Encontros para os Grupos Bíblicos em Família
Tempo Comum – 2009
ENVIADOS EM MISSÃO
Arquidiocese de Florianópolis
SUMÁRIO
Apresentação............................................................................................................ 03
Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família.... 04
Celebração Inicial: O rosto da Igreja Diocesana....................................................... 06
1º Aspecto: O encontro com Jesus
1º encontro: O encontro com Jesus Cristo................................................................ 13
2º Encontro: São Paulo: A pessoa que encontrou Jesus.......................................... 19
3º Encontro: Catequese: caminho para o discipulado............................................... 24
2º Aspecto: A conversão
4º Encontro: Conversão – Convertei-vos, e crede no Evangelho............................. 30
5º Encontro: Discípulos missionários a partir do batismo......................................... 35
6º Encontro: Viver em comunidade no seguimento de Jesus................................... 41
7º Encontro: Campanha da Fraternidade: Instrumento de conversão
pessoal e comunitária........................................................................... 48
3º Aspecto: O discipulado
8º Encontro: O Discipulado....................................................................................... 55
9º Encontro: Ano Sacerdotal: Fidelidade de Cristo, fidelidade do Presbítero........... 61
10º Encontro: Família – Espaço de experiência comunitária de
fé e vida.............................................................................................. 67
11º Encontro: Ecumenismo e discipulado................................................................. 73
4º Aspecto: A comunhão
12º Encontro: Comunhão entre as comunidades em Cristo..................................... 79
13º Encontro: A comunhão da comunidade na vivência do Evangelho.................... 85
14º Encontro: A Bíblia nos Grupos Bíblicos em Família............................................ 90
15º Encontro: Dízimo- Partilha de fé, comunhão no amor........................................ 96
16º Encontro: A presença das mulheres na vida do povo de Deus......................... 102
5º Aspecto: A missão
17º Encontro: Envio para a missão......................................................................... 109
18º Encontro: Espiritualidade Ecológica...................................................................116
19º Encontro: Missão - Promoção da paz............................................................... 122
20º Encontro: Jovem - Discípulo e missionário de Jesus........................................ 127
21º Encontro: Ide anunciar...................................................................................... 133
Anexo 1: Oração dos Grupos Bíblicos em Família.................................................. 139
Anexo 2: Hino dos Grupos Bíblicos em Família...................................................... 140
Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração......................................................... 141
Equipes de Articulação............................................................................................ 142
Avaliação................................................................................................................. 143
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APRESENTAÇÃO
Evangelizar, hoje
A pregação de Jesus começou com um anúncio: “Convertei-vos,
pois o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4,17), e terminou com um apelo:
“Ide, pois, fazei discípulos entre todas as nações... Ensinai-lhes a observar
tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28, 19-20). Entre esses dois momentos, o Mestre mostrou a seus ouvintes as riquezas do Reino de Deus, a
importância de se despojar de tudo para se entrar nele e a necessidade de
se tornarem seus discípulos – discípulos que deveriam se transformar em
missionários.
Os discípulos missionários de Jesus Cristo enfrentam uma série
de desafios, que não são nem pequenos nem simples. Contam, porém, com
a presença do Senhor: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim
dos tempos” (Mt 28,20). A pergunta que deve nascer no coração de cada
um é: como ser discípulo missionário de Jesus Cristo para evangelizar o
mundo de hoje?
Nossa missão exige conhecermos a situação que nos envolve, saber
interpretá-la e ser cristãos bem formados. Somente assim conseguiremos
fazer com que muitos descubram que “conhecer a Jesus Cristo pela fé é
nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais
é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher”
(Documento de Aparecida, 18).
Os Grupos Bíblicos em Família são um ambiente propício para escutarmos a Palavra de Deus, para vivermos a fraternidade, para nos animarmos na oração, para nos aprofundarmos nos processos de formação na
fé e para fortalecermos nosso exigente compromisso de ser apóstolos na
sociedade de hoje (cf. DAp 308). Esses Encontros para o Tempo Comum
2009 vão ajudá-lo justamente a conseguir isso – ou seja, a conhecer as
riquezas de sua Igreja e a ser um discípulo missionário de Jesus Cristo.
Para isso, minha bênção.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis
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ORIENTAÇÕES PARA OS
ANIMADORES E ANIMADORAS DOS
GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA
Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família exercem
um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidiocesana. As presentes orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão
de dinamizar o funcionamento dos Grupos:
1. PLANEJAMENTO: Dar início aos grupos. Colaborar com a paróquia
na divulgação e organização da prioridade única da Ação Pastoral
Evangelizadora em nossa Arquidiocese, que são os Grupos Bíblicos
em Família.
2. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da
comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.
3. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem
o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.
- Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha,
porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas
casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs.
- A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda
oração, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que
todos os participantes a levem sempre, e que se acostumem a ler
com antecedência o texto proposto para cada encontro.
4. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou
substituídos por outros que o grupo conhece. (Há um CD do livreto.)
5. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distribuindo
responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida
e bem-estar para todos.
6. GRUPOS GRANDES: Se o grupo se tornar muito grande, a ponto
de dificultar a participação ativa de todos, a saída seria propor que
alguns membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se
disponham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação
desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.
7. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar
sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da co-
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munidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do
tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer,
etc.), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e
colaborando com o bem-estar da comunidade.
8. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Faz-se necessário que os Grupos Bíblicos em Família participem do Planejamento Pastoral da Paróquia.
- É importante que os coordenadores e animadores se reúnam e tracem um planejamento para todo o ano, com reuniões periódicas na
comunidade e em nível paroquial; formação para animadores(as);
temas de estudos; celebrações e lançamento dos livretos, conforme
o tempo litúrgico.
- Para o bom funcionamento dos GBF em nível paroquial, é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento
paroquial.
9. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não
fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o
compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser executado,
escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e
ação.
10. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, motivando-o
a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do
ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.
11. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto.
Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nosso trabalho
de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer
a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do
livreto, e envie para:
Coordenação Arquidiocesana dos
Grupos Bíblicos em Família
Rua Esteves Junior, 447 – Centro
88015-130 – Florianópolis/SC
E-mail: [email protected]
Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!
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Celebração inicial
O ROSTO DA IGREJA DIOCESANA
“Até chegarmos todos juntos... à estatura de Cristo em sua
plenitude” (Ef 4,13).
Ambiente: Bíblia, casinha, vela, flores, cartaz da Campanha
da Fraternidade e cartaz ou banner dos GBF, cartaz do Ano
Catequético e cartaz do Ano Sacerdotal.
(Esta celebração poderá ser realizada em lugar espaçoso ou na
igreja, a fim de acolher todos os grupos.)
Acolhida: Pelos animadores e animadoras.
Motivação e oração inicial
Animador(a) 1: Irmãos e irmãs, estamos no
início de uma nova etapa em nossa caminhada de Grupos Bíblicos em Família. Sejam
todos e todas bem-vindos. Sintam-se acolhidos. É motivo de alegria a participação de
cada pessoa aqui presente, crianças e idosos, jovens e adultos.
A 2: Em comunidade, como amigos e amigas
que se querem bem, estamos novamente
assumindo, em conjunto, o compromisso de ser Igreja. Por isso, num
gesto de alegria e confiança, saudemos a pessoa que está ao nosso
lado, dizendo:
Todos(as): Nós somos o rosto da Igreja em nossa Arquidiocese.
A 1: Com os nossos corações voltados para a vitória da vida, na certeza
de que o Deus da vida caminha conosco, façamos o sinal da cruz.
T: Em nome do Pai...
A 2: Vamos acolher os símbolos, cantando o hino dos Grupos Bíblicos em
Família.
Canto: Igreja nas Casas
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1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia,
Palavra de Deus.
Refletem, conversam, e rezam, e cantam, / na prece entrelaçam
a terra e os céus.
/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/
A 1: Louvemos a Deus, cantando ou rezando o Salmo 104(103).
/: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/
1. Bendize minha alma ao Senhor, Senhor, meu Deus, como és
tão grande.
2. Como são numerosas as tuas obras, Senhor. A terra está cheia
das tuas criaturas.
3. Seja ao Senhor sua eterna glória, alegre-se Ele de suas
obras.
4. Que o meu canto ao Senhor seja agradável. É nele que está
minha alegria.
/: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/
Aprofundando o tema
A 2: Terminado o Tempo Pascal, na caminhada do Ano Litúrgico, estamos
retomando o Tempo Comum, tempo forte de esperança, tempo em
que, nas celebrações da Igreja, meditamos sobre o caminho de Jesus
e sobre o modo como o estamos seguindo.
T: Somos seguidores de Jesus, discípulos e missionários de Jesus
Cristo.
A 1: Seguimos a Jesus em comunidade, como membros da Igreja, que é
o Corpo de Cristo. Por isso, queremos fazer a nossa parte, para que
a Igreja se torne cada vez mais do jeito que Jesus a sonhou.
T: “Um só corpo e um só Espírito, uma só esperança, uma só fé e
um só batismo” (Ef 4,4-5).
Lado A: Uma Igreja santa e acolhedora, para nela podermos fazer a experiência do encontro com Jesus Cristo, o único Senhor da nossa
existência.
T: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11,44).
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Lado B: Uma Igreja profética e servidora, para nela reforçarmos a decisão
de uma verdadeira conversão, uma mudança de vida que nos leve
ao seguimento de Jesus.
T: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 15).
Lado A: Uma Igreja alegre e criativa, que nos ajude no caminho do discipulado, como aprendizagem e amadurecimento constante no conhecimento de Jesus, de sua pessoa, de seu exemplo e doutrina.
T: “Um só Deus e Pai de todos, acima de todos, no meio de todos
e em todos” (Ef 4,6).
Lado B: Uma Igreja comunitária e ministerial, capaz de facilitar verdadeiros
espaços de comunhão e partilha, onde as pessoas sejam valorizadas em seus anseios de fraternidade, participação e bem-estar, sem
nenhum tipo de discriminação e exclusão.
T: “... sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia
e Samaria, e até os confins do mundo” (At 1, 8).
Lado A: Uma Igreja missionária e dialogante, com abertura para ir ao encontro de todos, principalmente dos afastados e dos que não conhecem
o Cristo, num estado de missão permanente.
T: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).
Canto: Agora é tempo de ser Igreja
/: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar! :/
1. Somos povo escolhido, e na fronte assinalado com o nome do
Senhor, que caminha ao nosso lado.
A 2: O Documento de Aparecida diz que no processo de formação do discípulo missionário aparecem cinco aspectos fundamentais: encontro
com Jesus Cristo, conversão, discipulado, comunhão e missão.
T: Somos seguidores de Jesus, discípulos e missionários de Jesus
Cristo.
A 1: Nos encontros de nossos Grupos Bíblicos em Família vamos, até o
final do ano, refletir e rezar sobre esses cinco aspectos.
Leitor 1: Queremos fazer uma verdadeira experiência de Deus, no encontro
com Jesus Cristo, através do anúncio de seu Evangelho de vida e
salvação.
L 2: Queremos a conversão, como pessoas que creem em Jesus, para
segui-lo conscientemente e pôr em prática o seu Evangelho.
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L 3: Queremos estar no caminho do discipulado, para conhecer melhor
a pessoa de Jesus e a vida de sua Igreja, através da catequese permanente e da prática dos sacramentos.
L 4: Queremos a verdadeira comunhão em nossas famílias, comunidades
e paróquias inspiradas no exemplo dos primeiros cristãos que tinham
tudo em comum.
L 1: Queremos viver em missão permanente na Igreja, para ajudar a levar
o Evangelho de Cristo ao maior número possível de pessoas.
T: Queremos dar um rosto missionário à nossa Igreja diocesana.
A Palavra de Deus ilumina a nossa vida
A 2: Queremos, em nossa arquidiocese, continuar a edificar a Igreja, o Corpo de
Cristo, para ajudar a todos a crescer na
unidade da fé e no conhecimento do
Evangelho, para chegarmos à estatura
de Cristo em sua plenitude. É o que
vamos ler agora em nossa Bíblia.
(A Bíblia entra em procissão. Pode estar dentro
de uma peneira com panos e fitas coloridas.)
Canto: Teu povo aqui reunido
1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o
Deus que nos consola.
/: Fala, Senhor! Fala da vida! Só Tu tens palavras eternas,
queremos ouvir!:/
Leitor/a da Palavra: Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios, capitulo
4, versículos de 11 a 16 (Ef 4,11-16)
(Momento de reflexão e partilha.)
A 2: Vamos refletir e partilhar um pouco: É Deus que concede dons diferentes para a obra do ministério, diz o texto.
- Que dons e talentos e que vocação cada um e cada uma de nós
recebeu?
- Temos consciência disso?
- Como colocamos nossos dons a serviço – a favor de quem, e
onde?
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Aprofundar o tema com a Palavra
A 1: A Carta aos Efésios nos ensina que na Igreja há lugar para todos, para
uma infinidade de vocações, de ministérios, de serviços.
L 2: Há os bispos, os presbíteros e os diáconos, com uma vocação específica, que exercem na Igreja os ministérios ordenados.
L 3: E há os mais diversos ministérios leigos, exercidos às vezes por uma
provisão especial, como o dos ministros e ministras extraordinários da
Comunhão Eucarística, dos ministros e ministras da Palavra, e outros,
preparados por cursos específicos, como os da EMAR.
L 4: Mas há também inúmeros serviços e funções que são assumidos voluntariamente, atendendo a necessidades da comunidade: catequistas,
liturgistas, coroinhas, animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos
em Família, coordenações das diversas Pastorais e Serviços.
L 1: Há os teólogos que aprofundam a reflexão, os mestres e mestras que
ensinam, os missionários e missionárias que se engajam nas Missões
Populares no âmbito local, e os que partem para outras regiões e países.
Canto: Um dia escutei teu chamado
1. Um dia escutei teu chamado, divino recado, batendo no coração./
Deixei desta vida as promessas e fui bem depressa no rumo da
tua mão.
/: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia
e meu fim. No grito que vem do teu povo te escuto de novo
chamando por mim.:/
A 1: Neste ano de 2009, a Igreja do Brasil celebra o Ano Catequético, com
o tema: “Catequese, caminho para o discipulado”. O lema foi tirado
do relato do encontro de Jesus com os discípulos de Emaús:
(Entra o cartaz do Ano Catequético.)
T: “Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e parte
o pão”.
A 2: A partir de junho, a nossa Arquidiocese começa a celebrar o Ano Sacerdotal, em comunhão com toda a Igreja. Em nossa Arquidiocese,
ele terá um forte destaque Vocacional. Queremos pedir ao Senhor da
Messe que envie operários para os mais diversos ministérios na Igreja.
Pedimos, principalmente, mais padres para nossa arquidiocese.
(Entra o cartaz do Ano Sacerdotal.)
