Revista Brasileira de Fisica, Vol. 12, NP 3, 1982 Quebra de Simetria em Hartree-Fock: Soluções Localizadas em Mol6culas SYLVIO CANUTO Departamento de Fisica, Universidade Federal de Pernambuco, 501KX)Recife, PE Recebido em 14/ 1/82 I n Hartree- Fock t h e o r y t h e wave f u n c t i o n i s o b t a i n e d varia- t i o n a l l y and t h e l o w e s t energy s o l u t i o n does n o t n e c e s s a r i l y r e f l e c t t h e t o t a l symmetry o f t h e H a m i l t o n i a n . There from, t h r o u g h symmetry break- down, i t i s p o s s i b l e t o i n c o r p o r a t e i m p o r t a n t c o r r e l a t i o n e f f e c t s t h e indeperident p a r t i c l e model. into I n t h e case o f s p a t i a l s y m m e t r y w e a l l o w the molecular o r b i t a l s t o transform according t o the i r r e d u c i b l e repres e n t a t i o n o f a s t r a t e g i c sub-group o f t h e t o t a l symmetry group of the molecule. T h i s may l e a d t o i o n i z a t i o n an t o l o c a l e x c i t a t i o n s . T h e s e a s p e c t s a r e d i s c u s s e d s t a r t i n g from severa1 ab i n i t i o USCFc a l c u l a t i o n s f o r e x c i t a t i o n s n- a* and a-v*, as w e l l as i o n i z a t i o n s , b o t h i n deep and valence s h e l l s . Na t e o r i a de Hartree- Fock a função de onda é obtida v a r i a c i o nalmente e a solução de mais b a i x a e n e r g i a não r e f l e t e necessariamente a s i m e t r i a t o t a l do H a m i l t o n i a n o . Daí, a t r a v é s de quebra de s i m e t r i a p o s s í v e l i n c o r p o r a r i m p o r t a n t e s e f e i t o s de c o r r e l a ç ã o d e n t r o do de p a r t í c u l a s independentes. No caso de s i m e t r i a e s p a c i a l que os o r b i t a i s m o l e c u l a r e s se transformem de acordo com a modelo p e r m i t i m os representa- ção i r r e d u t í v e l de um sub- grupo e s t r a t é g i c o do grupo de s i m e t r i a total da m o l é c u l a . I s t o pode l e v a r a i o n i z a ç ã o e e x c i t a ç õ e s l o c a l i z a d a s . t e s aspectos são d i s c u t i d o s a p a r t i r de d i v e r s o s cálculos é ab Es- initio MSCF p a r a e x c i t a ç õ e s n-r* e v-a*, bem como i o n i z a ç õ e s t a n t o em camadas profundas como na r e g i ã o de v a l ê n c i a . INTRODUÇAO O modelo de p a r t í c u l a s independentes e n c o n t r a um auge no es- quema de ~ a r t r e e - ~ o c k "(HF). ~ Tal aproximação tem t i d o uni r a z o á v e l sucesso na determinação de d i v e r s a s p r o p r i e d a d e s associadas a sistemas a tômicos, m o l e c u l a r e s e a t é agregados. Mesn-o em f í s i c a n u c l e a r , onde as i n t e r a ç õ e s e n t r e nucleons são bem mais f o r t e s o modelr) de p a r t í c u l a s i n dependentes t e v e um r e l a t i v o ê x i t o 3 . O avanço t e ó r i c o 4 nas Ú l t i m a s décadas, d e c o r r e n t e s basicament e no avanço dos computadores, acar- t é c n i c a s matemáticas e a l g o r í t m o s r e t o u o desenvolvimento de programas c o m p ~ t a c i o n a i ss o f i s t i c a d o s que nos p e r m i t e o b t e r p r o p r i e d a d e s e e s t r u t u r a s m o l e c u l a r e s com um g r a u cada vez mai s c r e s c e n t e de p r e c i s ã o . Paralelamente, houve um desenvolvimento s i g - n i f i c a t i v o das t é c n i c a s e x p e r i m e n t a i s . E s p e c t r o s c o p i s t a s moleculares são h o j e capazes de medi r deslocamentos da ordem de 1 cm-l. Os mentos t e ó r i c o s n e c e s s á r i o s p a r a a t i n g i r t a l p r e c i s ã o desenvolvi- ainda estão no p r i n c í p i o de um longo caminho. Apesar d i s t o , c á l c u l o s m o l e c u l a r e s e, em p a r t i c u l a r , c á l c u l o s ao n í v e l a b i n i t i o , formam uma f e r r a m e n t a de g r a n - de u t i l i d a d e na d e s c r i ç ã o de processos m o l e c u l a r e s . Um exemplo d i s t o e n c o n t r a d o no e s t u d o de i o n i z a ç ã o e e x c i t a ç õ e s . p r o f u n d a s (camada K) lonizações em é camadas a e x c i t a ç õ e s no u l t r a - v i o l e t a (-3-12 e ~ ) são de interesse p a r t i c u l a r . O primeiro, 5 l e v a geralmente a e x c i t a ç õ e s v i b r a c i o n a i s que po- dem ser e n t e n d i d a s por meio de t r a n s i ç õ e s Franck-Condon e n t r e d o i s es- tados