Ano XIV - Janeiro-Fevereiro / 2011 - nº 85 Órgão Informativo do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal - N° 85 CURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICUR PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU CURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICUR MEDICINA DO ESPORTE CURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICUR CURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICUR SO CURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS FISICURSOS SUCES TO! 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Sem dúvida, uma vasta imensidão de cognitivos, que apaixona por expressar todo o sentimento que queremos externar. Isto é tão maravilhoso que somente ela reservou aos seus usuários uma palavra para representar um dos sentimentos mais intensos e importantes que podemos ter: a SAUDADE. Os habitantes de toda a parte do mundo sentem saudade de alguém, de algum lugar ou de algum momento especial, mas não conseguem, por uma palavra, verbalizar estes sentimento tão bem quanto nós, que falamos o português. E não para por aí, temos à nossa disposição um idioma capaz de brincar com nuances para exprimir situações que, ao pé da letra, poderiam ter diferentes intensidades. Vejamos, por exemplo, o comportamento de boa parte dos políticos antes e durante as eleições. Na fase pré-pleito, são capazes de promover um vale-tudo pelo voto dos cidadãos, prometendo de tudo para todos, sem medida ou distinção. Após eleitos, não conseguem ou, em alguns casos, não desejam ver suas promessas convertidas em compromisso ou realidade. Enfim, fazer esse vale-tudo se tornar algo que vale muito para a população. Nesse caso relatado, TUDO acaba expressando menos que MUITO. Ou seja, a totalidade se tornou menor que a parte do todo. Erro de português? Seguramente não. Equívoco sim daqueles que foram eleitos, e simplesmente esqueceram os compromissos assumidos perante os eleitores. Em tal questão, a língua portuguesa está aí para ajudar a fiscalizar e adjetivar a conduta da classe política para com os cidadãos, enquadrando de maneira explícita os que estão no vale-tudo, dos que valem muito. A capital do país, pela ótica do setor da saúde, está prestes a fazer esta prova. É sabido não só pelos que aqui moram, mas por brasileiros de todo o país, que o sistema público de saúde da cidade foi sucateado e precisa urgentemente de resgate. Para isso, as entidades médicas – ainda durante o pleito eleitoral – elaboraram documento entitulado Carta de Brasília, propondo medidas para que isso venha a ocorrer. Esta carta foi, na ocasião, assinada pelo então candidato Agnelo Queiroz e incorporada a seu programa de governo. Agora, como médico e governador eleito com ampla vantagem dos votos da população, o governador do DF tem a oportunidade de tirar do papel tais compromissos e gravar seu nome na história da cidade. Ele tem a chance, como o gestor executivo, de devolver a saúde de Brasília ao lugar de destaque positivo já ocupado na vida das pessoas que conviveram com um sistema exemplar e de qualidade praticado anos atrás. Talvez seja o instante em que deixaremos de ter saudade de algo que fora bom no passado, por outro muito mais moderno, inclusivo e resolutivo. Porém, tudo é uma decisão de quem está no poder, de transformar palavras ditas e escritas, em projetos concretos e verdades. Neste cômpito, está o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal à disposição para que propostas pactuadas sejam convertidas em fatos e, esses, em benefícios por uma Medicina melhor. Nossa cidade precisa e merece que a Saúde Pública seja convertida em realidade, de fato e de direito. Afinal, ela vale muito para quem trabalha nela ou quem necessita dela. R e v i s t a M é d i c o 3 S u m á r i o Entrevista Rafael Barbosa Secretário de Saúde do DF Presidente Dr. Marcos Gutemberg Fialho da Costa Vice Presidente Dr. Gustavo de Arantes Pereira Secretário Geral Dr. Emmanuel Cícero Dias Cardoso 2º Secretário Dr. Jomar Amorim Fernandes Tesoureiro Dr. Gil Fábio de Oliveira Freitas 2º Tesoureiro Dr. Olavo Gonçalves Diniz Diretor Jurídico Dr. Antônio José Francisco P. dos Santos Diretor de Inativos Dr. José Antônio Ribeiro Filho Diretora de Ação Social Drª. Olga Messias Alves de Oliveira Diretora de Relações Intersindicais Drª. R aquel Carvalho de Almeida Diretor de Assuntos Acadêmicos Dr. Lineu da Costa Araújo Filho Diretora de Imprensa e Divulgação Drª. Adriana Domingues Graziano Diretor Cultural Drª. Lilian Suzany Pereira Lauton Diretores Adjuntos Dr. Antônio Evanildo Alves, Dr. Antônio Geraldo da Silva, Dr. Baelon Pereira A lves, Dr. Cantídio Lima Vieira, Dr. Cezar de Alencar Novais Neves, Dr. Eloadir David Galvão, Dr. Flávio Hayato Ejima, Dr. Maurício Cotrim do Nascimento, (Licenciado), Dr. Tiago Sousa Neiva, Dr. Vicente de Paulo Silva de Assis Conselho Fiscal Dr. Carlos Fernando da Silva, Dr. Fernando Américo Rozzante de Castro, Dr. Francisco da Silva Leal Júnior, Dr. Gustavo Carvalho Diniz, Dr. Regis Sales de Azevedo Conselho Editorial Drª. Adriana Graziano, Dr. Gil Fábio Freitas, Dr. Gustavo Arantes, Dr. Gutemberg Fialho, Drª. R aquel Almeida Editor Executivo Alexandre Bandeira - RP: DF 01679 JP Jornalista Alessandro Mendes - MTb 2571/DF Diagramação e Capa Pedro Henrique Corrêa Sarmento Fotos Gustavo Lima e Azimute Projeto Gráfico e Editoração Strattegia Consulting Anúncios +55 (61) 3447 - 9000 Gráfica Athalaia SindMédico/DF Centro Clínico Metrópolis SGAS 607, Cobertura 01, Cep: 70.200 - 670 Tel.: (61) 3244 - 1998 Fax.: (61) 3244 - 7772 [email protected] www.sindmedico.com.br Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. Fórum Novo cenário legislativo Jurídico Ações coletivas Capa 10 A hora da carta Aconteceu 12 14 Fórum nacional de entidades médicas Regionais 18 UPA de Samambaia Vida Médica Médicos Nadadores Especial 20 Sindicais 24 IPREV Revisão de contracheques 5 Artigos 26 21 Opinião - 5 Estratégia - 21 Vinhos - 28 Literárias - 30 4 6 8 28 30 O p i n i ã o A RESOLUÇÃO 317 DO CRM-DF E OS MÉDICOS Gutemberg Fialho Presidente do SindMédico-DF A Torre de Babel das negociações dos honorários médicos levou nossa classe médica à esdrúxula situação de não ser o agente ativo na negociação de seus serviços, que é o ato/procedimento médico. Esse espaço foi ocupado por terceiros, que arbitram valores segundo os seus interesses, negociando bem os seus serviços e negociando mal os honorários do profissional. Chega-se à situação em que determinados procedimentos cirúrgicos valem menos do que uma consulta, apesar da complexidade do ato, e das responsabilidades e riscos inerentes. Mais do que isso, uma consulta médica ser inferior aos serviços de um flanelinha. Em resumo, enquanto os empresários da saúde estão cada vez mais ricos, os médicos estão cada vez mais pobres, tendo o seu trabalho negociado ilegitimamente. Com os baixos honorários médicos, a população que migra para o sistema suplementar privado está cada vez mais desassistida, pois os planos de saúde não têm rede credenciada suficiente para atendê-los, em decorrência dos baixos honorários e da escassez de mão de obra. Assim, a via crucis para se marcar uma consulta é a regra de agora. R e v i s t a M é d i c o Importante frisar que não é obrigação dos médicos prover assistência à saúde da população gratuitamente ou por honorários vis. Ela é dever do Estado. O médico precisa e deve ser bem remunerado e a população assistida dignamente. A Resolução 317/2010 do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) veio trazer normalidade a esse cenário, quando disciplina que os hospitais não podem negociar, receber ou repassar os honorários médicos. É o óbvio, hospital negocia a parte de infraestrutura, como hotelaria, medicamentos, materiais etc; e não honorários médicos. Por sua vez, este sofre chantagem dos planos de saúde quando estabelecem negociação, sendo lhe impostos baixos honorários, para o fechamento do contrato. E aí o hospital, ilegitimamente, sem consultar e sem autorização do seu corpo clínico, cede às chantagens dos convênios. Esse novo cenário impõe períodos de adaptação e acomodação, com os médicos negociando diretamente com os planos de saúde ou por meio de suas associações representativas. Outro aspecto importante da norma definida pelo CRM-DF é a adoção da Classificação Brasileira de Honorários Médicos – CBHPM, como parâmetro mínimo para a negociação dos valores pagos ao colega. Não podemos esquecer que a CBHPM é referência para acomodação coletiva (enfermaria). Como a resolução aboliu os honorários diferenciados em função da acomodação (não há mais honorários de enfermaria), os honorários mínimos são os valores da tabela CBHPM vezes dois. Os planos de saúde que não se adequarem à resolução poderão ter seus registros caçados e serem impedidos de operar no mercado de Brasília. Seis responsáveis técnicos também podem ter que responder a processos éticos junto ao Conselho. O prazo para as adequações termina dia 18 de março. A união da classe médica e de suas entidades representativas (CRM-DF, AMBr, SindMédico-DF e associações) é fundamental para o êxito da resolução e para o fim da exploração do trabalho médico. Chegou a hora de cada médico assumir o que lhe é de direito. Unidos somos senhores do nosso destino. 5 E n t r e v i s t a Antes de tudo, a garantia da qualidade no serviço de saúde Garantir qualidade nos serviços de saúde é o principal foco do Governo do Distrito Federal (GDF). Esse objetivo, diz o novo secretário de Saúde, o nefrologista Rafael Barbosa, vai determinar ritmo e novas práticas de gestão. Em entrevista exclusiva, Barbosa falou à Revista Médico sobre a situação em que encontrou a pasta da Saúde e sobre as perspectivas da atual gestão. Também reafirmou o compromisso com o modelo de gestão pública, mas admitiu que mudanças substanciais podem ser feitas nele, inclusive o estabelecimento de sistema de gratificação por indicadores de produtividade. Entre os tópicos abordados, o secretário falou sobre aposentadoria especial, mudança na remuneração para novos médicos a serem contratados e mudança na política de horas extras. Veja a seguir o extrato das declarações do secretário. Revista Médico: O que o senhor diz sobre a questão do modelo de gestão? Rafael Barbosa: Acho necessário debater o modelo de gestão que se tem aí. Não tenho dúvida de que é preciso avançar em alguns aspectos. A Secretaria de Saúde, o GDF, não abrem mão da qualidade. Temos de oferecer um serviço de saúde com qualidade à população. Em algum momento, em atividades não consideradas fim, pode ser considerada uma alternativa que não seja 100% pública, não na questão do atendimento, mas em setores administrativos, lavanderia, logística de farmácia, faturamento dos hospitais. Defendemos um 6 modelo público, mas dentro do qual possamos discutir alguma forma diferente na nossa carreira. Podemos criar alguns mecanismos de incentivo para o profissional, baseados em produtividade; fazer uma pactuação moderna, por metas alcançadas. Estamos trabalhando nisso e acredito que em breve possamos fazer essa discussão com algumas categorias, principalmente com a área médica. Revista Médico: Foi cômodo deixar quem estava na linha de frente do atendimento ser responsabilizado pela situação da saúde. Como o atual governo vai lidar com essa situação? Rafael Barbosa: A compreensão que temos é de que a rede trabalha com o profissional pressionado na ponta, o que é resultado da incompetência que levou a esse caos. “Tem médico, mas o médico não quer cumprir a escala. Tem enfermeiro, mas não quer cumprir. Estão ganhando bem, estão isso e aquilo” – foi