Educação Superior no Brasil Conselho Editorial Bertha K. Becker Candido Mendes Cristovam Buarque Ignacy Sachs Jurandir Freire Costa Ladislau Dowbor Pierre Salama Edson de Oliveira Nunes com equipe e colaboradores do Observatório Universitário Educação Superior no Brasil estudos, debates, controvérsias Copyright © Edson de Oliveira Nunes, 2011 Direitos reservados para esta edição Editora Garamond Ltda Rua da Estrela, 79 – Rio Comprido 20251-021 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil Tel/fax: (21) 2504-9211 www.garamond.com.br [email protected] Preparação de originais e revisão Argemiro Figueiredo Projeto visual, capa e editoração Estúdio Garamond · Anderson Leal CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ N924e Nunes, Edson de Oliveira Educação superior no Brasil : estudos, debates, controvérsias / Edson de Oliveira Nunes ; com equipe e colaboradores do Observatório Universitário. – Rio de Janeiro : Garamond, 2012. 592p. : il. ; 21 cm Inclui bibliografia ISBN 978-85-7617-253-6 1. Ensino superior – Brasil. 2. Ensino superior e Estado – Brasil. I. Observatório Universitário. II. Título. 12-1552. CDD: 378.81 CDU: 378(81) 14.03.12 21.03.12033873 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/98. Sumário 19Apresentação 31 PARTE I Universidades, classificações e rankings: notas sobre o Brasil em visão comparada 33 1. Universidade e Educação Superior no Brasil: nota preliminar sobre inevitável e primitiva polêmica ideológica 1.1. Centros Universitários e Universidades: dois degraus da mesma autonomia, sob o domínio do ensino de profissões 1.2. Universidades e Unicentros: dois nomes distintos para missões assemelhadas 1.3. Ensino superior como “bem público”: a falsa questão em um contexto de ensino superior majoritariamente privado 1.4. A luta “progressista” pelo controle do discurso e da opinião 34 38 39 43 49 49 55 2. Concepções de Universidade 2.1. Uma breve incursão ao tema 2.2. Fundamentação e relevância do conceito de Universidade: consequências regulatórias inevitáveis? 63 3. Contextualizando o nexo entre ensino e pesquisa: notas que incluem o Brasil 71 71 77 80 84 85 87 4. Sistemas comparados de educação superior 4.1. Alemanha 4.2. Estados Unidos 4.3. França 4.4. China 4.5. Inglaterra 4.6. Processo de Bolonha 91 5. “World Class Universities” 97 6. Sistemas de classificação de instituições de educação superior universitárias e não universitárias 97 6.1. Carnegie Classification 99 6.2. Exercícios classificatórios aplicados à China e ao Japão 101 6.3. Ensaios de classificação para o Brasil 105 7. Alguns exercícios classificatórios aplicados ao Brasil 105 7.1. Critério Carnegie Foundation segundo dados da CAPES para as Universidades 105 7.2. Possível classificação com base no número de cursos de doutorado com conceito 5 ou mais 108 7.3. Classificação com base no número de cursos de doutorado com conceitos 6 ou 7 108 7.4. Classificação com base na diversidade dos cursos de doutorado (abrangência das áreas de conhecimento) 109 7.5. Classificação segundo o número de doutorados e mestrados, observando-se o conceito do doutorado 111 7.6. Universidades classificadas a partir da avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu 131 8. Rankings Internacionais: relações, sentidos e metodologias instáveis 131 8.1. Detalhando a metodologia dos rankings 132 8.2. Academic Ranking of World Universities – ARWU 133 8.3. World University Ranking – WUR 140 8.4. Webometrics 141 8.5. Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities 1428.6. QS World University Rankings 143 8.7. Top Universities by Reputation – Times Higher Education 147 8.8. A visão de especialistas em rankings internacionais 152 8.9. Posição de organismos internacionais sobre os efeitos dos rankings 157 Parte II Singularidades e características do Ensino Superior Brasileiro 159 1. Características e singularidades da educação brasileira desde seu fundamento legal: nota introdutória 165 2. Profissionalização precoce e escolhas estratégicas para a educação superior 165 2.1. Escolhas estratégicas em perspectiva comparada 176 2.2. Profissionalização precoce e matriz profissionalizante 186 2.3. Idade média alta dos estudantes de ensino superior 190 2.4. Trabalho durante a graduação 194 2.5. Baixo volume de estudo discente 200 2.6. Significativa presença do ensino noturno 209 2.7. Crescente presença de Instituições privadas com fins lucrativos 220 2.8. Marco regulatório da educação superior privatizada 225 3. Diversidade institucional (instituições universitárias × não universitárias) e desafio da expansão 225 3.1. Educação superior no Brasil: crescimento recente, mas insuficiente 225 3.2. Perfil das matrículas na graduação 234 3.3. Instituições de Educação Superior Universitárias 237 3.4. Diversidade institucional 241 3.5. Desafio da expansão da educação superior no Brasil: reflexões e recomendações 245 PARTE III Estudos Avulsos: Contribuições à Análise e Formulação de Políticas Públicas 247 1. Educação Superior na Assembleia Nacional Constituinte: agenda de transição e debates 252 1.1. Agenda de transição e Educação Superior 252 1.1.1. Educação Superior e Nova República: 1985-86 253 Comissão Nacional para a Reformulação do Ensino Superior 259 Grupo Executivo para Reformulação da Educação Superior (GERES) 266 272 272 275 276 289 295 302 309 326 337 340 343 343 345 351 358 363 367 368 370 370 372 375 381 384 1.1.2. Debate pré-Constituinte 1.2. Educação superior na Assembleia Nacional Constituinte 1.2.1. Convocação, instalação e organização da Constituinte 1.2.2. Fundamentos do debate sobre Educação Superior Audiências Públicas: Educação Superior, Sociedade e Grupos de Interesse 1.2.3. Da Subcomissão ao artigo 207: processo de tramitação e deliberação Processo na Subcomissão da Educação, Cultura e Esportes Processo na Comissão da Família, Educação, Cultura e Esportes, da Ciência e Tecnologia e da Comunicação Processo na Comissão de Sistematização Processo no Plenário em 1º e 2º Turno Processo na Comissão de Redação Votação Final e Promulgação da Constituição 2. Do CNE ao CNE: 80 anos de política regulatória 2.1. De um CNE a outro 2.1.1. Debates sobre a transição 2.1.2. Substituindo o CFE 2.2. Volume da produção do CNE e do CFE 2.2.1. Regimentos e Estrutura do CFE e CNE 2.3. O CNE da transição 2.3.1. Primeira Comissão Especial – novembro de 1994, Colegiado ad hoc 2.3.2. A questão universitária, na ausência dos Colegiados. 2.3.3. O CNE da transição e a criação de IES privadas 2.3.4. Segunda Comissão Especial, fevereiro de 1995, Colegiado ad hoc 2.4. Produção do CNE classificada por tema 2.5. O homologo de Pareceres e Recursos do CNE: um tema a ser discutido 2.5.1. Breve experiência de não homologação 391 3. O SINAES em sua vertente regulatória: sobre penas educativas e o controle do Estado 392 3.1. O SINAES: do conceito legal às derivações práticas 396 3.1.1. Explicando a funcionalidade do Sistema de Avaliação 402 Da Avaliação Institucional 404 Da Avaliação de Cursos 404Do ENADE 405 Da Autoavaliação Institucional 406 3.1.2. A Avaliação e suas finalidades: teses e teorias 408 O que é e para que serve Avaliação: alguns conceitos 411 3.1.3. O desafio quantitativo do SINAES 416 3.1.4. O