e l e t r ô n i c o s tendo seus mínimos deslocados um com r e s p e i t o ao ou- t r o . Assim, c o n t r á r i o ao pensamento t r a d i c i o n a l , o s e l é t r o n s na camada profunda podem t e r c a r a c t e r í s t i c a s l i g a n t e s ou a n t i l i g a n t e s . Também, é p o s s í v e l c o r r e l a c i o n a r os deslocamentos químicos d e v i d o a i o n i z a ç õ e s em camadas p r o f u n d a s com a f i n i d a d e s p r o t Ô n i c a s 6 . E x c i t a ç õ e s no u l t r a - v i 0 1 et a levam a conhecimentos das p r o p r i e d a d e s de f o t o e m i s s ã o em sistemas ml e c u l a r e s . F o t o - f í s i c a (-química) t r a t a essencialmente com as mudanças O f í s i c a s e químicas d e c o r r e n t e s da i n t e r a ç a o da l u z com a m o l é c u l a . estudo de reações f o t o q u í m i c a s tem se t o r n a d o um dos mais a t r a e n t e s sistemas r n o l e c u l a r e s 7 . Um grande e s t i m u l o tem s i d o o f a t o de que em esta- dos e x c i t a d o s e s t ã o e n v o l v i d o s em processos t a i s como, f o t o s s í n t e s e , m e canismo de v i s ã o , e t c . A t é c n i c a mais empregada para a obtenção das e n e r g i a s d e t r a n - s i ç ã o , t a n t o i o n i z a ç ã o como e x c i t a ç ã o , tem s i d o , . a o n í v e l ab i n i t i o , a que se costuma chamar AESCF. Neste procedimento d o i s c á l c u l o s separados ao n í v e l de HF são f e i t o s correspondentes ao estado i n i c i a l e f i n a l e a e n e r g i a de t r a n s i ç ã o é o b t i d a d i r e t a m e n t e tomando-se a d i f e r e n ç a . Como as equações de Hartree- Fock admitem mais de uma solução deve- se tomar um c o n s i d e r á v e l cuidado na solução p a r t i c u l a r o b t i d a e i s t o tem, recentemente, l e v a n t a d o questões sobre problemas de s i m e t r i a , t e na r e p r e s e n t a ç ã o de estados e l e t r ô n i c o s e x c i t a d o s . 8- 19 particularmenPara m o l é c u l a s cal- s i m é t r i c a s s é r i a s d i s c r e p â n c i a s tem s i d o o b t i d a s e n t r e o s v a l o r e s 8 c u l a d o s e o b t i d o s exper imentalmente - " . Evidentemente, os resultados t e ó r i c o s podem s e r aprimorados p o r meio de c ã l c u l o s u t i l i z a n d o ção de c o n f i g u r a ç ã o ( C I ) . Entretanto, intera- i s t o pode o b s c u r e c e r a o r i g e m &es- t a s d i s c r e p â n c i a s . Uma a n á l i s e mais d e t a l h a d a dos r e s u l t a d o s mostra que e s t e s estados exc i tados probremente d e s c r i t o s apresentam um s ê r i o pro- blema de s i m e t r i a . Este aspecto, r e l a c i o n a d o com as i n s t a b i l i d a d e s de HF, e x e m p l i f i c a m o que se costumou chamar de d i l e m a de s i m e t r i a . Nestas n o t a s apresentamos a l g u n s exemplos o b t i d o s com c á l c u l o s ab i n i t i o ao n i v e l AESCF para e n e r g i a s de i o n i z a ç ã o e e x c i t a ç ã o . O problema d e s i m e t r i a s e r á c o n s i d e r a d o e sua n a t u r e z a s e r á d i s c u t i d a . O PROBLEMA DE SIMETRIA Uma c l a s s e i m p o r t a n t e de q u a n t i d a d e s f í s i c a s são aquelas c u j o s correspondentes operadores não dependem e x p l i c i t a m e n t e do tempo e comutam com o hami 1t o n i a n o . Segue das equações do movimento que e s t a s quantidades se conservam. de Hei semberg I s t o s i g n i f i c a que q u a l q u e r q u a n t i - dade que se conserva pode s e r medida.simultâneamente com a e n e r g i a . Est a s quantidades são e s s e n c i a i s para c a r a c t e r i z a r o s n í v e i s e n e r g ê t i c o s . + + Se e x i s t i r uma c o n s t a n t e normal do movimento A ( A A =A A;l,Y,4=0) e n t ã o a função de onda e x a t a =A$). H$ = E$ é também uma a u t o f u n ç ã o de No caso de degenerescência e l a pode s e r e s c o l h i d a como t a l A(A$= . En- t r e t a n t o na t e o r i a de HF a função de onda é o b t i d a v a r i a c i o n a l m e n t e . N ã o é necessariamente verdade que a s o l u ç ã o de HF r e f l e t e a s i m e t r i a e x a t a , mui t o embora a h i p ó t e s e s e j a a u t o - c o n s c i e n t e 1 5 . Para simpl i f i c a r os cá1 - c u l o s e, mais i m p o r t a n t e , p a r a r e p r e s e n t a r estadosespectroscópicos, r e q u i s i t