GRÊMIO GAVIÕES DA FIEL TORCIDA www.gavioes.com.br O Gavião EDIÇÃO Nº 59 | NOVEMBRO-DEZEMBRO | 2013 VALOR DO INGRESSO NO BRASIL É UM DOS MAIS CAROS DO MUNDO Como agir diante da realidade do futebol moderno, do fiel torcedor, entre tantos outros fatores que afastam o povo dos estádios? Nos últimos 10 anos, o preço médio dos ingressos populares dos times que disputam o campeonato brasileiro subiu 300%, contra uma inflação de 73% no período e aumento do salário mínimo de 183%. Segundo estudos realizados pela Pluri Consultoria, especializada no mercado esportivo, o Brasil é o país cujos ingressos são os mais caros do mundo em termos proporcionais à capacidade de consumo da população. O preço médio dos ingressos mais baratos no Brasil é de R$ 38, sem contar as numeradas, setor vip, etc. Na média dos 16 países analisados no estudo, entre eles Alemanha, Espanha, EUA e Inglaterra, a renda per capita permite a compra de 1.308 ingressos, 103% a mais do que a capacidade de compra de ingressos dos brasileiros, que é de 645. Isso, obviamente, se o torcedor gastar todo o seu salário somente com ingresso. Como não é o caso, o importante é ressaltar que o levantamento é uma forma de mensurar a incompatibilidade entre os preços cobrados nos ingressos e o “tamanho do bolso” do brasileiro (sem o acréscimo aqui das despesas com transporte e alimentação). Apesar desses dados não serem novidade ao torcedor, que já sente no bolso e na rotina as mudanças no público do futebol brasileiro, nunca é demais ressaltar que os dirigentes esportivos têm a obrigação de respeitar a realidade financeira do torcedor popular que historicamente frequenta os estádios e contribuiu para o Brasil se tornar a referência que é hoje no futebol. Além disso, não é possível dissociar o debate da permanente preocupação sobre a futura política de preços a ser praticada nos novos estádios com o processo de elitização em andamento. Em 2013, por exemplo, o preço médio dos ingressos foi de R$ 38,00, enquanto em 2003 o preço praticado era, em média, R$ 9,50. O mais curioso é que quanto mais caro o ingresso, menos público nos estádios e mais os clubes aumentam os valores. Isso se deve, em boa parte, à política adotada pelos dirigentes dos clubes de aumentarem o preço avulso do ingresso para fazer com que o torcedor opte por aderir aos planos de sócio-torcedor. Aí vem o que já conhecemos no nosso fiel torcedor: taxa de anuidade; taxa do cartão ou boleto; exclusão dos que não tem acesso à internet; exclusão dos que não conseguem pagar caro em todos os ingressos; mudança radical do perfil dos torcedores que frequentam os estádios; cotas cada vez menores ao setor popular; entre outros. No entanto, esses fatores não significam que é preciso acabar com o fiel torcedor. Pelo contrário, é preciso aprimorá-lo de acordo com a realidade do povo que sempre frequentou o estádio. E o fato é que a elitização do futebol se coloca, sobretudo, para nós. No caso do Corinthians, a receita com arrecadação dos jogos tornou-se estratégica para o clube e ganha cada vez mais destaque. O Timão disparou nos últimos anos e fechou 2012 com R$ 35 milhões só em bilheteria, enquanto que esse valor era de R$ 5,5 milhões em 2003. Apesar desse aumento se justificar principalmente pelo bom momento em que o clube passou e pelas recentes conquistas, o fato é que o Corinthians é o maior impulsionador dessa tal “elitização” ao cobrar cada vez mais caro no ingresso seja em qualquer setor do estádio. Esses dados não significam, por exemplo, menor receita em outras fontes de arrecadação, uma vez que o Corinthians faturou R$ 156 milhões com a venda de direitos para a televisão em 2012. Mas o fato é que, infelizmente, as perspectivas sobre o cenário das arquibancadas nos próximos anos não são as melhores. Os clubes perceberam que podem extrair muito mais do “torcedor consumidor” e, por isso, a nova classe de torcedores, caracterizados principalmente pela sua passividade, começam a ser prioridade dos clubes. E o