O USO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR Mayza Bergamo 1 RESUMO Este artigo tem por objetivo divulgar um relato de experiência do uso de metodologias diferenciadas para o ensino de História desenvolvida com acadêmicos do curso de História das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia - UNIVAR , através da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado. PALAVRAS-CHAVES: Criatividade; Metodologia; Diálogo; Ensino-Aprendizagem; Estágio. ABSTRACT This abstract have as objective to divulgate an experience report about the use of diferenciated metodologies for learning of developed history with the academics of Faculdades Unidas do Vale do Araguaia – UNIVAR, through the discipline of curricular supervised stage . KEYWORDS: Creativity; Metodology; Dialogue; Teaching – Learning; Stage. INTRODUÇÃO Todos nós, educadores sabemos as dificuldades encontradas pelo professor de História, e também de outras áreas, para proporcionar uma qualidade de ensino para nossos alunos, em todos os níveis. A formação inicial é responsável pela melhor qualificação do futuro professor, encarregada de mostrar a variedade de metodologias de ensino, de fontes de pesquisa, recursos utilizados em sala de aula, atividades criativas para serem aplicadas aos alunos das escolas-campo, etc. Este processo é desenvolvido nos estágios, que, no caso das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia UNIVAR, inicia-se no 2º ano do curso de Licenciatura plena em História. O objetivo do artigo é fazer uma reflexão sobre a metodologia que estamos desenvolvendo com nossos alunos e acadêmicos e refletir sobre as possibilidades de mudança. Essa mudança pode influenciar a relação professor/aluno e a relação com a disciplina. 1 – Graduada em História pela Universidade Estadual de Londrina - UEL – PR - Pós-graduada em História Social pela UEL; Professora do Curso de História das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia - UNIVAR. 1 Faz-se necessário um repensar imediato na forma de ministrar as aulas, pois a qualidade de ensino almejada por todos só é conseguida quando o aluno entende e aproveita os temas mediados. Neste artigo pretendemos discutir: as aulas de História sempre iniciando pelo presente; a importância e a aplicação da ludicidade na disciplina; o uso de objetos para despertar o interesse dos alunos; a motivação como parte essencial para uma boa aula e como transformar uma metodologia tradicional como a aula expositiva em algo realmente interessante e prazeroso. A experiência do uso de novas metodologias para o ensino de História iniciou-se no ano de 2009 com os acadêmicos do 2º, 3º, e 4º ano do curso de História das Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, durante as aulas teóricas e práticas da disciplina de Estágio Supervisionado. 1. HISTÓRIA PELO PRESENTE Nossa experiência com a disciplina de Estágio Curricular Supervisionado I, II e III, desenvolvida nos 2º, 3º e 4º anos do curso de História respectivamente, apresentou um desafio para docente e para estagiários: repensar estratégias, métodos ou técnicas para desconstruir o conceito de que “História é uma disciplina chata”. Como superar esta idéia tão arraigada nas escolas? Metodologia é aqui entendida como um conjunto de métodos e técnicas ou estratégias de ensino-aprendizagem, que contém em si mesma uma junção política que corresponde aos objetivos que se pretende alcançar. No entanto Masetto, (2003, p.88) Estratégia e técnica não são a mesma coisa , o autor nos coloca que a estratégia é um termo mais amplo que técnica. Estratégia é uma maneira de se decidir sobre um conjunto de disposições,ou seja, são os meios que o docente utiliza para facilitar a aprendizagem dos estudantes .Técnica são recursos e meios materiais que estão relacionados aos instrumentos utilizados para atingir determinados objetivos. A literatura quanto a estes conceitos é diversa e contraditória, e pode levar a uma discussão exaustiva, e este não é o objetivo do nosso trabalho. Inicialmente propomos que um todas as aulas realizadas pelos estagiários nas escolas campo passariam a iniciar a partir do presente e pelo cotidiano do aluno , e também acompanhadas de objetos que pudessem representar aspectos do conteúdo ministrado 2 .Sabemos que não é uma metodologia nova ,no entanto ela não é utilizada nas escolas da região. Neste mesmo sentido Neto, (2003,58), “a dificuldade de mostrar o que se pretende para o aluno com os conteúdos e as propostas de aprendizagem, num mundo com predomínio da prática e do utilitarismo, tem afastado o interesse das