muito cômodo isso recair sobre os profissionais, quando na verdade não se discute a condição de trabalho, a superlotação dos hospitais... Eu não conseguiria trabalhar um mês em pronto-socorro de determinadas cidades satélites, que são verdadeiros campos de batalha. A primeira coisa que estamos fazendo é tentar dar melhores condi- J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 Rafael de Aguiar Barbosa - Secretário de Saúde do DF ções de trabalho, remunerar melhor e, a partir daí, ter um grau de cobrança comum a qualquer servidor público ou privado. Na hora que dermos essas condições vamos cobrar, mas nunca colocar a responsabilidade do caos da saúde nos profissionais. Revista Médico: O que o senhor pode dizer em relação à questão da aposentadoria especial e ao Mandado de Injunção 836? Rafael Barbosa: Logicamente, eu tenho uma preocupação enquanto gestor. Acho que é justo, já discutimos isso com o sindicato. Abrimos uma conversa com a Subsecretaria de Gestão de Pessoas. Não pretendemos esconder informação nenhuma. Mas é claro que nisso a gente tem de medir o impacto, não é só querer. Tem impacto financeiro, tem impacto social, e com essa carência que a gente tem de recursos humanos, temos de considerar, porque não é só o médico que tem direito, são todos os servidores, todos os trabalhadores da saúde... Agora, estamos com 45 dias de governo e não vamos enrolar. Se tivermos de fazer, cumprir determinação legal, vamos fazer. Estamos numa fase de ter um entendimento melhor disso aí. Revista Médico: Então, apesar de ter sido anunciado um grupo de trabalho no governo passado, não foi feito nenhum desses levantamentos? Rafael Barbosa: Em nenhum momento nos foi passado estudo com relação a isso. O compromisso que assumi com o SindMédico foi de que, a partir de agora, nós trabalharíamos para tentar realmente saber o significado disso na saúde: quantos profissionais têm direito, o que isso impacta no ponto de vista financeiro. Porque não depende só da Secretaria de Saúde, depende [das Secretarias] do Planejamento, da Admi- R e v i s t a M é d i c o nistração, da Fazenda... Aposentadoria impacta em diversos setores do governo. O compromisso que eu tenho, e o governador também, é de darmos continuidade a isso. Revista Médico: Como a Secretaria vai conduzir a descentralização administrativa? Rafael Barbosa: Eu tenho defendido que, dentro dessa proposta do modelo de gestão, é preciso avançar na descentralização. Hoje tem-se uma máquina muito arcaica, ultrapassada, que não dá rapidez e eficiência para o gestor que está lá na ponta... É ideia nossa pegar uma regional e fazer uma descentralização como deve ser feita, do ponto de vista administrativo e do ponto de vista financeiro. Dando certo, vamos espalhar por toda a rede. Acredito que, até o meio do ano, já tenhamos essa proposta pronta, porque isso deve passar pela aprovação da Câmara Legislativa. A primeira regional deve ser a de Santa Maria. Revista Médico: A informatização é considerada na melhoria do sistema de saúde do DF? Rafael Barbosa: Já fizemos reunião com a empresa que está aqui na Secretaria há cerca de cinco anos ou mais. Nós estabelecemos um cronograma com essa empresa e acredito que até o meio do ano a maioria dos hospitais já esteja interligada. É compromisso nosso de que até o final do ano toda a rede esteja informatizada, com o governo federal lançando aqui o Cartão Nacional de Saúde. Vamos abolir de vez o papel para prescrição, para receituário, para relatório médico. Revista Médico: Falando sobre concurso e salários. Há algum estudo sobre como atrair e manter os contratados na rede pública? E n t r e v i s t a Rafael Barbosa: Tem o compromisso do governador, assinado com as entidades médicas, principalmente com o Sindicato dos Médicos, e isso nós vamos fazer de imediato. A primeira coisa que vamos fazer para os que vão entrar e os que entraram recentemente é pular alguns níveis previstos no Plano de Cargos e Salários, para o salário inicial já ter o valor bem diferenciado. E, como falei, está em estudo trabalhar em cima de alguns indicadores, fazer pactuação por metas atingidas... A gente tem que inverter essa política da hora extra, que, infelizmente, foi incorporada na nossa Rede. Estamos gastando R$ 70 milhões por ano com horas extras. Temos de aproveitar melhor esses recursos... Sobre o salário, já existe esta determinação do governador, estamos estudando gratificação para quem trabalha nas emergências e nas UPAs. Então, eu acredito que, dentro da nossa realidade orçamentária, em breve os profissionais – não só o médico, mas também os demais profissionais – possam ter o salário digno que merecem. Eles vão ter o empenho do governador e do secretário em relação a isso. “A compreensão que temos é de que a rede trabalha com o profissional pressionado na ponta, o que é resultado da incompetência que levou a esse caos.” Veja a íntegra das declarações do secretário Rafael Barbosa no site do SindMédico-DF (www.sindmedico.com.br). 7 F ó r u m Reynaldo Stavale/Ag. Câmara A Saúde em novo cenário legislativo Congresso tem temas importantes sobre saúde para decidir Mobilização da categoria e articulação política das lideranças são elementos indispensáveis para que os médicos conquistem avanços nas matérias relativas a carreira, condições de trabalho e qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente em trâmite no Congresso Nacional. A nova legislatura tem a pauta repleta de matérias que impactam diretamente a área da Saúde, entre elas o Ato Médico, que regulamenta a profissão, e a Emenda Constitucional (EC) 29, que fixa os percentuais mínimos a serem gastos na Saúde pela União, estados e municípios. O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), em articulação com o Conselho Regional de Medicina (CRM), a Associação Médica de Brasília (AMBr) e a Associação de Médicos Privados do DF (AMHP-DF), obteve do governador Agnelo Queiroz o compromisso de atuar junto à bancada do DF no Legislativo Federal em prol das aprovações do Ato Médico e da EC 29. “Cumprimos nosso papel como representação classista e continuamos articulando os apoios tanto no Executivo quanto no Legislativo. Mas também cabe a cada filiado, como cidadão e eleitor, interceder junto aos seus parlamentares pela aprovação dessas matérias”, convoca o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho. Na tramitação da EC 29, o embate entre correntes divergentes se dá em função da Contribuição Social da Saúde (CSS), 8 tributo similar à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). No caso do Ato Médico, a proposição está pronta para ser votada no Senado, mas ainda depende da indicação de um relator. É o momento oportuno para a categoria se mobilizar e furar o lobby de categorias que se beneficiam da ausência de limites para o exercício de atividades que deveriam ser restritas aos médicos. “O Ato Médico foi um dos temas mais discutidos na história do Congresso e o projeto está redondo. Agora, a categoria precisa se articular para que o relator seja simpático à causa”, avalia o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, o médico e deputado federal Darcísio Perondi (PMDB/RS). Novos Interlocutores A interlocução com o Congresso Nacional se dará em novas bases na atual legislatura. O Senado Federal conta hoje com 32 estreantes, o que significa renovação de 57% em relação à composição verificada no segundo semestre de 2010. Na Câmara, são 226 novos deputados, com índice de renovação de 44%. No Executivo, ao assumir a pasta da Saúde, o ministro Alexandre Padilha anunciou um “choque de gestão” e a disposição de negociar com governadores e prefeitos a regulamentação da EC 29, que está diretamente ligada ao aumento de recursos destinados à Saúde proposto no programa de governo da presidente Dilma Rousseff. O que pensam os parlamentares Lançada na abertura da nova legislatura federal, a pesquisa Mídia & Política, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, revela o perfil do novo Congresso Nacional. Por meio de entrevistas com 340 parlamentares (307 deputados federais e 33 senadores), o que corresponde a 57% dos congressistas, o levantamento mostrou que 5% dos deputados e senadores gostariam de votar a Emenda Constitucional 29 no primeiro semestre deste ano. A EC 29 é a sexta colocada no rol de prioridades citados espontaneamente pelos parlamentares entrevistados. O Ato Médico nem figura entre os dez temas mais citados, ao passo que a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, que estabelece o piso salarial para policiais civis e militares e bombeiros, é o quarto tema mais citado. “Os representantes dessas categorias têm articulação maior do que a dos médicos e chegaram ao Congresso com um foco claro e preciso na PEC 300”, comenta o coordenador-geral da pesquisa Mídia & Política, o cientista político Wladimir Gramacho. Ele observa que as respostas foram espontâneas, logo, a ausência de proposições de interesse dos médicos entre as prioridades não significa falta de receptividade entre os parlamentares. “A saúde foi tema da campanha eleitoral [de 2010] e é o problema número um dos brasileiros. O dado revela que há uma desconexão entre a agenda dos parlamentares e a dos eleitores”, pondera. Com relação à criação da Contribuição Social da Saúde (CSS), a maioria dos parlamentares entrevistados (56%) se disse contrária ao novo tributo, o que revela um cenário que exigirá muito trabalho de articulação do governo federal, que agora não tem a questão eleitoral como limitador para encarar a impopularidade da cobrança da contribuição. A constatação de que as reformas política, trabalhista e previdenciárias e o Pré-Sal são foco de atenção e de que as outras questões não são, torna ainda mais árdua a tarefa das lideranças do movimento médico. Entre os novatos, é sensivelmente menor o número de citações da EC 29 como prioridade para o primeiro semestre.. J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 F ó r u m R e v i s t a M é d i c o 9 J u r í d i c o TCDF reconhece direito à aposentadoria especial Em sessão extraordinária, no dia 14 de dezembro, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) decidiu, por unanimidade, seguir o voto do conselheiro Inácio Magalhães Filho sobre os procedimentos a serem adotados em decorrência de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relativas a Mandados de Injunção sobre a con- cessão de aposentadorias especiais. Respeitados os dispositivos do art. 57 da Lei 8.213/91, a decisão foi de reconhecer o direito à contagem de tempo prestado sob condições especiais para os beneficiários do Mandado de Injunção 836 e para demais servidores distritais que preencham os mesmos requisitos. Os conselheiros também concluíram que o tempo especial devidamente reconhecido pode ser utilizado para fins de aposentadoria especial ou para conversão em tempo de serviço/contribuição comum; e que, se o servidor reunir os requisitos exigidos pela EC 41/03, lhe são garantidas a paridade e a integralidade dos proventos. Mais uma vitória nos tribunais O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) garantiu mais uma vez na Justiça o pagamento da Gratificação de Ações Básicas (GAB) e da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (GCET) durante férias e licenças-prêmio. O Governo do Distrito Federal (GDF) havia suspendido o benefício por não considerar esses períodos como dias de efetivo exercício, mas um acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), de janeiro de 2011, determinou o retorno imediato do pagamento. O SindMédico-DF entrou com ação na Justiça logo após o GDF suspender o