o s de s i m e t r i a são impostos e temos que e f e t u a r as v a r i a ç õ e s de . forma r e s t r i t a (RHF) Estas r e s t r i çÕes podem a t u a r como v í n c u l o s no p r o energia cesso v a r i a c i o n a l . Em o u t r a s p a l a v r a s , a s o l u ç ã o de mais b a i x a pode não r e f l e t i r a s i m e t r i a t o t a l do h a m i l t o n i a n o 1 6 ' 17 . Um exemplo comum d e s t e a s p e c t o é a e x i s t ê n c i a de uma s o l u ç ã o energeticamente mais b a i x a do que RHF e com d i f e r e n t e s o r b i t a i s para d i f e r e n t e s s p i n s (SUHF: spin do) - ''. U n r e s t r i c t e d Hartree- Fock, também conhecido como s p i n p o l a r i z a Esta s o l u ç ã o não é a u t o - f u n ç ã o de s p i n ; ou s e j a , não 6 auto fun- ç ão de S2 como dever i a j á que S2 comuta com o hami l t o n i a n o convencional n ã o - r e l a t i v i s t a . Esta quebra de s i m e t r i a (.;pin) é ú t i l não só e s t u d a r p r o p r i e d a d e s r e l a c i o n a d a s com s p i n , p o r exemplo, contato de Fermi, como também processos ds d i s s o c i a ç ã o , para interação uma vez se de que SUHF frequentemente d i s s o c i a c o r r e t a m e n t e ,sm o p o s i ç ã o ao esquema RHF. E i n t e r e s s a n t e n o t a r que mesmo para m o l é c u l a s no estado fundamental com camadas fechadas e na c o n f i g u r a ç ã o de e q u i l í b r i o pode e x i s t i r uma s o l u ção SUHF com e n e r g i a t o t a l mais b a i x a que RHF". Nos ú l t i m o s anos tem s i d o devotada uma atenção c o n s i d e r á v e l a o papel desempenhado p e l o s v í n c u l o s de s i m e t r i a impostos à soluções deHF, p a r t i c u l a r m e n t e os v í n c u l o s de s i m e t r i a e s p a c i a l 8-14,20-22 . E possível se o b t e r uma e n e r g i a mais b a i x a do que a q u e l a o b t i d a u t i l i z a n d o - s e se f o r p e r m i t i d o que os o r b i t a i s m o l e c u l a r e s se transformem de RHF acordo com a r e p r e s e n t a ç ã o i r r e d u t i v e l de um sub grupo ao i n v é s do grupo t o t a l da m o l é c u l a . I s t o l e v a a soluções l o c a l i zadas que são d i s c u t i d a s na p r ó - xima seção com exemplos e s p e c i f i c o s . ESTADOS LOCALIZADOS E M IONIZAÇAO A e x i s t ê n c i a de estados i ô n i c o s l o c a l i z a d o s d e c o r r e n t e s d e f o - t o i o n i z a ~ ã oem camadas p r o f u n d a s f o i d i s c u t i d a por s n y d e r Z 3 e calcula- das p e l a p r i m e i r a vez por Bagus e s c h a e f f e r s . Estes ú l t i m o s a u t o r e s c a l cularam a e n e r g i a de i o n i z a ç ã o O para O2 u t i l izando o método RHF e Is um c o n j u n t o de funções base mu i t o e x t e n s o de forma que os r e s u l tados são bem próximos ao l i m i t e de HF. O r e s u l t a d o o b t i d o l e v a a um e r r o de I l e V comparado com o r e s u l tado exper i m e n t a l . A o r e t i r a r o v í n c u l o de inver- são, que d e f i n e as s i m e t r i a s gerade e ungerade, o e s t a d o e x c i t a d o i&;c o b a i x o u de nada menos que 12.4 eV comparado com a s o l u ç ã o en- RHF, quanto que o estado fundamental não se a l t e r a . Desta forma um r e s u l t a d o com uma boa concordância com os dados e x p e r i m e n t a i s f o i obtido resul- tando numa s o l u ç ã o i ô n i c a l o c a l i z a d a . Estas soluções l o c a l i z a d a s em i o n i z a ç ã o são exempl i f i c a d a s nas I 1 u t i l i z a n d o - s e o sistema /V2. C á l c u l o s ab i n i t i o , tabelas I e foram f e i t o s para as e n e r g i a s de 1 igação dos e l e t r o n s p r o f u n d o s ( l u 10 ) e u t i l i z a n d o - s e o f o r m a l i s m o de HF e o programa Molecule- Alchemy. T r ê s d i f e r e n t e s aproximações são u t i l izadas: (2) AESCF convencional e (1) KT: aproximação de Koopmans; ( 3 ) AESCF com quebra de s i m e t r i a (AESCF*). U t i - lizarnos u m c o n j u n t o p r i m i t i v o d e G a u s s i a n a s (95, 5p) contraidas <4s, 2p> de a c o r d o com ~ u n n i n ~ ' A~ s. o l u ç ã o l o c a l izada (com para quebra s i m e t r i a ) é o b t i d a no v í n c u l o em que os o r b i t a i s m o l e c u l a r e s se formam de a c o r d o com as representações i r r e d u t i v e i s do grupo de transCw en- 2 solu- quanto que p a r a a solução convencional o v i n c u l o é Dmk. Tabela I - Energias de 1 igação NIS para N2(ev).aFSCF* correspode ção l o c a l izada. A notação 10 e Iau correspondem ao g r u p o D C+) -1 ET& Orbi t a l Molecular = - 9 108.87821 a . u . . R(NN) = 2.07 a.u. - mh .E,#?