em relação à do , pode ser mais facilmente obtida em relação à área do paralelogramo a metade, excluindo-se as áreas do , do e do . , da qual a área do é As áreas do e do são ambas iguais à da área do paralelograma , pois cada uma é igual à metade das áreas dos e , respectivamente, tendo mesma altura, mas apenas metade da base desses triângulos. Note-se que tais triângulos que são congruentes e, portanto, tem áreas iguais à metade da área do paralelogramo. Por fim, a área do é igual à da área do , pois, como já visto, tornando esses triângulos semelhantes, com razão de semelhança igual a igual à metade da área do paralelogramo, segue-se que a área do Conclui-se, assim, que a área do é paralelo ao segmento BD e tem metade do seu comprimento, e, portanto, a relação entre suas áreas é igual a . Como a área do é é igual a da área do paralelogramo. é igual a da área do paralelogramo e, portanto, igual a da área do . 9 – A figura a seguir apresenta as relações entre as variáveis necessárias para a determinação geométrica da abscissa da reta vertical cujos pontos de intercecção com a hipérbole dada formam com o foco de abscissa positiva um triângulo retângulo, onde é a distância dos focos ao centro da hipérbole, é a distância das diretrizes ao centro da hipérbole, e é a excentricidade da hipérbole. Interessante observar que, como a inclinação das assíntotas da hipérbole é menor do que a inclinação dos catetos do triângulo retângulo pedido, existem necessáriamente duas soluções, uma à esquerda do foco ( ) e outra à direita do foco ( ). e.(x-d) (x,0) /2 c-x (c,0) /2 e.(x-d) Para a determinação de ambas as soluções para , basta a seguinte relação: sendo uma solução obtida com Explicitando a abscissa e a outra com . e simplificando sua expressão, temos: Assim, para a hipérbole em questão, com , para . e , as soluções são dadas por , para , e por 10 – Para determinarmos as dimensões do cone circular reto, cujo volume é pedido, deve-se escolher uma seção cônica que contenha seu eixo e pontos de tangência de sua superfície com as esferas que fixam essas dimensões. A figura a seguir ilustra a vista de topo das esferas inferiores. B H C Pela disposição das esferas inferiores, podemos ver que a seção vertical a ser escolhida deve passar pelos centros de esferas opostas, no quadrado que estes centros formam, que assim não se tangenciam e estão distantes ; por exemplo a seção que contém os centros e , passando pelo encontro das diagonais do quadrado. A figura a seguir ilustra a seção obtida, incluindo o centro da esfera superior, que tangencia todas as inferiores. A' A O B H H' B' C C' Duas conclusões iniciais, que facilitam a obtenção das dimensões do cone, são imediatamente extraídas dessa figura: o igual a isósceles formado pelos centros das duas esferas inferiores e a esfera superior é retângulo em , pois a distância entre os centros vezes a distância comum entre esses centros e o centro da esfera superior; e é , formado pela seção cônica propriamente dita, e o são semelhantes, por possuirem lados paralelos distantes ; mais exatamente, são homotéticos, com centro de homotetia localizado nos incentros coincidentes, por serem suas bissetrizes coincidentes. Essas conclusões são suficientes para o cálculo da altura e do raio da base do cone circular reto, e seu volume pedido. O tamanho da altura do cone pode ser calculada pela soma dos comprimentos de , de e de . Lembrando que o ângulo do vértice também é reto, pela semelhança entre e , sua tangência com a esfera superior torna o comprimento de igual a . Sendo a altura de um triângulo retângulo isósceles cuja hipotenusa com comprimento igual a , tem então comprimento igual a . Por fim, tem comprimento igual a , por estarem as esferas inferiores apoiadas sobre a base do cone. Portanto, temos que tem comprimento . O raio da base do cone pode ser calculado por meio da razão de semelhança entre e , juntamente com o comprimento hipotenusa . Essa razão de semelhança pode ser determinada pela razão entre o comprimento da altura e o comprimento correspondente altura . Portanto, a razão de semelhança é igual a e o raio da base circular é igual a . Assim, o volume pedido do cone é igual a . da da