uma publicação mensal da FEAUSP
•
ano 12 _edição 100_junho_2015
•
www.fea.usp.br/jornal
FEA tem 30 docentes
no ranking dos mais citados
Pelo menos 30 professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEAUSP) estão na última
edição do Ranking Web of Universities (Webometrics Ranking),
que reúne os seis mil pesquisadores de instituições brasileiras
com mais citações em publicações científicas e trabalhos acadêmicos rastreados na internet. O Webometrics Ranking é
uma iniciativa do Cybermetric Lab, um grupo de pesquisa do
Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, da Espanha.
O Prof. Decio Zylbersztajn, do departamento de Administração (EAD), é o campeão do ranking entre os professores da
FEA, figurando na posição 687ª, com 29 de índice-H (indicador de impacto das pesquisas) e 3.480 citações. Em segundo
lugar vem o Prof. Naércio Aquino Menezes Filho, da Economia
(EAE), na 724ª colocação com índice-H 29 e 2.433 citações. O
terceiro professor é Eliseu Martins, da Contabilidade (EAC),
na 1.059ª posição do ranking com índice-H 25 e 6.545 citações.
da USP
1.800 pesquisadores
pesquisadores
brasileiros
Mais citados
entre os
professores
da FEAUSP
EAD
30 professores da FEAUSP entre os mais citados
Decio Zylbersztajn
Naércio Menezes
Eliseu Martins
687˚ no ranking geral
Índice-H: 29
3.480 citações
724˚ no ranking geral
Índice-H: 29
2.433 citações
1.059˚ no ranking geral
Índice-H: 25
6.545 citações
EAE
O ranking foi baseado em dados coletados na 4ª semana
de abril de 2015 no Google Scholar (Google Acadêmico),
uma grande base de dados bibliográfica livre, que fornece
o número de citações recebidas pelos artigos incluídos no
perfil público do cientista. Dos seis mil ranqueados, 1.800
são da USP. Como não há referência à unidade que são vinculados, o Gente da FEA conseguiu identificar ao menos 30
professores da Faculdade.
EAC
A classificação é definida tendo como primeiro critério o
índice-H e depois o número de citações. Por exemplo, se a quantidade de citações do pesquisador A for maior que a do pesquisador B, mas o seu índice-H for menor, o pesquisador B leva vantagem na classificação. Caso haja empate no índice, daí as citações
definem quem ficará na frente. No caso dos ranqueados da FEA,
apesar de Eliseu Martins ser o mais citado entre os três primeiros,
ele fica em terceiro lugar porque o índice-H dos demais é maior.
Continua na página 6
ANÁLISE & OPINIÃO
FEA por FEA
FEA ALUMNI
FEA FUNCIONÁRIOS
FEA CIDADÃ
FEA DESTAQUES
pág. 2
pág. 3
pág. 8
pág. 10
pág. 11
pág. 12
PAINEL
Terceirização
Projeto polêmico que
tramita no Congresso
é analisado por
especialistas da FEA.
pág. 4
ANÁLISE & OPINIÃO
Feamais Alumni,
quando um encontro se apaga
2
Em 2006, cerca de 800 pessoas participaram do
primeiro encontro de alunos formados na FEAUSP,
em comemoração aos
60 anos da Faculdade. Na
ocasião, em conjunto com várias outras ações comemorativas planejadas por um comitê especial,
foi criado o Feamais, programa de relacionamento
com os Alumni. O evento seria o marco inicial;
pretendia-se perenizar os vínculos, garantir a
sustentação institucional e a excelência de nossos
cursos e pesquisas, nossa missão.
Ao longo desses quase 10 anos de existência, o
programa se manteve. Há cadastros atualizados,
portal, redes sociais. Fizemos algumas reuniões
menores, churrascos, noites de networking. Sempre
tendo sido o esforço por parte da instituição para
não perder o contato e atrair a atenção de seus
egressos.
Depois de muito planejar e pensar um encontro,
que aconteceria num sábado, no dia 16 de maio de
2015, chegou o momento de constatar os fatos: a
baixa adesão levou ao seu cancelamento.
Cabe, então, para aprendizado, uma reflexão:
onde erramos? Será que foi na comunicação? Será
que foi no custo de R$ 150,00? Será que o tempo de
divulgação do evento foi curto? Talvez. Mas certamente deve existir
algo maior que explique o ocorrido.
Em muitos países os Alumni têm um carinho especial pelas
Universidades onde estudaram e reconhecem que elas mudaram
as suas vidas. Estão sempre prestando atenção no que acontece, têm
orgulho delas, participam da sua vida e constantemente fazem ações
para manter a sua qualidade.