desafio permanece: como agir ou reagir diante da realidade do futebol moderno, do fiel torcedor, entre tantos outros fatores que afastam o povo do estádio? O debate precisa ser feito a curto, médio e longo prazo. O GAVIÃO | NOVEMBRO-DEZEMBRO 2013 Opinião EDITORIAL Dedicação, empenho, garra e vontade. É o mínimo que esperamos dos jogadores que usam o manto sagrado. Na vitória ou na derrota, jogar com raça e com o coração é mais do que obrigação, ainda mais se tratando de Corinthians e de um elenco milionário. A eliminação na Copa do Brasil e a sequência de jogos sem bons resultados não seriam problema caso o elenco – em especial alguns jogadores – tivessem tido a postura esperada por toda a fiel. Não vivemos de títulos, porém não admitimos falta de comprometimento. Um exemplo recente da postura e reconhecimento da torcida quando o time joga com raça e as coisas não dão certo é a própria eliminação da Libertadores deste ano, em que claramente fomos trapaceados apesar de todo o esforço do elenco em campo. Tínhamos a consciência de tudo o que o time havia proporcionado à Fiel Torcida nos últimos anos e sabíamos que fizeram tudo o que podiam para alcançar a vitória naquela noite. Não deu e mesmo assim reconhecemos, aplaudindo o elenco e equipe técnica como forma de agradecimento. Há cerca de um mês, em situação bem diferente, com o Corinthians despencando na tabela e uma sequência de atuações insatisfatórias, a diretoria dos Gaviões da Fiel se reuniu com a comissão técnica e todo o elenco para cobrar uma postura diferente. Na ocasião, deixamos claro que sempre vamos apoiar o Corinthians em qualquer situação, perdendo ou ganhando, pois já passamos por momentos difíceis. Porém, não iríamos mais tolerar falta de empenho e um time que não cria oportunidades em campo, em total contradição ao fato de sermos o atual campeão mundial. Todos se comprometeram a melhorar e, CARNAVAL “O CORINTHIANS PARA MIM É UMA SURPRESA MUITO GRATA” mesmo assim, continuamos a assistir um futebol que não condiz com a grandeza do Corinthians e com o potencial do atual elenco. O ano está acabando e não sabemos como será o desempenho do time até o final. Mas a certeza que temos é que queremos reformulação no Corinthians para o ano que vem. Queremos ver novamente um time com raça em campo. Estamos de olho na postura de muitos jogadores e o aviso já foi dado a todo o elenco. A paciência acabou e vamos cobrar os desvios de conduta. E aos que estão somente de passagem, atentem-se: Raça Timão, aqui é Tradição! Bola pra frente, lá no parque é assim, na vitória ou na derrota, sou CORINTHIANS até o fim... sou CORINTHIANS sim, a vida inteira... Diretoria Gaviões da Fiel Torcida Foto: Erika Papangelacos Em visita à sede, Ronaldo agradece homenagem dos Gaviões da Fiel no carnaval e garante que vai “honrar a camisa” na avenida Com o enredo “R9 - O voo real do Fenômeno”, os Gaviões da Fiel contará a história de Ronaldo Nazário no carnaval 2014, desde a infância pobre em Bento Ribeiro, passando pela carreira de sucesso como jogador de futebol, até se tornar empresário. A passagem pelo Sport Club Corinthians Paulista, onde encerrou a carreira, será destaque na avenida. Em visita à quadra na festa de apresentação dos pilotos, Ronaldo falou com o jornal O Gavião e ressaltou o orgulho de ser homenageado pela torcida. Qual a importância de ver a sua história de vida ser contada pelos Gaviões da Fiel na avenida? Eu estou imensamente orgulhoso em receber essa homenagem dos Gaviões da Fiel. O Corinthians para mim é uma surpresa muito grata. Cheguei aqui em 2009 e rapidamente me apaixonei pelo Corinthians e por essa torcida apaixonada. Eu me identifico até hoje e isso vai durar para sempre. Portanto, é uma grande honra receber essa homenagem. Eu espero que possamos fazer um grande carnaval e ser campeão. Porque se tratando de Corinthians e Gaviões, a gente tem sempre que ganhar. Qual a sensação quando vem aos Gaviões e vê essa vibração da torcida fora das arquibancadas? A