UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil Eliane Aparecida Justino ESTUDO DO CONTROLE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL COM O USO DE RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO NA BACIA DO CÓRREGO LAGOINHA, MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal de Uberlândia, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Civil. Área de Concentração: Engenharia Urbana. Orientador: Profª. Dra. Ana Luiza Ferreira Campos Maragno Co-orientador: Profº. Dr. Laerte Bernardes Arruda UBERLÂNDIA, 13 DE AGOSTO DE 2004 FICHA CATALOGRÁFICA: S728e Justino, Eliane Aparecida, 2004 Estudo do controle do escoamento superficial com o uso de reservatório de retenção na bacia do Córrego Lagoinha, município de Uberlândia -MG, 2004. 185p. :il. Orientador: Ana Luiza Ferreira Campos Maragno. Co-Orientador: Laerte Bernardes Arruda. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Inclui bibliografia. 1. Dissertação de Mestrado – Teses. 2. Redação e modelo – Teses. I. Justino, Eliane Aparecida. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. I I. Estudo do controle do escoamento superficial com o uso de reservatório de retenção na Bacia do Córrego Lagoinha, município de UberlândiaMG. CDU: 624.011.2 (043.4) DEDICATÓRIA Aos meus amados pais pelo amor, vida e educação; e acima de tudo a Deus. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pois ele é a base da minha vida. Agradeço aos meus pais, pela vida, amor, educação, e por poder contar com eles sempre que preciso. Agradeço os meus irmãos, Luciana, Cristiane e Juninho, e também a minha sobrinha Bruna, pela recarga de energia que eles me oferecem sempre que volto pra casa, depois de longos períodos longe da família. Agradeço ao Professor Laerte Bernardes pela paciência que teve lendo e corrigindo o meu trabalho, e pelo aconselhamento que viabilizaram a execução deste. A minha orientadora Professora Ana Luiza pelo grande auxílio. Agradeço as minhas amigas Cristiane, Meire, Renata e Tatianna pela grande amizade, que mesmo distantes estão sempre me incentivando e torcendo por mim. Agradeço ao meu namorado Clayton que está sempre ao meu lado, mesmo quando não posso lhe dar a atenção merecida. Agradeço-lhe pelo carinho, companheirismo e dedicação. Agradeço as minhas amigas, Aline, Ludmylla, Maria Aparecida e Thaís, por ter sido a minha família durante esse período de trabalho. Agradeço ao funcionário Wanderlei, pelo auxílio dado no trabalho de levantamentos de campo, etapa fundamental do meu trabalho. Agradeço à secretária Sueli por poder contar com ela sempre que precisei. Agradeço às funcionárias da Biblioteca do Campus Santa Mônica Valdenice e Ana Paula pelo auxílio inestimável no levantamento da minha revisão bibliográfica. A todos os colegas e amigos de Pós-Graduação, principalmente aos amigos Eduardo, Anderson, Wemerton, Daniela, Kleber, Caroline, Ricardo, Antônio Henrique. A todos da Estação Climatológica da Universidade Federal de Uberlândia, pelos dados cedidos, em especial ao coordenador Washington. A Prefeitura Municipal de Uberlândia pela disponibilidade de dados necessários ao meu trabalho, em especial a Secretarias de Planejamento Urbano e Secretaria de Obras. Agradeço a CAPES pelo suporte financeiro que permitiu a minha estadia em Uberlândia. A todos aqui expresso a minha mais profunda gratidão. Justino, E.A. Estudo do controle do escoamento superficial com o uso de reservatório de retenção na bacia do Córrego Lagoinha, município de Uberlândia-MG. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Federal de Uberlândia, 2004. 183p. RESUMO O aumento da freqüência de ocorrência de enchentes nas cidades brasileiras nos últimos anos motivou o desenvolvimento deste trabalho, no qual é avaliada a eficiência de um reservatório de retenção, para controlar o aumento do escoamento superficial, efeito direto do crescimento descontrolado da malha urbana. Para simular os avanços da urbanização foi escolhida uma bacia hidrográfica na cidade de Uberlândia, sobre a qual foram construídos e analisados quatro cenários de ocupação distintos: pré- urbanização, atual, futuro I e futuro II. O reservatório de retenção adotado é do tipo centralizado e foi implantado na área central da bacia do Córrego Lagoinha. Para dimensionamento da estrutura de controle, foi considerado como referência o cenário de pré-urbanização. Os resultados obtidos na simulação mostraram que para um aumento de 54% de área impermeável, a vazão de pico pode sofrer um aumento de 59,40% sobre a vazão de pico do cenário de pré-urbanização. O que torna necessário o uso de medidas alternativas para o controle das cheias, uma vez que, os sistemas de drenagem da bacia não comportam tal acréscimo. A estrutura de controle utilizada se mostrou eficiente na redução do pico dos hidrogramas de cheia para a bacia, em até 45,13%, e também permitiu um retardo de 30 minutos no tempo de pico da vazão. Palavras chaves: reservatório de retenção, controle de escoamento superficial, drenagem urbana, atenuação de vazão de pico, controle centralizado. Justino, E.A. Study of runoff control with the use of retetion reservoir in the Córrego Lagoinha watershed, Uberlândia-MG city. Msc Dissertation, College of Civil Engineering, Federal University of Uberlândia, 2004. 183p. ABSTRACT The increase of the frequency of inundations occurrence in the brazilian cities in the last years motivated the development of this work, in which the efficiency of a retention reservoir is evaluated, to control the runoff increase, direct effect of the uncontrolled growth of the urban mesh. To simulate urbanization a watershed was chosen in Uberlândia city, then four different occupation sceneries were analyzed: pre-urbanization, current, future I and future II. The retention reservoir adopted is of the centralized type and it was implanted in the central area of the Córrego Lagoinha watershed. The pre-urbanization scenery was the reference to dimensioning the control structure. The sceneries simulation showed that for an increase of 54% in the index of impermeable area, the peak discharge can suffer an increase of 59,40% on the peak discharge of the pre- urbanization scenery. In the face of those increments, the net pluvial drainage installed showed insufficient to drain the new coming discharge, affirming the need to use alternative measures for the flood control. The control structure adopted in this case showed a reliable reduction of the hydrograph peak to the watershed, in up to 45,13%, and it also allowed a retard of 30 minutes in the discharge peak time. Keywords: retention reservoir, runoff control, urban drainage, reduction of discharge peak, centralized control. SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS SÍMBOLOS A – área de seção de escoamento C – coeficiente de escoamento superficial h – horas hc – altura crítica i – intensidade de chuva I – vazão de entrada no reservatório I – declividade do álveo e da bacia I% – porcentagem de impermeabilização P – altura pluviométrica P – perímetro hidráulico Q – vazão de saída do reservatório Qa – vazão antes da urbanização Qd – vazão depois da urbanização QH – vazão hidráulica Qin – vazão de entrada Qp – vazão de pico do hidrograma de cheia Qpu – vazão de pico do hidrograma unitário sintético Qout – vazão de saída RH – raio hidráulico s – segundo S – volume do reservatório t – tempo tc – tempo de concentração td – tempo de concentração depois da urbanização tp – tempo de retardamento ts – tempo de escoamento superficial Va – volume antes da urbanização Vd – volume de escoamento depois da urbanização Vesd – volume de escoamento superficial Vs – volume do reservatório ∆Q – atenuação da vazão de pico ∆t – variação do tempo ABREVIATURAS c/ - com cen. - cenário Dimen – dimensão D/R – detenção/ retenção h - horas ha - hectares hab – habitantes jus. - jusante min. – minutos mont. - montante nº - número pré – pré-urbanização s/ - sem SIGLAS ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos CETESB- Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CN – número de curvas DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica NRCS – Natural Resources Conservation Service PDU – Plano Diretor de Urbanização PDDU – Plano Diretor de Drenagem Urbana SCS – Soil Conservation Service SDU – Sistema de drenagem urbana TR-55 – Technical Realease 55 UTR – Unidades Territoriais Residenciais SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1 1.1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................1 1.2. OBJETIVO ..................................................................................................................2 1.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................3 CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 5 2.1. IMPACTO HIDROLÓGICO DA URBANIZAÇÃO ..................................................5 2.1.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL E A URBANIZAÇÃO .............................5 2.1.2. IMPACTO DA URBANIZAÇÃO NO ESCOAMENTO SUPERFICIAL..........6 2.1.3. MÉTODOS PARA QUANTIFICAÇÃO DO ESCOAMENTO EM ÁREAS URBANAS ...................................................................................................................10 2.2. O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA – SDU....................................................18 2.3. PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA............................21 2.3.1. AÇÕES POLÍTICAS ..........................................................................................23 2.3.2. PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA - PDDU...............................26 2.4. CONTROLE DE ENCHENTES ................................................................................28 2.5. SISTEMA DE DETENÇÃO/RETENÇÃO................................................................37 2.5.1. CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DOS RESERVATÓRIOS.......................39 2.5.2. LOCALIZAÇÃO ................................................................................................40 2.5.3. DETERMINAÇÃO DO VOLUME ...................................................................42 2.5.4. ELEMENTOS HIDRÁULICOS DE SAÍDA.....................................................47 CAPÍTULO 3 – DESENVO LVIM ENTO DO ES TUDO .................................................... 50 3.1. ESTRUTURA DO ESTUDO .....................................................................................50 3.2. CARACTERÍSTICAS DA BACIA CONTRIBUINTE.............................................52 3.2.1. ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS ..............................................53 3.2.1.1. CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS .....................................................53 3.2.1.2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DA BACIA CONTRIBUINTE ............55 3.2.1.3. COBERTURA DA BACIA CONTRIBUINTE E USO DA TERRA ...............55 3.2.1.4. CLIMA .........................................................................................................56 3.2.2. PARÂMETROS HIDROLÓGICOS DA BACIA ..............................................57 3.2.2.1. COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL.................................57 3.2.2.2. PERÍODO DE RETORNO...........................................................................61 3.2.2.3. INTENSIDADE DE CHUVA .......................................................................62 3.2.2.4. NÚMERO DE CURVA DE RUNOFF CN DO SCS.....................................66 3.2.2.5. TEMPO DE CONCENTRAÇÃO..................................................................70 CAPÍTULO 4 – ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMP LAN TAÇÃO DO RES ERVATÓRIO ................................................................................................................ 87 4.1. DESCRIÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE IMPANTAÇÃO .........................87 4.1.1. DISPONIBILIDADE DE ESPAÇO ...................................................................88 4.1.2. CAPACIDADE DE INTERFERIR NO AMORTECIMENTO .........................88 4.1.3. TRANSPORTE DE POLUENTES ....................................................................89 4.1.4. POSSÍVEIS LOCAlizações DO rESERVATÓRIO ...........................................89 4.2. ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS...........................................................................90 4.2.1. CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO .............................................................90 4.2.2. CENÁRIO ATUAL ............................................................................................90 4.2.3. CENÁRIO FUTURO..........................................................................................92 CAPÍTULO 5 – DETERM INAÇÃO DOS HI DROGRAMAS E PROPAGAÇ ÃO NO RES ERVATÓRIO .............................................................................................................. 102 5.1. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DE ENTRADA E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO ..........................................................................................................102 5.1.1. HIDROGRAMAS DE eNTRADA DO RESERVATÓRIO.............................102 5.1.1.1. Hidrograma para o cenário de pré-urbanização ......................................103 5.1.1.2. Hidrograma para o cenário atual .............................................................105 5.1.1.3. Hidrogramas para os cenários futuros......................................................106 5.1.2. PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓ RIO .........................................................109 5.1.2.1. Propagação no reservatório para o cenário atual ....................................109 5.1.2.2. Propagação no reservatório para o cenário futuro I ................................117 5.1.2.3. Propagação no reservatório para o cenário futuro II...............................117 5.2. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS SEM A INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO..............................................................................118 5.3. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DA BACIA COM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO ..........................................................................................................120 5.4. ESTIMATIVA DE CUSTO DA OBRA DE CONTROLE ......................................124 CAPÍTULO 6 – ANÁLIS E E DISCUSS ÃO DOS RESULTADOS .................................. 125 6.1. EFEITO DA UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE CONTROLE SOBRE O ESCOAMENTO .............................................................................................................127 CAPÍTULO 7 – CONCLUSÕES E SUGESTÕ ES ............................................................ 131 7.1. CONCLUSÕES .......................................................................................................131 7.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS....................................................132 CAPÍTULO 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 133 APÊNDICE A – CÁLCULO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO ................................ 140 APÊNDICE B – DETERMINAÇ ÃO DOS HI DROGRAMAS E P ROPAGAÇÃO NO RES ERVATÓRIO .............................................................................................................. 153 APÊNDICE C – PARÂM ETROS HI DROLÓGICOS DA BACIA ................................... 173 APÊNDICE D - FIGURAS ................................................................................................ 184 CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 1 CAP ÍTU LO 1 INTRODUÇÃO 1.1. APRESENTAÇÃO A cidade de Uberlândia, localizada no Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais, encontra-se hoje em processo acelerado de urbanização, cujo controle ainda tem-se mostrado ineficaz, o que afeta grandemente o processo de drenagem de água pluvial. A falta de um planejamento adequado do uso e ocupação do solo pela malha urbana faz com que se tornem preocupantes os problemas relacionados com o escoamento superficial das águas de chuva, pois estes vêm provocando degradação ambiental, prejuízos sociais e econômicos, afetando conseqüentemente, a qualidade de vida das comunidades do município. Para que a urbanização se processe de forma sustentável, o planejamento se faz imprescindível, pois, uma vez conhecida as características da área, é possível prever os impactos e, com isso, promover uma ocupação mais ordenada e menos danosa. O planejamento da rede de drenagem em conjunto com o planejamento urbano é o primeiro passo para a adoção de soluções que realmente possam minimizar os problemas relativos às enchentes urbanas. É necessário planejar o uso do solo e projetar o sistema viário urbano, de forma coerente com a drenagem urbana. Entre as soluções que podem ser adotadas está a implantação de sistemas de retenção que substituam a retenção natural das águas pluviais. Existem ainda sistemas de retenção que detêm o escoamento por tempo CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 2 suficiente para que parte dos poluentes carreados pelas águas pluviais seja sedimentada no fundo do reservatório; sistemas de infiltração que infiltram no solo parte do escoamento; e canais de drenagem abertos com cobertura em grama, que oferecem maior resistência ao escoamento. Este trabalho traz como proposta o uso de reservatório de retenção na bacia do Córrego Lagoinha, situada no Município de Uberlândia, para promover o controle do escoamento superficial, pois este tipo de dispositivo permite a retenção temporária da vazão excedente, provocada pelo aumento da porcentagem de impermeabilização do solo devido ao crescimento da urbanização, além de proporcionar o escoamento gradativo após o evento chuvoso, o que evita o problema de transferência das cheias para os locais a jusante do local de implantação do reservatório. 1.2. OBJETIVO Estudar a possibilidade de implantação de estruturas de controle centralizado, reservatório de retenção, na bacia do Córrego Lagoinha, analisando a influência deste instrumento de controle hidráulico na amenização do aumento de escoamento superficial. O reservatório proposto terá como finalidade principal reter temporariamente o volume excedente do escoamento superficial, permitindo que este seja transmitido de forma gradativa as áreas de jusante, após o evento da precipitação. Com este trabalho espera-se verificar a relação entre os valores dos índices urbanísticos e a geração do escoamento superficial para algumas situações de ocupação urbana. O resultados deste trabalho em conjunto com outros já desenvolvidos e em desenvolvimento, oferecerão bases para o Plano Diretor de Drenagem Urbana da cidade de Uberlândia-MG, permitindo um maior controle da ocorrência de enchentes. CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 3 1.3. JUSTIFICATIVA Nas últimas décadas o Brasil apresentou um crescimento expressivo, surgindo assim as chamadas regiões metropolitanas. O crescimento urbano acelerado ocorreu após a década de 60, desenvolvendo uma população urbana praticamente sem infraestrutura, conseqüência da redução de investimento neste setor, ocorrido principalmente na década de 80. Os efeitos desse processo atingiram todo o setor urbano relativo a recurso hídrico: abastecimento de água, transporte, tratamento de esgoto sanitário e drenagem pluvial (TUCCI, 1993). As enchentes urbanas são um problema crônico devido principalmente à gerência inadequada ou a não existência de Planejamento de Drenagem, e à concepção equivocada dos projetos de engenharia. A gestão deficiente é resultado da falta de mecanismos legais e administrativos de controle da ampliação das cheias devido à urbanização. A concepção equivocada se reflete na idéia preconcebida dos engenheiros de que a boa drenagem é aquela que permite escoar rapidamente a água precipitada sobre a área de seu estudo. No entanto, a melhor drenagem é aquela que drena o escoamento sem produzir impactos nem no local, nem a jusante. As conseqüências desses erros têm produzido custos extremamente elevados para a sociedade como um todo. No passado, para combater inundações, os projetos de drenagem urbana costumavam se limitar às chamadas obras de melhoria hidráulica dos canais. Quase sempre, visavam o aumento da sua capacidade de descarga, às custas de aumentos de velocidade, seja por incrementos de declividade, ou por adoção de um revestimento mais liso. Como quase nunca foi possível, provavelmente por falta de recursos financeiros, implantar projetos de canalização ao longo de todos os talvegues integrantes de uma determinada bacia hidrográfica, tais projetos sempre acabaram por beneficiar uma parcela da população de montante, porém transferindo e agravando problemas de inundações para a população situada à jusante. Dentro desse contexto, é evidente que, com o passar dos anos, os problemas de inundação tiveram a tendência de se tornarem cada vez mais graves, pois, se não bastassem os aspectos altamente catastróficos de um processo de urbanização não controlado e sem planejamento, provocando a diminuição da capacidade de infiltração e retenção das águas de chuva, os mencionados projetos de canalização ainda contribuíram para elevar as vazões de pico e reduzir os tempos de percurso dessas vazões. CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 4 Diante da ineficiência dos métodos tradicionais de controle de enchentes, os profissionais da área de Drenagem Urbana têm se interessado bastante nos reservatórios de retenção como medida mitigadora, por se tratar de uma solução que permite o escoamento pluvial de forma gradativa, controlando o escoamento superficial local e à jusante, e em geral apresentam custos inferiores quando comparado com outras medidas utilizadas. Nos últimos anos, o sucesso da implantação dos reservatórios de retenção nos grandes centros, os ditos “piscinões”, têm aumentado as perspectivas em relação a esta forma de controle, visto que estes solucionaram problemas que afligiam durante anos tais localidades. Conceitualmente, os reservatórios de retenção de cheias atuam no sentido de compensar os citados aspectos negativos da urbanização, com o objetivo de resgatar ou devolver, mesmo que parcialmente, as condições naturais equivalentes de uma determinada bacia hidrográfica. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5 CAP ÍTU LO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. IMPACTO HIDROLÓGICO DA URBANIZAÇÃO 2.1.1.CRESCIM EN TO PO PULACIONAL E A URBANI ZAÇÃO Segundo Popclock (2000) a população mundial de nossos tempos já é de quase 6 bilhões de habitantes e deverá dobrar até o ano de 2100 (ONU apud CRUZ, 1998). Este crescimento populacional é altamente preocupante, principalmente se analisarmos a população urbana separadamente. Em 1800, apenas 1% da população habitava em cidades. Em 1820, Londres era o único centro urbano com mais de 1 milhão de habitantes, mas em 1985 já havia mais de 270 (GLADWELL apud AGRA, 2001). A Figura 2.1 mostra a evolução e a estimativa do número de centros urbanos com mais de 1 milhão de habitantes. No início do século passado a população urbana apresentava um percentual de 15%, chegando a mais de 50% em nossos dias (TUCCI, 1995). Na Figura 2.1 pode-se constatar também que o aumento da população urbana é maior nas regiões menos desenvolvidas. No período de 1970 até agora, estima-se que a população urbana de regiões desenvolvidas cresceu 64%, enquanto que a de regiões menos desenvolvidas cresceu 239% (GLADWELL apud AGRA, 2001). Segundo Tucci (1995) na CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6 América Latina e no Caribe, a população urbana cresce a taxa de 3 a 5% ao ano, enquanto que nos países desenvolvidos, esse processo já está estável. número de aglomerados urbanos 600 500 400 300 200 100 0 1940 1960 1980 2000 2020 anos Região desenvolvida Região sub-desenvolvida Total Figura 2.1 – Aumento do número de centros urbanos com mais de um milhão de habitantes. Fonte: Agra(2001) No Brasil o processo de urbanização acelerada ocorreu após a década de 60, gerando uma população urbana com infraestrutura inadequada. Atualmente o Brasil apresenta uma taxa de população urbana de 80%, próxima à saturação (TUCCI, 1995). Segundo Milograna (2001) o Brasil deve contar com pelo menos duas cidades com mais de dez milhões de habitantes, sendo que em 1997, pelo menos doze já possuíam mais de um milhão de habitantes. Segundo Tucci (2000), cada habitante que participa do êxodo rural, aumentando a população urbana, é responsável pela transformação de 0,005 ha (50 m2 ) de área rural em urbana. 2.1.2.IM PACTO DA URBANI ZAÇÃO NO ES CO AM ENTO S UPERFICI AL As condições de escoamento de uma bacia hidrográfica sofrem grandes alterações, quando se transforma um solo outrora permeável numa superfície impermeabilizada, por meio da construção de edificações, da execução de pavimento, ou pela realização de outras obras. O que se observa nesta nova situação, é que precipitações, mesmo de pequeno ou médio CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7 portes, têm provocado problemas de enchentes, principalmente nas grandes cidades (MOTTA, 1997). Segundo Tucci (1997), à medida que a cidade se urbaniza, em geral ocorre: • Aumento das vazões máximas devido ao aumento da capacidade de escoamento através de condutos e canais e impermeabilização das superfícies; • Redução da infiltração no solo devido à impermeabilização das superfícies e como conseqüência, diminuição do nível do lençol freático; • Aumento da produção de sedimentos devido a desproteção das superfícies e à produção de resíduos sólidos (lixo); • A deterioração da qualidade da água devido à lavagem das ruas, transporte de material sólido e às ligações clandestinas de esgoto sanitário ao sistema de drenagem de água pluvial. A perda de vidas humanas, diferentemente dos danos materiais, não pode ser monetariamente mensurada, constituindo-se, assim, no maior problema decorrente das enchentes. Os jornais televisionados mostraram que as enchentes ocorridas no período de chuva de novembro de 2003 a março de 2004 foram as piores dos últimos anos, atingindo até mesmo regiões do Brasil que até meses antes se encontravam castigadas pela seca, tais enchentes mataram dezenas de pessoas, e deixou outras milhares desabrigadas. Pedrosa (1996) cita outro fato comumente verificado nas enchentes urbanas que são epidemias de algumas moléstias de veiculação hídrica, logo após a ocorrência de enchentes. A leptospirose, doença transmitida pela urina do rato, que durante as cheias tem uma maior probabilidade de ocorrência, é a mais comum delas. De acordo com Heller apud Bernardes e Soares (2003), a maioria dos estudos realizados sobre saneamento e saúde não aborda a drenagem urbana, privilegiando os sistemas de abastecimento de água, esgotos sanitários e limpeza pública. No intuito de suprir essa lacuna, Souza (2001) desenvolveu um modelo causal para explicar de que forma a carência CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8 ou precariedade dos sistemas de drenagem urbana favorece a ocorrência de doenças. Neste modelo foram detectados 12 tipos de doenças: febre amarela urbana, dengue, esquistossomose, filariose, leptospirose, malária, febre tifóide, hepatite A, cólera, ancilostomíase, tricuríase e ascaridíase. As inundações urbanas, segundo Tucci (1995), são decorrentes de dois processos: as inundações em áreas ribeirinhas e as inundações devido à urbanização. Estes dois processos podem ocorrer de forma isolada ou integrada. As inundações em áreas ribeirinhas acontecem quando os rios, durante períodos de grandes precipitações, escoam no seu leito maior, atingindo a população que ocupa indevidamente este local. A ocupação desta área de risco deve-se: • A loteamento de área de risco após uma seqüência de anos sem enchente, em virtude da ausência na quase totalidade das cidades brasileiras, de restrições sobre a ocupação dessas áreas previstas em seu Plano Diretor de Urbanização (PDU); • A invasão de áreas ribeirinhas que pertencem ao poder público pela população de baixa renda; • A ocupação de áreas de médio risco que são atingidas, eventualmente, com prejuízos significativos. As enchentes devido à urbanização se devem às diversas modificações na bacia que ocorrem durante o processo de urbanização. Podem ainda haver inundações localizadas, provocadas por estrangulamentos das seções de rios, por remanso ou por erros de execução em projetos de drenagem (TUCCI, 1995). A impermeabilização do solo é efeito direto da urbanização, o que gera impacto significativo sobre o escoamento das águas pluviais na bacia. Vários autores relacionam os índices de impermeabilização com a densidade habitacional, por ser esta uma informação disponível através dos censos, e também, para que se possa caracterizar cenários futuros de impermeabilização, através das estimativas de crescimento populacional. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9 Motta Jr e Tucci (1984) ajustaram uma equação de regressão múltipla entre a área impermeável e parcelas da bacia com diferentes tipos de densidade, com base em aerofotos, para a cidade de Porto Alegre, na bacia do Arroio Dilúvio. Tucci et al. (1989) utilizaram os dados de 11 bacias urbanas na região metropolitana de São Paulo e construíram curvas semelhantes. Com base nestes resultados, os autores compararam São Paulo e Porto alegre, concluíram que o comportamento é muito semelhante, e ajustaram uma curva média para as duas cidades. Campana e Tucci (1994), com base em dados das regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, analisaram a tendência da relação entre densidade habitacional e área impermeável. Os autores chegaram a conclusão de que, para densidades menores que 120 hab/ha, o comportamento é uniforme e dão por: AI = 0,00489 DH, onde AI é o percentual de área impermeável e DH é a densidade habitacional, em habitante por hectare. Para valores de densidade superiores a este, a tendência é uma estabilização num valor de área impermeável por volta de 65%. Segundo Genz (1994) os impactos da urbanização sobre as cheias nas cidades se mostram, principalmente, para os casos das precipitações mais freqüentes, ou seja, as menos intensas. Isso porque as grandes precipitações também provocam enchentes nas bacias rurais, uma vez que nestes casos o solo logo é saturado e passa a gerar escoamento superficial. Embora os impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico serem perceptíveis, sua quantificação é bastante difícil. Packman apud Genz (1994) comenta que há trabalhos que afirmam que o escoamento médio anual pode não variar com a impermeabilização, enquanto outros afirma m que esse pode ser ampliado em 1000%. Para o tempo de resposta da bacia os resultados variam entre não haver impacto da urbanização até a redução também da ordem de 1000%. Para o percentual de escoamento os trabalhos indicam casos de não haver variação até aumentos de 600%. O autor atribui a isso a grande variedade de parâmetros que podem influenciar na análise destes impactos: a situação original da bacia, a caracterização das chuvas, a localização das áreas impermeáveis, a rede de drenagem, as obras de terra que foram executadas na bacia, a interação da bacia com o aqüífero, entre outras. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10 Brás e Perkins (1975) afirmam que os impactos decorrentes da urbanização também dependem das características das chuvas e não só da Bacia. Os autores fizeram um estudo, utilizando um modelo hidrológico para simular a urbanização com residências, com diferentes tipos de precipitação. Os resultados mostraram um aumento na vazão de pico entre 7% e 200% e uma redução no tempo de pico de 8% a 40%. Segundo Agra (2001) a necessidade de quantificar estes impactos tem impulsionado muitos estudos e trabalhos no Brasil e no exterior. E essa tendência já vem de muito tempo. Genz (1994) e Silveira (2000) apresentam revisões da literatura que mostram vários pesquisadores, em várias cidades do país preocupados com esta tarefa. Estes trabalhos trataram da criação de modelos e metodologias para simular as bacias urbanas, e mostram a tendência do fim dos anos 70 e toda a década de 80. Tempos atrás se associava a poluição dos corpos d’águas à urbanização, devido aos esgotos domésticos não tratados e despejos industriais, porém, hoje se percebe que parte dessa poluição gerada em áreas urbanas tem origem no escoamento superficial sobre áreas impermeáveis, áreas em fase de construção, depósitos de lixo e outros. Segundo Tucci (1995) a impermeabilização leva ao aumento dos números de vezes em que a bacia produz escoamento superficial e ao aumento, também, das velocidades de escoamento, gerando maior capacidade de arraste, portanto maiores cargas poluidoras. 2.1.3.M ÉTODOS PARA QUANTI FI CAÇÃO DO ES CO AM ENTO EM ÁREAS URBANAS A determinação da quantidade do escoamento pluvial nas áreas urbanas pode ser feita por métodos empíricos, como o método racional e o método do SCS TR-55; métodos estatísticos, que fazem ajuste de séries históricas, como determinação do hidrograma unitário; e modelos matemáticos, que simulam o comportamento da bacia de drenagem. O método escolhido depende da finalidade dos estudos, das características da bacia e da disponibilidade de dados. Alguns desses métodos serão descritos a seguir: CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11 Método Racional Este método é provavelmente o mais divulgado e simples de ser utilizado, ganhou esse nome devido a ser o primeiro derivado da equação racional. O método racional é um método indireto, foi apresentado pela primeira vez por Mulvaney, em 1851, e usado por Emil Kwiching, em 1889. O método é usado para calcular a vazão de pico de uma determinada bacia, considerando sua seção (TOMAZ, 2002). Este método presume como conceito básico que o máximo caudal para uma pequena bacia contribuinte, até 500 hectares, ocorre quando toda a bacia está contribuindo, e que este caudal é igual a uma fração da precipitação média. Em forma analítica, é expresso por: Q=K.C.i.A (2.1) Onde: K é um coeficiente de ajuste de unidade, sendo 0,278 no Sistema Internacional (SI)); C é o coeficiente de escoamento superficial, que é a relação entre o pico de vazão e a chuva média sobre a área receptora; i é intensidade de precipitação em mm.h-1 ; A é área da bacia em km2 , Q é o caudal que deflui sobre a superfície do solo, em m3 .s-1 . O coeficiente de escoamento superficial é um parâmetro da permeabilidade da bacia de drenagem, sensível às características da bacia, tais como: tipo de solo; tipo de utilização do solo, vegetação, condições climáticas e período de recorrência (Barbosa, 1996). Método SCS TR-55 Foi apresentado em 1986 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, através do Natural Resources Conservations Services (NRCS). Este método é empregado em bacias urbanas (até 250 km2 ) (TOMAZ, 2002). O método SCS TR-55 determina o pico de descarga através de método gráfico destinado às áreas urbanas e rurais, como o método do hidrograma unitário. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 12 Em 2000, Chin apud Tomaz (2002) elaborou equações matemáticas que substituíram os gráficos usados no TR-55, tais equações se apresentam em unidades do Sistema Internacional (SI), uma vez que o mesmo transformou o método gráfico que estava nas unidades inglesas, para as unidades do SI. O método do SCS TR-55 é apresentado analiticamente pela expressão: Qp = Q u . A . Q. Fp (2.2) Onde: Qp – vazão de pico (m3 /s); Qu – pico de descarga unitária (m3 /s/cm/km2 ); A – área da bacia (km2 ); Q – runoff, ou seja, o escoamento superficial de uma chuva de 24 horas (cm); Fp – fator adimensional de ajustamento devido as poças d’águas fornecido pela Tabela 2.1. Tabela 2.1 – Fator de ajustamento em função da porcentagem de água de chuva retida em poças d’águas ou brejos Porcentagem da água de chuva que fica em poças d'águas ou em brejos (%) Fp 0,0 1,00 0,2 0,97 1,0 0,87 3,0 0,75 5,0* 0,72 Fonte: TR-TR-55 junho de 1996 apud Tomaz (2002) (*) Se a porcentagem de água de chuva retida em poças e brejos for maior que 5%, considerações especiais devem ser tomadas para se achar a chuva excedente (Chin apud Tomaz (2002)) O pico de descarga unitária Qu é fornecido pela equação abaixo: log (Q u) = C0 + C1 . log tc + C2 ( log tc)2 – 2,366 Sendo: C0 , C1 , C2 obtidos da Tabela 2.2. tc – tempo de concentração (h), sendo que: 0,1 = tc = 10 h. Tabela 2.2 – Valores de C0 , C1 e C2 , obtidos em função do tipo de (2.3) CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13 chuva e da relação Ia/P Tipo de chuva conforme SCS (Estados Unidos) I IA II III Ia/P C0 C1 C2 0,10 2,30550 -0,51429 -0,11750 0,20 2,23537 -0,50387 -0,08929 0,25 2,18219 -0,48488 -0,06589 0,30 2,10624 -0,45695 -0,02835 0,35 2,00303 -0,40769 0,01983 0,40 1,87733 -0,32274 0,05754 0,45 1,76312 -0,15644 0,00453 0,50 1,67889 -0,0693 0,0 0,10 2,03250 -0,31583 -0,13748 0,20 1,91978 -0,28215 -0,07020 0,25 1,83842 -0,25543 0,30 1,72657 -0,198266 0,02633 0,50 1,63417 -0,09100 0,0 0,10 2,55323 -0,61512 -0,16403 0,30 2,46532 -0,62257 -0,11657 0,35 2,41896 -0,61594 -0,08820 0,40 2,36409 -0,59857 -0,05621 0,45 2,29238 -0,57005 -0,02281 0,50 2,20282 -0,51599 -0,01259 0,10 2,47317 -0,51848 -0,17083 0,30 2,39628 -0,51202 -0,13245 0,35 2,35477 -0,49735 -0,11985 0,40 2,30726 -0,46541 -0,11094 0,45 2,24876 -0,41314 -0,11508 0,50 2,17772 -0,36803 -0,09525 -0,02597 Fonte: Chin apud Tomaz (2002) Os tipos de chuvas I, IA, II e III são os tipos de chuvas das quatro regiões que foi dividido os Estados Unidos. Para o Brasil adota-se o tipo de chuva II. A relação Ia/P encontrada na Tabela 2.2 é a relação entre a abstração inicial em milímetros, que representa todas as perdas antes que comece runoff, e o valor de precipitação para chuva de 24 horas. O valor de Ia = 0,2 S, sendo S o potencial máximo de retenção em milímetros após começar runoff. O Valor de S é função do número da curva CN. CAPITULO 2 S= REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25400 − 254 CN 14 (2.4) O valor da chuva excedente ou runoff ou escoamento superficial é: ( P − 0, 2S ) 2 Q= ( P + 0,8 S ) (2.5) Segundo Tomaz (2002) para valores de Ia/P < 0,10 deverá se usado o valor Ia/P = 0,10 e para valores Ia/P > 0,50 deverá ser usado Ia/P = 0,50. O método do SCS determina o hidrograma de cheia das bacias de drenagem. Este método basea-se no conceito de hidrograma unitário, apresentado por Tomaz (2002). O hidrograma de cheia de uma bacia é determinado pela iteração do hidrograma unitário com a chuva excedente. Para obtenção do hidrograma unitário é preciso determinar cada variável envolvida no Vazão processo, apresentadas na Figura 2.2. D tc tp ta ponto de inflexão Vesd tb tempo Figura 2.2 – Característica do hidrograma Fonte: Tomaz (2002) A seguir será definida cada variável do hidrograma unitário sintético do SCS: CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15 Tempo de retardamento (tp) – tempo que vai do centro de massa do hietograma da chuva excedente até o pico do hidrograma. Segundo Vem Te Chow apud Tomaz (2002), o valor do tempo de retardamento é dado aproximadamente pela relação: t p = 0,6.t c (2.6) Onde tc é o tempo de concentração da bacia. Tempo de ascensão (ta ) – tempo que vai do início da chuva até atingir o valor de vazão de pico do hidrograma, este valor pode ser encontrado pela seguinte relação: ta = t p + D 2 (2.7) Onde D é a duração da chuva unitária, obtida por D = 0,133 tc. Vazão de pico (Qp) – vazão de pico do hidrograma. A vazão de pico é definida pelo SCS como sendo: Q p = 2,08. A ta (2.8) Onde Qp é a vazão de pico em m3 /s; A é área da bacia em km2 ; ta é o tempo de ascensão em horas. Volume de escoamento superficial (Vesd) – o volume do escoamento superficial é dada pela área do triangulo da Figura 2.2, composto pela base tb e pela vazão Qp . O tempo de base tb é igual a 2,67 ta. Vp = Q p . tb 2 (2.9) Depois de definidas as variáveis que compõem o hidrograma unitário da bacia em estudo, este é montado a partir da relação com o hidrograma unitário sintético curvilíneo do SCS, que segundo Tomaz (2002) é apresentado na Tabela 2.3. Como o hidrograma unitário apresenta a vazão por unidade altura (cm), é preciso determinar o valor do escoamento superficial ou chuva excedente. Para isto, é utilizado o método do número de curva (CN), já apresentado no item anterior. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16 E finalmente o hidrograma de cheia é determinado pelo processo chamado de convolução, processo segundo o qual a chuva de projeto é combinada com a função de transferência, para produzir o hidrograma do escoamento superficial. Neste processo o hidrograma unitário é multiplicado pela chuva excedente, no tempo específico. Tabela 2.3 – Hidrograma unitário curvilíneo adimensional do SCS t/tp 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4 3,6 3,8 4 4,5 5 Q/Qp 0,000 0,030 0,100 0,190 0,310 0,470 0,660 0,820 0,930 0,990 1,000 0,990 0,930 0,860 0,780 0,680 0,560 0,460 0,390 0,330 0,280 0,207 0,147 0,107 0,077 0,055 0,040 0,029 0,021 0,015 0,011 0,005 0,000 Fonte: Tomaz (2002) Hidrograma Unitário O método do hidrograma unitário foi proposto pela primeira vez por Sherman, em 1932. Este método utiliza dados históricos de precipitação e vazão de uma bacia de características físicas definidas (BARBOSA, 1986). O hidrograma unitário é definido como o hidrograma do escoamento direto, resultante de uma precipitação efetiva de altura unitária distribuída uniformemente sobre a bacia hidrográfica, em um espaço de tempo definido. MCcuen apud Tomaz (2002) apresenta as hipóteses básicas do método: CAPITULO 2 • REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 17 A intensidade da chuva efetiva é constante durante a tormenta que produz o hidrograma unitário; • Distribuição uniforme da chuva efetiva em toda a área de drenagem da bacia; • O tempo de duração do hidrograma do deflúvio superficial direto devido a uma chuva efetiva de duração de unitária é constante. A forma do hidrograma unitário da bacia sofre alterações quando há mudanças na suas características, incluindo forma, declividade, detenção, infiltração, e rede de drenagem. Modelos onda cinemática A onda cinemática é uma aproximação de primeira ordem à onda dinâmica completa descrita pelas equações de Saint-Venant (BARBOSA, 1996). O modelo de onda cinemática foi usada no Brasil por Motta Jr. e Tucci (1982). O modelo foi utilizado para propagar ondas de cheia em rios longos, se tornando, posteriormente mais popular na modelagem de escoamento superficial. Nesse trabalho apresentado por Motta Jr. e Tucci, onde se descrevia a aplicação da onda cinemática e dinâmica, nota-se a relação entre o comportamento destas ondas e a variação do número de Froude, observando-se que a onda cinemática predomina para um número de Froude menor que 1,5, quando a declividade da linha d’água é descrita pela equação de Manning. Para a resolução numérica das equações da onda cinemática, Brakensiek, em 1967, apresentou um estudo sobre métodos de resolução por diferenças finitas, que levaram a considerar o esquema implícito o mais estável. No mesmo ano Woolhiser e Liggett apresentaram uma solução numérica para onda cinemática baseada nas diferenças finita, e apresentou um parâmetro K adequado como critério de utilização da aproximação cinemática (BARBOSA, 1986). CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18 2.2. O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA – SDU A função da drenagem urbana é possibilitar o escoamento adequado das águas pluviais excessivas, evitando as inundações, o acúmulo de água parada e o escoamento com velocidade excessiva, reduzindo, assim, os prejuízos sociais, econômicos e sanitários causados pelas inundações. O planejamento da ocupação urbana evita ou diminui os efeitos das inundações. Para um bom planejamento é necessário o conhecimento de técnicas, que proporcionam benefícios à população com o menor custo possível. Geralmente, as medidas adotadas para resolver os problemas de drenagem são onerosas e não representam solução eficaz e sustentável dos seus problemas mais complexos. Soluções eficientes e sustentáveis para esses problemas são aquelas que atuam sobre as causas, abrangendo todas as relações entre os diversos processos. Botelho (1998) menciona que a concepção do sistema de drenagem pluvial é baseada na máxima: “pegar e largar rápido!”. Cruz et al. (1998) criticam a prática atual de projetos de drenagem pluvial, que é de transportar para jusante todo o excesso de água gerado pela impermeabilização. Para Teixeira et al. (1998), a eficácia da drenagem urbana, bem como dos outros sistemas, depende dos seguintes fatores: • Existência de uma política para o setor que defina os objetivos a serem alcançados e os meios para atingi- los; • Existência de uma política para ocupação do solo urbano, com uma preocupação maior com a ocupação das várzeas de inundação; • Processo de planejamento que contemple medidas de curto, médio e longo prazo em toda bacia; • Entidade eficiente que exerça a liderança do setor; • Domínio da tecnologia para planejamento, projeto, construção e operação da obra; • Campanhas de educação e esclarecimento da opinião pública. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 19 Os fatores que mais influem na vazão de escoamento superficial, segundo Botelho (1998), Fendrich et al. (1997) e Spirn (1995), são a porcentagem de área impermeabilizada e o tempo de concentração da bacia, fatores esses, atingidos diretamente pela ocupação e uso do solo. Portanto, o planejamento deveria levar em consideração, de modo mais abrangente, as características do escoamento de água pluviais. O sistema de drenagem deve estar integrado com a urbanização e com as demais obras de infraestrutura, já que ele interfere, diretamente, nos demais serviços subterrâneos. Quando bem projetado, o sistema de drenagem proporcionará vários benefícios indiretos, tais como os citados por Teixeira et al. (1998): • Redução dos custos de construção e manutenção das ruas; • Benefícios à saúde e segurança pública; • Recuperação de terras inaproveitadas; • Menor custo de implantação de núcleos habitacionais. Um planejamento de drenagem proporciona maior potencial do uso do solo urbano, baseando-se em fatores ambientais, econômicos e sociais. Tal sistema, se elaborado de forma abrangente, traz melhores resultado em relação aos projetos isolados e fragmentados sobre diferentes critérios. De acordo com Fendrich et al. (1997), a drenagem urbana é dividida principalmente em microdrenagem e macrodrenagem. As obras, tanto de macrodrenagem como de microdrenagem devem ser analisadas e projetadas conjuntamente no estudo de uma determinada área, já que o sistema de macrodrenagem corresponde aos cursos d’águas naturais ou artificiais, nos quais afluem os sistemas de galerias pluviais (microdrenagem). A microdrenagem é praticamente definida pelo traçado das ruas, considerando a topografia, quadras, sarjetas, bueiros e os condutores. De acordo com Botelho (1998), as partes constituintes da microdrenagem são as seguintes: CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20 • Transporte: rua, guias e sarjetas; • Captação: feita pelas bocas de lobo, recolhendo as águas excessivas (vazão de água superior à capacidade da sarjeta); • Tubulações ou galerias: transporta a água até aos fundos de vale (macrodrenagem); • Poços de visita: local para operação e manutenção das tubulações. Os elementos componentes da microdrenagem são: • Trecho carroçável / leito das ruas; • Guias e sarjetas; • Boca de lobo; • Condutos de ligação; • Galerias pluviais; • Poços de visitas; • Órgãos especiais: sifões invertidos, estações elevatórias, estruturas de dissipação de energia e estruturas de junção de galeria. O traçado das redes de drenagem deve seguir um caminho que contenha as seguintes características: • Percurso de maior declividade, minimizando as escavações; • Declividade que proporcione uma velocidade na tubulação, dentro de uma faixa adequada; • Passar por ruas nas quais a execução seja menos onerosa. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21 O sistema de macrodrenagem é constituído pelos cursos d’águas naturais ou artificiais, para os quais afluem os sistemas de galerias pluviais (microdrenagem). Independentemente da execução das obras específicas de drenagem e da localização da área urbana, a rede física da macrodrenagem sempre existe, uma vez que esta é o escoadouro natural das águas pluviais. O sistema de macrodrenagem também coleta as águas provenientes de regiões em que não há o sistema de microdrenagem (FRENDRICH et al., 1997). As obras de macrodrenagem objetivam melhorar as condições de escoamento para atenuar os problemas de erosão, assoreamento e inundações ao longo dos principais canais. As partes constituintes da macrodrenagem são: • Canais naturais ou artificiais; • Galerias de grande porte; • Estruturas artificiais; • Obras de proteção contra erosão; • Outros componentes (vias marginais, faixa de servidão). Além dos dispositivos destinados a recolher e conduzir as águas pluviais, outros equipamentos de drenagem destinam-se a armazenar as mesmas. O objetivo do armazenamento é reduzir ou retardar o deflúvio direto em uma determinada área. O armazenamento, em certas condições, pode reduzir, sensivelmente, o custo total das obras de drenagem. 2.3. PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA Segundo Milograna (2001) o planejamento dos sistemas que atendem à população urbana passa por dois campos do conhecimento, tendo ênfase nas políticas públicas e nos planos de desenvolvimento urbano. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22 A política de controle da drenagem urbana envolve dois ambientes: externo à cidade e o interno à cidade. Na Figura 2.3 pode-se observar, de forma esquemática, a caracterização institucional dos elementos que podem permitir o gerenciamento dos controles da drenagem urbana (TUCCI, 2002). Figura 2.3 – Políca de controle da Drenagem urbana Fonte: Tucci (2002) Segundo Fontes (1999), o termo drenagem urbana é entendido, no seu sentido mais amplo, “como o conjunto de medidas que têm por objetivo a minimização dos riscos a que a população estão sujeitas, diminuição dos prejuízos causados por inundações e possibilidade de desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e sustentável.” Dessa forma, a drenagem urbana passa a ser parte integrante do planejamento ambiental urbano, onde a cidade é vista como sistema e todos os fatores ambientais relevantes devem ser considerados em uma análise, sejam eles físicos, econômicos ou sociais (SOUZA FILHO e QUEIROZ, 1998). CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23 Os cursos d’águas em bacias hidrográficas médias e pequenas são basicamente os cenários de estudos e elaboração de projetos de drenagem urbana, geralmente estes são desprovidos de registros fluviométricos, nos quais a estimativa de vazões de projetos é feita com base nas séries históricas dos dados de chuvas de pequena duração e intensidade alta, que ocorrem nas respectivas bacias (FRENDRICH, 1999). Riordan et al. Milograna (2001) comentam que, a estimativa dos efeitos da urbanização na característica do hidrograma de escoamento superficial não é obtida de uma fórmula universal na qual se obtenha uma resposta hidrológica. Há apenas uma noção do incremento da vazão de pico em relação ao aumento da urbanização baseada em trabalhos existentes. Além do levantamento dos dados a serem utilizados na simulação dos efeitos da urbanização no acréscimo do escoamento superficial, o planejamento da drenagem urbana deve abranger as obras a serem executadas e a manutenção do sistema, que envolve as seguintes situações: a realização de intervenções do tipo: desobstrução, pequenos reparos, dragagem, correção das margens e outros, tanto na micro quando na macrodrenagem. Com raras exceções, os sistemas de macrodrenagem das cidades brasileiras se caracterizam pela incapacidade de permitirem, durante eventos chuvosos intensos, que os deflúvios superficiais escoem livremente sem ocorrência de áreas de inundação. Infelizmente, notase a existência de acentuado descompasso entre o planejamento/ocupação da área urbana e as estruturas de drenagem (RIGHETTO e MATOS, 1999). 2.3.1.AÇÕES PO LÍ TI CAS Na conjuntura atual, merece destaque o aspecto político da concepção e controle das cheias urbanas concernentes ao planejamento e fiscalização das normas relativas às medidas de disciplinamento do solo urbano, que visam a minimização dos impactos da urbanização no sistema de drenagem pluvial. A consideração de que o ambiente urbano func iona como um todo, vem buscar respaldo na legislação pertinente e nos esforços para a manutenção do controle das cheias urbanas. Em um contexto de restrições financeiras e de baixa capacidade de investimentos dos CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24 governos, o desenvolvimento de projetos que resultem em sistemas que atendam suas finalidades precípuas a menores custos, passa a ter importância de serem executados pelos bons governantes (BARBOSA e CAMPOS, 1998). Diante disso, verifica-se que é apropriada a utilização de medidas preventivas de drenagem urbana que se encontram sustentadas pela legislação e principalmente pelo zoneamento de uso do solo. Dentre as leis de disciplinamento do uso do solo, pode-se citar a Lei Federal nº 6766 de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o parcelamento do uso do solo urbano e atribui aos municípios maior poder de disciplinamento do mesmo (SOUZA FILHO e QUEIROZ, 1998). Tem-se ainda o Código Florestal (Lei Federal nº 4771/65, alterado pelas Leis 7803/89 e 7875/89), que no seu artigo 2º, determina as áreas de preservação permanente e suas respectivas larguras ao longo dos cursos d’água, e, para áreas urbanas, a observância do disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso dos solos municipais. A Constituição Federal Brasileira de 1988, no seu artigo 21 inciso XVIII, dispõe que compete à união planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e inundações. Compete aos municípios fiscalizar e executar o serviço, quando houver predominância de seu interesse em relação às outras entidades estatais, em face das circunstâncias, lugar, natureza e finalidade do serviço (artigo 30). O artigo 30, inciso VIII, coloca que o serviço de drenagem urbana será de competência privativa dos municípios. O artigo 23, inciso IX estabelece que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e do Município, promover programas de saneamento básico, sendo necessária a criação de lei complementar para fixar normas para a cooperação entre as entidades, buscando o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional. No contexto da legislação ambiental, verifica-se, a vigência das seguintes leis: • Lei nº 5318 de 26/09/67 - institui a Política Nacional de Saneamento, em seu artigo 2º letra “b”, abrange os esgotos pluviais e drenagem; CAPITULO 2 • REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25 Lei nº 6766 de 19/12/79 – dispõe sobre o parcelamento do solo urbano. Em seu artigo 3º menciona que não será permitido o parcelamento de terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes que se tornem providências para assegurar o escoamento da água; • Lei nº 9433/97 – institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e regulamenta o inciso XIX do artigo 21 da Constituição Federal. Define os fundamentos do Plano Nacional de Recursos Hídricos, dispondo que a água é um bem de domínio público, constituindo-se num recurso natural limitado, dotado de valor econômico e fornece bases para o gerenciamento dos recursos hídricos através da visão sistêmica do seu uso, bem como as intervenções necessárias para o seu desenvolvimento sustentável. Na implementação do Plano Nacional, os Poderes Executivos dos Estados, Distrito Federal e Municípios, promoverão a integração das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo, com as políticas federais e estaduais de recursos hídricos (artigo 31). O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos é integrado pelos seguintes componentes: Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal, Comitês de Bacia Hidrográfica, órgão dos poderes públicos federal, estadual e municipal relacionados com a gestão das águas e as agências das águas (MARIN et al. 1999). No que tange às legislações municipais, a drenagem urbana é abordada pelas Leis de Uso e Ocupação do Solo, não contando com legislação especifica que aponte norma para previsão, controle e instalação da rede de drenagem pluvial e de dispositivos para o controle de cheias. O presente estudo de caso se baseará, principalmente, na legislação pertinente ao zoneamento e uso do solo urbano, abordada no plano diretor de desenvolvimento urbano, que será, por sua vez, o sustentáculo do plano diretor de drenagem urbana. Para maior compreensão, serão abordados os aspectos levantados para a elaboração do Plano Diretor de Urbanização, mais precisamente aqueles relacionados desenvolvimento urbano ligado ao funcionamento adequado do sistema de drenagem. ao CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 26 2.3.2.PLANO DIRETOR DE DRENAG EM URBANA - PDDU O planejamento do sistema de drena gem está intimamente ligado ao desenvolvimento urbano previsto para uma determinada região, com objetivo de diminuir os riscos e combater e mitigar os problemas causados por inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano de forma articulada e harmônica. Segundo Tucci (2002), a estrutura básica do plano é baseada nos fundamentos do plano: nos elementos do seu desenvolvimento; nos produtos que serão gerados; e nos programas a curto e médio prazo. O planejamento urbano é implementado pelo plano diretor da cidade, que por sua vez considera a densidade habitacional como parâmetro para o planejamento de cada uma das subdivisões (TUCCI, 1997). Os Planos Diretores têm como objetivo principal à interferência no processo de desenvolvimento local, permitindo uma compreensão geral dos fatores políticos, econômicos, financeiros e territoriais que condicionam a situação do município. Segundo Milograna (2001) dentre as diretrizes do Plano Diretor de Urbanização (PDU), que visam o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida, destacam-se aquelas referentes ao ordenamento do território municipal e, sobretudo, urbano, à preservação do meio ambiente e da cultura; à urbanização, regularização e titulação das áreas deteriorada, preferencialmente sem remoção dos moradores; a participação da população no planejamento e controle da execução dos programas a elas pertinentes; às políticas de orientação da formulação de planos setoriais para provimento e prestação de serviços públicos; à reserva ambiental de áreas urbanas para implantação de projetos especiais de cunho social. O desenvolvimento urbano planejado para o município está diretamente ligado às normas de controle e ocupação do solo que, articulado com as diretrizes do plano diretor, é o elemento de referência para a elaboração da legislação urbanística, cujo conteúdo deverá definir: os limites das áreas urbanas do município, as formas de parcelamento do solo nessas áreas; as formas de ocupação e utilização do solo; os padrões construtivos compatíveis com a salubridade e a segurança das edificações, a regulação das relações CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 27 entre os cidadãos e a cidade, e o cidadão e seus iguais; e a identificação de área onde estejam ocorrendo ações que prejudiquem o meio ambiente urbano e rural (MILOGRANA, 2001). Na tentativa de contemplar os aspectos relativos à drenagem urbana, as Leis de Zoneamento e Uso do Solo colocam a limitação da taxa mínima de áreas permeáveis a serem reservadas em cada lote. No entanto, os pontos obscuros existentes nessa legislação e a dificuldade na fiscalização das mesmas, permitem que esse índice seja desrespeitado. A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de 1996 para a cidade de Belo Horizonte (Lei municipal 7166/96) considera uma taxa de permeabilidade mínima em suas diferentes característica de zoneamento, com valores entre 20 e 95% sendo esta definida com áreas descoberta e permeável do terreno, dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio para o sistema público de drenagem urbana. Essa Lei prevê a impermeabilização de 100% do terreno desde que exista, nas edificações, áreas descoberta equivalente à taxa mínima de área permeáveis, que seja ocupada por floreiras, etc, ou desde que seja construída caixa de captação e drenagem, que retarde o lançamento das águas pluviais (RAMOS , 1998). É importante que o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) esteja integrado com os grandes sistemas urbanos que interagem com a drenagem, tais como: o sistema viário, o controle de erosão do solo e dos riscos geológicos, a coleta e destinação final dos resíduos sólidos, o saneamento básico, o controle da poluição dos ambientes aquáticos, a saúde pública e o uso e ocupação do solo (TUCCI et al., 1995). O PDDU deverá contemplar a totalidade do município, efetuando uma abordagem integrada, por bacias hidrográficas, abrangendo não apenas os aspectos hidráulicos do problema da drenagem como, também, os aspectos ambientais, jurídico- institucionais, urbanísticos, sociais e paisagísticos, cuja análise global contemple os aspectos relacionados às inundações e à poluição veiculada pelo sistema de drenagem (CHAMPS apud MILOGRANA, 2001). CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 28 2.4. CONTROLE DE ENCHENTES Segundo Tucci et al. (1995) o controle das enchentes urbanas é um processo permanente, que deve ser mantido pelas comunidades, visando a redução do custo social e econômico dos impactos da urbanização. O controle não deve ser visto como uma ação isolada, seja no tempo ou no espaço, mas como uma atividade que a sociedade, com um todo , deve participar de forma contínua. Para se ter um bom controle das enchentes é preciso que suas causas sejam combatidas nas fontes e não somente nas suas conseqüências. De acordo com a CETESB (1986), há várias maneiras de controlar as inundações, podendo dividi- las em medidas estruturais e não estruturais. As estruturais são as medidas que alteram o sistema fluvial para evitar os prejuízos causados pelas enchentes; são medidas de caráter corretivo. Já as não estruturais são aquelas em que os prejuízos são reduzidos pela melhor convivência da população com as enchentes; apresentam um caráter mais preventivo. Com a utilização do conjunto dessas medidas, pode-se obter um controle sobre as inundações. De acordo com Figueiredo (2000), medidas não-estruturais de inundação podem ser agrupadas em: • Regulamentação do uso da terra ou zoneamento de áreas inundáveis, isto é, promover o zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas áreas mais sujeitas a inundações freqüentes; adotar medidas destinadas a prever, evitar ou minimizar as situações de risco à vida, saúde ou ao meio ambiente, bem como mitigar seus efeitos negativos. • Construção à prova de enchente, compostas de materiais menos suscetíveis aos danos das cheias; • Sistema de alerta ligado a defesa civil, o qual tem a função de prevenir com antecedência de cur to prazo, reduzindo os prejuízos, pela remoção, dentro da antecipação permitida; CAPITULO 2 • REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 29 Seguro contra cheias, o qual apresenta a vantagem de ter custos menores em relação à utilização de medidas estruturais, diminui os gastos do governo ocasionados pela indenização das perdas pela cheia e cria vantagem ambiental pela não interferência na natureza. As medidas de controle do escoamento podem ser classificadas de acordo com sua ação na bacia hidrográfica (TUCCI, 1995), em: • Distribuída ou na fonte: é o tipo de controle que atua sobre o lote, praças e passeios; • Na microdrenagem: é o controle que age sobre o hidrograma resultante de um ou mais loteamento. • Na macrodrenagem: é o controle sobre os principais cursos d’água, receptor final da água de drenagem. As medidas de controle podem ser organizadas, de acordo com a sua ação sobre o hidrograma em cada uma das partes das bacias mencionadas acima (TUCCI, 1995), em: • Infiltração e percolação: normalmente, cria espaço para que a água tenha maior infiltração e percolação no solo, utilizando o armazenamento e o fluxo subterrâneo para retardar o escoamento superficial; • Armazenamento: através de reservatórios, que podem ser de tamanho adequado para uso numa residência (1-3 m3 ) até terem porte para a macrodrenagem urbana (alguns milhares de m3 ). O efeito do reservatório urbano é o de reter parte do volume do escoamento superficial, reduzindo o seu pico e distribuindo a vazão no tempo; • Aumento da eficiência do escoamento: através de condutos e canais, drenando áreas inundadas. Esse tipo de solução tende a transferir enchentes de uma área para outra, mas pode ser benéfico quando utilizado em conjunto com reservatório de detenção; CAPITULO 2 • REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 30 Diques e estações de bombeamento: solução tradicional de controle localizado de enchentes em áreas urbanas que não possuam espaço para amortecimento da inundação. Segundo Agra (2001) podem, ainda haver estruturas mistas, que trabalham com armazenamento e infiltração ao mesmo tempo, depende da concepção da obra ou dispositivo. Por fim, as medidas de controle, podem ser dividas em medidas compensatórias, que compensam o efeito da impermeabilização, como por exemplo, uma estrutura que devolva à bacia a capacidade de infiltração, reduzida pelo aumento da área impermeável; e alternativas, medidas de substituição das soluções tradicionais. Os dispositivos mais utilizados para controlar as águas pluviais de lotes individuais sãos os dispositivos de infiltração e percolação. Segundo Urbonas e Stahre (1993) essa metodologia apresenta as seguintes vantagens: • Recarga do lençol freático; • Preservação e intensificação da vegetação natural; • Redução da poluição transportada para corpos receptores; • Redução de picos a jusante; • Redução das dimensões dos condutos e dos custos. Ainda por Urbonas e Stahre (1993) as desvantagens apresent adas pela metodologia são: • Os solos podem se tornar impermeáveis com o tempo; • A confiança na sua operação pode deixar as comunidades frente a enormes custos no futuro, quando da ocorrência de uma tormenta, esse sistemas começarem a falhar, deixando de exercerem a função para a qual foram destinados; • O nível do lençol freático pode aumentar e causar danos ao subsolo e fundações das construções. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 31 Segundo Tucci et al. (1995), os principais dispositivos de infiltração e percolação adotados para controle do escoamento superficial são: a) Planos de infiltração - São formados por áreas gramadas laterais para receberem a precipitação de uma área impermeável, e geralmente estão associadas a uma vala de infiltração conforme mostra a Figura 2.4 . b) Valos de infiltração – São dispositivos de drenagem lateral que concentram o fluxo das áreas adjacentes e criam condições para infiltração ao longo do seu comprimento, Figura 2.5, são muitas vezes implantados paralelos às ruas, estradas, estacionamento e conjuntos habitacionais. Se a precipitação é superior a capacidade do valo, ele funciona como um reservatório de detenção. Figura 2.4 – Plano de infiltração Fonte: Urbonas e Stahre (1993) CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 32 Figura 2.5 – Vala de infiltração Fonte: Urbonas e Stahre (1993) c) Bacias de infiltração – são reservatórios de retenção/detenção localizados em solos permeáveis, que podem, também, ser usados como bacia de infiltração. Sua concepção é mostrada na Figura 2.6. Figura 2.6 – Bacia de infiltração Fonte Urbonas e Stahre (1993) d) Bacias de percolação – São dispositivos criados para receber águas de telhados e criar condições de escoamento através do solo. O armazenamento é realizado na camada superior do solo e depende da porosidade e da taxa de percolação, para tanto, o lençol freático deve ser baixo, para criar espaço para o armazena mento. A Figura 2.7 mostra o esquema de uma bacia de percolação. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 33 Figura 2.7 – Bacia de percolação Fonte: Urbonas e Stahre (1993) e) Pavimentos permeáveis – esses dispositivos podem ser descritos, basicamente, por três tipos de superfícies pavimentadas designadas para minimizar o escoamento superficial. Pavimentos de asfalto e concreto poroso são construídos similarmente ao convencional, tendo como diferença básica, a retirada da fração fina do agregado na mistura. Outro tipo de pavimento permeável é construído da intercomunicação modular de blocos de concreto, com células abertas. Os pavimentos não são recomendáveis para ruas com grande tráfego devido à possibilidade de deformação, o que levaria a entupimento, tornando-o impermeável. A Figura 2.8 e a Figura 2.9 mostram esquemas de pavimentos permeáveis. Figura 2.8 – Pavimento poroso e celular poroso Fonte: Urbonas e Stahre (1993) CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 34 Figura 2.9 – Pavimento permeável Fonte: Hogland e Niemczunowicz apud Tucci (1995) Há vários processos de armazenamento, de redução ou de retardamento do escoamento superficial da água pluvial. Alguns tipos estão apresentados no Quadro 2.1, sendo o reservatório de detenção/retenção (D/R) melhor detalhado no próximo item. Quadro 2.1 – Medidas para redução de deflúvio superficial direto urbano ÁREA Telhado plano de grandes dimensões Estacionamento Residencial Gerais REDUÇÃO DE DEFLÚVIO RETARDAMENTO DE DIRETO DEFLÚVIO DIRETO 1 - Armazenamento em cisternas. 1 - Armazenamento no telhado, 2 - Jardim suspenso. empregando tubos condutores 3 - Armazenamento em tanques ou verticais estreitos. chafariz 2 - Aumentando a rugosidade do telhado. 1 - Pavimento permeável. 1 Faixas gramadas no 2 – Reservatório de concreto ou estacionamento. cisterna sob o estacionamento. 2 - Canal gramado drenado o 3 - Áreas de armazenamentoestacionamento. gramadas em redor do3 - Armazenamento e detenção estacionamento. para áreas impermeáveis. 4 - Valas com cascalho (brita) 1 - Cisternas para casas1-Reservatório de individuais, ou grupos de casas. detenção/retenção. 2 - Passeio com cascalho. 2 - Utilizando gramas espessas. 3 - Áreas ajardinadas em redor. 3 - Passeios com cascalho. 4 - Recarga do lençol subterrâneo. 4 - Sarjetas ou canais gramados. 5 - Depressões gramadas. 5 - Aumentando o percurso da água através de sarjetas, desvios, etc. 1 - Vielas com cascalho. 1 – Vielas com cascalho 2 - Calçadas permeáveis. 