benefício. De lá pra cá, foram várias decisões judiciais. Inicialmente, o sindica- to conseguiu uma liminar favorável, mas incompleta, que incluía apenas as férias. O Governo recorreu e obteve ganho de causa em segunda instância, paralisando novamente os pagamentos. A última decisão, de 19 de janeiro, determinou novamente a retomada do benefício, desta vez incluindo os períodos de licença-prêmio. Ainda cabe recurso à ação. Relatório das ações judiciais coletivas - (fevereiro/2011) Ação contra o INSS - Contagem diferencia- Contagem diferenciada do tempo de servi- Contagem diferenciada do tempo de servi- da do tempo de serviço insalubre relativo ço insalubre prestado pelo servidor públi- ço insalubre prestado pelo servidor públi- ao período celetista co distrital no regime estatutário co federal no regime estatutário Processo 2006.34.00.029122-0 (5ª Vara Federal de Brasília) – Sentença favorável proferida em março/2009. Aguardando julgamento de recurso do INSS. Mandado de Injunção – Processo 836 (STF) – Decisão definitiva favorável do STF reconhecendo o direito do médico à aposentadoria especial. Mandado de Injunção – Processo 837 (STF) – Decisão definitiva favorável do STF reconhecendo o direito do médico à aposentadoria especial. Autorização de homologação de atestados Impugnação à contratação de médicos com Redução da VPNI e descontos dos valores médicos pela chefia imediata do servidor, sem vínculo temporário na SES/DF – Concurso recebidos indevidamente – Mandado de análise do profissional médico. Impugnação à do edital 13/2008 – Violação ao direito dos Segurança – Processo 2008.00.2.011948-7 Portaria 1675/2006 do MPOG médicos aprovados no concurso do edital (TJDFT) Afronta à atividade médica – Processo 2007.34.00.008951-4 (6ª Vara Federal de Brasília) – Sentença proferida em 04/07/2008, julgando procedente a ação. Aguarda julgamento de apelação da União. 11/2005 Processo 2008.01.1.047970-2 (1ª Vara da Fazenda Pública do DF) – Liminar indeferida. Aguardando julgamento. Liminar deferida para impedir a redução da VPNI e o desconto de qualquer valor pago a esse título. Concedida a segurança. Aguarda julgamento de recurso do DF. Perito médico legista da Polícia Civil - Con- Devolução de desconto previdenciário su- Gratificação por Condições Especiais de curso público – edital estabelece dedicação perior a 6% Trabalho (GCET) e Gratificação de Ações exclusiva. Processo 1998.01.1.053829-6 – Decisão favorável transitada em julgado. Expedido um primeiro precatório que aguarda pagamento. Será expedido outro precatório para o grupo remanescente. Básicas de Saúde (GAB) – restabelecimen- Processo 2008.01.1.012218-5 (4ª Vara da Fazenda Pública do DF) – Deferida liminar para suspender o regime de dedicação exclusiva. Aguardando julgamento. 1 0 to do pagamento nos períodos de férias e demais licenças Processo 2010.01.1.142311-0 – Deferida liminar. Aguardando julgamento. J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 J u r í d i c o Artigo Precatórios: cobrança indevida de Imposto de Renda Maria Rosali Marques Barros Advogada Associada ao Escritório Riedel & Azevedo Advogados Associados SC, Brasília/DF Os médicos que integraram a Reclamação Trabalhista nº 162/86, que tramitou perante a 4ª Vara do Trabalho de Brasília, e receberam o valor devido do precatório em razão do acordo judicial celebrado entre o SindMédico-DF e o Governo do Distrito Federal podem buscar o ressarcimento do valor indevidamente retido a título de contribuição fiscal. Esse entendimento foi firmado pelo Superior Tribunal de Justiça. Naquela ação judicial, mais de 400 sindicalizados aguardaram doze anos pelo pagamento dos seus precatórios. Um acordo, em 2006, para quitação da dívida em parcelas trimestrais durante três anos, pôs fim à questão. Foi cobrado o Imposto de Renda sobre o valor integral das parcelas, sem exclusão da mora correspondente a mais de 50% do total. Por essa razão, está sendo promovida ação judicial para restituição. Todos os médicos que fizeram parte do Precatório nº 449/94 e que tenham firmado acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal nos autos têm esse direito. Os valores auferidos a título de juros de mora não correspondem ao conceito de acréscimo patrimonial decorrente de renda, uma vez que não constituem efetivamente em acréscimo, em patrimônio novo, mas apenas recompõem o patrimônio lesado. Isso significa que o patrimônio é tão somente recomposto ao estado anterior, sem o incremento de valor líquido de modo a caracterizar renda, ou seja, os juros moratórios referem-se efetivamente àquilo que o credor perdeu em razão da mora do devedor. Referem-se aos danos emergentes. Ao não constituir acréscimo patrimonial, os juros de mora referem-se à hipótese de não-incidência tributária, de modo que sobre eles não incidem o Imposto de Renda. Somado a tal entendimento, há ainda que ressaltar que o Código Civil de 2002 cuidou em definir a natureza jurídica dos juros de mora, consoante o disposto no parágrafo único do art. 404, como natureza indenizatória, afastando-se, definitivamente, entendimentos divergentes sobre o tema. Desvio de função sob a lupa da Justiça Médico aprovado em concurso público promovido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal para atuar como clínico geral para queimados, ao tomar posse, foi designado para trabalhar em outra especialidade e decidiu buscar seus direitos na Justiça - não mencionamos nome para preservar o autor da ação. No dia 17 de dezembro, obteve, na 6ª Vara da Fazen- R e v i s t a M é d i c o da Pública do Distrito Federal, mandado de segurança determinando sua imediata transferência para uma unidade de saúde com atendimento na área para a qual prestou concurso. A mudança já foi efetivada. O juiz Giordano Resende Costa entendeu que o desvio de função era claro e que o exercício da Medicina em área distinta da que detém titulo colocava o profis- sional em risco de responder por suas ações perante terceiros e o Conselho Regional de Medicina. A decisão da Justiça, entretanto, não vale para os demais médicos aprovados para atuar como clínicos gerais de queimados e que também encontram-se em desvio de função. É necessário que todos os profissionais que estão nessa situação busquem seus direitos por meio de ações individuais. 1 1 A c o n t e c e u Médicos buscam consensos Cerca de 300 lideranças de conselhos, sociedades, associações e sindicatos participaram do Fórum Nacional de Entidades Médicas, realizado entre os dias 8 e 10 de dezembro de 2010, em Aracaju (SE). O SindMédico-DF foi representado pelo presidente, Gutemberg Fialho, e pela diretora de relações intersindicais, Raquel Almeida. Também participaram do evento o diretor jurídico do sindicato, Antonio José, pela Federação Nacional dos Médicos; o diretor adjunto Flávio Ejima, pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed); o presidente da Associação Médica de Brasília, Lairson Vilar Rabelo; Elias Fernando Miziara, pelo Conselho Federal de Medicina; e o presidente da Federação Brasileira das Academias de Medicina, José Leite Saraiva. Foram abordados os temas destacados do XII Encontro Nacional de Entidades Médicas, realizado em julho de 2010: Avaliação de cursos – A proposta Especialistas – Doze propostas so- Modelos de gestão – Predominou a que mais avançou no encontro foi a da realização de testes de progressão ao fim do segundo, quarto e sexto anos da formação médica, com previsão de avaliação externa tanto dos estudantes quanto das escolas de Medicina. bre recertificação de especialistas foram apresentadas no Fórum para serem encaminhadas às entidades médicas nacionais (AMB, CFM e Fenam). O objetivo é direcionar a orientação do movimento médico e as decisões da classe em relação ao tema. visão de que a real necessidade é de aprimoramento dos gestores e aperfeiçoamento dos instrumentos e mecanismos públicos existentes, com fortes críticas à privatização e terceirização dos sistemas públicos de saúde. Médicos brasileiros em Dacar O diretor jurídico do SindMédicoDF e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Antônio José, compôs a comitiva da Federação que tomou parte no Fórum Social Mundial 2011, na capital do Senegal. A comissão foi composta pelo presidente da FENAM, Cid Célio Jayme Carvalhaes, pelo secretário de Finanças, Jacó Lampert, e pela secretária de Discriminação e Gênero, Maria Rita Sabo de Assis Brasil. Para Antônio José, o Fórum não ofereceu o nível de organização das edições realizadas no Brasil. A Universidade Cheikh Anta Diop, que abrigou o evento, não suspendeu aulas, impossibilitando ou dificultando o uso dos espaços e equipamentos 1 2 para a realização de debates e exposição de trabalhos. A própria Maria Rita apresentou trabalho sobre o SUS na tenda da Maison du Brésil, muito frequentada pelos brasileiros e por portugueses e senegaleses que estudam o português do Brasil. Entre os fatores positivos da participação esteve o contato com representantes da organização Médicos do Mundo, dissidência da Médicos sem Fronteiras, da qual divergiram por defender a promoção da saúde de forma continuada nas áreas atendidas, mesmo após as situações de crise. Antônio José adianta que a Fenam pensa em convidar o grupo ao Brasil para um possível intercâmbio com a organização. Encontro da Bancorbrás A diretora de imprensa e comunicação, Adriana Graziano, e o diretor de assuntos acadêmicos, Lineu da Costa, participaram de evento promovido pela Bancorbrás Turismo, com a qual o SindMédico-DF mantém convênio, para lançamento do 8º Encontro da Maior Idade, que será realizado em Santiago do Chile entre os dias 1º e 6 de abril. O pacote inclui cinco pernoites em apartamento duplo, com café da manhã, três jantares e três almoços, passagem aérea, traslado aeroporto/hotel/ aeroporto, programação privativa para o grupo e seguro-viagem. O programa inclui city tour em Santiago, passeio por Valparaiso e Viña del Mar e à Estancia El Cuadro, com degustação de vinhos e apresentações folclóricas Chilenas. O preço por pessoa, à vista, é de US$ 2.114, ou entrada de US$ 422 mais nove parcelas de US$ 188. Os clientes do Clube Bancorbrás têm desconto de 5%. Mais informações nas agências ou pelos telefones 3314 1280, 3223 8018 e 3632 7272. J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 A c o n t e c e u Articulação pelo MI 836 Membros da diretoria executiva do SindMédico-DF reuniram-se, no dia 31 de janeiro, com o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Governo do Distrito Federal (Iprev), Jorgivan Machado, em mais uma rodada de diálogos sobre o cumprimento do Mandado de Injunção 836 do Supremo Tribunal Federal. Segundo Jorgivan, sendo acatado o Mandado pelo GDF, o Instituto está preparado para emitir as certidões de tempo de serviço e conceder aposentadorias conforme decisão 6611/2010 do Tribunal de Contas do DF (TCDF) ter definiu os critérios de aplicação do Mandado de Injunção, com contagem diferenciada do tempo de serviço, aplicando regime próprio (estatutário), com paridade, integralidade e aplicação das regras de transição atualmente em vigor previstos na Constituição. Na mesma reunião foi definida a substituição do presidente, Gutemberg Fialho, pela diretora de Relações Intersindicais, Raquel Carvalho, de Almeida no conselho de representantes dos segurados da instituição. No dia 19 de dezembro, o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, e o presidente da Academia de Medicina de Brasília (AMeB) e da Federação Brasileira das Academias de Medicina (Fbam), acadêmico José Leite Saraiva, participaram da cerimônia de posse dos dirigentes da Academia Paraibana de Medicina (Apmed), que será presidida pelo acadêmico Antônio Carneiro Arnaud, reconduzido ao cargo para o biênio 2011/2012. Durante o evento, prestigiado por autoridades da área médica e do poder público, a Apmed concedeu o título de membro honorário a José Leite Saraiva, ao presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), acadêmico Roberto Luiz D’Ávila, e ao reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Rômulo Soares Polari. O primeiro vice-presidente e o conselheiro do CFM, Carlos Vital e Dalvélio Paiva Madruga, foram agraciados com o título de membro beneméritos. Posse na SBOT-DF Inauguração do Imeb A diretora do SindMédico-DF, Adriana Graziano, prestigiou a posse da nova diretoria da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT-DF), dirigida por Walter Rodrigo Daher, tendo por vice Julian Rodrigues Machado. Afonso Fernandes e Anderson Freitas ocupam a 1ª e 2ª secretarias, e Ricardo Stival Fontoura é o tesoureiro. Dia 14 de fevereiro, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, participou da inauguração da nova unidade do Imeb - Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia de Brasília, localizado no Hospital Santa Marta. A unidade é a segunda em Taguatinga e oferece, entre outros exames, cintilografia e densiometria óssea. Edu Sousa / Luan Comunicação Boas-vindas ao secretário Posse na Paraíba O vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gustavo Arantes, participou de um café da manhã de boas-vindas oferecido pelos servidores da Secretaria de Saúde (SES/DF) ao secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael de Aguiar Barbosa. O evento foi realizado na manhã do dia 14 de fevereiro, na sede do órgão, e contou com a presença dos novos gestores da Saúde Pública do Distrito Federal. Obituário O Sindicato dos Médicos registra com pesar o falecimento das doutoras Alda Maria dos Santos e Durcinea Crispim de Sousa e do doutor Noberto Broxado dos Santos. Ao passo que se solidariza com as famílias desses colegas, o sindicato ressalta as suas contribuições à medicina do Distrito Federal. R e v i s t a M é d i c o 1 3 C a p a Agnelo assumiu compromisso com a classe para resgatar a saúde do DF. Tirando promessas do papel Sérgio Dutti Agência Brasília A opinião sobre a rede pública de saúde do Distrito Federal é unânime entre usuários, profissionais que nela atuam, Ministério Público e até dentro do próprio Governo do Distrito Federal. “Se me per- Governo começou com visita aos hospitais 1 4 guntar se havia alguma área funcionando a contento, digo com toda clareza que não tinha nada do ponto de vista de gestão e estrutural que pudéssemos pegar e dizer: “a isto aqui eu vou dar continuidade”, comenta o secretário de Saúde Rafael Barbosa, sobre a situação em que encontrou a pasta que assumiu no início do ano. Esse cenário de franca devastação de um serviço público essencial motivou as entidades médicas a propor a Carta Resgate da Saúde de Brasília, assinada pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica de Brasília (AMBr). O compromisso de inserir os tópicos da Carta no plano de ação voltado à saúde foi obtido do governador Agnelo Queiroz ainda no primeiro turno das eleições, no dia 24 de setembro de 2010. De fato, desde o primeiro dia de governo, com o Decreto nº 32.713, o novo governo sinalizou o início de uma mudança positiva na Saúde Pública do Distrito Federal e demonstrou coerência com o compromisso assumido por Agnelo com a Classe Médica. O Decreto já contempla tópicos importantes da Carta, como a elaboração de programa com aplicação de decisão política para o setor de Saúde do DF e a reformulação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). O prazo para essas medidas serem encaminhadas à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) é de 180 dias, a contar da publicação no Diário Oficial do Distrito Federal de 1º de janeiro de 2011. Entre os pontos de congruência existentes entre médicos e governo, além dos dois já citados, está o fim da terceirização na atividade fim dos serviços públicos de Saúde, com a retomada do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). “Esse também foi um problema sério, porque era uma estrutura que estava aberta e tivemos que nos virar para manter a continuidade do serviço”, diz Rafael Barbosa, que admite a possibilidade de haver terceirização em serviços meio, como nas lavanderias e em áreas administrativas, mas não na ponta do atendimento. J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 C a p a É um desafio considerável para o atual governo promover as mudanças necessárias no campo da saúde. Do enfrentamento da crise – que implica medidas emergenciais como aquisição de medicamentos e retomada de obras paradas – ao cumprimento do cronograma de programas, como o das inaugurações das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) sem a contratação prévia de novos profissionais, o equilíbrio é precário. Do ponto de vista do orçamento, o governo age com cautela. Comparado ao do Ministério da Saúde, de R$ 77 bilhões, o da Secretaria de Saúde pode até parecer folgado: R$ 4,5 bilhões. Uma simples divisão do valor pelo contingente populacional a que se destina mostra uma vantagem per capita mais que quatro vezes maior para o DF: R$ 1.755,78 contra R$ 403,70. A adequação orçamentária aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal no pacote emergencial da saúde permite a realização de concurso previsto para 5 mil novos servidores – médicos inclusive. Mas o avanço nas questões que envolvem finanças pode não ser tão tranquilo quanto esses fatores parecem indicar. Apesar de o secretário Rafael Barbosa declarar que é necessário contratar mais médicos e outros profissionais da área de saúde, melhorar as condições de traba- lho e dignificar a remuneração, o Governo do Distrito Federal recebeu em janeiro o alerta vermelho de proximidade ao teto de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, 43,40% da receita líquida corrente. A manutenção da paridade salarial entre médicos ativos e inativos, a viabilização de folhas suplementares pendentes desde 2002 e o cumprimento do mandado de injunção que determina a contagem diferenciada do tempo insalubre para efeito de aposentadoria são tópicos da Carta Resgate da Saúde de Brasília ainda em suspenso. Entre os anúncios que fogem à pauta estabelecida com a Carta, Rafael Barbosa afirma a disposição em saltar referências do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) na contratação de novos médicos e também no caso dos contratados mais recentes, como medida paliativa para os baixos salários no início da carreira. Medida que, segundo o SindMédico-DF, não pode Sérgio Dutti Agência Brasília Pontos a avançar Rede atual está sucateada ser considerada como revisão do PCCS. “A revisão que pleiteamos é algo mais amplo e abrangente”, pondera o presidente do Sindicato, Gutemberg Fialho. A adoção de indicadores de produtividade como alternativa para a atual política de horas extras (veja entrevista) é um tema polêmico que ainda não foi discutido com o SindMédico-DF. O secretário afirma que a proposta teria o objetivo de ser um incentivo a mais para os profissionais, mas a direção do sindicato espera a formulação da proposta para assumir uma posição. “Não temos nada contra avaliação de desempenho”, diz Gutemberg, “mas o salário digno não pode ser condicional”, completa. Reunião com a cúpula da saúde O secretário de Saúde, Rafael Aguiar Barbosa, recebeu, no dia 02 de fevereiro, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, o vice-presidente, Gustavo Arantes, o secretário geral, Emmanuel Cardoso, o diretor jurídico, Antônio José, o diretor de assuntos acadêmicos, Lineu da Costa, e a diretora de imprensa, Adriana Graziano, na primeira reunião formal entre a Secretaria de Saúde e a diretoria do sindicato. Desse encontro, no qual foram apresentadas as principais reivindicações da classe médica, também participaram R e v i s t a M é d i c o o secretário-adjunto, Elias Fernando Miziara, o subsecretário de atenção à saúde, Ivan Castelli, e o assessor especial José Bonifácio Carreira Alvim. O secretário garantiu que pretende manter canal de diálogo constante com os profissionais médicos e as demais áreas da saúde. Para tanto, afirmou, determinou que a subsecretária Maria Natividade Gomes da Silva Teixeira, responsável pela gestão de pessoal, estabeleça uma mesa de negociações permanente entre a Secretaria e as entidades representativas de classe. Diretores do SindMédico-DF com o secretário Rafael Barbosa e o adjunto Elias Miziara. 1 5 C a p a Propostas dos médicos entram na pauta do GDF Dos 26 tópicos da Carta Resgate da Saúde de Brasília, sete encontram reflexo nas medidas emergenciais anunciadas pelo Governo do Distrito Federal. Destas, cinco se referem à estruturação e à implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Carta Resgate da Saúde de Brasília três referem-se à contratação de concursados no cadastro de reserva, à realização de concurso público para profissionais da saúde e à contratação emergencial temporária para o Hospital Regional de Santa Maria. Medidas tomadas\previstas pelo GDF Elaboração de programa com aplicação Apresentação de plano de reestruturação da Saúde Pública no Distrito Federal, com um novo mo- de decisão política para o setor de Saú- delo de gestão e reestruturação de carreiras (Decreto no 32.713, de 1º de janeiro de 2011, em de do DF. até 180 dias). Liberação para que médicos e enfermeiros efetivos interessados em trabalhar nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), possam optar pela jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais. A opção está aberta para as seguintes especialidades: Pediatria, Cirurgia Geral, Ortopedia e Traumato- Estruturação e implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para absorver a demanda por atendimento hospitalar. logia e Clínica Médica. Abertura das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que já estão prontas em Samambaia, São Sebastião, Recanto das Emas e Núcleo Bandeirante (Anúncio em 07/01/2011). Construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Ceilândia (Anúncio em 07/01/2011). Construção de outras dez UPAs (Anúncio em 07/01/2011, previstas até o fim de 2011). Construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Plano Piloto (Anúncio em 10/01/2011). Reativação e ampliação do Programa Permissão para investir R$ 10 milhões de verbas repassadas pela União em 20 unidades do Pro- Saúde da Família (PSF). grama Saúde da Família. Estabelecimento de autonomia administrativa e financeira das regionais, com controle interno e externo. Estudo para descentralização da gestão das unidades de saúde (Anúncio em 10/01/2011, sem prazo definido). Reformulação do Plano de Carreira, Apresentação de plano de reestruturação da Saúde Pública no Distrito Federal, com um novo mo- Cargos e Salários (PCCS), com redução delo de gestão e reestruturação de carreiras (Decreto nº 32.713, de 1º de janeiro de 2011, em do número de referências. até 180 dias). Lançamento do primeiro edital de concurso público da Secretaria de Saúde. Os novos servidores atenderão o Programa Saúde da Família, as UPAs e também os hospitais. A expectativa é de que até Realização de concurso público para con- abril os profissionais estejam trabalhando (Anúncio em 07/01/2011). tratação de médicos, a fim de suprir a de- Autorização para contratação emergencial de profissionais da área para suprir as necessidades do ficiência na rede pública de Saúde do DF. Hospital Regional de Santa Maria. Nomeação de aprovados em concurso que estejam no cadastro de reserva (Anúncio em 07/01/2011, sem prazo definido). Restabelecimento da Fundação Hospitalar do Distrito Federal. Encaminhamento à Câmara Legislativa de Projeto de Lei que recria a Fundação Hospitalar do Distrito Federal (FHDF), no mesmo modelo da antiga autarquia (Anúncio em 10/01/2011, previsto para o primeiro semestre de 2011). DESLIGAMENTO JUNTO AO SINDMÉDICO-DF O secretário de Saúde, Rafael de Aguiar Barbosa, e o diretor de atenção a saúde do Hospital do Gama, Maurício Cotrim do nascimento, pediram seus afastamentos dos quadros da diretoria adjunta do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, para exercício das novas atividades junto ao Governo do Distrito Federal. 