~H+) = g Experimental KT A t a b e l a I mostra que a e n e r g i a de i o n i z a ç ã o o b t i d a com Ai? * l e v a em SCF c o n t a 14.8 eV de e n e r g i a de r e l a x a ç ã o , dos q u a i s 8.5 eV é ganho com a quebra de s i m e t r i a e s p a c i a l . A n a t u r e z a da l o c a l i z a ç ã o é mostrada n a t a b e l a 1 1 . Esta t a b e l a mostra a população de M u l l i k e n dos o r b i t a i s c u l a r e s correspondentes à solução i ô n i c a ( l u ) - ' A i o n i z a ç ã o , como mostra a t a b e l a , dos átomos. Como, evidentemente, mole- com quebra de s i m e t r i a . l e v a a uma vacância l o c a l i z a d a em um é i n d i f e r e n t e l o c a l i z a r em q u a l q u e r um dos d o i s átomos de n i t r o g ê n i o obtém-se uma degenerescência a r t i f i c i a l , como pode s e r v i s t a na t a b e l a I e, que será d i s c u t i d a mais a b a i x o . + Tabela I I - População de M u l l i k e n para a vacância ( I a ) - ' em N2 obtida com quebra de s i m e t r i a e s p a c i a l . O r b i t a l Molecular Original Atomo N1 Atomo N2 . 6.7 T O T A L Total 6.3 Orbi t a l Molecular resultante 13.0 0s r e s u l t a d o s acima mostram de uma forma dramática a s u p e r i o r i d a d e das soluções l o c a l i z a d a s sobre as soluções d e l o c a l i z a d a s , ao se comparar com o s r e s u l t a d o s e x p e r i m e n t a i s . A t a b e l a 1 1 1 mostra os r e s u l t a d o s um c á l c u l o semelhante" para as e n e r g i a s de l i g a ç ã o N na de p i raz ina onde o r e s u l t a d o e x p e r i m e n t a l não é c o n h e c i d o . Um t o t a l de 17.8 eV é o b t i d o p a r a a e n e r g i a de r e l a x a ç ã o , dos q u a i s 9 . 5 eV é o b t i d o adotando - se uma s o l u ç ã o l o c a l ízada. Tabela I1I - Energia de i o n i z a ç ã o N ximações c o n s i d e r a d a s ( v i d e t e x t o ) . - e hESCF com C Orbi t a l M o l e c u l a r lag(N, E ( x ' A ~ ) = E (xlA1) 2u' T T em p i r a z i n a (eV) nas t r ê s 1.s AE = SCF - E, o b t i d a com o v í n c u l o apro- D2:? 2682.57306 a . u . KT msc~ 424.7 416.4 %F* 406.9(1a1) E i n t e r e s s a n t e d i z e r que a e n e r g i a t o t a l do e s t a d o fundamen- t a l f o i independente dos v í n c u l o s de s i m e t r i a e s p a c i a l adotado n o s d o i s sistemas e que, p o r t a n t o , o ganho e n e r g é t i c o ao se a d o t a r a simetria do sub grupo é i n t e g r a l m e n t e o b t i d o no e s t a d o i ô n i c o . A e n e r g i a o b t i d a ao se r e t i r a r os v i n c u l o s de s i m e t r i a pode s e r i n t e r p r e t a d a como e n e r g i a de c o r r e l a ç ã o . I s t o porque, p o r d e f i n i ç ã o , a e n e r g i a de c o r r e l a ç ã o é o b t i d a por aprimoramentos com r e s p e i t o ao método de HF convencional ( r e ~ t r i t o ) " ~De . f a t o , sua c o n t r i b u i ç ã o pode s e r separada p o r c á l c u l o s u t i l i z a n d o i n t e r a ç ã o de c o n f i g u r a ç ã o na forma c o n v e n c i o n a l . E n e r g i a s de i o n i z a ç ã o o b t i d a s a t r a v é s da r e l a ç ã o de Koopmans, sofrem de s é r i a s d e f i c i ê n c i a s . As mais i m p o r t a n t e s são ( i ) e n e r g i a relaxação, de (R) d e v i d o a r e o r g a n i z a ç ã o dos e l e t r o n s que permanecem e ( i i ) d i f e r e n ç a e n t r e as e n e r g i a s de c o r r e l a ç ã o e x i s t e n t e s no e s t a d o f i z n a l e i n i c i a l . Na c o r r e ç ã o de mais b a i x a 6 ordem e s t e Ú l t i m o pode s e r d i v i d i d o e n t r e c o r r e l a ç ã o de p a r (C,) ção d e v i d o 5 e mudança na e n e r g i a de c o r r e l a - r e l a x a ç ã o (C2). Estas quantidades, R, C, e C, correspon- dem à c o r r e ç ã o de segunda ordem na a u t o - e n e r g i a L ( ~ )a s s o c i a d o com equação de Dyson. Cederbaum e ~ o m c k e *mostraram ~ que ao se a d o t a r t a n t o i n c o r p o r a - s e C2 na e n e r g i a de r e l a x a ç ã o o b t i d a com + C2. AE SCF*. nalmente, deve s e r notado que ao se r e t i r a r v í n c u l o s de simetria