Bioenergia da Cana: contribuição para o PL 630/03 Alfred Szwarc União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) Brasilia. 15 de abril de 2009 Matriz de Energia Comparada ESTRUTURA DA OFERTA INTERNA DE ENERGIA (%) 100 % 93,8 90 87,3 80 70 60 54,2 50 40 45,8 30 20 NÃO-RENOVÁVEL 10 12,7 6,2 0 Brasil(2007) Fonte: EPE (2008). Mundo(2005) OECD(2005) RENOVÁVEL Matriz Brasileira de Energia 2007 Não R enovável 53.6 Petróleo e derivados 36.7 Gás natural 9.3 Carvão mineral e derivados 6.2 Urânio e derivados 1.4 Renovável 46.3 Hidráulica 14.7 Lenha e carvão vegetal 12.5 Derivados da cana 16.0 Matriz de energia - Brasil - 2007 3.1 Outras renováveis Total 100 2006 55.0 37.8 9.6 6.0 1.6 44.9 14.8 12.7 14.5 2.9 100 2005 55.5 38.7 9.4 6.3 1.2 44.5 14.8 13.0 13.8 2.9 100 Outros 23% Petróleo e derivados 37% Gás natural 9% Hidroeletricidade 15% Produtos da cana 16% Fonte: EPE (2008). Cana-de-açúcar: opção custoefetiva para geração de energia Perspectivas de Evolução da Produção 2008/09e 2015/16 2020/21 Produção cana-de-açúcar (milhões t) 562 829 1.038 Açúcar (milhões t) 31,2 41,3 45,0 Consumo interno 10,2 11,4 12,1 Excedente para exportação 21,0 29,9 32,9 27,0 46,9 65,3 Consumo interno 22,2 34,6 49,6 Excedente para exportação 4,8 12,3 15,7 Potencial Bioeletricidade (MWmédio) 1.800 11.500* 14.400* Participação na matriz elétrica brasileira (%) 3% 15%* 15%* Álcool (bilhões litros) Nota: dados estimados para a safra 2008/09; potencial bioeletricidade Æ considerou-se a utilização de 75% do bagaço + 50% da palha disponíveis para a projeçã das safras 2015/16 e 2020/21. (*) Valores sob revisão devido mudanças no cenário econômico . Elaboração: UNICA, Copersucar e Cogen. Alguns Benefícios da Bioeletricidade da Cana • Renovável; • Geração descentralizada com economias na estrutura de transporte; • Capacidade instalada e energia transportável em curto período de tempo, fornecendo “lastro” ao desenvolvimento econômico; • Oferta dada por pequenos/médios produtores, aumentando o número de agentes na geração e a competição no setor; • Energia complementar à hidráulica, diminuindo o risco hidrológico e diversificando a matriz energética; • Substitui o gás natural e possibilita a sua destinação para outros fins; • Mitiga a emissão de gases do efeito estufa e apresenta menor impacto ambiental. Fonte: EPE PL nº 630/03 • altera o Art. 1º da Lei nº 8.001 de 13/03/90 que define os percentuais da distribuição da compensação financeira de que trata a Lei nº 7.990 de 28/12/89 • cria fundo especial para financiar pesquisa e produção de energia elétrica e térmica a partir da energia eólica e da energia solar. Ignora a produção de energia elétrica e térmica a partir da cana-de-açúcar. Razões para inserção da cana no PL nº 630/03 • energia contida na cana também é uma forma de energia “solar” (fotossíntese). • produção de energia elétrica e térmica de biomassa é principalmente obtida do bagaço da cana. • necessidade de pesquisa para avanço no uso mais eficiente do bagaço e aproveitamento energético da palha da cana. • necessidade de pesquisa para viabilização da produção de energia elétrica e térmica do etanol e outros potenciais derivados da cana (combustível secundário, emulsões, célula de combustível etc) Sugestão para inserção da cana no PL nº 630/03 • Art. 1º Esta lei...a partir da energia eólica, da energia solar e da energia da cana-de-açúcar. • Art. 4º Os recursos...a partir da energia elétrica solar, da energia eólica e da energia da cana-de-açúcar serão reservados.... Benefícios diretos: estímulo ao desenvolvimento de pesquisa e produção de energia elétrica e térmica a partir de uma fonte de energia de baixo custo, disponível em diversas regiões do país, em escala comercial e em quantidade crescente. Obrigado pela Atenção ! www.unica.com.br Custos de Investimento e de Geração Fonte: MME