Em Illinois, nos EUA, por exemplo, onde tive a oportunidade de
estudar, há uma associação de Alumni com escritórios regionais, um
calendário fixo de eventos, revista bimestral, tudo financiado e gerido
pelos próprios ex-alunos com o objetivo de manter a universidade,
http://www.uiaa.org/uis/
Acredito que falta de maneira generalizada no Brasil uma cultura
que faça a nossa ligação com as instituições que nos prestam serviços.
Tomamos tudo como dado, ou como uma obrigação do governo, seja
a educação, a saúde, ou a segurança. Temos direitos, mas não obrigações nem vínculos. O momento atual é o que importa e dificilmente
pensamos sobre o futuro dessas instituições ou nos lembramos do
que elas nos ofereceram.
Numa sociedade em que cada vez mais lutamos pelos nossos
direitos de educação universal, pública e gratuita, e principalmente
de qualidade, muitos esquecem que os recursos devem vir de algum
lugar e que são finitos. E é justamente neste último aspecto que os
Alumni podem ter um papel fundamental, contribuindo com ações
e recursos para que a educação de qualidade que eles tiveram no
passado seja garantida para as futuras gerações.
Em 2016 a FEA completará 70 anos. Teremos nova oportunidade
de aproximar os Alumni da Faculdade num encontro que esperamos
venha a ser de muita alegria ao rever nossos amigos e enriquecedor
para todos.
E para que dessa vez sejamos bem-sucedidos, conclamo todos a
participar com ideias, sugestões e - por que não? – com algumas horas
de seu tempo, para a organização do evento.
A estrela dos Alumni FEAUSP tem que estar sempre viva!
Prof. Joaquim josé martins guilhoto
Vice-Diretor da FEAUSP
com colaboração de LU MEDEIROS
Assistente de Comunicação FEAUSP
FEA por FEA
Frequência aumenta e
Biblioteca vibra
Milena Neves Ramos
Nos últimos meses as salas de estudos da Biblioteca da
FEA têm recebido um número de pesso-
O burburinho na
entrada e atendentes rodeados de usuários demonstram a grande movimentação. E os números comprovam: houve um aumento na frequência da Biblioteca no período (janeiro a abril)
do ano passado para cá (ver Gráfico).
A infraestrutura da Biblioteca contribui para
explicar esse aumento. O espaço dispõe de salas
de estudo livres e abriga também seis salas para
grupos: o DesignLab, o CIEP e mais outras quatro salas, as BibLabs. A Biblioteca tem capacidade para 320 pessoas sentadas e o espaço oferece
352 armários guarda-volumes.
As estatísticas das reservas das salas de estudo
evidenciam o aumento da freqüência: de janeiro
a maio deste ano foram mais de 600 solicitações
de reservas (ver quadro). Segundo a chefe da Biblioteca da FEA, Margarida Maria de Sousa, “O
pessoal tem procurado os espaços da Biblioteca
para estudos em grupo e também para a utilização dos computadores”.
Não se sabe ao certo o que impulsionou esse
“boom” de gente, mas há sim como especular o
porquê do aumento da frequência. Além da infraestrutura, que estimula a visitação, Margarida
aponta outros fatores: a divulgação na mídia da
reinauguração da Biblioteca após a reforma e a
as maior que nos anteriores.
última greve da USP, em 2014. “Com as outras faculdades fechadas os alunos começaram a vir para cá e a conhecerem o espaço”,
avalia. Além disso, ela credita também o
sucesso à diversidade do acervo, que é rico
em títulos das áreas de ensino da FEA e de
outras faculdades, pois muitas obras são interdisciplinares, aponta.
A chefe da Seção de Atendimento ao
Usuário, Giseli Adornato de Aguiar, acha
que o êxito se relaciona com a fama que a
Biblioteca ganhou devido ao recebimento do acervo pessoal do
professor aposentado da FEA, Antonio Delfim Netto. Para ela, “a
divulgação em jornais e revistas foi de grande valia para o espaço
ganhar notoriedade”. Ela diz que o atendimento ao usuário é muito valorizado pela equipe de funcionários da Biblioteca e que tem
recebido muitas pessoas externas à FEA nos treinamentos realizados pela Biblioteca.“Vêm alunos de Biblioteconomia, de Letras, da
Poli e até da EACH (USP Leste)”, discorre Giseli.
Há pouco tempo a área ficou defasada, já que cinco servidores
da Seção se desligaram da FEA. “Ficar com menos funcionários
foi difícil, pois somos uma Biblioteca grande e com um atendimento extenso, mas contornamos esse problema com a união da
equipe: um cobre o outro”, explica Giseli. “É bom ver esse movimento todo, é gostoso”, diz ela com entusiasmo sobre essa efervescência nos espaços da Biblioteca.
24.981
Frequência 2015
22.671
26.993
24.626
Frequência 2014
8.802
2.978
10.124
3.818
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h
(com exceção do período de férias).