crianças e jovens pelo conhecimento”. O autor ainda afirma que o professor tem falhado na tentativa de construir no aluno o “espírito investigativo”, que poderá despertar a curiosidade sobre sua própria realidade. Para que este procedimento ocorresse de modo natural e eficiente, foram utilizadas inúmeras simulações de aula, acompanhadas de suporte teórico-metodológico. A princípio, os acadêmicos tiveram dificuldades, e até mesmo resistência, em relacionar os conteúdos dos livros didáticos com o presente e o cotidiano dos alunos, mas mostramos que com esta estratégia, o aluno interessa-se mais pelo conteúdo e pela disciplina. Se o professor der significado ao conhecimento que trabalha, isto começa a fazer sentido para o discente. A idéia é construir uma ponte ente o presente /cotidiano e o passado. Elaborar uma pergunta para o presente, e buscar resposta no passado. Destarte, Libâneo, (1985, p.137) assevera que: O trabalho docente deve ser contextualizado histórica e socialmente,isto é,articular ensino e realidade. O que significa isso?significa perguntar,a cada momento, como é produzida a realidade humana no seu conjunto;ou seja, que significado têm determinados conteúdos,métodos e outros eventos pedagógicos, no conjunto da relações sociais vigentes. O estudo sobre metodologias para o ensino de História discute variados métodos para o professor trabalhar a História em sala de aula, mas o que se tem visto nas escolas é a mesma aula tradicional que ora nos fazia dormir e pensar”para que preciso saber disto?”. Temos trabalhado nas aulas de estágio, que o professor hoje, não é o único detentor do conhecimento, onde só ela fala e os alunos, passivos, escutam, ou fingem escutar. O novo papel do professor neste contexto atual, é o de mediador do conhecimento. Ele precisa criar oportunidades para que seus alunos pensem por si, para que aconteça a discussão das idéias, proporcionando momentos de rever idéias, desconstruir opinião apressadas problematizando ou propondo alternativas para superar dificuldades. Neste processo de autonomia intelectual, a instauração do diálogo ente professor e aluno é muito importante. Como afirma Garrido (2002, p. 45): 3 No diálogo, as idéias vão tomando corpo , tornando-se mais precisas. O conflito de pontos de vista aguça o espírito crítico, estimula a revisão das opiniões, contribui para relativizar posições [...]. É neste momento do diálogo e da reflexão que os alunos tomam consciência de sua atividade cognitiva, dos procedimentos de investigação que utilizaram aprendendo a geri-los e aperfeiçoá-lo. O trabalho do professor é o de mediador, o que confere um domínio muito grande de conteúdo, pois ele tem de estar disposto e preparado para estar relacionando a fala do aluno com o tema abordado. Para Garrido (2002, p.46), o papel mediador do professor ainda: [...] aproxima, cria pontes, coloca andaimes, estabelece analogias, semelhanças ou diferenças entre cultura “espontânea e informal do aluno”, de um lado, e as teorias e as linguagens formalizadas da cultura elaborada, de outro favorecendo o processo interior de ressignificação e retificação conceitual.. Para que este processo seja colocado em prática, dentro das salas de aula, é necessário vencer a resistência e a “preguiça pedagógica”, que nos parece abater nossos futuros profissionais. Muitos resistem a trabalhar a História sob a perspectiva das novas abordagens ou utilizar métodos diferenciados para discutir conteúdos históricos. Como não vivenciarão esta experiência no ensino fundamental e médio, acreditam ser uma experiência surreal. A ousadia e a criatividade parece ainda assustar os acadêmicos, mas o apoio do professor e as simulações em sala de aula vêm ajudando a desconstruir preconceitos estabelecidos a muito tempo. 2. LUDICIDADE E A HISTÓRIA Outro aspecto abordado em sala de aula de estágio é a ludicidade 2 . Sabemos que o lúdico influencia no desenvolvimento do indivíduo e na sua vida social. Brincando o indivíduo ultrapassa o que não está habituado a fazer e apreende melhor o conhecimento. Por meio da brincadeira, a criança envolve-se no jogo sente necessidade de partilhar com o outro. Brincando e jogando, o jovem terá a oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis 2 Não temos aqui a pretensão de discutir o tema do ponto de vista da teoria,mas apenas citando como trabalho realizado em sala de aula pelos acadêmicos .Sabemos que o recurso pedagógico deve ser encarado de forma séria e usado de maneira correta , e o profissional ou futuro profissional deve estar preparado para realizá-lo. 4 na sua futura atuação