protagonismo do MEC na ecologia das instâncias deliberativas da Educação Superior 420 3.2. Breves notas sobre o controle, como função natural do Estado 420 3.2.1. Da regulação e do controle estatais 424 3.3. A Educação superior sob controle do Estado 4243.3.1. CPC e IGC: a regulação alternativa 430 Desempenho das Instituições brasileiras nos índices 431 3.3.2. Casos práticos de ações de supervisão com penalidades 439 3.3.3. O controle do Estado na Educação Superior, desde o ponto de vista dos educadores 445 3.4. Considerações finais 453 4. Classificações de IES no Brasil: análise da associação entre as bases da Avaliação Institucional Externa, do Índice Geral de Cursos e do modelo CAPES de Avaliação 454 4.1. Metodologia e bases de análises 457 4.2. Associação entre a Avaliação Institucional Externa, AIE e o IGC 465 Procedimento metodológico 465 Resultados e Discussão 467 4.3. Outra conclusão: um indicador de qualidade institucional que despreza a pós-graduação stricto sensu 469 4.4. Associação entre Avaliação Institucional Externa e Avaliação da CAPES 469 Procedimento metodológico 471 Resultados e Discussão 471 4.5. Conclusões 473 5. Mensuração dos conteúdos acadêmicos da Educação Superior 474 5.1. A mensuração do conteúdo acadêmico na LDB de 1961 4755.1.1. LDB de 1961 e as bases modernas da mensuração 476 5.1.2. Conceituando duração dos cursos 481 5.2. Consolidação da mensuração e Reforma Universitária de 1968 483 5.2.1. Conceituando currículo mínimo 486 5.3. Flexibilizando, inovando e compatibilizando a mensuração 486 5.3.1. Inovando com sistema de créditos e regime de matrícula por disciplina 489 5.3.2. Conceituando hora-aula 491 5.3.3. Compatibilizando e flexibilizando currículo mínimo 494 5.4. Mensuração e questões trabalhistas e econômicas 495 5.4.1. Mensuração como uma questão trabalhista 496 5.4.2. Mensuração como uma questão econômica 498 5.4.3. Mensuração educacional e motivações trabalhistas e econômicas 500 5.5. Aprofundamento da flexibilização da mensuração na LDB de 1996 500 5.5.1. Nova LDB e indefinição conceitual da mensuração 503 5.5.2. Mensurando regime de trabalho 504 5.5.3. Mensurando carga horária e diferenciando horas de horas-aula 506 5.5.4. Introduzindo diretrizes curriculares e flexibilizando carga horária 508 5.5.5. Confrontando diretrizes curriculares e currículos mínimos 513 5.5.6. Mensuração educacional e acordos internacionais 515 5.5.7. Mensuração, duração dos cursos e carga horária 524 5.6. Considerações sobre mensuração dos cursos de graduação 529 5.6.1. Simulando carga horária mínima, duração dos cursos e horas-dia 537 5.7. Complexidade da mensuração dos cursos 539 5.7.1. Comentários finais 545 6. Considerações sobre o conceito de “necessidade social” 545 6.1. “Necessidade social” e política da educação superior 548 6.2. A “necessidade social” pode justificar a regulação da oferta de educação superior? 554 6.3. A relação de profissionais por habitantes dos estados ou dos municípios é um bom critério para justificar a regulação da abertura de cursos de graduação? 565 6.4. É possível estabelecer de forma adequada uma relação entre número de profissionais e número de habitantes? 