Para mais informações, acompanhe o blog da Biblioteca:
http://bibliotecafea.com/
3
PAINEL
Terceirização
gera debates pelo país
4
Thaís do Vale
A Câmara dos Deputados aprovou no último
dia
22
de maio o projeto que regulamenta
a contratação de mão de obra terceirizada
em todas as atividades, gerando protestos
Agora,
ele será apreciado pelo Senado. O projeto é
polêmico porque permite que terceirizados
executem atividades-fim da empresa. Até o
momento, as empresas só podiam terceirizar
atividades-meio. Por exemplo: uma empresa
que produz móveis pode terceirizar a limpeza
e o serviço de alimentação de seus funcionários, mas não o de montagem da mobília.
Se, por um lado, os empresários defendem
que é impossível modernizar a atividade econômica sem facilitar a terceirização, por outro
os sindicatos sustentam que ela “precarizará
as condições de trabalho”, além de resultar na
diminuição de salários.
Pesquisador de relações do trabalho, o
Prof. Arnaldo França Mazzei Nogueira, do
dos trabalhadores em todo o país.
Prof. Arnaldo França Mazzei Nogueira
departamento de Administração, é contra a regulamentação
por considerar um grande recuo, uma vez que aumentará a
precarização dos contratos provisórios e a “pejotização” (contrato de pessoa jurídica), sem cobertura da CLT. Já o Prof.
Hélio Zylberstajn, do departamento de Economia, um dos
maiores especialistas brasileiros no campo da empregabilidade, considera que a terceirização não representa uma ameaça
ao cidadão assalariado. Zylberstajn participou, inclusive, das
discussões públicas sobre o projeto no Congresso. Os dois
especialistas foram ouvidos pelo Gente da FEA.
O professor Hélio Zylberstajn explica que houve mudanças
no sistema de produção que alteraram as formas de trabalho.
Antigamente, as empresas centralizavam as atividades para
coordená-las internamente. Chamadas de empresas verticais,
elas eram grandes, burocratizadas e hierarquizadas. Porém,
acabaram ficando muito custosas, já que a informatização do
setor produtivo permitiu melhores maneiras de fazer a gestão das atividades. Atualmente, para uma empresa ser competitiva, ela deve ser horizontal, ou seja, coordenar a cadeia
produtiva fora de seus limites, muitas vezes em dimensões
globais, o que deu origem ao fenômeno da terceirização. No
mercado de trabalho, essas mudanças implicaram em menor
estabilidade profissional.
O vínculo entre empresa e funcionário baseia-se na legislação trabalhista, refletindo-se no direito à aposentadoria
e ao seguro desemprego, por exemplo. O professor aponta
que ainda não se encontrou um novo modelo de proteção do
trabalhador a ser seguido pelas políticas sociais e de mercado
de trabalho, e que isso gera relutância em relação às novas
medidas referentes à terceirização: “O trabalho mudou, a relação da empresa com o trabalhador mudou e o grande desafio
hoje, no Brasil e no mundo, é compatibilizar essa nova forma
de produzir globalmente com relações menos comprometidas
e com vínculos menos duradouros, tendo ao mesmo tempo
uma política de proteção e de regularização”.
Zylberstajn afirma que “se o Brasil não der uma base jurídica ao processo, vamos mais uma vez perder competitivida-
“Se qualquer atividade nas empresas poderá ser terceirizada, o que acontecerá com as carreiras?”
5
de”. Ele também acredita que, com uma legislação mais clara,
ficará mais caro terceirizar, pois deverá haver proteções aos
terceirizados que hoje não existem. Por exemplo, “se um funcionário terceirizado trabalhar no endereço do contratante, o
projeto estabelece que ele terá os mesmos direitos a restaurante,
transporte e segurança no trabalho que os funcionários diretos”.
Assim, ao dar garantias ao trabalhador terceirizado, ele acredita
que terceirizar todas as atividades “é possível, mas não provável”.
Quanto à postura dos sindicatos, ele acredita que ela defende
não apenas os interesses dos trabalhadores, mas também os
deles próprios: “Se a terceirização for regulamentada de acordo
com esse projeto de lei, vai haver muitas transferências de bases sindicais”, ou seja, muitas pessoas migrarão de sindicatos,
fazendo com que eles percam suas receitas e sua força política.
Precarização
Já o professor Arnaldo França Mazzei Nogueira acredita que
a desestruturação da forma de trabalho com vínculo empregatício interferirá diretamente no modo de vida dos trabalhadores, pois em empregos estáveis as pessoas “organizam a própria
vida, profissional e pessoal, além da aposentadoria”. Ele ainda
questiona: “se qualquer atividade nas empresas poderá ser terceirizada, o que acontecerá com as carreiras?”
O professor conta que a terceirização já ocorria na década
de 1970, dentro do processo da globalização e cita o caso da
empresa Toyota, que trabalhava com subcontratações e fornecedores e que dava benefícios e condições de trabalho diferentes aos seus funcionários diretos e indiretos. Ele explica que o
processo “criou novos padrões de organização do trabalho e de
competitividade”.