profissional, tais como: atenção afetividade, concentração, tomada de decisões, e outras habilidades psicomotoras. São lúdicas as atividades que propiciam a vivência plena, integrando a ação. Tais atividades podem ser uma brincadeira; um jogo; uma dinâmica de integração, de grupo ou de sensibilização; um trabalho com recorte e colagem de revistas ou jornais; confecção de material de teatro, ou o próprio teatro; produção de vídeos com celulares ou câmeras; gincana cultural; criação de historias em quadrinhos; trabalho com argila; contadores de historias;entre outras possibilidades. No entanto, é preciso estar atento para que a atividade seja adequada para a faixa etária dos participantes, e qual o objetivo de estar sendo realizada. Muitas das atividades propostas ou vivenciadas pelos acadêmicos nas escolas-campo foram criadas por eles, de acordo com o conteúdo trabalhado. A criatividade e a força de vontade são ingredientes indispensáveis que devem acompanhar o professor ou o futuro professor na arte de ministrar aulas. Como foi exposto para os acadêmicos que assistem às aulas de estágio supervisionado, existe uma diversidade de literatura sobre a prática de ensino, que demonstra uma variedade de metodologias para se trabalhar o ensino de História, no entanto, dentro da sala de aula, é o professor que decide que melhor método utilizar para trabalhar, o defendido ou exposto pelos pesquisadores ou o criado pelo próprio docente. O que o futuro profissional da educação deve estar atento é que a sala de aula é um objeto de constante investigação e reflexão para o professor. Se ale estiver com o olhar atento á dinâmica do ambiente, pode fazer uma análise mais profunda para entender o que precisa ser modificado ou reelaborado. “Podemos voltar nosso olhar para os participantes: estão envolvidos, dispersos ou confusos? Quem está alheio? Quais os alunos que mais contribuem? Quais os alunos cuja atitude favorece a participação da classe? Em contraposição quais os alunos que dominam a discussão? Quem teve sua participação inibida? Todos falaram ninguém ouve ninguém? (GARRIDO, 2002)”. Portanto cabe ao professor criar alternativas para modificar sua prática. Para Masetto, (1997, p.35 ) “a sala de aula deve ser vista como espaço de vivência”. Quando o aluno percebe que pode estudar nas aulas, discutir e encontrar pistas e encaminhamentos para questões de sua vida e das pessoas que constituem seu grupo vivencial, quando seu dia-a-dia de estudos é invadido e atravessado pela vida, quando ele pode sair da sala de aula com as mãos cheias de dados, com contribuições significativas para os problemas que são vividos “lá fora”, este espaço 5 se torna espaço de vida, a sala de aula assume um interesse peculiar para ele e para seu grupo de referência. A sala de aula além de ser um lugar de pesquisa para o professor, é também um espaço formador para o aluno, onde possa aprender a refletir melhor as idéias e a ressignificar suas concepções. 3. USO DE OBJETOS EM SALA DE AULA A proposta de utilizar objetos durante a exposição de conteúdo de História foi bem recebida pelos alunos das escolas-campo, eles acharam a aula mais atrativa, interessante e divertida .Foi observado que os estagiários sentem-se mais confiantes utilizando o objeto como ponto de partida para sua aula .Cabe aqui relatar uma experiência com objetos em sala de aula . A aula proposta é de História do Brasil colonial, com recorte temático no engenho de cana de açúcar na colônia. O estagiário se propõe a levar para a sala de aula os seguintes objetos: Gomos de cana; açúcar mascavo; açúcar refinado ou cristal; melado; e outros derivados. Com os objetos expostos, o estagiário começará a perguntar se os alunos conhecem tais objetos, como é feito o açúcar, se conhecem algum engenho (na região do vale do Araguaia existem alguns engenhos em funcionamento), a partir das respostas, os estagiários iniciam a construção da ponte entre o presente e o passado, explicando onde tudo começou em seguida os alunos poderiam experimentar os derivados da cana de açúcar. Praticamente em todos os conteúdos podem-se utilizar objetos, aqueles onde estes objetos sejam mais difíceis, pode-se recorrer ao uso de Iconografia. A iconografia surgiu para a História, primeiro como forma de ilustração dotada de legendas. Depois como fonte, e ainda foi transformada em objeto da História. A utilização da iconografia como fonte para a História é muito recente, havendo uma certa prudência no seu uso .Porque até então o seu uso se fazia presente no trabalho dos historiadores da arte. A sua importância como fonte ainda encontra barreiras entre os historiadores, e quando utilizada não tem tido a atenção merecida é ainda relegada a segundo plano. 