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T: Tema: Ano Sacerdotal. Lema: Fidelidade de Cristo, fidelidade do
presbítero
A 1: A Igreja em nossa arquidiocese também está no caminho do Planejamento Pastoral. As nossas Diretrizes para a Ação Evangelizadora são
tema da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral deste ano. A seguir
serão dados os primeiros passos para a elaboração de nosso Plano
de Pastoral.
A 2: Na caminhada deste Ano Catequético e do nosso Ano SacerdotalVocacional, queremos colaborar para que nossa Igreja diocesana seja
sinal do amor de Deus Pai por todos os seus filhos e filhas, sobretudo
em favor dos mais pobres e necessitados.
A 1: Na Igreja, que é a messe de Cristo, há espaço para muitos operários.
Cantemos esse belíssimo canto vocacional, do qual o Senhor já se serviu para chamar muitos jovens para o sacerdócio e a vida religiosa.
Canto: O Senhor me chamou...
1. O Senhor me chamou a trabalhar. A messe é grande, a ceifar,
a ceifar o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou.
/: Vai trabalhar pelo mundo afora, eu estarei até o fim contigo.
Está na hora, o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou. :/
Compromisso
A 2: Não podemos encerrar nossa celebração
sem assumir em conjunto alguns compromissos:
- Empenhar-nos para organizar os
Grupos Bíblicos em Família em todos os bairros, ruas e condomínios
da Paróquia, convidar mais pessoas
para participar e formar novos grupos.
- Tirar um tempo durante a semana para refletir sobre a importância
de viver a fé em Cristo na comunhão da Igreja.
Oração e bênção final
A 1: Como sinal de compromisso comum, vamos louvar a Deus pelos chamados que ele nos faz.
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L 1: Pela missão do papa e de nossos bispos,.
L 2: Pela vocação e missão de nossos padres e diáconos,
T: Bendito seja Deus para sempre!
L 3: Pela vocação e missão das irmãs e irmãos, consagrados à vida religiosa,
L 4: Pela vocação e missão de leigos e leigas nos diversos serviços e
ministérios,
T: Bendito seja Deus para sempre!
L 1: Pela nossa vocação de sermos discípulos missionários/discípulas
missionárias no seguimento de jesus,
T: Bendito seja Deus para sempre!
(Tempo para lembrar outras vocações.)
A 2: Rezemos todos juntos:
T: Pai Nosso... Ave Maria...
A: Deus, que nos chamou pelo Batismo para sermos o seu povo eleito
e nos convocou a participar dos Grupos Bíblicos em Família, como
missionários e missionárias de seu Evangelho em nossas comunidades, nos abençoe e nos guarde e acompanhe.
T: Amém
Canto: Maria do sim.
/: Maria do Sim, ensina-me a viver meu sim. Oh, roga por
mim, que eu seja fiel até o fim. :/
1. Um dia Maria deu o seu sim, mudou-se a face da terra. Porque
pelo sim nasceu o Senhor e veio morar entre nós o amor.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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1º Encontro
ENCONTRO COM JESUS CRISTO
“Quem quiser ser o maior entre vós, seja aquele que vos
serve...” (Mc 10,43-44).
Ambiente: Bíblia, vela, alimentos, água, toalhas, panelas, terra,
recortes de rostos de pessoas...
Acolhida: Pela família que acolhe: todos se saúdam e se
abraçam com palavras de boas-vindas...
Motivação e oração inicial
Animador(a): Irmãos e irmãs muito queridos!
Como é bom nos encontrarmos para manifestar, juntos, a mesma fé em Deus e
crescer no amor entre nós! Saudemos a
Santíssima Trindade:
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Vamos contar uns aos outros como vivemos
o compromisso que assumimos na semana
passada.
(Tempo para partilhar.)
A: No encontro de hoje, vamos tratar de um tema fundamental para os
cristãos e cristãs: o encontro com Jesus Cristo. Deus nos criou e se
manifesta através de acontecimentos e de palavras, especialmente
de sua Palavra, que está contida na Bíblia. A grande revelação se deu
em Jesus Cristo que se fez um de nós, permanece conosco e nos
mostra o caminho da vida em abundância para todas as pessoas.
Canto: Vem, ó Senhor
/: Vem, ó Senhor, com teu povo caminhar, teu corpo e sangue, vida e força, vem nos dar :/
A Boa Nova proclamai com alegria. Deus vem a nós, ele nos
salva e nos recria. E o deserto vai florir e se alegrar.
/: Da terra seca, flores, frutos vão brotar. :/
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A: Jesus se apresenta como Bom Pastor, aquele que conhece suas
ovelhas. Rezemos em dois lados o Salmo 23(22).
Canto: /: Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida
faltará. :/
Lado A: O Senhor é meu pastor, nada me falta. Ele me faz descansar em
verdes prados, a águas tranquilas me conduz. Restaura as forças,
guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome.
Lado B: Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei mal algum, pois
comigo estás. O teu bastão e teu cajado me dão segurança.
Canto: /: Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida
faltará. :/
Lado A: Diante de mim preparas uma mesa aos olhos de meus inimigos;
unges com óleo a minha cabeça. Meu cálice transborda.
Lado B: Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha
vida, e eu habitarei na casa do Senhor por muitíssimos dias.
T: Glória ao Pai...
Refletindo o tema
A: Falamos muito de Jesus Cristo, rezamos a Ele, dizemos que Ele é o
Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, comungamos o seu Corpo e Sangue nas celebrações... Tudo isso deve fazer
parte da nossa vida cristã. Uma pergunta orienta o nosso encontro de
hoje: Será que conhecemos, de fato, a Jesus?
(Tempo em silêncio para pensar.)
Leitor(a) 1: Para amar, de verdade, a uma pessoa, é preciso conhecê-la.
Quando lemos os Evangelhos, podemos perceber que os discípulos
andavam com Jesus, comiam com Ele, moravam com Ele, ouviam as
suas pregações, viam as suas obras e, no entanto, não O conheciam
de verdade.
Canto: /: Ó Deus de infinita bondade, que a tua vontade se faça verdade
no meio de nós!:/
L 2: Quando Jesus perguntou a eles quem ele era, Pedro respondeu muito
certo, dizendo que Ele era o Cristo, o Filho de Deus vivo.
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L 3: Mas, na hora da cruz, ele recuou e até negou a Jesus, dizendo que não
o conhecia. Na verdade, Pedro e os discípulos só tiveram a certeza
de quem era Jesus após a sua Ressurreição.
Canto: /: Ó Deus de infinita bondade, que a tua vontade se faça verdade
no meio de nós!:/
L 4: Jesus quer encontrar-se conosco e nos revelar a verdade de sua
pessoa e de sua proposta. Para isso, Ele mostra, no Evangelho, qual
o caminho para o verdadeiro encontro com Ele.
L 1: É um caminho diferente daquele que os discípulos sonhavam. E talvez
seja diferente do que nós também pensamos.
Canto: /: Ó Deus de infinita bondade, que a tua vontade se faça verdade
no meio de nós!:/
A Palavra de Deus nos ilumina
A: No Evangelho de Marcos encontramos três
momentos fortes em que Jesus ajuda os
discípulos a corrigir a ideia errada que
tinham a respeito dele. São os chamados
“três anúncios da Paixão”. Vamos refletir
sobre o terceiro anúncio. É preciso prestar bem atenção ao que o Evangelho nos
diz. Acolhamos a Palavra de Deus, cantando:
Canto: Pela Palavra de Deus
/: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é
luz e verdade, precisamos acreditar! :/
1. Cristo me chama, Ele é pastor; sabe meu nome: Fala, Senhor.
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho segundo Marcos, capítulo
10, versículos de 35 a 45 (Mc 10,35-45).
Refletindo a Palavra
A: Vamos conversar: Qual a diferença entre o que Jesus diz de si mesmo
e o que pensam os discípulos?
1. O que Jesus fala de si mesmo?
2. O que ensina aos discípulos?
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3. Os discípulos entenderam seus ensinamentos e sabiam de verdade
quem era Jesus?
4. E nós, podemos dizer que conhecemos e amamos Jesus?
5. Seguimos seus ensinamentos? Como?
(Tempo para conversar.)
Aprofundando a Palavra
A: Jesus nos previne a respeito do que significa encontrar-se com Ele
e seguir os seus passos. Ele fala do sofrimento, da cruz e da morte.
Os discípulos, no entanto, tinham uma ideia errada a seu respeito:
pensavam que Jesus seria um grande líder, que venceria os inimigos
com força e poder.
T: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e
dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10, 45).
L 4: Tiago e João representam a todos nós, quando nos consideramos
superiores aos outros ou queremos tirar vantagem dos cargos que
temos, tanto na religião, como na política. O egoísmo e a ambição nos
impedem de nos encontrarmos com Jesus e de segui-lo.
T: “Não fostes vós que me escolhestes: fui eu que vos escolhi e vos
designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça”
(Jo 15, 16).
L 1: Os outros dez discípulos olham com inveja e ressentimento para Tiago
e João. No fundo, eles também estão buscando o poder e a fama.
L 2: Eles representam a todos nós, quando nos deixamos levar pelo espírito
da competição, do ciúme e da inveja. Isto provoca desentendimentos
e divisões na família e na comunidade.
T: “Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve”
(Mc 10,43).
L 3: A pessoa que faz o verdadeiro encontro com Jesus torna-se servidora
dos outros, com sinceridade, sem buscar seus próprios interesses. Tem
paciência e bondade e dedica especial atenção aos que sofrem.
T: “Pois o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir
e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45).
L 4: A pessoa que faz o verdadeiro encontro com Jesus cresce no amor
aos outros, sabe ouvir, perdoar e não maldizer; ela contribui para a
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construção de um “outro mundo possível”, baseado na justiça, na paz,
na fraternidade e no respeito à natureza.
T: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como
eu vos amei” (Jo 15, 12).
L 1: A pessoa que faz o verdadeiro encontro com Jesus sabe se doar todo
dia, começando em casa, com dedicação e perseverança, com alegria
e entusiasmo, mesmo no meio de incompreensões e sofrimentos.
Canto: /:De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, prá
cantar um novo hino de unidade, amor e paz:/
Assumindo compromissos
A: Conforme a Palavra de Deus, o encontro
com Jesus se dá no relacionamento
com Ele e com os irmãos e irmãs.Podemos nos perguntar: Como vive uma
pessoa que faz o verdadeiro encontro
com Jesus?
1. Que serviços podemos prestar como
expressão do seguimento de Jesus:
em nossa casa, na comunidade, no
ambiente de trabalho e no lazer?
(Conversar sobre o assunto e ver o que se pode assumir. No próximo encontro,
vamos partilhar algumas ações concretas.)
Oração e bênção final
A: Rezemos em dois lados, dizendo:
T: Senhor Jesus Cristo, servo de Deus Pai, vem ao nosso encontro.
Lado A: Vem caminhar conosco. Ajuda-nos a Te entender, a Te conhecer
e a Te amar de todo o coração.
Lado B: Ajuda-nos a vencer o orgulho, a competição, a inveja, o ciúme e
tudo o que nos impede de sermos irmãos e irmãs uns dos outros.
Lado A: Ajuda-nos a sermos pessoas que servem umas às outras, com
alegria e entusiasmo, sem desanimar.
Lado B: Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe querida, ajuda-nos a dizer:
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T: Eis aqui os servos e servas do Senhor! Ave Maria...
Canto: Vem, Maria, vem!
/: Vem, Maria, vem! Vem nos ajudar! Neste caminhar tão
difícil rumo ao Pai. :/
1. Vem, querida Mãe, nos ensinar a ser testemunhas do amor
que fez do teu corpo sua morada! Que se abriu para receber o
Salvador!
2. Nós queremos, ó Mãe, responder ao amor do Cristo salvador!
Cheios de ternura colocamos confiantes em tuas mãos esta
oração!
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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2º Encontro
SÃO PAULO: A PESSOA QUE
ENCONTROU JESUS
“Quem és tu, Senhor?” “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo” (At 9, 5).
Ambiente: Bíblia, vela, sandálias (ou chinelos), figura de São
Paulo, (se houver), e de outras pessoas...
Acolhida: Pela família que acolhe: dar as boas-vindas, dizendo o nome de
cada uma das pessoas presentes, lembrar o nome das que não puderam vir...
Todos se saúdam e se abraçam com palavras de boas-vindas.
Motivação e oração inicial
Animador(a): Irmãos e irmãs muito queridos! A
graça de Deus, nosso Pai, o amor de Jesus
Cristo e a luz do Espírito Santo estejam
conosco.
Todos(as): Bendito seja Deus que nos reuniu
no amor de Cristo!
A: Vamos contar uns aos outros como vivemos
o compromisso que assumimos na semana
passada.
(Tempo para partilhar.)
A: Hoje vamos conhecer melhor uma pessoa muito querida, a quem a
nossa Igreja está dedicando um ano especial: São Paulo. Vamos deixar que ele conte um pouco de sua história e, especialmente, como ele
encontrou Jesus Cristo. Antes, vamos pedir a luz do Espírito Santo.
T: Vinde, Espírito Santo, enchei o coração dos vossos fieis...
Canto: /:A nós descei, divina luz! /: Em nossas almas acendei o amor,
o amor de Jesus.:/
Refletindo o tema
A: Ouçamos com atenção o que Paulo vai nos falar:
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Leito(a) 1: Queridos irmãos e irmãs dos Grupos Bíblicos em Família, obrigado pelo carinho e atenção em ouvir o que tenho para dizer. Meu
nome de nascimento é Saulo, que, na língua hebraica, significa “o
desejado”. Nasci e fui educado na cidade de Tarso, na Ásia Menor.
L 2: Com meu pai, aprendi a profissão de fabricante de tendas. Mais tarde
fui morar em Jerusalém e fiz parte do grupo dos fariseus. Estudei muito
e defendi com “unhas e dentes” os princípios da religião judaica.
L 3: Considerava as pessoas pobres, estrangeiras e doentes como impuras e infieis... Também condenava as pessoas que seguissem outras
religiões.
L 4: Numa ocasião, recebi a tarefa de liderar uma perseguição aos grupos
de homens e mulheres, seguidores de Jesus Cristo, os quais estavam
se espalhando e se multiplicando de forma muito rápida. Era preciso
detê-los... Para isso fui a Damasco.
L 1: No caminho para Damasco aconteceu algo surpreendente, que provocou uma reviravolta total em minha vida. Jesus Cristo me alcançou
e me lançou ao chão. Então, na verdade, não fui eu que encontrei a
Jesus, foi Ele que me encontrou.
T: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” Respondi: “Quem és tu,
Senhor?” “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo” (At 9, 5).
Canto: Jesus Cristo me deixou inquieto, nas palavras que ele proferiu. /: Nunca mais eu pude olhar o mundo sem sentir aquilo que
Jesus sentiu. :/
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos preparar o nosso coração para ouvir e
acolher a Palavra de Deus, cantando:
Canto: Bendita, bendita, bendita a Palavra
do Senhor! Bendito, bendito, bendito
quem a vive com amor!
Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro dos Atos
dos Apóstolos, capítulo 9, versículos de 1
a 19 (At 9,1-19).
(Tempo para interiorizar a Palavra)
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Aprofundando a Palavra
A: Vamos conversar:
1. O que mais nos chamou a atenção na história da conversão de
Saulo?
2. Nós já encontramos verdadeiramente a Jesus?
3. Como aconteceu, e acontece ainda hoje, a nossa conversão?
(Tempo para conversar.)
A: Paulo tem mais a nos dizer. Vamos acolher com o coração a sua
história:
L 2: Jesus me encontrou, quando eu estava perseguindo os cristãos, no
caminho para Damasco. Meu orgulho caiu por terra. Fiquei cego por
três dias, o mesmo tempo que Jesus permaneceu na morte. Desta
cegueira e desta morte do meu egoísmo, nasceu em mim um novo
ser, uma pessoa nova.
T:
“Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves
fazer” (At 9, 6).
L 3: Vi que não podia mais ser o mesmo fariseu de antes. Com a ajuda de
amigos e amigas, fui modificando o meu modo de ser e de pensar.
Passei algum tempo em oração, meditação, estudo e contato com os
apóstolos e outras pessoas discípulas de Jesus.
L 4: Fui descobrindo, através da Sagrada Escritura, que Jesus é, de fato,
o Filho de Deus, o Messias anunciado pelos profetas, que foi morto e
ressuscitou. Ele está vivo e presente no meio de nós.
T: “Nós vos anunciamos esta Boa Nova: a promessa que Deus fez
aos nossos pais, ele a cumpriu para nós, os filhos, ao ressuscitar
Jesus” (At 15, 32-33).
L 1: Compreendi que Deus não faz diferença de pessoas e que seu plano
de amor e salvação se estende a toda a humanidade. Lancei-me na
missão que Deus me deu: ser anunciador do Evangelho de Jesus
Cristo, nosso Senhor e Salvador, a todos os povos.
T: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).
L 2: Para seguir a Jesus, decidi abandonar tudo o que antes considerava
importante. Lancei-me de corpo e alma, pelo mundo afora, a anunciar
a Boa Notícia da graça de Deus.
21
L 3: Deixei tudo, me desapeguei de tudo o que antes me atraía, para tornarme um discípulo missionário. Preferi, então, que me chamassem com
o segundo nome, Paulo, que na língua latina significa “pequeno”.
T: “Para mim, o viver é Cristo” (Fl 1,21).
L 4: Junto com alguns companheiros, realizei várias viagens, visitando
cidades, pregando nas sinagogas, nas ruas, em escolas e bairros.
Fui perseguido, apedrejado, açoitado, aprisionado várias vezes. Sofri
acidentes, naufrágios, perigos de assaltos e de morte. Passei fome e
sede, cansaços e outras dificuldades...
T: “Depois de terem anunciado a Boa Nova... voltaram para encorajar os discípulos. Exortavam-nos a permanecerem firmes na
fé...” (At 14, 21-22).
A: Até aqui ouvimos o próprio Paulo nos falando. Com o exemplo da sua
perseverança, vemos que doar-se pela proposta do amor fraterno é
formar uma só família unida a Deus. Também aprendemos a aceitar
nossa cruz no dia-a-dia, com coragem, seguindo a Jesus.
L 1: Na convivência com as pessoas, na construção da comunidade, nos
Grupos Bíblicos em Família, vemos Deus revelando o seu plano de
amor e vida para todos, sem exclusão.
L 2: Paulo se alegra em saber que a comunidade procura seguir Jesus de
coração sincero, construindo um mundo justo e fraterno.
T: Vivei na verdadeira liberdade de filhos e filhas de Deus, fazendo
o bem sempre. E a graça do Senhor Jesus Cristo estará sempre
convosco.
Assumindo compromissos
A: Após essa reflexão profunda sobre o Apóstolo
Paulo, que gestos concretos podemos
fazer como discípulos missionários de
Jesus?
Que propostas de compromisso podemos assumir?
(Tempo para pensar no compromisso.)
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Oração e bênção final
A: Seguindo Jesus, pedimos que nos ilumine, para percebermos o
exemplo que Paulo nos deixa na prontidão para segui-lo. Façamos
preces espontâneas de agradecimento ou de pedido, expressando
uma qualidade que percebemos na pessoa e na ação de São Paulo.
Após duas orações, digamos:
T: Senhor, acolhei nossa prece e sobre nós derramai vosso amor!
A: Vamos concluir, rezando juntos:
T: Pai-Nosso..., Glória ao Pai...
A: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, hoje e sempre:
T: Em nome do Pai...
Canto: Jesus Cristo me deixou inquieto
/: Jesus Cristo me deixou inquieto/ nas palavras que ele
proferiu./: Nunca mais eu pude olhar o mundo/ sem sentir
aquilo que Jesus sentiu/:
1. Eu vivia tão tranquilo e descansado/ e pensava ter chegado ao
que busquei./ Muitas vezes proclamei extasiado/ que, ao seguir a
lei de Cristo, eu me salvei./ Mas depois que meu Senhor passou,/
nunca mais meu coração se acomodou.
2. Minha vida, que eu pensei realizada,/ esbanjei como semente em
qualquer chão./ Pouco a pouco, ao caminhar na longa estrada,/
percebi que havia tido uma ilusão./ Mas depois que meu Senhor
passou,/ ilusão e comodismo se acabou.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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3º Encontro
CATEQUESE: CAMINHO PARA O
DISCIPULADO
“Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e
parte o pão” (Lc 24, 32).
Ambiente: Casinha, Bíblia, pão, sandália, uma imagem ou
um cartaz de Jesus.
Acolhida: Pelas pessoas da casa ou por uma catequista, se houver no
grupo.
Motivação e oração inicial
Animador(a): Sejamos todos e todas bem-vindos.
Vamos partilhar o que fizemos de concreto
do compromisso assumido no encontro da
semana que passou. Também, nesta conversa, vamos lembrar os nomes dos e das
catequistas de nossa comunidade.
(Tempo para partilhar.)
A: Hoje vamos refletir sobre o Ano Catequético.
Ele será um marco em nossa Igreja no processo de educação da fé.
Saudemos o Deus Trindade:
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Louvemos, com alegria, rezando juntos o salmo 117.
T: Povos todos, louvai o Senhor, nações todas, dai-lhe glória; porque
forte é seu amor para conosco, e a fidelidade do Senhor dura para
sempre. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...
Canto: Somos gente da esperança
1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos
povo da Aliança, que já sabe aonde vai.
/: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais.
Pra cantar o novo hino, de unidade, amor e paz. :/
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Refletindo o tema
A: O Ano Catequético se insere no processo de recepção do Documento
de Aparecida, que nos convida a “formar discípulos missionários de
Jesus Cristo, para que nele todos os povos tenham vida”. Por isso, a
catequese assume como tema:
T: Catequese, caminho para o discipulado.
A: Em 2006, a CNBB, na Assembleia Geral dos Bispos, aprovou a realização de um Ano Catequético Nacional, para 2009.
Leitor(a) 1: O texto bíblico inspirador para todas as atividades celebrativas
do Ano é tirado do Evangelho de São Lucas (Lc 24, 13-35). É o texto dos
discípulos de Emaús. Nele encontramos o lema do Ano Catequético:
T: “Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e parte
o pão” (Lc 24, 32).
A: O Ano Catequético quer despertar cristãos e cristãs para a importância
do aprofundamento e amadurecimento na fé.
L 2: Catequese não é só para catequistas, crianças e jovens, mas ela é
destinada a toda a comunidade. É caminho de encontro pessoal e
comunitário com Jesus Cristo, capaz de mudar a nossa vida.
L 3: Quem se encontra com Jesus põe-se a caminho em direção aos irmãos
e irmãs, à comunidade e à missão. Por isso, o Ano Catequético tem
como objetivo geral:
T: Dar novo impulso à catequese como serviço eclesial e como
caminho para o discipulado.
A: É preciso que toda a Igreja assuma uma nova concepção de catequese,
como processo formativo, progressivo, permanente da educação da
fé, da esperança e do amor (cf. DNC 233).
Canto: Agora é tempo de ser Igreja
/: Agora é tempo de ser Igreja. Caminhar juntos, participar.:/
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1. Somos povo escolhido, e na fronte assinalado com o nome do
Senhor, que caminha ao nosso lado.
A Palavra de Deus ilumina
A: Toda a reflexão e aprofundamento do Ano
Catequético inspira-se no caminho feito
por Jesus com os discípulos de Emaús.
Eles fazem a grande experiência do
encontro com o Ressuscitado no caminho, na Palavra, na fração do pão e na
missão. Vamos acolher a Palavra, cantando.
Canto: Tua Palavra é lâmpada para os meus
pés, Senhor!
/: Lâmpada para os meus pés, Senhor, luz para o meu caminho! :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho escrito por São Lucas,
capitulo 24, versículos de 13 a 35 (Lc 24, 13-35).
(Silêncio para interiorizar a Palavra.)
A: Vamos refletir sobre o texto:
1. Vamos recontar o texto, destacando os 4 momentos vividos pelos
discípulos, junto com Jesus (o caminho, a Palavra, a fração do pão
e a missão).
2. Como nós podemos fazer uma experiência assim, com Jesus?
(Deixar que as pessoas se manifestem.)
Aprofundando a Palavra
A: Jesus é o eixo, o centro, o modelo, a referência para os discípulos.
Eles aprenderam nas andanças pela Palestina que Ele era:
T: O Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14, 6).
L 1: Em sua caminhada humana, Jesus se aproxima, acompanha, dialoga...
Interessa-se pela vida dos discípulos.
T: “O que é que vocês andam conversando pelo caminho?” (Lc 24, 17).
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L 2: A catequese de Jesus começa pela memória da Palavra de Deus,
para relembrar aos discípulos que o caminho percorrido pelo Cristo
já estava previsto na Escritura.
T: “Não estava o nosso coração ardendo, quando ele nos falava,
pelo caminho, e nos explicava a Escritura?” (Lc 24, 32).
L 3: A refeição em Emaús fez os discípulos recordarem a Ceia Pascal do
Mestre. Eucaristia é memória permanente do Senhor.
T: “Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e o abençoou, depois o partiu e deu a eles...” (Lc 24, 30).
L 4: Os discípulos reconhecem Jesus ao partir o pão, e voltam às pressas
a Jerusalém.
T: “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém,
onde encontraram os Onze e outros discípulos” (Lc 24, 33).
L 1: A exemplo dos discípulos de Emaús, também nós temos a necessidade
de um encontro com Jesus, para assumir, com entusiasmo, a missão
evangelizadora.
T: “Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e
como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão” (Lc 24, 35).
Canto: Ide por todo o universo
1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar, dizei a todos os
povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz
da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.
/: Ide anunciar minha paz, ide, sem olhar para trás! Estarei
convosco e serei vossa luz na missão! :/
Assumindo compromissos
A: Toda a catequese deve levar a uma ação
concreta. Como Jesus que se aproxima,
dialoga e se interessa pela vida dos
discípulos, assim é o nosso compromisso com a vida em comunidade.
Algumas propostas:
- Promover cursos de formação de
Catequese, Liturgia, Bíblia e Pastoral Vocacional;
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- Valorizar os Grupos Bíblicos em Família como catequese permanente, convidando e motivando os pais dos catequizandos a
participar.
- Intensificar a catequese com adultos, incentivando as pessoas a participar dos encontros de formação, promovidos na comunidade;
- Aprofundar o sentido do domingo com os pais e mães dos catequizandos, valorizando a celebração da Eucaristia;
- Conversar com outras pessoas a respeito da importância da catequese.
(Tempo para discutir o compromisso que vamos assumir.)
Oração e bênção final
A: Vamos rezar, em dois lados, a oração do Ano
Catequético.
T: Senhor, como os discípulos de Emaús, somos peregrinos. Vem caminhar conosco!
Lado A: Dá-nos teu Espírito, para que façamos da
catequese caminho para o discipulado.
Lado B: Transforma nossa Igreja em comunidades
orantes e acolhedoras, testemunhas de fé, de
esperança e caridade.
Lado A: Abre nossos olhos para reconhecer-te nas situações em que a
vida está ameaçada.
Lado B: Aquece nosso coração, para que sintamos sempre a tua presença.
Lado A: Abre nossos ouvidos para escutar a tua Palavra, fonte de vida e
missão.
Lado B: Ensina-nos a partilhar e comungar o Pão, alimento para a caminhada.
T: Permanece conosco! Faze de nós discípulos missionários, a
exemplo de Maria, a discípula fiel, sendo testemunhas da tua
Ressurreição. Tu que és o Caminho para o Pai. Amém!
A: O Senhor abençoe o pão, fruto do nosso trabalho e sustento para a
caminhada. O Senhor nos ilumine, nos proteja e nos abençoe.
T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém
Canto: Vejam: Eu andei pelas vilas
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1. Vejam: Eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu.
Portas, eu cheguei para abri-las, eu curei as feridas como nunca se viu.
/: Por onde formos também nós, que brilhe a tua luz. Fala,
Senhor, na nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho, então, conduz, queremos ser assim. Que o pão da vida nos
revigore em nosso sim. :/
(Partilhar o pão antes de irmos para casa.)
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
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4º Encontro
CONVERSÃO: CONVERTEI-VOS E
CREDE NO EVANVELHO
“Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova” (Mc 1, 15).
Ambiente: Bíblia, vela, casinha, crucifixo, imagem de Nossa
Senhora e flores.
Acolhida: Pelas pessoas da casa ou pelo animador(a).
Motivação e oração inicial
Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos!
Vamos partilhar nossa ação concreta que
fizemos durante a semana.
(Tempo para partilhar o compromisso do encontro
passado.)
A: Queridos irmãos e irmãs, na certeza de que
Jesus está junto de nós, vamos refletir, neste
encontro, sobre conversão. Iniciemos em
nome da Santíssima Trindade.
Todos/as: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Rezemos, em dois coros, alguns versículos do Salmo 25, pedindo a
Deus que nos ensine a caminhar na obediência à sua vontade.
T: Verdade e amor são os caminhos de Deus!
Lado A: A vós, Senhor, elevo a minha alma, meu Deus, em vós me refugio.
Lado B: Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a
vossa estrada! Que vossa verdade me oriente e me conduza, porque
sois o Deus da minha salvação.
Lado A: Recordai, Senhor, meu Deus, vossa ternura e vossa compaixão,
que são eternas!
De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem
limites, ó Senhor!
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Lado B: O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os
pecadores.
Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.
T: Glória ao Pai...
Canto: Abre a porta do teu coração
1. Abre a porta do teu coração e deixa Cristo entrar. Ele te dará a
salvação e ao céu te levará.