Para Mazzei, o projeto em votação não tem como foco ampliar os direitos dos terceirizados, mas sim permitir que todas
as atividades possam ser terceirizadas, o que resulta em uma
degradação das condições de trabalho e saúde, além da redução dos benefícios a que o funcionário teria direito caso fosse
contratado diretamente.
Além disso, aponta que o momento não é oportuno devido
Prof. Hélio Zylberstajn
à crise econômica: “É um momento em que o
emprego começa a declinar”, reduzindo o efeito
do crescimento do trabalho formal, que “havia
crescido nos últimos anos e que teve impacto
muito positivo na escolaridade e no aumento
da renda” da população.
Mazzei afirma que, embora a competitividade seja importante, ela não deve ser o objetivo principal de um governo: “A competitividade é importante, desde que não reduza as
condições de vida e trabalho, nem que torne
a sociedade mais desigual (...). Eu defenderia
muito mais parâmetros de redução da desigualdade, porque o país também precisa disso
para crescer”.
Quanto ao futuro, os dois professores têm
perspectivas parecidas. Zylberstajn cita a necessidade de se compreender, adaptar e legislar sobre as novas relações de trabalho. Mazzei
também aponta a necessidade de se formalizar
o trabalho e de se evitar a precarização.
FEA PROFESSORES
FEA tem 30 docentes no
ranking dos mais citados
6
Cacilda Luna
O
índice -H foi cria -
do pelo físico
Jorge
E. Hirsch,
2005,
em
com a proposta de
medir a produtivi dade do pesquisador
e o impacto das citações
Prof. Decio Zylbersztajn
geradas
por
seus artigos publica-
Ele representa
o número de artigos com citações iguais ou
maiores a esse número. “Se o índice H de um
pesquisador é 10 significa que ele tem pelo
menos 10 artigos que geraram ao menos
10 citações cada um”,
explica o Prof. Fábio
Frezatti, editor da
Revista Contabilidade & Finanças
da USP e professor
titular do EAC. Segundo ele, quando o
Prof. Naércio Menezes Fº índice foi proposto,
Hirsch estava preocupado com a questão:
“O que é mais importante para o autor, a
quantidade de citações ou a densidade?”.
O Webometrics é divulgado a cada
três meses e avalia estudiosos do mundo
todo, por países e regiões. Para entrar no
ranking, o pesquisador deve cadastrar
um perfil no Google
Acadêmico e torná-lo público. A partir da palavra-chave
Prof. Eliseu Martins
(nome padrão do
dos em periódicos indexados.
autor), o sistema rastreia os periódicos e alimenta o banco de dados. Para aumentar a precisão das informações,
o administrador da página deve corrigir e atualizar seus
dados com frequência, revendo e incluindo ou excluindo
artigos que não estejam adequados. “Em tese não deveria
ter erro, mas vamos supor que o periódico errou alguma
letra do nome do autor, nesse caso o sistema não captura a
informação”, alerta Frezatti.
O Google Acadêmico vem tornando-se uma ferramenta
para a visibilidade e evolução da carreira do pesquisador
a ponto de a Fapesp utilizar seus indicadores para analisar
projetos que necessitem financiamento e o CNPq pensar
em usá-los como requisito para bolsa PQ. “A gente cria reputação gerando pesquisas e publicando essas pesquisas”,
afirma Frezatti, sugerindo, porém, cautela na hora de usar
o indicador como direcionamento e comparação, principalmente entre áreas.
Campeão de citações da FEA
O Prof. Decio Zylbersztajn ficou surpreso ao saber que
liderava o Webometrics entre os cientistas da FEA. “Fiquei
superfeliz. O fundamento da vida acadêmica é gerar e difundir o conhecimento. E você tem certeza que difundiu
quando alguém leu”. Seu artigo mais citado no ranking é
“Estruturas de governança e coordenação do agribusiness:
uma aplicação da nova economia das instituições”, de 1995,
sua tese de livre docência. Esse trabalho, que visa a contribuir para o conhecimento da coordenação de sistemas
agroindustriais, teve até o momento 421 citações.
Para o docente, que é coordenador do PENSA – Centro
de Conhecimento em Agronegócios, o ranking é importante
porque o Brasil sempre esteve aquém dos rankings mundiais.
“A gente vai paulatinamente mudando isso, tanto no âmbito da USP que tem uma bandeira de internacionalização,
como em termos do próprio país, de a gente mostrar que
nossos índices têm uma equivalência com os de colegas do
mundo todo”.