6 4. MOTIVAÇÃO O uso de variedade na metodologia é uma opção do professor. Cada qual escolhe: a preguiça e a inércia ou o desafio e a criatividade. É claro que só o uso de novas metodologias não garante uma boa aula ou uma aula participativa è necessário que os alunos estejam motivados e abertos para vivenciar esta experiência. Para Antônio Carlos Gil, motivar os alunos não significa contar piadas, mas identificar quais os interesses do aluno para o conteúdo ou tema, sendo necessário estabelecer um “relacionamento amistoso com o aluno”, só assim é possível motivar o aluno para o aprendizado. “[...] isto pode ser feito mediante a apresentação do conteúdo de maneira tal que os alunos se interessem em descobrir a resposta que queiram saber o porquê,e assim por diante. Convém também que o professor demonstre o quanto a matéria pode ser importante para o aluno. (GIL, 1994, p.60)”. Ainda para Gil, para que ocorra o aprendizado e o aluno preste atenção á exposição do professor, depende do “grau de motivação”, para tanto é necessário que o professor considere alguns pontos propostos pelo autor: “Humor”- professores bem humorados conseguem melhores resultados para manter seus alunos atentos; “Entusiasmo”-Qualidade imprescindível para qualquer docente , em todos os níveis , se ele demonstra entusiasmo ela disciplina e pelo conteúdo , isto contagia o aluno a gostar do que vai ser compartilhado; “Aplicação prática” as aulas expositivas tradicionais (chamamos de tradicional aquelas onde só o professor explica, expõe e impõe )são muito cansativas , para ambos,e na maioria das vezes não são acompanhadas com a parte prática , que é onde realmente faz a diferença .Existe muita baboseira de propostas nos planos de ensino, que falam de aliar a teoria e a prática . E como sabemos na realidade, isto não acontece, é preciso que todo o conteúdo ministrado (de maneira agradável) venha acompanhado de atividades interessantes e criativas, que desenvolvam as habilidades necessárias para a aprendizagem e o mundo do trabalho, tão bem relacionados por José Carlos Libâneo (1999, p.22) como: (...) responsabilidade, iniciativa, flexibilidade de mudança de papéis, rápida adaptação a máquinas e ferramentas, e formas de trabalho que envolva equipes interdisciplinares heterogenias (...). Desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas, encaminhadas para um pensamento autônomo, critico e criativo (...) 7 Outro ponto defendido por Libâneo é quanto aos “Recursos auxiliares de Ensino” muitos professores ainda continuam somente utilizando o giz e o quadro negro como recursos para suas aulas. Estes recursos são importantes sim, mas não são exclusivo, o importante que o docente procure diversificar suas aulas com a utilização de outros recursos, como o uso de objetos, já citados acima; uso e não abuso do data show, principalmente para trabalhar com imagens; uso de periódicos, no caso de revistas especializadas em História; dentre outros que dependem da criatividade e da disposição do professor em melhorar a qualidade de suas aulas ;“ Participação” - a sala de aula é um dos ambientes de construção do conhecimento ,portanto para que esta construção aconteça, é necessário a participação do aluno .Quando o aluno se sente estimulado, ele participa da aula e a aula torna-se mais produtiva , ele aprende mais e percebe que faz parte da construção como sujeito histórico. 5. AULA EXPOSITIVA REELABORADA Outra metodologia trabalhada em sala de aula com os estagiários é o da aula expositiva. O método considerado tradicional pode ser redescoberto e reelaborado pelos professores que estão dispostos a dinamizar suas atividades. A autora Antônia Osima Lopes trabalha a aula expositiva sob a perspectiva do diálogo como recurso transformador para a transmissão do conhecimento. Nesse sentido, Lopes, (1991, p.42), “Essa forma de aula expositiva utiliza o diálogo entre professor e aluno para estabelecer uma relação de intercâmbio de conhecimentos e experiências”. A autora ainda traça uma trajetória da aula expositiva desde o trabalho dos jesuítas, passando pela década de 30, a Pedagogia Nova e a Tecnicista, até a década de 80. Ainda ressalta que a técnica trabalhada pelo professor com responsabilidade estimula a participação do aluno e desenvolve neste a “curiosidade científica”, o pensamento crítico, criativo e reflexivo, “atributos essenciais para uma educação transformadora”. A experiência da dimensão dialógica fez