sensação é ótima. Estar perto do público, perto da minha torcida. Eu fico muito feliz de poder transmitir a minha alegria e receber o carinho de todos aqui. É maravilhoso. Infelizmente, estou morando fora do país, mas estou com uma agenda mensal aqui no Brasil, por isso virei mais vezes aqui até o carnaval. Vou participar dos ensaios e fazer bonito na avenida. Já recebi um CD com o enredo, já está no carro. Refrão decorado, mas vou decorar inteiro, com certeza. Como você enxerga essa fase do Corinthians? O que você espera dessa equipe até o final da temporada? Esportivamente falando, o Corinthians ganhou tudo nesses últimos anos. Então às vezes é difícil para os jogadores criarem uma motivação. O mais importante, vendo o time do Corinthians com os jogadores e a qualidade que tem, é manter esse grupo motivado. Então não é somente a questão dos jogadores, mas sim da diretoria, do presidente de manter esse grupo motivado e querer novas conquistas. Essa é a parte mais importante que eu diria que o Corinthians precisa. Mande um recado para a Fiel Torcida. Eu quero dizer que estou muito feliz de fazer parte desta grande família corinthiana, desta grande nação, vamos fazer de tudo para ganhar esse carnaval e vai Corinthians! NOVEMBRO-DEZEMBRO 2013 | O GAVIÃO Corinthians 103 ANOS DE UM IDEAL, DE UMA TORCIDA, DE UMA PAIXÃO, DE UMA RELIGIÃO Em 2013, nosso Coringão completou seu 103º ano de existência e sequer o tempo de lá pra cá foi capaz de diminuir a importância de tal celebração. Desde 1º de setembro de 1910, cada dia se tornou capaz de potencializar ainda mais a importância de celebrar a existência de um clube, de um ideal, de uma torcida, de uma paixão, de uma religião, de uma loucura. O Corinthians surgiu como a representação do desigual, do esquecido. Em sua mística alvinegra, encanta o poder de recriar a igualdade em um nível incomum (se não impossível) de se ver. Em uma sociedade marcada por desigualdades diversas, uma arquibancada se tornou o lugar do pobre e do rico, do negro e do branco, do gordo e do magro, do patrão e do funcionário. Desde o desbotamento de uma camisa, o preto e o branco deixaram de ser ausência ou não de luz, e se tornaram cor. Cor única e expressiva. Há quem diga ser uma paixão demasiadamente louca. Há quem acuse ser inaceitável qualquer excesso. Há quem acredite que fanatismo não seja sadio. Mas do outro lado, há quem não se importe. Pois se é verdade que sentimento não se discute com razão, é verdade também que Corinthianismo não se argumenta sem senti-lo. O Corinthians do 1º de Setembro é também o Corinthians de todos os dias. Vai Corinthians!!! ENTREVISTA DO SONHO DE INFÂNCIA À ATUAL FASE DO CORINTHIANS “Tite fez a gente entender que essa causa é maior: Corinthians, títulos, isso sim ficará para a história, o resto não fica” Há cinco anos no Corinthians, Paulo André é um dos jogadores com mais tempo de clube no atual elenco. No início de outubro, o jogador falou com o jornal O Gavião sobre seu início no Corinthians, o momento pelo qual passava o elenco antes da desclassificação da Copa do Brasil, a relação entre a torcida e jogadores e mandou um recado para fiel: “vamos dar a volta por cima e voltar dar alegria para o torcedor.” Como foi o seu primeiro jogo com a camisa do Corinthians? Foi em 19 de agosto de 2009, Corinthians e Internacional, em Porto Alegre, no Beiro Rio. No intervalo, o técnico Mano Menezes me chamou e disse: “vou precisar de você”. Quando começou o segundo tempo já comecei a me aquecer. Na hora meu coração disparou e veio aquele nó na garganta. Com 15 minutos, ele me chamou e eu realizei meu sonho de infância, pois desde moleque eu queria vestir a camisa do Corinthians. Essa estreia foi emocionante e eu nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo. Então aquela noite foi especial e ainda saímos com vitória, com o placar de 2 a 1. Vai ficar anotado como um dos momentos mais especiais da minha carreira. A torcida do Corinthians é apaixonada e apoia, mas