29
3480
724 Naercio Menezes Filho
29
2433
1059 Eliseu Martins
25
6545
1104 Joaquim Guilhoto
25
2545
1617 Ana Cristina Limongi França 22
2259
1618 Rosa Maria Fischer
22
2255
2077 Joel Souza Dutra
20
3762
2145 Maria Cristina Cacciamali
20
1576
2219 Reinaldo Guerreiro
20
1371
2357 Marilda Sotomayor
19
3712
2362 José Augusto G. Albuquerque 19
3007
2473 Alexandre Di Miceli da Silveira 19
1395
2480 Eduardo Amaral Haddad
19
1380
2917 Leda Maria Paulani
18
1059
3463 Fabio Frezatti
16
1409
3493 Edson Luiz Riccio
16
1248
3495 Diva Benevides Pinho
16
1226
3929 Ariovaldo dos Santos
15
1311
4272 Lucas Ayres B. de C. Barros
15
683
4433 Lindolfo G. de Albuquerque
14
1383
4436 Marcos Cortez Campomar
14
1357
4486 Luiz João Corrar
14
1067
4587 Carlos Alberto Pereira
14
807
5066 Márcio Nakane
13
880
5171 Silvio Aparecido dos Santos
13
702
5722 José Afonso Mazzon
12
1631
5784 Jose Roberto Securato
12
805
5821 Cesar Alexandre de Souza
12
723
5839 Eduardo Kazuo Kayo
12
694
5917 Fabio Kanczuk
12
613
Nome
C itações
Relativizar o ranking
Segundo mais citado entre os professores da FEA, Naercio Menezes considera
o Google Acadêmico uma ferramenta bastante útil para pesquisa bibliográfica,
mas pondera que é preciso relativizar seus resultados porque ele é abrangente
demais. “Nem todas as citações são em revistas especializadas com alto fator
de impacto. Uma coisa é você ser citado na ‘American Economic Review’, outra num TCC de uma universidade desconhecida”. A seu ver, toda a citação é
importante, pois mostra o alcance da pesquisa, porém existem outros rankings
mais respeitados academicamente. Cada ranking tem um peso diferente e o
Google é mais popular.
O trabalho mais citado de Naércio Menezes, com 135 citações, é “Realocação
do trabalho em resposta a uma liberalização comercial”, de 2011, publicado na
NBER – National Bureau of Economics Research, que reúne todos os mais importantes textos para discussão de economistas americanos. O estudo verificou
o impacto, na década de 90, da redução das tarifas de importação no Brasil,
medida adotada por Collor e Sarney para aumentar a competição do mercado.
Com isso, muitos trabalhadores perderam o emprego, principalmente nos
setores têxtil e de calçados, migrando para o setor de serviços e aumentando a informalidade.
H- index
Por outro lado, Zylbersztajn enxerga um risco nessa corrida por citações
que existe no meio acadêmico. “Existe um ditado nos EUA que reflete bem
esse fenômeno: ‘Publish or perish’ (publique ou morra)”. Para o pesquisador,
a competição tornou-se de tal maneira exaustiva, a ponto de alguns docentes
adotarem maneiras não éticas de potencializar as citações, pedindo por exemplo
para seus alunos citarem seus trabalhos. Outro artifício – completa – é o chamado “salame publication”, quando o autor “fatia” em 10 uma publicação que
deveria ser apenas um artigo. “Isso tudo virou técnica para aumentar citações”.
O Prof. Decio Zylberstztajn sugere que os novos docentes encarem o volume
de citações como uma coisa natural e não como uma imposição da Capes. Ele
cita o caso do Nobel de Economia de 1991, Ronald Coase, que publicou dois
artigos de grande impacto: “The Nature of the Firm“ (1937) e “The Problem
of Social Cost” (1960). “Esses dois artigos revolucionaram o modo de pensar
da economia aplicada às organizações. Ele é um dos homens mais citados hoje
na história da economia, devido a esses dois artigos. Ironicamente, eu diria
que talvez hoje ele não atingisse os critérios que levam em conta o volume de
publicações”.
687 Decio Zylbersztajn
R ank
“Existe um ditado nos EUA que reflete
bem esse fenômeno: ‘Publish or perish’
(publique ou morra)”.
Webometrics Ranking
Veja relação completa no site:
http://www.webometrics.info/en/node/102
7
FEA ALUMNI
Dilema:
como dar uma boa aula
8
Cacilda Luna
Dá para concorrer com tablets e smartphones
em sala de aula?
Alguns professores da FEA
têm tido dificuldades em atrair a atenção do
aluno na classe. Muitas vezes, eles recorrem à
criatividade para desenvolver dinâmicas e uma
didática diferente com o intuito de tornar a
disciplina mais interessante aos olhos do estudante e melhorar a qualidade do aprendizado.