solução i ô n i c a l o c a l i z a d a no esquema AESCF teremos RL = R a uma PorFinão se g a r a n t e que uma solução e n e r g e t icamente ma i s b a i x a s e r á e n c o n t r a d a . Ao c o n t r á r i o , i s t o apenas assegura que não nos 1 imitamos à s o l u ç ã o de- l o c a l i z a d a . Se, e n t r e t a n t o , uma s o l u ç ã o com mais b a i x a e n e r g i a f o r obt i d a ao se r e t i r a r a l g u n s v i n c u l o s de s i m e t r i a i s t o r e f l e t e a e x i s t ê n c i a de i m p o r t a n t e s e f e i t o s de c o r r e l a ç ã o . Desprezar s i m e t r i a r e p r e s e n t a um s u b s t a n c i a l acréscimo n o t e m po de computação e i s t o é s i g n i f i c a t i v o num c á l c u l o ab i n i t i o . -se i m p o r t a n t e saber e n t ã o se e s t e s e r á um p r o c e d i m e n t o Para ioniza(;ão Torna compensador. em camadas p r o f u n d a s a s i tuação é c l a r a e tem s i d o ex- p l o r a d a com grande sucesso. As soluções l o c a l i zadas são s u p e r i o r e s soluções d e l o c a l i z a d a s na medida que são mais de acordo com e x p e r i m e n t a i s . Na r e g i ã o de v a l ê n c i a , e n t r e t a n t o , a s i t u a ç ã o obscura z0 . às os dados é ainda I s t o se deve, basicamente, a que as t r ê s q u a n t i d a d e s funda- mentais, R, C, e C, tem a mesma ordem de magnitude. ESTADOS LOCALIZADOS E M EXCITAÇAO Um e f e i t o semelhante, porem menos pronunciado, é o b t i d o no c a - so de e n e r g i a s de e x c i t a ç ã o . Na t a b e l a IV apresentamos a s e n e r g i a s e x c i t a ç ã o o b t i d a s para os estados excitados, mais b a i x o s da de p i razina, e um c o n j u n t o de funções base de u t i 1 izando- se o esquema ab i n i t i o AE SCF qual idade d o u b l e - z e t a 1 4 . Tabela I V : Energias de e x c i t a ç ã o v í n c u l o D2h e AE& ao v í n c u l o C ( e ~ na ) 2v ' p i r a z i n a . BSCF corresponde ao O r e s u l t a d o C I se r e f e r e ao c á l c u - 10 ab i n i t i o u t i l izando i r i t e r a ç ã o de c o n f i g u r a ç ã o ( r e f ESTADO m~~~ AEsc; (D2h) 0.0 0.0 4.35 3.36 ' ~ ~ - ~ n*)( n 5.08 3.92 - 4.48 4.48 lAg 3~ 3u ( n - v*) 3 ~ 2 u ( ~v*) .28). ESTADO EXPER I MEN (C2v) TA L - *I 1 i B2 o.0 0.0 3.28 3.32 4.00 3.83 5.09 Os r e s u l t a d o s o b t i d o s com o esquema AESCF nos d i z que o e s t a d o 3~ lu (v- v*) e s t á a b a i x o do estado do mais b a i x o é 3~ 3u (n-v*) , 3~ 1u (n-TI.*).NO esquema AE SCF* O es- em concordância com os r e s u l t a d o s t e ó r i c o s o b t i d o s p o r o u t r o s a u t o r e s e com as p r o p r i e d a d e s de f o t o e m i s s ã o obser- vadas. Embora os ganhos e n e r g é t i c o s o b t i d o s com a quebra de s i m e t r i a pa- r a o s estados e x c i t a d o s sejam s i g n i f i c a t i v a m e n t e menores que p a r a o c a so de i o n i z a ç ã o em camadas profundas, deve s e r notado que i s t o se t o r n a dados de i m p o r t â n c i a fundamental para uma concordância com os exper i fosforescên- m e n t a i s e, p r i n c i p a l m e n t e , para se e s t u d a r os caminhos de c i a 1 4 . A concordância o b t i d a p a r a o estado ( 3 n - ~ * ) mais b a i x o é compa- r á v e l aos melhores r e s u l t a d o s t e õ r i c o s o b t i d o s i n c l u i n d o i n t e r a ç ã o c o n f i g u r a ç ã o . Para o correspondente ln-r* a concordância é, m u i t o boa. A d i s p o s i ç ã o r e l a t i v a e n t r e os estados 'n-v* - de novamente e 3 ~ - ~ mais * b a i x o s é c o r r e t a m e n t e d e s c r i t a no esquema AESCF*, enquanto no esquema ESCF há u~na t r o c a n e s t a d i s p o s i ç ã o r e l a t i v a . no A l o c a l ização das e x c i t a ç õ e s o c o r r e no s e n t i d o s e g u i n t e : grupo D2h os l o n e - p a i r s n , e n 2 dos d o i s átomos de n i t r o g ê n i o da pira- z i n a são combinados para f o r m a r os o r b i t a i s d e l o c a l izados n+ = nl+n2 e n- = n,-n2, que se transformam como as representações b lu e a res- g' + %* e pectivamente. Temos p o r t a n t o as e x c i t a ç õ e s d e l o c a l i z a d a s n No caso C2v cada l o n e p a i r n, e n-T* envolvem nl ou n,. I?, n-%*. o c o r r e separadamente e as e x c i t a ç õ e s Anál i se de população mostra que a t r a n s i ç ã o se dá p o r promoção de apenas um dos d