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O U T U B R O
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TURISMO
❚ ESPÍRITO SANTO
Comunidade de Vila Velha, que mantém tradições folclóricas, é gostosa surpresa
cultural. Ilha Caieiras, na capital, oferece uma das melhores iguarias capixabas
FOTOS: SHIRLEY PACELLI/EM/D.A.PRESS
Muros do Jucu exibem arte de Natural. Obra com temática do congo, forte manifestação cultural do balneário, é uma das mais bonitas
BARRA DOS
MOMENTO DE ORAÇÃO
ENCANTOS
MADALENA DO JUCU
“Eu fui lá pra Vila Velha
Direto do Grajaú
Só pra ver a Madalena
E ouvir tambor de congo
Lá na Barra do Jucu”
Serviço
VITÓRIA
COMO IR
Gol: voos a partir
de R$ 230 por
pessoa.
TAM: voos a partir de
R$ 282 por pessoa.
SHIRLEY PACELLI
Vila Velha – A música acima
era cantada pelo saudoso mestre
Antônio Rosa, mas foi escrita pelo
mestre Zé Maria, autor da maioria
das toadas de congo do Espírito
Santo. Zé Maria fez a canção quando sua filha Madalena de Jesus Simões nasceu. Nascida e criada na
Barra, Madalena faleceu em 2008.
A canção foi eternizada na voz do
sambista Martinho da Vila, em
1989. A Barra do Jucu, a 15 quilômetros do Centro de Vila Velha
(ES), é uma comunidade que guarda tradições religiosas e folclóricas.
O som da casaca e do tambor ditam a batida das rodas de congo. A
casaca é um instrumento musical
que lembra o reco-reco, mas com
a cabeça esculpida em forma humana. A área também é bastante
apreciada por surfistas e fãs da
moqueca capixaba.
É impossível passar pelas ruas
do Jucu sem perceber as cores e relevos que sobressaem dos muros
e postes das casas. Araras, cafeicultores, congadeiros e tambores dão
Vale a pena subir os 116 degraus para chegar ao Convento da Penha, em
VilaVelha (ES), principal atrativo da cidade. Sua história começou em
1562, com o frei Pedro Palácios. Certo dia, um painel da virgem, usado na
capela na base do morro, apareceu no alto do penhasco de 154 metros.
Depois de o painel ser encontrado outras duas vezes no topo do morro, o
religioso entendeu que deveria construir a capela no local indicado. A Festa
da Penha, realizada oito dias depois do domingo de Páscoa, é a terceira
maior festividade católica do país. As vans cobram R$ 3 para levar o turista
até a entrada do convento. Endereço: RuaVasco Coutinho, Prainha. Aberto das 5h às 17h.
(27) 3329-0420
conventodapenha.org.br
Trem: a partir de R$ 195 ida e
volta/por pessoa.
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Mascote da Quarta da Porca: a cada ano um tema diferente
um ar ainda mais cultural para a comunidade. O responsável pelas obras
é o artista Antônio Vieira Sampaio, de
48 anos, conhecido como Natural por
ter nascido no local. Natural conta que
as primeiras intervenções foram feitas
com cimento, em 2004, nos postes. A
irmã dele gostou tanto que pediu para
fazer em sua residência. As obras caíram no gosto da vizinhança e se espalharam por toda parte, contabilizando
cerca de 1 mil murais.
Além das congadas, outro tradicional evento da Barra é a saída do bloco
Quarta da Porca, que reúne cerca de 20
mil pessoas na quarta-feira de cinzas.
Os jornalistas Rubens Gomes, de 71, e
Pedro Maia, de 75, contam que a festividade se iniciou em 1970, a partir de
um desfile com uma porca. O animal
era solto e o público corria atrás dele.
Quem o alcançasse o levava para a casa. Com o tempo, o bichinho foi substituído por um boneco gigante que a cada ano ganha um novo capítulo de sua
história:casamento,batizadoeatéporquinho gay já desfilaram nas ruas da
Barra do Jucu.
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TOUR GUIADO
Oscar Augusto de Azevedo é o tipo
de guia que se desdobra para
responder as dúvidas mais
estranhas que possam aparecer.
Sempre dá informações citando
livros de jornalistas e historiadores
locais e tem uma memória de
elefante, especialmente com
números. Ele cobra R$ 200 por dia.
(27) 9882-8330
PEIXADA NÃO, MOQUECA!
Se quiser ofender um capixaba,
afirme que comeu uma moqueca
em outro lugar que não o Espírito
Santo. “Moqueca é só capixaba. O
resto é peixada”, já respondem alto e bom som. A iguaria típica do
estado é feita em panelas de barro com mais de quatro séculos de
tradição. A receita original é feita
com peixe fresco (robalo ou badejo), coentro, cebolinha verde, cebola, alho, tomates e urucum. O
molho é feito utilizando apenas a
água que sai dos ingredientes. O
coentro é um caso de amor ou
ódio. Caso você faça parte do segundo time, é possível pedir para
retirar o condimento.
Se quiser provar a verdadeira
moqueca, com direito a entrada de
casquinha de siri, vale conhecer a
Ilha Caieiras, um dos bairros mais
antigos de Vitória, sendo ocupado
no início do século 20. A comunidade hoje é reconhecida pela pesca e
a cultura das desfiadeiras de siri.
A reportagem encontrou Eliete
Barreto da Silva, de 51 anos, na porta de sua casa desfiando siri. Ela
contou que trabalha nessa ativida-
de desde os 16 anos e por 13 deles
foi presidente da cooperativa das
produtoras locais. Por dia, Eliete
desfia cerca de 10kg de siri, vendidos a R$ 40 cada. “Agora a procura é
grande. O preço melhorou”, conta.
A gastronomia de Caieiras atrai
um grande público, especialmente em temporadas de festivais, como o Panela de Barro, encerrado
no dia 20. Nesse período, tentar estacionar o carro pode ser uma tarefa árdua, mas flanelinhas locais
estão sempre a postos para ajudálo com as manobras.
Iguaria é
motivo de
orgulho
capixaba
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BARRA DOS - Secretaria de Turismo do Espírito Santo