/: Abre a porta (3x) do teu coração. Abre a porta, (2x) que
Jesus te abençoará. :/
Refletindo o tema
A: Jesus veio nos anunciar o Reino de Deus, o grande dom da salvação, “um jeito novo de a gente viver o amor a Deus e aos irmãos e
irmãs”.
L1: Este Reino e esta Salvação são a alegria de conhecer a Deus e de
ser por Ele conhecido e amado, de tornar-se discípulo e discípula no
seguimento de Jesus Cristo.
T: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas
essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6,33).
L 2: Este Reino e esta Salvação, todas as pessoas os podem receber, como
graça e misericórdia; mas também devem conquistá-los pelo trabalho
e pelo amor, por uma vida em conformidade com o Evangelho, pela
renúncia e pela cruz.
T: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz e siga-me” (Mc 8, 34).
A: Conversão é a resposta de quem escutou o Senhor Jesus com admiração, crê nele pela ação do Espírito Santo, decide ser seu amigo e
segui-lo, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando a cruz
de Cristo, consciente de que é preciso morrer para o pecado para
alcançar a vida plena.
T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10,10).
L 3: A conversão é entrega total do coração a Deus e à prática da caridade
fraterna, como condição para o perdão e a reconciliação.
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L 4: O profeta Ezequiel chama a atenção para a misericórdia divina, que
não deseja a morte do pecador, mas que ele se converta e viva.
T: “Não quero a morte do pecador, mas que ele viva...” (cf. Ez 18,23).
L 1: Converter-se consiste em transformar o nosso coração de pedra,
endurecido e fechado para as coisas de Deus. Exige a mudança do
nosso modo de ser e de viver diante dos irmãos e irmãs.
T: “Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo.
Removerei de vosso corpo o coração de pedra e vos darei um
coração de carne” (Ez 36, 25).
Canto: Eis o tempo de conversão, eis o dia de salvação! Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão!
A Palavra de Deus nos Ilumina
A: O processo de conversão, para quem crê em Jesus Cristo, é para
toda a vida. Exige a escuta, a leitura e a meditação de sua Palavra.
Ouçamos, com atenção, o Evangelho de São Marcos.
Vamos aclamar a Palavra de Deus, cantando.
Canto: /: Bendita, bendita, bendita a Palavra do Senhor! Bendito, bendito, bendito quem a vive com amor! :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
São Marcos, capítulo primeiro, versículos de 14 a 15 (Mc 1, 14-15).
A: Acolhamos a Palavra, no silêncio, e procuremos partilhar o que mais
nos chamou atenção, nas palavras do Evangelho.
(Tempo para conversar.)
Refletindo o tema com a Palavra
A: Neste texto do Evangelho, Jesus inicia a sua pregação, falando da
grande novidade que ele veio trazer, anunciar e implantar no meio da
humanidade, e pela qual deu toda a sua vida: O Reino de Deus!
T: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo”!
L 2: Ao mesmo tempo em que Jesus anuncia o Reino, este grande dom
de salvação para todo ser humano, ele coloca também, já no inicio
de sua pregação, uma condição para viver este Reino:
32
T: “Arrependei-vos e crede no Evangelho”.
L 3: Jesus exige que nos arrependamos de tudo aquilo que em nossas
vidas é contrário à vontade de Deus e ao Projeto do Reino.
L 4: Arrepender-nos de nossos pecados e crer no Evangelho, na Boa Nova,
exige, de nossa parte, uma mudança de vida; uma mudança no nosso
jeito de pensar, de ser e de viver: isto é conversão.
T: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos
tornardes como as crianças, de modo algum entrareis no Reino
dos Céus”. (Mt 18, 3)
A: Jesus exige de nós, portanto, a conversão. Mas o que é converter-se?
Quais são os caminhos que me levam à conversão?
L 1: Converter-se é fazer a opção pelo jeito de ser e de viver de Jesus. É
ir convertendo o nosso coração para Jesus dia após dia, pois a conversão é um processo para a vida toda.
L 2: Para que aconteça em nós a conversão, é preciso cultivar uma vida de
oração, onde buscamos a intimidade com Deus, falamos-lhe de nossos
anseios e alegrias e conhecemos pouco a pouco sua vontade.
L 3: Para que aconteça em nós a conversão, é necessária a escuta, a
leitura e a meditação de sua Palavra, onde Deus se revela, mostra
seu amor e nos indica o caminho a seguir.
L 4: Para que aconteça em nós a conversão, é preciso que participemos
da vida da comunidade, ou seja: na Igreja de Jesus, na prática dos
sacramentos e na celebração da Eucaristia
A: A conversão deve nos levar ao seguimento do Senhor Jesus, como discípulos e discípulas, e à missão de anunciar o seu Reino de amor.
T: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos...,
ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28, 19).
Canto: Ide por todo por todo universo
1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz da
verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.
/: Ide anunciar minha paz, ide, sem olhar para trás! Estarei
convosco e serei vossa luz na missão! :/
33
Compromisso
A: Vimos que converter-se exige de nós esforço e compromisso, e deve nos
levar a anunciar o Reino através do serviço aos irmãos e irmãs.
- O que precisamos mudar em nossa vida, para viver o amor e
promover a justiça, a solidariedade e a partilha?
(Tempo para conversar e ver o que podemos assumir de concreto na nossa vida e
na comunidade.)
Oração e bênção final
A: Vamos invocar o Pai e pedir a intercessão de Maria, para que possamos viver e anunciar o Reino de Deus. Rezemos:
T: Pai Nosso ..., Ave Maria..., Glória ao Pai...
A: Que o Senhor Deus todo-poderoso nos dê a graça da conversão e
derrame sobre nós a sua bênção:
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Amém!
Canto: Imaculada
/: Imaculada Maria de Deus, Coração pobre acolhendo Jesus! Imaculada Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão
junto à cruz!:/
1. Um coração que era Sim para a vida, um coração que era Sim
para o irmão, um coração que era Sim para Deus, Reino de Deus
renovando este chão!
2. Olhos abertos pra sede do povo, passo bem firme que o medo
desterra, mãos estendidas que os tronos renegam. Reino de Deus
que renova esta terra!
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
34
5º Encontro
DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A
PARTIR DO BATISMO
“Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo” (At 2,38).
Ambiente: Bíblia, casinha, água, uma vela grande e velas
pequenas, foto ou lembrança do batismo.
Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.
Motivação e oração inicial
Animador/a: Sejam todos e todas bem-vindos!
Iniciamos nosso encontro, partilhando nossa ação concreta do compromisso assumido
no encontro anterior.
(Tempo para partilhar.)
A: Nos encontros anteriores refletimos sobre
o encontro da pessoa com Jesus Cristo.
Acompanhamos o encontro de Paulo com
Jesus e sua conversão. Nós também somos
chamados ao encontro com Jesus, que nos leva à conversão. Somos
batizados em nome da Santíssima Trindade, que saudamos neste
momento, dizendo:
Todos/as: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Leitor(a) 1: A partir do Batismo chamamos Deus de Pai. Por isso, rezemos
com muita confiança:
T: Pai nosso...
Canto: /: Pai, Pai, Pai nosso que estais no céu /:
A: No encontro de hoje vamos refletir sobre o Batismo, a atitude de quem
se converte e quer se tornar discípulo de Jesus Cristo.
Canto: /: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que
eu te siga, respondo: “Eis-me aqui”! :/
35
Aprofundando o tema
A: No Evangelho percebemos a reação das pessoas quando se encontram com Jesus. Ninguém fica indiferente.
L 2: Os discípulos, ao ouvirem o chamado do Mestre,
T: “... deixam tudo e o seguem...” (Mc 1, 18).
L 3: Os doentes e marginalizados vão ao encontro de Jesus. Ao se sentirem
acolhidos e curados, manifestam sua admiração e louvam a Deus.
T: “Todos ficaram admirados e louvavam a Deus, dizendo: Nunca
vimos coisa igual” (Mc 2,12).
L 4: O livro dos Atos dos Apóstolos narra muitos fatos onde judeus e nãojudeus, ao ouvirem falar em Jesus e seus ensinamentos, se convertem
e decidem seguir Jesus.
L 1: Cornélio e sua família receberam, através de Pedro, o anúncio do
Evangelho. Creram em Jesus e foram batizados (At 10,23-48).
L 2: Paulo, que era judeu fiel a Deus, se converte, pede o batismo e tornase discípulo de Jesus e grande missionário.
T: “Levanta-te, recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados,
invocando o nome de Jesus” (At 22, 23-48).
L 3: Durante uma de suas viagens missionárias, Paulo encontra um grupo
de mulheres em oração, num dia de sábado. Lídia, uma delas, acolheu
a pregação de Paulo sobre Jesus. Foi batizada, assim como toda a
sua família (At 16, 11-15).
Canto: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com
ardor. Cristo também chegou para anunciar: não tenhas medo
de evangelizar!
A Palavra de Deus Ilumina
A: No dia de Pentecostes, após o anúncio
feito por Pedro, muitas pessoas que ali
estavam perguntaram aos apóstolos:
“Que devemos fazer?” Acompanhemos,
através do texto bíblico, a orientação
de Pedro. Aclamemos com alegria a
Palavra de Deus.
36
Canto: /: Vem, Espírito Santo, vem. Vem iluminar :/.
Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2,
versículos de 32 a 41 (At 2, 32-41).
A: Para melhor compreender o que acabamos de ler, podemos reler o
texto.
(Tempo para reler o texto e em seguida refletir.)
a. Quem estava falando?
b. Quem estava escutando?
c. Qual o assunto tratado?
d. Que sentimentos o povo teve e como estavam seus corações?
e. Que perguntavam aos apóstolos?
f. O que Pedro lhes respondeu?
g. E hoje, entendemos a missão que decorre do nosso batismo?
(Tempo para conversar.)
Aprofundando a Palavra e o tema
A: Pedro, falando aos judeus, argumenta numa linguagem que eles conhecem bem e trazem no coração.
T: “Quando ouviram as palavras de Pedro, ficaram com o coração
aflito” (At 2, 37).
L 4: O povo quis saber o que fazer, e Pedro respondeu:
T: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para o perdão de vossos pecados. E recebereis o dom do
Espírito Santo” (At 2,38).
L 1: Percebemos que o anúncio da Palavra de Deus precisa tocar o coração das pessoas, para que possam converter-se. E, convertendo-se,
peçam o Batismo.
L 2: O Batismo supõe o desejo da pessoa de seguir Jesus. Para isso, é
necessário o encontro com o Mestre.
T: “A fé vem pela pregação e a pregação pela Palavra de Cristo”
(Rm 10,17).
L 3: O Batismo não só purifica dos pecados. Faz renascer o batizado, conferindo-lhe a vida nova em Cristo, como filho/filha de Deus, incorpora-o
à comunidade dos discípulos e missionários, na Igreja (DAp).
37
L 4: As pessoas têm sede de vida e felicidade em Cristo. Acolhendo a Palavra de vida eterna, e alimentado pela Eucaristia, o batizado procura
viver a plenitude do amor e conduzir todos ao encontro com Aquele
que é o Caminho, Verdade e a Vida.
T: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
L 1: No entanto, no exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos
essa vida nova ou não perseveramos no caminho.
L 2: Com o pecado, optamos por um caminho de morte.
L 3: Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos
faz participar do triunfo do Ressuscitado e iniciar um caminho de
transformação.
T: “Convertei-vos e crede na Boa Nova” (Mc 1, 15).
Canto: Sim, eu quero
/: Sim, eu quero que a luz de Deus, que um dia em mim
brilhou, jamais se esconda e não se apague em mim o seu
fulgor. Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão
a caminhar, guiado por tua mão, em tua lei, em tua luz, Senhor! :/
1. Esta vida nova, em comunhão com Deus, no batismo aquele dia
eu recebi; vai aumentando sempre e vai me transformando, até
que Cristo seja todo o meu viver.
A: Neste encontro vimos que o Batismo exige conversão. A conversão
supõe encontro com Jesus Cristo. A partir dessa verdade, surge a
pergunta: E como fica o Batismo das crianças?
L 4: A finalidade do Batismo é, antes de tudo, a inserção na comunidade
eclesial, e não, apenas, garantir a vida eterna.
L 1: A primeira preocupação deve ser a de integrar o candidato ao batismo
à Igreja, nela vivendo o Evangelho, com a ajuda dos demais irmãos
e irmãs na fé.
L 2: No âmbito cristão, as crianças são batizadas na fé da Igreja, fé confessada pelos pais e padrinhos, como ainda por todos aqueles que
estão presentes na celebração.
Canto: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé.
38
Compromisso
A: Após esta reflexão, como nos sentimos em
relação à vivência do nosso Batismo?
- E as crianças, como podem e devem
chegar ao encontro com Jesus?
- De que forma os Grupos Bíblicos em
Família podem ajudar as pessoas
e as famílias a testemunharem o
Batismo?
(Tempo para conversar e assumir um compromisso.)
Oração e bênção final
A: Ao final deste nosso encontro, peçamos a Deus
que nos ilumine nesta caminhada de aprendizado e partilha comunitária, a partir da Palavra
de Deus. Que em nossas comunidades possamos vivenciar os valores cristãos: verdade,
perdão, partilha, justiça, paz, solidariedade e
fraternidade. Espontaneamente podemos dirigir a Deus nossas preces.
(Deixar que as pessoas façam suas preces.)
A: Rezemos ainda, como comunidade de fé, reunida em nome do Senhor.
Lado A: Ó Deus, Senhor da Justiça e da Paz, quiseste que o anúncio do
Evangelho do teu Filho alegrasse o mundo inteiro.
T: Nós te agradecemos pelo Evangelho que nos foi anunciado e pelo
Batismo que recebemos.
Lado B: Dá-nos a graça de permanecermos sempre fieis, na escuta e na
prática deste caminho de vida.
T: Amém. Assim seja.
A: Lembrando os compromissos assumidos ao sermos batizados, façamos nossa profissão de fé.
(Acender as velas.)
39
T: Creio em Deus Pai...
A: Peçamos a bênção de Deus, que nos chama à vida cristã.
T: Deus te abençoe (mão na cabeça). Deus te proteja (mão nos ombros). Deus te dê a paz, Deus te dê a paz (abraço).
Canto: Prometi no meu santo batismo
1. Prometi no meu santo batismo a Jesus sempre e sempre adorar. / Pais cristãos em meu nome falaram: hoje os votos eu vim
confirmar.
/: Fiel sincero, eu mesmo quero a Jesus prometer meu amor,
a Jesus prometer meu amor. :/
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
40
6º Encontro
VIVER EM COMUNIDADE NO
SEGUIMENTO DE JESUS
“Eu te envio ao Faraó para que faças sair o meu povo,... do
Egito” (Ex 3,10).
Ambiente: Bíblia, casinha, vela, cartaz dos GBF, água, planta,
símbolos de partilha ou que lembram a vida em comunidade.