567 6.5. Consequências não antecipadas e indesejadas em regular a educação superior pela oferta de vagas 571Bibliografia 587 Nota sobre os autores e colaboradores Índice de Tabelas 106 Tabela 1. Classificação das universidades segundo o critério da Carnegie Foundation 107 Tabela 2. Classificação das universidades segundo o critério de Steiner 552 Tabela 2. Correlação entre população com mais de 11 anos de estudo, Índice de Gini e IDH nos municípios brasileiros 1991 e 2000 107 Tabela 3. Classificação das universidades 2011 108 Tabela 4. Número de universidades e critério 109 Tabela 5. Universidades e critérios 110 Tabela 6. Em cortes de 30 universidades, segundo o número de cursos de doutorado e mestrado 110 Tabela 7. Em cortes de 30 universidades, segundo o número de doutores em tempo integral 111 Tabela 8. Corte em grupos de 20 universidades 114 Tabela 9. Ano de criação dos cursos de doutorado (os mais antigos), existentes em 2008 116 Tabela 10. Número de mestrados e doutorados em universidades – Brasil – 2011 117 Tabela 11. Universidades com pelo menos cinco mestrados e um doutorado 117 Tabela 12. Cenário 3: Universidades com pelo menos três mestrados e dois doutorados 118 Tabela 13. Cenário 4: Universidades com pelo menos cinco mestrados e dois doutorados 119 Tabela 14. Dados gerais dos cursos de doutorado, mestrado e graduação das universidades – Brasil – 2011 120 Tabela 15. Universidades com pelo menos quatro mestrados e dois doutorados 121 Tabela 16. As 50 primeiras universidades ordenadas por número de cursos de doutorado 124 Tabela 17. Universidades ordenadas por número de matrículas na graduação 128 Tabela 18. Matriz de correlação entre as variáveis das universidades – 2008 144 Tabela 19. Instituições top25 nos quatro rankings mais destacados, ordenadas segundo a posição obtida no Academic Ranking of World Universities – ARWU 146 Tabela 20. Posição dos países nos cinco rankings mais destacados 177 Tabela 21. Profissões regulamentadas de nível superior – Brasil – 2009 180 Tabela 22. Número dos diferentes nomes de programas de mestrado/doutorado, por área de conhecimento – 2010 183 Tabela 23. Titulados no mestrado/doutorado por programa – Brasil – 2009 187 Tabela 24. Perfil etário dos alunos matriculados no curso de graduação em 30/09 – Brasil – 1999-2008 188 Tabela 25. Perfil etário dos alunos matriculados no curso de graduação, segundo a rede de ensino – Brasil – 2008 188 Tabela 26. Taxa de escolarização bruta e líquida no ensino superior – Brasil – 1991-2008 189 Tabela 27. Gênero dos alunos matriculados nos cursos de graduação – Brasil – 1999 e 2008 189 Tabela 28. Gênero e idade dos alunos matriculados nos cursos de graduação – Brasil – 2008 190 Tabela 29. Condição de ocupação na semana de referência dos matriculados no ensino superior – Brasil – 2008 191 Tabela 30. Jornada de trabalho e o custeio dos estudos dos graduandos dos cursos – Provão – 2003 192 Tabela 31. Trabalho durante o curso de graduação: 2003 e 2006-2008 195 Tabela 32. Trabalho durante o curso de graduação: 2003 e 2006-2008 196 Tabela 33. Horas por semana de estudo discente – 2008 197 Tabela 34. Quantidade de livros lidos durante o curso de graduação – 2008 198 Tabela 35. Tipos de livros mais lidos durante o curso de graduação – 2008 199 Tabela 36. Frequência de leitura do jornal – 2008 201 Tabela 37. Evolução das matrículas em cursos de graduação segundo o turno – Brasil – 1999-2008 202 Tabela 38. Matrículas em curso de graduação por turno, segundo a organização acadêmica e a categoria administrativa da IES – Brasil – 2008 203 Tabela 39. Trabalho durante o curso de graduação – por turno 206 Tabela 40. Quantidade de livros lidos durante o curso de graduação – por turno 208 Tabela 41. Frequência de leitura do jornal – por turno 212 Tabela 42. Evolução das matrículas em públicas e privadas – Brasil – 1999-2008 215 Tabela 43. Matrículas em cursos de graduação presencial, segundo o regime jurídico da mantenedora – Brasil – 2000-2009 218 Tabela 44. Projeção das matrículas em cursos de graduação – total e privadas – 2000-2017 226 Tabela 45. Taxa de graduação da educação superior – Brasil – 1995, 2002, 2007 e 2008 228 Tabela 46. Matrículas na graduação, por UF – Brasil – 2008 230 Tabela 47. Matrículas na graduação em IES federais – Brasil – 2008 231 Tabela 48. População adulta e matrículas nas federais – Brasil – 2008 232 Tabela 49. População adulta e matrículas nas federais – Brasil – 2009 233 Tabela 50. Taxa de escolarização líquida do ensino superior (graduação) – Brasil e UF – 2008 235 Tabela 51. Evolução da matrícula em IES universitárias (universidades e centros universitários) e não universitárias – Brasil – 1999-2008 237 Tabela 52. Matrículas em IES universitárias (universidades e centros universitários) segundo a categoria administrativa – Brasil – 2008 361 Tabela 53. Número de pareceres do CNE segundo a origem – 1996 a 2011 362 Tabela 54. Produção do CFE entre 1962 a 1994 (somente pareceres, exclusive diligências, indicações, resoluções e portarias) 373 Tabela 55. Produção, por tema, das Comissões Especiais 376 Tabela 56. Principais assuntos tratados nos pareceres do CNE – 1996 a 2011 413 Tabela 57. Números de IES, por tipo de mantença 414 Tabela 58. Evolução do número de IES, por dependência administrativa 415 Tabela 59. Matrículas na educação superior, por dependência administrativa da IES, 2000-2007. 416 Tabela 60. Diferença entre a demanda pelo ensino superior e a oferta 418 Tabela 61. Arrecadação do MEC na educação superior com taxas de avaliação 433 Tabela 62. Supervisão com base no ENADE/CPC e IGC: 2009/2010 437 Tabela 63. Extratos do sistema E-MEC, sobre “avaliação de regulação” 438 Tabela 64. Recursos do CNE sobre as decisões do MEC 457 Tabela 65. Quantum de associação entre AIE e IGC. 459 Tabela 66. Distribuição da decomposição do IGC 461 Tabela 67. Decomposição das dimensões de avaliação da AIE, em critérios de avaliação 466 Tabela 68. Matriz de correlação 467 Tabela 69. Variáveis do modelo. 467 Tabela 70. Resultados da estatística de regressão múltipla. 468 Tabela 71. Estatística de regressão: peso da PG stricto sensu no IGC 469 Tabela 72. Resumo dos resultados: peso da PG stricto sensu no IGC 471 Tabela 73. Resultado da estatística de regressão logística 551 558 560 563 564 Tabela 74 . Correlação entre o Índice de Gini e o IDH nos municípios brasileiros 1991 e 2000 Tabela 76. Condição migratória em relação à naturalidade (UF), pessoas com 25 anos ou mais, 2003 Tabela 77. Condição migratória em relação aos municípios de nascimento das pessoas com 25 anos ou mais, por grau de ensino (não superior ou superior), por UF em 2003 Tabela 78. Atividade ocupacional dos formados em Direito Tabela 79. Pessoas que concluíram o curso de Direito e que trabalhavam na semana de referência do Censo, por ramo de ocupação (jurídica ou não), segundo as UF – Brasil – 2000 Índice de Gráficos 112 Gráfico 1. Ano de criação dos cursos de doutorado existentes em 2008 114 Gráfico 2. Ano de criação dos cursos de mestrado existentes em 2008 115 Gráfico 3. Ano de início dos mestrados profissionais existentes em 2008 154 Gráfico 4. Proporção de universidades consideradas nos rankings globais vs número total de universidades no mundo 186 Gráfico 5. Pessoas de 23 anos ou mais trabalhando em área correspondente ao diploma – Brasil – 2000 210 Gráfico 6. Matrículas (nível 5A) no ensino superior em instituições privadas, independentes do governo – 2007 211 Gráfico 7. Evolução das matrículas em cursos de graduação – Brasil – 1980-2008 216 Gráfico 8. Projeção das matrículas nas IES privadas com fins lucrativos 216 Gráfico 9. Projeção das