MUNICÍPIOS – REGIÃO DO XINGU ALTAMIRA .................................................................................................................................. 2 ANAPÚ ......................................................................................................................................... 3 BRASIL NOVO ............................................................................................................................ 4 MEDICILÂNDIA ......................................................................................................................... 5 PLACAS ....................................................................................................................................... 6 URUARÁ ...................................................................................................................................... 7 SENADOR JOSÉ PORFÍRIO ....................................................................................................... 8 PACAJÁ ........................................................................................................................................ 9 PORTO DE MOZ ....................................................................................................................... 10 VITÓRIA DO XINGU ............................................................................................................... 11 ALTAMIRA O jesuíta Roque de Hundefund foi o primeiro homem branco a subir o Rio Xingu, ultrapassando o trecho encachoeirado da volta grande, em meados do século XVII, fundando uma missão no médio Xingu. Porém, com a ascensão ao poder em Portugal ao Marquês de Pombal, as obras dos jesuítas foram irremediavelmente perdidas. Somente em 1841, o Pe. Antônio Torquato de Souza, da Paróquia de Souzel, reabre uma trilha que ligava, por terra, o igarapé Tucuruí, no baixo Xingu, à Missão Imperatriz. Em 1880, Agrário Cavalcante retomou os trabalhos para transformar a trilha em estrada, sendo a mesma um elemento importante para prosperidade de Altamira, partindo do local onde se encontra hoje a sede do município de Vitória do Xingu e chegando a foz do igarapé Ambé, ali construindo um forte que recebeu sua denominação. Perde-se no tempo a real data do surgimento de Altamira. Elevado a categoria de município e distrito, pela lei estadual nº 1234, de 06-11-1911, desmembrado de Souzel, o município de Altamira localiza-se no sudoeste do Estado do Pará com uma população de 99.075 hab. e uma área de 160.755,00 km² (CENSO 2010). Os setores de atividade econômica do município são: extrativa mineral, indústria de transformação, serviços industriais de utilidade pública, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária. Localizada em ponto estratégico da região, Altamira faz fronteira ao norte com o município de Vitória do Xingu, ao sul com o Estado do Mato Grosso sendo cortada pela Rodovia Transamazônica no sentido Leste-Oeste numa extensão de 60 km, ligando Altamira a Belém (800km), Marabá (500km), Itaituba (500km) e Santarém (500km) o que facilita, mesmo com bastantes trechos não-asfaltados da Transamazônica, a relação econômica de comércio e serviços com a capital Belém, e com Santarém cidade pólo da região do Tapajós. ANAPÚ A origem do município de Anapú está relacionada com a construção da Rodovia Transamazônica e com o Programa de Integração Nacional – PIN, instituído no ano de 1970, e implantado a partir de 1971, pelo governo federal. Um dos objetivos do PIN era desenvolver um programa de colonização e reforma agrária na Amazônia, trazendo trabalhadores sem terra de diversos pontos do Brasil, especialmente do Nordeste. O município de Anapú foi criado através da Lei 5.929, de 28-12-1995, no governo do Dr. José Almir de Oliveira Gabriel, tendo sido desmembrado do município de Pacajá e Senador José Porfírio, sendo instalado em 01 de Janeiro de 1997. Atualmente, Anapú pertence à mesorregião Sudoeste Paraense e à microrregião Altamira, tendo uma população de 20.543 hab. em uma área de 11.895,467 km2 (CENSO 2010). BRASIL NOVO A origem do atual município de Brasil Novo está relacionada com o Programa de Integração Nacional - PIN, instituído em 1970 no governo militar, com o objetivo de desenvolver um grande programa de colonização e reforma agrária na Amazônia. Também fazia parte desse programa a construção de Agrópolis: reunião de agrovilas cuja polarização se dava em torno de um núcleo de serviços urbanos. Inicialmente, era uma agrópolis do Instituto Nacional de Colonização e reforma Agrária – INCRA, criada devido à distância da cidade de Altamira e a necessidade de desenvolvimento e integração da Transamazônica. Criado através da lei nº 5.692 de 1312-1991 no governo de Jáder Fontenelle Barbalho, a partir da área desmembrada dos municípios de Medicilândia, Altamira e Porto de Moz. O município de Brasil Novo localiza-se no sudoeste do Estado do Pará com uma população de 15.690 hab. e uma área de 6.362,56 km² (CENSO 2010). Os setores de atividade econômica do município são: extrativa mineral, indústria de