3 - Canteiros cobertos com palhas ou folhas. Fonte : Figueiredo (2000) O objetivo dos reservatórios de detenção ou retenção é minimizar o impacto hidrológico da redução da capacidade de armazenamento natural da bacia hidrográfica, devido à impermeabilização decorrente da urbanização. Nesse sentido, é feito o controle da vazão CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 35 máxima e o amortecimento do pico a jusante, o que permite reduzir a seção hidráulica dos condutos e manter as condições de vazão preexistentes na área desenvolvida. Esses elementos podem ser dimensionados para uma lâmina permanente de água (retenção) ou secarem após seu uso (detenção). A Figura 2.10 mostra um reservatório de usos múltiplos e a Figura 2.11 um reservatório de retenção. Figura 2.10 – Reservatório com usos variados Fonte: Fujita apud Tucci (1995) Figura 2.11 – Reservatório de retenção Fonte: Tucci (1995) O controle do impacto do aumento do escoamento devido à urbanização, na macrodrenagem tem sido realizado na realidade brasileira, através dos seguintes dispositivos: CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 36 a) Canalização – Tem como objetivo ampliar a capacidade do rio em transportar uma determinada vazão, pelo aumento da seção, diminuição da rugosidade ou aumento da declividade da linha de água como mostrado na Figura 2.12. Segundo Tucci et al. (1995), quando o canal é aprofundado, a linha d’água é rebaixada, evitando a inundação. A ampliação da seção de escoamento produz redução da declividade da linha d’água e redução de níveis para montante. Figura 2.12 –Ampliação do canal Fonte: Tucci et al.(1995) b) Diques de proteção – permitem a proteção localizada, para uma região ribeirinha, através da redução da seção de escoamento, podendo provocar o aumento da velocidade e dos níveis de inundação. A Figura 2.13 representa o esquema de um dique de proteção. Figura 2.13 – Diques de proteção Fonte: Tucci et al. (1995) c) Reservatórios ou parques urbanos – têm o mesmo processo de funcionamento dos reservatórios detenção/retenção descritos anteriormente, porém apresentam dimensões CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 37 superiores a estes. As grandes vantagens desses parques são de acomodar as diferentes ampliações de vazões de cheia, dentro da parte da bacia que o parque ou reservatório drena, criar um espaço ambiental bom, reduzir o material sólido e melhorar a qualidade da água. 2.5. SISTEMA DE DETENÇÃO/RETENÇÃO A idéia de construir reservatório detenção não é nova. No Brasil, em 1925 o engenheiro sanitarista Saturnino de Brito projetou dois enormes reservatórios de detenção com um milhão de metros cúbicos cada, sendo um junto ao rio Tietê na região do Tatuapé e outro no rio Tamanduatei na capital de São Paulo. Serviriam ainda para embelezamento e para passeios náuticos. Os projetos não foram executados (TOMAZ, 2002). No Brasil, o estado que mais utiliza os reservatórios de detenção/retenção, como forma de controle do escoamento superficial, é o Estado de São Paulo. O governo do estado, através do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), está construindo no vale do Tamanduateí, na capital, seis reservatórios de detenção. No total estão previstos na capital de São Paulo 26 reservatórios. Segundo declaração do ex-prefeito Celso Pita ao jornal “Estado de São Paulo” de julho de 2000, investiu-se no seu governo US$ 350 milhões em obras contra enchentes, principalmente na construção de piscinões, nome popular dado aos reservatórios de detenção/retenção (TOMAZ, 2002). Segundo Barbosa (1996) o efeito da urbanização sobre a resposta hidrológica de bacias hidrográficas foi extensivamente estudado na década de 1970. A urbanização à montante de uma área já desenvolvida pode aumentar a área da planície de inundação. Como resultado do aumento da área impermeável e densidade de drenagem, os canais urbanos recebem maiores vazões de pico em menor tempo, que os córregos naturais. O aumento do escoamento pluvial, conseqüência da perda da retenção natural e do aumento da velocidade do escoamento promovido pelos elementos de drenagem, trouxeram prejuízos consideráveis às cidades. Tornou-se então necessário o desenvolvimento de métodos que incluíssem uma retenção artificial às áreas desenvolvidas. Atualmente, o uso de reservatórios de detenção é uma das alternativas consideradas para o controle de cheias urbanas. Áreas onde ocorrem precipitações muitas CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 38 intensas, com relevo topográfico baixo e desenvolvimento urbano acelerado, são potencialmente sujeitas à enchentes, nestas áreas a implantação de sistema de detenção/retenção pode minorar bastante os transtornos causados por estas precipitações. Segundo Tucci et al. (1995) os reservatórios de detenção e retenção agem no sentido de regular a vazão de saída num valor desejado, de maneira a atenuar os efeitos à jusante da vazão de entrada. A diferença entre eles, é que, o reservatório de retenção mantém uma lâmina d’água permanente, geralmente utilizada para embelezamento de Parques Municipais e recreação aquática. O tempo de retenção da água pluvial no reservatório de detenção/retenção é o tempo necessário para se atenuar os picos de enchentes, sendo a água armazenada transferida gradativamente aos condutos de drenagem após o evento chuvoso, o que possibilita também aos reservatórios melhorar a qualidade das águas pluviais recolhidas, diminuir a erosão dos canais e controlar o transporte de sedimentos. Embora usados há muito tempo por países como Estados Unidos, Canadá, Suécia e Austrália, os reservatórios de detenção só começaram a serem reconhecidos como uma forma eficiente de gerenciar água de chuva em 1970, e a partir daí têm sido usados amplamente. Até então, os sistemas de detenção eram implantados aleatoriamente em relação ao conjunto da bacia, sem que houvesse um planejamento integrado, que levasse em conta o seu posicionamento em relação à bacia de drenagem (ROESNER e URBONAS, 1993). Segundo Jones e Jones (1983) reservatórios de detenção localizados aleatoriamente podem causar coincidências de vazões de pico à jusante, agravando condições que deveria melhorar. A coincidência de picos à jusante é uma ameaça onde o comportamento hidrológico não é otimizado por cuidadoso planejamento. Para assegurar resultados do uso de reservatório de detenção é necessário o planejamento global da bacia. Philips (1995) apresenta um método genérico para integrar o comportamento do reservatório de detenção com o projeto da rede de drenagem, de maneira a proteger todo o sistema de jusante. Segundo Urbonas e Stahre apud Tucci et al. (1995), o controle de cheias através do uso de reservatório de detenção tem as seguintes vantagens: CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • custos reduzidos, se comparados a um grande número de controles distribuídos; • custo menor de operação e manutenção; • facilidade de administrar a construção. 39 E pelos mesmos autores o uso de reservatório de detenção apresentam como desvantagens: • dificuldade de achar locais adequados; • custo de aquisição da área; • reservatórios maiores têm oposição por parte da população. 2.5.1.CARACTERÍS TICAS E FUNÇÕ ES DOS RES ERVATÓRI OS Segundo Tucci et al. (1995) a utilização dos reservatórios de detenção é definida de acordo com o objetivo do controle desejado, sendo classificado em três categorias, apresentadas a seguir: Controle da vazão máxima: Os reservatórios desta categoria são utilizados no sentido de amortecer o pico à jusante, o que permite a redução da seção hidráulica dos condutos e matem as condições de vazão preexistente ou até mesmo menor que esta. Este tipo de dispositivo é o tema deste trabalho. Controle do volume: Os reservatórios desta categoria são utilizados em integração com os condutos que transportam escoamento cloacal e pluvial juntamente, ou quando recebem a água de áreas com possibilidade de contaminação. Este tipo de controle normalmente são utilizado para armazenar o excesso de volume da água que chega para ser tratada em uma Estação de Tratamento de Esgoto, pois esta geralmente tem capacidade limitada. Os Reservatórios de controle de volume também são utilizados para deposição de sedimentos e depuração da qualidade da água, e para isto, mantém seu volume por mais tempo dentro do reservatório. Segundo Tucci et al. (1995) o tempo de detenção, que é a diferença entre o CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 40 centro de gravidade do hidrograma de entrada e o de saída, é um dos parâmetros utilizados para avaliar a capacidade de depuração do reservatório. Controle de material sólido: Tipo de reservatório utilizado quando a quantidade de sedimentos produzida é significativa, retendo parte destes para que sejam retirados do sistema de drenagem. 2.5.2.LO CALI ZAÇÃO A condição do Reservatório de Detenção ser fechado ou aberto muitas vezes depende diretamente das condições de localização. Em locais onde o espaço seja reduzido ou que seja necessário manter-se uma superfície superior integrada com outros usos, podem ser utilizados reservatórios subterrâneos, no entanto, o custo desse tipo de solução é superior ao dos reservatórios abertos. Quando a drenagem utiliza a folga de volume do sistema para amortecimento, ele é chamado de on-line. No caso em que o escoamento é transferido para a área de amortecimento, após atingir uma certa vazão, o sistema é deno minado off-line (TUCCI et al., 1995). Segundo Tucci et al. (1995), a localização do reservatório de retenção deve levar em consideração os seguintes termos: • Em áreas muito urbanizadas, a localização depende da disponibilidade de espaço e da capacidade de interferir no amortecimento. Se existe espaço somente a montante, que drena pouco volume, o efeito será reduzido; • Em áreas a serem desenvolvidas, deve-se procurar localizar o reservatório nas partes de pouco valor, aproveitando as depressões naturais ou parques existentes. Bons indicadores de localização são as áreas naturais que formam pequenos lagos, antes do seu desenvolvimento. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 41 Segundo Ramos et al. (1999) na escolha do local de implantação do reservatório de detenção/retenção, deve-se levar em consideração os fatores citados abaixo: • Uma primeira consideração relativa à obra de D/R é que ela esteja localizada à montante, e tão próximo quanto possível da área que requer proteção. Quanto mais próximo o local de armazenamento esteja da área sujeita à inundação, maior será a porção da área de drenagem controlada pela obra cogitada. • Um local potencialmente utilizável deve revelar, mesmo numa avaliação aproximada, um porte adequado em termos de área, bem como de volume que possa conter armazenamento temporário. • Obviamente é sempre preferível que uma obra de D/R possa operar exclusivamente por gravidade, tanto em termos de captação das águas a serem armazenadas como de restituição das mesmas para o sistema local de drenagem. Constitui condição necessária para que tal possibilidade exista que se trate de local de armazenamento situado em área com declive relativamente acentuado. • Em certos casos a área favorável para implantação de uma obra de D/R pode estar situada no próprio vale do curso local a ser controlado, podendo haver ou não a necessidade de escavação adicional, para obter o volume de armazenamento necessário. Em tais casos as condições de entrada serão simplificadas, restringindo-se as estruturas de controle apenas ao ponto de descarga. • Há situações em que as áreas favoráveis podem estar situadas fora do vale do curso local, havendo a necessidade de obras de transposição, devendo-se prever então obras de captação e desvio para o local de armazenamento. Poderá haver ou não a necessidade de escavações adiciona is para a obtenção do volume necessário de armazenamento. • É imprescindível um conhecimento detalhado dos sistemas de drenagem locais existentes em termos de suas características hidráulicas, hidrológicas e limitações principais. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 42 2.5.3.DETERM INAÇÃO DO VO LUM E Um reservatório de detenção funciona como amortecedor do hidrograma de entrada através do volume disponível, devendo reduzir o pico do hidrograma de saída ao valor igual ou menor que o existente antes da urbanização, quando este reservatório é implantado em uma área pré-urbanizada, ou até um valor adequado ao sistema de drenagem à jusante do local de implantação do reservatório, quando implantado em áreas já urbanizadas. A Figura 2.14 demonstra tal funcionamento (TUCCI et al., 1995). 180 160 Depois da urbanização com controle da vazão de pico Vazão (m³/h) 140 120 Antes do desenvolvimento 100 80 Depois da urbanização 60 40 20 0 11 12 13 14 15 Tempo (h) Figura 2.14 – Efeito do reservatório sobre os hidrogramas Fonte: MacCuen apud Tucci et al.(1995) Roesner e Urbonas (1993) apresentam o método para cálculo do volume do reservatório, que utiliza a diferença entre os hidrogramas da bacia após a urbanização e o hidrograma desejado ou hidrograma da bacia anterior à urbanização. O volume a ser adotado para o reservatório de detenção é a integral no tempo da diferença entre os hidrogramas de entrada e de saída, apresentado na Equação (2.10). t V = ∫ (Qin − Qout )dt (2.10) 0 Onde: V é o volume máximo de detenção; t é o tempo entre o início do escoamento e o ponto onde inicia a recessão do hidrograma (Q in = Qout ); Qin e Qout são respectivamente as vazões de entrada e saída do hidrograma. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 43 Bedient e Huber (1988) apresentaram um método para calcular o volume de detenção a partir da análise de dados de precipitação e vazão, onde estes são ajustados a uma regressão linear, obtendo-se a Equação (2.11). R = CR(P − DS ) (2.11) Onde R é a altura da lâmina escoada em milímetro; P é altura precipitada em milímetro; CR é a declividade da curva ajustada (aproximadamente o coeficiente de escoamento); DS é o armazenamento superficial em milímetro. O volume do reservatório é obtido multiplicando-se a altura da lâmina escoada pela área da bacia. Tomaz (2002) apresenta o Método SCS do TR-55 para o pré-dimensionamento de reservatório de retenção, onde se tem: Volume do reservatór io = C0 + C1.a + C2 .a 2 + C3.a 3 volume de runoff (2.12) Sendo: Volume de runoff = volume da chuva excedente (m3 ). É a altura da chuva excedente, determinada pelo método SCS TR55, multiplicada pela área da bacia nas unidades compatíveis; α = Qantes/Q depois Onde: Qdepois – vazão de pico (m3 /s) depois do desenvolvimento, para os cenários atual e futuros; Qantes – vazão de pico (m3 /s) antes do desenvolvimento, para o cenário de pré-urbanização; C0 , C1 , C2 e C3 – coeficiente de análise de regressão da Tabela 2.4. Tabela 2.4 – Valores dos coeficientes C0 , C1 , C2 e C3 em função do tipo de chuva dos Estados Unidos padronizada pelo SCS. Tipo de chuva nos Estados Unidos C0 C1 C2 C3 I, IA II, III 0,660 0,682 -1,760 -1,430 1,960 1,640 -0,730 -0,804 Fonte: McCuen apud Tomaz (2002) CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 44 Segundo Tucci et al. (1995) o cálculo do volume do reservatório pode ser obtido por: • Método simplificado, quando a área é muito pequena ou a nível de planejamento; • Modelo de amortecimento em reservatório, para caso de projeto. Método Simplificado: neste método são utilizadas algumas informações do hidrograma de entrada, como o valor do pico, tempo de pico e/ou tempo de concentração. E através destes, estima-se qual deve ser o volume do reservatório necessário para amortecer a vazão criada pelo desenvolvimento urbano, para um valor igual ou menor à vazão de préurbanização para o mesmo risco. Para tanto é utilizado um hidrograma triangular, Figura 2.15, tanto para entrada como para a saída do reservatório de detenção, e através destes é encontrado o volume do reservatório (Vs), apresentado pela Equação (2.13). Vs = 1− α Vd (2.13) onde: Vs – volume do reservatório de retenção; Vd – volume de escoamento depois da urbanização; α = Qa/Q d; Vd = Qd . td ; Qa e Qd – Vazão de pico antes e depois da urbanização, respectivamente; td – tempo de concentração depois da urbanização. Esse modelo é desenvolvido com base em hidrogramas triangulares de entrada e saída, sendo Vs o volume entre o hidrograma de entrada e o de saída, enquanto a vazão de saída é menor que a vazão de entrada. O pico do hidrograma de saída, que corresponde à vazão de pré-desenvolvimento, ocorre na recessão do hidrograma de entrada, como é esperado no amortecimento em reservatório. CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 45 Vazão Hidrograma após o desenvovimento (hidrograma de entrada) Qd Hidrograma antes do desenvolvimento Qa td ta Tempo Figura 2.15 – Modelo para estimativa do volume armazenado Fonte : MacCuen apud Tucci et al. (1995) Modelo de amortecimento em reservatório: Durante o processo de armazenamento em reservatório, o escoamento neste se apresenta com uma velocidade baixa, o que garante a declividade da linha de água pequena, o que permite admitir a linha de água horizontal. O método de amortecimento em reservatório relaciona as funções de cota x volume e cota x vazão, e com estes obtém a relação entre armazenamento e volume. Segundo Linsley et al. (1978), Tucci (1995) e Tomaz (2002), um dos métodos mais utilizados para amortecimento em reservatório, é o método modificado de Pulz elaborado em 1928, que considera a linha de água horizontal, e a equação da continuidade. O método modificado de Pulz ou método de armazenamento é indicado para determinação do propagação no reservatório, que é o processo que determina, espacialmente e no tempo, as variações de vazões no reservatório. Segundo Akan apud Tucci et al. (1995) e Tomaz (2002), o método modificado de Pulz considera a equação da continuidade, pela seguinte forma: I − Q = dS/dt Onde: I – vazão de entrada; Q – vazão de saída; (2.14) CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 46 S – volume armazenado; t – tempo. Discretizando a Equação (2.14) para um intervalo de tempo, resulta: S( t + ? t ) − S(t ) [I (t ) + I (t + ? t )] [Q (t + ? t ) + Q (t )] = − ?t 2 2 (2.15) Onde os índices t e t + ∆t representam os tempos das variáveis, se esses forem substituídos pelos subscritos 1 e 2 respectivamente, então tem-se: (I1 + I2 ) 2 ( I1 + I2 ) 2 ?t − (Q1 − Q 2 ) ? t + S1 − 2 ? t = S 2 − S1 (2.16) Q1 Q ? t = S2 + 2 ? t 2 2 Multiplicando os dois membros da equação por x 2 temos: (I1 + I2 )? t + 2S1 - Q1? t = 2S2 + Q2? t Dividindo por ∆t tem-se: (I1 + I 2 ) + (2S1 / ? t - Q1 ) = (2S 2 / ? t + Q 2 ) Onde: I1 – vazão no início do período de tempo; I2 – vazão no fim do período de tempo; Q1 – vazão de saída no início do período de tempo; Q2 – vazão de saída no fim do período de tempo; ∆t –duração do período de tempo; S1 – volume no início do período de tempo; S2 – volume no fim do período de tempo. (2.17) CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 47 Na prática, os valores de I1 , I2 , bem como os valores iniciais da vazão de saída Q1 e do volume armazenado S1 , são conhecidos, restando ainda duas incógnitas, Q2 e S2 , torna-se, portanto, necessário uma segunda equação, aquela que fornece o armazenamento S2 , em função da descarga. Segundo Linsley et al. (1978), a segunda relação necessária para uma solução é o gráfico dos valores (2S/∆t) ± Q em função de Q, Figura 2.16. No início de um período de propagação (tempo 1), todos os termos à esquerda da Equação (2.14), são conhecidos e pode-se calcular o valor do segundo membro da equação. E entrando no gráfico da Figura 2.16 com esse valor, pode-se determinar o valor de Q2 e o valor correspondente (2S/∆t) – Q. O procedimento é repetido até que o método de routing esteja completo. 250 Q (m³/s) 200 2S −Q ?t 150 2S +Q ?t 100 50 0 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Figura 2.16: Cálculo do amortecimento em reservatório 2.5.4.ELEM ENTOS HIDRÁULI COS DE S AÍDA As saídas de fluxo das bacias de detenção são reguladas por dispositivos hidráulicos fixos, tais como vertedores, orifícios, condutos de fundo e reguladores móveis, automáticos ou de controle remoto. A manutenção dos dispositivos de saída é devido principalmente ao entupimento devido ao material sólido e ao vandalismo sobre os equipamentos hidráulicos (TUCCI et al., 1995). CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 48 O esquema geral de um conduto de elevação, que é um tipo de dispositivo de saída de uma bacia de retenção normalmente utilizado é apresentado na Figura 2.17. Vertedor Nível de enchente máxima Nível de enchente de 10 a 100 anos Poço e Orifício Nível de enchente de 2 anos Barragem Orifício Nível permanente Tela Fundação de Concreto Figura 2.17 – Exemplo de dispositivo de saída de uma bacia de detenção Fonte: Urbonas e Stahre apud Tucci et al.(1995) Os tipos mais freqüentes de dispositivos hidráulicos de saída são: a) Vertedor na saída pelo conduto de elevação (Figura 2.18a): Os vertedores desse tipo se assemelham ao de parede delgada. b) Orifício: O funcionamento do orifício depende da carga acima dele e do seu afogamento à jusante. O dimensionamento desse tipo de saída da barragem de detenção pode ser realizado como bueiro, Figura (18b). c) Vertedor de emergência: Os vertedores de emergência são, geralmente, de parede espessa, com borda livre de 30 a 60 cm acima da cota máxima de projeto. d) Reguladores de controle: os dispositivos utilizados podem ser mecânicos, autoreguláveis, ou até mesmo de controle remoto, seus funcionamentos são baseados no monitoramento do nível do sistema. Devido a problemas de entupimento e falhas de alguns dispositivos, é recomendável que um sensor monitore à jusante do dispositivo de saída (URBONAS E STAHRE apud TUCCI et al., 1995). CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 49 E1 LW 2 D E0 H0 Ec Ei D W0 E1 E0 Ec Ei (b) (a) Figura 2.18 – Vertedores na saída do conduto de elevação Fonte : MacCuen apud Tucci,(1995) Alguns sistemas utilizados são: • comporta móvel com controle de nível: bacia de dissipação com um flutuador controlado por válvula flap; • válvulas controladas por flutuadores; • escoamento regulado por bombas; • controle remoto, com sensores de níveis e controle de comporta. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 50 CAP ÍTU LO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO O processo de urbanização ocorrido em uma bacia hidrográfica altera seu comportamento hidrológico, sobretudo, na quantidade de escoamento superficial. Os Planos Diretores de Urbanização e as Leis de Zoneamento e Uso do Solo elaborados pelos municípios buscam evitar que o efeito da urbanização extrapole os limites aceitáveis, para tanto, fixam os limites máximos de ocupação para cada região. Como a fiscalização do cumprimento dessas normas é deficiente, uma alternativa, com uma abordagem um pouco mais recente, é de não controlar a ocupação, mas exigir que o hidrograma de saída da bacia não seja diferente da condição de pré-urbanização. Desse ponto de vista, é que se desenvolveu este estudo, cuja estrutura e atividades executadas para atingir os objetivos propostos, são apresentados neste capítulo e nos dois próximos. 3.1. ESTRUTURA DO ESTUDO O objetivo do trabalho, como foi apresentado anteriormente, é analisar a implantação de sistema de detenção para controle do escoamento superficial, a nível de bacia hidrográfica. Foi proposto um sistema de retenção único para a bacia hidrográfica em estudo. O motivo de ter sido escolhido este sistema foi: a possibilidade da obra proposta ser implantado na bacia em estudo; o efeito benéfico desta estrutura na bacia de jusante que se encontra em processo de urbanização avançado; evitar a canalização do restante do córrego que drena a bacia. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 51 A avaliação do sistema proposto foi realizada nas seguintes etapas: 1. Definição dos cenários em que será simulado o escoamento e será avaliado o sistema de detenção proposto, para isto foram levantadas todas as características atuais da bacia, apresentadas neste capítulo, e foi feita uma previsão futura para a bacia, esta apresentada no capítulo seguinte, 2. Simulação do escoamento nos cenários propostos, através dos hidrogramas resultantes de cada situação, 3. Definição do volume de detenção, 4. Simulação do funcionamento do reservatório de detenção, 5. Análise do efeito do reservatório de detenção no escoamento superficial. As determinações dos hidrogramas correspondentes a cada cenário de análise ocorreram em dois momentos distintos: o primeiro sem inserção de estruturas de controle para os cenários de pré-urbanização, atual e futuros; e o segundo, com as estruturas de controle nos cenários atual e futuros. A construção de cenários consistiu no mapeamento da área de estudo para situações que se pretendia analisar. Para este estudo, o objetivo foi o de analisar a área de testes em três situações: pré-urbanização, atual e futura, nas quais o desenvolvimento urbano foi caracterizado pela quantidade de áreas impermeáveis da bacia. Os detalhes referentes à elaboração desses cenários são apresentados no item 4.2. De posse das frações de áreas impermeáveis da Bacia, foi utilizado o Método SCS TR-55 para determinação do hidrograma de saída da bacia nos quatro cenários de análise. O objetivo da simulação do escoamento na bacia foi o de quantificar as vazões escoadas para o evento selecionado, de modo que fosse possível estimar a influência do avanço da urbanização sobre o escoamento superficial. Num segundo momento foi incorporada, nos cenários, atual e futuros, a estrutura de controle definida. Os hidrogramas correspondentes obtidos em cada caso serviram como CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 52 dados de entrada do modelo de propagação em reservatório, usado para o seu dimensionamento. O reservatório foi dimensionado buscando vazões de saída próximas às da pré-urbanização. A comparação entre os hidrogramas resultantes da utilização da estrutura de controle, com o hidrograma do cenário de pré-urbanização foi o parâmetro para avaliar a eficiência da estrutura incorporada, na redução das vazões de pico após a urbanização. As informações, que compuseram a base de dados que possibilitou a execução das atividades citadas anteriormente, foram obtidas por coleta de campo, técnica de estereoscopia e pesquisas bibliográficas. A seguir serão analisadas as características da bacia contribuinte, pois estas são utilizadas no método proposto para determinação dos hidrogramas. 3.2. CARACTERÍSTICAS DA BACIA CONTRIBUINTE A bacia escolhida para testar a metodologia proposta foi a Bacia do Córrego Lagoinha, que apresenta desde áreas quase sem urbanização até áreas de urbanização intensa na cidade Uberlândia-MG. Essa bacia, uma sub-bacia da bacia hidrográfica do Córrego São Pedro (Figura D.1, Apêndice D), é seu único afluente que não se encontra totalmente canalizado dentro do perímetro urbano. A delimitação da bacia hidrográfica foi obtida do mapa da cidade, disponibilizado pela Prefeitura de Uberlândia, em meio digital. Essa bacia compreende parte dos seguintes bairros: Santa Mõnica, Segismundo Pereira, Morada da Colina, Vigilato Pereira, Saraiva, Jardim Ozanan, Loteamento Lagoinha, Leão XIII, Residencial Carajás, Jardim Sangrilá, Pampulha I, loteamento Pampulha, Jardim Karaíba, Santa Luzia, Granada, São Jorge e Laranjeiras. Nesta bacia encontra-se, ainda, o Parque Santa Luzia com um agradável projeto paisagístico que oferece lazer à população, e o Parque de Exposição Agropecuária Camaru. A Bacia do Córrego Lagoinha possui uma área de 20,91 km2 , e o estudo de suas características serão apresentados a seguir. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 53 3.2.1.ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS Serão estudadas a seguir as características físicas da Bacia do Córrego Lagoinha, relativas à topografia, geologia, cobertura vegetal, uso da terra e clima. 3.2.1.1. CARACTERÍS TICAS TO PO GRÁFICAS Individualização da bacia contribuinte A individualização da bacia contribuinte foi feita pelo traçado, em planta topográfica da linha do divisor de água, obtida através das ligações da maior cota até a cota do corpo receptor final de drenagem, Córrego Lagoinha. Para isto foi utilizada planta topográfica com escala de 1/8.000 (cur va de nível de 10 em 10 metros). Depois de traçados, na planta topográfica, os espigões e delimitada a bacia, a área pôde ser obtida pelo dispositivo de cálculo de área do programa de desenho Auto-Cad. A área obtida para a Bacia do Córrego Lagoinha foi de 20,91 km2 . Declividade média do álveo A declividade média do álveo (I) da Bacia do Córrego Lagoinha, foi determinada mediante planta com curvas de nível, onde foi obtida pelo quociente entre a diferença de cota de entrada e saída, H, de 160m, e a extensão, L, de 9240,30 m. Portanto a declividade média do álveo da Bacia do Córrego Lagoinha é de: I= H 160 = ≅ 0,017m/m L 9240,30 (3.1) CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 54 Declividade média da bacia Na determinação da declividade média da bacia do Córrego Lagoinha foi utilizado o método de Horton, apresentado por Wilken (1978). A declividade média é obtida pela seguinte relação: I= D (c1 + c2 + ....... + c n ) = DL A A (3.2) Onde: D – eqüidistância entre as curvas de nível (= 10 metros); A – área da bacia contribuinte; c1 , c2 , ,cn – comprimentos da curvas de nível incluídas dentro da área da bacia; L – comprimento total das curvas de nível. A declividade média obtida está representada na Tabela 3.1 abaixo. Tabela 3.1 – Determinação da declividade média da bacia do Córrego Lagoinha Cotas (m) 950 940 930 920 910 900 890 880 870 860 850 840 830 820 810 800 790 Total Comprimento (m) 444,7 5344,2 3774,4 6097,1 6888,9 7511,5 7856,4 7824,3 8969,0 9897,5 8596,3 6088,8 4855,1 3783,8 3135,2 1962,8 1271,3 94301,2 Equidistância entre as curvas de nível 10 Área da bacia (m²) 20910000 Declividade média da Bacia (m/m) 0,0451 CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 55 Como a bacia do Córrego Lagoinha apresenta declividade média pequena, durante o período de chuva o local sofre intensamente com o escoamento superficial concentrado, o que leva à formação de alagamento, em alguns trechos da Bacia. 3.2.1.2. CARACTERI ZAÇÃO G EO LÓ GI CA DA B ACI A CONTRIBUIN TE Com base nos estudos de Nishiyama (1989), nota-se que a Bacia do Córrego Lagoinha está no nível do basalto da Formação Serra Geral, o que pode ser verificado pelos afloramentos no seu leito. Segundo Nishiyama (1989) quase a totalidade do Triângulo Mineiro esta inserida na Bacia Sedimentar do Paraná, que é representada pelas litologias de Idade Mesozóica, ou seja, arenito de Formação Botocatu, basalto da Formação Serra Geral, recobertos em grande extensão pelas rochas mais recentes do Grupo Bauru (Formação Marília e Formação Adamantina) ou por sedimentos da idade Cenozóica. Os basaltos da Formação Serra Geral, da mesma maneira que os arenitos da Formação Botocatu, assentam-se discordamente sobre o embasamento Pré-Cambriano ou recobrem os arenitos da Formação Botucatu. Costa (1986) salienta que na cidade de Uberlândia predominam os solos argilosos (Latossolo Roxo), sendo que, em caracterizações granulométricas para solos pertencentes à Bacia do Córrego Lagoinha encontrou-se teores de argila maiores que 30%, em faixa que variou de 37 a 82%. 3.2.1.3. COBER TURA DA B ACI A CONTRIBUINTE E USO DA TERRA Cobertura vegetal Em todas as suas porções, verifica-se que a vegetação predominante do município de Uberlândia é o cerrado. Os principais tipos fisionômicos da região do cerrado são: vereda, campo limpo, campo sujo ou cerradinho, cerradão, mata de várzea, mata galeria ou ciliar e mata mesofítica. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 56 Segundo Barbosa (2003), os canais fluviais rasos da Bacia do Córrego Lagoinha são compostos por solos hidromórficos, revestidos por gramíneas e ciperáceas, geralmente com a presença de Mauritia Flexuosa (palmeira buriti). Na faixa marginal do córrego, os solos são hidromórficos, com a cobertura vegetal de gramíneas e um horizonte superficial rico em matéria orgânica. Esta condição natural garante ao solo elevada capacidade de retenção de detritos, ao formar uma barreira filtrante das águas das encostas, o que impede o avanço das partículas sólidas para o canal fluvial, dificultando o processo de assoreamento do Córrego Lagoinha. Nos dias atuais houve uma grande transformação no ambiente das margens do Córrego Lagoinha. A retirada da vegetação natural de seu entorno provocou grandes erosões, o que pode ser percebido pelas inclinação que se apresentam as palmeiras buritis. A situação do córrego é lastimável, uma vez que, há lançamento de esgoto sem nenhum tratamento ou cuidado em alguns trechos do córrego, deposição em suas margens de grande quantidade de lixo doméstico, entulho de construção e animais mortos. Compactação devida ao homem: impermeabilização A Bacia do Córrego Lagoinha é uma bacia que apresenta coeficiente de impermeabilização do solo muito variável, uma vez que é uma bacia urbana que ainda se encontra em processo de urbanização. A presença do Parque Santa Luzia, que trata de uma zona de preservação ambiental, felizmente aumenta a porcentagem de área permeável da bacia. Neste capítulo, no item (3.2.2.1) encontra o estudo detalhado do aspecto de impermeabilização do solo da Bacia. 3.2.1.4. CLIM A Quanto ao clima da área, a dinâmica das massas de ar se constitui no fator mais decisivo das condições meteorológicas. Segundo Del Grossi (1993), a dinâmica atmosférica em Uberlândia está sob controle principalmente dos sistemas intertropicais, os quais ocasionam um clima tropical alternadamente seco e úmido. As massas de ar Equatorial Continental (Ec), Tropical Continental (Tc) e Tropical Atlântica (Ta) são dominantes sobre CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 57 a região sudeste do Brasil. A massa Equatorial Continental é úmida, extremamente instável e convectiva, provocando chuvas ambundantes no período de novembro a abril, período em que Uberlândia sofre com os problemas relativos à drenagem. A massa de ar Tropical Atlântica se caracteriza por ser estável e produzir bom tempo, no inverno é responsável pela escassez das chuvas no período de maio a outubro. O clima tem um papel decisivo na formação do relevo. Na estação das chuvas o escoamento superficial é intenso, pois no início dessa estação os solos estão desprotegidos da cobertura vegetal de gramíneas, devido ao longo período de estação seca. 3.2.2.PARÂM ETROS H IDROLÓ GICOS DA BACI A 3.2.2.1. CO EFICI ENTE DE ESCOAM ENTO SUPERFI CI AL Os valores dos coeficientes de escoamento superficial para a Bacia do Córrego Lagoinha foram encontrados através da porcentagem de impermeabilização do solo, seguindo o trabalho do professor Dr. Carlos E. M. Tucci publicado na revista Brasileira de Recursos Hídricos de janeiro/março de 2000, resumido por Tomaz (2002), onde o coeficiente de escoamento superficial é encontrado pela relação com a fração da área impermeável, que é a porcentagem de área impermeável. Tal relação é apresentada na Tabela 3.2 abaixo: Tabela 3.2 – Coeficiente “C” em função da fração impermeável Fração da área impermeável Coeficiente C de escoamento superficial 0,1 0,14 0,2 0,23 0,3 0,32 0,4 0,41 0,5 0,50 0,6 0,59 0,7 0,68 0,8 0,77 Fonte: Tomaz (2002) Para as áreas da Bacia do Córrego Lagoinha que apresentavam fração de impermeabilização menor que 10%, e maiores que 80%, os coeficientes de escoamento superficial adotados foram os sugeridos por Wilken (1978), apresentados na Tabela 3.3. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 58 Tabela 3.3 – Coeficiente “C”da Prefeitura de São Paulo Zonas Edificação muito densa: partes centrais densamente construídas de uma cidade, com ruas e calçadas pavimentadas Valor de C 0,70 a 0,95 Edificação não muito densa: partes adjacentes ao centro, de menor densidade de habitações, mas com ruas e calçadas pavimentadas 0,60 a 0,70 Edificação com poucas superficies livres: parte residenciais com construções cerradas, ruas pavimentadas 0,50 a 0,60 Edificações com muitas superfícies livres: partes residenciais com ruas macadamizadas ou pavimentadas. 