Toda primeira quarta-feira do mês, um grupo de pós-graduandos e professores se reúne
aqui na FEA para compartilhar suas experiências pessoais em sala de aula. É o chamado
Laboratório de Aulas Boas – L.A.B. – iniciativa
criada há um ano e meio pelos pós-graduandos
da FEA Alexandre Salvador, Vitor Nogami,
Tatiana Ferrara e Mariana Sutter, esta última
também professora (FIA e ESPM).
O objetivo desses encontros é testar novas aulas, tendo como público e críticos os
próprios professores. Já foram realizados
13 encontros, onde se abordou temas como
Inovação, Tendências de Varejo e Marketing
Digital. A ideia do L.A.B. é que os professores tragam o material novo, que acabaram
de desenvolver e nunca apresentaram em sala da aula, para
mostrar aos colegas como laboratório.
Dessas apresentações já saíram grandes palestras, garante
Alexandre Salvador, que se graduou na FEA em 1997 e, depois
de 17 anos de experiência profissional, voltou para a academia,
sua grande paixão. “Quando voltei sentia dificuldade em me
posicionar em sala de aula. Sentia que esse problema, esse
desafio, era comum a todos que faziam mestrado e doutorado”.
O que funciona em sala?
No dia 6 de maio, o L.A.B. discutiu “O que funciona em
sala?”. A palestra (foto) foi conduzida por Salvador, especialista em marketing e gestão de pessoas. Participaram 12
pessoas, entre elas os professores Ana Ikeda, Guilherme Shiraishi, Kavita Hamza e Andres Veloso. Divididos em grupos,
eles contaram suas experiências bem-sucedidas e, também,
malsucedidas em classe. “O objetivo é que a gente saia daqui
dando aulas melhores, mais ricas para os alunos e mais gratificantes para a gente”, anima-se Salvador.
No encontro, Salvador levantou uma situação “problema”
que ocorre geralmente na aula de estreia de uma disciplina: o
pouco tempo que o professor tem para “ganhar” a turma e tornar
a aula “quente” e produtiva. “Em disciplinas curtas, isso é fatal”,
reconhece. A sugestão, segundo ele, é lançar uma discussão
“O objetivo é que a gente saia daqui dando aulas melhores,
mais ricas para os alunos e mais gratificantes para a gente”
acalorada logo de saída. Mas aí vem a pergunta: como fazer?
O próprio Salvador dá a dica: “Escolho um tema da disciplina
que seja atual, relevante, aplicável, e de preferência polêmico”.
Os professores deram alguns exemplos do que aplicaram
em sala para conquistar o aluno: chamá-lo pelo nome; alinhar as cadeiras no formato meia-lua para ter um contato
mais direto; adequar os exemplos dados na aula às empresas
ou ramos de negócios em que os alunos atuam; usar cases
para dinamizar a discussão.
Uma das principais queixas, no entanto, está relacionada à
presença dos “concorrentes” tecnológicos (smartphones e tablets). Outra situação é quando o aluno chega para a aula sem
ler a bibliografia recomendada. “É que o livro não é o melhor
amigo do aluno. Hoje, eles buscam muita coisa na Wikipedia, no
O outro lado
Mas, se para o professor o perfil do novo aluno desafia
a didática em sala de aula, o que pensam os estudantes?
“Eu evito usar o celular, mas tem aulas que eu realmente
não consigo prestar atenção no professor”, admite o aluno
Diego Hiroyuki Arakaki Soares, 21 anos, do 5º semestre de
Administração. “Às vezes, nem é falta de interesse na matéria,
mas o professor que cria o ambiente propício para o aluno
não prestar atenção. Por exemplo: quando o professor fica
sentado a aula inteira só lendo slides”. Para ele, a didática
conta mais do que a própria disciplina. Ele considera uma
aula bem-sucedida aquela em que o professor tenta traduzir os conhecimentos dele em situações da vida cotidiana,
de modo que facilite a assimilação. E também quando há
espaço para discussões entre professor e aluno e entre os
próprios alunos.
Carlos Victorino, 21 anos, aluno do 3º semestre de
Economia, acha que o professor poderia proporcionar uma
forma de comunicação mais efetiva em sala. “Às vezes, ele
vai trabalhar uma fórmula e não escreve uma palavra na
Google e alguns até no Zé Moleza. A gente acaba
competindo com outras fontes”, opina Salvador.
Mas os desafios em sala de aula vão além.
É o aluno cada vez mais novo sem vivência
profissional, o aluno do período noturno que
chega já cansado para a aula após uma jornada de trabalho longa, o aluno que não acredita mais que o professor é infalível, e também
aquele aluno que valoriza cada segundo do
aprendizado e, se acha que não vale a pena
o que está assistindo, se “desconecta” e sai da
sala. “Não adianta falar mal. É a nova realidade. A gente precisa saber lidar com ela”,
admite Alexandre Salvador.
lousa. Os alunos, só vendo a fórmula no slide,
não têm a intuição de como se chegou a ela”.