1 6 J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 C a p a Quem é quem na gestão da Saúde Secretário: Rafael de Aguiar Barbosa (nefrologista) É servidor de carreira da Secretaria de Saúde. Foi diretor do Hospital de Base no governo Cristovam Buarque e da Fundação Hospitalar. No governo federal, Rafael Barbosa ocupou a secretariaexecutiva do Ministério do Esporte na gestão de Agnelo Queiroz. Recentemente, atuou como diretor-adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Secretário-adjunto: Elias Fernando Miziara (citopatologista) Formado na Universidade de Brasília (UnB), cursou residência em Anatomia Patológica no Hospital de Base do Distrito Federal. Especialista, pela AMB, em Patologia e Citopatologia, já foi diretor Acadêmico e de Proteção ao Paciente na mesma entidade. Quando convidado para assumir o cargo na SES/DF, exercia o cargo de diretor de Comunicações da AMB. É também conselheiro suplente do Distrito Federal no CFM e presidente da Sociedade Latino-americana de Citopatologia. Assessor especial: José Bonifacio Carreira Alvim (médico intensivista pediátrico) Subsecretário de Programação, Regulação, Avaliação e Controle: Lucas Cardoso Veras (cirurgião pediatra) Subsecretário de Atenção à Saúde: Ivan Castelli (médico intensivista) Subsecretário de Logística e Infraestrutura da Saúde: José Moraes Falcão Subsecretária de Gestão de Pessoas em Saúde: Maria Natividade Gomes da Silva Teixeira (ex-secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde) Subsecretária de Vigilância à Saúde: Cláudia Simone Costa da Cunha Subsecretário de Atenção Primária à Saúde: Berardo Augusto Nunan (médico de família e comunidade) Chefe da Unidade de Administração Geral: Henrique Voigt Figueiredo Chefe da Assessoria Jurídico-Legislativa: Luis Guilherme Queiroz Vivacqua Ouvidora Geral: Francis Nakle de Roure Diretor de Assistência às Urgências e Emergência: Ayrton de Castro Gonçalves Barroso (médico do trabalho, ortopedista, traumatologista) Gerente de Apoio ao Serviço Móvel de Urgência: Rodrigo Caselli Belém Diretora-geral da Fundação Hemocentro de Brasília: Beatriz Macdowell Soares Interventor no HRSM: José Airamir Padilha de Castro Nomeações nas regionais Diretora-geral de Saúde da Asa Sul: Roselle Bugarin Steenhouwer (cirurgiã pediátrica) Diretor-geral de Saúde da Asa Norte: Paulo Henrique Ramos Feitosa (médico pneumologista) Diretor-geral de Saúde de Brazlândia: Paulo Lisbão de Carvalho Esteves (ginecologista) Diretora-geral de Saúde de Candangolândia, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo: Rita Cassia Paes Ribeiro (pediatra) Diretora-geral de Saúde de Ceilândia: Imara Schettert Silva de Souza Diretora-geral de Saúde do Gama: Lucilene Maria Florêncio de Queiroz Freire (ginecologista) Diretora-geral de Saúde do Guará: Maroa Santiago Gomes R e v i s t a M é d i c o Diretor-geral de Saúde do Paranoá: Marcelo Benites Monteiro (cirurgião geral) Diretor-geral de Saúde de Planaltina: Maurício Neiva Crispim Diretor-geral de Saúde de Samambaia: Manoel Solange Fontes Teles Coordenador Geral Médico de Santa Maria: Vicente de Paula Silva de Assis Diretor-geral de Saúde de São Sebastião: Otávio Augusto Silva de Siqueira Diretora-geral de Saúde de Sobradinho: Joana D’Arc Gonçalves da Silva Diretora-geral de Saúde de Taguatinga: Sônia Maria Salviano Matos 1 7 R e g i o n a i s UPA Samambaia sob a atenção do SindMédico-DF O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, o vice-presidente, Gustavo Arantes, a diretora de relações intersindicais, Raquel Carvalho de Almeida, e o diretor de assuntos acadêmicos, Lineu da Costa, visitaram, no dia 23 de fevereiro, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada na quadra 107 de Samambaia Sul (foto acima), oito dias após a inauguração, no dia 15 de fevereiro. Recebidos pelo diretor regional de saúde de Samambaia, Manoel Fontes, e pelo gerente da UPA, Bruno Coutinho, os representantes da classe médica foram conhecer a real situação da unidade e as condições de trabalho dos profissionais médicos transferidos para essa unidade. Coutinho, que havia assumido a gerência da UPA no início daquela semana, tem buscado solucionar os problemas surgidos no início do atendimento. Logo no primeiro dia, os profissionais tiveram demanda 14% maior que a capacidade total, prevista entre 301 a 450 atendimentos a cada 24 horas. Cada turno deveria contar com três clínicos, três pediatras e dois ortopedistas (um à noite). Entre os pediatras e clínicos, dois atendem as consultas e um cuida das pequenas enfermarias. No dia da visita, entretanto, havia apenas dois pediatras e dois clínicos. UPA de porte III, com 1.300 m², a unidade conta também com um profissional para atendimento odontológico de emergência, sala de raio-X e laboratório para exames básicos. No caso de exames de patologia clínica, a coleta é feita na UPA e a análise é feita no Hospital de Samambaia. 1 8 Situações como vans lotadas de pacientes vindos de Santo Antônio do Descoberto (GO) e viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar levando vítimas de acidentes e de violência para a unidade criaram confusão na primeira semana de funcionamento. Em teoria, o fluxo de pacientes deveria ser organizado por meio do Serviço Móvel de Urgência (Samu). Segundo Coutinho, isso ocorreu por desinformação das corporações e da comunidade acerca da proposta de funcionamento da UPA. Ele ressaltou que a situação foi contornada na semana da visita por meio de conversa com os comandos dos Bombeiros e da PM. “Houve um dia em que tivemos três casos de parada cardíaca”, relatou o gerente, esclarecendo que isso está além da capacidade de atendimento da unidade. O sistema de classificação de risco é outro fator que confunde pacientes, que não compreendem porque alguns são atendidos antes de outros, sem respeito a uma ordem de chegada. A queixa acaba recaindo sobre o médico. A lotação dos pediatras na nova unidade implicou no fechamento da ala respectiva no HRSam. Os diretores do SindMédico-DF apuraram que a opção ao encerramento dos atendimentos no hospital era dividir a equipe para atuar nas duas unidades de saúde, o que foi rejeitado pelo grupo – desfalcada, a equipe já encontrava dificuldade para preenchimento da escala no hospital. Quanto à questão da segurança dos profissionais atuando na UPA, a situ- ação é precária, com apenas um vigilante controlando o portão. Coutinho informou que está sendo providenciada a alocação de cinco vigilantes em cada turno e já foi acertada a presença constante de dois policias militares à porta da unidade. Outra dificuldade enfrentada no início do funcionamento da unidade devese justamente ao fechamento da pediatria do HRSam. Os pacientes atendidos nas UPAs não podem permanecer ali além de 24 horas. Precisando de cuidados além desse prazo, têm de ser encaminhados para o hospital de referência. Sem a pediatria no hospital da satélite, o encaminhamento estava sendo feito para o Hospital Regional de Taguatinga, mas a equipe de lá não foi preparada para o aumento da demanda – a transferência deveria ser compulsória, mas isso não ocorreu. O SindMédico-DF posicionou-se a favor da implantação das UPAs como serviço complementar na rede pública de saúde, mas espera do governo local e do governo federal mais sensibilidade e cuidado na implantação do programa. “Se, para cumprir cronograma, as UPAs forem inauguradas ao custo de desfalcar os hospitais – que já estão em uma situação limite – e da segurança dos profissionais de saúde, corre-se o risco de desacreditar a proposta desde o início”, alerta Gutemberg Fialho. Para o dirigente, a contratação de novos profissionais médicos é indispensável para que unidades a serem inauguradas funcionem adequadamente, trazendo real benefício ao sistema público de saúde e à população. J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 R e g i o n a i s O HRSM volta à Secretaria de Saúde SindMédico-DF visita Santa Marta A terceirização do Hospital Regional de Santa Maria, em fase de encerramento, gerou contratos irregulares, serviços labo- ratoriais e de UTI prestados por outros que não a Real Sociedade Espanhola de Beneficência, um sistema informatizado diferente do utilizado pela Secretaria de Saúde, e um imenso imbróglio trabalhista. Esse foi o quadro apresentado pelo interventor José Padilha a uma comitiva do SindMédico-DF, composta pelo presidente, Gutemberg Fialho, o vice ,Gustavo Arantes, e os diretores Antônio José e Lineu da Costa, em visita àquela unidade de saúde no dia 1º de fevereiro. Segundo Padilha, as demissões e contratações temporárias começaram na segunda quinzena de janeiro, e a questão da informática pode ser facilmente resolvida com o desenvolvimento de um software de interface entre os sistemas do HRSM e da Secretaria de Saúde. A grande dificuldade, admite, é manter atendimento com qualidade, o que se torna ainda mais difícil com a pressão causada pela afluência de população não residente, que ameaça implodir o hospital. Fepecs tem novo diretor A formação de profissionais da Saúde do GDF tem novo comandante. Para o cargo de diretor executivo da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) foi nomeado o vice-presidente da Associação Médica de Brasília (AMBr), urologista Luciano Gonçalves de Souza Carvalho. O professor Mourad Ibrahim Belaciano, que acumulou os dois cargos durante o mandato tampão de Rogério Rosso, permanece na direção da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) da Fepecs, à frente da qual está desde 2001. SindMédico-DF na mídia Em defesa das prerrogativas, da imagem da classe médica e de serviços de saúde de boa qualidade, os dirigentes do SindMédico-DF foram ouvidos por veículos de imprensa local em diversas oportunidades no início deste ano. Confira algumas das inserções na mídia brasiliense: Bom Dia DF (17 de janeiro) O vice-presidente Gustavo Arantes respondeu à TV Globo sobre a inocuidade e possíveis efeitos negativos no uso de medicamentos vencidos em matéria sobre a visita do governador Agnelo Queiroz à Farmácia Central do GDF. Arantes ressaltou que a questão do armazenamento de medicamentos é apenas um de muitos problemas herdados das administrações anteriores e que extrapolam a esfera de atuação e responsabilidade do médico. DF TV 1ª Edição (04 de fevereiro) Jornal de Brasília (04 de fevereiro) Correio Braziliense (23 de janeiro) Gutemberg Fialho alertou para o prejuízo à população feminina pela paralisia no serviço de mamografias na rede pública de saúde. “Sem a realização do exame, você vai ter dificuldade de fazer o diagnóstico e o tratamento. Consequentemente, essa paciente vai ter seu tempo de vida diminuído”, alertou. “Não teria lógica ganhar bem e não ter estrutura dentro do local de trabalho”, declarou Gutemberg Fialho ao diário, ao defender condições dignas e melhores salários em matéria sobre o pouco interesse de médicos pelos concursos para a rede pública de saúde. Na matéria