matrículas em IES privadas – 1980-2017 217 Gráfico 10. Projeção das matrículas totais – 1980-2017 226 Gráfico 11. População adulta com nível superior – 2007 227 Gráfico 12. Taxa de graduação¹ (nível 5A) no ensino superior – Brasil e outros países – 2007 234 Gráfico 13. Matrículas nas federais e relação entre matrículas nas federais sobre população 18-24 anos – Brasil – 2008 361 Gráfico 14. Deliberações do CNE entre 1996 e junho de 2011 (%) 362 Gráfico 15. Produção do CFE (pareceres) – 1962-1994 551 Gráfico 16. Gráfico de dispersão entre o Índice de Gini e o IDH nos municípios brasileiros em 2000 Índice de Quadros 134 Quadro 1. Indicadores e pesos do Academic Ranking of World Universities –ARWU 219 Quadro 2. Distinções entre Instituições com e sem fins lucrativos 220 Quadro 3. Diferença entre os modelos institucionais: o papel do reitor 354 Quadro 4. Entidades consultadas para a elaboração da lista tríplice de integrantes da Câmara de Educação Superior (1995–2010) 365 Quadro 5. Estrutura funcional do CFE 366 Quadro 6. Estrutura funcional do CNE (em extrato) 367 Quadro 7. Distribuição de cargos/funções do MEC 370 Quadro 8. Deliberações da Comissão Especial 372 Quadro 9. Universidades criadas após a MP nº 661, de 18/10/1994 386 Quadro 10. Manifestações da CONJUR/MEC, sobre a obrigatoriedade de homologação de deliberações do CNE 387 Quadro 11. Competências originais e extraordinárias do CFE e do CNE 525 Quadro comparativo entre Tempo Útil* dos Cursos de Graduação e a Carga Horária Mínima Apresentação Este livro reúne parte do trabalho desenvolvido, desde 2001, no Observatório Universitário, núcleo de pesquisa dedicado ao estudo das políticas públicas voltadas à educação superior na Universidade Candido Mendes. Considerando os aspectos sociais, econômicos, políticos, institucionais ou normativos afeitos ao tema, busca-se manter o foco, sempre que necessário, em uma perspectiva analítica comparada. A despeito de sua vocação acadêmica e por conta do caráter técnico de seus trabalhos, o Observatório Universitário também desenvolveu pesquisas aplicadas e prestou serviços a diferentes instituições educacionais, órgãos públicos e privados. No período de 2002 a 2010, quando seu coordenador Edson de Oliveira Nunes foi nomeado para o Conselho Nacional de Educação (CNE), vários estudos serviram como subsídio a debates nesse Colegiado, e como fundamento técnico a Pareceres e Resoluções do CNE. Para este livro foram selecionados alguns estudos desenvolvidos nos dez anos iniciais do Observatório Universitário, parte publicada em Documentos de Trabalho, que estão disponíveis no endereço http://www. observatoriouniversitario.org.br. Não houve um critério rigidamente determinado para a seleção dos textos que integram este volume, dentre os diversos trabalhos do grupo. Sequer se pretendeu impor uma unidade entre as partes, que tiveram a participação de diversos autores e colaboradores, os quais atuaram em momentos distintos da trajetória do Observatório Universitário. Buscou-se, sempre que possível, rever e atualizar os textos anteriormente publicados, especialmente aqueles desenvolvidos nas fases iniciais do grupo. Este livro foi estruturado em três partes distintas, que podem ser lidas de forma independente. A decisão sobre a partição e a seleção de textos nelas incluídas não foi aleatória, pois cada uma atende a objetivos específicos. A primeira parte, intitulada “Universidades, Classificações e Rankings: Notas sobre o Brasil em Visão Comparada”, reúne estudos que tratam do tipo institucional que é referência para a educação superior no Brasil e no mundo: a