Animador/a: Sejam todos e todas bem-vindos! Iniciamos nosso encontro,
partilhando nossa ação concreta do compromisso assumido no encontro
anterior.
(Tempo para partilhar.)
Motivação e oração inicial
A: Neste período em que estamos vivendo o
“Tempo Comum”, além de refletirmos sobre
vários temas, acompanharemos o processo
de elaboração do Plano Pastoral de nossa
Igreja Arquidiocesana, vivendo em comunidade no seguimento de Jesus.
Todos(as): Evangelizar, sendo Igreja seguidora de Jesus Cristo, na Palavra, no testemunho, na oração, na partilha e na fração
do pão, envolvendo as forças vivas da Arquidiocese, a serviço
da vida e da esperança.
A: Estamos aqui reunidos como irmãos e irmãs, em comunhão com a
Santíssima Trindade. Façamos o sinal da cruz, dizendo:
T:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Leitor(a) 1: Hoje vamos conhecer a temática, o tema e o lema do 12º
Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que acontecerá nos dias 21 a 25 de julho em Porto Velho, Rondônia, na região
amazônica, e refletir sobre esse evento.
41
T: “CEBs, Ecologia e Missão” (tema do 12º Intereclesial).
L 2: A Igreja da Amazônia clama por conversão e nos chama a uma mudança de estilo de vida. Convida-nos para sermos evangelizadores e
evangelizadoras, na perspectiva de ouvir o clamor do povo da Amazônia.
Escutar – Aprender – Anunciar.
T: “Do ventre da Terra o grito que vem da Amazônia” (lema do 12º Intereclesial).
A: Rezemos em dois coros uma parte da oração do Oficio Divino das
Comunidades (Liturgia das horas), agradecendo e louvando a Deus pelas comunidades e famílias de Porto Velho – Rondônia, que estão
acolhendo com alegria e entusiasmo os representantes de todos os
Regionais do nosso Brasil e da América Latina.
T: Venham, ó nações, ao Senhor cantar. Ao Deus do universo venham festejar!
Lado A: Vem, ó Santo Espírito, iluminar. Este nosso encontro, vem abençoar!
Lado B: Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar. Vem, não demores mais,
vem nos libertar!
T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito. Glória à Trindade Santa, Glória ao Deus bendito! Aleluia, irmão, aleluia, irmã. Glória à
Trindade Santa, Glória ao Deus bendito!
(Enquanto se canta, podemos levantar os símbolos que trouxemos.)
Canto: Hino da Campanha da Fraternidade de 2007
1. Seja o verde o sinal da esperança, na Amazônia, rincão da
aliança. Sem os males que gera a cobiça, com o Cristo que tudo
renova, haveremos de ver terra nova, nova terra onde reina a
justiça!
/: Rios, lagos, florestas e povos, bendizei ao Senhor na canção, bendizei ao Senhor na canção. É canção que constrói
tempos novos, nossa vida e missão neste chão! Nossa vida
e missão neste chão!:/
Refletindo o tema
A: A missão nos leva a viver o encontro com Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, num dinamismo de conversão pessoal, pastoral, social
e eclesial (cf.DAp).
42
T: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão
por mim” (Jo 14, 6).
L 3: Viver em comunidade é um modo de evangelizar e ser evangelizado.
É um jeito profético de ser Igreja libertadora, servidora e seguidora de
Jesus Cristo, convertida ao compromisso social e eclesial em nome
do Evangelho.
T: “Convertei-vos e crede no evangelho” (Mc 1, 15).
L 4: Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) são comunidades de vizinhança, onde as pessoas se reúnem com o objetivo comum de se
conhecerem, discutirem as necessidades da comunidade, fazendo a
experiência da vida comunitária à luz da Palavra de Deus, como fonte
inspiradora unindo fé e vida.
T: “Como é bom, como é agradável os irmãos e irmãs viverem unidos” (cf.Sl 133).
L 1: Mantendo-se em comunhão, e inserindo-se no projeto pastoral diocesano, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), como os nossos
Grupos Bíblicos em Família, seguem a missão de Jesus, convertendose em sinal de vitalidade na Igreja particular (Diocese).
T: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).
L 2: Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base
têm em comum o jeito de evangelizar, formando comunidades de fé
libertadoras e comprometidas com os menos favorecidos e afastados;
também despertam variados serviços e ministérios a favor da vida, na
sociedade e na Igreja.
T: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali,
no meio deles” (Mt 18,20).
A: O objetivo do 12º Intereclesial é levar as comunidades a refletirem
sobre as constantes ameaças à vida, à terra, à água e à biodiversidade na região amazônica, que se constituem no maior desafio para a
humanidade em todos os tempos.
.
T: “CEBs, Ecologia e Missão”.
L 3: O texto base do Intereclesial apresenta a proposta de um aprofundamento da dimensão ecológica, social e missionária das Comunidades
Eclesiais de Base.
L 4: Em Aparecida, os Bispos afirmaram a necessidade de se “criar na
América do Sul a consciência sobre a importância da Amazônia para
toda a humanidade”, o que é também nossa missão (cf. DAp).
43
T: “Do ventre da Terra o grito que vem da Amazônia”.
L 1: Desde os anos 70, os encontros das Comunidades Eclesiais de Base
(CEBs) acontecem em nível Estadual e Nacional e são marcados com
a simbologia de um trem que continua crescendo. Costuma-se dizer
que Jesus é a locomotiva, e os encontros realizados são os vagões.
Canto: /: Lá vem o trem das CEBs, caminhando com seu povo, escute,
meu amigo, venha ver o que há de novo. :/
A Palavra de Deus Ilumina
A: No meio da comunidade, a Palavra de
Deus se faz vida, esperança, realidade e
compromisso. Vamos acolher a Palavra,
cantando, e depois ouvir com atenção.
Canto: Fala,Senhor
/: Fala, Senhor, fala, Senhor,
Palavra de fraternidade!
Fala, Senhor, fala, Senhor, és luz
da humanidade! :/
1. A tua Palavra que a terra alcança é luz, esperança, que faz
caminhar.
Leitor(a) da Palavra: Proclamação da Palavra de Deus do livro do Êxodo,
capítulo 3, versículos de 7 a 10 (Êx 3, 7-10).
(Momento de silêncio para interiorizar.)
A: Deus escolheu Moisés para libertar o povo, que estava sendo escravizado no Egito. Vamos lembrar o que o texto nos relata.
a. Qual a missão que Deus dá a Moisés?
b. O que ele responde?
(Trazendo o texto para a nossa realidade.)
a. Quem são os marginalizados, os excluídos de hoje, que precisam
de libertação?
b. Como podemos entender que a missão de Moisés também cabe
a nós, nos dias atuais?
(Tempo para conversar.)
44
Aprofundando a Palavra
A: O texto bíblico provoca em nós uma retomada de consciência da nossa
missão como Igreja.
L 2: O projeto do Êxodo é a construção de uma sociedade nova, fundada
na liberdade, partilha, na fraternidade e na justiça.
T: “Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi o grito de aflição
diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos.
Desci para libertá-los...” (EX 3, 7).
L 3: Mesmo sentindo-se pequeno, Moisés diz Sim. Mostra ao povo que
Deus está presente. Que o caminho da libertação se dá, fazendo a
aliança com Deus e o povo numa relação de amor, fidelidade, justiça
e paz.
T: “Quem sou eu para ir ao Faraó...?”. “Eu estarei contigo; e este
será para ti o sinal de que eu te envio” (Ex 3,11-12).
L 4: O projeto de libertação continua com a Nova Aliança através da pessoa
de Jesus. O encontro com Jesus Cristo nos faz unir fé e vida.
T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”
(Jo 10,10).
A: Lembramos o grande profeta da Igreja, Dom Hélder Câmara, que acreditava na força e na união dos pequenos, transformando a esperança
redentora em realidade de justiça, amor e paz.
T: “Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus, dizendo:
“Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus veio visitar o seu
povo” (Lc 7,16).
L 1: Seguir e testemunhar Jesus implica em renunciar ao comodismo,
ao egoísmo, ao individualismo, à preocupação com o ter e o poder,
que impedem o compromisso da ação transformadora no Reino de
Deus.
Canto: É Jesus este pão da igualdade, viemos pra comungar com a
luta sofrida de um povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar
é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé e união,
nossos passos vão chegar.
45
Compromisso
A: Em sintonia com o povo da Amazônia,
entramos também nós no “trem das
CEBs”. Vamos ver algumas iniciativas para colocar em prática o que
vimos, ouvimos e aprendemos neste
encontro:
a. cuidar do meio ambiente na comunidade, coleta do lixo, cuidando da
água, (usar sem desperdício; evitar água parada, fontes de larvas
de mosquito);
b. participar dos vários serviços da Igreja e, principalmente, participar
das celebrações aos sábados ou domingos na própria comunidade;
c. dedicar-se aos serviços sociais nos conselhos, prefeituras, em busca de melhorias, atendendo às necessidades da comunidade;
d. participar sempre dos Grupos Bíblicos em Família. Ler antes os
textos bíblicos e os temas dos encontros, para o bom funcionamento no momento em que nos reunimos nas casas.
(Os compromissos podem se adequar conforme a necessidade da comunidade.)
Oração e bênção final
A: Rezemos parte da oração do 12º Encontro Intereclesial das CEBs, pedindo por todos os delegados que representarão as dioceses de
nosso Brasil e a América Latina e por todas
as famílias.
Lado A: Deus da vida e do amor, Trindade Santa, a
melhor comunidade: queremos acolher vossa
Palavra, partilhar a Eucaristia, assumir a missão, na comunidade eclesial e no movimento
popular.
Lado B: Animados pelo Espírito do Ressuscitado, sob a proteção de Maria,
a Mãe, e com tantas testemunhas de vida e de martírio, seguiremos
a caminhada, como Igreja de Jesus, nas lutas e na esperança do
Reino.
46
T: Amém, Axé, Auerê.
A: O Senhor nos abençoe e nos proteja.
T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Canto: Mãe do céu morena
1. Mãe do céu morena, Senhora da América Latina, de olhar e
caridade tão divina, de cor igual à cor de tantas raças. Virgem
tão serena, Senhora destes povos tão sofridos, patrona dos
pequenos e oprimidos, derrama sobre nós as tuas graças.
/: Derrama sobre os jovens tua luz, aos pobres vem mostrar
o teu Jesus. Ao mundo inteiro traz o teu amor de mãe. Ensina
quem tem tudo a partilhar, ensina quem tem pouco a não
cansar, e faz o nosso povo caminhar em paz.:/
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
47
7º Encontro
CAMPANHA DA FRATERNIDADE:
INSTRUMENTO DE CONVERSÃO
PESSOAL E COMUNITÁRIA
“Eu vi a opressão... e ouvi o clamor de meu povo... Desci
para libertá-los das mãos dos egípcios” (Ex 3,7).
Ambiente: Bíblia, casinha, cartazes ou símbolos que lembrem
as Campanhas da Fraternidade (texto-base, livretos do GBF, etc.).
Acolhida: Pelas pessoas da casa.
Motivação e Oração Inicial
Animador(a): Sejam todos bem-vindos e bem-vindas
ao nosso encontro. Como de costume, vamos
partilhar um pouco a vivência dos nossos
compromissos da semana que passou.
(Tempo para partilha.)
A: No encontro de hoje, vamos conversar sobre a
Campanha da Fraternidade (CF). Não vamos
nos deter apenas no tema da Campanha, mas o que ela nos proporciona, como instrumento quaresmal de conversão, que deve ser cultivado
o ano inteiro. Com alegria, saudemos a Santíssima Trindade, rezando:
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Em dois coros, rezemos o Salmo 33:
T: Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz a pessoa que tem nele
o seu refúgio!
Lado A: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor, que ouçam os
humildes e se alegrem!
Lado B: Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o
seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos
os temores me livrou.
48
T: Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra
de vergonha! Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, e o Senhor
o libertou de toda angústia.
Canto: Hino da Campanha da Fraternidade de 2000
1. Somos gente da esperança que caminha rumo ao Pai. Somos
povo da aliança que já sabe aonde vai.
/: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais.
Pra cantar o novo hino, de unidade, amor e paz.:/
Refletindo o tema
A: Todos os anos, durante a Quaresma, nossas comunidades, em comunhão com toda a Igreja do Brasil, realizam a Campanha da Fraternidade.
Leitor(a) 1: É importante que saibamos como iniciou a CF no Brasil, e o
que nos motiva a mantê-la viva em nossas comunidades.
L 2: Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram
uma campanha para arrecadar recursos financeiros para as obras
assistenciais que eram realizadas.
L 3: A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade (CF), e, por
iniciativa de Dom Eugênio Salles, foi realizada pela primeira vez, em
1962, em Natal/RN, em favor das vítimas da seca.
L 4: Em 1963, outras dezesseis dioceses do Nordeste realizaram a Campanha da Fraternidade, todas com o mesmo propósito: as obras
sociais.
L 1: A iniciativa teve tanto êxito que, sob o impulso do Concílio Vaticano II,
em andamento na época, foi aprovada e assumida por toda a Igreja
do Brasil em 1964, com especial e significativo apoio de Dom Hélder
Câmara.
A: Ao longo dos anos, a Campanha da Fraternidade passou por três
fases distintas:
L 2: Na 1.ª fase, os temas estavam mais relacionados com a renovação
interna da Igreja e a renovação pessoal do cristão (1964-1972).
L 3: Na 2.ª fase, a Campanha da Fraternidade estava mais voltada para a
realidade social, mediante a denúncia do pecado social e a promoção
da justiça (Gaudium et Spes, Medellín e Puebla / 1973-1984).
49
L 4: Já na 3.ª fase, que é a atual, os temas de reflexão são relativos às
várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro.
T: Embora vivendo momentos diferentes, a Campanha da Fraternidade sempre se preocupou com um único aspecto: a Conversão!
L 1: Apesar de ter o seu momento mais forte durante o período da quaresma, a Campanha da Fraternidade, com sua dimensão social, ajuda os
cristãos de boa vontade a viverem a conversão no dia-a-dia, cultivando
a fraternidade com compromissos concretos, durante o ano todo.
L 2: A CF se entende, ainda, como um grande instrumento no processo
de transformação da sociedade, a partir de um problema específico
que exige a participação de todos.
Canto: Hino da fraternidade
1. A necessidade era tanta e tamanha que a fraternidade saiu em
campanha, andou pelos vales, subiu as montanhas, foi levar o
seu pão. A dor era tanta, a injustiça tamanha, que a luz de Jesus,
que o seu povo acompanha, o iluminou pra viver em campanha,
em favor dos irmãos.
2. Um só coração e uma só alma, um só sentimento em favor dos
pequenos, e o desejo feliz de tornar o país mais irmão e fraterno
vão fazer de nós, povo do Senhor, construtores do amor, operários da paz, mais fieis a Jesus. Vão fazer nossa Igreja uma
Igreja mais santa e mais plena de luz.