Medicina de guerra, destaque do caderno de Cidades daquele domingo, sobre a precária estrutura de atendimento público de saúde à população, o presidente Gutemberg Fialho destacou que médicos são tão vítimas do caos nos hospitais quanto os pacientes. R e v i s t a M é d i c o 1 9 E s p e c i a l Beabá previdenciário Criado em 2008, o Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev/DF) tem a atribuição de gerir as contribuições e pagamentos de benefícios previdenciários a cargo do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) do GDF e aplicar e dar transparência à utilização dos recursos do RPPS. O regime agrega 164 mil pessoas entre servidores ativos, inativos e pensionistas do Executivo e Legislativo locais. A realização do Censo Previdenciário, que começou em 2010 e teve várias prorrogações (a última até 25 de março), deixou evidente que os servidores ainda desconhecem o Iprev e têm muitas dúvidas em relação à aposentaria. O presidente do Instituto foi convidado pela diretoria executiva do SindMédico-DF para fazer palestra aos filiados e aceitou o convite. “Assim que estabelecermos uma data conveniente, avisaremos a todos os sindicalizados”, avisa o presidente do Sindicato, Gutemberg Fialho. Antes disso, a Revista Médico esclarece algumas questões básicas referentes à previdência do GDF. O teto da aposentadoria A administração dos fundos Desde 2003, uma série de modificações vêm sendo feitas no sistema previdenciário – tantas que o assunto previdência tornou-se bastante confuso. Os mais antigos ainda têm direito garantido à integralidade do benefício em relação ao salário do cargo no qual se aposentou e paridade com os servidores da ativa. Mas, desde então, há variáveis a considerar (veja quadro abaixp). Atualmente, para efeito de cálculo dos proventos de aposentadoria, é considerada a média aritmética simples das maiores remunerações como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% de todo o período de contribuição desde julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela data. Os fundos do Iprev/DF são depositados no Banco de Brasília (BRB) e aplicados em fundos da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil. Além de responder a um rígido sistema de controle do Ministério da Previdência Social, os gestores do Iprev respondem a um conselho formado por representantes de entidades de trabalhadores. O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, participou dele até fevereiro deste ano, quando foi substituído pela diretora de Assuntos Intersindicais, Raquel Carvalho de Almeida. A constituição do fundo para aposentadoria O fundo do RPPS se constitui de contribuições. Dos ativos, o valor equivale a 11% do vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens fixas estabelecidas em lei, excetuados adicionais como o de férias e diárias de viagem. No caso dos inativos e pensionistas, a contribuição é de 11% do provento ou pensão. O terceiro contribuinte é o próprio GDF, que, no caso dos servidores ativos, recolhe o dobro da parcela de contribuição, 22%. De acordo com o demonstrativo, o resultado previdenciário – diferença entre o que se arrecada (receita) e o que se paga (despesa) – no ano de 2009 foi deficitário em R$ 1,5 bilhões. Em se tratando de previdência social, o resultado negativo é normal. “O contribuinte não tem que se preocupar”, garante o presidente do Instituto, Jorgivan Machado. “O GDF tem obrigação institucional de garantir os pagamentos”, explica. O desconto no contracheque O fato de haver dois fundos diferenciados sob a administração do Iprev gera alguma confusão entre os segurados. Para quem ingressou no serviço público até 31 de dezembro de 2006 ou quem já recebia benefício nessa data, o desconto aparece indicado como SEGURIDADE SOCIAL e refere-se ao Fundo Financeiro de Previdência. Quem ingressou no GDF a partir de 1º de janeiro de 2007, vê no contra-cheque a sigla IPREV, referência ao fundo criado naquela data: o Fundo Previdenciário do Distrito Federal. No caso dos médicos que têm dois contratos, podem aparecer no contracheque os dois descontos, dependendo da data de início de cada um dos contratos. Para o segurado que acumula cargos remunerados, para fins do RPPS/DF, considera-se o somatório da remuneração de contribuição (o valor da soma do vencimento do cargo efetivo com as vantagens pecuniárias permanentes) referente a cada cargo. Regras para concessão de aposentadoria (RPPS) Geral (EC 41, de 2003) (Aplicação obrigatória aos servidores com ingresso após a EC 41, de 2003, e opcional aos demais) Transição – 1ª (EC 41/2003 – art. 2º) Opcional para quem ingressou até a EC 20, de 1998 Transição – 2ª (EC 41/2003 – art. 6º) Opção para quem ingressou até a EC 41, de 2003 Transição – 3ª (EC 47/2005 – art. 3º) Opção para quem ingressou até a EC 20, de 1998 Homem 60 anos de idade e 35 anos de contribuição 53 anos de idade e 35 anos de contribuição 60 anos de idade e 35 anos de contribuição 35 anos de contribuição Mulher 55 anos de idade e 30 anos de contribuição 48 anos de idade e 30 anos de contribuição 55 anos de idade e 30 anos de contribuição 30 anos de contribuição Mais de 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo Mais de 5 anos no cargo Pedágio de 20% de tempo de contribuição (EC 20) Mais de 20 anos de serviço público, 10 anos de carreira e 5 anos no cargo Mais de 25 anos de serviço público, 15 anos de carreira e 5 anos no cargo Diminuição de idade por compensação de um ano adicional ao tempo de contribuição Média de contribuições Média de contribuições + redutor de 5% por ano de antecipação Última remuneração Última remuneração Sem paridade entre ativos e inativos Sem paridade entre ativos e inativos Sem paridade entre ativos e inativos Com integralidade Exigências Base de cálculo Observação 2 0 J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 A l e x a n d r e B a n d e i r a E s t r a t é g i a É para todo mundo Consultor de Estratégia e Marketing Sempre nessa época de início de ano sou muito indagado sobre a importância do planejamento estratégico por consultórios e clínicas de menor porte. É normal ouvir pessoas defendendo que este trabalho só pode ser desenvolvido por grandes empresas, que dispõem de muito tempo, pessoal e capital para investir. Esta visão, porém, possui muitos vícios, entre eles de que dinheiro e colaboradores são insumos em abundância nas grandes corporações. Aliás, com o crescimento da competitividade, cada vez mais vemos profissionais trocando de empregos e negócios operando com margens de lucratividade apertadas. E tempo sempre vai passar igual para todo mundo. Depende de como você vai utilizá-lo para gerir melhor sua estrutura e projetar o crescimento da empresa. Meu ponto de vista é de que as micro e pequenas empresas necessitam mais de um planejamento do que uma grande estrutura já estabelecida. Principalmente porque vejo no processo de formulação estratégica, um ótimo exercício de gestão, que gera compromisso entre o empreendedor e o seu empreendimento. É um momento singular para o médico em dar um descanso ao jaleco e assumir o papel de empresário ou diretor de um negócio. Tal qual abordamos no artigo anterior, sobre o processo de transição entre o médico e o gestor. Decidir por investir na elaboração de estratégias, não significa desenvolver uma ação complexa ou ricamente estruturada, já que ela pode te deixar no meio do caminho e pior ainda, desanimado. Como tudo na vida é aprendizado, “a parte mais importante do planejamento é não ser documento, mais instrumento” decida inicialmente por algo mais simples, porém consistente. O que quero dizer com isso? Não é o número de páginas que vai revelar a densidade ou importância do seu planejamento, mas o quanto ele pode contribuir, de fato, com o progresso da sua empresa. A bem da verdade, a parte mais importante do planejamento é não ser documento, mais instrumento. É importante que a sua estratégia lhe conduza a ação. Evite colocar seu planejamento no mundo das frases e conceitos bonitos que muito falam, pouco dizem e nada movimentam sua empresa de lugar. Na área de Saúde então, o que muito vejo são missões ou visões que prometem “tornar a empresa referência no seu segmento, prestando serviços de elevada qualidade para seus pacientes”. Isso e nada é exatamente a mesma coisa. Se você deseja que sua clínica ou consultório tenham êxito nesta iniciativa, se preocupe com alguns detalhes muito importantes. Primeiro, saiba entender o cenário onde sua empresa se encontra. Segundo, se concentre naquilo que é extremamente relevante para lhe conduzir ao sucesso neste contexto. Isso vai evitar desperdícios. Terceiro, participe e envolva os seus colaboradores na implementação, controle e avaliação das iniciativas. Sem muitos mistérios, e dessa maneira que sua experiência poderá ter pleno êxito. Mexa-se! Contato com a Coluna [email protected] www.twitter.com/StrattegiaSaude S i n d i c a i s Antes de se aposentar, passe no sindicato O diretor do Centro de Medicina Alternativa (Cema) do Hospital Regional de Planaltina, Cláudio Werneck Muniz, tinha contagem de tempo suficiente para pedir aposentadoria no final de 2009. Sem ter acesso fácil a informações que lhe dessem segurança na tomada de decisão, procurou o serviço de revisão de contracheque disponível no SindMédico-DF (ReviSalário). Com o que ficou sabendo, resolveu esperar um pouco mais. “Quase entrei com o pedido, mas poderia ter feito bobagem. Se tivesse solicitado aposentadoria no final do ano, o pagamento provavelmente atrasaria”, conta. A aposentadoria representa uma mudança radical de vida. Por isso, o SindMédico-DF auxilia o médico servidor do Governo do Distrito Federal a sanar dúvidas a respeito do assunto. Além de prestar informação do que é incorporado do salário ao vencimento, que é a remuneração do aposentado, também apresenta, por meio de si- mulação em planilha simplificada, uma projeção dos vencimentos que o médico terá. Saber o melhor período para dar entrada no pedido de aposentadoria faz muita diferença. No caso de Werneck, por exemplo, haveria dificuldades. Não existe folha suplementar no mês de dezembro e pagamentos referentes a exercício findo costumam demorar mais a ser realizados do que os feitos no primeiro semestre do ano seguinte. Licença-prêmio e férias Titulação Usar o período adquirido para complementação da contagem do tempo de serviço pode ser uma vantagem, mas, no caso de nova aquisição iminente, talvez o melhor seja esperar alguns meses. Isso porque a Secretaria de Saúde converte licença não utilizada em pecúnia. Ou seja, cada mês de licença não gozado é convertido integralmente em um salário mensal normal, que o médico recebe limpo ao se aposentar. O médico Fábio Mendes Júnior foi outro que recorreu ao ReviSalário. “Vi que perderia dinheiro tirando férias logo antes da aposentadoria”, afirma. No caso das férias, há um detalhe: existe um adicional de 30%, pago pelo empregador. Se o empregado usa as férias e logo depois se aposenta, recebe somente esse percentual a mais no mês de gozo das férias e, ao se aposentar, o residual proporcional. Se deixa de utilizar o período adquirido e se aposenta, no mês seguinte à publicação da aposentadoria recebe o salário do mês das férias a que tinha direito acrescido de um terço, mais o resíduo proporcional a cada mês trabalhado. Cada caso deve ser analisado para se verificar de que forma se obtém maior vantagem. Antes de se aposentar, é aconselhável analisar também a Gratificação de Titulação. O teto desse benefício – que é incorporado aos vencimentos de aposentadoria – chega a 30% do salário base. O limite máximo é dado a quem tem título de doutorado, mas especializações transversais aceitas pela Secretaria de Saúde podem incrementar a remuneração. Um curso de informática de 40 horas certificado pela SES, por exemplo, pode significar um aumento de 8% no valor pago por essa rubrica. Para o aposentado, que perde 20% da gratificação de movimentação e do adicional de insalubridade, passa a fazer mais diferença. O serviço de consultoria sobre contracheques também traz esclarecimentos de regras, descontos de previdência social e Imposto de Renda na aposentadoria. Fábio Mendes e Cláudio Werneck constataram que o ReviSalário é importante. “É muito fácil, a planilha é prática, não tem dificuldade”, diz Mendes. Werneck também elogia: “É muito bom, merece elogio o sindicato dar espaço para esse atendimento que a gente não consegue no local de trabalho”, afirma. Simulação Os cálculos abaixo simulam (com valores fictícios) o que se recebe gozando ou deixando de gozar férias na véspera da aposentadoria. Se gozar férias: Se não gozar férias: Pagamento normal do mês: R$ 9.000,00 Pagamento normal do mês: R$ 9.000,00 Adicional de férias ( 1/3): R$ 3.000,00 Férias Vencidas (12/12): R$ 9.000,00 Férias Proporcionais (1/12): R$ 750,00 Adicional de férias vencidas (1/3): R$ 3.000,00 1/3 Férias Proporcionais: R$ 250,00 Férias Proporcionais (1/12): R$ 750,00 Total: R$ 13.000,00 1/3 Férias Proporcionais: R$ 250,00 Total: R$ 22.000,00 Marque um horário: O atendimento para revisão de contracheques funciona na sede do SindMédico-DF, às terças e sextas-feiras, das 9h às 12h. O agendamento deve ser feito pelo telefone 3244.1998, em horário comercial. 