24 Ademar Antunes da Costa & Rodrigo Cristiano Diehl ponsáveis por essas duas fases devem estar entrosados, compartilhar informações e participar ativamente desses processos. De acordo com os estudiosos, a implementação é um processo difícil, pois muitas vezes essa fase não chega a alcançar seus objetivos em função da falta de vontade ou de acordo político. Do mesmo modo, Bryner enfatiza que “a implementação é a continuação da formulação de políticas, mas com novos atores, procedimentos e ambientes institucionais”14. Assim, o posicionamento que está ganhando força nos dias de hoje é a “noção de redes”, por isso é importante a integração dos diferentes organismos envolvidos em uma determinada política, e nesse caso, mais uma vez, o papel fundamental dos gestores públicos para o incentivo a essa aproximação, vez que, não obstante, o comum é o distanciamento e um espírito de competição presente também nos organismos governamentais. Por último, e quem sabe a fase mais importante, tem-se a avaliação de uma política, não basta apenas criá-la, implementá-la, sem se estar disposto a fazer uma análise minuciosa dos seus resultados obtidos, dos êxitos e das dificuldades apresentadas, do estudo de sua efetividade e eficiência. O ideal, nesse processo de avaliação, é justamente delinear se a política atingiu aos objetivos ao qual se propôs, assim como determinar se é conveniente que determinada política se mantenha ou se modifique. No Brasil, ainda é muito frágil o processo de avaliação de uma política, geralmente esse momento se resume em massa de manobra para políticos utilizarem-se de pseudo-resultados com o propósito de campanha para novas eleições a fim de se manterem no poder. Por isso que muitas vezes os processos avaliativos atuais acabam tendo pouca credibilidade junto a sociedade. Importante trazer à baila o posicionamento de Schmidt: Um governante que não tem mecanismos apropriados de acompanhamento das ações do seu governo, capazes de detectar até que ponto o governo está conectado com as 14 BRYNER, et al. Op.cit., p. 319. I Seminário Internacional de Direitos Humanos e Democracia Os Direitos Humanos e a sua Proteção 25 e 26 de abril de 2013