SÍNTESE DE POLÍMERO CONDUTOR E ANÁLISE DA CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA SÍNTESE DE POLÍMERO CONDUTOR E ANÁLISE DA CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA Daryl A. Mendonça, Eduardo R. Nascimento, Iasmin H. Pracchias, Stefany T. Setogutti Professor: Carlos A. Silva, CCNH Campus Santo André Resumo Este trabalho expõe a síntese em laboratório pelo método químico, as propriedades e as características de um polímero condutor, a polianilina. Por suas características especiais, como, eliminação de carga estática, proteção contra corrosão, variação de cor com aplicação de potencial, entre outras, os polímeros condutores tem sido uma das classes de materiais mais estudadas atualmente, e algumas de suas aplicações também são citadas. INTRODUÇÃO METODOLOGIA Os polímeros condutores de eletricidade foram descobertos recentemente. A primeira observação dessa propriedade é atribuída a um assistente Hideki Shirakawa do Instituto de Tecnologia de Tóquio. Ao errar na quantidade de um dos reagentes, ele produziu um filme prateado e lustroso no qual, posteriormente foi descoberta condutividade elétrica. A partir daí outros polímeros condutores foram sintetizados, sendo o processo químico o mais utilizado industrial e foi também utilizado neste trabalho para a síntese da polianilina [1]. Inicialmente, 2 mL de anilina (C6H5NH2) 99% pura da marca Impex foi filtrada a vácuo com auxilio de um Kitassato, um funil de Büchner e uma trompa de vácuo. A anilina filtrada foi colocada em um balão de fundo redondo de 250 ml e foram adicionados 20 mL de HCl 1M. O balão foi colocado em um recipiente com gelo para manter o sistema a aproximadamente 0ºC e o mesmo foi colocado sobre um agitador magnético, mantendo-se a agitação constante. Em um béquer de 100 mL, separadamente, 6g de persulfato de amônio [(NH4)2S2O8] foram dissolvidas em 80 ml de HCl 1M e essa solução foi adicionada lenta e cuidadosamente à solução contendo anilina. De imediato, os dois líquidos transparentes ao reagirem adquiriram coloração violeta. Mantendo a agitação por duas horas, o sistema mudou de coloração variando tons de azul até o verde escuro, ao final. A solução final foi filtrada a vácuo, extraindo-se um líquido violeta que foi descartado, e ficando retiro OBJETIVO Sintetizar por processo químico, demonstrar e descrever as propriedades condutoras da polianilina, um polímero de grande utilização na indústria. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 SÍNTESE DE POLÍMERO CONDUTOR E ANÁLISE DA CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA no filtro um pó de coloração verde escura. Este pó foi colocado em um dessecador contendo carbonato de cálcio (CaCl2) e após dois dias obteve-se o produto final. Sua condutividade foi então testada com auxilio de uma bateria de 9V e um multímetro e os valores foram comparados aos medidos com uso de uma fita de cobre e uma tampa de caneta (polímero não condutor RESULTADOS E DISCUSSÃO O produto final obtido apresentou condutividade próxima à do cobre. A explicação para a propriedade condutiva está baseada na estrutura de alternância de ligações simples e duplas dos átomos de carbono da cadeia principal [2]. Figura 1 – Estrutura química da polianilina Com duas cadeias do polímero sobrepostas ocorre uma hibridização dos átomos de carbono (C), sendo que dos quatro elétrons de valência, 3 ocupam orbitais que fazem ligações do tipo σ (sigma) com seus vizinhos, responsáveis por unir os átomos de carbono na cadeia polimérica principal, e o quarto elétron ocupa um orbital deslocalizado pz que se sobrepõe formando ligações do tipo π (pi), dando aos polímeros as propriedades condutoras, uma vez que suas interações são mais fracas. energética entre as ligações π de duas cadeias do polímero (dimerização)e os defeitos estruturais gerados pela na cadeia permitem o transporte de carga elétrica [3]. CONCLUSÕES O produto final obtido apresentou exatamente as propriedades esperadas, características físicas semelhantes à de um polímero não condutor, e condutividade elétrica de um metal. Quando comparada a condutibilidade entre o cobre a polianilina, os valores foram muito próximos. Essa similaridade na condução elétrica, associada ao baixo custo na produção da maior parte dos polímeros condutores e suas propriedades físicas específicas, tem feito essa uma das classes de materiais mais promissoras na atualidade. Algumas de suas aplicações que pode ser citadas são: eletrodos de baterias sensores e capacitores; dispositivos eletrocrômicos, músculos artificiais e anticorrosivos.[4] REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1]MATTOSO, L.H.C. Polianilinas: síntese, estrutura e propriedades. Química Nova na escola, v. 19, n. 4, p. 388-399, 1996. [2]ATKINS, P. ; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. [3]TOMA, H.E. Ligação química: abordagem clássica ou quântica. Química Nova na Escola, n. 6, 1997. [4]ZOPPI, R.A. e DE PAOLI, M.-A. Aplicações tecnológicas de polímeros condutores: perspectivas atuais. Química Nova, v. 16, n. 6, p. 560-569, 1993. Figura 2 – Representação das ligações de duas cadeias de polianilina. Por fim, as ligações simples entre os átomos de carbono são mais longas que as ligações duplas, gerando uma diferença AGRADECIMENTOS Ao nosso Prof. Carlos A. Silva e aos nossos colegas de turma por todo apoio. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011