Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Capítulo 151 Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III 151-1 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Capitulo 151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III 151.1 Introdução Quando queremos a máxima precipitação, o máximo vento, o máximo pico de vazão, etc, usamos: 1- Distribuição de Gumbel dos valores extremos (Brasil, Canadá) 2- Distribuição Log-Pearson Tipo III ( Estados Unidos) No Brasil e Canadá é muito usada a distribuição de Gumbel quando queremos a máxima precipitação, a máxima enchente, etc. Nos Estados Unidos o uso mais frequente é a Distribuição Log-Pearson Tipo III que é recomendada por vários órgãos públicos. 151.2 Noções de estatística Vamos mostrar algumas noções de estatística algumas equações do momento: média, desvio padrão e desvio padrão. Média X É a soma dos dados dividido pelo número deles. Em Excel: X= MEDIA (A1:A50) Desvio padrão S É a raiz quadrada da soma dos quadrados das diferenças da media dividido por n-1. Em Excel: S= DESVPAD (A1:A50) Coeficiente de variação Cv É o quociente entre o desvio padrão e a média. Cv= S/ X 151-2 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Distribuição normal Figura 151.1- Curva normal Skewness (g) Dá uma idéia se a curva normal está distorcida para a direita ou para a esquerda. O Skewness mede a simetria da curva e quando g=0 temos simetria perfeita, isto é, a curva normal. Em Excel: SKEW= DISTORÇÃO (A1:A50) Figura 151.2- A esquerda temos skewness positivo e a direita skewness negativo 151-3 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 151.3 Distribuição de Gumbel A distribuição de Gumbel foi introduzida em 1941 e é chamada de Distribuição de Gumbel ou simplesmente Gumbel. O objetivo é achar a máxima enchente de um rio, a máxima precipitação, o máximo vento, etc. Tenho usado a distribuição de Gumbel em regiões onde não existe uma equação de chuva intensa, mas existe muitos dados de precipitação diária através de pluviômetros. Com os dados das precipitações diárias usamos a distribuição de Gumbel para vários períodos de retorno e depois usamos as relações entre as precipitações, transformando as chuvas de um dia para 24h. Depois usamos a relação de precipitações para chuvas de 24h para chuvas de 1h e assim por diante. Isto está no meu livro Cálculos Hidrológicos e Hidráulicos para obras municipais no capítulo de Chuvas Intensas. Uma vez em um congresso de Biodiversidade e Recursos Hídricos conversei com um engenheiro peruano que morava no interior do Peru e que sua cidade não tinha equação de chuva, mas tinha somente as precipitações diárias de mais de 30 anos. Dei o meu livro já citado de presente para o mesmo para servir de modelo nos cálculos. Você não obtém a equação chuva intensa, mas uma tabela para diversos períodos de retornos e diversos tempos de duração da chuva desde 24h até 5min que serve para uso em cálculo precisando as vezes de uma pequena interpolação linear. Primeiramente vamos mostrar a distribuição de Gumbel conforme Righeto, 1998 que é a mais usada no Brasil e de fácil aplicação, existindo inclusive programas em Excel, bastando entrar com os dados das precipitações diárias. Temos muito utilizado a distribuição de Gumbel conforme Righeto, 1998. 