0,25 a 0,50 Suburbios com alguma habitação: partes de arrabaldes e suburbanos com pequena densidade de construção 0,10 a 0,25 Matas, parques e campos de esportes: partes rurais, áreas verdes, superfícies arborizadas, parques ajardinados, campos de esportes sem pavimentação 0,05 a 0,20 Fonte: Wilken (1978) Considerou-se que as áreas com impermeabilizações menores que 10 %, classificavam-se como matas, parques ou campo de esportes, adotando o valor de 0,10 para o coeficiente de escoamento superficial, e as áreas com impermeabilizações maiores que 80% foram classificadas como áreas de edificação muito densa, adotando como coeficiente o valor de 0,80. A porcentagem de impermeabilização do solo da bacia do Córrego Lagoinha foi definida por meio de estereoscopia, aplicadas as fotografias aéreas da bacia.Tais fotografias são do ano de 1997, e apresentam-se na escala de 1/8000. Foram identificadas 74 áreas, Figura 3.1, e suas porcentagens de impermeabilizações estão apresentadas na Tabela 3.4. Definidas as porcentagens de impermeabilização das áreas foram possíveis obter os coeficientes de escoamento pela relação encontrada na Tabela 3.2 e 3.3. Os valores do coeficiente de escoamento superficial para o cená rio atual se encontram na Tabela 3.4. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 59 Figura 3.1 – Coeficiente de escoamento superficial CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO Tabela 3.4– Coeficiente de escoamento superficial da Bacia do Córrego Lagoinha nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 Área (km²) 3,72 0,25 0,45 0,12 0,07 0,21 0,37 0,29 0,08 0,08 0,22 0,18 0,06 0,14 0,25 0,45 0,20 0,11 0,21 0,17 0,22 0,24 0,28 0,19 0,11 0,10 0,21 0,14 0,21 0,36 0,29 0,28 0,15 0,08 0,04 0,33 0,31 0,51 0,07 0,06 0,26 0,11 0,13 0,13 0,07 0,67 3,69 0,49 0,04 Fração da Área Impermeável 0,08 0,25 0,38 0,82 0,28 0,87 0,60 0,44 0,53 0,48 0,71 0,82 0,61 0,63 0,88 0,72 0,71 0,48 0,20 0,16 0,24 0,55 0,09 0,36 0,63 0,66 0,63 0,25 0,49 0,3 0,5 0,23 0,34 0,46 0,84 0,22 0,82 0,36 0,58 0,11 0,34 0,34 0,24 0,38 0,21 0,72 0,09 0,34 0,48 Coeficiente de escoamento ( C ) 0,10 0,28 0,39 0,10 0,30 0,85 0,59 0,45 0,53 0,48 0,69 0,85 0,60 0,62 0,85 0,70 0,69 0,48 0,23 0,19 0,27 0,55 0,10 0,37 0,62 0,64 0,62 0,28 0,49 0,32 0,50 0,26 0,36 0,46 0,85 0,25 0,85 0,37 0,57 0,15 0,36 0,36 0,27 0,39 0,24 0,70 0,10 0,36 0,48 Tabela 3.4 (continuação) – Coeficiente de escoamento superficial da Bacia do Córrego Lagoinha 60 CAPITULO 3 nº 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO Área (km²) Fração da Área Impermeável 0,02 0,63 0,04 0,34 0,02 0,34 0,05 0,49 0,01 0,35 0,02 0,90 0,01 0,36 0,01 0,72 0,01 0,77 0,02 0,88 0,04 0,88 0.08 0,57 0,08 0,16 0,44 0,10 0,26 0,60 0,04 0,22 0,09 0,32 0,11 0,1 0,07 0,16 0,53 0,10 0,19 0,59 0,15 0,30 0,20 0,40 0,65 0,05 0,17 0,21 coeficiente de escoamento superficial médio 61 Coeficiente de escoamento ( C ) 0,62 0,36 0,36 0,49 0,37 0,10 0,37 0,70 0,74 0,85 0,85 0,56 0,19 0,14 0,59 0,25 0,34 0,14 0,19 0,14 0,58 0,32 0,41 0,85 0,24 0,33 3.2.2.2. PERÍ ODO DE RETORNO A obra de contenção proposta para a Bacia do Córrego Lagoinha terá período de retorno de 100 anos, atendendo à sugestão de Porto (1995), Tabela 3.5, pois se trata de uma obra de macro-drenagem em área comercial e residencial. E por Chin apud Tomaz (2002), Tabela 3.6, o período de retorno de 100 anos se mostra adequado, pois a obra é destinada ao controle urbano de inundação. Tabela 3.5– Período de retorno da área para diferentes ocupações Tipo de Obras Ocupação do solo Períodode retorno (anos) Micro-drenagem Residencial 2 Micro-drenagem Comercial 5 Micro-drenagem Edificios Públicos Micro-drenagem Aeroportos 5 2-5 Micro-drenagem Comercial, artéria de tráfego 5 a 100 Macro-drenagem Área comerciais e residenciais 50 - 100 Macro-drenagem Áreas de importância especifica 500 Fonte: Porto e Rubens: Escoamento Superficial Direto in Drenagem Urbana, 1995- ABRH Tabela 3.6 – Períodos de retorno usuais CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO Tipo de Obras Potencial danos de inundação 62 Freqüência de inundação (período de retorno em anos) Coletor de água pluvial em estradas Impede o tráfego Custo de atrasos nos veículos devido à inundação 2a5 Coletor urbano nas ruas Impede acesso de emergência Custos de contorno devido a inundação Custos de atrasos nos veículos devido à inundação 10 a 25 Controle rural de inundação Danos às estradas de rodagem Danos às plantações 25 a 50 Controle urbano de inundação Danos às propriedades Danos à infraestrutura 100 Fonte: Chin apud Tomaz (2002) Considerando que a obra terá uma vida útil de 50 anos, o risco hidrológico de falha, segundo Righetto apud Tomaz (2002) é dado pela expressão: R = 1 − (1 − 1/T ) = 1 − (1 − 1 / 100 ) = 39,50% n 50 (3.3) Onde R é o risco da obra vir a falhar, T é o período de retorno adotado, e n é a vida útil da obra em anos. Percebe-se que o risco de falha da estrutura é significativo. 3.2.2.3. INTENSIDADE DE CH UVA A determinação da intensidade de chuva para a Bacia do Córrego Lagoinha foi feita através de análise de freqüência, empregando as séries anuais, utilizando o método das relações de durações pela Distribuição de Gumbel. Para esta análise foram examinados os valores médios das precipitações intensas de Uberlândia, considerando o Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá, localizado na bacia do Córrego do Jataí, sub-bacia do Córrego São Pedro, com informações pluviométricas do ano de 1981 a 1983, e 1988 a 1995, os dados do ano de 1984 a 1987 não foram coletados diariamente, sendo descartados da análise. As informações pluviométricas do ano de 1996 a 2003 foram obtidas da Estação de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia, localizada na mesma Bacia do Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá. Obteve-se, portanto 19 anos de dados. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 63 Na Tabela 3.7 estão apresentados os dados de precipitação máxima diárias anuais do Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá e da Estação de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia, a média e o desvio padrão entre elas. Tabela 3.7 – Precipitações máximas diárias anuais do Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá e Estação de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia Ano Precipitação máxima diaria anual (mm) 1981 1982 1983 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 média desvio padrão 79,4 94,4 126,8 111,4 74,2 52,3 69 83,6 66,4 76,4 88,2 66,5 100,7 68,1 114,6 98,2 88 147 92,5 89,35 23,47 Os dados obtidos foram colocados em ordem decrescente da precipitação máxima diária anual, calcula ndo-se a probabilidade acumulada e o seu período de retorno, posteriormente foi utilizado a Distribuição de Gumbel para determinação das precipitações máxima de 1 (um) dia, para os períodos de retorno de 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, e 100 anos. E admitindo que exista relação de qualquer chuva com a chuva de 1 (um) dia, pôde-se encontrar a altura pluviométrica para outros valores de duração, Tabela 3.8. A seqüência de cálculo para determinação da intensidade de chuva, seguindo o trabalho de Tomaz (2002), se encontra no Apêndice C. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 64 Tabela 3.8 – Alturas pluviométricas médias do Posto do Parque do Sabiá e da Estação de Climatológia da Universidade Federal de Uberlândia ESTAÇÃO METEORÓGICA DO PARQUE DO SABIÁ INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA ESTAÇÃO Relação Duração UBERÂNDIA - Nº 83,527 Lat.: 18º55´S - Long.: 48º17´W entre Altura puviométrica média de Uberlândia (mm) da chuva chuvas Período de retorno (anos) 2 5 10 15 20 25 50 100 5 minutos 0,34 14,05 17,46 19,72 20,99 21,88 22,57 24,68 26,78 10 minutos 0,532 21,99 27,32 30,85 32,84 34,24 35,31 38,62 41,91 15 minutos 0,693 28,64 35,59 40,19 42,78 44,60 46,00 50,31 54,59 20 minutos 0,817 33,77 41,96 47,38 50,44 52,58 54,23 59,31 64,36 25 minutos 0,918 37,94 47,14 53,24 56,67 59,08 60,93 66,65 72,31 30 minutos 0,74 41,33 51,35 57,99 61,74 64,36 66,38 72,60 78,77 1 hora 0,573 55,85 69,40 78,37 83,43 86,97 89,70 98,11 106,45 2 horas 1,119 62,50 77,66 87,69 93,35 97,32 100,37 109,78 119,12 6 horas 0,78 76,03 94,47 106,68 113,57 118,39 122,10 133,55 144,91 8 horas 0,821 80,02 99,43 112,28 119,53 124,61 128,52 140,57 152,52 10 horas 0,855 83,34 103,55 116,93 124,48 129,77 133,84 146,39 158,84 12 horas 0,883 86,07 106,94 120,76 128,56 134,02 138,23 151,18 164,04 24 horas 1,14 97,47 121,11 136,77 145,60 151,78 156,54 171,21 185,78 1 dia * 1 85,50 106,24 119,97 127,72 133,14 137,32 150,19 162,96 Fonte: adaptado de Tomaz (2002) * Chuva de um dia obtida da Distribuição de Gumbel A intensidade média de precipitação foi obtida do quociente entre a altura pluviométrica e a duração da chuva, os valores encontrados estão representado na Tabela 3.9. Tabela 3.9 – Intensidades médias de precipitação do Posto do Parque do Sabiá e da Estação de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia CAPITULO 3 Duração da chuva 5 minutos 10 minutos 15 minutos 20 minutos 25 minutos 30 minutos 1 hora 2 horas 6 horas 8 horas 10 horas 12 horas 24 horas 1 dia * DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO Relação entre chuvas 65 ESTAÇÃO METEORÓGICA DO PARQUE DO SABIÁ INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA ESTAÇÃO UBERÂNDIA - Nº 83,527 Lat.: 18º55´S - Long.: 48º17´W Intensidade média de precipitação Uberlândia (mm/minutos) Período de retorno (anos) 2 5 10 15 20 25 50 100 0,34 2,81 3,49 3,94 4,20 4,38 4,51 4,94 5,36 0,532 2,20 2,73 3,09 3,28 3,42 3,53 3,86 4,19 0,693 1,91 2,37 2,68 2,85 2,97 3,07 3,35 3,64 0,817 1,69 2,10 2,37 2,52 2,63 2,71 2,97 3,22 0,918 1,52 1,89 2,13 2,27 2,36 2,44 2,67 2,89 0,74 1,38 1,71 1,93 2,06 2,15 2,21 2,42 2,63 0,573 0,93 1,16 1,31 1,39 1,45 1,49 1,64 1,77 1,119 0,52 0,65 0,73 0,78 0,81 0,84 0,91 0,99 0,78 0,21 0,26 0,30 0,32 0,33 0,34 0,37 0,40 0,821 0,17 0,21 0,23 0,25 0,26 0,27 0,29 0,32 0,855 0,14 0,17 0,19 0,21 0,22 0,22 0,24 0,26 0,883 0,12 0,15 0,17 0,18 0,19 0,19 0,21 0,23 1,14 0,07 0,08 0,09 0,10 0,11 0,11 0,12 0,13 1 0,06 0,07 0,08 0,09 0,09 0,10 0,10 0,11 Fonte: adaptado de Tomaz (2002) * Chuva de um dia obtida da Distribuição de Gumbel. Das relações entre intensidade, duração e freqüência das chuvas intensas foi determinada a equação da chuva para o município de Uberlândia, através de métodos gráficos, os cálculos estão apresentados no Apêndice C. A equação é aplicada a durações de chuva menores ou iguais a 120 minutos, tendo como expressão: i= 28,97TR0,159 (t + 14)0,825 (3.4) Onde i é a intensidade de chuva em mm/minutos, TR é o tempo de retorno em anos e t é a duração da chuva. A distribuição temporal da chuva de 24 hora, observada entre 15/02/2002 (9h) e 16/02/2002 (9h), sendo a maior tormenta verificada na bacia dentro do intervalo existente, se assemelha muito à distribuiç ão com 50% de probabilidade, no 1º quartil de duração, proposta por Huff em 1978, conforme Tucci (1995). A Tabela 3.10 e a Figura 3.2 apresentam a semelhança. A distribuição com 50% de probabilidade, no 1º quartil de duração proposta por Huff será utilizada par determinação dos hidrograma de cheia da bacia. Tabela 3.10 – Distribuição temporal da chuva de 24 horas CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO % de precipitação acumulada Intervalo (1 hora) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Observada em 2002 (%) 66 HUFF 1º Quartil 4,70 8,60 11,85 12,90 10,15 9,70 5,30 4,20 4,10 3,30 3,80 2,20 3,00 3,40 1,80 2,90 1,10 1,10 1,50 1,20 1,20 1,10 0,45 0,45 (%) 6,00 7,20 12,20 15,20 10,40 10,40 6,20 4,80 4,30 2,80 2,80 2,50 2,40 2,20 1,60 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 0,80 0,80 0,70 0,70 120 100 80 2002 60 HUFF 40 20 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % de duração da chuva Figura 3.2 - Comparação da curva acumulada do evento de 2002 comparada com a curva de Huff (1º Quartil, 50% de probabilidade) 3.2.2.4. NÚM ERO DE CURVA DE RUNO FF CN DO SCS O número de curva de run-off CN do SCS, é também chamado de coeficiente superficial ou número de deflúvio CN. Há três maneiras para se determinar CN: características geológicas do solo; pesquisas feitas no país, nos estados ou cidades; capacidade mínima de infiltração. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 67 Na determinação do CN, para a Bacia do Córrego La goinha, foram consideradas as características geológicas do solo, segundo a classificação apresentada por Porto (1993 e 1995) e Tucci (1993) apresentada no Apêndice C, Tabela C.5. Como apresentado no item referente às características geológica da bacia contribuinte, em caracterização granulométrica, o solo da Bacia do Córrego Lagoinha apresenta teores de argila maiores que 30%. Portanto segundo classificação de Porto (1995) para determinação de CN, a Bacia do Córrego Lagoinha encontra-se no grupo D. Determinado o grupo do solo em que pertence a Bacia do Córrego Lagoinha, procedeu-se a determinação do CN, levando-se em consideração a utilização ou cobertura do solo, segundo Tabela C.7. A Bacia do Córrego Lagoinha foi dividida em cinco sub-bacias, Figura 3.3, a fim de facilitar a determinação do seu tempo de concentração. E para cada uma dessas sub-bacias foram determinados o seu grau de impermeabilização, segundo a porcentagem de impermeabilização das áreas que as compõem, Tabela 3.4. A Tabela 3.11 apresenta os valores de CN encontrados para cada sub-bacia. As sub-bacias 1 e 5 são parte da Bacia do Córrego Lagoinha, ainda em processo de urbanização, representado em sua grande parte por prado em boas condições, e de acordo com a Tabela C.7, para o solo tipo D, tem-se CN igual a 78. As sub-bacias 2 e 3 que apresentam porcentagem de impermeabilização maior que 30% da área total, o valor de CN é dado pela soma composta do coeficiente da área permeável e da área impermeável, com o peso correspondente da fração da área impermeável, este coeficiente é chamado de CNw composto. Na área impermeável, o número CN do solo é CN = 98, e a área permeável das sub-bacias são formadas por terrenos baldios, que apresentam segundo Tabela C.7, CN igual a 80. A expressão para obtenção de CNw. É dada por: CN w = CN p .(1 − f ) + f .(98) Sendo: CNP – número CN da área permeável da bacia em estudo; (3.5) CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 68 f = fração da área impermeável da bacia em estudo. E para a sub-bacia 4, com porcentagem de impermeabilização de 23%, valor menor que 30%, o número de CN foi determinado diretamente pela Tabela C.7. Como se trata de Zona residencial, tem-se para 23% de impermeabilização, o valo r interpolado de 84,6, que arredondando dá um valor de CN igual 85. Tabela 3.11 – Valores de CN para as Sub- Bacias Nome Área (km²) Sub-Bacia 1 Sub-Bacia 2 Sub-Bacia 3 Sub-Bacia 4 Sub-Bacia 5 Total 3,36 5,42 5,13 5,90 1,10 20,91 Área Impermeável (km²) 0,34 2,49 1,74 1,36 0,15 6,08 Fração Impermeável da Sub-Bacia (%) 10 46 34 23 14 29 CN 78 88 86 85 78 85 CAPITULO3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO SANTA MÔNICA Có rreg o Lag oin ha o rreg Có i og M Córrego do s Bicudos - Delimitação das Sub-bacias - Delimitação da Bacia do Córrego Lagoinha Figura 3.3 – Definição das sub-bacias da Bacia do Córrego Lagoinha 68 CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 70 3.2.2.5. TEM PO DE CONCENTRAÇÃO O tempo de concentração da Bacia do Córrego Lagoinha foi obtido pela soma dos tempos de escoamento superficial, escoamento pluvial e escoamento em tubulações nos trechos canalizados do córrego durante o período chuvoso. A seguir serão utilizadas algumas das fórmulas empíricas mais usuais para o cálculo do tempo de escoamento superficial da Bacia do Córrego Lagoinha, e esta somada com o tempo de escoamento fluvial e tempo de escoamento em tubulações durante o período chuvoso, fornecerá o tempo de concentração da Bacia do Córrego Lagoinha. Tempo de escoamento superficial O trecho em que se processa o escoamento superficial na Bacia do Córrego Lagoinha possui um talvegue de 1,945 km, e uma diferença de cota de 25 m. Freitas (1984), apresenta alguns métodos de calculo do tempo de escoamento superficial, três deles foram utilizados para determinar esse tempo para a Bacia do Córrego Lagoinha. O tempo de escoamento superficial, utilizando a Formula Califórnia Culverts Practice, é dado pela expressão: t s = 57.L1,155.H −0, 385 → t s = 57.1,9451,155.25 −0, 385 → t s = 35,60 min . (3.6) Pela fórmula de Ven Te Chow, que utiliza declividade em m/km, é dado por: L t s = 52,64. I 0 , 64 1,945 → t s = 52,64. 12,85 0 , 64 → t s = 35,60 min . (3.7) E segundo a fórmula de Picking tem- se para o tempo de escoamento superficial: L2 t s = 51,79. I 1 1 3 1,945 3 → t s = 51,79 → t s = 34,75 min . 12,85 (3.8) O valor adotado para o escoamento superficial foi o de 35,60 minutos, por ter sido encontrado em duas fórmulas empíricas. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 71 Tempo de escoamento fluvial e escoamento em tubulações Para determinação do tempo de concentração da Bacia do Córrego Lagoinha foi preciso, primeiramente, obter os tempos de escoamento fluvial, e o tempo de escoamento em tubulações no período de estiagem, pois estes serviram de base no processo interativo, usado na determinação deste tempo de concentração. Tempo de escoamento fluvial durante a estiagem A determinação do tempo de escoamento fluvial do Córrego Lagoinha, no período de estiagem, foi realizada através do Método do Flutuador, e quando possível tal método era comparado com os valores obtidos de vertedores existentes ao longo do curso do córrego. O Método do Flutuador consiste em objetos flutuantes que adquirem a velocidade das águas que os circundam, permitindo assim a determinação da velocidade de escoamento destas. O tipo utilizado foi o Simples ou de Superfície, que são aqueles que ficam na superfície das águas e medem a velocidade superficial da corrente (Figura 3.4). Para determinação da velocidade média da corrente foi utilizada a relação 0,90 de vsup indicada por Azevedo Netto et al.. (1998): V H Figura 3.4 – Flutuador Simples ou de Superfície CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 72 A realização desse método só foi possível pelo fato de inconvenientes como interferência de ventos, correntes secundárias e ondas não serem significativos nos locais medidos. Os locais para determinação do método foram escolhidos de acordo com a declividade do Córrego Lagoinha. A declividade foi encontrada através da determinação do perfil longitudinal do córrego,não sendo considerados os três lagos existentes no percurso do córrego. Por meio do programa Auto-Cad foi determinada o comprimento do curso do rio de cota a cota (10 em 10 metros), Tabela 3.12, o que permitiu a determinação do perfil longitudinal do Córrego Lagoinha (Figura 3.5). Tabela 3.12 – Perfil longitudinal do Córrego Lagoinha Cota Montante (m) 780 790 800 810 820 830 840 848 850 860 870 880 890 900 910 915 Perfil Longitudinal Cota Jusante (m) Distância (m) 790 872,1 800 354,9 810 667,3 820 73,2 830 543,9 840 612,6 850 410,1 850 165,8 860 904,5 870 898,3 880 363,4 890 362,7 900 286,1 910 114,3 915 43,3 915 0,0 Distância Acumulada (m) 6506,6 5634,6 5279,7 4612,4 4539,3 3995,4 3382,8 3138,5 2972,7 2068,2 1169,8 806,5 443,7 157,7 43,3 0,0 CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 73 Cotas (m) PERFIL LONGITUDINAL SEM OS LAGOS 930 920 910 900 890 880 870 860 850 840 830 820 810 800 790 780 Trecho 1 Trecho 2 Trecho 3 Trecho 4 Trecho 5 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Distância (m) Figura 3.5 –Perfil Longitudinal da Bacia do Córrego Lagoinha Conhecido o perfil longitudinal do córrego, foram definidos 4 trechos para aplicação do Método do Flutuador, de acordo com a declividade do perfil, os trechos escolhidos são os trechos 1, 2 , 4 e 5, sendo que o trecho 3 é um trecho canalizado do córrego, tais trechos são os apresentados na Figura 3.5. Dentro desses trechos naturais foram escolhidas porções retilíneas do córrego. Com o local determinado, estendeu-se duas cordas de uma margem a outra, numa distância que variou de 17,76 a 27,91 metros, o que está dentro do recomendado por Azevedo Netto (1998), que indica uma distância de 15 a 50 m (Figura 3.6). Transversalmente dividiu-se o curso d’água em 4 ou 5 seções. O flutuador foi solto a uma distância de 5 metros a montante da primeira corda, medindo o tempo gasto no percurso. Através do quociente entre distância e tempo de percurso obteve-se a velocidade de escoamento de cada seção (Vn ). CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 74 Ponto de lancamento 5 a 15 m (A) A1 B Contagem de tempo (fim) V2 V3 V4 15 a 50 m V1 Percurso A Contagem de tempo (início) A2 A3 A4 (B) Figura 3.6 - Esquema de montagem do Método do Flutuador A seção do leito do curso d’água foi determinada por meio de medidas com régua graduada. A vazão no trecho medido foi dada pela relação: Q = A1 . V1 + A2 . V2 + ....... + An . Vn (3.9) Conhecidas as distâncias reais de cada trecho (Tabela 3.11), e determinada à velocidade de escoamento fluvial deste, encontrou-se o valor de tempo de escoamento em cada um. As planilhas utilizadas para calcular o tempo de escoamento fluvial, em cada trecho escolhido, se encontram no Apêndice A. E o resultados finais se encontram sintetizados na Tabela 3.13 abaixo: Tabela 3.13 – Tabela de escoamento fluvial Tempo de escoamento fluvial Comprimento Velocidade média Trecho nº (m) (m/s) 01 723,16 0,34 02 1991,52 0,40 04 1180,24 0,50 05 1967,36 0,38 Tempo de escoamento fluvial (horas) Tempo de escoamento (minutos) 35,75 82,98 39,34 85,85 4,07 CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 75 Tempo de escoamento em tubulações, durante o período de estiagem Há dois trechos do Córrego Lagoinha que se encontram canalizados, o primeiro está localizado dentro do Parque de Exposição Agropecuária Camaru, trecho 3 da Figura 3.5, e o segundo é trecho final do Córrego Lagoinha, que se encontra canalizado até seu encontro com o Córrego São Pedro na Avenida Rondon Pacheco, que será chamado de trecho 6. Portanto os tempos de escoamento foram encontrados por método de dimensionamento de canais circulares, através de relações baseadas na equação de Manning, apresentado por Azevedo Neto et al. (1998). Através da relação entre Q/Q p pôde-se determinar a relação entre v/vp , encontrado na tabela de dimensionamento de condutos circulares parcialmente cheios, apresentado por Azevedo Netto et al. (1998, p.551). Onde: Q – vazão de entrada; Qp- vazão do conduto à seção plena; v- velocidade do conduto parcialmente cheio; vp – velocidade do conduto à plena seção. As vazões de entrada foram encontradas utilizando-se o ábaco de determinação da altura crítica para canais circulares, apresentado por Lencastre (1972), sendo considerado como altura crítica (hc), a altura de lâmina d’água na entrada do conduto (y), medida no campo. No ábaco de Lencastre tem-se a relação hc/D na ordenada, onde D é o diâmetro da tubulação, como essa relação é conhecida, pode-se determinar o valor correspondente da abscissa 1 Q , e dessa última o valor da vazão proucurada. D5/2 g Para considerar a altura de lâmina d’água na entrada do conduto como sendo a altura crítica, foi preciso verificar os tipos de movimento no trecho anterior à canalização, e na canalização. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 76 Para a determinação do tipo de movimento foi utilizado o adimensional número de Froude, Fr, que é definido como a raiz quadrada da relação entre a força de inércia e a força de gravidade, e expresso por: Fr = V gH m = V g (3.10) A B onde: A – área da seção de escoamento; B – largura da superfície livre d’água. Por meio do número de Froude, o escoamento é classificado em três tipos: a) Escoamento subcrítico ou fluvial, Fr < 1; b) Escoamento supercrítico ou torrencial, Fr > 1; c) Escoamento crítico, Fr = 1. Primeiramente foi analisado o tipo de escoamento do trecho anterior à canalização, pois se este apresentasse subcrítico, e o escoamento dentro do canal supercrítico, podia-se concluir que a altura medida na entrada do tubo representava a altura crítica. Conforme planilha de medição de vazão constante no Apêndice A, para o trecho 2, anterior ao trecho canalizado do Parque de Exposição, tem-se velocidade de 0,40 m/s, área de 0,26 m2 e largura da superfície livre de 1,80 m, portanto o número de Froude é dado pela relação: Fr = V gH m = V A g B = 0,40 0,26 9,81 1,80 = 0,34 < 1, portanto o escoamento é subcrítico. Ainda pela planilha de medição de vazão constante no Apêndice A, para o trecho 5, anterior ao trecho canalizado no final do Córrego Lagoinha, tem-se velocidade de 0,53 m/s, área de 0,50 m2 e largura da superfície livre de 4,8 m, portanto o número de Froude é dado pela relação: CAPITULO 3 Fr = V gH m = DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO V A g B = 0,53 0,50 9,81 4,80 77 = 0,52 < 1, portanto o escoamento é subcrítico. Utilizando-se o ábaco de determinação da altura crítica para canais circulares, apresentado por Lencastre (1972), determinou-se as vazões de entrada nos condutos. Os valores obtidos encontram-se na Tabela 3.14. Tabela 3.14 – Determinação das vazões nos trechos canalizados Manilhas de concreto do trecho do Camaru Manilha única D 1 (m) 2,00 0,20 0,10 y 1 = h c1 (m) y1/D 1 Q D5 / 2 g 0,01 Q (m3/s) 0,20 Manilhas de concreto do trecho final do Córrego Lagoinha Manilha 1 D 1 (m) 2,00 Manilha 2 D 2 (m) 1,50 Manilha 3 D 3(m) 2,00 y 1 = hc1 (m) 0,20 y 2 = hc2(m) 0,30 y 3 = hc3(m) 0,20 y1/D 0,11 y2/D 0,20 y3/D 0,11 0,02 1 Q D5 / 2 g 0,04 1 Q D5 / 2 g 0,02 1 Q D5 / 2 g 3 Q (m /s) 0,35 3 Q (m /s) 0,35 3 Q (m /s) 0,35 Encontrada a vazão de entrada, calculou-se a vazão e a velocidade do conduto à plena seção, através da relação baseada na equação de Manning, e tendo então a relação Q/Q p , pôde-se encontrar a velocidade de escoamento no conduto pela expressão v/vp , e conhecido o comprimento do conduto, determinou-se o tempo de escoamento, pelo quociente do comprimento pela velocidade. As manilhas são de concreto, portanto o coeficiente de rugosidade é igual a 0,013. Os valores encontrados são apresentados na Tabela 3.15. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO Tabela 3.15 – Determinação do tempo de escoamento nos trechos canalizados 78 CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 79 Manilhas de concreto do trecho do Camaru (n = 0,013) D 1 (m) 2,00 I (m/m) 0,01 0,50. RH = 0,25 D(m) 2 Ap (m ) Qp = 3,14 I Ap R H2 / 3 n 10,76 3 Q (m /s) v p = Qp /Ap (m/s) 0,20 3,42 Q/Qp 0,02 v/vp v (m/s) comprimento (m) tempo de escoamento (minutos) B (m) 2 A (m ) 0,40 1,35 165,80 2,04 1,43 0,15 Fr = V g A B 1,35 Manilhas de concreto do trecho final do Córrego Lagoinha (n = 0,013) Manilha 1 Manilha 2 Manilha 3 D 1 (m) 2,00 D 2 (m) 1,50 D 3(m) 2 I (m/m) 0,005 I (m/m) 0,005 I (m/m) 0,005 RH = 0,25 D(m) 0,500 RH = 0,25 D(m) 0,375 RH = 0,25 D(m) 0,500 2 Ap (m ) I A p R H2 / 3 n Qp = 3,14 2 Ap (m ) 1,77 I Ap RH2 / 3 n 2 Ap (m ) 3,14 I Ap RH2 / 3 n 10,76 Qp = Q (m /s) vp = Q p/Ap (m/s) 0,35 3,42 Q (m /s) vp = Qp /Ap (m/s) 0,35 2,82 Q (m /s) vp = Qp /Ap (m/s) 0,35 3,42 Q/Q p 0,03 Q/Qp 0,07 Q/Qp 0,03 v/vp 0,575 v/vp 0,458 3 v/vp 0,458 3 5,00 Qp = 3 10,76 v (m/s) 1,57 v (m/s) 1,62 v (m/s) 1,57 comprimento (m) tempo de escoamento (minutos) B (m) 2 A (m ) 875,00 comprimento (m) tempo de escoamento (minutos) B (m) 2 A (m ) 875,00 comprimento (m) tempo de escoamento (minutos) B (m) 2 A (m ) 875,00 Fr = 9,29 1,20 0,22 V g A B 1,16 Fr = 9,00 1,20 0,22 V g A B 1,22 Fr = 9,29 1,20 0,22 V g A B 1,16 CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 80 Os números de Froude encontrados para os trechos canalizados revelam que o escoamento é supercrítico. Portanto a altura medida na entrada da canalização é realmente a altura crítica. O tempo de escoamento para o trecho canalizado do Camaru é de 2,04 minutos, já para o trecho final do Córrego Lagoinha, que tem diâmetros diferentes, o tempo de escoamento foi obtido da média dos tempos de cada manilha, encontrando-se o valor de 9,19 minutos. A Tabela 3.16 apresenta o valor total de escoamento em canalizações para o Córrego Lagoinha. Tabela 3.16 – Escoamento total em tubulações Trecho nº Comprimento (m) Tempo de escoamento (minutos) 165,80 03 06 875,00 Tempo de escoamento em tubulações (horas) 2,04 9,19 0,19 Tempo de concentração O tempo de concentração, que é definido como o tempo que leva para que toda a bacia considerada contribua para o escoamento superficial, aqui ficará definido como sendo a soma do tempo de escoamento superficial, do tempo de escoamento fluvial e do tempo de escoamento em tubulações, durante o período chuvoso. Para determinação do tempo de concentração da bacia foi preciso encontrar o tempo de escoamento fluvial e em tubulações durante o período chuvoso, já que estes, calculados anteriormente, referem- se a períodos de seca. Para tanto, foram determinadas vazões de pico para o período chuvoso, utilizando-se os tempos encontrados durante o período de seca, e com estas foram determinadas as novas condições do Córrego e das tubulações, que permitirá encontrar o tempo de escoamento no período chuvoso, por processo iterativo. Como a topografia do leito do córrego é desconhecida, fo i considerado que o leito dos trechos 1 e 2 é composto por gabião com uma declividade de 2:3, ou seja, ângulo de 56,31º, Figura 3.7, e nos trechos 4 e 5 o ângulo é de 75,96º, sendo mantido o leito do rio, considerado durante a estação de seca. E novas tubulações nos trechos canalizados, se necessário, serão consideradas para atender à vazão de pico. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 81 Lb h 56,31° Figura 3.7 – Perfil transversal do Córrego Lagoinha A Bacia do Córrego Lagoinha foi divida em 5 sub-bacias, com seus pontos de saída coincidentes com os finais dos trechos definidos para determinação do tempo de escoamento no período de estiagem, com o intuito de facilitar os cálculos do tempo de concentração, conforme anteriormente apresentada na Figura 3.3. A seguir são demonstrados os passos seguidos para obtenção do tempo de concentração, na Bacia do Córrego Lagoinha, sendo estes aplicados em cada sub-bacia pré-definida. Os valores encontrados em cada passo estão apresentados nas planilhas de determinação do tempo de concentração no Apêndice A. Primeiro passo - Determinação da vazão de pico através do Método SCS TR-55 A vazão de pico (Q p ) obtida para cada sub-bacia é a vazão do Córrego durante o período chuvoso, determinada através do método SCS TR-55, apresentado no capítulo 2 deste trabalho. O fator adimensional de ajustamento devido às poças d’águas, apresentado na Tabela 2.1, especificado no Método SCS TR-55 adotado para a Bacia do Córrego Lagoinha é de 0,72, pois considerou-se que 5% da precipitação fica retida em poças d’água ou brejo, pois é uma bacia que apresenta declividade suave, e algumas regiões de brejo, em sua área de Preservação Ambiental. O tipo de chuva considerada para ao Brasil e o adotado para aplicação do Método SCS TR55 na Bacia do Córrego Lagoinha foi a do tipo II. A vazão de pico para cada trecho é a média entre a vazão de entrada e saída deste, portanto a vazão de jusante de um trecho é a vazão de montante do trecho subseqüente. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 82 Segundo passo – Determinação da altura do leito de gabião e dos novos condutos para o trecho canalizado. Na determinação da altura do leito de gabião igualou-se a vazão hidráulica do canal (Q H) a soma da vazão devido à chuva (Q p ), calculada no primeiro passo, e da vazão de base (Q b), correspondente à vazão do córrego em período de estiagem. A vazão hidráulica foi obtida pela Equação de Chézy com coeficiente de Manning: 2 I A.RH3 n QH = (3.11) Onde: I – declividade do canal (m/m); n – rugosidade do canal; A – área da seção transversal do canal; RH – raio hidráulico. Como o canal foi considerado revestido por gabião no leito ocupado pelo extravasamento da vazão de pico, a rugosidade foi encontrada pela expressão, de acordo com Forchheimer apud Linsley et al. (1978): n= nn2 * Pn + nG2 * PG Pn + PG (3.12) Sendo: nn – coeficiente de rugosidade do curso natural do Córrego do Lagoinha, encontrado no Apêndice A; Pn – perímetro molhado do curso natural do Córrego Lagoinha; nG – coeficiente de rugosidade do leito de gabião, mostrado na Tabela 3.17, (adotado o valor de 0,0285); CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 83 PG – perímetro molhado do leito de gabião, dado pela expressão: PG = 2h sen φ (3.13) Como será mantida uma declividade para o trecho do Córrego tem-se: PG = 2h 2h = = 2,40 h - para os trechos 1 e 2 e; senφ sen56 ,31º PG = 2h 2h = = 2,06h - para os trechos 4 e 5 senφ sen 75,96º Tabela 3.17 – Coeficiente de Rugosidade do Gabião Tipo 1 2 Natureza da superfície Canais revestidos com gabiões enchidos com material bem selecionado e colocados na obra com cuidado. Canais revestidos com gabiões enchidos com material bem selecionado e colocados na obra sem cuidado. n 0,0260 0,0285 Fonte: Catálogo MACCAFERRI – Gabiões/Gabions/Gaviones A área da seção transversal foi obtida pela soma da área da seção transversal do curso natural do Córrego (An ), e área trapezoidal formada pelo extravasamento da vazão de pico, até uma certa altura h, sendo a base menor do trapézio coincidente com a largura natural do Córrego (Lb). Portanto a área do trapézio é dada por: • Para o trecho 1 e 2: L b + 2 h tanf B+ b AG = *h = 2 2 • + L b h2 * h = L * h + = L b * h + 0,67h 2 (3.14) b tan56,31º Para o trecho 4 e 5: A G = L b * h + 0,25h 2 Sendo, portanto a área total da seção transversal expressa por: (3.15) CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 84 ( ) (3.16) ( ) (3.17) A = A n + L b * h + 0,67h 2 para os trechos 1 e 2 A = A n + L b * h + 0,25h 2 para os trechos 4 e 5 O raio hidráulico foi obtido dos raios hidráulicos da parte natural do Córrego, e o raio hidráulico da seção formada pelo gabião expresso por: A + (L b * h + 0,67h 2 ) A = n para o trecho 1 e 2 Pn + PG Pn + 2,40h (3.18) A n + (L b * h + 0,25h 2 ) A = = para o trecho 4 e 5 Pn + PG Pn + 2,06h (3.19) RH = RH A declividade do canal será a mesma encontrada para o Córrego durante o levantamento do tempo de escoamento durante a estiagem. Substituindo os valores encontrados na expressão que define vazão hidráulica tem-se: • Para o trecho 1 e 2: QH = Q p + Qb = • I n 2n Pn + 2,40 * nG2 * h Pn + 2,40 * h An + ( L B * h + 0,67 h 2 ) 2 * h + 0 , 67 h b Pn + 2,40 h 2/3 An + (LB*h + 0,25h 2 ) P + 2 , 06 h n 2/3 (A + (L n )) (3.20) Para o trecho 4 e 5: Q H = Q p + Qb = I nn2 Pn + 2,06*n G2*h Pn + 2,06*h (A + (L *h + 0,25h )) 2 n b (3.21) Como os valores de Qp e Qb são conhecidos, foi determinada a altura do leito de gabião por tentativa, em planilha do programa Excel, apresentadas no Apêndice A. As manilhas existentes nos trechos canalizados do Córrego Lagoinha não suportam a vazão de pico somada à vazão de base, considerando o tempo de escoamento fluvial e o escoamento na tubulação na época de estiagem, portanto, foi necessário admitir novos condutos. Considerando que a nova manilha teria forma retangular, o mesmo material, concreto, coeficiente de rugosidade de 0,013, e teria uma declividade adequada para a nova CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 85 situação, utilizando a formula de Chézy com o coeficiente de Manning para dimensionamento do conduto, obteve-se a seguintes relações: • Para o trecho 3 canalizado, o conduto é retangular e tem relação de largura igual a 4 vezes a altura, obtendo a expressão: 8 h3 = • n.QH (3.22) 2,17 . I Para o trecho 6 canalizado, o conduto é retangular e tem relação entre largura e altura de 5 vezes, o que fornece: 8 h3 = n.Q H (3.23) 2,79. I Os resultados encontrados estão apresentados no Apêndice A. Terceiro passo – Determinação da velocidade de escoamento Determinada a altura do leito do gabião foi possível determinar a área da seção transversal do canal, pela soma da seção do curso natural do Córrego com a seção do leito do gabião, e também determinou a nova área das tubulações nos trechos canalizados. E pela equação da continuidade tem-se: V= Q A (3.24) Quarto passo - Determinação do tempo de escoamento no trecho em estudo Determinada a velocidade de escoamento no trecho, e conhecida a sua extensão, pôde-se determinar o tempo de escoamento, pelo quociente entre a extensão e a velocidade. As planilhas utilizadas para determinação do tempo de concentração estão apresentadas no Apêndice A, lembrando-se que a determinação do tempo de concentração foi feito por processo iterativo, onde na primeira iteração utilizou-se o tempo de escoamento em cada CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 86 trecho encontrado no campo na época de estiagem, já na segunda iteração o tempo utilizado para determinação da vazão de chuva são os tempos encontrados na primeira iteração, e assim sucessivamente. O tempo de concentração encontrado para o cenário de 1997, considerado o cenário atual foi de 1,77 horas e para o cenário de pré- urbanização foi de 1,87 horas. O tempo de concentração para os cenários futuros também é obtido pelo mesmo processo, mas primeiramente serão determinadas suas características, no próximo capítulo. CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 87 CAP ÍTU LO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO Para a montagem dos cenários, primeiramente foi preciso definir o local de implantação do reservatório de detenção, pois assim, teve-se condição de conhecer suas áreas de contribuição, já que estas são as bases para sua elaboração. 