Já Vitor Lima Monteiro, 17 anos, do 1º semestre de Economia, defende um maior dinamismo durante a aula e maior interação professor-aluno. O fato de o jovem ficar digitando
no celular reflete, para ele, o atual momento. “A
gente está constantemente sendo bombardeado com informações e acaba transferindo isso
para vários aspectos da vida, dentre os quais o
ensino. Uma aula tediosa faz com que a pessoa
fique digitando no celular e não preste atenção”.
Outra queixa dos estudantes é o volume de leitura exigida para a aula seguinte. “Cada professor
passa um texto de 20 páginas para ler. Só que ele
não é o único. Eles deveriam conversar entre eles
sobre isso. Daí a gente acaba não lendo ou pegando só o resumo, só as partes mais importantes, e
não absorve os detalhes”, justifica Diego Soares.
9
FEA FUNCIONÁRIOS
Programa estimula
ação sustentável na FEA
10
Thaís do Vale
Um projeto da Superintendência de Gestão
Ambiental
da
USP (SGA)
pretende educar
ambientalmente a comunidade universitária, promovendo atividades em seus locais
A proposta é conscientizar os
participantes quanto ao uso de recursos,
além da redução e do reaproveitamento de
materiais, fazendo com que vivenciem e
reflitam sobre como suas ações interferem
no meio ambiente.
A iniciativa tem como objetivo atingir
os 17 mil servidores de todos os campi
da USP e por isso adotou-se o sistema de
“capilaridade”: os funcionários ensinam e
coordenam uns aos outros em ciclos, sendo chamados de PAP (Pessoas que Aprendem Participando). Dessa forma, os PAP
1 orientaram os PAP 2, que orientaram os
PAP 3, e assim se deu sequência ao movimento. Na FEA, os responsáveis pelo PAP2
são Elaine do Rocio Graciano e Fabiano
Carlos Ruel.
de trabalho.
O projeto ofereceu cursos diferentes, envolvendo subtemas como: água, resíduos, sustentabilidade em universidades, compras verdes etc. Eles possuíam carga horária
de 40h, incluindo um enfoque teórico conceitual, além do
planejamento e da execução de uma iniciativa prática na
própria unidade em que o funcionário trabalha.
Segundo Elaine, outra inovação é o alinhamento de
projetos. Havia muitas iniciativas dispersas como “USP
Recicla”, “FEA Recicla”, entre outros. “Com os PAP, a Universidade está englobando todas essas propostas”, conta.
Para a formação dos PAP3, Fabiano e Elaine optaram
por trabalhar num grupo interunidades, juntamente com
Ana Teresa de Carvalho Lazarini, da Escola de Enfermagem; Antonio Feliciano Monteiro Filho, do CEPEUSP; e
Leticia Pires de Oliveira, da Faculdade de Educação.
Eles conceberam o programa Ambiente Vivo, Ambiente
Limpo que, entre outras atividades, realizou três palestras,
do professor Pedro Jacobi, no dia 28/4, na Faculdade de
Educação, e dos professores Ana Cristina Limongi, em 5/5,
e José Roberto Kassai, em 13/5, além da oficina Transformação de Objetos Descartáveis – Reuso e Reciclagem, no
dia 6/5, na FEA.
Ana Tereza, Fabiano Ruel, Letícia Pires e Elaine Graciano
FEA CIDADÃ
Projeto incentiva empreendedor
de baixa renda a inovar
Letícia Paiva
11
O P rojeto P araisópolis E mpre endedora nasceu da vontade do
doutorando de marketing
V itor
N ogami de implementar ações so ciais e pesquisar sobre inovação
para o consumidor de baixa ren -
Em parceria com a Central
Única de Favelas (Cufa) e a empresa Avante, elaborou um curso
a ser ministrado para empreendedores da favela de Paraisópolis durante algumas semanas, reunindo
dados para sua tese e contribuindo para
o desenvolvimento de negócios na região.
Com carga horária total de 15 horas,
divididas em cinco aulas finalizadas no
dia 12 de maio, o curso foi ministrado
por Nogami e outros pós-graduandos
da FEAUSP e da ESPM que aceitaram
participar. Segundo Nogami, o objetivo
não era oferecer métodos infalíveis de
enriquecimento rápido e milagroso, mas
“plantar uma sementinha de inovação nos
alunos”. As aulas foram sobre empreendedorismo, administração geral, administração financeira e comportamento
do consumidor.
Os alunos, comerciantes e donos de
estabelecimentos em Paraisópolis, foram
convidados para participar do Projeto por
meio da Cufa/Avante, onde as aulas foram
realizadas. A Cufa é uma ONG atuante
desde a década de 90 na promoção de
ações visando empoderamento dos moradores de favelas. A Avante, parceira da
Cufa, é uma empresa de microcrédito destinada a empreendedores de baixa renda,
da .