o i S . Como e l e s são e q u i v a l e n t e s o c o r r e uma degenerescência a r t i f i c i a l que pode s e r v i s t a na t a b e l a I V . Para mSCF* não i n c l u i m o s na t a b e l a os v a l o r e s o b t i d o s para os e s t a d o s que na notação D c o r r e s p o n d e r i a a " 3 ~ l u .I s t o porque ao se 2h a d o t a r o grupo CZZi e s t e s estados j á não são os mais b a i x o s de sua simet r i a (A,) e , p o r t a n t o , o p r i n c i p i o v a r i a c i o n a l não é v a l i d o , que se mantenha o r t o g o n a l i d a d e com os estados mais b a i x o s que a menos têm a mesma s i m e t r i a (no caso, o estado f u n d a m e n t a l ) . à E i n t e r e s s a n t e n o t a r que o estado 3 ~ 2 u ( ~ - ~ é* ) i n s e n s í v e l quebra de s i m e t r i a enquanto o correspondente estado s i n g l e t o é abaixado de 2.24 eV. E s t e a s p e c t o pode tambêm s e r notado nos e s t a d o s ' ~ ~ ~ ( T r - ae* ) 3 ~ 2 u ( ~ - ~de* )PMDA estudado p o r Kei j z e r s , Bagus e Worth 12 . Estados são também, p o r t a n t o , s e n s í v e i s à l o c a l i z a ç ã o dos l o n e - p a i r s m u i t o .rr -r* em- bora os e f e i t o s d e s t a l o c a l i z a ç ã o sejam m u i t o dependentes da m u l t i p l i c i dade. ~ x c i t a ç õ e sl o c a l i z a d a s f o i i n t r o d u z i d a p o r ~ i e u w ~ o o r et c' o - a u t o r e s . ~ ej z ie r s 1 2 e co- autores u t i l izaram l o c a l ização no estudo em PMDA e i n v e s t i g a r a m também as dependências com o con j u n t o de funções base. Estados l o c a l i z a d o s o r i g i n a d o s da r e t i r a d a e s t r a t é g i c a de c e r t o s v i n c u l o s de s i m e t r i a e s p a c i a l é esperado o c o r r e r em c e r t o s de m o l é c u l a s s i m é t r i c a s com átomos e q u i v a l e n t e s . Nestes casos, estados se ado- tamos o esquema AESCF, a l o c a l i z a ç ã o pode s e r v i t a l para uma concordânc i a com os dados e x p e r i m e n t a i s . Evidentemerite e s t e problema pode ser su- perado se c o r r e ç õ e s de c o r r e l a ç ã o são i n t r o d u z i d a s d i r e t a m e n t e , p o r xemplo, p o r meio de c á l c u l o extenso u t i l i z a n d o i n t e r a ç ã o de e- configuradeter- ções. E n t r e t a n t o , e s t e c á l c u l o pode s e r m u i t o s i m p l i f i c a d o se o m i n a n t e de HF de r e f e r ê n c i a c o n t i v e r o r b i t e i s m o l e c u l a r e s que se t r a n s formam de acordo com as representações i r r e d u t í v e i s do sub veniente. grupo I s t o é e x e m p l i f i c a d o de forma d r a m á t i c a no e s t u d o da con- excita- ção 1 s - l ~ g( c a r o ç o - v a l ê n c i a ) em N , apresentados por Rescigno e Ore1 ". A i n t r o d u ç ã o de e n e r g i a de c o r r e l a ç ã o por meio de quebra de s i - m e t r i a contém r i s c o s i n e r e n t e s e l e v a a uma degenerescência a r t i f i c i a l . Por exemplo E S C ;l e v a ao mesmo r e s u l t a d o p a r a as transições B3u (n-r*). I s t o o c o r r e porque é e q u i v a l e n t e l o c a l i z a r q u a l 2u quer um dos d o i s l o n e - p a i r s . Evidentemente, a solução adequada,pelome(n-r*) e 1 ' 3 ~ nos em p r i n c í p i o , 6 a q u e l a que a p r e s e n t a todas as p r o p r i e d a d e s de simet r i a c o n t i d a s no H a m i l t o n i a n o . No caso de s p i n é p o s s í v e l a n i q u i l a r componentes i n d e s e j á v e i s por meio de operadores de p r o j e ç ã o , de a, forma que a solução f i n a l , após p r o j e ç ã o , a p r e s e n t a as s i m e t r i a s de s p i n c o r retamente. No caso e s p a c i a l , i s t o também é uma a l t e r n a t i v a para r e s t a u - r a r a s i m e t r i a p e r d i d a . Uma o u t r a p o s s i b i l dade é p o r meio de diagonal i zação de uma m a t r i z contendo as c o n f i g u r a ç i i e s degeneradas e n ã o - o r t o g o na i s . I s t o l e v a r á a um s p l i t t i n g dos n í v e i !i "degenerados" e restaurará a s i m e t r i a . A t é o momento nenhum c á l c u l o apresentou t e n t a t i v a s de t a u r a r a s i m e t r i a . Podemos a n t e c i p a r , no e n t a n t o , que de res- uma forma ge- r a l e l e é mais i m p o r t a n t e para e x c i t a ç õ e s do que para i o n i z a ç õ e s uma vez que enquanto a separação e n t