4.1. DESCRIÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE IMPANTAÇÃO Na escolha do local de implantação do Reservatório de Retenção levaram-se em consideração os seguintes termos: • Como se trata de uma Bacia já urbanizada, a escolha do local de implantação do Reservatório dependeu da disponibilidade de espaço, uma vez que se pretendia evitar altos gastos com desapropriações de benfeitorias; • Capacidade da obra de interferir no amortecimento, procurou-se evitar espaço muito a montante, que drena pouco área, tendo um efeito reduzido; CAPITULO 4 • ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 88 Como o Reservatório de Retenção proposto manterá uma lamina d’água permanente que será utilizada para embelezamento e/ou recreação, foi preciso escolher os locais para sua implantação, onde não houvesse o carregamento de resíduos sólidos, ou qualquer outro tipo de poluente durante o período chuvoso, o que poderia causar maus odores, e assoreamento do Reservatório; A seguir será mostrada a análise de cada termo considerado na localização do reservatório de retenção proposto para o Córrego Lagoinha. 4.1.1.DISPONIBILIDADE DE ESPAÇO Analisando o mapa de apresentação da cidade de Uberlândia para o ano de 2003, na Bacia do Córrego Lagoinha pode-se identificar algumas áreas possíveis para implantação da obra de Retenção, quando leva-se em consideração a questão de área não construída. A figura (4.1) apresenta as áreas com disponibilidade de espaços identificadas. 4.1.2.CAPACIDAD E DE INTERFERIR NO AM ORTECIM ENTO Procurou-se evitar a instalação do reservatório de retenção em espaços da bacia, onde a área de contribuição fosse pequena, o que reduziria a capacidade do reservatório de interferir no amortecimento da vazão de pico. Sendo a proposta deste trabalho, estudar os problemas de enchente ocorridos na Bacia do Córrego São Pedro, procurou-se determinar as áreas dentro da Bacia do Córrego Lagoinha, que pudessem interferir no amortecimento, caso a área de contribuição pudesse futuramente sofrer com tais problemas, neste caso, os profissionais da área de drenagem recomendam localizar os reservatórios de retenção mais ou menos na metade da bacia de drenagem. Foi considerada também, a possibilidade de implantação do reservatório no curso final do Córrego Lagoinha, pois tal alternativa possibilitaria o controle na Bacia do Córrego São Pedro. CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 89 Dentre as áreas escolhidas, levando-se em consideração disponibilidade de áreas sem construção de benfeitorias, foram identificadas as áreas que favoreceriam a capacidade de amortecimento do reservatório de retenção. As áreas identificadas estão representadas na Erro! Auto-referência de indicador não válida.. 4.1.3.TRANSPOR TE D E PO LUENTES Considerando o transporte de resíduos sólidos e poluentes industriais na bacia do Córrego Lagoinha, Barbosa (2003), salienta que há grande deposição de resíduos de construção e lixo doméstico nas margens do médio e baixo curso do córrego, e ainda o problema contaminação da água por óleos e graxas oriundos das atividades da empresa de ônibus urbanos Viação Triângulo Ltda. A localização de tal empresa consta na Erro! Autoreferência de indicador não válida.. O problema da contaminação do Córrego Lagoinha por resíduos sólidos e pelos contaminantes industriais provenientes da empresa Viação Triângulo Ltda podem ser contornados por fiscalização do órgão competente da Prefeitura Municipal de Uberlândia, sendo, portanto uma situação que não delimita a área de implantação da obra de retenção. 4.1.4.POSSÍ VEIS LOCALI ZAÇÕ ES DO RESER VATÓRI O Em se tratando de locais com disponibilidade de espaço foram encontrados diversos lugares, uma vez que a Bacia do Córrego Lagoinha possui um parque municipal, o Parque Santa Luzia. Portanto, o termo decisivo foi a capacidade de amortecimento do reservatório, visto que, o problema de transporte de poluente é uma situação contornável, que independe da localização do reservatório. Os locais selecionados são capazes de atender todas as condições para o bom aproveitamento da obra de retenção. Considerando o controle do escoamento superficial na sub-bacia do Córrego Lagoinha e bacia do Córrego São Pedro, foram identificadas três locais, sendo que o local 1 foi definido como a área da lagoa do Parque de Exposição Camaru, já existente, mas que não funciona como obra de retenção, tem apenas finalidade de embelezamento, o local 2 é um espaço à jusante do local 1 que também atende as CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 90 condições exigidas, sendo que o reservatório de retenção pode ser implantado em qualquer espaço dele pertencente. A implantação do reservatório nos locais 1 e 2 trata o problema de escoamento superficial da sub-bacia do Córrego Lagoinha e dependendo da sua capacidade de amortecimento reflete também no problema na Bacia do São Pedro. Já para o controle do escoamento superficial mais efetivo do eflúvio lançado da sub-bacia do Córrego Lagoinha para a bacia do Córrego São Pedro foi identificado o local 3, onde a implantação do reservatório evitará o problema de escoamento concentrado na avenida Rondon Pacheco. Inicialmente será implantado um reservatório na área 2, se o amortecimento provocado por ele não for suficiente para controlar o escoamento na Bacia do São Pedro, outra estrutura de retenção será implantada na área 3. 4.2. ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS 4.2.1.CENÁRI O DE PRÉ- URBANI ZAÇÃO O cenário de pré-urbanização foi elaborado para servir de referência na avaliação da eficiência hidráulica das estruturas de controle adotada. Nesse cenário, a Bacia do Córrego Lagoinha foi considerada sem ocupação e com cobertura vegetal típica da região. Ou seja, 100 % de sua área permeável. O tempo de concentração encontrado para este cenário é de 1,87 horas, determinado no item (3.2.2.5). E o número de curva é de 78, encontrado no item (3.2.2.4). 4.2.2.CENÁRI O ATUAL O cenário atual foi elaborado com intuito de retratar a ocupação atual da área de estudo. Para sua execução seria necessário utilizar ferramentas recentes, que por sua vez oferecessem uma precisão satisfatória. Assim sendo, o mais indicado foi a utilização de fotografias aéreas da área em estudo, as fotos aéreas mais recentes disponíveis encontradas foram do ano de 1997. CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO CENTRO SANTA MÔNICA SARAIVA LÍDICE SEGISMUNDO VIGILATO PEREIRA PEREIRA LOTEAMENTO I Có rre go La goin ha 3 2 1 LOTEAMENTO III SANTA LUZIA go rre Có Córrego dos Bicudos LO TE AM EN TO Viação Triângulo II i og M JARDIM KARAÍBA 89 Áreas com disponibilidade de espaço Área com boa capacidade de amortecimento Figura 4.1 – Definição da área de implantação do reservatório CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 92 O valor de CN para o cenário atual é o calculado no capítulo anterior, sendo o resultado obtido sintetizado na Tabela 3.9. O tempo de concentração da Bacia do Córrego Lagoinha para o Cenário atual é o encontrado no item (3.2.2.5), sendo de 1,77 horas. 4.2.3.CENÁRI O FUTURO O cenário futuro foi elaborado com intuito de retratar a ocupação prevista para a região a partir da Lei Complementar Nº 245 de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre o parcelamento e zoneamento do uso e ocupação do solo do Município de Uberlândia e revoga a Lei Complementar Nº 224 de 23 de dezembro de 1999 e suas alterações posteriores. Deve-se, no entanto, salientar que no cenário atual há situações em que a ocupação existente já ultrapassou os limites estabelecidos pelas legislações vigentes, utilizadas para a elaboração desse cenário. Esse fato é decorrência entre outras coisas, de que a maior parte da obras já executadas teve seus projetos aprovados na legislação anterior, que possuía índices urbanísticos diferenciados e falhas que possibilitavam burlar as porcentagens de impermeabilização previstas. A fiscalização deficitária e o não cumprimento das normas só contribuem para ocupação desordenada do espaço urbano. Na elaboração do cenário futuro manteve-se a situação do cenário atual para as áreas já loteadas, e nas áreas desocupadas da bacia foram criados novos loteamentos. Estes loteamentos terão lotes de 12 metros de largura por 30 metros de comprimento, que é a dimensão padrão dos lotes nesta região da cidade de Uberlândia, e também será simulada a inserção de supermercados, escolas, e outros edifícios exigidos por lei, que ocupam áreas maiores. Os loteamentos propostos estão apresentados no Apêndice D, Figura D.2. E para que o escoamento fosse simulado em fases diferenciadas de ocupação dos novos loteamentos, foram definidos dois cenários, com características apresentadas a seguir: CAPITULO 4 • ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 93 O Cenário Futuro I, as ruas estarão pavimentadas, as edificações erguidas em uma taxa de ocupação de 60% do lote, e a porcentagem de impermeabilização do recuo e afastamento lateral será de 20% do total, o que dará um total de 80% de impermeabilização da área do lote. • No Cenário Futuro II, as ruas já estarão pavimentadas, as edificações erguidas em uma taxa de ocupação de 60% do lote, e as áreas laterais e os recuos se apresentarão impermeabilizada, definindo como taxa correspondente à pavimentação da área livre a taxa de 80% de impermeabilização, o que leva a um total de 92% de impermeabilização da área do lote. De acordo com artigo 13 da Lei Complementar Nº 245 de novembro de 2000, os loteamentos propostos tiveram que destinar ao município áreas mínimas, calculadas sobre a área total loteável, que foram as seguintes: i. 20 % para o sistema viário; ii. 10 % para área de uso institucional; iii. 7 % para área de recreação pública. O loteamento I ficou com uma área de 1.804.921 m2 , das quais 360.984m2 são ocupados pelas ruas, 232.838 m2 são praças, 71.789 m2 são ferrovias e 1.139.310 m2 são lotes, o local de implantação do loteamento I está representado na Figura D.2. O loteamento II ficou com uma área de 908.607 m2 , das quais 181.721 m2 são ocupados pelas ruas, 87.435 m2 são praças, 639.450 m2 são lotes, o local de implantação do loteamento II e está representado na Figura D.2. Já o loteamento III é formado por dois condomínios fechados recentemente implantados na bacia do Córrego Lagoinha, o Royal Park e o Vila Real, e mais o restante das áreas adjacentes a estes, evidentemente respeitando o recuo destinado a área de preservação ambiental. Neste caso foi considerado que os condomínios fechados, também, teriam o tipo CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 94 de ocupação proposto para o cenário I e II, sendo assim, o loteamento III ficou assim definido. • Condomínio fechado Royal Park com uma área de 179.373,74 m2 , das quais 64721,36 m2 são ocupados pelas ruas, 10.858,94 m2 são praças, 26183,74m2 são áreas institucionais, e 77.609,70 m2 são lotes. Cabe destacar que, o condomínio Royal Park apresenta uma área destinada ao sistema viário 80,41 % maior do que o exigido pela lei municipal, uma área 13,52% menor que o exigido para área de recreação e apresenta uma área de 14,60% de área institucional, apesar de esta não ser exigida por lei. • Condomínio fechado Vila Real com uma área de 78.041,94 m2 , das quais 21.429,77 m2 são ocupados pelas ruas, 6.381,07 m2 são praças, 3.001,08 m2 são áreas institucionais, e 47.230,04 m2 são lotes. • O restante da área adjacente aos condomínios fechados Royal Park e Vila Real, que será chamado de Loteamento IIIa, foi loteado adquirindo uma área total de 2.757.444 m2 , das quais 697.845,14 são ruas, 279.000 m2 são áreas institucionais, 157.719,19 m2 são praças, e 1.901.880 m2 são lotes. Em cada loteamento foram identificados diferentes tipos de lotes, no que se refere às dimensões e tipo de ocupação. Os lotes tiveram uma taxa de ocupação de 60% para todos os loteamentos. A Tabela 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5 a seguir apresentam as dimensões dos lotes e suas áreas. Tabela 4.1 – Tipos de lotes do Loteamento I Tipo de Lote 1 2 (Escola I) 3 (Escola II) 4 (Creche) 5 (Posto de Saúde) 6 (Posto Policial) 7 (Supermecardo I) 8 (Supermercado II) 9 (Ginásio Poliesportivo) 10 (Praças ) Totais largura (m) 12 120 120 105 105 105 60 120 120 - Dimensões comprimento (m) 30 150 180 105 105 105 120 150 150 - Tabela 4.2 – Tipos de lotes do Loteamento II área (m²) 360 18000 21600 11025 11025 11025 7200 18000 18000 - número de lote área total (m²) 2531 3 3 2 2 2 1 1 1 2546 911160 54000 64800 22050 22050 22050 7200 18000 18000 232838 1139310 CAPITULO 4 Tipo de Lote 1 3 (Escola I) 2 (Escola II) 3 (Creche) 4 (Posto de Saúde) 5 (Posto Policial) 6 (Supermecardo I) 7 (Supermercado II) 8 (Ginásio Poliesportivo) 9 (Praças ) ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO largura (m) 12 90 90 90 90 60 60 90 60 - Dimensões comprimento (m) 30 120 90 90 90 90 120 120 60 - área (m²) 360 10800 8100 8100 8100 5400 7200 10800 3600 - 95 número de lote área total (m²) 1461 3 2 2 2 2 1 1 1 - 525960 32400 16200 16200 16200 10800 7200 10800 3600 87526 1475 639360 Totais Tabela 4.3 – Tipos de lotes do Condomínio Fechado Royal Parque Tipo de Lote 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 (Área Institucional) 17 (Praças ) largura (m) 12,00 12,00 14,19 14,38 11,91 12,19 12,00 12,20 12,81 11,81 12,00 11,80 12,50 11,50 12,00 - Dimensões comprimento (m) 27,70 25,18 27,70 25,18 25,18 27,70 28,90 28,90 28,90 28,90 26,45 26,45 26,50 26,50 30,00 - área (m²) 332 302 393 362 300 338 347 353 370 341 317 312 331 305 360 26184 10859 Totais número de lote área total (m²) 126 33 1 1 1 4 26 2 4 1 24 1 1 1 9 - 41882 9971 393 362 300 1351 9017 705 1481 341 7618 312 331 305 3240 26184 10859 235 77610 Tabela 4.4 – Tipos de lotes do Condomínio Fechado Vila Real Tipo de Lote 1 2 3 (Área Institucional) Área de Recreação Totais largura (m) 15,60 15,40 - Dimensões comprimento (m) 28,60 28,60 - área (m²) 446 440 3001 6381 número de lote área total (m²) 18 89 107 8031 39199 3001 6381 47230 CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 96 Tabela 4.5 – Tipos de lotes do Loteamento IIIa Tipo de Lote 1 2 (Escola I) 3 (Escola II) 4 (Creche) 5 (Posto de Saúde) 6 (Posto Policial) 7 (Supermecardo I) 8 (Supermercado II) 9 (Ginásio Poliesportivo) 10 (Praças ) largura (m) 12 150 180 120 120 120 60 120 120 - Dimensões comprimento (m) 30 180 180 120 120 120 120 150 150 - área (m²) 360 27000 32400 14400 14400 14400 7200 18000 18000 157719 Totais número de lote área total (m²) 4268 3 3 3 2 2 2 2 2 - 1536480 81000 97200 43200 28800 28800 14400 36000 36000 157719 4287 1901880 Partindo do critério do plano Diretor de Desenvolvimento e Urbanização (PDDU), que estabelece para as Unidades Territorial Residenciais (UTR) da Zona Residencial tipo 2 (ZR2) uma taxa de ocupação máxima de 60 %, e, define em 3 m e 1,5 m o recuo e afastamento lateral mínimos respectivamente, considerando-se de residências térreas até as de 4 pavimentos. Em 96,7% e 97,5% da UTR do Loteamento I e II respectivamente ficaram definido 4 m de recuo mínimo, e 1,85 m de afastamento mínimo, obtendo-se a seguinte configuração básica para ocupação do lotes, Figura 4.2. a - laterais a b - recuo a telhado b Figura 4.2 – Configuração básica do lote A partir dessa configuração, foram obtidos as taxas de impermeabilização, os recuos e os afastamentos laterais por tipo de lote, usadas em cada cenário, apresentadas nas Tabelas 4.6, 4.7, 4.8, 4.9 e 4.10 a seguir: CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO Tabela 4.6 – Impermeabilização dos lotes do Loteamento I Tipo de lote Área (m²) 1 360 2, 8 e 9 18000 3 21600 4, 5 e 6 11025 7 7200 Edificação Cenário 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 A (m²) 216 216 10800 10800 12960 12960 6615 6615 4320 4320 Recuo Dimen. I (%) A (m²) I (%) (m) 60 48 4 10 60 48 4 11 60 4800 40 10 60 4800 40 21 60 5400 45 10 60 5400 45 20 60 3150 30 10 60 3150 30 23 60 900 15 0 60 900 15 10 A (m²) 96 96 2398 2398 3240 3240 1260 1260 1978 1978 Laterais Total Dimen. I (%) I (%) (m) 1,85 10 80 1,85 21 92 10,90 10 80 10,90 11 92 12,00 10 80 12,00 12 92 8,40 10 80 8,40 9 92 8,40 0 60 8,40 22 92 Tabela 4.7 – Impermeabilização dos lotes do Loteamento II Tipo de lote Área (m²) 1 360 2e8 10800 3, 4e 5 8100 6 5400 7 7200 9 3600 Edificação Cenário 1 2 3 6 3 6 3 6 3 6 3 6 A (m²) 216 216 6480 6480 4900 4900 3240 3240 4320 4320 2160 2160 Recuo Laterais Total Dimen. Dimen. I (%) A (m²) I (%) A (m²) I (%) I (%) (m) (m) 60 48 4 10 96 1,85 10 80 60 48 4 11 96 1,85 21 92 60 2700 30 10 1620 9,00 10 80 60 2700 30 20 1620 9,00 12 92 60 1800 30 0 1400 10,00 0 60 60 1800 30 18 1400 10,00 14 92 60 1080 30 10 1080 10,00 10 80 60 1080 30 16 1080 10,00 16 92 60 900 30 10 1980 9,43 10 80 60 900 30 10 1980 9,43 22 92 60 900 30 0 540 6,00 0 60 60 900 30 20 540 6,00 12 92 Tabela 4.8 – Impermeabilização dos lotes do Condomínio Fechado Royal Parque 97 CAPITULO 4 Tipo de lote Área (m²) 1 332,40 2 302,16 3 393,06 4 362,19 5 299,93 6 337,65 7 346,80 8 352,51 9 370,34 10 341,43 11 317,40 12 312,03 13 331,25 14 304,75 15 360,00 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO Edificação Cenário 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 A (m²) I (%) A (m²) 199,44 199,44 181,30 181,30 235,84 235,84 215,50 215,50 179,96 179,96 202,59 202,59 208,08 208,08 211,51 211,51 222,20 222,20 204,86 204,86 190,44 190,44 187,22 187,22 198,75 198,75 182,85 182,85 216,00 216,00 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 48,00 48,00 48,00 48,00 70,95 70,95 71,92 71,92 47,65 47,65 48,76 48,76 48,00 48,00 60,99 60,99 64,07 64,07 47,26 47,26 48,00 48,00 47,19 47,19 50,00 50,00 46,00 46,00 60,00 60,00 98 Recuo Laterais Total Dimen. Dimen. I (%) A (m²) I (%) I (%) (m) (m) 4 10 85 1,79 10 4 12 85 1,79 20 4 10 73 1,72 10 4 13 73 1,72 19 5 10 86 1,90 10 5 14 86 1,90 18 5 10 75 1,85 10 5 16 75 1,85 17 4 10 72 1,71 10 4 13 72 1,71 19 4 10 86 1,82 10 4 12 86 1,82 20 4 10 91 1,82 10 4 11 91 1,82 21 5 10 80 1,67 10 5 14 80 1,67 18 5 10 84 1,76 10 5 14 84 1,76 18 4 10 89 1,79 10 4 11 89 1,79 21 4 10 79 1,76 10 4 12 79 1,76 20 4 10 78 1,73 10 4 12 78 1,73 20 4 10 83 1,83 10 4 12 83 1,83 20 4 10 76 1,69 10 4 12 76 1,69 20 5 10 84 1,68 10 5 13 84 1,68 19 Tabela 4.9 – Impermeabilização dos lotes do Condomínio Fechado Vila Real Edificação Recuo Laterais Tipo de Área Total Cenário Dimen. Dimen. lote (m²) A (m²) I (%) A (m²) I (%) A (m²) I (%) I (%) (m) (m) 1 267,7 60 62,4 4 10 116,06 2,36 10 1 446,16 2 267,7 60 62,4 4 11 116,06 2,36 21 1 264,3 60 61,6 4 10 115 2,33 10 2 440,44 2 264,3 60 61,6 4 11 115 2,33 21 CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 99 Tabela 4.10 – Impermeabilização dos lotes do Loteamento IIIa Tipo de lote Área (m²) 1 360 2 27000 3 32400 4, 5, 6 14400 7 7200 8, 9 18000 Edificação Cenário 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 A (m²) 216 216 16200 16200 19440 19440 8568 8568 4320 4320 10800 10800 Recuo Dimen. I (%) A (m²) I (%) (m) 60 48 4 10 60 48 4 11 60 6750 45 10 60 6750 45 20 60 8100 45 10 60 8100 45 20 60 3600 30 10 60 3600 30 20 60 1200 20 10 60 1200 20 13 60 3000 25 10 60 3000 25 13 A (m²) 96 96 4050 4050 4860 4860 2232 2232 1680 1680 4200 4200 Laterais Total Dimen. I (%) I (%) (m) 1,85 10 80 1,85 21 92 15,00 10 80 15,00 12 92 18,00 10 80 18,00 12 92 12,40 10 80 12,40 12 92 8,40 10 80 8,40 19 92 16,80 10 80 16,80 19 92 Definidas as áreas edificáveis, as áreas laterais e de recuo impermeabilizadas, e admitindo uma taxa de impermeabilização de 10% para áreas de praças, obteve-se a taxa de impermeabilização por cenário, resultados que estão sintetizados nas Tabelas 4.11 e 4.12, 4.13, 4.14, 4.15. Tabela 4.11 – Taxa de impermeabilização do loteamento I Cenário 1 2 Rua 36,10 36,10 Áreas impermeabilizadas (ha) Edificações Laterais Recuos Praça Total 68,36 2,75 1,81 2,33 111,35 68,36 21,98 14,52 2,33 143,28 Imperm. % 0,62 0,79 Tabela 4.12 – Taxa de impermeabilização do loteamento II Cenário 1 2 Rua 18,17 18,17 Áreas impermeabilizadas (ha) Edificações Laterais Recuos Praças Total 38,39 1,60 0,96 0,88 60,00 38,39 12,81 7,66 0,88 77,90 Imperm. % 0,66 0,86 Tabela 4.13 – Taxa de impermeabilização do Condomínio Fechado Royal Parque Áreas impermeabilizadas (ha) Cenário 1 2 Rua 6,47 6,47 Edificações Laterais Recuos Praças 4,66 4,66 0,20 1,56 0,12 0,92 0,11 0,11 Área Total Institucional 2,09 2,41 11,55 13,72 Imperm. % 0,64 0,76 Tabela 4.14 – Taxa de impermeabilização do Condomínio Fechado Vila Real CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO Áreas impermeabilizadas (ha) Cenário 1 2 Rua Edificações Laterais Recuos Praça 2,14 2,14 2,83 2,83 0,12 0,98 0,07 0,53 0,06 0,06 Aárea Total Institucional 0,008 5,24 0,031 6,58 100 Imperm. % 0,67 0,84 Tabela 4.15 – Taxa de impermeabilização do loteamento IIIa Cenário 1 2 Rua 69,78 69,78 Áreas impermeabilizadas (ha) Edificações Laterais Recuos Praça Total 114,06 4,72 2,89 1,58 193,04 114,06 37,78 23,12 1,58 246,32 Imperm. % 0,70 0,89 Como o Loteamento III é formado pelo Loteamento IIIa, e os condomínios fechados Royal Park e Vila Real, a impermeabilização para cada cenário é obtida da média ponderada dos valores encontrados nas Tabelas 4.13, 4.14 e 4.15. Os resultados encontrados estão apresentados na Tabela 4.16. Tabela 4.16 – Taxa média de impermeabilização do loteamento III Condomínio Royal Cenários Área Imperm. (ha) 1 17,94 0,64 2 17,94 0,76 Condomínio Vila Loteamento IIIa Área Área Imperm. Imperm. (ha) (ha) % 7,80 0,67 275,74 0,70 7,80 0,84 275,74 0,89 Imperm. média % 0,70 0,88 Estabelecidas as porcentagens de impermeabilização dos novos loteamentos implantados na bacia do Córrego Lagoinha, e substituindo nas suas respectivas áreas de ocupação, foram achados novos valores para a taxa de impermeabilização das áreas 1 e 47, Figura 3.1, o que levou a obtenção de novos CN para os cenários futuros propostos. Os valores encontrados para os dois cenários estão apresentados nas Tabelas 4.17 e 4,18 abaixo: Tabela 4.17 – Valores de CN para o Cenário Futuro I Nome Área (km²) Sub-Bacia 1 Sub-Bacia 2 Sub-Bacia 3 Sub-Bacia 4 Sub-Bacia 5 Total 3,36 5,42 5,13 5,90 1,10 20,91 Área Impermeável (km²) 1,60 2,94 2,50 2,84 0,15 10,03 Fração Impermeável CN CN da Sub-Bacia Permeável Impermeável (%) 98 48 80 98 54 80 98 49 80 98 48 80 14 48 89 CN W 89 90 89 89 78 - Tabela 4.18 – Valores de CN para o Cenário Futuro II Nome Área (km²) Sub-Bacia 1 Sub-Bacia 2 Sub-Bacia 3 Sub-Bacia 4 Sub-Bacia 5 Total 3,36 5,42 5,13 5,90 1,10 20,91 Área Impermeável (km²) 2,01 3,09 2,72 3,29 0,15 11,27 Fração Impermeável CN CN da Sub-Bacia Permeável Impermeável (%) 98 60 80 98 57 80 98 53 80 98 56 80 14 54 90 CN W 91 90 90 90 78 - CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO 101 Para determinação do tempo de concentração dos cenários futuros foi simulado um sistema de drenagem na área de implantação do Loteamento I, sendo determinado por meio do Método Racional, o tempo de escoamento em sarjetas e galeria, tempos estes que substituíram o tempo de escoamento superficial dos cenários de pré- urbanização e atual, os cálculos executados estão apresentado no Apêndice A, e o traçado das galerias encontra-se no Apêndice D, Figura D.3. O valor encontrado foi de 28,10 minutos. Este tempo somado ao tempo de escoamento pluvial no córrego durante o período de chuva forneceu o valor do tempo de concentração para os cenários futuros, que é de 1,67 horas. CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 102 CAP ÍTU LO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 5.1. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DE ENTRADA E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO A simulação do escoamento nos cenários propostos foi realizada através dos hidrogramas resultantes das duas situações: sem inserção do reservatório de retenção; e com inserção desta estrutura. 5.1.1.HIDROGRAM AS DE EN TRADA DO RES ERVATÓRI O O reservatório a ser implantado na área central da bacia do Córrego Lagoinha recebe a contribuição de uma área de drenagem de 10,20 km2 , o tempo de concentração e o número de curva (CN) nesse trecho depende da situação imposta para cada cenário. CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 103 5.1.1.1. Hi drog ra ma pa ra o ce ná rio de pré -urba ni zação Para o cenário de pré-urbanização o tempo de concentração para a área de contribuição do reservatório é de 0,98 horas, e a partir deste fo ram determinadas as variáveis para determinação do hidrograma unitário sintético. Usando a Tabela 2.3, onde tem-se os valores t/tp e Q/Q p , obteve-se os valores da variação da vazão com o tempo, e com estes, foi montado o hidrograma unitário sintético, mostrado na Figura 5.1. HIDROGRAMA UNITÁRIO SINTÉTICO PARA O CENÁRIO DE PRÉURBANIZAÇÃO tc = 0,98 horas tp = 0,59 horas Qpu = 31,60 m³/s/cm D = 10 min. A = 10,20 km² Vazão em m³/s/cm 35 30 25 20 15 10 5 0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Tempo em minutos Figura 5.1 – Hidrograma unitário sintético do SCS para a área de contribuição do reservatório considerando o cenário de pré- urbanização Para determinação da chuva excedente obtida pelo número da curva CN = 78, foi usado o hietograma conforme Huff 1º quartil com 50 % de probabilidade, já que a distribuição temporal da chuva de Uberlândia-MG aproxima muito desse, como mostra o item (3.2.2.3). Considerando a precipitação de 2 horas de duração, que é a que mais tem efeito no município, para o período de retorno adotado, 100 anos, a altura de chuva segundo Tabela 3.8, é de 119,12 mm. A chuva excedente foi determinada por meio da Equação (2.5), para a bacia préurbanizada, que apresenta CN igual a 78, tem-se potencial máximo de retenção (S), segundo a Equação (2.4), de 71,64 milímetros. Os valores da chuva excedente acumulada para cada período de tempo são dados pela Equação (2.5), para valores de precipitação CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 104 acumulada maiores que 0,2S, pois para valores inferiores a esses a chuva excedente é igual a zero. A Tabela 5.1 apresenta o processo para determinação da chuva excedente para cada período de tempo. Tabela 5.1 – Determinação da chuva excedente Tempo (minutos) 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Precipitação Total HUFF 1º Q 50% P (%) Por faixa (mm) Acumulada 0,132 0,274 0,208 0,116 0,071 0,053 0,046 0,028 0,024 0,024 0,016 0,008 15,72 32,64 24,78 13,82 8,46 6,31 5,48 3,34 2,86 2,86 1,91 0,95 15,72 48,36 73,14 86,96 95,42 101,73 107,21 110,54 113,40 116,26 118,17 119,12 Chuva excedente Acumulada Por faixa (mm) (mm) 0,03 0,03 10,96 10,93 26,51 15,55 36,56 10,05 43,05 6,49 48,03 4,98 52,44 4,40 55,15 2,72 57,50 2,35 59,86 2,36 61,45 1,58 62,24 0,79 E para determinação do hidrograma de cheia da bacia foi aplicado o método de convolução, que trata de multiplicação, translação e soma, apresentado na Tabela 5.2. Para se obter a coluna 4 a começar do tempo de 10 minutos, por exemplo, tem-se o valor de 0,007 m3 /s e abaixo 0,021 m3 /s e mais abaixo 0,044 m3 /s. 5,53 m3 /s x 0,003 = 0,015 m3 /s 18,86 m3 /s x 0,003 = 0,050 m3 /s 30,35 m3 /s x 0,003 = 0,081 m3 /s Procedendo desta maneira e sempre pulando de 10 em 10 minutos, completou-se todas as multiplicações. Depois, fez se a soma das linhas das colunas 3 às da coluna 14 e obteve os valores do hidrograma devido ao escoamento superficial. Mas como existe um escoamento base de 0,22 m3 /s, o hidrograma final será a soma destas vazões, o resultado está apresentado na coluna 17, Tabela 5.2. A vazão de base foi considerada constante durante a chuva devido a duração da mesma ser pequena. O hidrograma de cheia do cenário de pré-urbanização está representado na Figura 5.2. CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 105 HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO tc = 0,98 horas tp = 0,59 horas Qpu = 31,60 m³/s/cm D = 10 min. A = 10,20 km² Qp = 119,77 m³/s 140 Vazão em m³/s 120 100 80 60 40 20 0 0 50 100 150 200 250 Tempo em minutos Figura 5.2 – Hidrograma de cheia para área de contribuição do reservatório considerando o cenário de pré-urbanização A seguir serão apresentados os hidrogramas resultantes para o cenário atual e para os cenários futuros, as planilhas de cálculo para suas determinações constam no Apêndice B. 5.1.1.2. Hi drog ra ma pa ra o ce ná rio at ua l Vazão em m³/s HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO ATUAL tc = 0,82 horas tp = 0,49 horas D = 10 min. Qpu = 36,88 m³/s/cm A = 10,20 km² P = 119,12 mm CN = 85 Qp = 166,22 m³/s 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 50 100 150 200 250 Tempo em minutos Figura 5.3 – Hidrograma de cheia para a área de contribuição do reservatório considerando CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 106 o cenário atual 5.1.1.3. Hi drog ra mas pa ra os ce nários fut uros HIDROGRAMAS DE CHEIAS DO CENÁRIO FUTURO I tc = 0,80 horas tp = 0,48 horas D = 10 min. Qpu = 37,66 m³/s/cm A = 10,20 km² P = 119,12 mm CN = 89 Qp = 194,87 m³/s Vazão em m³/s 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 0 50 100 150 200 Tempo em minutos Figura 5.4 – Hidrograma de cheia para área de contribuição do reservatório considerando o cenário futuro I HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO FUTURO II tc = 0,80 horas tp = 0,48 horas D = 10 min. Qpu = 37,66 m³/s/cm A = 10,20 km² P = 119,12 mm CN = 90 Qp = 201,50 m³/s Vazão em m³/s 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 0 50 100 150 200 250 Tempo em minutos Figura 5.5 – Hidrograma de cheia para área de contribuição do reservatório considerando o cenário futuro II CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 107 CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO Tabela 5.2 – Hidrograma de cheia da área de contribuição do reservatório retenção para o cenário de pré-urbanização 1 Tempo (minutos) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 2 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 3 10 4 20 0,003 1,093 0,00 5,53 18,86 30,35 30,65 24,10 14,53 9,10 5,90 3,69 2,31 1,46 0,92 0,58 0,37 0,25 0,15 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,050 0,081 0,082 0,064 0,039 0,024 0,016 0,010 0,006 0,004 0,002 0,002 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 6,047 20,623 33,187 33,515 26,353 15,888 9,951 6,451 4,035 2,526 1,596 1,006 0,634 0,405 0,273 0,164 0,066 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 5 6 7 8 9 10 11 12 13 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 78 1,555 1,005 0,649 0,498 0,440 0,272 0,235 0,236 0,158 8,600 29,332 47,202 47,668 37,481 22,598 14,153 9,176 5,739 3,593 2,271 1,431 0,902 0,575 0,389 0,233 0,093 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 5,557 18,954 30,501 30,802 24,220 14,602 9,145 5,929 3,708 2,321 1,467 0,925 0,583 0,372 0,251 0,151 0,060 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 3,588 12,235 19,690 19,884 15,635 9,426 5,904 3,828 2,394 1,499 0,947 0,597 0,376 0,240 0,162 0,097 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,754 9,391 15,112 15,262 12,000 7,235 4,531 2,938 1,837 1,150 0,727 0,458 0,289 0,184 0,124 0,075 0,030 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,436 8,307 13,368 13,500 10,615 6,400 4,008 2,599 1,625 1,017 0,643 0,405 0,255 0,163 0,110 0,066 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,502 5,121 8,241 8,323 6,544 3,946 2,471 1,602 1,002 0,627 0,396 0,250 0,157 0,100 0,068 0,041 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 1,298 4,426 7,123 7,193 5,656 3,410 2,136 1,385 0,866 0,542 0,343 0,216 0,136 0,087 0,059 0,035 0,014 0,000 0,000 0,000 1,307 4,458 7,174 7,245 5,697 3,434 2,151 1,395 0,872 0,546 0,345 0,217 0,137 0,087 0,059 0,035 0,014 0,000 0,000 0,876 2,989 4,810 4,857 3,819 2,303 1,442 0,935 0,585 0,366 0,231 0,146 0,092 0,059 0,040 0,024 0,010 0,000 14 120 15 Soma 0,079 6,224 0,440 1,499 2,413 2,437 1,916 1,155 0,723 0,469 0,293 0,184 0,116 0,073 0,046 0,029 0,020 0,012 0,005 0,01 6,10 29,30 68,16 103,32 119,55 115,71 101,59 85,90 71,26 58,73 48,00 38,09 28,32 19,38 12,53 7,89 4,95 3,04 1,82 1,09 0,65 0,38 0,22 0,12 0,06 0,02 0,00 16 17 Vazão de Hidrograma base (m³/s) (m³/s) 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,23 6,32 29,52 68,38 103,54 119,77 115,93 101,81 86,12 71,48 58,95 48,22 38,31 28,54 19,60 12,75 8,11 5,17 3,26 2,04 1,31 0,87 0,60 0,44 0,34 0,28 0,24 0,22 105 CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 109 5.1.2.PRO PAGAÇÃO NO RES ERVATÓRI O Para determinação da vazão de saída do reservatório foi utilizado o método de armazenamento, ou seja, o método modificado de Pulz, elaborado em 1928, segundo Tomaz (2002), Tucci (1995) e Linsley et al. (1978). Tal método está apresentado no capítulo 2 deste trabalho. Preliminarmente, foi feito um pré-dimensionamento do reservatório de retenção, pelo método SCS do TR-55, segundo Equação (2.12). A chuva excedente para o cenário atual, que possui CN igual a 85, determinada por meio da Equação (2.5) é de 14,11 cm, e como a área de contribuição do reservatório é de 10,20 km2 , o volume de runoff é dado por: Volume de runoff = 14,11 x 10 -2 x 10,20 x 10 6 = 1.439.220m 3 As vazões de pico para o cenário de pré-urbanização e para o cenário atual, determinadas no item anterior, são de 119,77 m3 /s e 166,22 m3 /s respectivamente. Portanto o valor de α, da Equação (2.12), é de 0,72. O tipo de chuva adotada é do tipo II, e substituindo os valores encontrados na Equação (2.12), obteve um volume para o reservatório de 291.419,9 m3 . Segundo Tomaz (2002) o método do TR-55, superdimensiona o reservatório de retenção, com erros de estimativas da até 25%. Portanto, foi adotado o valor de 250.000 m3 , e este volume também é o usado na propagação no reservatório para os cenários futuros. 