151.4 Distribuição de Gumbel conforme Righeto Vamos explicar a Distribuição de Gumbel usando um exemplo da cidade de Guarulhos usando dados do Posto Bonsucesso com dados de 58 anos conforme Tabela (151.1) para Tr=25anos. Righeto usa os mesmos critérios de Ven Te Chow, 1988 e da ASCE, 1996. Tabela 151.1- Precipitações máximas diárias anuais do Posto Bonsucesso em Guarulhos Posto pluviométrico de Bonsucesso Guarulhos Ano 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 Precipitação máxima diária anual (mm) 47 70,3 85,2 64 87,4 88,3 76,2 96 60,41 135,6 80,6 118,4 54,6 Ano 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 151-4 Precipitação máxima diária anual (mm) 59,2 112,5 85,6 56,5 44,4 93,2 107 88,2 76,5 85,1 76,3 146,2 39,9 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 70,8 57,1 45,5 74,6 67,9 57,2 59,5 83,9 59,2 97,6 59,8 52,5 66,5 60,6 68,5 90 43 57,6 68,9 43,4 68,4 53,7 87,1 69,5 118 117,9 80,2 92,8 1994 1995 1996 1997 média desvio padrão 51,5 67,2 71,9 57,9 75,08 mm 23,29 mm Para analisar as maiores precipitações para fins de projeto hidráulicos, é usada a distribuição de Gumbel, conforme Righeto, 1998 página 190. = 6 0,5 . S / = ( – 0,577 . ) sendo S = desvio padrão = 23,29mm e = média = 75,08mm achamos os parâmetros e . = 18 =64,69 Na distribuição de Gumbel, conforme Righeto, 1998 página 219 temos: P( 1 dia; T) - --------------------- = - ln ( ln ( 1 / F (P(dia; T)))) 151-5 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] sendo F ( P(dia ;T)) = 1 – (1 / T ) T= período de retorno e ln= logaritmo neperiano. Como exemplo, para período de retorno T= 25 anos F (P( 1dia ; 25)) = 1 – (1 / 25) = 1-0,04 =0,96 P( 1 dia; 25) - --------------------- = - ln ( ln ( 1 / 0,96)) =3,1985 P( 1 dia; 25) – 64,69 ------------------------------ = 18 3,1985 P( 1 dia; 25) – 64,69 = 3,1985 . 18 = 57,57 P( 1 dia; 25) – 64,69 = 57,57 + 64,69 =122,26mm Para isto façamos a Tabela 152.2 onde acharemos os valores de P (dia; T) para um período de retorno de 2, 5 , 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos. Tabela 151.2-Cálculo das precipitações máximas de 1 dia em milímetros, para vários períodos de retorno usando a distribuição de Gumbel Variáveis Valores obtidos usando a distribuição de Gumbel 18,00 18,00 18,00 18,00 18,00 18,00 18,00 18,00 β 64,7 64,7 64,7 64,7 64,7 64,7 64,7 64,7 α Período de retorno 2 5 10 15 20 25 50 100 T 0,50 0,80 0,90 0,93 0,95 0,96 0,98 0,99 F(1dia;T) P( 1dia;T) (mm) 71,30 91,70 105,21 112,8 118,16 122,26 134,93 147,50 3 151-6 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 151.5 Distribuição de Gumbel conforme Subramanya, 2008 Vamos fazer uma aplicação prática de Gumbel. XT= Xm + K . σ Sendo: XT= valor extremo para um determinado período de retorno Xm= valor médio da amostra σ = desvio padrão da amostra K= fator de frequência determinado por: K= (yT – yn) / Sn Sendo: K= fator de frequência yT= - ( Ln (Ln (T/ (T-1)))) T= período de retorno (anos) yn= média reduzida fornecida pela Tabela (151.3) em função do tamanho da amostra N Nota 1: quando n —> ∞ yn= 0,577 N= tamanho da amostra. Sn= desvio padrão reduzido fornecido pela Tabela (151.4) em função do tamanho da amostra. Nota 2: quando n —> ∞ Sn= 1,2825 Tabela 151.3- Valores da média reduzida yn para o método de Gumbel em função do tamanho da amostra N Fonte: Subramanya, 2008 151-7 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Tabela 151.4- Valores do desvio padrão reduzido Sn para o método de Gumbel em função do tamanho da amostra N Fonte: Subramanya, 2008 Exemplo 151.1 Usando os dados de N=58 anos de precipitações máximas de Guarulhos, achar a precipitação máxima par Tr=100anos usando o Método de Gumbel conforme apresentação de Subramanya, 2008. Periodo de retorno desejado: Tr=T= 100 anos Média da amostra: Xm= 75,08mm Desvio padrão da amostra: σ= 23,29mm Cálculo de yT yT= - ( Ln (Ln (T/ (T-1)))) yT= - ( Ln (Ln (100/ (100-1)))) = 4,60 Cálculo de K K= (yT – yn) / Sn Conforme Tabela (151.3) vamos achar o valor de yn entrando com N=58 que é o tamanho da amostra. Então achamos yn= 0,5515 Conforme Tabela (151.4) vamos achar o valor Sn entrando com N=58 que é o tamanho da amostra. Então achamos Sn= 1,1721 K= (yT – yn) / Sn K= (4,60 – 0,5515) / 1,1721 = 3,45 Portanto, conforme Gumbel o valor máximo da precipitação diaria em Guarulhos é: XT= Xm + K . σ Média da amostra: Xm= 75,08mm Desvio padrão da amostra: σ= 23,29mm 151-8 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] XT= 75,08 + 3,45x 23,29= 155,53mm Portanto, a precipitação máxima diaria para Tr=100anos é 155,53mm. Verifique que o valor obtido foi de 155,53mm que é maior que o obtido usando Righeto, 2008 que foi de 147,50mm. O motivo é que Subramanya, 2008 considera a amostra e não o valor infinito da amostra. 151.6 Limite de confiança Subramanya, 2008 estima de uma maneira bem simples o limite de confiança. O limite de confiança da amostra xT será: x1= xT + f(c) . Se x2= xT – f(c) . Se O valor f(c) é obtido na Tabela (151.5) conforme a escolha da probabilidade de confiança desejada. O valor de Se é obtido da seguinte maneira: Se = b. σ / N 0,5 Sendo: Se= erro provável σ= desvio padrão da amostra N= número de amostras b= fornecido pela equação: b= ( 1+1,3K + 1,1K2) 0,5 O valor de K é o mesmo obitdo anteriormente: K= (yT – yn) / Sn Tabela 151.5- Valores de f(c) em função da confiança da probabilidade escolhida c em % 50 68 80 90 95 99 f (c) 0,674 1,00 1,282 1,645 1,96 2,58 Fonte: Subramanya, 2008 Exemplo 151.2 Para o exemplo anterior calcular o intervalo de confiança para 95% de probabilidade a precipitação máxima diaria para Guarulhos. XT= 155,53mm (já calculado) K= 3,45 ( já calculado) b= ( 1+1,3K + 1,1K2) 0,5 b= ( 1+1,3x3,45 + 1,1x3,452) 0,5 b= 4,31 Se = b. σ / N 0,5 Se = 4,31x3,45 / 58 0,5 Se=13,19 151-9 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Escolhida a probabilidade de 95% entrando na Tabela (151.5) achamos f (c)= 1,96. x1= xT + f(c) . Se x2= xT – f(c) . Se x1= 155,53 + 1,96x 13,19= 181,39 x2= 155,53 – 1,96x 13,19= 129,67 Portanto, o intervalo de confiança com 95% de probabilidade é que a o valor máximo para Tr=100anos esteja entre 129,67mm e 181,39mm. Informamos que achamos 155,53mm. Exemplo 151.2- Extraído e adaptado de Subramanya, 2008. Usando o método de Gumbel achar as vazões máximas em um rio para diversos períodos de retorno: 2anos, 10 anos, 25 anos, 50anos, 100 anos, 200 anos, 500 anos e 1000 anos, bem como o intervalo de confiança cujos dados estão na Tabela (151.6). Dados: Tabela 151.6- Dados de vazão observada máxima por ano Ano Vazão observada (m3/s) 1 7826 2 6900 3 6771 4 6599 5 5060 6 5050 7 4903 8 4798 9 4652 10 4593 11 4366 12 4290 13 4175 14 4124 15 3873 16 3757 17 3700 18 3521 19 3496 20 3380 21 3320 22 2988 151-10 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 23 2947 24 2947 25 2709 26 2399 27 1971 N= Media= Desvio padrão= 27 4263,52 1433,25 Tabela 151.7- Cálculos T= yt= Tabela yn= Tabela Sn= K= xt= Para 95% f© b= Se= x1= x2= 2 10 25 0,37 2,25 3,20 0,53320 0,53320 0,53320 1,10040 1,10040 1,10040 ‐0,15 1,56 2,42 4046 6500 7735 1,96 0,91 251,04 4538 3554 1,96 2,39 658,96 7792 5209 1,96 3,26 898,13 9495 5975 50 100 3,90 4,60 0,53320 0,53320 1,10040 1,10040 3,06 3,70 8651 9561 Intervalo de confiança 1,96 1,96 3,91 4,56 1078,53 1258,89 10765 12028 6537 7093 200 500 1000 5,30 6,21 6,91 0,53320 0,53320 0,53320 1,10040 1,10040 1,10040 4,33 5,16 5,79 10467 11662 12566 1,96 1,96 1,96 5,22 6,08 6,74 1439,40 1678,33 1859,32 13288 14952 16210 7646 8373 8921 Observar na Figura (151.3) que colocamos todos os periodos de retorno e as vazões de pico para os mesmos e que se encontram em uma reta conforme observado por Subramanya, 2008. 151-11 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Figura 151.3- Vazões em função do periodo do retorno em papel com abcissa com logaritmos 151-12 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 151.7 Distribuição LogPearson Tipo III No Brasil usamos para os extremos a distribuição de Gumbel, mas os americanos usam geralmente a distribuição Log-Pearson Tipo III que muitas vezes é denominada simplesmente de LP3I. Para isto vamos usar logaritmo na base 10. z= log x Trabalharemos com a função z e teremos a média zm e o desvio padrão σz. ZT= Zm + Kz . σz Sendo: ZT= média dos logaritmos Zm= valor médio dos logartimos Kz= obtido pela Tabela (151.8) em função de Tr e de Cs (skew). A distorção (skewness) pode ser positiva ou negativa. σz = desvio padrão dos logaritmos Depois que calculamos usamos o antilogaritmo, ou seja, a definição de logaritmo na base 10 é: Log b= a 10 a =b A única diferença está no coeficiente skew Cs que deve ser determinado e depois entrado em uma tabela para achar o coeficiente Kz em função do período de retorno T e do coeficiente de skew Cs. O valor do coeficiente de Skew Cs é determinado por: Cs= [ N .