CULTURA DA BANANA BOTÂNICA E VARIEDADES ORDEM : Scitamineae SUBDIVISÃO : Monocotyledoneae FAMÍLIA : Musaceae SUBFAMÍLIA : Musoideae GÊNERO : Musa TODAS AS ATUAIS CULTIVARES DE BANANEIRAS DERIVAM DE DUAS ESPÉCIES SELVAGENS : Musa acuminata : genoma AA Musa balbisiana : genoma BB PLOIDIA GENOMA DIPLÓIDES : AA AB TRIPLÓIDES: AAA AAB ABB TETRAPLÓIDES : ABBB AAAA CULTIVARES 60 02 BANANA OURO 30 SUBGRUPO CAVENDISH 20 - 100 - SUBGRUPO PRATA SUB- GRUPO PLAINTAIN 20 - 30 -SUBGRUPO FIGO 1-4 IC-2 -OURO DA MATA ("GOLDEN BEAUTY") Banana Caturra –CEASA/RS Evolução das Quantidades ( Em Kg ) Volume do Mês Volume de 98 a 00 1.150.000,0 1.100.000,0 1.050.000,0 1.000.000,0 950.000,0 900.000,0 850.000,0 800.000,0 750.000,0 700.000,0 650.000,0 JA N FEV M AR ABR M AI JUN JUL A GO SET Evolução do Preço Médio ( Em R$ / Kg ) OUT NOV DEZ Preço Médio do Mês Preço Médio de 98 a 00 0,60 0,56 0,52 0,48 0,44 0,40 0,36 0,32 0,28 0,24 JA N FEV M AR ABR M AI JUN JUL A GO SET OUT NOV DEZ CONCEITOS IMPORTANTES • MÃE= planta mais velha da touceira • FILHO=rebento originário de gema no rizoma mãe • IRMÃO= rebento originário de 2ªgema no mesmo rizoma • FAMÍLIA= conjunto de rizomas interligados (MÃE+FILHO+NETO) CICLO VEGETATIVO Do surgimento do rebento até a colheita CICLO DE PRODUÇÃO Da colheita da mãe até a colheita do filho Em São Paulo: 1ª colheita aos 12 meses e as subseqüentes a cada 6 meses NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO : TABELA 1 : EXTRAÇÃO DE NUTRIENTES EM 1 Ha DE BANANA (2000 PLANTAS E 50 TON. DE FRUTOS) MALAVOLTA 1981. ELEMENTO TOTAL PLANTA FRUTOS %EXPORTADA N (Kg) 388 189 49% P (Kg) 52 29 56% K (Kg) 1438 778 54% Ca 227 101 44% TABELA 2 : EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES EM 1 ha NA PRODUTIVIDADE DE 30 t/Ha DE FRUTOS. BOUFILL 1962 ELEMENTO PSEUDO CAULE FOLHAS CACHO TOTAL N (kg) 29 191 64 284 P2O5 (Kg) 11 42 19 72 K2O (Kg) 92 380 164 636 CaO (Kg) 24 144 8 176 Tratos culturais na bananeira Engº Agrº Carlos A. Krause TRATOS CULTURAIS As práticas culturais, quando realizadas de forma correta e na época adequada são de fundamental importância para o bom desenvolvimento e produção da cultura da bananeira Desbaste • É a prática mais importante do bananal • Eliminação do excesso de rebentos na touceira • Deve-se deixar apenas uma família (a planta mãe, um filho e um neto), selecionando-se, preferencialmente, brotos profundos, vigorosos e separados 15 a 20 cm da planta mãe, eliminando-se os demais. • Recomenda-se que este procedimento seja feito quando os rebentos atingirem a altura de 20 cm a 30 cm Desfolha • Consiste em eliminar as folhas que não mais exercem função ou que podem prejudicar a bananeira. • O número de operações varia com as condições específicas de cada cultivo ou região. • As folhas cortadas deverão ser espalhadas nas ruas do bananal, proporcionando proteção ao solo e servindo como fonte de matéria orgânica para produção de cobertura morta Eliminação da ráquis masculina ou "coração" POR QUE? • QUANDO? COMO? A eliminação do coração da bananeira proporciona aumento do peso dos frutos (~10%), melhora sua qualidade e acelera a maturação (1 SEMANA); • Diminui a atratividade para as abelhas arapuá (Trigona sp.) E TRIPS, insetos que danificam as bananas e que podem ser o vetor de doenças como o moko. • A eliminação da ráquis masculina deve ser feita duas semanas após a emissão da última penca, por meio da sua quebra ou corte, que deve ser sempre efetuado 10 a 15 cm abaixo dessa penca. Abelha Irapuá TRIPS Despistilagem Eliminação da última penca • POR QUE? • COMO? • QUANDO? Ensacamento do cacho • 1) aumenta a velocidade de crescimento dos frutos, ao manter em sua volta uma temperatura mais alta e constante; • 2) evita o ataque de pragas como a abelha arapuá e trips sp.; • 3) melhora a aparência e qualidade da fruta, ao reduzir os danos provocados por arranhões e pelas queimaduras no pericarpo, em conseqüência da fricção de folhas dobradas; e • 4) protege os frutos do efeito abrasivo de defensivos utilizados no controle do mal-de-sigatoka. Escoramento • Objetiva evitar a perda de cachos por quebra ou tombamento da planta, devido à ação de ventos fortes, do peso do cacho, da altura elevada da planta e de sua má sustentação, causada pelo ataque de pregas • O escoramento pode ser feito utilizando escora de madeira ou fios. A escora pode ser vara de bambu ou de outra madeira. • Com a escassez e o custo elevado das escoras de madeira, tem-se utilizado fios de prolipropileno, que é amarrado preferencialmente no engaço junto à roseta foliar e na base de uma outra planta que, pela sua localização, confira maior sustentabilidade à planta com cacho. Corte do pseudocaule após a colheita É aconselhável fazer o corte do pseudocaule próximo ao solo, imediatamente após a colheita do cacho, pelas seguintes razões: • a) evita-se que o pseudocaule, não cortado, contribua para a disseminação de doenças; • b) contribui para a melhoria das propriedades físicas e químicas do solo, graças à rápida e eficiente incorporação e distribuição dos resíduos da colheita; e • c) reduz custos com a realização de um único corte.