/: Erguer as mãos com alegria, mas repartir também o pão
de cada dia!:/
A Palavra de Deus ilumina
A: Vamos acolher a Palavra de Deus, que
ilumina a nossa vida e a vida de nossas
comunidades.
Canto: /: Fala, Senhor, fala, Senhor, Palavra
de fraternidade! Fala, Senhor, fala,
Senhor, és luz da humanidade!:/
Leitor da Palavra: Leitura do Livro do
Êxodo, capítulo 3, versículos de 7 a
10 (Ex 3,7-10).
50
Para conversar
A: Ao ouvirmos essa Palavra, podemos afirmar, sem medo de errar, que a Campanha
da Fraternidade é uma resposta da Igreja
ao cuidado amoroso de Deus, que ouve o
clamor do seu povo oprimido e desce para
libertá-lo.
- O que mais nos chama atenção no texto?
- Como vemos que Deus reage à situação
do povo oprimido?
- Quem é chamado por Deus para agir em
seu nome e libertar o povo?
A: Vamos recordar algumas Campanhas da
Fraternidade que já vivemos:
- Em nossa comunidade temos alguma experiência positiva que
surgiu a partir da animação da Campanha da Fraternidade?
(Tempo para conversar.)
Aprofundando o tema à luz da Palavra
A: O nosso encontro de hoje focaliza a Campanha da Fraternidade
como proposta de conversão pessoal e social da Igreja Católica. Mas,
aprofundando o tema, veremos que o texto bíblico ilumina essa nossa
caminhada, que, ao longo dos anos, recebe adesão também de outras
Igrejas Cristãs e de muitos segmentos da sociedade.
L 3: Importantes são seus objetivos permanentes: despertar o espírito
comunitário, educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e
do amor, e renovar a consciência da responsabilidade de todos.
A: Em determinado momento, o Espírito Santo inspirou a realização de
algumas Campanhas da Fraternidade em comunhão ecumênica, como
as de 2000 e 2005, e a próxima, em 2010:
T: “Dignidade humana e paz” (2000); “Felizes os que promovem a
paz” (2005); em 2010, ela terá por tema: “Fraternidade e economia”,
com o lema: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
A: Por meio de temas e ações concretas, a Campanha da Fraternidade
coloca a comunidade face a face com o irmão e a irmã marginalizados
51
e empobrecidos, para que se criem alternativas de ajuda e superação
das dificuldades. Vejamos:
L 1: “Fraternidade e Violência” (1983), “Fraternidade e Fome” (1985),
“Fraternidade e Terra” (1986), “Fraternidade e o mundo do Trabalho”
(1991), “Fraternidade e Moradia” (1993), “Fraternidade e a Política”
(1996), “Fraternidade e a Educação” (1998), “Fraternidade e as Drogas”
(2001), Fraternidade e a Água” (2004), “Fraternidade e a Amazônia”
(2007).
T: “Eu vi a opressão de meu povo no Egito...”
L 2: “A Fraternidade e o Menor” (1987), “A Fraternidade e o Negro” (1986),
“A Fraternidade e a Mulher” (1990), “A Fraternidade e a Juventude”
(1992), “A Fraternidade e a Família” (1994) “A Fraternidade e os Excluídos” (1995).
T: “...ouvi o grito de aflição diante de seus opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos”.
L 3: “A Fraternidade e os Encarcerados” (1997), “A Fraternidade e os Desempregados” (1999), “A Fraternidade e os Povos Indígenas ”(2002),
“A Fraternidade e as Pessoas Idosas ”(2003), “A Fraternidade e as
Pessoas com Deficiência ”(2006).
T: “Desci para libertá-los das mãos dos egípcios e fazê-los sair desse
país para uma terra boa e espaçosa”
A: As iniciativas tomadas nas Campanhas da Fraternidade contribuem
para o fortalecimento do grande leque dos Programas Sociais:
L 4: Cáritas Brasileira, Cáritas Diocesanas; Ações Sociais Paroquiais;
Comissão Pastoral da Terra; Cooperativas Comunitárias de Trabalho
e Renda;
L 1: Lei 9840, contra a corrupção eleitoral; Estatuto da Criança e do Adolescente e Estatuto do Idoso; Pastoral Afro; Protagonismo da mulher;
Pastoral da Juventude; Pastoral do Povo de Rua; Pastoral Carcerária
e programas sociais aos encarcerados;
L 2: Economia Popular Solidária; Demarcação das Terras Indígenas;
Alfabetização de Adultos nas comunidades; Fazendas terapêuticas;
Cisternas para milhões de famílias do Semi-árido brasileiro; Rampas
de Acessibilidade nas igrejas e órgãos públicos.
A: Nosso compromisso de cristãos e cristãs no seguimento de Jesus
Cristo é com:
52
T: “A defesa da vida” (2008), no cuidado com a vida humana e toda
a criação; na promoção da “Paz, fruto da Justiça” (2009)!
L 3: Nosso compromisso é de construir uma Igreja mais fraterna, que se
preocupa com os problemas comuns da sociedade.
L 4: Afinal, “Somos todos iguais, somos todos irmãos!” (1967), e, por isso,
“Somos responsáveis uns pelos outros!” (1966).
Canto: Tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões, em outras religiões.
Pensamos diferente, louvamos diferente, oramos diferente,
mas numa coisa nós somos iguais: Buscamos o mesmo Deus,
amamos o mesmo Pai, queremos o mesmo céu, choramos os
mesmos ais.
Assumindo compromissos
A: Para que a CF seja de fato um instrumento
legítimo de conversão pessoal e comunitária, é necessário que a assumamos durante
o ano inteiro. Realizá-la apenas durante o
período quaresmal é torná-la uma campanha
assistencialista, que não propõe mudanças,
nem tampouco cria alternativas de mudanças
significativas na vida de quem sofre. Por isso,
é importante:
- Motivar que nas Paróquias e Comunidades surja uma equipe de animação da
Campanha da Fraternidade CF;
- Desenvolver projetos concretos com a população protagonista da
Campanha da Fraternidade (índios, negros, famílias, jovens, etc.);
- Não esquecer a Campanha da Fraternidade (CF) após o Domingo de Páscoa, mas mantê-la viva durante o ano.
(Tempo para ver como podemos colocar em prática o compromisso de motivar a CF
durante o ano.)
Oração final
A: Rezemos em dois lados a Oração da Campanha da Fraternidade 2008
T: Ó Deus, Pai e Criador, em vós vivemos, nos movemos e somos!
Sois presença viva em nossas vidas, pois nos fizestes à vossa
imagem e semelhança.
53
Lado A: Proclamamos as maravilhas de vosso amor presentes na criação
e na história. Por vosso Espírito, tudo se renova e ganha vida.
Lado B: Nosso egoísmo muitas vezes desfigura a obra de vossas mãos,
causando morte e destruição. Junto aos avanços, presenciamos tantas
ameaças à vida.
Lado A: Que acolhamos a graça da conversão, tornando-nos mais atentos
e fieis ao Evangelho. Que o compromisso de nossa fé nos leve a defender e promover a vida no seu início, no seu crescimento e também
no seu declínio.
Lado B: Vosso Filho Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado, nos confirma
que o amor é mais forte que a morte. Como seus discípulos, queremos
“escolher a vida”.
T: Maria, mãe da Vida, que protegeu e acompanhou seu Filho, da
gestação à ressurreição, interceda por nós. Amém!
Canto: Hino da Campanha da Fraternidade - 1974
/: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham
vida plenamente! :/
1. Reconstroi a tua vida em comunhão com teu Senhor; Reconstroi
a tua vida em comunhão com teu irmão. Onde está o teu irmão,
eu estou presente nele.
2. Quem comer o pão da vida viverá eternamente (Jo 6,58). Tenho
pena deste povo que não tem o que comer (Mt 15,32). Onde está
um irmão com fome, eu estou com fome nele.
3. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males (Mc 7,37). Hoje
és minha presença junto a todo sofredor. Onde sofre o teu irmão,
eu estou sofrendo nele.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
54
8º Encontro
O DISCIPULADO
“Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48).
Ambiente: Casinha, Bíblia, cruz, sandálias, vela.
Acolhida: Pelas pessoas da casa.
Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Vamos partilhar nossa ação concreta, que fizemos
durante a semana.
(Tempo para partilhar o compromisso do encontro passado.)
Motivação e oração inicial
A: Hoje vamos refletir sobre nosso seguimento de Jesus Cristo: O Discipulado. Iniciemos nosso encontro em nome da Santíssima Trindade,
pois Ela é a fonte de nossa Missão.
Todos(as): Em nome do Pai...
Canto: Me chamaste para caminhar
1. Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre
seguir-te e não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma
flecha na alma. É difícil agora viver sem lembrar-me de ti...
/: Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor. Eu só encontro a
paz e alegria bem perto de ti. :/
Refletindo o tema
A: O discipulado é a resposta a uma experiência central e insubstituível
na vida cristã. No Evangelho contemplamos a experiência de homens
e mulheres que, pelo seu encontro com Jesus, mudaram suas vidas:
Pedro, André, João, a Samaritana, Maria Madalena, Marta e Maria,
Nicodemos, Zaqueu, e tantos outros. Assim como aconteceu com eles,
nosso encontro com Cristo deve também mudar nossos corações e o
rumo de nossa vida.
55
Leitor(a) 1: Desde o testemunho de João Batista, que a Ele encaminhou
dois de seus discípulos, o grupo dos seguidores de Jesus não parou
mais de crescer.
L 2: Ao ver Jesus, que passava, João Batista disse:
T: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”
(Jo 1,29b).
L 3: Os dois discípulos deixaram João Batista, seguiram a Jesus e, a partir
daquele dia, passaram a conviver com Ele.
L 4: O encontro deles com Cristo transforma suas vidas, e eles partilham
essa experiência com os seus companheiros. Encontraram um grande
tesouro e sabem que não o podem reter só para si.
Canto: Vinde e vede
/: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós! Ele está no
meio de nós! :/
1. Como a André e a João que perguntavam: Onde moras, Senhor,
onde é que estás? (Jo 1,38), recebemos da Igreja esta resposta:
Ele mora entre nós e tem a Paz!
A: O chamado é gratuito. Entretanto, acolher o chamado exige decisão e
compromisso. Jesus não esconde as exigências. Quem quer segui-lo,
deve saber o que está fazendo: deve mudar de vida e crer no Evangelho (cf. Mc 1,15).
L 1: É por amor a Jesus e ao Evangelho que o discípulo ou a discípula deve
renunciar a si mesmo, carregar sua cruz, todos os dias, e segui-lo (cf.
Mt 10, 37-39).
T: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz e siga-me!” (Mc 8,34)
L 2: A experiência principal do discipulado é a “escuta”. É o que afirma a
profecia de Isaías:
T: “Toda manhã, o Senhor desperta meus ouvidos, para que, como
bom discípulo, eu preste atenção. O Senhor Deus abriu-me os
ouvidos” (Is 50,4c-5a).
L 3: Como filhos e filhas obedientes, escutemos a voz de Deus Pai, que
diz:
T: “Este é o meu Filho, o Escolhido, Escutem o que Ele diz!”
(Lc 9,35b).
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A: Quem se encontra com Jesus, deve querer escutá-lo e conhecê-lo
sempre melhor. Ele mesmo se identifica, dizendo quem e o quê ele é:
L 4: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6,35a).
T: “Quem vem a mim, não terá mais fome, e quem crê em mim nunca
mais terá sede” (Jo 6,35b).
L 1: “Eu sou a luz do mundo...” (Jo 8,12a).
T: “Quem me segue, não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida”
(Jo 8,12b).
L 2: “Eu sou a porta das ovelhas” (Jo 10,7).
T: “Quem entrar por mim, será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem” (Jo 10,9).
L 3: “Eu sou o bom pastor” (Jo 10,11).
T: “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11).
L 4: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25).
T: “Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele
que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (Jo 11,25-26).
L 1: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
T: “Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,6).
L 2: “Eu sou a videira, e vós, os ramos...” (Jo 15,5).
T: “Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito
fruto; pois sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).
A: O testemunho cresce, mais tarde, com a experiência que os discípulos
fazem da Ressurreição de Jesus. De fato, a missão começou no Domingo de Páscoa, quando Maria Madalena e a outra Maria foram ao
túmulo, encontraram-no vazio e ouviram o anúncio: “Ele ressuscitou”!
A seguir, receberam a missão:
T: “Ide depressa anunciar aos discípulos: Ele ressuscitou dos mortos” (Mt 28,7).
A: Buscar o encontro, pessoal e comunitário, com Cristo é o caminho do
verdadeiro discipulado.
Canto: Senhor, se tu me chamas
/: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres
que eu te siga, respondo: “Eis-me aqui”!:/
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1. Profetas te ouviram e seguiram tua voz. Andaram mundo afora
e pregaram sem temor. Seus passos tu firmaste, sustentando
seu vigor. Profeta tu me chamas. Vê, Senhor, aqui estou.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos ouvir o que Jesus nos diz no Evangelho
de São Mateus. Aclamemos a Palavra,
cantando:
Canto: Buscai primeiro o Reino de Deus
e a sua justiça. E tudo mais vos será
acrescentado, aleluia, aleluia.
Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho
de Mateus, capítulo 28, versículos de 16
a 20 (Mt 28,16-20)
(Silêncio para interiorizar a Palavra.)
Refletindo a Palavra
A: Vamos partilhar o que entendemos do Evangelho lido.
1. Vamos recordar alguns dos ensinamentos de Cristo, que temos
a missão de transmitir, para construirmos um mundo mais fraterno.
2. No texto é pedido que os discípulos retornem à Galileia, para recomeçarem tudo de novo. Eu estou disposto a recomeçar sempre,
com um maior compromisso de testemunhar a minha fé?
3. Conversar sobre o versículo 20, que diz: “Eis que eu estarei com
vocês todos os dias, até o fim”. O que sentimos, ouvindo estas
palavras de Cristo?
(Tempo para conversar.)
Aprofundando a Palavra
A: Nossa fidelidade ao Evangelho exige que testemunhemos a nossa fé
na experiência de Jesus Ressuscitado.
L 3: A vivência do dom da fé na pessoa e nos ensinamentos de Jesus só
é possível pela ação do Espírito Santo.
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L 4: Somos convidados a levar adiante a mensagem da Palavra e da ação
de Jesus em nossa vida.
L 1: A missão continua: pelo Batismo, todos nós, filhos e filhas de Deus,
membros da Igreja, somos enviados em missão no seguimento de
Jesus.
A: Jesus fez a grande promessa: estará sempre com aqueles que se
comprometerem com Ele.
T: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”
(Mt 28,20b).