∑ (z – zm) 3 ]/ [ (N-1) (N-2) σz 3 ] Sendo: Cs= coeficiente de skew (distorção) N= tamanho da amostra z= valores obtidos z= log x zm= média dos valores z obtidos Quando o skew é positivo significa que a distorção é para a esquerda e quando negativo a distorção é para a direita já mostrado na Figura (151.2). Subramanya, 2008 salienta que quando Cs=0 a distribuição Log-Pearson Tipo III se reduz a uma distribuição log-normal. 151-13 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Tabela 151.8- Valores de Kz em funçao de Tr e de Cs (skew) Fonte: Subramanya, 2008 151-14 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Exemplo 151.3 Os dados são os mesmos de Guarulhos só que esta vez iremos usar a distribuição LogPearson III. Tabela 151.9- Cálculos de z e (z-zm)3 usando Log-Pearson Tipo III Ano Precipitação máxima diária anual (mm) 1940 47 1941 70,3 1942 85,2 1943 64 1944 87,4 1945 88,3 1946 76,2 1947 96 1948 60,41 1949 135,6 1950 80,6 1951 118,4 1952 54,6 1953 70,8 1954 57,1 1955 45,5 1956 74,6 1957 67,9 1958 57,2 1959 1960 59,5 83,9 1961 59,2 1962 97,6 1963 59,8 1964 52,5 1965 66,5 1966 60,6 1967 68,5 1968 90 1969 43 1970 57,6 1971 68,9 1972 43,4 z=log x (z‐zm)3 1,672098 1,846955 1,93044 1,80618 1,941511 1,945961 1,881955 1,982271 1,781109 2,13226 1,906335 2,073352 1,737193 1,850033 1,756636 1,658011 1,872739 1,83187 1,757396 1,774517 1,923762 1,772322 1,98945 1,776701 1,720159 1,822822 1,782473 1,835691 1,954243 1,633468 1,760422 1,838219 1,63749 ‐0,00626 ‐8,3E‐07 0,000407 ‐0,00013 0,000618 0,00072 1,68E‐05 0,001996 ‐0,00043 0,021003 0,000125 0,010218 ‐0,00169 ‐2,5E‐07 ‐0,00099 ‐0,0078 4,4E‐06 ‐1,5E‐05 ‐0,00097 ‐0,00055 0,000306 ‐0,00059 0,002358 ‐0,00051 ‐0,00253 ‐3,8E‐05 ‐0,0004 ‐8,8E‐06 0,000938 ‐0,01107 ‐0,00088 ‐6E‐06 ‐0,01048 151-15 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 1973 68,4 1974 53,7 1975 87,1 1976 69,5 1977 118 1978 117,9 1979 80,2 1980 92,8 1981 59,2 1982 112,5 1983 85,6 1984 56,5 1985 44,4 1986 93,2 1987 107 1988 88,2 1989 76,5 1990 85,1 1991 76,3 1992 146,2 1993 39,9 1994 51,5 1995 67,2 1996 71,9 1997 57,9 1,835056 1,729974 1,940018 1,841985 2,071882 2,071514 1,904174 1,967548 1,772322 2,051153 1,932474 1,752048 1,647383 1,969416 2,029384 1,945469 1,883661 1,92993 1,882525 2,164947 1,600973 1,711807 1,827369 1,856729 1,762679 Soma= 151-16 ‐9,7E‐06 ‐0,00202 0,000586 ‐3E‐06 0,010012 0,009961 0,000109 0,001375 ‐0,00059 0,007392 0,000441 ‐0,00113 ‐0,00913 0,001445 0,005181 0,000708 2,04E‐05 0,000398 1,79E‐05 0,029388 ‐0,01666 ‐0,00302 ‐2,4E‐05 5,32E‐11 ‐0,00082 0,026991 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Tabela 151.10- Cálculos usando Log-Pearson Tipo III Media= zm= Desvio padrão=σz Subramanya T=Tr= Cs= Kz= xt= antilog= 10 2,18= Intervalo de confiança Para 95% f(c)= b= Se= x1= x2= antlog= antlog= 1,86 0,13 100 0,23 2,50 2,18 150,98 1,96 3,34 0,06 2,29 2,07 194,83 116,99 Usando a definição de logaritmo achamos o valor para Tr=100anos de 150,98mm para precipitação máxima de um dia. O intervalo de confiança para 95% de probabilidade estará entre 116,99mm e 194,83mm; 151-17 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Exemplo 15 1.4 Calcular a vazão máxima de um rio para Tr=100 anos usando LogPearson Tipo III