5.1.2.1. Pro pagação no re se rvató rio pa ra o ce ná rio at ua l Inicialmente foi determinada a altura do reservatório, de acordo com a topografia do terreno, a altura que melhor se adapta a situação, já que é interessante evitar grandes áreas é 8 metros. Como o volume natural do terreno é menor que o volume necessário para o amortecimento, foi adotado o reservatório em forma de tronco de pirâmide, onde se manteve a área da cota de 8 metros e determinou a área no fundo do reservatório, cota 0, e CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 110 as áreas das demais cotas foram encontradas por interpolação. E assim, pôde-se determinar a relação cota volume, apresentada na Tabela 5.4. Na execução do reservatório proposto terá que se fa zer um desaterro de 52.420 m3 . Observa-se que usando interpolação para determinação das áreas das cotas entre as cotas 0 e 8 metros, obteve-se um volume de 282.783,4 m3 , superior aos 250.000 m3 propostos anteriormente. O tipo de dispositivo de saída adotado são dois condutos de elevação, conforme Figuras 5.6 e 5.7, onde em um deles tem-se dois orifícios em faces opostas, em uma altura de 0,80 m, com dimensões de 3 x 1,5 m, pois se deseja manter uma lâmina d’água, o outro conduto de elevação tem mais dois orifícios em faces opostas a uma altura de 3,80 metros, com as mesmas dimensões dos anteriores. E em ambos os condutos de elevação tem-se 2 vertedores, um em cada face oposta do conduto de elevação, instalados a uma altura de 6,8 metros, os vertedores possuem largura de 3 metros e altura de 1,20 metros. As dimensões dos dispositivos de saídas foram definidas de acordo com a vazão de prédimensionamento. Como as vazões nos orifícios e vertedores dependem somente da altura do reservatório, foram calculadas as relações altura-vazão, apresentadas na Tabela 5.3. O coeficiente de descarga dos orifícios foi mantido constante, 0,62, afim de facilitar os cálculos, a vazão de saída dos orifícios foram calculadas de acordo com a altura da lâmina d’água. Segundo Porto (1999), a vazão de saída do orifício, de acordo, com a altura da lâmina d’água é dada por: • O orifício funciona como um vertedor até atingir sua altura Q = CW .L.H 1, 5 (5.1) Onde: Cw – coeficiente de descarga do vertedor, igual 1,838; L – largura do orifício; H – carga sobre o fundo do orifício. • Para o caso em que a altura do orifício é maior ou igual a um terço da carga sobre o orifício, tem –se: CAPITULO 5 Q= DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 2 h 1,5 − h 1,5 2 C d .A. 2.g . 1 3 h1 − h 2 111 (5.2) Sendo: Cd – coeficiente de descarga do orifício, adotado o valor de 0,62; A – área do orifício g– aceleração da gravidade; h1 – altura que vai do fundo do reservatório a cota do nível d’água no reservatório; h2 – altura que vai do topo do reservatório a cota do nível d’água no reservatório. • Para o caso em que a altura do orifício é menor que um terço da carga sobre o orifício, tem-se: Q = Cd . A. 2. gH (5.3) Sendo H a carga sobre o orifício. A vazão dos vertedores foi dada pela Equação (5.2). No dimensionamento dos tubos de saídas dos condutos de elevação foi utilizada a Equação (5.3), pois esses são considerados tubos muito curtos. Para o conduto de elevação que tem o orifício instalado a uma altura de 0,80 metros, foi considerado que este terá uma lâmina d’água de 2,20 metros acima do tubo de saída, sendo que esse terá que escoar uma vazão de 81,21 m3 /s, que é a soma da vazão do orifício mais a metade da vazão do vertedor para a altura de 8,20 metros, conforme Tabela 5.3. Considerando que será utilizado três tubos de saída, tem se pela Equação (5.3): Q = Cd .A. 2.gH → 81,21 pd 2 = 0,60x x 2.g.2,2 → d = 2,96m 3 4 Serão adotados três tubos de saída com diâmetro de 3,00 metros. Para o conduto de elevação que tem o orifício instalado a uma altura de 3,80 metros, que escoa uma vazão de 66,02 m3 /s, serão admitidos a utilização de dois tubos de saída com diâmetro de 3 metros, a altura d’água acima do tubo dada pela Equação (5.3) é: CAPITULO 5 Q = Cd .A. 2.gH → DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 112 66,02 p3 2 = 0,60x x 2.g.H → H = 3,09m 2 4 Determinada a vazão de saída para cada intervalo de altura adotado, pôde-se determinar as relações altura-volume armazenamento- vazão de saída, tais relações estão apresentadas na Tabela 5.4. A propagação no reservatório foi realizada pela equação da continuidade, conforme Akan apud Tomaz (2002), Equação (2.14), e esse encontra detalhado na Tabela 5.5. Onde na coluna 1 esta a ordem de tempo de 1 a 27. Na coluna 2 esta o inicio do tempo (t1 ) em horas, com intervalo de 0,1666 horas. O tempo vai acumulando até 4,33 horas. Na coluna 3 está o final do tempo t2 em horas, começando por 0,17 horas com intervalo de 0,166 horas. Na coluna 4 está a vazão da hidrógrafa obtida pelo método SCS TR-55 e no início I1 = 0,22 m3 /s, correspondente a vazão de base da bacia. Na coluna 5 está a vazão da hidrógrafa no final do tempo I2 = 1,01 m3 /s. Na coluna 6 está a soma das vazões de entrada I1 + I2 em m3 /s. A coluna 7 (2S1 /∆t – Q1 ) na primeira linha é 58,92, pois no início Q1 = 0,18 m3 /s e S1 = 17728,71 m3 . A segunda linha da coluna 7, é a repetição da primeira linha da coluna 10. A coluna 8 (2S2 /∆t + Q2 ) é a soma da coluna 6 (I1 + I2 ) com a cluna 7 (2S1 /∆t – Q1 ), devido a Equação (2.17). A coluna 9 (Q2) é achada usando a interpolação, para a relação (2S2 /∆t + Q2 ) com Q2 como vazão, conforme Tabela 5.7. A coluna 10 (2S2 /∆t + Q2 ) é igual a coluna 8 ((2S2 /∆t + Q2 ) menos 2 vezes a coluna 9 (Q 2 ). Destas maneira foi obtida a hidrógrafa de saída que está na coluna 9 (Q 2 ). A hidrógrafa de saída para o cenário atual está representado na Figura 5.8. E as hidrógrafas de saída para os cenários futuros estão representadas nas Figuras 5.8 e 5.9, e as planilhas de cálculos para suas obtenções estão apresentadas no Apêndice B. A altura adotada para o reservatório é de 8 metros, porém é necessário adotar uma altura adicional de borda livre, acima do nível máximo das águas, para que as ondas provocadas pelos ventos não transponham a crista da barragem. Segundo Linley (1972), a altura de borda livre é dada pela expressão: CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO Z w = 0,005.V w1,06 .F 0,47 113 (5.4) Onde Zw é a altura da borda livre em metros; Vw é a velocidade do vento em km/h; e F é o fletch ou extensão da superfície da água sobre o qual sopra o vento em km. O mês em que se tem os maiores ventos em Uberlândia-MG, é agosto, com uma média de velocidade eólica de 25,20 km/h. A maior extensão encontrada no reservatório é de 0,463 km. Substituindo esses valores na Equação (5.4) tem-se uma altura de 0,11 de borda livre. Por segurança a crista da barragem ficará a uma altura de 8,60 metros. Vertedor Orifício Figura 5.6 – Perspectiva dos dispositivos de saída Vertedor Orifício Barragem Tela Fundação de concreto Figura 5.7 – Dispositivo de saída do reservatório de retenção CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 114 Tabela 5.3 – Descarga final resultante do orifício e do vertedor em função da elevação Carga Altura Oriffício Oriffício total do largura = 3 m largura = 3 m reservatório = altura = 1,5 m altura =1,5 m Coeficiente Coeficiente 8,0 m Vazões Vazões de descarga de descarga H (m³/s) (m³/s) (m) Cd Cd 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 0,877 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 0,62 20,43 2,6 0,62 23,08 2,8 0,62 25,37 3,0 0,62 27,45 3,2 0,62 29,37 3,4 0,62 31,15 3,6 0,62 32,84 3,8 0,62 34,44 4,0 0,62 35,96 4,2 0,62 37,43 4,4 0,62 38,83 4,6 0,62 40,18 4,8 0,62 41,49 5,0 0,62 42,76 5,2 0,62 43,99 5,4 0,62 45,19 0,62 20,43 5,6 0,62 46,36 0,62 23,08 5,8 0,62 47,49 0,62 25,37 6,0 0,62 48,61 0,62 27,45 6,2 0,62 49,74 0,62 29,37 6,4 0,62 50,80 0,62 31,15 6,6 0,62 51,84 0,62 32,84 6,8 0,62 52,86 0,62 34,44 7,0 0,62 53,85 0,62 35,96 7,2 0,62 54,83 0,62 37,43 7,4 0,62 55,80 0,62 38,83 7,6 0,62 56,74 0,62 40,18 7,8 0,62 57,67 0,62 41,49 8,0 0,62 58,59 0,62 42,76 8,2 0,62 59,49 0,62 43,99 8,4 0,62 60,38 0,62 45,19 8,6 0,62 61,25 0,62 46,36 Vertedor de parede delgada largura = 3 m Coeficiente Vazão de descarga (m³/s) Cw 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 0,22 (1) 0,92 2,60 4,78 7,36 10,29 13,53 17,05 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 0,92 (2) 2,60 4,78 7,36 10,29 13,53 17,05 1,839 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,838 1,84 (3) 5,21 9,57 14,73 20,59 27,06 34,10 41,66 49,71 (1) - Orifícios do 1º conduto de elevação funcionando como vertedores (2) - Orifícios do 2º conduto de elevação funcionando como vertedores Soma das vazões (m³/s) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,92 2,60 4,78 7,36 10,29 13,53 17,05 20,43 23,08 25,37 27,45 29,37 31,15 32,84 34,44 36,89 40,03 43,61 47,55 51,79 56,29 61,04 65,62 69,43 72,87 76,06 79,11 81,96 84,68 87,30 91,66 97,47 104,19 111,66 119,75 128,41 137,58 147,23 157,32 CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 115 (3) - Vertedores localizados no topo do condutos de elevação Tabela 5.4 – Relações altura-volume armazenamento- vazão Altura (m) Orifício + Vertedor (m³/s) Área (m²) Volume Parcial (S) (m³) 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 0,877 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 7,0 7,2 7,4 7,6 7,8 8,0 8,2 8,4 8,6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,92 2,60 4,78 7,36 10,29 13,53 17,05 20,43 23,08 25,37 27,45 29,37 31,15 32,84 34,44 36,89 40,03 43,61 47,55 51,79 56,29 61,04 65,62 69,43 72,87 76,06 79,11 81,96 84,68 87,30 91,66 97,47 104,19 111,66 119,75 128,41 137,58 147,23 157,32 13463,5 15218,3 16973,2 18728,1 20483,0 21158,6 26543,8 27150,6 27757,5 28364,3 28971,2 29578,0 30184,9 30791,7 31398,5 32005,4 32612,2 33219,1 33825,9 34432,8 35039,6 35646,5 36253,3 36860,2 37467,0 38073,9 38680,7 39287,5 39894,4 40501,2 41108,1 41714,9 42321,8 42928,6 43535,5 44142,3 44749,2 45356,0 45962,8 46569,7 47176,5 49036,5 51603,7 54170,8 56738,0 0,0 2868,2 3219,2 3570,1 3921,1 4164,2 4770,2 5369,4 5490,8 5612,2 5733,5 5854,9 5976,3 6097,7 6219,0 6340,4 6461,8 6583,1 6704,5 6825,9 6947,2 7068,6 7190,0 7311,3 7432,7 7554,1 7675,5 7796,8 7918,2 8039,6 8160,9 8282,3 8403,7 8525,0 8646,4 8767,8 8889,1 9010,5 9131,9 9253,3 9374,6 9621,3 10064,0 10577,4 11090,9 Volume Acumulado (S) (m³) 0,0 2868,2 6087,3 9657,5 13578,6 17742,7 22513,0 27882,4 33373,2 38985,4 44718,9 50573,9 56550,2 62647,8 68866,8 75207,2 81669,0 88252,1 94956,6 101782,5 108729,7 115798,3 122988,3 130299,7 137732,4 145286,5 152961,9 160758,8 168677,0 176716,5 184877,4 193159,7 201563,4 210088,5 218734,9 227502,6 236391,8 245402,3 254534,2 263787,4 273162,1 282783,4 292847,4 303424,8 314515,7 (2S/ Dt + Q) Dt = 600 s (2S/ Dt -Q) Dt = 600 s 0,00 9,56 20,29 32,19 45,26 59,36 75,96 95,55 116,03 137,32 159,36 182,11 205,55 229,25 252,63 276,06 299,68 323,54 347,68 372,12 396,87 422,88 449,99 477,95 506,66 536,08 566,17 596,91 627,87 658,49 689,13 719,92 750,99 782,25 813,80 845,64 879,63 915,47 952,64 990,95 1030,29 1071,02 1113,74 1158,65 1205,71 0,00 9,56 20,29 32,19 45,26 58,92 74,12 90,34 106,46 122,59 138,77 155,05 171,45 188,40 206,48 225,32 244,78 264,81 285,37 306,43 327,99 349,11 369,93 390,72 411,56 432,50 453,58 474,82 496,64 519,62 543,39 567,81 592,77 618,34 644,44 671,05 696,31 720,54 744,25 767,64 790,79 814,20 838,58 864,19 891,06 CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 116 Tabela 5.5 – Propagação no reservatório para o cenário atual Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 I1 (m³/s) 0,22 0,99 18,08 71,10 133,70 166,22 159,04 134,47 109,71 87,68 69,51 55,75 44,67 33,75 22,85 13,96 7,99 4,57 2,65 1,57 0,95 0,61 0,42 0,31 0,25 0,23 0,22 I2 (m³/s) 0,99 18,08 71,10 133,70 166,22 159,04 134,47 109,71 87,68 69,51 55,75 44,67 33,75 22,85 13,96 7,99 4,57 2,65 1,57 0,95 0,61 0,42 0,31 0,25 0,23 0,22 0,22 [2S1/ ∆ t -Q1 ] (m³/s) 58,92 59,55 76,32 143,14 285,59 466,93 626,54 723,42 753,36 743,03 710,21 662,53 602,53 537,03 472,54 413,45 358,71 305,68 255,87 212,44 178,16 153,32 135,09 121,45 111,00 102,88 96,45 I1 + I2 (m³/s) 1,21 19,07 89,18 204,79 299,91 325,25 293,50 244,18 197,40 157,20 125,26 100,42 78,42 56,60 36,81 21,95 12,56 7,22 4,22 2,52 1,56 1,03 0,74 0,57 0,48 0,45 0,44 [2S2/ ∆ t + Q2 ] Q2 2S 2/ ∆ t - Q 2 (m³/s) (m³/s) (m³/s) 60,13 0,29 59,55 78,62 1,15 76,32 165,50 11,18 143,14 347,93 31,17 285,59 585,51 59,29 466,93 792,18 82,82 626,54 920,04 98,31 723,42 967,60 107,12 753,36 950,75 103,86 743,03 900,23 95,01 710,21 835,47 86,47 662,53 762,95 80,21 602,53 680,95 71,96 537,03 593,62 60,54 472,54 509,35 47,95 413,45 435,41 38,35 358,71 371,26 32,79 305,68 312,91 28,52 255,87 260,08 23,82 212,44 214,96 18,40 178,16 179,72 13,20 153,32 154,35 9,63 135,09 135,83 7,19 121,45 122,02 5,51 111,00 111,48 4,30 102,88 103,33 3,44 96,45 96,89 2,73 91,43 HIDRÓGRAFA AFLUENTE E EFLUENTE PARA O CENÁRIO ATUAL 180 160 Hidrógrafa Afluente Vazão (m³/s) 140 Hidrógrafa Efluennte 120 Atenuação da vazão (∆ Q) = 59,10 m³/s 100 80 Atenuação no tempo de pico (∆ t) = 30 min. 60 40 20 0 0 1 2 3 4 5 Tempo (h) Figura 5.8 – Hidrógrafa afluente e efluente do reservatório para o cenário atual CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 117 5.1.2.2. Pro pagação no re se rvató rio pa ra o ce ná rio f ut uro I HIDRÓGRAFA AFLUENTE E EFLUENTE PARA O CENÁRIO FUTURO I 220 200 180 Hidrógrafa Afluente Vazão (m³/s) 160 Hidrógrafa Efluennte 140 ∆ Q = 66,16 m³/s ∆ t = 30 min. 120 100 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 5 Tempo (h) Figura 5.9 – Hidrógrafa afluente e efluente do reservatório para o cenário futuro I 5.1.2.3. Pro pagação no re se rvató rio pa ra o ce ná rio f ut uro II HIDRÓGRAFA AFLUENTE E EFLUENTE PARA O CENÁRIO FUTURO II 220 Vazão (m³/s) 200 180 Hidrógrafa Afluente 160 Hidrógrafa Efluennte 140 ∆ Q = 67,92 m³/s ∆ t = 30 min. 120 100 80 60 40 20 0 0 1 2 3 4 5 Tempo (h) Figura 5.10 – Hidrógrafa afluente e efluente do reservatório para o cenário futuro II CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 118 5.2. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS SEM A INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO Para a área de 20,91 km2 do Córrego Lagoinha tem-se os tempos de concentração de 1,87, 1,77 e 1,67 para os cenários de pré-urbanização, atual e futuros respectivamente, utilizando se o Método SCS, apresentado no item 5.1, foram determinados os hidrogramas, apresentados na Figuras 5.11, 5.12, 5,13, 5,14. As planilhas de cálculo para determinação dos hidrogramas estão apresentadas no Apêndice B. HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO SEM A INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO tc = 1,87 horas tp = 1,12 horas D = 10 minutos Qpu = 36,08m³/s/cm A = 20,91 km² P = 119,12 mm CN = 78 Qp = 177,44 m³/s Vazão em m³/s 200 150 100 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo em minutos Figura 5.11 – Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário de préurbanização. CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 119 HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO ATUAL SEM A INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO tc = 1,77 horas tp = 1,06 horas D = 10 min. Qpu = 37,97 m³/s/cm A = 20,91 km² P = 119,12 mm CN =85 Qp = 232,00 m³/s Vazão em m³/s 250 200 150 100 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tempo em minutos Figura 5.12– Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário atual HIDROGRAMAS DE CHEIAS DO CENÁRIO FUTURO I SEM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO tc = 1,67 horas tp = 1 hora D = 10 min. Qpu = 40,07 m³/s/cm A = 20,91 km² P = 119,12 mm CN = 89 Qp = 273,69 m³/s 300 Vazão em m³/s 250 200 150 100 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo em minutos Figura 5.13 – Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro I 450 CAPITULO 5 120 HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO FUTURO II SEM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO tc = 1,67 horas tp = 1 hora D = 10 min. Qpu = 40,07 m³/s A = 20,91 km² P = 119,12 mm CN = 90 Qp = 282,08 m³/s 300,00 Vazão em m³/s DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 0 50 100 150 200 250 300 350 Tempo em minutos Figura 5.14 – Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro II 5.3. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DA BACIA COM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO As vazões de saída o reservatório foram propagadas juntamente com as vazões do restante da área da bacia até sua seção de saída. O método utilizado para determinação da propagação das vazões foi o mesmo utilizado para determinação da propagação no reservatório, conforme Equação (2.17). Embora esse método não seja o mais indicado para essa situação, a falta de dados não permitiram utilização do Método Muskingum. A relações cota-volume foi determinada de acordo com o incremento de altura do nível d’água no trecho do córrego, as características do canal natural são as mesmas adotada para determinação do tempo de concentração da bacia, já no trecho canalizado foi adotado uma seção retangular com largura igual a 2 vezes a altura. E as relações cota- vazão foram determinadas pela equação de Maning, conforme Equação (3.11). Os resultados se encontram no Apêndice B. As vazões de saída do reservatório, adotadas para determinação da propagação das vazões até o trecho final, foram as calculadas para o tempo de concentração total da bacia para cada cenário. CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 121 As vazões de saída do reservatório foram propagadas até o final do trecho natural do córrego, nesse ponto as vazões resultantes dessa propagação foram somadas as vazões devido a contribuição da área correspondente. Deste ponto em diante as vazõ es foram propagadas no trecho canalizado do córrego até a confluência com o Córrego São Pedro e foram somadas às vazões da área de contribuição do trecho canalizado, resultando no hidrograma da bacia com o efeito da implantação da estrutura de retenção. Os resultados estão sintetizados na Tabela 5.6. E as planilhas de cálculos encontram no Apêndice B. Tabela 5.6 – Determinação dos hidrograma com inserção do Reservatório CAPITULO 5 Tempo (minutos) DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 122 Vazão na área de 17,25 km² com inserção do Reservatório (m³/s) Cenário Atual Cenário Futuro I Cenário Futuro II 1,05 2,30 3,21 6,51 14,20 27,76 45,76 65,91 86,56 104,90 118,78 127,38 130,93 130,56 127,51 122,71 116,59 109,90 102,94 95,85 88,91 82,35 76,35 70,85 65,80 61,13 56,78 52,68 48,79 45,12 41,63 38,31 35,17 32,18 29,39 26,80 24,41 22,21 20,20 18,36 16,70 15,18 13,81 1,05 2,37 3,81 8,77 19,74 38,30 62,92 89,30 113,13 131,76 144,12 149,97 150,38 147,17 141,81 135,02 127,19 118,80 110,24 101,88 93,99 86,73 80,18 74,27 68,87 63,79 59,01 54,62 50,53 46,67 42,98 39,48 36,17 33,06 30,17 27,49 25,02 22,75 20,67 18,78 17,05 1,05 2,39 3,96 9,25 20,83 40,25 65,80 92,98 117,38 136,33 148,79 154,56 154,78 151,33 145,71 138,65 130,55 121,88 113,06 104,45 96,34 88,87 82,15 76,09 70,54 65,33 60,44 55,94 51,76 47,80 44,03 40,44 37,06 33,87 30,91 28,17 25,64 23,32 21,19 19,24 17,47 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 Com os resultados da Tabela 5.6 foram traçados os hidrogramas da bacia do Córrego Lagoinha com a inserção do reservatório de retenção para cada cenário, apresentados nas Figuras 5.15, 5.16 e 5.16. CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 123 HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO ATUAL COM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO 140 Vazão em m³/s 120 100 80 60 40 20 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tempo em minutos Figura 5.15 – Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário atual Vazão em m³/s HIDROGRAMAS DE CHEIAS DO CENÁRIO FUTURO I COM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo em minutos Figura 5.16 – Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro I Vazão em m³/s HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO FUTURO II COM INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Tempo em minutos Figura 5.17 – Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro II CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO 124 5.4. ESTIMATIVA DE CUSTO DA OBRA DE CONTROLE No levantamento do custo foi levado em consideração aquisição do terreno, desapropriação, limpeza do local, implantação do canteiro de obra, desaterro, construção da barragem e instalações dos dispositivos de saída. Foram tidas como referências as informações apresentadas na revista Construção Mercado, edição 19 de fevereiro de 2004. Não foram considerados os custos com projetos paisagísticos e custo de manutenção da oba. O custo preliminar de implantação do reservatório de retenção é estimado em R$ 2.871.422,00. CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 125 CAP ÍTU LO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Nesse capítulo serão analisados os resultados encontrados na simulação do escoamento na bacia em estudo antes e após a inserção das estruturas de controle descritas anteriormente. Considerando a bacia do Córrego Lagoinha, que é de 20,91 km2 , antes da inserção do reservatório, houve um aumento significativo da vazão de pico nos hidrogramas dos cenários atual e futuros em comparação com o hidrograma do cenário de pré-urbanização. A Tabela 6.1 mostra o resumo dos resultados obtidos nessa etapa da simulação, na qual foram encontrados aumentos de 31,10% sobre a vazão de pico do cenário de préurbanização para o cenário atual, 54,66% para o cenário futuro I e 59,40% para o cenário futuro II. A Figura 6.1 apresenta os hidrogramas resultantes da simulação nos quatros cenários de análise, onde pode-se notar uma antecipação no pico de vazão para o cenário atual e os cenários futuros, o que tem como conseqüência principal a mudanças ocorridas na área da bacia do Córrego Lagoinha com o processo de urbanização, tais como aumento de áreas impermeáveis, surgimento de sistemas de microdrenagem e a canalização de alguns trechos do córrego. CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 126 Tabela 6.1 – Resultado das simulações dos cenários sem a estrutura de controle Cenário Pré-urbanicação Atual Futuro I Futuro II Vazão de Pico (m³/s) 176,96 232,00 273,69 282,08 % Acrescimo 31,10 54,66 59,40 Há uma pequena diferença entre as vazões de pico nos cenários futuros, conseqüência também da pequena diferença entre o valor do número de curvas, CN, e o fato de terem o mesmo tempo de concentração. HIDROGRAMAS SEM A INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO 300 Vazão em m³/s 250 200 Cen. pré Cen. atual 150 Cen. futuro I Cen.futuro II 100 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tempo em minutos Figura 6.1 – Efeito da impermeabilização sobre a vazão de pico O aumento nas vazões pode ser percebido ao se realizar a propagação do escoamento pela parte canalizada do córrego. Para o cenário atual e futuro foi necessário redimensionar essas tubulações, já que as vazões geradas ultrapassaram a suas capacidades de escoamento. O que indica que as tubulações da parte canalizada do córrego são subdimensionadas, isto pode ser constatado por relatos de funcionários do Parque de Exposição Municipal Camaru, que afirmam que há uma grande elevação do nível do córrego no trecho anterior a canalização. CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 127 6.1. EFEITO DA UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE CONTROLE SOBRE O ESCOAMENTO As simulações dos escoamentos considerando a inserção do reservatório na bacia do Córrego Lagoinha apresentaram um resultado satisfatório no que diz respeito á redução e retardo dos picos do hidrogramas nos cenários atual e futuros. O reservatório foi dimensionado considerando uma área superior de 56738 m2 , onde hoje a maior parte se encontra na área de preservação ambiental, sendo a outra parte restante já loteada, sendo, portanto, necessário a desapropriação destes lotes. A altura definida para o reservatório é de 8 metros, uma vez que se procura aproveitar a declividade do terreno e evitar grandes áreas. As características do reservatório constam na Tabela 6.2 e os hidrogramas resultantes constam nas Figuras 6.2, 6.3, 6.4. Tabela 6.2 – Característica do Reservatório Área (m²) Topo Fundo 56738 13463 Descarregador Cenário 2 Conduto de elevação com: - 2 orifícios - 2 vertedires Atual Futuro I Futuro II Profundidade Vazão de máxima (m³/s) saída (m³/s) 7,48 8 8,12 107,12 128,75 133,62 Volume de armazenamento (m³) 245425,75 265040,64 270913,67 A Tabela 6.4 e 6.4 apresenta o resultado da simulação considerando a inserção do reservatório de retenção nos cenários. Tabela 6.3 – Comparação entres as vazões de pico dos cenários antes e depois da inserção da estrutura de retenção Situação Cenários Atual Futuro I Futuro II Sem inserção da estrutura Com inserção da estrutura de retenção de retenção Vazão Tempo de pico Vazão Tempo de pico (m³/s) (min) (m³/s) (min) 232,00 100 130,92 130 273,69 90 150,38 120 282,08 90 154,78 120 % Redução na vazão Retardo no tempo de pico (min.) 43,57 45,05 45,13 30 30 30 Tabela 6.4 – Comparação entre a vazão de pico do cenário pré-urbanização e as vazões de pico nos cenários atual e futuros com inserção do reservatório CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 128 de retenção. Vazão de Pico (m³/s) 177,44 130,92 150,38 154,78 Cenário Pré- urbanização Atual Futuro I Futuro II % de redução na vazão em relação a vazão de pico 26,22 15,25 12,77 HIDROGRAMAS PARA O CENÁRIO ATUAL E DE PRÉ-URBANIZAÇÃO 250 Vazão em m³/s 200 Cen. pré 150 Cen.atual s/ reservatório 100 Cen. atual c/ reservatório 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tempo em minutos Figura 6.2 – Efeito da utilização do reservatório de retenção para o cenário atual Analisando a Figura 6.2 que representa os resultados das simulações no cenário atual, pode-se observar que houve uma grande redução da vazão de pico, quando considerado o cenário com a inserção da estrutura de controle, o valor é de 43,57%, e há um retardo de 30 minutos no tempo de pico. A vazão de pico para o cenário com inserção do reservatório é 26,22% menor do que a va zão de pico para o cenário de pré- urbanização, o que garante a eficiência da estrutura de controle para esse cenário. CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 129 HIDROGRAMAS PARA O CENÁRIO FUTURO I E DE PRÉ-URBANIZAÇÃO 300 Vazão em m³/s 250 200 Cen. pré 150 Cen.futuro I s/ reservatório 100 Cen. futuro I c/ reservatório 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tempo em minutos Figura 6.3 – Efeito da utilização do reservatório de retenção para o cenário futuro I Os hidrogramas resultante da simulação no cenário futuro I, Figura 6.3, mostra que houve uma redução significativa da vazão de pico quando se considera o cenário com inserção da estrutura de controle proposta por este trabalho, a redução é de 45,05%, e um retardo de 30 minutos no tempo de pico para o cenário com inserção do reservatório em relação ao cenário sem a obra. A vazão de pico no cenário futuro I com inserção do reservatório é 15,25 % inferior a vazão de pré urbanização, o que garante a eficiência da obra. HIDROGRAMAS PARA O CENÁRIO FUTURO II E DE PRÉ-URBANIZAÇÃO 300 Vazão em m³/s 250 200 Cen. pré 150 Cen.futuro II s/ reservatório 100 Cen. futuro II c/ reservatório 50 0 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Tempo em minutos Figura 6.4 – Efeito da utilização do reservatório de retenção para cenário futuro II.. A vazão de pico para o cenário futuro II com inserção do reservatório também sofre grande declínio, 45,13% inferior a vazão de pico quando o cenário é considerado sem inserção da CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 130 estrutura de controle, e retardo de 30 minutos no tempo de pico de vazão. A vazão no cenário futuro II com inserção do reservatório é 12,77% inferior a vazão de pico, garantindo sua eficiência. CAPITULO 7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES 131 CAP ÍTU LO 7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES 7.1. CONCLUSÕES Neste estudo procurou-se estimar os efeitos da evolução da urbanização sobre as vazões de pico, quando da ocorrência de eventos de precipitação intensa, assim como avaliar a eficiência da solução de um reservatório de retenção no controle do escoamento superficial. Os resultados obtidos na simulação dos cenários mostraram que para uma variação de 29 a 54% no índice de áreas impermeáveis, a vazão de pico pode sofrer um aumento de até 59,40% sobre a vazão de pico do cenário de referência. Diante desses acréscimos, a parte canalizada do córrego se mostrou insuficiente para escoar as novas vazões provenientes da ocupação da área nos cenários atual e futuros, afirmando a necessidade de se utilizar medidas alternativas para o controle das cheias. A implantação do reservatório de retenção na área central da bacia do Córrego Lagoinha se mostrou eficiente no amortecimento das vazões de pico dos hidrogramas dos cenários atual e futuros, devolvendo à bacia a capacidade natural de armazenamento perdida pela urbanização. Quanto ao aumento do tempo de resposta da bacia, o reservatório de retenção também se mostrou eficiente para este fim, uma vez que, houve um retardo de 30 minutos no tempo de pico da vazão para os cenários atual e futuros. Isto contribui efetivamente para CAPITULO 7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES 132 reduzir a enchente do baixo Córrego São Pedro, área bastante ocupada e de alto valor imobiliário. Do ponto de vista ambiental, a implantação do reservatório de retenção na bacia do Córrego Lagoinha, mostra-se uma boa solução para o problema de escoamento superficial, uma vez que manterá a área de preservação ambiental. Devendo ser considerado também que o uso da medida tradicional de canalização do Córrego Lagoinha levaria a um aumento significativo na vazão afluente do baixo São Pedro, agravando o problema de cheia ocorrido na região. 7.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS A necessidade de outros estudos é evidente, uma vez que, este trabalho foi realizado em cima de considerações, sem a possibilidade de calibração das mesmas. Não se pretende neste trabalho esgotar as varias possibilidades de investigação no que se refere a estrutura dessa natureza, principalmente agora que o Brasil está despertando para esta nova forma de lidar com a hidrologia urbana. Faz-se necessário que novos estudos explorem variantes da estrutura de retenção, verificando o método de dimensionamento aqui proposto. Nos estudos referentes à implantação de reservatório, em nível de bacia hidrográfica, deve ser incluído o levantamento das características da seção em cada trecho do córrego, para que se possa verificar a propagação da cheia entre o reservatório e a seção final do córrego. E fatores como implantações de dissipadores de energia após o reservatório, e manutenção do mesmo devem receber uma atenção especial. Trabalhos futuros necessitariam de dados para calibração de modelos matemáticos de simulação chuva- vazão com o intuito de determinar os hidrogramas de saída da bacia em estudo, com maior segurança. Concluindo, a eficiência nas soluções depende principalmente de um programa de coleta de dados fluviométricos do córrego em estudo. Esta deve ser, portanto, a preocupação principal no momento. CAPITULO 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 133 CAP ÍTU LO 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA AGRA, S. G. Estudo experimental de micro-reservatórios para controle do escoamento superficial. 121 p. 