2 2 J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 S i n d i c a i s Novos convênios para os médicos Linha de crédito na Caixa O SindMédico-DF estabeleceu convênio com a Caixa Econômica Federal para apoio creditício por meio da linha de crédito Aporte Caixa, sem destinação específica, para pessoas físicas. A taxa é de 1,35% a.m. + TR (vigência até 31/3/2011), com amortização em até 120 meses. Para obter o empréstimo, é necessário abrir conta na Caixa e apresentar um bem imóvel como garantia. O valor mínimo do empréstimo é de R$ 20 mil e a quota máxima de financiamento pode chegar a 70% do valor de avaliação do imóvel para quem já tem conta corrente e outro produto comercial na Caixa há pelo menos 120 dias, ou a 50% nos demais casos. Também será analisada a renda familiar do tomador para estabelecimento de teto. O imóvel oferecido em garantia pode ser comercial, terreno não ocupado ou o segundo imóvel residencial de sua propriedade. O imóvel de residência não é aceito. Os encargos que incidem sobre o empréstimo são o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e a taxa de avaliação de imóvel feita pela engenharia da Caixa. Excepcionalmente, até o dia 31 de março deste ano, a apresentação do carnê de IPTU do ano corrente dispensa o procedimento de avaliação. Os interessados devem procurar os gerentes Ronaldo, Patrícia, Edna, Nélida ou Carlos Roberto na agência Planalto (SBS, Quadra 1, Ed. Caixa – fones: 34219053 e 3421-9000). Mais detalhes sobre o convênio podem ser obtidos no site do SindMédico-DF (www.sindimedico.com.br) ou na própria agência da Caixa. Academia Curves Descontos de 60% na matrícula e de 10% nas mensalidades, semestralidades ou anualidades são oferecidos às médicas sindicalizadas e suas dependentes no mais recente convênio firmado pelo SindMédico com duas unidades da rede de academia para mulheres Curves. As duas unidades estão localizadas no Plano Piloto: Asa Sul Academia Femina de Ginástica (SHCS 405 – Bloco C – LJ. 28) e Ultraforma Academia (SHCGN 704 – Bloco D – LJ. 30). Faculdade Alvorada Novo convênio foi firmado entre o SindMédico-DF e a Faculdade Alvorada (516 Norte). Por esse instrumento, os sindicalizados e seus dependentes podem obter descontos de 46,30% a 72% nas mensalidades dos 20 cursos oferecidos pela instituição, exceto a parcela de matrícula. Os descontos não são cumulativos para alunos inscritos no Fies e Prouni. Confira os detalhes do convênio, a grade de cursos e respectivos descontos no site do sindicato. Assembleia ajusta estatuto Convocados previamente, por meio de correspondência enviada a todos os sindicalizados, em consonância com o estatuto, os presentes à assembleia geral extraordinária realizada no dia 26 de janeiro aprovaram, por unanimidade, adequações em prazos e artigos conflitantes no estatuto do sindicato. ERRATA – AGRACIADOS Na última edição da Revista Médico (84), na matéria sobre os agraciados do Prêmio SindMédico 2010, as fotos dos doutores Sidney Haje e Ronaldo Cuenca foram trocadas. Registramos as nossas desculpas e fazemos a devida correção, republicando as imagens. R e v i s t a M é d i c o Dr. Ronaldo Mafia Cuenca Prêmio Medicina Acadêmica Dr. Sydney Abrão Haje Prêmio Pesquisa em Medicina 2 3 S i n d i c a i s Médico do setor privado ganha autonomia sobre honorários Presidentes de sociedades compareceram ao CRM-DF para tirar dúvidas sobre a resolução Começou a contagem regressiva para que os colegas que atuam na iniciativa privada possam assumir total controle sobre os valores e recebimentos dos honorários praticados junto aos convênios. Isso será possível graças à Resolução 317, editada pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) no ano passado, que disciplina as regras para que os serviços prestados pelos médicos não mais sofram com a intervenção de intermediários. Atualmente, como regra geral, os hospitais, ao negociarem seus contratos com os planos de saúde, acabam não só precificando as taxas de hotelaria, medicação e outros itens relacionados com a infraestrutura de sua responsabilidade, mas também a parte que cabe exclusivamente ao médico, por sua atividade no exercício da profissão. Dessa maneira, o que acabou ocorrendo foi que os valores intermediados indevidamente sobre honorários médicos, acabaram valorizando bem menos do que os destinados à remuneração dos hospitais. Segundo o presidente do CRM-DF, Iran Augusto Cardoso, a Resolução chegou não só para corrigir essa distorção, ao devolver para o médico o direito de negociar os valores pelos serviços que presta, bem como prover para possibilitar outros instrumentos que vão melhorar a remuneração no setor. Entre eles, estão que os hospitais também não poderão mais receber os valores de honorários e repassá-los para o profissional, evitando bitributação; e que o honorário do médico não pode mais ser dividido ao meio, caso o paciente seja oriundo do plano do tipo enfermaria. “O convênio deverá, a partir de agora, depositar o dinheiro direto na conta do médico, sem discriminar a atividade profissional dele, só porque o plano estabeleceu uma regra contratual com seus usuários para uma categoria que prevê hotelaria compartilhada. O trabalho do médico é o mesmo independente de acomodação”, ilustra. MOBILIZAÇÃO O CRM-DF está promovendo uma ampla campanha de esclarecimento junto à classe médica, hospitais e convênios para que a Resolução não seja transgredida por quem quer que seja. Nesse trabalho estão unidas as principais entidades médicas, como o SindMédico-DF e a AMBr. Além da produção e encaminhamento para cada médico, de cartilha esclarecendo todos os novos tópicos da resolução, a mobilização inclui uma ex- 2 4 tensa agenda de reuniões com representantes de sociedades de Especialidades, responsáveis técnicos dos hospitais, representantes do Sindicato Brasiliense de Hospitais (SBH) e com os próprios convênios. Tudo isso, para que no dia 19 de março a medida possa começar a valer na rede privada do Distrito Federal. O movimento desenvolvido em Brasília está sendo acompanhado muito de perto pelos conselhos de outras unidades da Federação, bem como pelo próprio Conselho Federal de Medicina (CFM). Cópia da resolução foi expedida para diversos estados e debatida com membros da entidade superior. A expectativa é que o modelo implementado na capital do país possa ser espalhado como referência para o Brasil, promovendo uma melhora nacional da remuneração dos médicos do setor privado. Segundo o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, a medida J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 S i n d i c a i s tem tudo para emplacar, principalmente se a classe médica permanecer unida. Ele resgata outro aspecto da medida que não pode passar despercebida, que é a fixação dos parâmetros da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como fator de remuneração da categoria. “Com a medida, vamos assumir as rédeas da negociação do nosso trabalho e ter como garantia a implementação da CBHPM para melhor nos remunerar no setor privado, exatamente como o CFM defende e tem ganho nos tribunais do país, contra os planos que desejam pagar menos aos colegas”, conclui. Providência para adequação à nova medida. A partir do dia 19 de março o médico, deverá estar enquadrado nas normas previstas na Resolução 317/2010, a fim de não incorrer em transgressão junto ao CRM-DF. Para isso, ele deverá promover a contratualização de sua atividade junto aos convênios, que pode ser feita de maneira direta (contrato a contrato com cada plano de saúde) ou por meio de associação representativa, devidamente habilitada para essa finalidade. Veja a seguir as diferenças entre elas: Contrato via associação: - A associação cuida da negociação dos honorários com os planos de saúde; - A entidade fatura, recebe e repassa os honorários pagos pelos convênios, creditando os valores em conta bancária única do associado; retendo a taxa de administração previamente estipulada; Contrato direto: - O médico assume a responsabilidade por fazer contratos com cada convênio, devendo observar o equilíbrio entre direitos e deveres nas cláusulas pactuadas; - O médico gerencia o recebimento dos honorários nas diversas contas bancárias estabelecidas por cada convênios; e - A associação providencia o encaminhamento das guias aos planos de saúde e a recuperação de glosas, utilizando tecnologia da informação em conformidade com os convênios e exigências da ANS; e - O médico administra os serviços de faturamento, encaminhamento de guias, recuperação de glosas e atualizações junto à ANS; e - A entidade presta assessoramento jurídico e faz a atualização quanto às normas da ANS. - O médico precisa manter infraestrutura tecnológica para transferência de informações junto aos convênios. Equipe Qualquer dúvida, entre em contato com o CRM-DF ou com uma das entidades médicas participantes desta mobilização. Mais informações no site: www.equipemaiss.com.br Médicos com Autonomia e Independência da Saúde Suplementar R e v i s t a M é d i c o 2 5 V i d a M é d i c a Depois de tudo, um mergulho A natação – quando não há fator restritivo – ocupa lugar de destaque entre as atividades físicas mais recomendadas pelos médicos. A rotina, no entanto, faz com que muitos profissionais não consigam levar suas sugestões para fora do consultório e tornemse sedentários. Já para outros, nadar é um verdadeiro tônico contra o estresse, mal-estar, dores e até contra o mau humor. O cardiologista Álvaro Sarabanda pratica natação desde 1992, quando fazia residência médica na Universidade de São Paulo (USP). Como sua rotina era bem corrida e não tinha horários fixos, procurou uma atividade física que pudesse praticar em qualquer intervalo ocasional. “Havia uma pista de atletismo e uma piscina, ou seja, era correr ou nadar. Optei pela piscina, já que gostava bem mais de natação”, conta. Mesmo depois de ter completado a graduação e se mudado para Brasília, Sarabanda não deixou de nadar. Hoje, faz aulas de natação quatro vezes por semana. O que mais atrai o cardiologista nesse esporte é a sensação de bem-estar. “(A natação) tira meu estresse. Depois de nadar, todas as minhas preocupações diminuem. Os problemas não são resolvidos, mas consigo encará-los de forma mais tranquila”, afirma. Álvaro Sarabanda, cardiologista Braçadas mediterrâneas Para o médico residente em dermatologia Orlando Morais, de 26 anos, nadar é muito mais uma terapia do que um exercício físico. “Eu esqueço todos os meus problemas quando entro em uma piscina. O dia pode ter sido estressante, mas, depois de nadar, eu me sinto livre”, afirma. Morais, que nada desde 2010, teve motivação especial e bastante agradável para se entregar ao esporte: refrescar-se nas águas mediterrâneas que banham a Ilha de Malta. Um mergulho no berço da civilização ocidental com um olhar especial nas badaladas praias europeias. Morais já voltou de viagem, mas a motivação continuou de férias. Parado desde que voltou, o jovem dermatologista conta que voltará a nadar em março. “Vou deixar de moleza e nadar novamente, três vezes por semana”, brinca Orlando. 