Tabela 151.11- Calculo usando LogPearson Tipo III Ano Vazao 1 7826 2 6900 3 6771 4 6599 5 5060 6 5050 7 4903 8 4798 9 4652 10 4593 11 4366 12 4290 13 4175 14 4124 15 3873 16 3757 17 3700 18 3521 19 3496 20 3380 21 3320 22 2988 23 2947 24 2947 25 2709 26 2399 27 1971 z=log x (z‐Zm)^3 3,89354 3,838849 3,830653 3,819478 3,704151 3,703291 3,690462 3,68106 3,66764 3,662096 3,640084 3,632457 3,620656 3,615319 3,588047 3,574841 3,568202 3,546666 3,543571 3,528917 3,521138 3,475381 3,46938 3,46938 3,432809 3,38003 3,294687 N= Media= Desvio padrão= 0,02349186 0,01244022 0,01116622 0,00957376 0,00091296 0,00088892 0,00057846 0,00040391 0,00022144 0,00016598 3,5753E‐05 1,6227E‐05 2,4693E‐06 5,4703E‐07 ‐6,96E‐06 ‐3,37E‐05 ‐5,904E‐05 ‐0,0002212 ‐0,0002569 ‐0,0004786 ‐0,0006361 ‐0,0022874 ‐0,0026144 ‐0,0026144 ‐0,0052982 ‐0,0117141 ‐0,030504 0,00317381 27 3,61 0,14 151-18 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] Tabela 151.12- Calculo usando LogPearson Tipo III N= Media= Desvio padrão= Tr= Cs= Kz= xt= antlog= Intervalo de confiança Para 95% f©= b= Se= x1= x2= antlog= antlog= 27 3,61 0,14 Subramya 100 0,05 2,36 3,94 8798 1,96 3,20 0,09 4,12 3,77 13074 5920 A vazão máxima de pico conforme LogPearson Tipo III é 8.798 m3/s e com 95% de confiança o intervalo varia de 5.920 m3/s a 13.074 m3/s. 151.8 Comentários Tabela 151.13- Comparação Gumbel e LogPearson Tipo III Distribuição Màxima Intervalo de confiança com 95% de probabilidade 3 Gumbel 9.561m /s 7.093 a 12.028 LogPerson Tipo III 8.798 m3/s 5.920 a 13.094 Usando dados metereológicos de chuvas diárias de Guarulhos durante 58 anos obtivemos os valores das precipitações máximas diárias que estão na Tabela (151.11). Tabela 151.14- Sumário para precipitação máxima diária para Tr=100anos com dados de 58 anos em Guarulhos Modelo usado Precipitação máxima diária Gumbel (Righeto, Chow, ASCE) 147,50mm Gumbel (Subramanya) 155,53mm Log-Pearson Tipo III 150,98mm 151-19 Curso de Manejo de águas pluviais Capitulo151- Distribuição de Gumbel e Log-Pearson Tipo III Engenheiro Plínio Tomaz 13 de janeiro de 2014 [email protected] 151.9 Bibliografia e livros consultados -ASCE (AMERICAN SOCIETY OF CIVIL ENGINEERS). Hydrology handbook, 2a ed.1996, ISBN 0-7844-0138-1, 784 páginas. -CHOW, VEN TE. Applied hydrology, Mcgraw-hill, 1988, 572 páginas. ISBN 07-100174-3. -PONCE, VICTOR MIGUEL. Engineering hydrology. Prentice-Hall, 1989,, ISBN 0-13315466-1, 640 páginas. -RIGHETTO, ANTONIO MAROZZI. Hidrologia e Recursos Hídricos. 1a ed. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos-USP, 1998, 819 páginas. -SUBRAMANYA, K. Engineering hydrology. 3ª ed. Tata McGraw-Hil, New Delhi, 2008, ISB 978-0-07-015146-8, 434 páginas. -SUBRAMANYA, K. Engineering Hydrology. 4ª ed. New Delhi, McGraw Hill, 2013, ISBN (13) 978-9-38-328653-9 com 534 páginas. -TOMAZ, PLINIO. Cálculos hidrológicos e hidráulicos. Navegar, 2ª ed. 2011, 592 páginas. -TUCCI, CARLOS E. M. Hidrologia. ABRH, 1993, 943 páginas. -WANIELISTA, MARTIN et al. Hydrology. 2ª ed. John /Wiley & Son, 1977, ISBN 0-47107259-1, 566 páginas. 151-20