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APÊNDICE A APÊNDICE A Cálculo do tempo de concentração 140 APÊNDICE A 141 Pla nil has de cálc ulo do te mpo de es coame nto f luvial dura nte a es tiage m PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO Local Operador Córrego do Lagoinha Eliane Aparecida Justino Wanderlei Data Trecho Nº Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Áreas (m2 ) Perimetro (m) Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Área (m2 ) Perimetro (m) Distância entre seção (cm) Tempo (seg) Velocidade (m/s) Área (m2 ) Vazão (m3 /s) Velocidade média (m/s) Área média (m2 ) 3 Vazão (m /s) Distãncia Real (m) Tempo de escoamento Perimetro médio (m) Raio Hidráulico Declividade (m/m) coeficiente de rugosidade H1 0 0,035 H1 0 0,03 5/11/2003 01 Seção de Montante 160 H2 H3 H4 23 25 25 0,32 0,072 0,075 0,081 1,78 Seção de Jusante 160 H2 H3 H4 18 25 24 0,29 0,06 0,07 0,07 1,72 H5 29 0,058 H5 23 0,05 1776 T1 55,8 0,29 0,03 T2 46,6 0,34 0,07 T3 49,55 0,32 0,07 0,009 0,023 0,024 0,34 0,30 0,10 723,16 35,75 1,75 0,173 0,0094 0,09 H6 0 T4 49,7 0,32 0,08 T5 41,3 0,39 0,05 0,024 0,021 H6 0 APÊNDICE A 142 PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO Local Operador Córrego do Lagoinha Eliane Aparecida Justino Wanderlei Data Trecho Nº Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Áreas (m2 ) Perimetro (m) Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Área (m2 ) Perimetro (m) Distância entre seção (cm) Tempo (seg) Velocidade (m/s) Área (m2 ) Vazão (m3 /s) Velocidade média (m/s) Área média (m2 ) 3 Vazão (m /s) Distãncia Real (m) Tempo de escoamento Perimetro médio (m) Raio Hidráulico Declividade (m/m) coeficiente de rugosidade H1 21 0,081 H1 13,5 0,065 5/11/2003 02 Seção de Montante 1,8 H2 H3 H4 19,5 18 14 0,27 0,075 0,064 0,043 2,11 Seção de Jusante 1,8 H2 H3 H4 19 21 14 0,25 0,08 0,07 0,034 2,04 H5 6 0,008 H5 3 0,0042 2131 T1 47,65 0,34 0,07 T2 32,2 0,50 0,08 T3 36,1 0,44 0,07 0,024 0,038 0,030 T4 53,75 0,30 0,04 T5 51 0,31 0,01 0,011 0,002 0,40 0,26 0,10 1991,52 83,43 2,08 0,126 0,0156 0,08 H6 0 H6 0 APÊNDICE A 143 PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO Local Operador Local Operador Corrego do Lagoinha Eliane Aparecida Justino Wanderlei Corrego do Lagoinha Eliane Aparecida Justino Wanderlei Data Trecho Nº Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Áreas (m2 ) Perimetro (m) Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Área (m2 ) Perimetro (m) Distância entre seção (cm) Tempo (seg) Velocidade (m/s) Área (m2 ) Vazão (m3 /s) Velocidade média (m/s) Área média (m2 ) 3 Vazão (m /s) Distãncia Real (m) Tempo de escoamento Perimetro médio (m) Raio Hidráulico Declividade (m/m) coeficiente de rugosidade H1 0 0,090 H1 0 0,0525 6/11/2003 03 Seção de Montante 550 H2 H3 H4 12 14 12 0,54 0,195 0,195 0,060 5,50 Seção de Jusante 550 H2 H3 H4 7 18 16 0,60 0,1875 0,2548 0,1049 5,5 H5 0 - H5 5 - 2791,65 T1 83,2 0,30 0,07 T2 55,95 0,45 0,19 T3 64,95 0,39 0,22 T4 44,5 0,57 0,08 T5 - 0,022 0,086 0,087 0,047 - 0,38 0,57 0,22 1346,04 58,69 5,50 0,104 0,0036 0,03 H6 - H6 - APÊNDICE A 144 PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO Local Operador Corrego do Lagoinha Eliane Aparecida Justino Wanderlei Data Trecho Nº Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Áreas (m2 ) Perimetro (m) Largura (cm) Profundidade (cm) Área (m2 ) Área (m2 ) Perimetro (m) Distância entre seção (cm) Tempo (seg) Velocidade (m/s) Área (m2 ) Vazão (m3 /s) Velocidade média (m/s) Área média (m2 ) 3 Vazão (m /s) Distãncia Real (m) Tempo de escoamento Perimetro médio (m) Raio Hidráulico Declividade (m/m) coeficiente de rugosidade H1 0 0,075 H1 0 0,036 6/11/2003 04 Seção de Montante 480 H2 H3 H4 12,5 14 11,5 0,465 0,159 0,153 0,078 4,83 Seção de Jusante 480 H2 H3 H4 6 21 16 0,54 0,162 0,222 0,117 4,85 H5 1,5 - H5 3,5 - 2786,1 T1 84 0,30 0,06 T2 57,95 0,43 0,16 T3 37,95 0,66 0,19 0,017 0,069 0,124 T4 45,1 0,56 0,10 T5 - 0,054 - 0,53 0,50 0,26 1967,36 62,20 4,84 0,104 0,0139 0,05 H6 - H6 - APÊNDICE A 145 Pla nil has de de te rmina ção do te mpo de conce nt ração Primeira Iteração DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 1 2 Área de contribuição (montante) (km ) 2 Área de contribuição (jusante) (km ) Comprimento do trecho do córrego Tempo de concentração (montante) (horas) Tempo de concentração (jusante) (horas) 2 log (Qu) ((m3/s/cm/km ) (montante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (montante) 2 log (Q u) ((m3/s/cm/km ) (jusante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (jusantee) Fp Precipitação (mm) CN S Q (cm) 3 Qp montante (m /s) 3 Qp jusante (m /s) 3 Qp (m /s) 3 Qb (m /s) 3 Qp + Qb (m /s) DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO 2 A 1(m ) P1 (m) n1 RH1 I1(m/m) Lb nG I n12 P1 + 2,40 * n12 * h P1 + 2,40 * h (A + (L 1 b A + ( L B * h + 0,67h2 ) * h + 0,67h 2 1 P1 + 2,401h )) 1,78 3,36 723,16 0,59 1,19 0,320 2,0872 0,1398 1,3798 0,72 185,78 78 71,64 12,09 32,35 40,37 36,36 0,1 36,46 0,3 1,75 0,09 0,173 0,01 1,6 0,0285 2 /3 36,46 Alturas Iteração 1 2 3 4 valor 1 1,5 2 3,41 Altura do leito de gabião (m) A G (m 2) A G + A 4 (m 2) v (m/s) t (minutos) Vazão (m3/s) 3,00 6,34 11,32 36,46 3,41 22,90 23,20 1,57 7,67 APÊNDICE A 146 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 2 2 Área de contribuição (montante) (km ) 2 Área de contribuição (jusante) (km ) Comprimento do trecho do córrego Tempo de concentração montante (horas) Tempo de concentração (jusante) (horas) 2 log (Qu) ((m3/s/cm/km ) (montante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (montante) 2 log (Q u) ((m3/s/cm/km ) (jusante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (jusante) Fp Precipitação (mm) CN S Q (cm) 3 Qp montante (m /s) 3 Qp jusante (m /s) 3 Qp (m /s) 3 Qb (m /s) 3 Qp + Qb (m /s) DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO 2 A 2(m ) P2 (m) n2 RH2 I2(m/m) Lb nG I n2 P2 + 2,40 * n2 * h P2 + 2, 40 * h 2 2 (A + (L 2 b * h + 0,67h 2 )) A 2 + ( L B * h + 0,67h 2 ) P2 + 2, 40h 3,36 8,78 1991,52 0,72 2,11 0,272 1,8692 -0,0295 0,9343 0,72 185,78 84 48,38 13,81 62,47 81,60 72,03 0,1 72,13 0,26 2,08 0,08 0,126 0,016 1,88 0,0285 2/ 3 72,13 Alturas Iteração 1 2 3 4 5 valor 1 1,5 2 2,25 3,937 Altura do leito de gabião (m) A G (m 2) A G + A 4 (m 2) v (m/s) t (minutos) Vazão (m3/s) 4,46 9,41 16,65 21,22 72,13 3,94 30,65 30,91 2,33 14,22 APÊNDICE A 147 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NO TRECHO CANALIZADO DA SUB-BACIA 3 2 Área de contribuição (montante)(km ) Área de contribuição (jusante) (km2) Comprimento do trecho do córrego Tempo de concentração (montante) (horas) Tempo de concentração (jusante) (horas) 2 log (Qu) ((m3/s/cm/km ) (montante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (montante) 2 log (Q u) ((m3/s/cm/km ) (jusante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (jusante) Fp Precipitação (mm) CN S Q (cm) 3 Qp montante (m /s) 3 Qp jusante (m /s) 3 Qp (m /s) 3 Qb (m /s) 3 Qp + Qb (m /s) DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO coeficiente de rugosidade (n) declividade (I - m/m) Forma do conduto altura (m) A(m2 ) v (m/s) t (minutos) 8,78 10,2 165,8 0,96 0,99 0,198 1,5779 0,1899 1,5485 0,72 185,78 85 44,82 14,11 140,70 160,41 150,56 0,44 151,00 0,013 0,002 retangular 3,09 38,15 3,96 0,70 APÊNDICE A 148 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 3 2 Área de contribuição (montante)(km ) 2 Área de contribuição (jusante)(km ) Comprimento do trecho do córrego Tempo de concentração (montante) (horas) Tempo de concentração (jusante)(horas) 2 log (Qu) ((m3/s/cm/km ) (montante) 2 Qu (m3/s/cm/km )(montante) 2 log (Q u) ((m3/s/cm/km ) (jusante) 2 Qu (m3/s/cm/km )(jusante) Fp Precipitação (mm) CN S Q (cm) 3 Qp montante (m /s) 3 Qp jusante (m /s) 3 Qp (m /s) 3 Qb (m /s) 3 Qp + Qb (m /s) DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO 2 A 3(m ) P43(m) n3 RH3 I3(m/m) Lb nG I (A + (L 3 b A + ( L B * h + 0,25h 2 ) * h + 0, 25h 2 3 P3 + 2,06h )) n32 P3 + 2,06n22 * h P3 + 2,06 * h Alturas Iteração valor 1 1 2 1,5 3 2 4 2,5 5 3 6 4,98 Altura do leito de gabião (m) A G (m 2) A G + A 4 (m 2) v (m/s) t (minutos) 10,2 13,91 1346,04 0,97 1,83 0,195 1,5680 0,0145 1,0339 0,72 185,78 86 41,35 14,40 165,79 149,09 157,44 0,26 157,70 0,5 4,84 0,05 0,104 0,014 4,8 0,0285 2/ 3 157,70 Vazão (m3/s) 12,71 23,41 36,49 51,77 69,14 157,70 4,98 61,10 61,60 2,56 8,76 APÊNDICE A 149 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 4 2 Área de contribuição (km ) 2 Área de contribuição (km ) Comprimento do trecho do córrego Tempo de concentração (montante) (horas) Tempo de concentração (jusante)(horas) 2 log (Qu) ((m3/s/cm/km ) (montante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (montante) 2 log (Q u) ((m3/s/cm/km ) (jusante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (jusante) Fp Precipitação (mm) CN S Q (cm) 3 Qp montante (m /s) 3 Qp jusante (m /s) 3 Qp (m /s) 3 Qb (m /s) 3 Qp + Qb (m /s) DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO 2 A 4(m ) P4 (m) n4 RH4 I4(m/m) Lb nG I n 24 P4 + 2,06n42 * h P4 + 2,06 * h ( A + (L 4 b A + ( LB * h + 0,25h 2 ) * h + 0,25h 2 4 P4 + 2,06h )) 13,91 19,81 1967,36 1,12 2,15 0,157 1,4340 -0,0354 0,9217 0,72 162,96 86 41,35 12,21 175,31 160,48 167,89 0,22 168,11 0,57 5,5 0,03 0,104 0,004 5,5 0,0285 2/ 3 168,11 Alturas Iteração 1 2 3 4 5 valor 1 1,5 2 2,5 6,05 Altura do leito de gabião (m) A G (m 2) A G + A 4 (m 2) v (m/s) t (minutos) Vazão (m3/s) 11,98 21,36 32,36 44,77 168,11 6,05 88,25 88,82 1,89 17,32 APÊNDICE A DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 5 2 Área de contribuição (montante) (km ) 2 Área de contribuição (jusante)(km ) Comprimento do trecho do córrego Tempo de concentração (montante)(horas) Tempo de concentração (jusante) (horas) 2 log (Qu) ((m3/s/cm/km ) (montante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (montante) 2 log (Qu ) ((m3/s/cm/km ) (jusante) 2 Qu (m3/s/cm/km ) (justante) Fp Precipitação (mm) CN S Q (cm) 3 Qp montante (m /s) 3 Qp jusante (m /s) 3 Qp (m /s) 3 Qb (m /s) 3 Qp + Qb(m /s) DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO coeficiente de rugosidade (n) declividade (I - m/m) Forma do conduto altura (6 ) 2 A(m ) v (m/s) t (minutos) 150 19,81 20,91 875 1,40 1,56 0,094 1,2412 0,0623 1,1543 0,72 185,78 85 44,82 14,11 249,72 245,13 247,42 1,05 248,47 0,013 0,0015 retangular 3,58 63,92 3,9 3,75 Foram realizadas mais duas iteração para determinação do tempo de concentração da Bacia do Córrego Lagoinha, na segunda iteração foram utilizados os tempos encontrados em cada trechos na primeira iteração, e assim sucessivamente. Na primeira iteração o tempo encontrado foi de 52,44 minutos, na segunda e terceira os tempos encontrados foram de 70,49 minutos, Este tempo somado ao tempo de escoamento superficial que é de 35,60 minutos, fornece o tempo de concentração da bacia para o cenário atual que é de 1,77 horas. O tempo de concentração para o cenário de pré- urbanização encontrado é de 1,87 horas, e para os cenários futuros é de 1,67 horas. APÊNDICE A Determinação do tempo de escoamento em sarjeta e galeria no Loteamento I Tabela A.1 – Determinação do tempo de percurso na sarjeta – Admáx = 9,25 I Trecho Área (ha) I TR compr. Admáx. Tipo de Nº da até a Rua a do I< ano (m) (ha) rua a jus. rua rua mont. trecho Imáx. s 1 A 2 B 3 B2 B B2 C 1 1 1 186 0 0,277 0,28 98,32 0,277 0,1293 0,41 97,08 0,406 0,2544 0,66 0,03 0,03 0,03 0,5069 externa 0,5069 externa 0,5069 externa 15 15 15 C tc i mont. mm/h 0,77 0,77 0,77 10 13,4 15,0 f m ys (m) ys' (m) v ts tc final m/s minutos minutos 188,20 0,69 1,00 0,076 0,038 0,92 168,57 0,73 0,86 0,053 0,045 1,03 160,83 0,75 0,85 0,067 0,056 1,19 3,4 1,6 1,4 13,4 15,0 16,3 Tabela A.2 – Determinação do tempo do percurso na galeria Nº 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Trecho até a da rua rua C C3 C3 D D D3 D3 E E E2 E2 E3 E3 E4 9 11 11 12 12 13 13 14 14 15 15 16 16 21 21 E5 E5 22 22 23 23 24 24 27 27 28 H I I J Rua compr. (m) 1 1 1 1 1 1 1 F F F F F F F F F F F G1 G1 28 29 62,36 137,67 128,78 78,64 57,06 100,48 90,32 127,12 72,55 70,77 73,59 71,09 71,46 35,2 92,32 379,42 69,36 73,18 216,49 190,86 187 177 Área total (ha) 5,4328 9,3478 13,418 13,573 18,939 24,413 30,567 45,128 52,718 59,604 67,031 74,94 82,14 111,75 113,55 130,74 138,63 163,61 174,26 175,75 176,81 177,23 TR (anos) C 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 i tc (mm/h mont. ) 16,3 154,79 16,7 153,39 17,3 150,68 17,9 148,47 18,2 147,16 18,5 146,21 18,9 144,65 19,3 143,20 19,9 141,14 20,2 139,94 20,6 138,83 20,9 137,66 21,2 136,59 21,6 135,56 21,7 134,96 22,2 133,57 24,0 128,19 24,3 127,28 24,7 126,34 25,7 123,74 26,5 121,58 27,3 119,53 f m Q parcial (m³/s) 0,76 0,77 0,77 0,78 0,78 0,78 0,78 0,79 0,79 0,79 0,79 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,81 0,82 0,82 0,82 0,83 0,83 0,78 0,72 0,68 0,68 0,64 0,62 0,60 0,56 0,55 0,54 0,53 0,52 0,52 0,49 0,49 0,48 0,48 0,47 0,46 0,46 0,46 0,46 1,384 2,183 2,936 2,938 3,878 4,792 5,762 7,972 9,013 9,949 10,935 11,955 12,858 16,618 16,795 18,800 19,206 21,999 23,090 22,916 22,743 22,508 147 APÊNDICE A Tabela A.2 (continuação) – Determinação do tempo do percurso na galeria Nº 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Trecho Decliv. D D galeria Q galeria da até a Rua da galeria adotado plena rua rua galeria (m) (m) (m³/s) C C3 1 0,010 0,814 0,850 1,55 C3 D 1 0,010 0,965 1 2,40 D D3 1 0,010 1,079 1,2 3,90 D3 E 1 0,010 1,079 1,2 3,90 E E2 1 0,008 1,249 1,5 6,32 E2 E3 1 0,008 1,352 1,5 6,32 E3 E4 1 0,006 1,529 1,75 8,26 9 11 F 0,0050 1,787 1,8 8,13 11 12 F 0,0050 1,871 12 13 F 0,0050 1,942 13 14 F 0,0045 2,052 14 15 F 0,0045 2,122 15 16 F 0,0045 2,180 16 21 F 0,0030 2,590 21 E5 F 0,0030 2,601 E5 22 F 0,0030 2,713 22 23 F 0,0030 2,735 23 24 F 0,0030 2,878 24 27 G1 0,003 2,930 27 28 G1 0,003 2,922 H I 28 0,0030 2,914 I J 29 0,0030 2,902 - Raio Q/ v/ Altura Base Área Hidráulico Qplena vplena (h) (m) (b) (m) (m²) (m) 0,8901 1,14 0,9103 1,14 0,7530 1,11 0,7535 1,11 0,6133 1,07 0,7579 1,11 0,6976 1,09 0,9808 1,14 1,02 * 2,05 2,30 0,51 1,07 2,14 2,53 0,54 1,11 2,22 2,72 0,56 1,18 2,35 3,04 0,59 1,22 2,43 3,25 0,61 1,25 2,50 3,43 0,62 1,48 2,97 4,84 0,74 1,49 2,98 4,88 0,74 1,55 3,11 5,31 0,78 1,57 3,13 5,40 0,78 1,65 3,30 5,98 0,82 1,68 3,36 6,20 0,84 1,67 3,35 6,16 0,84 1,67 3,34 6,13 0,83 v (m/s) ts min. tc final min. 3,12 3,48 3,84 3,84 3,82 3,98 3,76 3,64 3,48 3,59 3,49 3,62 3,70 3,08 3,45 3,46 3,56 3,58 3,70 3,75 3,74 3,73 0,3 0,7 0,6 0,3 0,2 0,4 0,4 0,6 0,3 0,3 0,4 0,3 0,3 0,2 0,4 1,8 0,3 0,3 1,0 0,8 0,8 0,8 16,7 17,3 17,9 18,2 18,5 18,9 19,3 19,9 20,2 20,6 20,9 21,2 21,6 21,7 22,2 24,0 24,3 24,7 25,7 26,5 27,3 28,1 * Os condutos de forma retangular têm a base igual a duas vezes a altura 148 APÊNDICE B 153 APÊNDICE B Determinação dos hidrogramas e da propagação no reservatório APÊNDICE B Determinação das vazões de entrada do reservatório de retenção Tabela B.1 - Hidrograma de entrada do reservatório para o cenário atual 1 2 Hidrograma Tempo unitário (minutos) (m³/s/cm) 0 0,00 10 8,72 20 28,92 30 36,82 40 30,09 50 17,19 60 9,89 70 5,74 80 3,34 90 1,90 100 1,10 110 0,63 120 0,38 130 0,22 140 0,09 150 0,00 160 0,00 170 0,00 180 0,00 190 0,00 200 0,00 210 0,00 220 0,00 230 0,00 240 0,00 250 0,00 260 0,00 3 4 10 20 Soma 15,299 50,738 64,598 52,791 30,159 17,351 10,070 5,860 3,333 1,930 1,105 0,667 0,386 0,158 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 7,830 0,00 0,77 17,86 70,88 133,48 166,00 158,82 134,25 109,49 87,46 69,29 55,53 44,45 33,53 22,63 13,74 7,77 4,35 2,43 1,35 0,73 0,39 0,20 0,09 0,03 0,01 0,00 0,089 0,772 2,561 3,261 2,665 1,522 0,876 0,508 0,296 0,168 0,097 0,056 0,034 0,019 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 85 1,754 1,935 1,174 0,740 0,561 0,492 0,302 0,260 0,261 0,174 0,087 16,877 55,972 71,262 58,237 33,270 19,141 11,109 6,464 3,677 2,129 1,219 0,735 0,426 0,174 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 10,241 33,964 43,242 35,338 20,188 11,615 6,741 3,923 2,231 1,292 0,740 0,446 0,258 0,106 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 6,456 21,411 4,893 27,260 16,227 22,277 20,660 12,727 16,884 7,322 9,645 4,250 5,549 2,473 3,221 1,407 1,874 0,814 1,066 0,466 0,617 0,281 0,353 0,163 0,213 0,067 0,123 0,000 0,050 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 4,290 14,229 2,629 18,116 8,721 14,805 11,103 8,458 9,073 4,866 5,184 2,824 2,982 1,643 1,731 0,935 1,007 0,541 0,573 0,310 0,332 0,187 0,190 0,108 0,115 0,044 0,066 0,000 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,264 7,508 9,559 7,811 4,463 2,567 1,490 0,867 0,493 0,286 0,164 0,099 0,057 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 2,272 7,536 9,595 7,841 4,480 2,577 1,496 0,870 0,495 0,287 0,164 0,099 0,057 0,023 0,000 0,000 0,000 1,519 5,039 6,416 5,243 2,995 1,723 1,000 0,582 0,331 0,192 0,110 0,066 0,038 0,016 0,000 0,000 0,761 2,524 3,213 2,626 1,500 0,863 0,501 0,291 0,166 0,096 0,055 0,033 0,019 0,008 0,000 15 16 17 Vazão de Hidrogram base (m³/s) a (m³/s) 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,26 1,03 18,12 71,14 133,74 166,26 159,08 134,51 109,75 87,72 69,55 55,79 44,71 33,79 22,89 14,00 8,03 4,61 2,69 1,61 0,99 0,65 0,46 0,35 0,29 0,27 0,26 150 APÊNDICE B Tabela B.2 - Hidrograma de entrada do reservatório para o cenário futuro I 1 2 Hidrograma Tempo unitário (minutos) (m³/s/cm) 0 0,00 10 9,29 20 30,55 30 37,50 40 29,71 50 16,37 60 9,40 70 5,31 80 3,06 90 1,72 100 0,98 110 0,55 120 0,34 130 0,18 140 0,05 150 0,00 160 0,00 170 0,00 180 0,00 190 0,00 200 0,00 210 0,00 220 0,00 230 0,00 240 0,00 250 0,00 3 4 10 20 Soma 20,363 66,963 82,197 65,122 35,882 20,604 11,639 6,707 3,770 2,148 1,206 0,745 0,395 0,110 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 8,828 0,00 2,03 27,04 95,03 165,74 194,65 178,12 146,40 117,14 92,14 72,19 57,46 45,70 34,12 22,64 13,44 7,43 4,11 2,26 1,23 0,66 0,35 0,17 0,08 0,03 0,00 0,218 2,029 6,674 8,192 6,490 3,576 2,053 1,160 0,668 0,376 0,214 0,120 0,074 0,039 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 89 2,192 2,139 1,258 0,784 0,591 0,516 0,315 0,271 0,272 0,181 0,091 19,876 65,361 80,230 63,563 35,023 20,111 11,361 6,547 3,680 2,097 1,177 0,727 0,385 0,107 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 11,688 38,436 47,180 37,379 20,595 11,826 6,681 3,850 2,164 1,233 0,692 0,428 0,226 0,063 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 7,284 23,953 5,487 29,402 18,044 23,294 22,149 12,835 17,548 7,370 9,669 4,163 5,552 2,399 3,136 1,349 1,807 0,768 1,016 0,431 0,579 0,267 0,325 0,141 0,201 0,039 0,106 0,000 0,030 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 4,792 15,757 2,928 19,342 9,630 15,324 11,821 8,443 9,365 4,848 5,160 2,739 2,963 1,578 1,674 0,887 0,965 0,505 0,542 0,284 0,309 0,175 0,173 0,093 0,107 0,026 0,057 0,000 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,517 8,276 10,159 8,048 4,435 2,546 1,438 0,829 0,466 0,265 0,149 0,092 0,049 0,014 0,000 0,000 0,000 2,522 8,294 10,181 8,066 4,444 2,552 1,442 0,831 0,467 0,266 0,149 0,092 0,049 0,014 0,000 0,000 1,684 5,539 6,799 5,387 2,968 1,704 0,963 0,555 0,312 0,178 0,100 0,062 0,033 0,009 0,000 0,843 2,772 3,403 2,696 1,486 0,853 0,482 0,278 0,156 0,089 0,050 0,031 0,016 0,005 15 16 17 Vazão de Hidrogram base (m³/s) a (m³/s) 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,26 2,29 27,30 95,29 166,00 194,91 178,38 146,66 117,40 92,40 72,45 57,72 45,96 34,38 22,90 13,70 7,69 4,37 2,52 1,49 0,92 0,61 0,43 0,34 0,29 0,26 151 APÊNDICE B Tabela B.3 - Hidrograma de entrada do reservatório para o cenário futuro II 1 2 Hidrograma Tempo unitário (minutos) (m³/s/cm) 0 0,00 10 9,29 20 30,55 30 37,50 40 29,71 50 16,37 60 9,40 70 5,31 80 3,06 90 1,72 100 0,98 110 0,55 120 0,34 130 0,18 140 0,05 150 0,00 160 0,00 170 0,00 180 0,00 190 0,00 200 0,00 210 0,00 220 0,00 230 0,00 240 0,00 250 0,00 3 4 10 20 Soma 21,433 70,483 86,517 68,545 37,768 21,687 12,251 7,060 3,968 2,261 1,269 0,784 0,415 0,115 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 9,087 0,00 2,46 29,54 100,75 173,07 201,28 182,91 149,67 119,36 93,65 73,23 58,19 46,23 34,50 22,88 13,57 7,50 4,15 2,28 1,24 0,66 0,35 0,18 0,08 0,03 0,00 0,265 2,464 8,103 9,947 7,881 4,342 2,493 1,408 0,812 0,456 0,260 0,146 0,090 0,048 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 90 2,307 2,187 1,277 0,794 0,597 0,521 0,318 0,273 0,274 0,183 0,091 20,318 66,815 82,015 64,978 35,802 20,558 11,613 6,692 3,762 2,143 1,203 0,744 0,394 0,109 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 11,862 39,007 47,881 37,934 20,902 12,002 6,780 3,907 2,196 1,251 0,702 0,434 0,230 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 7,373 24,245 5,547 29,761 18,240 23,579 22,389 12,992 17,738 7,460 9,774 4,214 5,612 2,429 3,170 1,365 1,827 0,778 1,027 0,436 0,585 0,270 0,328 0,143 0,203 0,040 0,107 0,000 0,030 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 4,839 15,913 2,956 19,534 9,720 15,476 11,931 8,527 9,453 4,896 5,208 2,766 2,991 1,594 1,689 0,896 0,974 0,510 0,547 0,286 0,312 0,177 0,175 0,094 0,108 0,026 0,057 0,000 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,539 8,350 10,249 8,120 4,474 2,569 1,451 0,836 0,470 0,268 0,150 0,093 0,049 0,014 0,000 0,000 0,000 2,544 8,365 10,269 8,135 4,483 2,574 1,454 0,838 0,471 0,268 0,151 0,093 0,049 0,014 0,000 0,000 1,698 5,585 6,856 5,432 2,993 1,719 0,971 0,559 0,314 0,179 0,101 0,062 0,033 0,009 0,000 0,850 2,795 3,431 2,718 1,498 0,860 0,486 0,280 0,157 0,090 0,050 0,031 0,016 0,005 15 16 17 Vazão de Hidrogram base (m³/s) a (m³/s) 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,26 2,72 29,80 101,01 173,33 201,54 183,17 149,93 119,62 93,91 73,49 58,45 46,49 34,76 23,14 13,83 7,76 4,41 2,54 1,50 0,92 0,61 0,44 0,34 0,29 0,26 152 APÊNDICE B 157 Determinação do hidrograma de saída do reservatório de retenção Tabela B.4 - Propagação no reservatório para o cenário atual. Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 I1 (m³/s) 0,26 1,03 18,12 71,14 133,74 166,26 159,08 134,51 109,75 87,72 69,55 55,79 44,71 33,79 22,89 14,00 8,03 4,61 2,69 1,61 0,99 0,65 0,46 0,35 0,29 0,27 0,26 I2 (m³/s) 1,03 18,12 71,14 133,74 166,26 159,08 134,51 109,75 87,72 69,55 55,79 44,71 33,79 22,89 14,00 8,03 4,61 2,69 1,61 0,99 0,65 0,46 0,35 0,29 0,27 0,26 0,26 I1 + I2 (m³/s) 1,29 19,15 89,26 204,87 299,99 325,33 293,58 244,26 197,48 157,28 125,34 100,50 78,50 56,68 36,89 22,03 12,64 7,30 4,30 2,60 1,64 1,11 0,82 0,65 0,56 0,53 0,52 [2S 1/ Dt -Q 1] (m³/s) 58,92 59,71 76,56 143,46 285,99 467,41 627,10 724,06 754,08 743,83 711,09 663,49 603,57 538,15 473,74 414,73 360,07 307,12 257,39 214,04 179,84 155,08 136,93 123,37 113,00 104,96 98,61 [2S2 / ∆t + Q 2] Q2 (m³/s) (m³/s) 60,21 0,25 78,86 1,15 165,82 11,18 348,33 31,17 585,99 59,29 792,74 82,82 920,68 98,31 968,32 107,12 951,55 103,86 901,11 95,01 836,43 86,47 763,99 80,21 682,07 71,96 594,82 60,54 510,63 47,95 436,77 38,35 372,70 32,79 314,43 28,52 261,68 23,82 216,64 18,40 181,48 13,20 156,19 9,63 137,75 7,19 124,02 5,51 113,56 4,30 105,49 3,44 99,13 2,73 Tabela B.5 – Propagação no reservatório para o cenário futuro I. 2S 2/ ∆ t - Q 2 (m³/s) 59,71 76,56 143,46 285,99 467,41 627,10 724,06 754,08 743,83 711,09 663,49 603,57 538,15 473,74 414,73 360,07 307,12 257,39 214,04 179,84 155,08 136,93 123,37 113,00 104,96 98,61 93,67 APÊNDICE B Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 I1 (m³/s) 0,26 2,29 27,30 95,29 166,00 194,91 178,38 146,66 117,40 92,40 72,45 57,72 45,96 34,38 22,90 13,70 7,69 4,37 2,52 1,49 0,92 0,61 0,43 0,34 0,29 0,26 I2 (m³/s) 2,29 27,30 95,29 166,00 194,91 178,38 146,66 117,40 92,40 72,45 57,72 45,96 34,38 22,90 13,70 7,69 4,37 2,52 1,49 0,92 0,61 0,43 0,34 0,29 0,26 0,23 I1 + I2 (m³/s) 2,55 29,59 122,59 261,29 360,90 373,28 325,04 264,07 209,80 164,85 130,17 103,68 80,34 57,29 36,60 21,39 12,06 6,89 4,02 2,41 1,52 1,04 0,77 0,62 0,55 0,49 [2S 1/ Dt -Q 1] (m³/s) 58,92 60,85 86,14 173,78 358,55 567,51 736,87 809,22 815,78 788,32 744,90 693,15 630,67 560,95 490,17 426,22 368,39 313,87 262,70 218,10 182,59 156,96 138,24 124,33 113,69 105,48 158 [2S2 / ∆t + Q 2] (m³/s) 61,47 90,44 208,72 435,07 719,45 940,79 1061,92 1073,28 1025,58 953,18 875,07 796,83 711,01 618,23 526,78 447,61 380,45 320,76 266,72 220,51 184,12 158,00 139,01 124,95 114,24 105,97 Tabela B.6 – Propagação no reservatório para o cenário futuro I. Q2 (m³/s) 0,31 2,15 17,47 38,26 75,97 101,96 126,35 128,75 118,63 104,14 90,96 83,08 75,03 64,03 50,28 39,61 33,29 29,03 24,31 18,96 13,58 9,88 7,34 5,63 4,38 3,49 2S 2/ ∆ t - Q 2 (m³/s) 60,85 86,14 173,78 358,55 567,51 736,87 809,22 815,78 788,32 744,90 693,15 630,67 560,95 490,17 426,22 368,39 313,87 262,70 218,10 182,59 156,96 138,24 124,33 113,69 105,48 98,99 APÊNDICE B Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 I1 (m³/s) 0,26 2,72 29,80 101,01 173,33 201,54 183,17 149,93 119,62 93,91 73,49 58,45 46,49 34,76 23,14 13,83 7,76 4,41 2,54 1,50 0,92 0,61 0,44 0,34 0,29 0,26 I2 (m³/s) 2,72 29,80 101,01 173,33 201,54 183,17 149,93 119,62 93,91 73,49 58,45 46,49 34,76 23,14 13,83 7,76 4,41 2,54 1,50 0,92 0,61 0,44 0,34 0,29 0,26 0,53 I1 + I2 [2S 1/ Dt -Q 1] (m³/s) (m³/s) 2,98 58,92 32,52 61,26 130,80 88,92 274,34 181,65 374,88 374,49 384,71 591,54 333,10 758,86 269,55 826,40 213,53 828,71 167,41 797,97 131,95 752,34 104,94 699,74 81,24 637,07 57,89 566,73 36,97 494,68 21,59 429,69 12,17 371,22 6,95 316,43 4,05 264,90 2,43 219,88 1,53 183,89 1,04 157,88 0,77 138,93 0,62 124,84 0,55 114,08 0,79 105,80 159 [2S2 / ∆t + Q 2] (m³/s) 61,90 93,78 219,73 455,99 749,36 976,26 1091,96 1095,95 1042,25 965,38 884,28 804,69 718,31 624,62 531,65 451,28 383,39 323,38 268,94 222,31 185,42 158,93 139,70 125,46 114,64 106,59 Q2 (m³/s) 0,32 2,43 19,04 40,75 78,91 108,70 132,78 133,62 122,14 106,52 92,27 83,81 75,79 64,97 50,98 40,03 33,48 29,24 24,53 19,21 13,77 10,00 7,43 5,69 4,42 3,56 Propagação da vazão de saída do reservatório Relação cota- volume e cota vazão 2S 2/ ∆ t - Q 2 (m³/s) 61,26 88,92 181,65 374,49 591,54 758,86 826,40 828,71 797,97 752,34 699,74 637,07 566,73 494,68 429,69 371,22 316,43 264,90 219,88 183,89 157,88 138,93 124,84 114,08 105,80 99,47 APÊNDICE B 160 Tabela B.7 - Relação cota-volume e cota vazão para o trecho natural do Córrego Área de Área de Altura montante jusante (m) (m) (m) 0,00 0,57 0,50 0,20 1,67 1,46 0,40 2,77 2,42 0,60 3,87 3,38 0,80 4,97 4,34 1,00 6,07 5,3 1,20 7,17 6,26 1,40 8,27 7,22 1,60 9,37 8,18 1,80 10,47 9,14 2,00 11,57 10,1 2,20 12,67 11,06 2,40 13,77 12,02 2,60 14,87 12,98 2,80 15,97 13,94 3,00 17,07 14,9 3,20 18,17 15,86 3,40 19,27 16,82 3,60 20,37 17,78 3,80 21,47 18,74 4,00 22,57 19,7 Comprimento Volume Volume Vazão do córrego acumulado 2S/ ∆ t + Q 2S/ ∆t - Q parcial (m³) (m³/s) (m) (m³) 2235,7 1196,1 1196,1 0,26 4,25 3,73 2235,7 3498,8 4694,9 1,54 17,19 14,11 2235,7 5801,6 10496,5 3,47 38,46 31,52 2235,7 8104,3 18600,9 5,91 67,91 56,09 2235,7 10407,1 29007,9 8,77 105,46 87,92 2235,7 12709,8 41717,8 11,98 151,04 127,08 2235,7 15012,6 56730,4 15,52 204,62 173,58 2235,7 17315,3 74045,7 19,34 266,16 227,48 2235,7 19618,1 93663,8 23,43 335,65 288,78 2235,7 21920,8 115584,7 27,78 413,06 357,51 2235,7 24223,6 139808,2 32,36 498,38 433,67 2235,7 26526,3 166334,6 37,16 591,61 517,29 2235,7 28829,1 195163,7 42,18 692,73 608,36 2235,7 31131,8 226295,5 47,42 801,74 706,90 2235,7 33434,6 259730,1 52,86 918,62 812,91 2235,7 35737,3 295467,5 58,50 1043,39 926,40 2235,7 38040,1 333507,6 64,33 1176,03 1047,36 2235,7 40342,8 373850,4 70,36 1316,53 1175,80 2235,7 42645,6 416496,0 76,59 1464,91 1311,73 2235,7 44948,3 461444,4 83,00 1621,15 1455,15 2235,7 47251,1 508695,4 89,60 1785,25 1606,05 Utilizando-se análise estatística com os dados resultante da relação cota-vazão e cota-volume foi determinado a expressão que fornece o valor da vazão de saída do trecho natural do córrego: Q = −5x10 −6 .(2S/ ? S+ Q) + 0,0592 * (2S/ ? S+ Q ) 2 2 APÊNDICE B 161 Tabela B.8 - Relação cota-volume e cota vazão para o trecho canalizado do córrego Altura (m) 0 0,2 0,3 0,4 0,56 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 2,20 2,40 2,60 2,80 3,00 3,20 3,40 3,60 Área de Comprimento do Volume Volume montante córrego (m) parcial (m³) acumulado (m³) (m) 0,00 875 0,0 0,0 0,09 875 77,0 77,0 0,20 875 173,3 250,3 0,35 875 308,0 558,3 0,69 875 603,7 1161,9 0,79 875 693,0 1854,9 1,41 875 1232,0 3086,9 2,20 875 1925,0 5011,9 3,17 875 2772,0 7783,9 4,31 875 3773,0 11556,9 5,63 875 4928,0 16484,9 7,13 875 6237,0 22721,9 8,80 875 7700,0 30421,9 10,65 875 9317,0 39738,9 12,67 875 11088,0 50826,9 14,87 875 13013,0 63839,9 17,25 875 15092,0 78931,9 19,80 875 17325,0 96256,9 22,53 875 19712,0 115968,9 25,43 875 22253,0 138221,9 28,51 875 24948,0 163169,9 Vazão (m³/s) 2S/Dt + Q 2S/Dt - Q 0,00 0,07 0,20 0,43 1,05 1,26 2,71 4,92 8,00 12,07 17,23 23,58 31,24 40,27 50,79 62,88 76,62 92,09 109,39 128,58 149,75 0,00 0,32 1,03 2,29 4,92 7,44 13,00 21,63 33,95 50,59 72,18 99,32 132,64 172,74 220,22 275,68 339,72 412,95 495,95 589,32 693,65 0,00 0,19 0,64 1,43 2,82 4,92 7,58 11,79 17,95 26,46 37,72 52,15 70,17 92,19 118,63 149,92 186,49 228,76 277,17 332,16 394,14 Utilizando-se análise estatística com os dados resultante da relação cota-vazão e cota-volume foi determinado a expressão que fornece o valor da vazão de saída do trecho natural do córrego: Q = −2x10 −5 .(2S/ ? S+ Q ) + 0,2337. (2S/ ? S+ Q ) 2 2 Foram determinados os hidrogramas das áreas ao longo do trecho natural, e da área ao longo do trecho canalizado, os resultados estão sintetizados na Tabela B. 10. APÊNDICE B 162 Tabela B.9 – Determinação dos hidrogramas das áreas posteriores ao reservatório Vazões (m³/s) Tempo (minutos) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 Área ao longo do trecho natural Atual 1,05 1,16 3,51 10,41 23,98 43,76 62,23 81,68 97,60 105,33 105,83 100,14 90,66 79,71 68,92 58,82 49,21 40,44 32,59 25,83 20,24 15,85 12,51 9,95 7,94 6,39 5,19 4,26 3,55 3,01 2,57 2,21 1,89 1,62 1,43 1,31 1,22 1,16 1,12 1,09 1,07 1,06 1,05 Cenário Futuro I 1,05 1,36 5,04 15,18 33,83 60,60 88,50 110,32 122,95 126,36 121,85 110,66 97,05 83,79 71,50 59,89 49,01 39,34 31,02 24,06 18,56 14,37 11,22 8,83 6,95 5,18 4,14 3,50 2,95 2,47 2,06 1,78 1,54 1,35 1,25 1,19 1,15 1,11 1,08 1,07 1,06 1,05 Futuro II 1,05 1,42 5,40 16,14 35,71 63,54 92,26 114,48 127,11 130,22 125,19 113,37 99,22 85,53 72,90 61,00 49,88 40,03 31,54 24,46 18,86 14,60 11,40 8,97 7,05 5,24 4,19 3,54 2,98 2,49 2,08 1,79 1,54 1,36 1,25 1,19 1,15 1,11 1,08 1,07 1,06 1,05 Área ao longo do trecho canalizado Atual 1,05 1,06 1,33 2,12 3,62 5,92 8,55 10,84 12,45 13,20 13,22 12,55 11,40 10,13 8,90 7,70 6,37 5,32 4,51 3,79 3,17 2,68 2,32 2,03 1,80 1,63 1,51 1,42 1,34 1,27 1,22 1,18 1,15 1,12 1,09 1,08 1,07 1,06 1,06 1,05 Cenario Futuro I 1,05 1,08 1,51 2,66 4,80 7,86 11,06 13,56 14,99 15,38 14,87 13,60 12,03 10,50 9,11 7,80 6,55 5,45 4,48 3,69 3,06 2,55 2,19 1,92 1,72 1,55 1,43 1,34 1,27 1,21 1,17 1,13 1,10 1,08 1,07 1,06 1,06 1,06 1,05 Futuro II 1,05 1,09 1,55 2,77 5,02 8,20 11,49 14,03 15,47 15,82 15,25 13,91 12,28 10,70 9,27 7,93 6,65 5,52 4,54 3,73 3,09 2,58 2,21 1,94 1,73 1,56 1,44 1,34 1,27 1,22 1,17 1,13 1,10 1,09 1,07 1,06 1,06 1,06 1,05 APÊNDICE B 163 Foi feita a propagação das vazões de saída do reservatório até o inicio do trecho canalizado, os resultados estão apresentados nas tabelas a seguir: Tabela B.10 - Propagação da vazão de saída do reservatório para o cenário atual no trecho natural do córrego Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 4,67 4,83 5,00 5,17 5,33 5,50 5,67 5,83 6,00 6,17 6,33 6,50 6,67 6,83 7,00 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 4,67 4,83 5,00 5,17 5,33 5,50 5,67 5,83 6,00 6,17 6,33 6,50 6,67 6,83 7,00 7,17 I1 (m³/s) 0,22 0,45 0,56 0,93 4,93 11,92 21,99 34,23 47,58 61,03 73,31 82,74 87,89 88,60 85,90 81,01 74,85 68,06 61,11 54,29 47,77 41,65 36,01 30,89 26,27 22,17 18,56 15,43 12,75 10,48 8,58 7,00 5,69 4,61 3,72 3,00 2,43 1,98 1,62 1,35 1,13 0,96 0,83 I2 (m³/s) 0,45 0,56 0,93 4,93 11,92 21,99 34,23 47,58 61,03 73,31 82,74 87,89 88,60 85,90 81,01 74,85 68,06 61,11 54,29 47,77 41,65 36,01 30,89 26,27 22,17 18,56 15,43 12,75 10,48 8,58 7,00 5,69 4,61 3,72 3,00 2,43 1,98 1,62 1,35 1,13 0,96 0,83 0,22 I1 + I2 (m³/s) 0,67 1,01 1,49 5,86 16,85 33,91 56,22 81,81 108,61 134,34 156,05 170,62 176,49 174,50 166,91 155,85 142,91 129,17 115,39 102,05 89,42 77,66 66,90 57,16 48,45 40,74 34,00 28,18 23,23 19,06 15,58 12,69 10,30 8,33 6,73 5,44 4,41 3,60 2,97 2,48 2,09 1,80 1,05 [2S 1/ Dt -Q 1] (m³/s) 3,73 3,88 4,31 5,12 9,68 23,39 50,55 94,24 155,52 233,55 325,69 427,02 530,45 628,24 714,14 784,49 837,85 874,26 894,69 900,69 894,07 876,72 850,49 817,19 778,47 735,85 690,67 644,12 597,22 550,84 505,68 462,26 420,97 382,06 345,69 311,94 280,80 252,26 226,23 202,58 181,20 161,93 144,61 [2S2 / ∆t + Q 2] Q2 (m³/s) (m³/s) 4,40 0,26 4,89 0,29 5,80 0,34 10,97 0,65 26,52 1,57 57,30 3,38 106,77 6,26 176,05 10,27 264,12 15,29 367,89 21,10 481,73 27,36 597,64 33,59 706,94 39,35 802,74 44,30 881,05 48,28 940,35 51,25 980,76 53,25 1003,42 54,37 1010,08 54,70 1002,74 54,33 983,49 53,39 954,38 51,95 917,39 50,10 874,35 47,94 826,92 45,53 776,58 42,96 724,66 40,27 672,30 37,54 620,45 34,81 569,90 32,11 521,26 29,50 474,95 26,99 431,26 24,60 390,39 22,35 352,42 20,24 317,37 18,28 285,22 16,48 255,87 14,82 229,20 13,31 205,06 11,93 183,30 10,68 163,73 9,56 145,66 8,52 2S 2/ ∆ t - Q 2 (m³/s) 3,88 4,31 5,12 9,68 23,39 50,55 94,24 155,52 233,55 325,69 427,02 530,45 628,24 714,14 784,49 837,85 874,26 894,69 900,69 894,07 876,72 850,49 817,19 778,47 735,85 690,67 644,12 597,22 550,84 505,68 462,26 420,97 382,06 345,69 311,94 280,80 252,26 226,23 202,58 181,20 161,93 144,61 128,63 APÊNDICE B 164 Tabela B.11 - Propagação da vazão de saída do reservatório para o cenário futuro I no trecho natural do córrego Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 4,67 4,83 5,00 5,17 5,33 5,50 5,67 5,83 6,00 6,17 6,33 6,50 6,67 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 4,67 4,83 5,00 5,17 5,33 5,50 5,67 5,83 6,00 6,17 6,33 6,50 6,67 7,00 I1 (m³/s) 0,22 0,45 0,65 1,91 6,68 15,00 27,56 42,95 59,71 76,43 90,79 99,99 102,72 100,20 94,52 87,21 79,14 70,83 62,70 55,02 47,90 41,39 35,48 30,19 25,47 21,31 17,70 14,60 11,97 9,77 7,92 6,39 5,13 4,11 3,29 2,64 2,13 1,74 1,43 1,19 1,00 I2 (m³/s) 0,45 0,65 1,91 6,68 15,00 27,56 42,95 59,71 76,43 90,79 99,99 102,72 100,20 94,52 87,21 79,14 70,83 62,70 55,02 47,90 41,39 35,48 30,19 25,47 21,31 17,70 14,60 11,97 9,77 7,92 6,39 5,13 4,11 3,29 2,64 2,13 1,74 1,43 1,19 1,00 0,00 I1 + I2 (m³/s) 0,67 1,10 2,56 8,59 21,68 42,56 70,51 102,66 136,14 167,22 190,78 202,71 202,92 194,71 181,73 166,36 149,98 133,53 117,72 102,92 89,29 76,87 65,67 55,66 46,79 39,01 32,30 26,57 21,74 17,69 14,31 11,52 9,23 7,39 5,93 4,77 3,87 3,16 2,61 2,19 1,00 [2S 1/ Dt -Q 1] (m³/s) 3,73 3,88 4,39 6,12 12,97 30,56 64,51 119,22 196,11 294,01 408,75 532,14 653,25 762,13 852,70 922,66 971,93 1001,66 1013,67 1010,23 993,75 966,54 930,76 888,38 841,17 790,71 738,37 685,36 632,71 581,24 531,60 484,26 439,53 397,65 358,72 322,81 289,87 259,82 232,54 207,86 185,63 [2S2 / Dt + Q 2] Q2 (m³/s) (m³/s) 4,40 0,26 4,98 0,29 6,95 0,41 14,71 0,87 34,65 2,05 73,12 4,30 135,02 7,90 221,88 12,89 332,25 19,12 461,23 26,24 599,53 33,70 734,86 40,80 856,17 47,02 956,84 52,07 1034,43 55,89 1089,01 58,54 1121,91 60,12 1135,19 60,76 1131,39 60,58 1113,16 59,70 1083,04 58,25 1043,41 56,33 996,43 54,02 944,04 51,43 887,96 48,62 829,72 45,68 770,67 42,65 711,93 39,61 654,45 36,60 598,93 33,66 545,91 30,83 495,77 28,12 448,77 25,56 405,04 23,16 364,65 20,92 327,58 18,86 293,74 16,96 262,98 15,22 235,15 13,64 210,06 12,21 186,63 10,87 2S 2/ Dt - Q 2 (m³/s) 3,88 4,39 6,12 12,97 30,56 64,51 119,22 196,11 294,01 408,75 532,14 653,25 762,13 852,70 922,66 971,93 1001,66 1013,67 1010,23 993,75 966,54 930,76 888,38 841,17 790,71 738,37 685,36 632,71 581,24 531,60 484,26 439,53 397,65 358,72 322,81 289,87 259,82 232,54 207,86 185,63 164,88 APÊNDICE B 165 Tabela B.12 - Propagação da vazão de saída do reservatório para o cenário futuro II para o trecho natural do córrego Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 t1 (h) 0,00 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 4,67 4,83 5,00 5,17 5,33 5,50 5,67 5,83 6,00 6,17 6,33 6,50 6,67 t2 (h) 0,17 0,33 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17 1,33 1,50 1,67 1,83 2,00 2,17 2,33 2,50 2,67 2,83 3,00 3,17 3,33 3,50 3,67 3,83 4,00 4,17 4,33 4,50 4,67 4,83 5,00 5,17 5,33 5,50 5,67 5,83 6,00 6,17 6,33 6,50 6,67 7,00 I1 (m³/s) 0,22 0,50 0,70 2,13 7,15 15,86 28,92 44,90 62,39 79,88 94,80 104,07 106,41 103,32 97,07 89,28 80,82 72,20 63,82 55,96 48,70 42,07 36,08 30,70 25,92 21,71 18,04 14,89 12,22 9,98 8,10 6,54 5,26 4,22 3,38 2,72 2,20 1,80 1,49 1,24 1,06 I2 (m³/s) 0,50 0,70 2,13 7,15 15,86 28,92 44,90 62,39 79,88 94,80 104,07 106,41 103,32 97,07 89,28 80,82 72,20 63,82 55,96 48,70 42,07 36,08 30,70 25,92 21,71 18,04 14,89 12,22 9,98 8,10 6,54 5,26 4,22 3,38 2,72 2,20 1,80 1,49 1,24 1,06 0,00 I1 + I2 (m³/s) 0,72 1,20 2,83 9,28 23,01 44,78 73,82 107,29 142,27 174,69 198,87 210,49 209,73 200,39 186,35 170,11 153,02 136,02 119,78 104,66 90,77 78,15 66,78 56,63 47,63 39,74 32,93 27,11 22,20 18,08 14,64 11,80 9,47 7,60 6,11 4,93 4,00 3,29 2,73 2,30 1,06 [2S 1/ Dt -Q 1] (m³/s) 3,73 3,92 4,52 6,48 13,89 32,55 68,23 125,43 205,71 307,99 427,85 556,45 682,01 794,12 886,64 957,47 1006,79 1035,94 1046,93 1042,19 1024,22 995,41 957,97 913,92 865,06 812,95 759,01 704,44 650,29 597,39 546,39 497,75 451,81 408,80 368,83 331,95 298,12 267,27 239,25 213,92 191,08 [2S2 / Dt + Q 2] Q2 (m³/s) (m³/s) 4,45 0,26 5,12 0,30 7,35 0,43 15,76 0,93 36,90 2,18 77,33 4,55 142,05 8,31 232,72 13,51 347,98 19,99 482,67 27,41 626,73 35,14 766,94 42,46 891,75 48,82 994,50 53,93 1073,00 57,76 1127,58 60,40 1159,81 61,93 1171,96 62,51 1166,72 62,26 1146,85 61,32 1114,99 59,79 1073,55 57,79 1024,75 55,41 970,55 52,75 912,68 49,87 852,69 46,84 791,93 43,75 731,55 40,63 672,49 37,55 615,47 34,54 561,03 31,64 509,55 28,87 461,29 26,24 416,40 23,78 374,93 21,49 336,88 19,38 302,13 17,43 270,55 15,65 241,98 14,03 216,21 12,57 192,14 11,19 2S 2/ Dt - Q 2 (m³/s) 3,92 4,52 6,48 13,89 32,55 68,23 125,43 205,71 307,99 427,85 556,45 682,01 794,12 886,64 957,47 1006,79 1035,94 1046,93 1042,19 1024,22 995,41 957,97 913,92 865,06 812,95 759,01 704,44 650,29 597,39 546,39 497,75 451,81 408,80 368,83 331,95 298,12 267,27 239,25 213,92 191,08 169,76 As vazões de saída no final do trecho natural do córrego foram somadas as vazões do hidrograma da área ao longo do trecho natural do córrego, e propagadas no trecho canalizado do córrego. As vazões resultantes da propagação, penúltima coluna das tabelas B.14, B. 13 e B.15, foram somadas as vazões da área ao lo ngo do trecho canalizado, fornecendo ao hidrograma resultante da inserção da estrutura de retenção na bacia em estudo. APÊNDICE B Determinação do hidrograma da bacia com a inserção do reservatório de retenção Tabela B.13 - Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário atual Tempo (minutos) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 0,00 0,14 0,41 0,85 1,41 1,83 1,99 1,98 1,78 1,54 1,19 0,88 0,68 0,53 0,41 0,20 0,25 0,19 0,15 0,11 0,09 0,07 0,05 0,04 0,03 0,03 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10 20 0,089 1,754 0,012 0,036 0,075 0,125 0,162 0,176 0,175 0,158 0,136 0,105 0,078 0,060 0,047 0,036 0,018 0,022 0,017 0,013 0,010 0,008 0,006 0,004 0,004 0,003 0,002 0,002 0,001 0,001 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,246 0,719 1,491 2,474 3,211 3,491 3,474 3,123 2,702 2,088 1,544 1,193 0,930 0,719 0,351 0,439 0,333 0,263 0,193 0,158 0,123 0,088 0,073 0,056 0,044 0,035 0,029 0,022 0,016 0,010 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 85 1,935 1,174 0,740 0,561 0,492 0,302 0,260 0,261 0,174 0,271 0,794 1,645 2,729 3,542 3,851 3,832 3,445 2,981 2,303 1,703 1,316 1,026 0,794 0,387 0,484 0,368 0,290 0,213 0,174 0,135 0,097 0,080 0,062 0,048 0,039 0,032 0,024 0,017 0,011 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,164 0,482 0,998 1,656 2,149 2,337 2,325 2,090 1,809 1,398 1,033 0,799 0,622 0,482 0,235 0,294 0,223 0,176 0,129 0,106 0,082 0,059 0,049 0,038 0,029 0,024 0,019 0,015 0,011 0,007 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,104 0,304 0,629 1,044 1,355 1,473 1,466 1,318 1,140 0,881 0,652 0,503 0,392 0,304 0,148 0,185 0,141 0,111 0,081 0,067 0,052 0,037 0,031 0,024 0,019 0,015 0,012 0,009 0,007 0,004 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,079 0,230 0,477 0,791 1,027 1,117 1,111 0,999 0,864 0,668 0,494 0,382 0,297 0,230 0,112 0,140 0,107 0,084 0,062 0,050 0,039 0,028 0,023 0,018 0,014 0,011 0,009 0,007 0,005 0,003 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,069 0,202 0,418 0,694 0,900 0,979 0,974 0,876 0,758 0,586 0,433 0,335 0,261 0,202 0,098 0,123 0,093 0,074 0,054 0,044 0,034 0,025 0,020 0,016 0,012 0,010 0,008 0,006 0,004 0,003 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,042 0,124 0,256 0,425 0,552 0,600 0,597 0,537 0,464 0,359 0,265 0,205 0,160 0,124 0,060 0,075 