2 6 Orlando Morais, dermatologista J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 V i d a M é d i c a Boiando no azul O médico do trabalho e pediatra Ricardo Corsato tem a natação como tratamento de saúde e hobby. Com 50 anos, pratica o esporte desde 2005. Vítima de dores osteomusculares na coluna cervical, encontrou no esporte uma forma de diminuir o desconforto e de ganhar condicionamento físico. “Eu me sinto mais bem disposto desde que comecei a nadar. Minha coordenação motora melhorou e minhas dores diminuíram bastante“, conta Corsato, que frequenta o Clube do Médico há três anos. Além de todos os benefícios para a saúde, o médico ainda encontrou na natação uma boa forma para se livrar do estresse. “Eu até durmo melhor depois de nadar. Gosto de cair na piscina no fim da tarde, depois de toda a correria do dia. É uma das melhores formas de relaxar que eu conheço”, afirma. O professor de educação física Tony Castro afirma que a natação é um dos esportes mais completos do mundo. “Além de gastar bastante energia, ajudando a perder peso, quem pratica natação trabalha o corpo como um todo”, explica. Outra vantagem desse esporte é que pode ser praticado por pessoas de qualquer idade, independente de suas condições físicas. “Além de melhorar o preparo, todas as atividades na água auxiliam no alongamento dos músculos, proporcionando bem-estar a quem pratica”, conclui o professor. O Clube do Médico traz uma novidade para quem deseja cair na piscina. O Ricardo Corsato, Pediatra cubano Pavel Bello, técnico de natação com renome internacional, comandará a escola de natação. Com experiência em competições como Jogos Pan-Americanos e mundiais de natação, Pavel chega para ministrar todas as aulas do Clube, que começarão no dia 28 de fevereiro. As inscrições estão abertas. Serviço: O Clube do Médico fica Setor de Clubes Sul, Trecho 3, Conjunto 6. Inscrições na escola de natação podem ser feitas na Secretaria de Esportes do Clube do Médico. O telefone para mais informações é o 2195-9797. Mergulho na memória É impossível falar de médicos nadadores sem falar de Guynemer Brasil Otero (foto ao lado). Falecido em abril de 2009, foi participante ativo das assembleias do SindMédico-DF. Filiado em abril de 1979, foi delegado sindical mesmo depois dos 80 anos. Essa vitalidade, em parte, pode ser atribuída à prática R e v i s t a M é d i c o da natação – esporte ao qual se empenhou com esforço semelhante à sua dedicação aos pacientes e ao trabalho sindical. Em homenagem a ele, várias vezes campeão em disputas nas piscinas, o Campeonato Brasiliense de Natação de 2005, sediado no Iate Clube de Brasília, foi chamado “Troféu Guynemer Brasil Otero”. 2 7 D r. V i n h o s G i l F á b i o d e F r e i t a s Vinhos e Histórias Uvas da França A uva é uma fruta democrática. Pode se transformar em geleia, suco, vinagre, óleo e passas, entre outros. É na forma do vinho, no entanto, que encontra sua forma mais nobre, resultado de engenho e arte humanos e do profundo conhecimento no plantio de uvas e na elaboração da bebida. Há, nos diversos países do mundo, incontáveis castas de uvas, embora apenas parte delas seja utilizada na vinicultura e tenha relevância econômica. As uvas que produzem vinhos – mais de uma centena – são apenas as variedades da espécie Vitis vinifera e cada uma delas tem suas características próprias, como o formato das folhas e dos cachos, a cor e o tamanho das uvas. É a diversidade de uvas viníferas que permite que haja vinhos com aspecto, aroma, concentração e sabor, entre outros, tão diferentes. Apenas em Portugal, por exemplo, são usadas 82 castas de uvas na fabricação da bebida. A maior parte dos vinhos é feita com cortes diferentes de uva, alguns em maior ou menor proporção. Um dos vinhos mais famosos do mundo, o Chateauneuf du Pape, pode levar na fabricação até 13 variedades distintas, com predomínio da casta Grenache ou Granacha, a mais cultivada do mundo. A variedade de uvas viníferas é muito grande e impossível de ser abordada em um único artigo. Nesta coluna, apresentaremos importantes cepas tintas da França, país-referência na produção vinícola. Nas próximas revistas, abordaremos as uvas italianas, espanholas, portuguesas e alemãs, que também têm grande aceitação no mercado internacional de vinhos. Cabernet Sauvignon É a mais famosa uva vinífera francesa e origina mais vinhos de qualidade do que qualquer outra cepa tinta. Gera vinhos bem-estruturados, elegantes, de boa capacidade de envelhecimento e de tons profundos, com sabores minerais, vegetais e frutados, entre eles cassis, menta e pimenta-verde. Amadurecidos em carvalho, sugerem baunilha ou cedro. Nos tintos clássicos, é combinado com Merlot e Cabernet Franc. Também é produzida com sucesso no Chile, nos Estados Unidos e em vários outros países. 2 8 J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 V i n h o s “Agora que a velhice começa, preciso aprender com o vinho a melhorar envelhecendo e, sobretudo, a escapar do perigo terrível de envelhecendo virar vinagre.” Dom Hélder Câmara Cabernet Franc Parente próxima da Cabernet Sauvignon, dá origem a vinhos leves e suaves, com sabores de amora, groselha e ervas. É usada em mesclas na região de Bordeaux e como varietal no Vale do Loire. Embora a casta seja muito usada em vinhos suaves para restaurantes, sobretudo no nordeste da Itália, deu origem nos últimos anos a alguns vinhos de primeira classe, aveludados e encorpados. Pinot Noir Surgida na Borgonha, a Pinot Noir gera alguns dos melhores vinhos do mundo. É uma cepa instável, que exige clima frio, poucos frutos e muito cuidado no vinhedo. Produz vinhos que evoluem bem com a idade. Quando jovem, o vinho desta cepa tem sabor de frutas tropicais. Com o envelhecimento em carvalho, torna-se cremoso e abaunilhado. Com a idade, desenvolvem aromas de caça e trufas. A uva também é usada na fabricação de champanhes e outros espumantes. Merlot Proveniente de Bordeaux, é uma cepa hoje cultivada em vários lugares do mundo. Na França, é a cepa dominante em diversas mesclas, principalmente com Cabernet Franc e Petit Verdot, resultando em vinhos espetaculares, sobretudo os das regiões de Pomerol e St-Émilion. Em outros lugares do mundo, é popular como uva varietal. Faz vinhos medianamente encorpados e suaves, longevos, com sabor de ameixa e frutas negras. Envelhecido em carvalho, pode ter notas cremosas e abaunilhadas. Mourvèdre De seus tons profundos e sabores vigorosos, surgem vinhos secos e carnosos, com aroma dominante de amoras pretas e alcaçuz. Na Espanha, é destinado principalmente a vinhos tintos não envelhecidos. Na França, exerce importante papel na composição dos vinhos do sul do Rhône e de Bandol. Vem ganhando espaço também na Austrália e na Califórnia. R e v i s t a M é d i c o 2 9 L i t e r á r i a s D r. E v a l d o A l v e s d e O l i v e i r a Medicina em Prosa Medicina DA MITRIDIFICAÇÃO À DESSENSIBILIZAÇÃO, 2000 ANOS DE HISTÓRIA Mitridates VI Eupátor Dionísio, conhecido como Mitrídates VI, viveu entre os anos 120 e 63 a.C. Foi rei do Ponto, um antigo estado helenístico localizado ao norte da península da Anatólia, atual Turquia, na costa sul do Mar Negro. Depois de conquistar a Anatólia ocidental, em 88 a.C., Mitrídades ordenou a execução de cem mil homens, mulheres e crianças romanas, tornando-se um dos maiores e bem-sucedidos inimigos de Roma. Por falar 25 línguas, Mitrídates conseguia comunicar-se com cada um de seus soldados em seu próprio idioma. Esse fato, de certo modo, ajudou-o a vencer várias batalhas contra Roma. Mitrídates foi derrotado por Pompeu na Terceira Guerra Mitridática (de 75 a 65 a.C.). Depois dessa derrota, ele se refugiou na cidade de Panticapaeum, onde tentou suicidar-se ingerindo veneno, porém não morreu devido a sua imunidade. Naquela época, era comum o envenamento – inclusive por familiares – de pessoas ligadas à nobreza, ao poder, o que levou Mitrídates a adotar medidas de precaução. Começou a tomar doses crescentes dos venenos mais utilizados, até que fosse capaz de tolerar uma dose letal. Essa 3 0 técnica de dessensibilização é hoje conhecida como mitridatismo ou mitridificação. Dessensibilização era o termo utilizado – até pouco tempo – para designar a utilização das vacinas no tratamento das alergias. Atualmente sabe-se que a imunoterapia com alergenos – como é chamada a vacinação para alergias – tem outros mecanismos de ação, e o termo dessensibilização ficou restrito a procedimentos em que se induz a tolerância de uma pessoa a determinados medicamentos aos quais apresentava reações. Mitridificação. Como exemplo, temos a dessensibilização com antibióticos – penicilinas, sulfas – e com AAS (aspirina), quando não se pode fazer sua substituição por outro medicamento. A título de exemplo dessa técnica, citamos um protocolo de dessensibilização à penicilina realizado em quatro horas. O paciente inicia o procedimento utilizando 100 U de Penicilina V oral, e vai dobrando a dose a cada quinze minutos. Ao fim de quatro horas, estará usando 1.000.000 U aplicadas no músculo. Dessensibilizado. De Mitrídates às modernas técnicas de dessensibilização, vinte séculos de história. J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 1 www.sabinonline.com.br O Laboratório Sabin adotou uma nova metodologia para diagnóstico de sífilis: o imunoensaio quimioluminescente de micropartículas. A sífilis, doença infecto-contagiosa crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem se mantendo como problema de saúde pública até o momento. Atualmente, os principais métodos para diagnóstico, tratamento e monitoramento da doença são o histórico clínico dos pacientes e testes sorológicos treponêmicos, como FTA-ABS e TPHA, e não-treponêmicos, como VDRL e RPR. O Laboratório Sabin adota para diagnóstico da sífilis uma nova metodologia: Imunoensaio Quimioluminescente de Micropartículas (CMIA), um teste treponêmico totalmente automatizado, que apresenta sensibilidade e especificidade maiores que 99% em todas as fases da sífilis, permitindo detecção precoce da doença e apresentando vantagens em relação a outros testes sorológicos. Por não serem comparáveis com os títulos obtidos no VDRL, os casos positivos por CMIA serão titulados por VDRL para permitir monitoramento do tratamento. O controle da sífilis promove a interrupção da cadeia de transmissão e prevenção de novos casos. Evitar a transmissão da doença consiste na detecção precoce e no tratamento adequado do paciente. SAIBA MAIS SOBRE ESSA NOVA TECNOLOGIA EM NOSSA ASSESSORIA CIENTÍFICA. 3329-8028