UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC
O CUIDADO EM SAÚDE A IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA: PERCEPÇÃO E
ATUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA EMERGÊNCIA
DUARTE, Rafaela C 1; SALUM, Nádia C.2 MARTINS, Joseane de J 3
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
No decorrer dos anos, ocorreu uma grande
modificação no perfil da sociedade brasileira, percebeu-se que a
população idosa está predominando mais que a população jovem.
Em conseqüência, do crescimento do envelhecimento populacional,
o idoso torna-se mais susceptível as diversas formas de violência.
A cada ano no mundo, cerca de 2,5 milhões de idosos sofrem
abusos. Desta forma, a Política Nacional Idoso (BRASIL, 1998), a
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL, 2006), e o
Estatuto do idoso (2003) constituem-se dispositivos legais que
norteiam ações sociais e de saúde, garantem os direitos das
pessoas idosas e determinam ao Estado sua responsabilidade na
proteção aos mesmos. Porém, sabe-se que a efetivação de uma
Política Pública requer uma atitude consciente, ética e cidadã de
uma sociedade interessada em envelhecer de modo mais saudável
possível. O Estado, os profissionais da saúde, os idosos e a
sociedade em geral são todos co-responsáveis por este processo
de legitimação de seus direitos e deveres. Observa-se que a
população idosa tem-se tornado vítima de sucessivas formas
violência, tais como: abusos físicos, psicológicos e sexuais;
abandono, negligência, exploração financeira, maus tratos, entre
outros (MINAYO, 2008). Na maioria das vezes, os responsáveis por
estes danos são os próprios familiares. Outros responsáveis
também são os trabalhadores da saúde, que estão encontram-se
despreparados para cuidarem de idosos ou, desconhecem os
direitos dos idosos.
METODOLOGIA
Trata-se
de
uma
pesquisa
descritivo
exploratório com abordagem quali-quantitativa em razão dos
aspectos objetivos e subjetivos presentes na avaliação e
atendimento da violência com idosos. A estratégia metodológica
utilizada para a coleta de dados constituiu na aplicação de um
questionário aplicado com 22 profissionais de saúde que atuam na
emergência
CONCLUSÃO
Viver com dignidade é um direito de todo ser
humano, já que significa a própria garantia do direito à vida. Nesse
sentido, o Estado precisa desenvolver e disponibilizar às pessoas
envelhecidas toda uma rede de serviços capaz de assegurar a todos
os seus direitos básicos, como, por exemplo, saúde, transporte,
lazer, ausência de violência tanto no espaço familiar como no
espaço público. Os profissionais estão despreparados para o
atendimento de casos de violência ao idoso, enfatizando neste
sentido a necessidade dos profissionais da saúde receber
capacitações freqüentes sobre o tema de violência ao idoso,
garantindo a melhoria da qualidade da assistência, garantindo a
satisfação dos idosos perante o atendimento.
• Conhecer o modo de agir e cuidar do idoso vítima de violência atendido no
Hospital Regional de São José pelos trabalhadores que atuam na unidade de
Emergência, onde são prestados os primeiros cuidados a este idoso;
• Verificar o preparo dos trabalhadores da saúde da emergência para o cuidado
dos idosos nas situações de violência;
• Verificar como é notificado algum tipo de violência e como é realizado a
denuncia do violentador.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A discussão dos dados foi realizada através de eixos temáticos: o que
pensam os profissionais sobre a violência com idoso, o que fazem os
profissionais diante da violência ao idoso e como agem diante da violência.
No primeiro eixo que aborda:
O que pensam os profissionais sobre a violência ao idoso?
Percebeu-se que os profissionais da área da saúde
tem consciência do que é violência ao idoso, definindo-a como abandono,
agressão física, negligência, agressão psicológica, agressão verbal e maustratos.
O que fazem os profissionais diante da violência ao idoso?
Percebeu-se que muitos dos profissionais da saúde
se intimidam perante os casos de violência ao idoso, muitos preferem
comunicar a chefia ou a ajuda de outros profissionais. Sentem-se
comprometidos para amenizar as conseqüências da violência junto aos
idosos, procurando identificar na avaliação e cuidado prestado sinais de
violência, bem como observam o comportamento dos familiares e
acompanhantes.
Como agir diante da violência ?
Observou-se que apesar dos profissionais não terem
por hábito fazer denuncias de violência sofrida pelos idosos a maioria dos
profissionais já atenderam idosos vítima de violência e apenas alguns não
atenderam nenhum caso, sendo mais freqüentes os casos de abandono. A
maioria dos profissionais gostam e se sentem preparados para cuidarem
dos idosos. Os mesmos consideram que a Instituição não oferece
condições para tratarem dos Idosos violentados e que esta falta de
estrutura e privacidade se torna também uma forma de violência a estes
idosos. Com a analise dos dados verificamos que os profissionais querem
e necessitam de capacitações freqüentes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
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da 8ª fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Bolsista do Programa de Iniciação Científica do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Email: [email protected]
2Doutora em Enfermagem. Professora titular do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – Orientadora do projeto.
Email:[email protected]
3Doutora em Enfermagem – Colaboradora do projeto. [email protected]
1Acadêmica
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