r e as e n e r g i a s de i o n i z a ç ã o em camadas p r o fundas é da ordem de 0.1 eV as separações e n t r e n -r* e n--ax é da + or- dem 1-2 eV, ou mais. Pode também o c o r r e r que o s p l i t t i n g o b t i d o na t e n t a t i v a d e r e s t a u r a r a s i m e t r i a s e j a m u i t o pequeno, ou menor que a p r e c i s ã o experi- m e n t a l . A questão fundamental é e n t ã o se a s i m e t r i z a ç ã o é i m p o r t a n t e ou não do p o n t o de v i s t a e n e r g é t i c o . No caso em que s p l i t t i n g s e j a s u b s t a n c i a l i s t o s i g n i f i c a r i a q u e a função de onda d e c o r r e n t e j á não s e r i a Ótima no s e n t i d o variacional . T o r n a - s e - i a n e c e s s á r i o p r o j e t a r a n t e s e não após o processo v a r i a c i o n a l . Se o s p l i t t i n g f o r s u f i c i e n t e m e n t e pequeno a c o n v i v ê n c i a com uma solu- ção não- simetricamente adaptada s e r i a f i s i c a m e n t e v i á v e l . ASPECTOS GERAIS Conforme v i s t o nas seções a n t e r i o r e s as soluções de t r i c a m e n t e adaptadas não são necessariamente as de mais b a i x a HF sime- energia. I s t o , conforme d i t o a n t e r i o r m e n t e , se r e l a c i o n a com as i n s t a b i l i d a d e s d e or- HF. As equações de HF garantem apenas que as v a r i a ç õ e s de p r i m e i r a dem do f u n c i o n a l E ( @ ) = < @ ~ H I o > / < @ I @se> anulam para o Slater otimizado o funcional a. E(@) é d e t e r m i n a n t e de, P o r t a n t o @ r e p r e s e n t a um p o n t o no espaço p a r a o q u a l e s t a c i o n á r i o . Para saber se e s t e p o n t o r e p r e s e n t a um mínimo, um máximo ou um p o n t o de i n f l e x ã o , estacionárip torna- se ne- i n v e s t i g a r as v a r i a ç õ e s de segunda ordem. Apenas no caso em que as v a r i a ç õ e s de segunda ordem são positi- c e s s á r i o , como é p o r demais sabido, vas é que podemos t e r c e r t e z a que a s o l u ç ã o e s t a c i o n á r i a r e p r e s e n t a um mínimo; p e l o menos um mínimo l o c a l . Por serem não l i n e a r as equações de HF, admitem v á r i o s mínimos l o c a i s 3 0 . E , aparentemente, impossível des- c o b r i r quando uma dada solução r e p r e s e n t a um mínimo a b s o l u t o de f u n c i o n a l E(@) . Por e s t a razão, as preocupações são c e n t r a d a s nas e s t a b i l i d a des l o c a i s das soluçÕeç RHF. Lindenberg e 8 h r n 3 ' e Cizek e ~ a l d u s ~ ~ formularam c r i t é r i o s de e s t a b i l i d a d e . Estes ú l t i m o s a u t o r e s i n v e s t i g a r a m as i n s t a b i l i d a d e s l o c a i s no modelo PPP e encontraram uma r e l a ç ã o í n t i m a com i n t e g r a i s 6 . Coulson e ~ i s c h e e r ~~ ~l a t e r " descreveram as i n s t a b i - l idades em H2 de forma c l a r a . ~ d a m mostrou s ~ ~ que as i n s t a b i 1idades de HF em d i a t o m i c a s é função da d i s t ã n c i a i n t e r n u c l e a r . Lozes, Goscinsky e w a h l g r e n Z 2 estudaram as soluçÕes l o c a l izadas v e r s u s d e l o c a l izadas para vacâncias em N, como função da d i s t â n c i a i n t e r n u c l e a r .0verhausen3' most r o u que a solução de HF para um sistema l i n e a r e i n f i n i t o de f é r m i o n s i n t e r a t u a n d o p o r meio de um p o t e n c i a l 6 a d m i t e uma solução ( s p i n d e n s i t y waves-SDW) energeticamente mais b a i x a do que a solução o r d i n á r i a de ondas p l a n e s . E p a r t i c u l a r m e n t e i m p o r t a n t e o t r a b a l h o de Baguse Schaef- + f e r e , mencionado a n t e r i o r m e n t e , para 0, em v i s t a dos r e s u l t a d o s s i g n i - f i c a t i v o s comparados com os dados experimenta i S . D i v e r s o s o u t r o s ,,trabal h o s d e s t a n a t u r e z a s u r g i r a m recentemente e sempre i m p l i c a n d o que os r e s u l t a d o s de mais b a i x a s i m e t r i a são de melhor concordância com os r e sultados experimentais 8-14,20-22,29,36-41 Neste c o n t e x t o quebra de s i m e t r i a em Hartree- Fock é angular 4 2 , para i n t e r p r e t a ç ã o de experimentos envolverido d i s t r i b u i ç ã o bandas v i b r a c i o n a i s E S C A ' ~ , momentos de t r a n s i ç ã o em r a i o s relevante x~~ etc. Em p a r t i c u l a r a obtenção t e ó r i c a de