com que nossos estagiários percebessem a importância de relação harmoniosa que deve existir entre professor e aluno, reconhecendo na aula expositiva dialogada o ponto de partida para conhecer a experiência e o cotidiano do aluno e relacioná-la com o conteúdo em estudo. Para Gil (1994,65), a aula expositiva também é alvo de críticas pelos professores. Boa parte das críticas feitas à aulas expositivas são pertinentes.Porem, uma aula bem planejada constitui estratégia adequada em muitas situações .O que importa é que o professor identifique a aula 8 exposição como uma entre muitas estratégias possíveis , com vantagens e limitações , recomendável em certas situações e contra indicada em outras” Podemos perceber que metodologias simples como a aula expositiva, podem ser redescobertas pelo professor, e incorporadas a sua prática cotidiana, sendo necessária boa vontade do profissional em oferecer um ensino de qualidade a seus alunos. Uma atitude pedagógica que poderia ser aplicado é diversificar o ambiente da aula. Todos sabemos que as quatro paredes da escola ou da universidade, não são lugares exclusivos para a construção do conhecimento e da experiência, ambos, podem ser compartilhados em outros lugares como: visitas a museus; aulas de campo dentro da comunidade; no pátio da escola; na biblioteca; pontos turísticos da cidade; teatro; anfiteatros; cinema, etc. A própria escola poderá proporcionar lugares acolhedores e alegres para que seus alunos possam desfrutar melhor do ambiente escolar, como: sala de leitura (decorada e aconchegante); sala de aula colorida e com as produções dos alunos; hortas comunitárias; salas de artesanato, dentre outras. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta apresentada aos acadêmicos do curso de História , da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado, se refere ao uso de metodologias diferenciadas e atividades aplicadas aos conteúdos, que visa melhorar a relação do acadêmico com sua prática dentro da realidade vivenciada nas escolas-campo. Os acadêmicos que freqüentam a disciplina de estágio são orientados individualmente antes de realizar suas intervenções pedagógicas. Toda metodologia ou atividade sugerida está de acordo com a realidade da escola-campo e do estagiário. Acreditamos que, além do domínio de conteúdo, carisma do professor e planejamento da aula, a metodologia apropriada, poderá transformar o saber em algo prazeroso para o estudante, jovem ou adulto. Gostaríamos também de chamar a atenção dos docentes do ensino superior, principalmente dos cursos de licenciatura, para diversificar suas metodologias, dar significado ao conteúdo, propor atividades mais criativas, tornar suas aulas mais dinâmicas, pois isto dá referência para o acadêmico ao realizar o estágio, além de proporcionar mais 9 prazer ao assistir as aulas. A realidade de nossa instituição de ensino superior não é diferente de outras que oferecem os cursos noturnos. Nossa comunidade acadêmica é composta quase que exclusivamente de trabalhadores, que chegam cansados para assistir as aulas e merecem ter uma qualidade, objetividade e competência por parte do corpo docente. O mais fascinante de trabalhar com o ensino de História e o estágio, é a troca de experiências e idéias que há entre professor e estagiários. A cada aula ministrada ou orientação vivenciada nos surpreendemos com a capacidade em criar atitudes pedagógicas que possam levar a magia e o encantamento do conhecimento a todos que se dispõe a acreditar na educação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GARRIDO, Elsa. Sala de aula: Espaço de construção do conhecimento para o aluno e de pesquisa e desenvolvimento profissional para o professor. In: CASTRO, Amélia Domingues de; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de .(org.). Ensinar a ensinar: Didática para a escola fundamental e médio. São Paulo: Pioneira, Thomson Learning , 2002. GIL, Antônio. Metodologia do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 1994.. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor; Adeus Professora? Novas exigências educacionais e a Profissão Docente. São Paulo: Cortez, 1999, p.22 ___________________. Democratização da escola pública: A pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985. LOPES, Antônia Osima. Aula Expositiva: Superando o Tradicional. In: VEIGA, Ilma P. A (org.). Técnicas de Ensino: Por que não? São Paulo: Papirus,1991. MASSETTO, Marcos T.. Didática: A aula como centro. São Paulo: FTD, 1997. ___________________.Competência Paulo:Summus, 2003. Pedagógica do Professor Universitário .São 1