transformação, serviços industriais de utilidade pública, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária. Dessas atividades, destaca-se o comércio com 54%, seguido por agropecuária 23% e serviços 14%. Limita-se ao norte com o município de Porto de Moz, ao sul e a leste com o município de Altamira e a oeste com município de Medicilândia. Sua sede está localizada às margens da Rodovia Transamazônica (BR-230) km 46, abrangendo ambas as margens dessa rodovia. MEDICILÂNDIA A origem do município de Medicilândia está relacionada com o Programa de Integração Nacional – PIN, instituído no ano de 1970, implantado a partir de 1971, pelo governo federal. Um dos objetivos do PIN era desenvolver um programa de colonização e reforma agrária na Amazônia, trazendo trabalhadores sem terra de diversos pontos do Brasil, especialmente do Nordeste. O Programa previa a construção de rurópolis, um conjunto de agrópolis, na qual Medicilândia teve origem na agrovila que foi instalada no km 90 da Rodovia Transamazônica, no trecho situado entre Altamira e Itaituba. Cada agrovila deveria contar com serviços de uma escola de 1º grau, uma igreja ecumênica, um posto médico, e em alguns casos, um armazém de produtos agrícolas. Um fator importante para o desenvolvimento de tal agrovila foi a implantação do projeto canavieiro, do qual fazia parte uma usina de beneficiamento de cana-de-açúcar através do Projeto PACAL. O núcleo urbano de Medicilândia surgiu quando determinado colono, cujo lote estava localizado exatamente de frente para estrada, resolveu instalar serviços de bar e restaurante, servindo de ponto de apoio para caminhões e ônibus que circulavam naquele trecho. Com a implantação do Projeto da Usina (PACAL) criou-se uma demanda de mão-de-obra crescente, atraindo populações que buscavam trabalho e pousavam naquele lugar, enquanto aguardavam oportunidade de emprego. Em 1988, através da Lei nº 5.438, de 06 de Maio, no governo de Hélio Gueiros, Medicilândia foi elevada à categoria de município, com sede na vila de Medicilândia. Localizada na BR-230 (Rodovia Transamazônica), distante 90 km do município de Altamira, e situada às margens do Rio Xingu. Medicilândia pertence à Mesorregião Sudoeste Paraense e à Microrregião de Altamira. Sua população é de 27.328 hab. e uma área de 8.272,604 km2 (CENSO 2010). PLACAS A denominação do município surgiu do grande número de placas existentes em determinado trecho da rodovia BR 230. A idéia de colonização da grande área que hoje constitui a Mesoregião do Baixo Amazonas, incluindo o território do atual Município de Placas, foi inspirada na construção da Rodovia Transamazônica. O ponto onde se localiza a área urbana de Placas foi exatamente onde se dividiam os trechos Altamira-Itaituba, onde o INCRA e o DNER construíram algumas placas explicando essa divisão. Criado através da Lei Estadual nº 5.783, de 20 de dezembro de 1993, sancionada pelo governador Jáder Fontenelle Barbalho, tendo sido desmembrado do Município de Santarém. O município teve sua instalação em 01 de janeiro de 1997, sendo primeiro prefeito eleito Francisco Omildo Santiago. Atualmente o município de Placas pertence a Mesorregião Baixo Amazonas e à Microrregião Santarém, e tem uma população de 23.934 hab. e uma área de 7.173,175 km2 (CENSO 2010). URUARÁ A origem do município de Uruará está relacionada com o Programa de Integração Nacional – PIN, instituído no ano de 1970, implantado a partir de 1971, pelo governo federal. Um dos objetivos do PIN era desenvolver um programa de colonização e reforma agrária na Amazônia, trazendo trabalhadores sem terra de diversos pontos do Brasil, especialmente do Nordeste. O Programa previa a construção de Agrópolis, com o objetivo de atender as demandas de todas as agrovilas, situadas em determinado trecho da Transamazônica. Cada agrovila deveria contar com serviços de uma escola de 1º grau, uma igreja ecumênica, um posto médico, e em alguns casos, um armazém de produtos agrícolas. Portanto, em 1972, uma “escolinha” construída no trecho Altamira/Itaituba na Rodovia Transamazônica, serviu de marco fundamental para construção de casas aos arredores, dando origem à Agropoles Uruará. Já na década de 70, com a chegada de mais professores oriundos da Instituição Religiosa La Salle e outros que se fixaram, implantando o ensino fundamental, levaram ao aparecimento de grupos organizados que objetivavam promover melhorias na vida daquele povo. Em 1980, o foco dos objetivos era a emancipação política, pois a população local não aceitava mais ser regida pela prefeitura do município de Prainha, devido a distância e ao não atendimento das necessidades. Logo, em 1986, o sonho de emancipação torna-se realidade, onde, logo após a criação do município de Uruará, buscou-se implantar o Ensino Médio, dando oportunidade e qualificação à população local. Atualmente, o município de Uruará pertence à mesorregião Sudoeste Paraense e à microrregião de Altamira, e tem uma população de 44.789 hab. em uma área de 10.791,341 km2 (CENSO 2010). SENADOR JOSÉ PORFÍRIO O atual município de Senador José Porfírio, situado na zona