bandas v i b r a c i o n a i s ESCA, e p o r conseg u i n t e das e x c i t a ç õ e s v i b r a c i o n a i s por meio de t r a n s i ç õ e s Franck-Condon, ao n í v e l de HF pode r e q u e r e r quebra de s i m e t r i a para se dânc i a com os exper i men t o s obter concor- *3. Torna- se c l a r o que ao se r e l a x a r c e r t o s vinculos normalmente impostos na função de onda em c á l c u l o s HF, a l g u n s estados em c e r t a s c l a s ses de m o l é c u l a s podem ser d e s c r i t o s em me:hor concordância com os re- s u l t a d o s e x p e r i m e n t a i s e, consequentemente uma i d é i a mais c l a r a acerca dos processos f í s i c o s e n v o l v i d o s poderá s e r o b t i d a . REFERENCIAS 1 . C.C.J. Roothaan, Rev. Mod. Phys. 23, 69 (196 I ) . D.R.Hartree, Rep t s . P r o g r . Phys. 11, 113 (1 946). 2. P . O . ~ g w d i n , 97, 3. K.A.Brueckner, 1495 (1955). Phys. Rev. 100, 36 (1955). 4. G.H.F.Diercksen, B.T.Sutcl i f f e e A.Vei 1 l a r d ( ~ d s ) , Computationa2 Te- chniques i n &uantwn Chemistry a n d i i l o l e c u l a r Physics, I I I Holland (1975). H.F.Schaeffer Theory, Plenurn Press, N.Y. 5. U.Gel i u s , S.Svensson, Cheni. Phys. L e t t . 28, D.Reide1, D o r d r e c h t ( ~ d ) ,Methods of E Z e c t r o n i c S t m c t u r e (1977). H.Siegbahn, E.Basi l i e r , 8. ~ a x x l ve K.Siegbahn, 1 (1974). 6. R.L.Martin e D.A.Shirley, J.Am.Chem.Soc. 96, 5299 (1974). 7. M. B. Robin, H i g h e r E x c i t e d S t a t e ; of Po&y a t o v t i c Molecule;, Acad .Press, Vol . 1(1974), Vol . 1 1 (1 975). H.Okabe, John- Wiley, N.Y. (1978). J.B.Birks l e y - l n t e r s c i e n c e , London, V o l . P h o t o c h e m i s t r y of SMaLl MoZecules, Q r g a n i c MoZecuZ-ar P h o t o p h y s i c s , 1(1973), V o l . 1 1 (1975). 8 . P.S. Bagus e H.F.Schaeffer I I I , J.Chem.Phys. 56, 224 (1972). Wi- 9. H.T.Jonkman, G.A. van d e r Velde e N.C.Nieuwpoort, Proceedings o f t h e SRC A t l a s Symposium n? 4 p. 243 ( l 9 7 4 ) , O x f o r d . 10. M.Hehenberger, 11. Chem.Phys.Lett. L.E.Nitzsche e E.R.Davidson, 12. C.P.Keijzers, P.S.Bagus 46, e J.P.Worth, 13. ~ . ~ U l l e r~ , . 8 ~ r ee nO.Goscinski, 14. S.Canuto, 15. M . D ~ Ib r i c k , Proc. Roy. Soc. 32, 179 (1960). 58, J.Chem.Phys. Chem.Phys. 0 . G o s c i n s k i e M.Zerner, Rev.Mod.Phys. 117 (1977). Chem.Phys.Lett. 171 (1978). 6 9 , 4032 (1978). 38, 349 (1979). Chem.Phys.Lett. 68, 232 (1979). ( ~ o n d o n ) A129, 686 (1930) .C.C.J.Roothaan, P.O.~8wdin, J.Appl .Phys.Suppl . 33, 251 (1962). 16. P.O.~:wdin, Rev.Mod.Phys. 35, 496 (1963). 17. M.Bouten e P.van Leuven, P h y s i c a 34, 461 (1967). 18. J . C . S l a t e r , Phys. Rev. 35, 509 (1930). 19. A.W.Salloto e L.Burnelle, Chem. Phys. L e t t . 3, 80 (1969). T e c h n i c a l Report TN 599 (1979) Quantum 20. S.Canuto e O.Goscinski, Che- m i s t r y Group, Uppsala U n i v e r s i t y . 21. ~ . M Y l l e r , E.Poulain, 0.Goscinski e K.Karlsson, J.Chem.Phys.72, 2587 (1980). 0.Goscinski e U. I .Wahlgren, Chem.Phys.Lett.63, 22. R.L.Lozes, 23. L.C.Snyder, J.Chem.Phys. 24. T.H.Dunning Jr., J.Chem.Phys. 27. L.S.Cederbaum 28. W.R.Wadt, (1 976) Molec.Phys. e W.Domcke, W.A.Goddard 53, 2823 (1970). 2, 207 (1959); 14, 283 (1969). 25. ~ . 0 . ~ 8 w d i n Adv.Chem.Phys. , 26. B.Pickup e O.Goscinski, 77 (1979). 55, 95 (1971). 26, 1013 (1973). J.Chem.Phys. 66, 5084 (1977). I I I e T.H.Dunning Jr., J.Chem.Phys. 65, 438 . 29. T.N.Rescigno e A.E.Orel, 30. R.E.Stanton, J . Chem.Phys. J.Chem.Phys. 70, 3390 (1979) .. 48, 257 (1 968) . 31 . J . L i ndenberg e Y .blhrn, Propagators i n Quantwn Chernistry, Acad .Press N.Y. (1973). 32. J . C i z e k e J.Paldus, J.Chem.Phys. 33. C.A.Coulson e I . F i s c h e r , 34. W.H.Adams, 47, 3976 (1967). P h l l . Mag. 40, 386 (1949). Phys. Rev. 127, 1650 (1963). 35. A.W.Overhausen, Phys. Rev. L e t t . 4, 415, 466 (1960). 36. D.T.Clark e J . ~ z l l e r , Theor.Chim.Acta 41, 37. J.Mckelvey e W.J.Hehre, Molec.Phys. 38. G.A.Sawastzky e A.Lenselink, 193 (1976). 25, 983 (1973). J.Chem.Phys. 72, 3748 (1980). 39. R.L.Martin, J.Chern.Phys. 40. R.Broer e W.C.Nieuwpoort, 41. H.Agren, 42. D . D i l 1 , P.S.Bagus S.Wallace, 74, 1852 (1981). Chern.Phys. e B.O.Roos, 54, 291 (1981). Chern.Phys.Lett. J.Siege1 e J.L.Dehrnsr, 82, 505 (1981). Phys.Rev.Lett. (1978). 43. H.Agren e J.Nordgren, Theore. Chirn. Acta 58, 111 (1981). 41, 1230