0,057 0,045 0,033 0,027 0,021 0,015 0,012 0,010 0,008 0,006 0,005 0,004 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,036 0,106 0,221 0,366 0,475 0,517 0,514 0,462 0,400 0,309 0,228 0,177 0,138 0,106 0,052 0,065 0,049 0,039 0,029 0,023 0,018 0,013 0,011 0,008 0,006 0,005 0,004 0,003 0,002 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,036 0,107 0,222 0,367 0,477 0,519 0,516 0,464 0,401 0,310 0,229 0,177 0,138 0,107 0,052 0,065 0,050 0,039 0,029 0,023 0,018 0,013 0,011 0,008 0,007 0,005 0,004 0,003 0,002 0,002 0,001 0,000 0,000 0,024 0,071 0,148 0,246 0,319 0,347 0,345 0,310 0,268 0,207 0,153 0,118 0,092 0,071 0,035 0,044 0,033 0,026 0,019 0,016 0,012 0,009 0,007 0,006 0,004 0,003 0,003 0,002 0,002 0,001 0,000 0,000 120 Soma 0,087 7,830 0,00 0,01 0,28 1,07 2,57 4,87 7,50 9,79 11,40 12,15 12,17 11,50 10,35 9,08 7,85 6,65 5,32 4,27 3,46 2,74 2,12 1,63 1,27 0,98 0,75 0,58 0,46 0,37 0,29 0,22 0,17 0,13 0,10 0,07 0,04 0,03 0,02 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,036 0,074 0,123 0,160 0,174 0,173 0,155 0,134 0,104 0,077 0,059 0,046 0,036 0,017 0,022 0,017 0,013 0,010 0,008 0,006 0,004 0,004 0,003 0,002 0,002 0,001 0,001 0,001 0,001 0,000 Vazão de base (m³/s) Vazão do Res. (m³/s) Hidrograma (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 0,00 1,24 1,88 4,39 10,57 21,84 37,21 55,07 74,12 91,69 105,56 114,83 119,53 120,43 118,61 115,02 110,22 104,58 98,43 92,06 85,73 79,68 74,03 68,82 64,00 59,50 55,27 51,26 47,46 43,84 40,40 37,13 34,02 31,07 28,30 25,72 23,34 21,15 19,14 17,31 15,64 14,13 12,76 1,05 2,30 3,21 6,51 14,20 27,76 45,76 65,91 86,56 104,90 118,78 127,38 130,93 130,56 127,51 122,71 116,59 109,90 102,94 95,85 88,91 82,35 76,35 70,85 65,80 61,13 56,78 52,68 48,79 45,12 41,63 38,31 35,17 32,18 29,39 26,80 24,41 22,21 20,20 18,36 16,70 15,18 13,81 162 APÊNDICE B Tabela B.14 - Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro I Tempo (minutos) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 Hidrogram a unitário (m³/s) 0,00 0,16 0,48 0,99 1,61 2,00 2,11 2,00 1,76 1,44 1,05 0,78 0,59 0,47 0,36 0,27 0,21 0,15 0,12 0,09 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10 20 0,218 2,192 0,035 0,105 0,216 0,352 0,437 0,461 0,437 0,384 0,315 0,229 0,170 0,129 0,103 0,079 0,059 0,046 0,033 0,026 0,020 0,013 0,011 0,009 0,007 0,004 0,004 0,002 0,002 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,351 1,052 2,170 3,529 4,384 4,625 4,384 3,858 3,156 2,302 1,710 1,293 1,030 0,789 0,592 0,460 0,329 0,263 0,197 0,132 0,110 0,088 0,066 0,044 0,044 0,022 0,022 0,015 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 89 2,139 1,258 0,784 0,591 0,516 0,315 0,271 0,272 0,181 0,091 0,342 1,027 2,118 3,445 4,279 4,514 4,279 3,765 3,081 2,246 1,669 1,262 1,006 0,770 0,578 0,449 0,321 0,257 0,193 0,128 0,107 0,086 0,064 0,043 0,043 0,021 0,021 0,015 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,201 0,604 1,246 2,026 2,516 2,655 2,516 2,214 1,812 1,321 0,981 0,742 0,591 0,453 0,340 0,264 0,189 0,151 0,113 0,075 0,063 0,050 0,038 0,025 0,025 0,013 0,013 0,009 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,125 0,376 0,776 1,262 1,568 1,654 1,568 1,380 1,129 0,823 0,612 0,463 0,369 0,282 0,212 0,165 0,118 0,094 0,071 0,047 0,039 0,031 0,024 0,016 0,016 0,008 0,008 0,005 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,095 0,284 0,585 0,951 1,181 1,246 1,181 1,040 0,851 0,620 0,461 0,348 0,278 0,213 0,159 0,124 0,089 0,071 0,053 0,035 0,030 0,024 0,018 0,012 0,012 0,006 0,006 0,004 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,083 0,248 0,511 0,830 1,032 1,088 1,032 0,908 0,743 0,542 0,402 0,304 0,242 0,186 0,139 0,108 0,077 0,062 0,046 0,031 0,026 0,021 0,015 0,010 0,010 0,005 0,005 0,004 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,050 0,151 0,312 0,508 0,630 0,665 0,630 0,555 0,454 0,331 0,246 0,186 0,148 0,113 0,085 0,066 0,047 0,038 0,028 0,019 0,016 0,013 0,009 0,006 0,006 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,043 0,130 0,268 0,436 0,542 0,572 0,542 0,477 0,390 0,284 0,211 0,160 0,127 0,098 0,073 0,057 0,041 0,033 0,024 0,016 0,014 0,011 0,008 0,005 0,005 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,043 0,130 0,269 0,437 0,543 0,573 0,543 0,478 0,391 0,285 0,212 0,160 0,128 0,098 0,073 0,057 0,041 0,033 0,024 0,016 0,014 0,011 0,008 0,005 0,005 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,029 0,087 0,180 0,292 0,363 0,383 0,363 0,319 0,261 0,190 0,141 0,107 0,085 0,065 0,049 0,038 0,027 0,022 0,016 0,011 0,009 0,007 0,005 0,004 0,004 0,002 0,002 0,001 0,001 0,000 0,015 0,044 0,090 0,146 0,182 0,191 0,182 0,160 0,131 0,095 0,071 0,054 0,043 0,033 0,025 0,019 0,014 0,011 0,008 0,005 0,005 0,004 0,003 0,002 0,002 0,001 0,001 0,001 0,000 Soma 8,828 0,00 0,03 0,46 1,61 3,75 6,81 10,01 12,51 13,94 14,33 13,82 12,55 10,98 9,45 8,06 6,75 5,50 4,40 3,43 2,64 2,01 1,50 1,14 0,87 0,67 0,50 0,38 0,29 0,22 0,16 0,12 0,08 0,05 0,03 0,02 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 Vazão de Vazão do Hidrograma base (m³/s) Res. (m³/s) (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 0,00 1,28 2,31 6,11 14,94 30,44 51,86 75,74 98,13 116,38 129,25 136,37 138,35 136,67 132,70 127,22 120,64 113,35 105,76 98,19 90,93 84,17 77,99 72,35 67,15 62,24 57,58 53,28 49,27 45,46 41,81 38,35 35,07 31,98 29,09 26,42 23,96 21,70 19,62 17,73 16,00 1,05 2,37 3,81 8,77 19,74 38,30 62,92 89,30 113,13 131,76 144,12 149,97 150,38 147,17 141,81 135,02 127,19 118,80 110,24 101,88 93,99 86,73 80,18 74,27 68,87 63,79 59,01 54,62 50,53 46,67 42,98 39,48 36,17 33,06 30,17 27,49 25,02 22,75 20,67 18,78 17,05 163 APÊNDICE B Tabela B.15 - Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro II Tempo (minutos) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 0,00 0,16 0,48 0,99 1,61 2,00 2,11 2,00 1,76 1,44 1,05 0,78 0,59 0,47 0,36 0,27 0,21 0,15 0,12 0,09 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10 20 0,265 2,307 0,042 0,127 0,263 0,427 0,530 0,560 0,530 0,467 0,382 0,279 0,207 0,156 0,125 0,095 0,072 0,056 0,040 0,032 0,024 0,016 0,013 0,011 0,008 0,005 0,005 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,369 1,107 2,284 3,714 4,614 4,868 4,614 4,061 3,322 2,422 1,800 1,361 1,084 0,831 0,623 0,484 0,346 0,277 0,208 0,138 0,115 0,092 0,069 0,046 0,046 0,023 0,023 0,016 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 90 2,187 1,277 0,794 0,597 0,521 0,318 0,273 0,274 0,183 0,091 0,350 1,050 2,165 3,521 4,374 4,615 4,374 3,849 3,149 2,296 1,706 1,290 1,028 0,787 0,591 0,459 0,328 0,262 0,197 0,131 0,109 0,087 0,066 0,044 0,044 0,022 0,022 0,015 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,204 0,613 1,264 2,056 2,554 2,694 2,554 2,247 1,839 1,341 0,996 0,753 0,600 0,460 0,345 0,268 0,192 0,153 0,115 0,077 0,064 0,051 0,038 0,026 0,026 0,013 0,013 0,009 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,127 0,381 0,786 1,278 1,587 1,675 1,587 1,397 1,143 0,833 0,619 0,468 0,373 0,286 0,214 0,167 0,119 0,095 0,071 0,048 0,040 0,032 0,024 0,016 0,016 0,008 0,008 0,006 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,096 0,287 0,591 0,961 1,194 1,260 1,194 1,051 0,860 0,627 0,466 0,352 0,281 0,215 0,161 0,125 0,090 0,072 0,054 0,036 0,030 0,024 0,018 0,012 0,012 0,006 0,006 0,004 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,083 0,250 0,516 0,839 1,042 1,099 1,042 0,917 0,750 0,547 0,406 0,307 0,245 0,188 0,141 0,109 0,078 0,063 0,047 0,031 0,026 0,021 0,016 0,010 0,010 0,005 0,005 0,004 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051 0,153 0,315 0,512 0,636 0,671 0,636 0,560 0,458 0,334 0,248 0,188 0,150 0,115 0,086 0,067 0,048 0,038 0,029 0,019 0,016 0,013 0,010 0,006 0,006 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044 0,131 0,271 0,440 0,547 0,577 0,547 0,481 0,394 0,287 0,213 0,161 0,128 0,098 0,074 0,057 0,041 0,033 0,025 0,016 0,014 0,011 0,008 0,005 0,005 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,000 0,044 0,131 0,271 0,441 0,548 0,578 0,548 0,482 0,394 0,288 0,214 0,162 0,129 0,099 0,074 0,058 0,041 0,033 0,025 0,016 0,014 0,011 0,008 0,005 0,005 0,003 0,003 0,002 0,001 0,000 0,000 0,029 0,088 0,181 0,294 0,366 0,386 0,366 0,322 0,263 0,192 0,143 0,108 0,086 0,066 0,049 0,038 0,027 0,022 0,016 0,011 0,009 0,007 0,005 0,004 0,004 0,002 0,002 0,001 0,001 0,000 0,015 0,044 0,091 0,147 0,183 0,193 0,183 0,161 0,132 0,096 0,071 0,054 0,043 0,033 0,025 0,019 0,014 0,011 0,008 0,005 0,005 0,004 0,003 0,002 0,002 0,001 0,001 0,001 0,000 Soma 9,087 0,00 0,04 0,50 1,72 3,97 7,15 10,44 12,98 14,42 14,77 14,20 12,86 11,23 9,65 8,22 6,88 5,60 4,47 3,49 2,68 2,04 1,53 1,16 0,89 0,68 0,51 0,39 0,29 0,22 0,17 0,12 0,08 0,05 0,04 0,02 0,01 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 Vazão de Vazão do Hidrograma base (m³/s) Res. (m³/s) (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 0,00 1,30 2,42 6,48 15,81 32,05 54,31 78,95 101,91 120,51 133,54 140,65 142,50 140,63 136,44 130,72 123,89 116,35 108,52 100,72 93,24 86,29 79,94 74,15 68,82 63,77 59,00 54,60 50,49 46,59 42,86 39,31 35,95 32,79 29,84 27,10 24,58 22,26 20,13 18,19 16,42 1,05 2,39 3,96 9,25 20,83 40,25 65,80 92,98 117,38 136,33 148,79 154,56 154,78 151,33 145,71 138,65 130,55 121,88 113,06 104,45 96,34 88,87 82,15 76,09 70,54 65,33 60,44 55,94 51,76 47,80 44,03 40,44 37,06 33,87 30,91 28,17 25,64 23,32 21,19 19,24 17,47 164 APÊNDICE B Tabela B.16 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário de pré-urbanização Tempo (minutos) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 430 440 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 0,00 2,31 6,76 13,82 23,42 31,29 35,53 35,94 33,81 29,99 25,07 18,98 14,51 11,35 9,05 7,16 5,55 4,40 3,46 2,69 2,10 1,66 1,31 1,03 0,81 0,64 0,50 0,40 0,33 0,26 0,20 0,14 0,09 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10 20 0,003 1,093 0,006 0,018 0,037 0,062 0,083 0,095 0,096 0,090 0,080 0,067 0,051 0,039 0,030 0,024 0,019 0,015 0,012 0,009 0,007 0,006 0,004 0,003 0,003 0,002 0,002 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,526 7,392 15,112 25,609 34,215 38,851 39,299 36,970 32,793 27,413 20,754 15,866 12,411 9,896 7,829 6,069 4,811 3,783 2,941 2,296 1,815 1,432 1,126 0,886 0,700 0,547 0,437 0,361 0,284 0,219 0,153 0,098 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 78 1,555 1,005 0,649 0,498 0,440 0,272 0,235 0,236 0,158 3,593 10,513 21,493 36,424 48,664 55,258 55,895 52,583 46,642 38,990 29,518 22,567 17,652 14,075 11,136 8,632 6,843 5,381 4,184 3,266 2,582 2,037 1,602 1,260 0,995 0,778 0,622 0,513 0,404 0,311 0,218 0,140 0,062 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,321 6,794 13,889 23,536 31,446 35,707 36,119 33,978 30,139 25,195 19,074 14,582 11,406 9,095 7,196 5,578 4,422 3,477 2,703 2,110 1,668 1,317 1,035 0,814 0,643 0,502 0,402 0,332 0,261 0,201 0,141 0,090 0,040 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,499 4,386 8,966 15,194 20,299 23,050 23,316 21,934 19,456 16,264 12,313 9,413 7,363 5,871 4,645 3,601 2,854 2,245 1,745 1,362 1,077 0,850 0,668 0,525 0,415 0,324 0,259 0,214 0,169 0,130 0,091 0,058 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,150 3,366 6,881 11,662 15,580 17,692 17,896 16,835 14,933 12,483 9,451 7,225 5,652 4,506 3,565 2,764 2,191 1,723 1,339 1,046 0,827 0,652 0,513 0,403 0,319 0,249 0,199 0,164 0,129 0,100 0,070 0,045 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,017 2,978 6,087 10,316 13,782 15,650 15,830 14,892 13,210 11,043 8,360 6,391 4,999 3,986 3,154 2,445 1,938 1,524 1,185 0,925 0,731 0,577 0,454 0,357 0,282 0,220 0,176 0,145 0,115 0,088 0,062 0,040 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,627 1,836 3,753 6,360 8,497 9,648 9,759 9,181 8,144 6,808 5,154 3,940 3,082 2,458 1,944 1,507 1,195 0,940 0,730 0,570 0,451 0,356 0,280 0,220 0,174 0,136 0,109 0,090 0,071 0,054 0,038 0,024 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,542 1,586 3,243 5,496 7,343 8,338 8,435 7,935 7,038 5,884 4,454 3,405 2,664 2,124 1,680 1,302 1,033 0,812 0,631 0,493 0,390 0,307 0,242 0,190 0,150 0,117 0,094 0,077 0,061 0,047 0,033 0,021 0,009 0,000 0,000 0,000 0,546 1,598 3,267 5,536 7,396 8,398 8,495 7,992 7,089 5,926 4,486 3,430 2,683 2,139 1,692 1,312 1,040 0,818 0,636 0,496 0,392 0,310 0,243 0,191 0,151 0,118 0,095 0,078 0,061 0,047 0,033 0,021 0,009 0,000 0,000 0,366 1,071 2,190 3,712 4,959 5,631 5,696 5,358 4,753 3,973 3,008 2,299 1,799 1,434 1,135 0,880 0,697 0,548 0,426 0,333 0,263 0,208 0,163 0,128 0,101 0,079 0,063 0,052 0,041 0,032 0,022 0,014 0,006 0,000 120 Soma 0,079 6,224 0,184 0,537 1,099 1,862 2,488 2,825 2,857 2,688 2,384 1,993 1,509 1,154 0,902 0,719 0,569 0,441 0,350 0,275 0,214 0,167 0,132 0,104 0,082 0,064 0,051 0,040 0,032 0,026 0,021 0,016 0,011 0,007 0,003 0,01 2,54 11,02 28,01 55,48 90,16 124,50 151,77 169,08 176,39 174,44 163,92 147,99 130,47 112,99 95,92 79,62 64,90 52,12 41,23 32,29 25,23 19,81 15,59 12,25 9,63 7,57 5,95 4,70 3,73 2,95 2,31 1,77 1,32 0,93 0,63 0,43 0,29 0,19 0,12 0,07 0,03 0,01 0,00 Vazão de Hidrograma base (m³/s) (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06 3,59 12,07 29,06 56,53 91,21 125,55 152,82 170,13 177,44 175,49 164,97 149,04 131,52 114,04 96,97 80,67 65,95 53,17 42,28 33,34 26,28 20,86 16,64 13,30 10,68 8,62 7,00 5,75 4,78 4,00 3,36 2,82 2,37 1,98 1,68 1,48 1,34 1,24 1,17 1,12 1,08 1,06 1,05 165 APÊNDICE B Tabela B.17 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário atual Tempo (minutos) 10 20 0,089 1,754 0,236 0,695 1,423 2,369 3,072 3,343 3,330 2,997 2,582 2,007 1,485 1,143 0,892 0,699 0,540 0,419 0,325 0,251 0,192 0,150 0,117 0,090 0,070 0,054 0,043 0,034 0,027 0,021 0,015 0,010 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 4,667 13,772 28,194 46,931 60,844 66,230 65,967 59,370 51,142 39,755 29,422 22,650 17,667 13,842 10,702 8,298 6,439 4,965 3,807 2,965 2,316 1,790 1,386 1,070 0,842 0,667 0,544 0,421 0,298 0,193 0,088 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 85 1,935 1,174 0,740 0,561 0,492 0,302 0,260 0,261 0,174 0,087 5,148 15,193 31,102 51,773 67,121 73,062 72,772 65,495 56,418 43,857 32,457 24,986 19,490 15,271 11,806 9,155 7,103 5,477 4,200 3,271 2,555 1,974 1,529 1,181 0,929 0,735 0,600 0,465 0,329 0,213 0,097 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 3,124 9,219 18,873 31,415 40,728 44,334 44,158 39,742 34,234 26,612 19,695 15,162 11,826 9,266 7,164 5,555 4,310 3,324 2,548 1,985 1,550 1,198 0,928 0,716 0,564 0,446 0,364 0,282 0,200 0,129 0,059 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,969 5,812 11,898 19,805 25,676 27,948 27,837 25,054 21,581 16,776 12,416 9,558 7,455 5,841 4,516 3,502 2,717 2,095 1,607 1,251 0,977 0,755 0,585 0,452 0,355 0,281 0,230 0,178 0,126 0,081 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,493 4,405 9,017 15,010 19,459 21,182 21,098 18,988 16,356 12,715 9,410 7,244 5,650 4,427 3,423 2,654 2,059 1,588 1,218 0,948 0,741 0,572 0,443 0,342 0,269 0,213 0,174 0,135 0,095 0,062 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,309 3,862 7,907 13,162 17,063 18,574 18,500 16,650 14,342 11,149 8,251 6,352 4,955 3,882 3,001 2,327 1,806 1,392 1,068 0,832 0,649 0,502 0,389 0,300 0,236 0,187 0,153 0,118 0,084 0,054 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,802 2,367 4,846 8,066 10,457 11,383 11,338 10,204 8,790 6,833 5,057 3,893 3,037 2,379 1,839 1,426 1,107 0,853 0,654 0,510 0,398 0,308 0,238 0,184 0,145 0,115 0,093 0,072 0,051 0,033 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,691 2,038 4,172 6,944 9,003 9,800 9,761 8,785 7,567 5,883 4,354 3,351 2,614 2,048 1,584 1,228 0,953 0,735 0,563 0,439 0,343 0,265 0,205 0,158 0,125 0,099 0,080 0,062 0,044 0,029 0,013 0,000 0,000 0,000 0,693 2,046 4,188 6,971 9,037 9,837 9,798 8,818 7,596 5,905 4,370 3,364 2,624 2,056 1,590 1,233 0,956 0,737 0,565 0,440 0,344 0,266 0,206 0,159 0,125 0,099 0,081 0,063 0,044 0,029 0,013 0,000 0,000 0,464 1,368 2,800 4,661 6,043 6,578 6,552 5,897 5,079 3,948 2,922 2,250 1,755 1,375 1,063 0,824 0,639 0,493 0,378 0,294 0,230 0,178 0,138 0,106 0,084 0,066 0,054 0,042 0,030 0,019 0,009 0,000 0,232 0,685 1,403 2,335 3,027 3,295 3,282 2,953 2,544 1,978 1,464 1,127 0,879 0,689 0,532 0,413 0,320 0,247 0,189 0,147 0,115 0,089 0,069 0,053 0,042 0,033 0,027 0,021 0,015 0,010 0,004 Soma 7,830 0,00 0,24 5,36 20,34 48,88 92,29 142,14 185,71 216,24 230,71 230,95 218,23 196,57 172,52 149,07 126,69 105,31 85,71 68,57 53,90 41,80 32,24 24,93 19,35 15,00 11,62 9,01 7,01 5,48 4,28 3,32 2,52 1,84 1,26 0,85 0,57 0,38 0,25 0,16 0,09 0,05 0,02 0,00 Vazão de Hidrograma base (m³/s) (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,29 6,41 21,39 49,93 93,34 143,19 186,76 217,29 231,76 232,00 219,28 197,62 173,57 150,12 127,74 106,36 86,76 69,62 54,95 42,85 33,29 25,98 20,40 16,05 12,67 10,06 8,06 6,53 5,33 4,37 3,57 2,89 2,31 1,90 1,62 1,43 1,30 1,21 1,14 1,10 1,07 1,05 166 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 0,00 2,66 7,85 16,07 26,75 34,68 37,75 37,60 33,84 29,15 22,66 16,77 12,91 10,07 7,89 6,10 4,73 3,67 2,83 2,17 1,69 1,32 1,02 0,79 0,61 0,48 0,38 0,31 0,24 0,17 0,11 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 APÊNDICE B Tabela B.18 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro I Tempo (minutos) 10 20 0,218 2,192 0,671 2,005 4,100 6,693 8,308 8,751 8,327 7,314 5,979 4,347 3,259 2,468 1,933 1,475 1,121 0,856 0,649 0,487 0,376 0,288 0,221 0,168 0,127 0,098 0,079 0,061 0,044 0,031 0,015 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 6,729 20,122 41,142 67,160 83,358 87,808 83,556 73,385 59,993 43,619 32,703 24,769 19,398 14,795 11,245 8,592 6,510 4,888 3,770 2,893 2,214 1,688 1,271 0,986 0,789 0,614 0,438 0,307 0,153 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 89 2,139 1,258 0,784 0,591 0,516 0,315 0,271 0,272 0,181 0,091 6,568 19,640 40,158 65,553 81,364 85,707 81,556 71,629 58,557 42,575 31,921 24,176 18,934 14,441 10,975 8,387 6,354 4,771 3,680 2,824 2,161 1,647 1,241 0,963 0,770 0,599 0,428 0,300 0,150 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 3,862 11,550 23,615 38,549 47,846 50,400 47,960 42,122 34,435 25,037 18,771 14,217 11,134 8,492 6,454 4,932 3,737 2,806 2,164 1,661 1,271 0,969 0,730 0,566 0,453 0,352 0,252 0,176 0,088 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,407 7,198 14,717 24,023 29,817 31,409 29,888 26,250 21,459 15,603 11,698 8,860 6,939 5,292 4,022 3,073 2,329 1,748 1,349 1,035 0,792 0,604 0,455 0,353 0,282 0,220 0,157 0,110 0,055 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,813 5,422 11,086 18,097 22,462 23,661 22,515 19,775 16,166 11,754 8,812 6,674 5,227 3,987 3,030 2,315 1,754 1,317 1,016 0,780 0,597 0,455 0,343 0,266 0,213 0,165 0,118 0,083 0,041 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,583 4,735 9,681 15,803 19,615 20,662 19,661 17,268 14,117 10,264 7,695 5,828 4,565 3,481 2,646 2,022 1,532 1,150 0,887 0,681 0,521 0,397 0,299 0,232 0,186 0,144 0,103 0,072 0,036 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,968 2,894 0,832 5,917 2,487 0,834 9,658 5,085 2,492 11,988 8,300 5,096 12,628 10,302 8,319 12,016 10,852 10,325 10,554 10,326 10,876 8,628 9,070 10,350 6,273 7,414 9,090 4,703 5,391 7,431 3,562 4,042 5,403 2,790 3,061 4,051 2,128 2,397 3,068 1,617 1,829 2,403 1,236 1,390 1,833 0,936 1,062 1,393 0,703 0,805 1,064 0,542 0,604 0,806 0,416 0,466 0,605 0,318 0,358 0,467 0,243 0,274 0,358 0,183 0,209 0,274 0,142 0,157 0,209 0,113 0,122 0,157 0,088 0,098 0,122 0,063 0,076 0,098 0,044 0,054 0,076 0,022 0,038 0,054 0,001 0,019 0,038 0,000 0,001 0,019 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,557 1,665 3,403 5,556 6,896 7,264 6,912 6,071 4,963 3,608 2,705 2,049 1,605 1,224 0,930 0,711 0,539 0,404 0,312 0,239 0,183 0,140 0,105 0,082 0,065 0,051 0,036 0,025 0,013 0,001 0,000 0,279 0,833 1,703 2,781 3,451 3,636 3,459 3,038 2,484 1,806 1,354 1,025 0,803 0,613 0,466 0,356 0,270 0,202 0,156 0,120 0,092 0,070 0,053 0,041 0,033 0,025 0,018 0,013 0,006 0,000 Soma 8,828 0,00 0,67 8,73 30,79 71,34 129,58 190,29 237,77 265,23 272,64 262,84 238,51 208,94 180,04 153,31 128,07 104,37 83,34 65,24 50,13 38,14 28,99 22,15 16,92 12,91 9,85 7,55 5,81 4,43 3,34 2,43 1,65 1,09 0,73 0,49 0,32 0,20 0,12 0,06 0,03 0,01 0,00 Vazão de Hidrograma base (m³/s) (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,72 9,78 31,84 72,39 130,63 191,34 238,82 266,28 273,69 263,89 239,56 209,99 181,09 154,36 129,12 105,42 84,39 66,29 51,18 39,19 30,04 23,20 17,97 13,96 10,90 8,60 6,86 5,48 4,39 3,48 2,70 2,14 1,78 1,54 1,37 1,25 1,17 1,11 1,08 1,06 1,05 167 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 0,00 3,07 9,18 18,77 30,64 38,03 40,06 38,12 33,48 27,37 19,90 14,92 11,30 8,85 6,75 5,13 3,92 2,97 2,23 1,72 1,32 1,01 0,77 0,58 0,45 0,36 0,28 0,20 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 APÊNDICE B Tabela B.19 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro II Tempo (minutos) 10 20 0,265 2,307 0,814 2,435 4,979 8,127 10,087 10,626 10,111 8,880 7,260 5,278 3,957 2,997 2,347 1,790 1,361 1,040 0,788 0,592 0,456 0,350 0,268 0,204 0,154 0,119 0,095 0,074 0,053 0,037 0,019 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 7,083 21,179 43,305 70,690 87,740 92,423 87,947 77,242 63,146 45,912 34,422 26,070 20,418 15,573 11,836 9,044 6,852 5,145 3,968 3,045 2,330 1,776 1,338 1,038 0,831 0,646 0,461 0,323 0,161 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN = 89 2,187 1,277 0,794 0,597 0,521 0,318 0,273 0,274 0,183 0,091 6,714 20,077 41,051 67,012 83,174 87,614 83,371 73,223 59,860 43,523 32,631 24,714 19,356 14,763 11,220 8,573 6,496 4,877 3,762 2,887 2,209 1,684 1,268 0,984 0,787 0,612 0,437 0,306 0,153 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 3,920 11,721 23,966 39,122 48,557 51,149 48,672 42,748 34,947 25,409 19,050 14,428 11,300 8,619 6,550 5,005 3,792 2,847 2,196 1,685 1,290 0,983 0,741 0,575 0,460 0,358 0,255 0,179 0,089 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 2,436 7,286 14,896 24,317 30,182 31,793 30,253 26,571 21,722 15,793 11,841 8,968 7,024 5,357 4,071 3,111 2,357 1,770 1,365 1,048 0,802 0,611 0,460 0,357 0,286 0,222 0,159 0,111 0,056 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,833 5,481 11,207 18,294 22,706 23,918 22,760 19,989 16,341 11,881 8,908 6,747 5,284 4,030 3,063 2,340 1,773 1,331 1,027 0,788 0,603 0,460 0,346 0,269 0,215 0,167 0,119 0,084 0,042 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 1,599 4,782 9,777 15,960 19,810 20,867 19,857 17,440 14,257 10,366 7,772 5,886 4,610 3,516 2,672 2,042 1,547 1,162 0,896 0,688 0,526 0,401 0,302 0,234 0,188 0,146 0,104 0,073 0,036 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,977 2,921 0,839 5,972 2,509 0,841 9,748 5,130 2,514 12,100 8,374 5,140 12,745 10,394 8,390 12,128 10,949 10,414 10,652 10,419 10,969 8,708 9,150 10,438 6,331 7,480 9,168 4,747 5,439 7,495 3,595 4,078 5,449 2,816 3,088 4,085 2,148 2,419 3,094 1,632 1,845 2,423 1,247 1,402 1,848 0,945 1,071 1,405 0,709 0,812 1,073 0,547 0,609 0,813 0,420 0,470 0,611 0,321 0,361 0,471 0,245 0,276 0,361 0,185 0,210 0,277 0,143 0,159 0,211 0,115 0,123 0,159 0,089 0,098 0,123 0,064 0,077 0,099 0,045 0,055 0,077 0,022 0,038 0,055 0,001 0,019 0,038 0,000 0,001 0,019 0,000 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,561 1,678 3,432 5,602 6,953 7,324 6,969 6,121 5,004 3,638 2,728 2,066 1,618 1,234 0,938 0,717 0,543 0,408 0,314 0,241 0,185 0,141 0,106 0,082 0,066 0,051 0,037 0,026 0,013 0,001 0,000 0,281 0,840 1,717 2,803 3,479 3,665 3,488 3,063 2,504 1,821 1,365 1,034 0,810 0,618 0,469 0,359 0,272 0,204 0,157 0,121 0,092 0,070 0,053 0,041 0,033 0,026 0,018 0,013 0,006 0,000 Soma 9,087 0,00 0,81 9,52 32,87 75,43 135,99 198,46 246,81 274,28 281,03 270,10 244,41 213,66 183,83 156,36 130,49 106,28 84,83 66,38 51,00 38,81 29,50 22,53 17,22 13,13 10,02 7,69 5,91 4,51 3,39 2,47 1,67 1,10 0,74 0,49 0,32 0,20 0,12 0,06 0,03 0,01 0,00 Vazão de Hidrograma base (m³/s) (m³/s) 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,86 10,57 33,92 76,48 137,04 199,51 247,86 275,33 282,08 271,15 245,46 214,71 184,88 157,41 131,54 107,33 85,88 67,43 52,05 39,86 30,55 23,58 18,27 14,18 11,07 8,74 6,96 5,56 4,44 3,52 2,72 2,15 1,79 1,54 1,37 1,25 1,17 1,11 1,08 1,06 1,05 168 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 Hidrograma unitário (m³/s/cm) 0,00 3,07 9,18 18,77 30,64 38,03 40,06 38,12 33,48 27,37 19,90 14,92 11,30 8,85 6,75 5,13 3,92 2,97 2,23 1,72 1,32 1,01 0,77 0,58 0,45 0,36 0,28 0,20 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 APÊNDICE C APÊNDICE C Parâmetros hidrológicos da bacia 173 APÊNDICE C 174 Se qüência de cálc ulo pa ra de te rmi nação da i nte ns i dade de chuva Os dados de precipitação máxima diária, Tabela 3.7 foram colocados em ordem decrescente, e calculou-se a probabilidade acumulada e o período de retorno conforme a tabela (C.1). Tabela C.1 – Cálculo do período de retorno do Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá e Estação de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia Ordem "m" Precipitação máxima diária anual em ordem decrescente (mm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 147 126,8 114,6 111,4 100,7 98,2 94,4 92,5 88,2 88 83,6 79,4 76,4 74,2 69 68,1 66,5 66,4 52,3 Probabilidade acumulada p = m/(n+1) n = 19 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650 0,700 0,750 0,800 0,850 0,900 0,950 Período de retorno T = 1/p (anos) 20,00 10,00 6,67 5,00 4,00 3,33 2,86 2,50 2,22 2,00 1,82 1,67 1,54 1,43 1,33 1,25 1,18 1,11 1,05 Para analisar as maiores precipitações para fins de projeto hidráulicos, utilizou-se distribuição de Gumbel, que tem como parâmetros: β = 60 , 5 S / π α = (µ − 0,577 .β ) sendo S = desvio padrão = 23,47 mm e µ = média = 89,35 mm acha-se os parâmetros α e β. α = 78,80 β = 18,30 APÊNDICE C 175 Na distribuição de Gumbel, a precipitação de um dia é obtida pela relação: P (1dia ; T ) − α = ln(ln( 1 / F ( P (dia ; T ))) β Sendo: P – altura pluviométrica; T = período de retorno; ln = logaritmo neperiano; F – freqüência. Como os valores de α e β são constantes, pode-se calcular os valores de P(1 dia, T) para período de retorno de 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, e 100 anos, apresentados na tabela (C.2) Tabela C.2 – Determinação das precipitações máximas de 1 dia usando Gumbel Variáveis Beta (β ) Alfa ( α) Período de retorno T F (1 dia;T) P(1 dia;T) (mm) Valores obtidos usando variação de Gummbel 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80 2 5 10 15 20 25 50 0,5 0,8 0,9 0,9333 0,95 0,96 0,98 85,51 106,25 119,98 127,73 133,15 137,33 150,21 18,30 78,80 100 0,99 162,98 Como existe relação de qualquer chuva com a chuva de 1 (um) dia, pode se encontrar a altura pluviométrica para outros valores de duração. As relações utilizadas para determinação dos outros valores de duração da precipitação foram as encontradas para a cidade de São Paulo por Magni apud Tomaz (2002), apresentada na tabela (C.3). As precipitações encontradas estão apresentadas na Tabela 3.8. APÊNDICE C 176 Tabela C.3 - Comparação entre as relações de alturas pluviométricas da cidade de São Paulo e dados médios existentes Cidade de São Paulo Média t2 (min) 30 30 60 1440 (24h) t1 (min) Nelson Luiz Goi Magni (1984) 5 (DNOS) Estados Unidos USW. Bureau Denver Nelson Luiz Goi Magni (1984) 0,34 0,37 0,42 10 0,51 0,54 0,57 0,63 0,532 15 0,67 0,70 0,72 0,75 0,693 20 0,80 0,81 0,84 0,817 25 0,91 0,91 0,92 0,918 10 0,38 0,40 0,45 0,408 15 0,50 0,52 0,57 0,532 30 0,74 0,74 0,79 0,768 120 1,22 1,27 1,25 1,119 60 0,51 0,42 0,573 360 (6h) 0,78 0,72 0,780 480 (8h) 0,82 0,78 0,821 600 (10h) 0,85 0,82 0,855 720 (12h) 0,88 0,85 0,883 1,14 São paulo 1,10 Taborga (1974) 24 h 1 dia 0,961 São Paulo Magani (1984) 1,13 USWB Fonte: adaptado de Magni apud Tomaz (2002) Equação de chuvas Para estabelecer a relação analítica, denominada equação de chuva, foi utilizado método gráfico, onde num diagrama bilogarítmico, com as durações na abscissa e intensidades na ordenada, dados da Tabela 3.9, obteve-se uma família de curva, sendo cada uma representante de um período de retorno, apresentadas na figura (C.1). APÊNDICE C 177 Intensidade da chuva, em mm/minutos 10,00 2 anos 5 anos 10 anos 15 anos 1,00 20 anos 25 anos 50 anos 100 anos 0,10 1 10 100 1000 Duração da chuva, em minutos Figura C.1 – Curvas intensidade-duração Como o diagrama obtido é bilogarítmico, se as linhas se apresentassem retas, cada uma delas corresponderia a uma equação da forma geral: log i = log A + b.log t (C.1) Onde i é a intensidade em mm/minutos; t é a duração da chuva em minutos; b é a tangente do ângulo de inclinação da reta; A é o intercepto, ou ordenada correspondente à duração de um minuto. Mas como as curvas obtidas não apresentam uma reta, há necessidade de uma correção, no termo referente à duração, sendo assim, a Equação (C.1) teria a forma geral seguinte: log i = log A + b.log ( t + c ) (C.2) Determinação das constantes “c ” e “b” da equação de chuvas A curva intensidade-duração empregada para determinação da constante c foi a para o período de 5 anos. Onde foram escolhidos dois pontos próximos às suas extremidades, cujas coordenadas são, respectivamente, (i1 , t1 ) e (i2 , t2). Tendo para estes pontos, segundo equação geral apresentada em Hidrologia: APÊNDICE C i1 = A (C. 3) (t1 + c ) c i2 = 178 A (t 2 + c )c (C.4) Foi considerado um terceiro ponto (i3 , t3 ) da mesma curva, de tal modo que se tivesse a relação: i 3 = i1 .i 2 (C.5) Obtendo-se, portanto: A (t 3 + c ) c = A . A (t1 + c ) (t 2 + c )c c (C.6) Elevando-se os dois membros ao quadrado e resolvendo para c, tem ao final: c= t 23 − t 1 .t 2 t 1 + t 2 − 2t 3 (C.7) Os dois pontos extremos escolhidos foram (5; 3,49) e (120; 0,65), substituindo estes na Equação (C.5), obteve-se o valor de 1,51 mm/ minutos, e para este valor :lê-se na curva provisória t igual a 36,25 minutos. E substituindo os esses valores na Equação (C.7), o valor da constante c encontrado é de 13,60. Foi adotado o valor de 14 para a constante c. Para verificar se o valor de c encontrado é satisfatório, os pontos da curva provisória foram deslocados horizontalmente, acrescentado a cada duração (t) a correção c, devendo, portanto os pontos deslocados cair aproximadamente sobre uma reta. A Figura (C.2) apresenta os resultados. A inclinação da reta traçada representa o valor de “b” da equação de chuvas, para este fim, determinou-se o valor da tangente do ângulo de inclinação desta reta, que é de 0,825. APÊNDICE C 179 Intensidade da chuva, em mm/minutos 100,00 5 anos 10,00 Pontos deslocados Curva corrigida 1,00 0,10 1 10 100 1000 Duração da chuva, em minutos Figura C.2 – Curva corrigida Determinação da constante “a” e “d” da equação de chuvas Segundo Villela e Mattos (1975), hidrologistas procuram relacionar A, das equações (C.3) e (C.4), com o período de retorno TR, por meio de equação do tipo: A = aT Rd (C.8) Onde a e d são parâmetros da equação. Com isto a equação de intensidade-duração e freqüência, dita equação de chuvas, na sua expressão geral torna-se: i= aT Rd (C.9) (t + c )b A expressão A = a.TRd sob forma logarítmica tem o seguinte aspecto: log A = log a + d.log T r (C.10) Como já foram definidos os valores para os parâmetros “c” e “b”, pode-se obter os valores de A, rearranjando a equação (C.9), resultando: A = i( t + c ) b (C.11) APÊNDICE C 180 Usando-se o valor de t igual a 10 minutos, para diferentes períodos de retorno, obteve-se os valores de A, apresentados na tabela (2.6). Tabela C.4 – Determinação do valor de A t c t +c b TR i A 10 10 10 10 10 10 10 10 14 14 14 14 14 14 14 14 24 24 24 24 24 24 24 24 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 0,825 2 5 10 15 20 25 50 100 2,20 2,73 3,09 3,28 3,42 3,53 3,86 4,19 31,43 39,06 44,11 46,96 48,95 50,49 55,22 59,91 Num diagrama bilogarítmico, com TR na abscissa e A na ordenada, foi traçada a reta cuja sua inclinação determina o valor da constante “d” e o valor de interceptação desta com a ordenada fornece o valor da constante “a”. A figura (C.3) apresenta o diagrama. Valor de A 100,00 10,00 1,00 1 10 100 1000 Tempo de retorno, em anos. . Figura C.3 – Determinação das constantes “a” e “d” O valor da constante “a” encontrada no diagrama é de 28,97, e o valor da constante “d”, que é a inclinação da reta é dada pela expressão: d= log 60,97 − log 28,97 = 0,159 log 105,98 − log 1 A equação de chuvas do município de Uberlândia-MG para durações menores ou iguais a 120 minutos é a apresentada abaixo: APÊNDICE C i= 28,97TR0,159 (t + 14)0,825 181 (C.12) Onde i é a intensidade de chuva em mm/minutos, TR é o período de retorno em anos, e t é a duração da chuva em minutos. APÊNDICE C Ta belas uti li zadas no cálc ulo de CN Tabela C.5 - Grupo de solos e características do solo Grupo de solo A B C Características do solo solos arenosos com baixo teor de argila tota, inferior a 8%, naõ havendo rocha nem camada argilosas e nem mesmo densifica até a profundidade de 1,5 . O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1 % (PORTO, 1979 e 1995) Solos que produzem baixo escoamento superficial e alta infiltração. Solos arenosos profundos com pouco silte e argila (TUCCIet all, 1993) solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas, esse limite pode subir a 20% graça à maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente, a 1,2 e 1,5 %. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5 m, mas é, quase sempre, presente camada mais densificada que a camada superfical (PORTO, 1979 e 1995) Solos menos permeáveis do que o anterior, solos arenosos menos profundo do que o tipo A e com permeabilidade superior à média (TUCCI et all. 1993) solos barrentos com teor total de argila de 20% a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundiadade 1,2 m. No caso de terras roxas, esses dois limites máximos podem se de 40% e 1,5 . Nota-se a cerca de 60 cm de profundidade, camada mais densificada que o Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade (PORTO, 1979 e 1995) Solos que geram escoamento superficial acima da média e com capaciadade de infitração abaixo da mpeda, contendo percentagaem considerável de argila e pouco profundo (TUCCI et all, 1993) Solos argilosos (30% a 40% de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50 cm de profundidade. Ou solos arenosos como do gurpo B, mas com camada argilosa quase impermeável ou horizonte de seixos rolados (PORTO, 1979 e 1995) D Solos contendo argilas expansivas e pouco profundos com muito baixa capaciade de infiltração, gerando a maior proporção de escoamento superficial (TUCCI et all, 1993) Fonte: (Porto, Setzer 1979) e (Porto, 1995) e (Tucci et all, 1993) apud Tomaz, 2002 Tabela C.6- Capacidade mínima de infiltração conforme o grupo do solo Grupo de solo A B C D Capaciade mímina de infiltração (mm/h) 7,62 a 11,43 3,81 a 7,62 1,27 a 3,81 0 a 1,27 Fonte: MacCuen apud Tomaz (2002) 182 APÊNDICE C 183 Tabela C.7 - Valores de CN para bacias urbanas e suburbanas Zonas cultivadas: sem conservação do solo Zonas cultivadas: com conservação do solo Pastagens ou terrenos em más condições A 72 62 68 Grupo do solos B C 81 88 71 78 79 86 D 91 81 89 Baldios em boas condições Prados em boas condições 39 30 61 58 74 71 80 78 Bosques ou zonas com cobertura ruim Florestais: cobertura boa 45 25 66 55 77 70 83 77 Espaços abertos, relvados, parques, campos de golfes, cemitérios, boas condições Com relva em mais de 75% da área 39 61 74 Com relva de 50% a 75% da área 49 69 79 80 84 Zonas comerciais e de escritórios 89 92 94 95 Zonas industriais 81 88 91 93 % média de impermeável 65 38 30 25 20 77 61 57 54 51 85 75 72 70 68 90 83 81 80 79 92 87 86 85 84 Parques de estaconamentos, telhados, viadutos, etc 98 98 98 98 Arruamentos e estradas Asfaltamento e com drenagem de água pluviais Paralelepípedos Terra 98 76 72 98 85 82 98 89 87 98 91 89 Utilização ou cobertura do solo Zonas residendias Lotes de (m2) < 500 1000 1300 2000 4000 Fonte: Tucci et al. apud Tomaz (2002) APÊNDICE D APÊNDICE D Figuras 184 APÊNDICE D Galeria Figura D.3 – Sistema de drenagem do Loteamento I 183