1ª turma do curso do Projeto Paraisópolis Empreendedora
localizada atualmente em Paraisópolis. Dessa forma, o
Projeto aliou três esferas de atuação: uma ONG, a Universidade e uma empresa privada.
Em geral, os participantes já eram clientes da Avante,
sempre buscando se capacitar e aprimorar seus negócios, por isso o curso lhes despertou enorme interesse.
As aulas contaram com 12 alunos, de diferentes áreas e
negócios, de costureiras a donos de restaurantes, empolgados em discutir, expor suas experiências e tirar
dúvidas com os professores.
Nogami avalia a experiência do Projeto como satisfatória, tanto para os alunos quanto para os professores.
“No final das aulas, isso era nítido. Escutar o pessoal
falando, dando depoimentos, agradecendo e nos parabenizando, foi a maior satisfação que pudemos ter no
Projeto”, afirma. Alguns alunos começaram a fazer negócios com os colegas que conheceram no curso, como
o dono de uma empresa de estética da favela que contratou os serviços de uma participante que trabalha com
marketing digital.
O doutorando pretende continuar com o Projeto, mesmo após a finalização da coleta de dados para sua tese.
“Como bolsista, entendo que essa é uma forma que temos
de retornar para a sociedade os recursos que ganhamos”,
comenta, lembrando que a extensão é um dos objetivos
universitários, geralmente esquecido.
FEA Destaques
Letícia Paiva
12
Gente da FEA 100
Jornal Gente da FEA chega à 100ª edição
Esta é a centésima edição do Gente da FEA, que começou a circular em maio
de 2003, na gestão da Profa. Maria Tereza Leme Fleury e, desde então, nunca
deixou de ser distribuído durante o período letivo. A publicação nasceu
com a intenção de trazer informações, opiniões e comentários sobre assuntos
que interessam a professores, alunos e funcionários da FEA. Durante esses 12 anos, passou por
gerações de alunos e contou com a participação de centenas de professores e funcionários. A
coleção com todas as edições encontra-se encadernada na Biblioteca da FEA e no portal, no
endereço http://www.portalfea.fea.usp.br/jornal-gente-da-fea.
Reconhecimento
Professor da FEA é homenageado pelo Conselho Federal de Contabilidade
O Prof. Edgard Bruno Cornachione Junior, do departamento de Contabilidade
e Atuária, foi homenageado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no
dia 11 de maio, com a medalha Frederico Hermann Junior. Ele foi reconhecido
por seu destaque na doutrina e na pesquisa da ciência contábil. Na ocasião, o
professor declarou que “o reconhecimento de méritos ajuda na pujança da
nossa área de atuação”.
Lançamentos
Estratégias para a base da pirâmide
“Estratégias de Empresas para a Base da Pirâmide” (editora Atlas), dos professores Fernando
Filardi e Adalberto Fischmann, lançado em junho na FEA, é um livro baseado em estudos
de caso e apresenta técnicas e ferramentas para alcançar os clientes e fornecedores da
nova classe emergente. A obra é recomendada para gestores de empresas interessadas
em atuar em comunidades, para tomadores de decisão ligados a políticas públicas e para
agentes de organizações não governamentais, os quais encontrarão indicações para
elaborar políticas de integração urbana, social e econômica das áreas beneficiadas.
IFRS no Brasil
Feito em conjunto com alunos da pós-graduação, e coordenado pelos
professores Bruno Meirelles Salotti, Fernando Dal-Ri Murcia, Nelson
Carvalho, além do doutorando Eduardo Flores, o livro “IFRS no Brasil:
Temas avançados abordados por meio de casos reais”, publicado pela editora
Atlas, já está disponível nas livrarias. A intenção dos autores foi apresentar,
de maneira didática, fragmentos teóricos ligados à prática.
Gente da FEA
Uma publicação mensal da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade
da Universidade de São Paulo
Assistência de Comunicação e Desenvolvimento
Junho 2015_tiragem 1.800 exemplares
Av. Prof. Luciano Gualberto, 908
Cidade Universitária - CEP 05508-010
Diretor da FEA
Adalberto Américo Fischmann
Reportagens
Cacilda Luna, Letícia Paiva,
Milena Neves e Thaís do Vale
Coordenação Geral
Lu Medeiros
Projeto Gráfico: Elos Comunicação
revisado por Ton Cândido
Assistência de Comunicação e
Desenvolvimento da FEAUSP
Layout e Editoração Eletrônica
Guilherme Queiroz e Roberta de Paula
Edição
Assistência de Comunicação e Desenvolvimento
da FEAUSP
Milena Neves – MTB 46.219
Revisão
Cacilda Luna
Fotos
Guilherme Queiroz, Milena Neves,
Roberta de Paula e Tiago Cesquim
selo
FSC
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FEA tem 30 docentes no ranking dos mais citados