do Xingu, é de recente criação, mas está extremamente relacionado com o antigo município de Souzel. Pois, suas origens históricas remontam à colonização do Estado do Pará. Apesar dos Holandeses serem os primeiros civilizadores do ocidente, que visitaram aquela região, através do Rio Xingu. Pode-se afirmar que através de missões religiosas, os jesuítas foram os legítimos pioneiros da civilização do interior desse Estado. A missão se desenvolveu, e, em 1758 o Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado concedeu-lhe o título de Freguesia sob o padroado de São Francisco Xavier, permanecendo nessa condição até a independência do Brasil. Nessa mesma época, os jesuítas foram expulsos do país e a missão foi elevada a categoria de Vila com a denominação de Souzel. Em 1833, com a nova divisão da província do Pará, a vila de Souzel foi extinta e restaurada em 1874. Em 1921, o município de Souzel novamente foi extinto e seu território foi anexado ao município de Porto de Moz, de onde se desmembrou em 1961, adquirindo emancipação político-administrativa em definitivo, com o nome de Senador José Porfírio, em homenagem ao antigo político José Porfírio de Miranda Júnior. Atualmente, o município de Senador José Porfírio tem uma população de 13.045 hab. em uma área de 14.374,229 km2 (CENSO 2010). Pertencente á mesorregião do Sudoeste paraense e à microrregião de Altamira. PACAJÁ A origem do município de Pacajá está relacionada com o Programa de Integração Nacional – PIN, instituído no ano de 1970, e implantado a partir de 1971, pelo governo federal. Um dos objetivos do PIN era desenvolver um programa de colonização e reforma agrária na Amazônia, trazendo trabalhadores sem terra de diversos pontos do Brasil, especialmente do Nordeste. O Programa previa a construção de Agrópolis, com o objetivo de atender as demandas de todas as agrovilas, situadas em determinado trecho da Transamazônica. Cada agrovila deveria contar com serviços de uma escola de 1º grau, uma igreja ecumênica, um posto médico, e em alguns casos, um armazém de produtos agrícolas. Em meio a esse processo de desenvolvimento, a Construtora Mendes Júnior havia instalado um acampamento que servia de suporte aos trabalhadores da estrada, às proximidades do porto da balsa do Rio Xingu. Na medida em que as obras na estrada prosseguiam, e se distanciavam dos centros urbanos existentes, pontos estratégicos de apoio como um bar e restaurante instalado em frente à estrada passou a ser parada aos que ali trafegavam. Com o aumento da concentração populacional naquela localidade conhecida como Pacajá, decorrente das atividades da construtora, começava-se a demanda por novos serviços à população. No fim da década de 70, a população que havia crescido em número sentiam a dificuldade pelo fato de estarem distantes da sede do município ao qual pertencia, Portel, aonde se encontravam os serviços públicos, surgindo então os primeiros movimentos para emancipação da localidade, tendo à frente Geraldo Franco (Pe. de Pacajá). O município de Pacajá obtém sua autonomia no governo de Hélio Motta Gueiros, através da Lei nº 5.447, de 10 de maio, de 1988. Atualmente, o município pertence à mesorregião Sudoeste Paraense e à microrregião de Altamira, e tem uma população de 39.979 hab. em uma área de 11.832,261 km2 (CENSO 2010). PORTO DE MOZ Historicamente, a origem do município de Porto de Moz remonta ao ano de 1639, localizado na zona do Baixo Amazonas, com sede encontrada no aldeamento denominado de Muturu, sob o controle dos Capuchos de São José. Em decorrência das primeiras explorações da parte baixa do Rio Xingu, o aldeamento se desenvolveu. Em 1890, Porto de Moz adquiriu categoria de Cidade, sendo extinto em 1930, quando passou a integrar o território de Gurupá, restabelecendo-se três anos depois na qualidade de subprefeitura, e recuperando sua autonomia pelo Decreto nº 2.805, de 10 de Dezembro de 1937. Atualmente, o município de Porto de Moz conta com uma população de 33.956 hab. em uma área de 17.423,225 km2 (CENSO 2010). Está localizado na Mesorregião do Baixo Amazonas e na Microrregião Almeirim. VITÓRIA DO XINGU Seguindo a trajetória de ocupação dos demais municípios localizados no Vale do Rio Xingu, Vitória do Xingu tem seu povoamento datado do século XIX. Em 1869, dois padres Capuchinhos aportaram na localidade de Vitória, onde além de manter contatos com Índios Xipaias e Araras, aproveitaram para reabrir o caminho em direção à comunidade de Altamira. Mais tarde, o povoado de Vitória do Xingu foi dominado por grandes latifundiários, vivendo uma época de coronelismo, sob o domínio de Gaioso, José Porfírio e Agrário Cavalcante. Sendo uma das mais novas cidades paraenses, Vitória do Xingu está localizada na parte central do Estado do Pará. O município foi criado através da Lei 5.701, de 13-12-1991, sancionada pelo então governador Jáder Barbalho, tendo sido desmembrado dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio e Porto de Moz, com sede no distrito de Vitória. Atualmente, conta com uma população de 13.431 hab. em uma área de 3.135,168 km2 (CENSO 2010).