quando o time não esta bem ela cobra forte, como lidar com esse turbilhão de emoções? Em pouco tempo aqui você já percebe como funciona, a pressão e a responsabilidade são muito grandes e é proporcional à alegria e aos momentos bons que passamos. Já passei por fases boas e ruins e aprendi a lidar com isso. E a resposta a ser dada à torcida é dentro de campo, com trabalho e dedicação. Depois da derrota contra o Flamengo, em 2010, pela Libertadores, e agora contra o Boca, em 2013, eu pude perceber que o torcedor do Corinthians quer é garra, é se sentir representado e satisfeito com o que os jogadores apresentaram dentro de campo. A derrota ou a vitória faz parte do jogo, mas a luta e a dedicação não podem faltar nunca. Uma vez entendido isso, a relação com os torcedores Foto: Erika Papangelacos fica mais tranquila e você consegue mesmo nos momentos mais difíceis fazer o que for preciso para dar resultado. O que aconteceu com o time nesses últimos jogos? São vários fatores pequenos e que passaram despercebidos. Não só internamente, mas O GAVIÃO | NOVEMBRO-DEZEMBRO 2013 Entrevista externamente também. Há uma queda na qualidade do jogo pela saída de alguns jogadores; pelo fato de uma equipe que venceu muito e é natural que ela dê uma baixada; e pelos desgastes por conta da quantidade de jogos, falta de tempo para treinar, sendo que essa é uma equipe que sempre se destacou pela intensidade nos treinamentos e praticamente desde julho não estamos treinando para montar um time. Então são esses problemas pequenos que somados fez com que o time caísse de rendimento. Você vê que tem luta e entrega, mas muitas vezes não tem uma jogada, uma combinação de passes, não tem preparo para chegar ao gol e isso se dá porque o nível técnico dos jogadores caiu. Mas estamos tentando resgatar para conseguir chegar bem até o final do campeonato. Você comentou que o calendário é muito amplo, não há tempo para treinos. Como está essa união entre jogadores, até mesmo de outras equipes, a respeito desses calendários e outras reivindicações? Conseguimos reunir cerca de 900 atletas da série A e B. Não é um movimento da elite, apesar de terem atletas de grandes times e com isso termos uma maior visibilidade na mídia. O principal ponto a ser defendido é um calendário mais equilibrado, que seria menos jogos para os times grandes que estão nas principais competições e mais jogos para os times pequenos (grande maioria dos clubes do Brasil) que tem calendário para três ou quatro meses de jogos apenas. São 627 times com mais de 18 mil atletas que ficam em situação de risco de desemprego ou não recebem seus salários ou recebem atrasado. Essa maioria de jogadores não deve ganhar mais de três salários mínimos. Estamos falando do povo, que sofre e se dedica ao trabalho e não tem condições mínimas de ajudar a sua família. Esse movimento é legítimo e tenho certeza que conseguiremos trazer melhorias para o futebol e seus atletas. Gostaria de deixar bem claro para a nossa torcida que todas essas ações que faço fora não interferem em nenhum momento no meu foco dentro de campo. Nunca deixei de comparecer aos treinamentos para fazer todas essas coisas que faço, seja pintar ou fazer esses movimentos em prol de um futebol melhor. Eu sei qual é a minha prioridade e depois de cinco anos de clube as pessoas já me conhecem e sabem do meu comprometimento. Porém, não posso deixar de aproveitar que estou em um time grande e de muita visibilidade na mídia para tentar fazer um movimento, uma luta para Jornal O Gavião que melhore a qualidade do espetáculo com alto rendimento e a qualidade de vida desses jogadores de times menores. Qual a sua opinião sobre o contato com as torcidas organizadas e os jogadores? Eu acho que na maneira como tem sido feito é bom. Já tive alguns contatos em 2009, em 2011 e recentemente. Penso que foi a melhor maneira com que eles podiam nos cobrar. Ouve um entendimento muito claro de que estamos passando por um momento difícil e que precisamos do