8ª REUNIÃO ANUAL PORTFIR 2015 Produção em substrato de fibra coco, controlo de qualidade pós-colheita de quatro variedades de tomate redondo para consumo em fresco Mª Gabriela Basto de Lima*; Sandro Gonçalves; Helena Lucas. Departamento de Tecnologia Alimentar, Biotecnologia e Nutrição, Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária, 2001-904 Santarém, Portugal Introdução: O tomate (Solanum lycopersicum) é um dos frutos mais consumidos no mundo e com um papel relevante na saúde do consumidor devido à sua riqueza em vitaminas, licopeno, fibras e compostos fenólicos. A degradação da qualidade do produto ocorre ao longo da cadeia de produção até chegar ao consumidor e deve-se aos processos metabólicos, danos mecânicos, doenças e pragas, contaminações microbianas e desordens fisiológicas. Assim o objetivo foi avaliar a cultivar que melhor se comportaria na pós-colheita e depois de refrigerada, para que se pudessem melhorar alguns aspetos na produção e conservação dos frutos, de forma a satisfazer as exigências do consumidor final. Resultados: Os resultados foram ANOVA/MANOVA. sujeitos a tratamento Materiais e métodos: 4 variedades de tomate redondo (A, B, C, D) em fresco e refrigerado. 3 colheitas 3 datas diferentes: 1ª colheita frutos 1º cacho; 2ª colheita frutos 3º e 4º cacho; 3ª colheita frutos 6º cacho. Parâmetros de análise: calibre, peso, ºBrix, firmeza, cor e sua relação com a estimativa do teor de licopeno. 5 frutos em fresco, 5 frutos refrigerados durante 1 semana, em frigorífico a 5 °C e 5 frutos em câmara frigorífica a 4 °C. estatístico Quadro1: Palete de cores dos frutos frescos e refrigerados. Variedade Data A 13/05/15 03/06/15 B 03/07/15 13/05/15 03/06/15 03/07/15 dia 1 semana F Figura 1: Valores médios de calibre dos frutos por cultivar. Figura 2: Produções totais por planta. 1 semana C Variedade C D dia 1 semana F 1 semana C Figura 3: Valores médios de °Brix por cultivar e por colheita. Figura 4: Valores médios de dureza por cultivar e por colheita.. Considerações finais: Qualquer das cultivares foi rentável pois todas tiveram produções elevadas e bons calibres. Todas as cultivares apresentaram uma cor apelativa em que os valores médios das coordenadas de cor estão de acordo com os valores de referência entre o vermelho maduro e o vermelho muito maduro (cf. quadro 1). É possível correlacionar o sabor doce com os valores de °Brix, e a firmeza com os valores de dureza. Na última colheita os valores de °Brix foram os mais elevados, e inversamente, os valores médios da dureza dos frutos foram os mais baixos em todas as cultivares, apesar dos frutos serem rijos ao toque, estando em condições de comercialização. A variedade D destacou-se pelos valores médios obtidos de °Brix, dureza e teores de licopeno, em fresco e refrigerada. Pode-se considerar que esta cultivar apresenta maiores vantagens para produção como para a comercialização. Figura 5: Valores médios da estimativa indireta dos teores de licopeno. Referências: 1. Schouten et al., Postharvest Biology and Technology, 2007, 45, issue 3, 298-306. 2. Batu, Journal of Food Engineering, 2004, 61, issue 3, 471-475. 3. Lucas, H., “Avaliação química, física e reológica de frutos de genótipos de tomateiro de acessos tradicionais frescos e refrigerados: Estimativa indireta de teores de licopeno via análise colorimétrica”, Tese de mestrado em Tecnologia Alimentar, ESAS, 2012. 4. Lima, M.G. et al., Caracterização física e reológica de acessos de tomateiro do BPGV. XVIIIº Encontro Luso-Galego de Química, Pontevedra-Galiza, 28-30 Novembro 2012. 5. Lima, M.G. et al., Caracterização física e reológica de acessos de tomateiro do BPGV. Catálogo de Tecnologias Alimentaria & Horexpo Brokerage. FOOD I&DT by INOVISA, Lisboa 2013. 6. Lima, M.G. & Lucas, H., Estudo exploratório da estimativa indireta de licopeno via análise colorimétrica de genótipos de tomateiro de acessos tradicionais frescos e refrigerados. Revista da UIIPS nº. 1, vol. 2, 39 pp, Fevereiro 2014.