Canto: Pelo batismo recebi uma missão. Vou trabalhar pelo Reino do
Senhor. Vou anunciar o Evangelho para os povos. Vou ser profeta,
sacerdote, rei, pastor. Vou anunciar a Boa nova de Jesus. Como
profeta, recebi esta missão. Onde eu for, serei fermento, sal e luz,
levando a todos a mensagem de cristão.
Assumindo compromissos
A: Neste encontro, conhecemos melhor a Jesus e aprendemos com ele.
Cientes de que somos convocados à missão, poderemos dar nossa
resposta, testemunhando com fé os seus ensinamentos.
1. O que farei, para colaborar na Evangelização?
2. O que estou fazendo, e o que farei, para que o testemunho dos
primeiros cristãos não encalhe em mim?
(Tempo para conversar sobre o que podemos assumir, de concreto, durante a
semana.)
Oração e bênção final
A: Vamos rezar, em dois lados, a oração que o Papa
Bento XVI fez, em vista da Conferência em
Aparecida.
T: “Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e
Vida, rosto humano de Deus e rosto divino
do homem, acendei em nossos corações o
amor ao Pai que está no céu e a alegria de
sermos cristãos.
Lado A: Vinde ao nosso encontro e guiai os nossos
passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão da vossa Igreja,
59
celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando a nossa cruz,
e ungidos para o vosso envio.
Lado B: Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine as
nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos, o
amor aos irmãos e irmãs, especialmente aos afligidos, e o ardor por
anunciar-vos no início deste século.
T: Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante,
e construam com solidariedade a fraternidade e a paz. Senhor
Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós.
Amém”.
A: Que o Senhor Deus caminhe conosco e nos dê a sua paz. Que Ele
nos impulsione para a missão. Que Ele nos proteja e nos dê a sua
bênção.
T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Canto: Ide por todo o universo
1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar, dizei a todos os
povos que eu vim pra salvar!
Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os
caminhos da felicidade.
/: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás! Estarei
convosco e serei vossa luz na missão! :/
2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários, ide salvar
o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida
promove, meu Evangelho ilumina e as trevas remove.
3. Eu anunciei o meu Reino na cruz e no templo, dei minha vida
por todos, deixei meu exemplo. Quem por amor der a vida, será
meu amigo, e, na riqueza do Pai, terá parte comigo!
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
60
9º Encontro
ANO SACERDOTAL: FIDELIDADE
DE CRISTO, FIDELIDADE DO
PRESBÍTERO
(Jo 10, 11).
Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, vela acesa, fotos de sacerdotes que passaram pela comunidade, imagem ou estampa
de São João Maria Vianney.
Acolhida: Pela família que recebe o grupo ou pelo animador(a).
Motivação e oração inicial
Animador(a): Queridos irmãos e queridas irmãs,
como é bom estarmos reunidos mais uma
vez para refletirmos a Palavra de Deus e
para discernirmos como colocá-la em prática em nosso dia-a-dia! Por isso, vamos
conversar sobre o compromisso assumido
no encontro passado. Conseguimos concretizá-lo, ou ficou apenas em palavras ou na
boa vontade?
(Tempo para partilha.)
A: No encontro de hoje iremos refletir sobre o Ano Sacerdotal e como vivenciá-lo em nossa vida de cada dia. Iniciemos com o sinal da nossa fé:
Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
A: Rezemos, em dois lados, pedindo ao Senhor da Messe que envie
mais operários para a sua messe:
Lado A: Jesus, mestre divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem,/
continuai a passar pelos nossos caminhos,/ pelas nossas famílias,/
pelas nossas escolas,/e continuai a repetir o convite a muitos de
nossos jovens.
Lado B: Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam
fieis como apóstolos leigos,/ como seminaristas, diáconos, padres e
61
bispos,/como religiosos e religiosas,/como missionários e missionárias,/ para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade.
T: Amém.
A: Mandai operários para a vossa messe, Senhor,
T: Porque a messe é grande e os operários são poucos.
Canto: O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande a ceifar, a
ceifar o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou!
Refletindo o tema
A: Neste ano comemoramos os 150 anos de falecimento do Pe. João
Maria Vianney (o santo Cura D’Ars), padroeiro dos párocos, e agora,
proclamado pelo Papa, padroeiro de todos os sacerdotes. Aproveitando
esta ocasião, o Papa Bento XVI instituiu o Ano Sacerdotal, de junho
deste ano até junho de 2010. Este ano, dedicado aos sacerdotes, será
refletido e celebrado com o tema:
T: Fidelidade de Cristo, fidelidade do Presbítero.
Leitor(a) 1: Nós, como membros da Igreja particular de Florianópolis, vamos
assumir com entusiasmo a proposta vinda do Papa, instituindo o “Ano
Sacerdotal” como motivação para dar atenção à vocação específica
entre os jovens.
T: Jesus disse: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de gente”
(Mt 4,19).
A: Olhando para as fotos que trouxemos, podemos conversar um pouco
sobre os sacerdotes que passaram por nossa comunidade, agradecendo a Deus pelo dom de suas vidas.
(Tempo para conversa. Após a reflexão, cantamos.)
Canto: /: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor. Vem a nós, traz
à Igreja um novo vigor.:/
A: A modernidade, com suas ideias liberais, contribui para que as famílias
rezem menos.
L 2: Assim, a vocação sacerdotal não surge mais tão facilmente do seio familiar, mas com muito esforço brota do seio da comunidade eclesial.
L 3: Entretanto, é muito importante reforçar a pastoral familiar, porque o
apoio da família é extremamente importante para a perseverança dos
vocacionados.
62
T: “O futuro da humanidade passa pela família” (João Paulo II).
L 3: O Padre, também chamado de Presbítero ou Sacerdote, exerce sua
vocação ao sacerdócio, designado por Deus a serviço do povo.
T: “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida em
resgate por muitos” (Mc 10, 45).
L 4: O padre precisa ser um testemunho vivo e autêntico do Cristo bom
pastor. Por isso, deve ser irmão, amigo e pai, sempre atento às necessidades dos fieis de sua paróquia.
T: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10, 11).
L 1: O padre, como todo cristão, precisa constantemente da graça do
Espírito Santo, para viver com fidelidade a sua vocação e missão.
T: Senhor Jesus, derramai sobre nossos padres a graça do Espírito
Santo. Dai aos nossos pastores a graça da fidelidade, para imitarem o Cristo bom pastor, em todas as suas atitudes.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos aclamar, com muita alegria, a
Palavra de Deus, que será proclamada,
cantando:
Canto: Pela Palavra de Deus, saberemos
por onde andar! Ela é luz e verdade,
precisamos acreditar.
Leitor(a) da Palavra de Deus: Proclamação
do Evangelho segundo João, capítulo
10, versículos de 11 a 19 (Jo 10, 11-17).
A: Vamos meditar sobre o que diz o texto bíblico:
1. O que Jesus nos falou com este texto?
2. Quem é o bom pastor?
3. Quais as características do Bom Pastor?
4. O bom pastor surge do meio do povo. Alegramo-nos ao ver um de
nossos filhos ir para o seminário?
5. Motivamos os nossos filhos, ou será que pensamos que só a nossa
vizinha pode ter um filho Padre?
(Tempo para partilha. Em seguida, cantemos.)
Canto: /: Sou bom pastor, ovelhas guardarei. Não tenho outro oficio,
nem terei. Quantas vidas eu tiver, eu lhes darei. :/
63
Aprofundando a Palavra
A: Ouvimos no texto bíblico que Jesus diz:
T: “Eu sou o bom pastor” (Jo 10,11).
L 2: O Padre é chamado a seguir a Cristo bom pastor, e a zelar pelo povo
de Deus, para que o rebanho não se perca pelas falsas doutrinas.
T: “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11).
L 3: O Padre é chamado a ter um olhar misericordioso e caridoso para os
mais pobres, tendo em vista que Jesus se manifesta de modo mais
especial no empobrecido, no faminto, no sedento, enfim, em todo o
povo de Deus.
T: “Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem...” (Jo 10,14).
L 4: O Padre é chamado a ser Profeta, para denunciar as injustiças em
defesa da vida e proclamar o Reino de Deus.
T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”
(Jo 10,10).
L 1: O Padre é chamado a celebrar os sacramentos em nome da Igreja,
tendo como meta uma Igreja de Comunhão. Uma Igreja viva e coerente
com os apelos do Senhor.
T: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas
me seguem. Eu lhes dou a vida eterna” (Jo 10, 27).
A: O Padre é chamado a ser pastor e guia de uma comunidade paroquial,
mas ele precisa da força do Espírito Santo para agir em nome de Cristo
e falar em nome da Igreja.
Canto: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade,
pra viver o teu amor (2x). Eis-me aqui, Senhor!
Assumindo compromisso
A: Como compromisso nosso e do Grupo Bíblico em Família, algumas
sugestões para aumentar as vocações sacerdotais:
- Incentivar as pessoas a adotar um padre, um diácono, um seminarista, para rezar por eles todos os dias, para que permaneçam
fieis ao chamado de Deus.
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- Colaborar espontaneamente,
contribuindo financeiramente
com os seminários de nossa
Arquidiocese, sendo benfeitores dos seminaristas,
através dos carnês por eles
distribuídos.
- Motivar e levar as crianças e
os jovens para conhecerem
nossos seminários; basta
conversar com o seu pároco e pedir a sua ajuda para levá-los
ao nosso seminário de Azambuja, em Brusque, ou nas missas
vocacionais de quarta-feira, no seminário Convívio Emaús, em
Florianópolis.
- Ajudar a fortalecer a Pastoral Vocacional de nossas comunidades,
a Pastoral dos Coroinhas, grupo da Infância Missionária e outros,
convidando a Pastoral Vocacional arquidiocesana para fazer palestras e encontros sobre temas vocacionais.
- Divulgar o programa “Caminho de Emaús” da Pastoral Vocacional
da Arquidiocese de Florianópolis, na Rádio Cultura AM 1110, todas
as terças e quintas-feiras das 17h às 18h.
(Ver quais desses compromissos o grupo pode assumir. Também ver que compromisso podemos assumir individualmente.)
Oração e bênção final
A: Estamos terminando mais um encontro
de nosso Grupo Bíblico em Família.
Hoje, meditamos um pouco sobre esta
vocação tão bela. Vamos pedir ao
Senhor da Messe que envie operários
para a sua messe. Vamos rezar, em
dois lados, a seguinte oração:
Lado A: Senhor Jesus, olhai para nossas
famílias, para que delas surjam santas
vocações sacerdotais e religiosas. Fazei surgir de nossas comunidades santos sacerdotes como São João
Maria Vianney.
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Lado B: Senhor Jesus, suscitai em nosso meio sacerdotes e diáconos, que
tenham zelo apostólico igual ao de São João Maria Vianney.
Lado A: Senhor Jesus, suscitai sacerdotes que tenham intimidade com a
vossa palavra, para que, assim, possam pregá-la com audácia, seguindo o exemplo de São João Maria Vianney.
Lado B: Senhor Jesus, suscitai em nosso meio santos confessores, para
que escutem com atenção os pedidos de perdão do povo de Deus,
aconselhando os fieis a uma vida de santidade e de amor.
T: Amém.
A: Estivemos e estaremos sempre reunidos em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo.
T: Amém
A: Cantando, vamos pedir a pedir a intercessão de Nossa Senhora para
a santificação de nosso clero:
Canto: Hino do Ano Sacerdotal (Pe. Ney Brasil)
/: Ano sacerdotal, ano presbiteral, ano vocacional: a Igreja
vem convocar! Ano sacerdotal, ano presbiteral, ano vocacional: Senhor, eis-nos, vem chamar! :/
1. Escuta a nossa prece, / a prece que ensinaste:
Envia, Senhor da messe, / operários, Senhor! (Mt 9,38)
2. Contigo somos a Igreja, / teu Corpo, és a Cabeça, (cf Cl 1,18)
Teus membros, a Ti unidos, / um rebanho e um Pastor! (cf Jo 10,16)
3. Nós somos teu povo santo, / um povo sacerdotal, (cf 1Pd 2,9)
Tu és nosso Sacerdote (cf Hb 5,10), / deste a vida por nós! (cf 1Jo 3,16)
4. Na Igreja são necessários / ministros, teus servidores:
O padre, o bispo, seja / o primeiro a servir! (cf Mt 23,11)
5. De Cristo a fidelidade (cf 2 Tm 2,13) / seja a dos seus sacerdotes:
Fiéis administradores / dos mistérios de Deus! (cf 1Cor 4,1-2)
6. Pastores eu vos darei / segundo o meu Coração (Jr 3,15):
São João Vianney inspire, / seu exemplo e missão!
Visite:
Seminário Nossa Senhora de Lourdes, Seminário de Azambuja
Telefone: (47) 3396-6276 - Site: www.azambuja.org.br
Seminário Teológico Convívio Emaús, Florianópolis
Telefone: (48) 3234-4443 - Site: convivioemaus.blogspot.com
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10º Encontro
FAMÍLIA – ESPAÇO DE
EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA DE
FÉ E VIDA
“Se observais meus mandamentos, permanecereis no meu
amor” (Jo 15, 10).
Ambiente: Mesa preparada com flores, faixas com palavras
como: AMOR, PERDÃO, SOLIDARIEDADE, PARTILHA, UNIÃO, DIÁLOGO,
AMIZADE; Bíblia, vela ( e a casinha).
Acolhida: Feita pelas pessoas da casa.
Motivação e oração inicial
Animador(a): Vamos partilhar como foi a experiência do compromisso assumido em nosso último encontro.
(Tempo para conversar).
A: Toda a criação tem seu início no Amor Trindade, que se faz família. Tracemos sobre
nós o sinal de nossa fé:
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A: Somos filhos e filhas de Deus. No amor infinito do Pai fomos criados,
no sacrifício pleno do Filho fomos salvos, e no ardor do Espirito Santo
somos impulsionados para viver nossa fé, na sociedade. Na família,
aprendemos a viver o amor. Por isso, cantemos.
Canto: Oração da família
1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente. Que
nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal seja um
para o outro de corpo e de mente. E que nada no mundo separe
um casal sonhador.
2. Que a família comece e termine sabendo aonde vai. E que o
homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher
67
seja um céu de ternura, aconchego e calor. E que os filhos
conheçam a força que brota do amor.
/: Abençoa, Senhor, as famílias, amém! Abençoa, Senhor,
a minha também! :/
A: O documento de Aparecida nos afirma “que todo ser humano existe
pura e simplesmente pelo amor de Deus que o criou, e pelo amor de
Deus que o conserva em cada instante. A criação do homem e da
mulher à sua imagem e semelhança é um acontecimento divino de
vida, e sua fonte é o amor fiel do Senhor”
T: “E Deus viu que tudo que havia feito era muito bom” (Gn 1, 31).
A: Em dois lados, rezemos o salmo 127, cantando ao Deus da vida.
Lado A: Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
Lado B: Inútil vos será levantar de madrugada, repousar à tarde, comer
o pão com duros trabalhos, pois Ele o dá aos seus amigos enquanto
dormem.