apoio de vocês. Reconhecemos que estamos abaixo do que podemos render, mas, ao mesmo tempo, não tem ninguém de sacanagem e nem de vagabundagem, pois a maioria dos jogadores tem uma história bonita. Não estamos com o “rei na barriga”, sentados e esperando o salário “A derrota ou a vitória faz parte do jogo, mas a luta e a dedicação não podem faltar nunca” cair na conta. Conversando assim, o torcedor entende. Satisfeito ninguém está. As cobranças nesses moldes eu acho justo, porque o torcedor é parte fundamental do espetáculo e no final das contas é quem faz o clube viver e paga o nosso salário. Então não vejo problema nenhum esse tipo de conversa, de entender o que eles querem para tentarmos executar. Somos funcionários do clube e representamos 30 milhões de pessoas. Em seu site você fala do jogo entre Corinthians e Vasco pela Libertadores, do sentimento e do momento de sua chegada ao estádio, pois não jogou este dia. Foi muito sofrimento que eu não desejo a ninguém. Eu não nasci para ser torcedor, é muito sofrimento, chega a doer, porque você fica impotente, e, ao mesmo tempo, você grita, quer ajudar. O texto que eu escrevi sobre a eliminação com o Tolima foi sobre o ocorrido aqui no CT, que não concordo e acho que não leva a nada. PRESIDENTE Wagner da Costa - BO | VICE PRESIDENTE Rodrigo Fonseca - Diguinho PROJETO EDITORIAL | Departamento de Comunicação PROJETO GRÁFICO | Departamento de Comunicação Fale com o Jornal | 11 3221-2066 | [email protected] Endereço: Rua Cristina Tomaz, 183 | Bom Retiro - São Paulo CEP: 01129-020 SITE: www.gavioes.com.br | FACEBOOK gavioesoficial | TWITTER @gavioesoficial Por isso escrevi o meu primeiro livro, “O jogo da minha vida”, para contar para as pessoas o que se passa aqui dentro. Aproveito para divulgar para a torcida a história de um corinthiano que conta o sonho do pai e que finalmente consegue jogar no clube que sempre sonhou. Internamente como é a convivência entre elenco, comissão técnica e diretoria? Faz cinco anos que estou aqui e nunca tivemos uma briga, o que é quase impossível de acontecer. O Tite conseguiu colocar um nível de disputa e de competição interna, que apesar de ser alto, é com muito respeito. O Alessandro quando perdeu a vaga para o Edenílson foi lá abraçar o companheiro, desejar sorte e disse: “agora é a sua vez e vamos continuar ganhando”. Outros atletas como eu, Emerson, na época o Alex, Willian, Liédson, Chicão, todo mundo no banco e nunca houve problema, porque sabemos que hoje a gente está no Corinthians, pois o Corinthians fica e nós vamos parar de jogar! O Tite fez a gente entender que essa causa é maior: Corinthians, títulos, isso sim ficará para a história, o resto não fica. Já teve algum problema dentro do clube que o levou a pensar em sair? Não, pelo o contrário, ainda no banco, naquele momento de lesão, passei por duas cirurgias aqui, tive proposta para ir embora, muitas vezes nem era relacionado, daí sentei com o Tite e joguei limpo com ele. Disse que só queria uma oportunidade de poder disputar uma posição, mas eu sempre soube que estar aqui já seria escrever uma parte bonita da história e o que eu vivi nesses últimos anos valeram a pena. Hoje, eu sirvo de exemplo para muita gente que não está jogando e não tem oportunidade. Eu falo: “fica tranquilo, pois sair daqui para ir para qualquer outro lugar você está baixando o nível e vai perder seu tempo. Fica, aguenta, trabalha que uma hora surge a oportunidade e você vai ver que valerá a pena.” Ser jogador do Corinthians é... É ficar velho mais rápido (risos). Cada ano que você joga aqui envelhece uns quatro, apesar da alegria e do prazer, é claro! Mande um recado para os Gaviões da Fiel Eu espero que vocês continuem nos apoiando e entendam que o momento não é dos mais fáceis. Aqui tem pessoas que se importam com o clube, que são vencedores e não aceitam nada menos do que vitórias e títulos. Então por mais que a fase esteja difícil, vamos dar a volta por cima e voltar dar alegria para o torcedor.