Lado A: Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, a sua
recompensa. Como flechas na mão do valente, assim são os filhos
da mocidade.
Lado B: Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não será
confundido, quando falar com os seus inimigos, à porta da cidade.
T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...
Refletindo o tema
A: Os documentos de nossa Igreja nos lembram que somos chamados
a trabalhar para que as condições que afetam o dia-a-dia de nossas
famílias sejam transformadas, e a família assuma seu ser e sua missão.
Isto significa criar um ambiente onde os membros da família possam
desenvolver suas capacidades e sua fé.
Leitor(a) 1: “A família é imagem de Deus que em seu mistério mais íntimo
não é solidão, mas uma família. Na comunhão de amor das três Pessoas divinas, nossas famílias têm sua origem, seu modelo perfeito,
sua motivação mais bela e seu último destino” (DAp).
A: Mas, muitas vezes não é isto que vemos ao nosso redor, quando
olhamos para nossas famílias. O que vemos:
68
L 2: Os membros das famílias sentem-se isolados. Os pais não conversam
entre si e com os filhos. Os filhos isolam-se. Parece que é cada um
por si.
L 3: Muitas famílias encontram-se divididas. Em muitas delas, só mães
e filhos lutam juntos; em outras, a mãe, filhos e avós; em outras, os
avós assumem a responsabilidade de educar os netos, enquanto os
pais trabalham fora.
T: Ó Deus, Vós que sois Pai, Filho e Espírito Santo, não permitais a
solidão em nossas famílias.
L 4: A participação no dia-a-dia da comunidade é prejudicada pela correria
da vida. Falta tempo para participar de encontros; falta o entendimento
de que cada um é responsável pelo bem-estar coletivo e pela melhoria
das condições de vida.
L 1: Encontramos muitos casais em segunda união, que, por vezes, enfrentam dificuldade de serem aceitos nas famílias, pelos amigos e pela
sociedade. Às vezes, até nossos grupos não os acolhem.
T: Vós que criastes o homem e a mulher semelhantes a Vós, dai-lhes
o espírito de união, de respeito e igualdade.
L 2: A necessidade do mundo do trabalho faz com que o pai e a mãe
estejam o dia inteiro fora de casa, trabalhando. Em muitos casos, os
filhos ficam sozinhos ou com parentes ou vizinhos. A ausência dos
pais dificulta a educação adequada.
L 3: As crianças, adolescentes e jovens sentem-se pouco valorizados ou
amados. Não compreendem os limites colocados pelos pais. Sentemse sem apoio em casa, e vão buscar fora o que não encontram junto
à família.
T: Vós que colocastes a criança no centro de vosso Reino, fazei
que as crianças sejam o centro de nossas famílias, e os jovens,
a nossa esperança. Por Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Ouçamos o Evangelho narrado por São João, e prestemos atenção
ao que Jesus nos pede para fazer.
Canto: Tua Palavra é assim
69
/: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa, tua
Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. :/
1. Tenho medo de não responder, de fingir que não escutei. /: Tenho
medo de ouvir teu chamado, virar do outro lado e fingir que
não sei. :/
Leitor/a da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, escrito
por São João, capítulo 15, versículos de 10 a 17 (Jo 15, 10-17).
(Momento de silêncio para interiorização da Palavra.)
A: Jesus se dirige aos apóstolos e hoje a nós e nos fala do mandamento
do amor e do serviço.
1. Qual o trecho ou palavra que nos chama mais atenção?
2. Nossas famílias conseguem viver o amor, o diálogo e a amizade
no dia-a-dia?
3. De que forma nossas famílias podem praticar o que Jesus nos
fala?
Aprofundando a Palavra
A: O amor deve ser a marca do ser humano. Pelo amor fomos criados e
no amor realizamos o projeto de Deus. Isto Jesus nos afirma no trecho
que lemos.
T: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros assim como
eu vos amei” (Jo 15, 12).
L 1: Na família aprendemos a viver o amor. Homem e mulher se unem pelo
amor, geram os filhos e os educam no amor. E o amor se concretiza
na doação e serviço mútuos. É na vida de nossas famílias que deve
se realizar a experiência de vida plena, que Cristo anunciou.
L 2: Jesus realiza plenamente, em sua doação, a mensagem do amor. O
projeto de Deus para o homem e a mulher se completa na vida, morte
e Ressurreição de Cristo. Ele nos dá a vida e vida plena.
T: Não fostes vós que me escolhestes; fui eu quem vos escolhi e
vos designei, para dardes fruto... (Jo 15, 16).
L 3: Na medida em que, na família, seus membros sentem-se responsáveis
uns pelos outros e colocam a felicidade do outro como grande objetivo,
as dificuldades enfrentadas são superadas mais facilmente.
70
L 4: O serviço deve ser vivido a partir da prática de Jesus. É instrumento
para concretizar o projeto de Deus e ouvir o que o Senhor nos diz:
T: “Já não vos chamo servos..., mas vos chamo amigos” (cf.Jo. 15, 15).
A: O primeiro ato de amor de Jesus à humanidade foi encarnar-se, nascer
e viver numa família. Cantemos a alegria de termos uma família.
Canto: É bom ter família
1. É no campo da vida que se esconde um tesouro, vale mais que
o ouro, que a prata que brilha. É presente de Deus, é o céu já
aqui, o amor mora ali, e se chama família.
/: Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena
vender tudo o mais para poder comprar esse campo que
esconde um tesouro, que é puro dom. É meu ouro, meu céu,
minha paz, minha vida, meu lar.:/
Compromisso
A: A família deve ser o ponto de apoio para o
crescimento do ser humano, em todas as
suas dimensões, sobretudo de vida e fé.
Vamos assumir, em conjunto, algum compromisso, para valorizar e defender a família? Sugestões:
- Convidar e trazer alguma família para
participar de nosso grupo;
- Incentivar uma família conhecida, que está afastada da Igreja, a
retornar e participar novamente na comunidade;
- Apoiar ou promover uma campanha para ajudar uma família que
passa por alguma carência (apoio material ou orientação);
- Denunciar injustiças e orientar famílias afetadas (mães solteiras,
crianças abandonadas, idosos) a buscar seus direitos em relação
à saúde, moradia, educação, segurança e outras necessidades.
Oração e bênção final
A: Para concluir, tomemos nas mãos as faixas com as palavras. Podemos ler em silêncio (pausa). Façamos orações espontâneas nas
intenções das famílias e da comunidade, considerando as palavras
que lemos.
(Tempo para as orações. Em seguida, rezemos juntos.)
71
T: Ave-Maria...
A: Deus, Pai de bondade e ternura, nos abençoe e nos guarde de todos
os perigos e tentações.
T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.
Canto: Ilumina, ilumina.
1. Minha prece de pai é que meus filhos sejam felizes. Minha prece de mãe é que meus filhos vivam em paz. Que eles achem
os seus caminhos! Amem e sejam amados! Vivam iluminados!
Nossa prece de filhos é prece de quem agradece. Nossa prece
é de filhos que sentem orgulho dos pais, que eles trilhem os teus
caminhos! Louvem e sejam louvados! Sejam recompensados!
/: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias! :/
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro,
lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
72
11º Encontro
ECUMENISMO E DISCIPULADO
“Há um só corpo e um só Espírito” (Ef. 4,4).
Ambiente: Casinha, Bíblia, cartaz da Campanha da Fraternidade; revistas e jornais e panfletos da Igreja católica e de outras
Igrejas cristãs; desenho, quadro ou gravura, mostrando três
pombas brancas.
Acolhida: Pelas pessoas da casa ou animador(a) do grupo.
Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos iniciar o nosso
encontro, partilhando a experiência do compromisso que assumimos
na semana passada.
(Tempo para conversar.)
Motivação e oração inicial:
A: Estamos reunidos como discípulos e discípulas
de Jesus Cristo para rezar e refletir sobre a
unidade dos cristãos de todas as Igrejas que
têm a mesma fé em Cristo, Salvador de
todos, na Santíssima Trindade e no compromisso com a construção do Reino de
Deus.
Todos(as): Em nome do Pai...
Canto: Somos gente de esperança
1. Somos gente de esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos
povo da Aliança, que já sabe aonde vai.
/: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais.
Pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/
2. Para que o mundo creia na justiça e no amor, formaremos um
só povo, num só Deus, num só Pastor.
73
A: Rezemos em dois coros:
Lado A: Senhor, em unidade com os nossos irmãos e irmãs de outras
Igrejas cristãs, queremos ouvir de novo a proclamação da esperança
e da paz, que anunciaste através do profeta Isaías: “O fruto da justiça
será a paz”.
Lado B: Contamos contigo para promover, também entre as diversas Igrejas,
essa paz que só se consegue com a prática de tua justiça.
Lado A: Queremos fazer isso com firmeza, discernimento e solidariedade.
Lado B: Ajuda os cristãos de tantos nomes diferentes a unir as mãos e os
corações na construção de um mundo melhor.
T: Que a Trindade Santa nos anime e nos sustente no trabalho em
favor da unidade dos cristãos e da paz da humanidade.
Refletindo o tema
A: Estamos rezando e refletindo sobre um dos temas mais importantes
para todas as religiões cristãs: a unidade dos cristãos. Muitos de nós
ainda sentem dificuldade em entender e aceitar a unidade com outras
Igrejas.
Leitor(a) 1: Todos fazemos parte do mesmo Corpo de Cristo. Entre nós
temos as Igrejas Luterana, Presbiteriana, Metodista, Batista, Anglicana,
Ortodoxa, Assembleia de Deus e tantas outras.
L 2: Todos queremos implantar o mesmo Reino de Deus no mundo.
L 3: Quanto mais unidade entre os cristãos, tanto mais haverá paz no meio
das Igrejas e no mundo inteiro.
L 4: Podemos pensar na vida e nas palavras de Martin Luther King, pastor
batista, um profeta de destaque na luta pela não-violência e no empenho em favor da justiça. Ele disse:
T: “Temos que aprender a viver juntos como irmãos, ou morremos
todos juntos como loucos.”
L 1: Deus atrai toda a família humana, e mesmo toda a criação, para a
unidade. Pelo Espírito Santo nos chama e nos reúne na unidade da
fé, da esperança e da caridade, como povo da Nova Aliança.
T: “Como é bom e agradável estarem juntos os irmãos” (Sl 133).
74
L 2: A unidade realiza-se na riqueza da diversidade. Mas, a diversidade não
pode nos afastar uns dos outros, nem impedir o diálogo, ou quebrar
a fraternidade.
T: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos
de Deus” (MT 5,9)
L 3: Converter-se não é mudar de religião. Todos nós devemos sempre
converter-nos para Cristo.
T: “Pai, que todos sejam um” (Jo 17,21).
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Aclamemos a Palavra de Deus, que nos
anima a reconhecer a presença e a obra
do Espírito Santo em todas as Igrejas
Cristãs, impulsionando-nos para a unidade.
Canto: Fala, Senhor
/: Fala, Senhor! Fala, Senhor,
Palavra de Fraternidade! Fala,
Senhor! Fala, Senhor! És luz da humanidade.:/
1. A tua Palavra é fonte que corre, penetra e não morre, não seca
jamais.
Leitor(a) da Palavra: Proclamação da Carta de São Paulo aos Efésios,
capítulo 4, versículos de 1 a 7 (Ef 4, 1-7).
(Pausa para a interiorização da Palavra.)
A: Vamos refletir sobre o texto que foi proclamado e partilhar o que entendemos.
- Vamos reler, em voz alta, uma frase que nos chamou mais a atenção.
- O que significa construir a unidade, respeitando as diferenças entre
as religiões cristãs?
- Como podemos conviver em harmonia com parentes, vizinhos e
conhecidos, de crenças diferentes?
(Tempo para conversar.)
75
Aprofundando a Palavra
A:
São Paulo diz que a cada um de nós foi dada a graça, conforme a
medida do dom de Cristo. Se somarmos todos os dons de fé e de
amor recebidos por cada cristão e cada Igreja Cristã, teremos um
tesouro enorme, composto por jóias de muitas espécies. Precisamos
aprender a valorizar o tesouro cristão como um todo, e não só cada
jóia em particular.
L 4: Segundo o Concílio Vaticano II, a unidade entre as Igrejas Cristãs
consiste na profissão de uma só fé, na celebração do culto divino e
na concórdia fraterna da família de Deus.
L 1: Deus é capaz de nos congregar a todos na unidade, pois Ele é o Pai
de todos.
T: “Serão um, em tuas mãos” (Ez 37, 15-28).
L 2: A unidade entre as Igrejas Cristãs começa pela unidade e vida de
comunhão no seio de cada Igreja.
T: “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai
de todos, acima de todos, no meio de todos e em todos” (Ef 4.5).
L 3: Para construirmos a unidade dos Cristãos, precisamos levar a Paz de
Cristo às pessoas de boa vontade, como fala a mensagem de Natal.
Ser discípulo de Cristo é ser missionário da unidade e da Paz.
T: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra a todos de boa vontade”
(Lc 2,14).
L 4: As Igrejas cristãs, apesar da suas diferenças, constituem uma grande
família de irmãos e irmãs. Demos ao mundo não só o testemunho da
fé, mas, principalmente, o testemunho do amor e da unidade.
T: “Nisto conhecerão todos que vós sois os meus discípulos: se
vos amardes uns aos outros” (Jo, 13,35).
Canto: O amor, o amor, o amor
1. A paz Eu vos dou e vos deixo, mas não como o mundo a dá.
Importa lutar e doar-se, e o Reino de Deus implantar.
/: O amor, o amor, o amor não há de acabar jamais. O amor,
o amor, por ele Deus vai nos julgar. :/
Compromisso
A: O Documento de Aparecida nos diz que o discipulado cristão começa
com um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo. No encontro
com Cristo, aprendemos a ser seus discípulos missionários, cons-
76
truindo a unidade e a comunhão de fé entre todos os que proclamam
Jesus como Senhor.
Vamos assumir alguns compromissos que nos levem a estreitar os
laços de fraternidade com nossos irmãos e irmãs de outras Igrejas
Cristãs:
- Cultivar uma atitude de respeito, compreensão e aceitação para
com os irmãos e irmãs de outras Igrejas Cristãs.
- Ler e refletir temas ligados ao Ecumenismo, para entender melhor
o que significa a unidade e diversidade.
- Participar ativamente da vida da nossa Igreja, como testemunho
de fidelidade ao nosso batismo.
Oração final e bênção
A: Jesus nos ensinou a rezar, e a oração que ele nos
deu é um projeto de vida e unidade. Como
discípulos e discípulas de Jesus, abracemos
o seu Projeto de amor universal, rezando
juntos o Pai-Nosso ecumênico.
T: Pai Nosso, que estás no céu, santificado
seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja
feita a tua vontade, assim na terra como
no céu. O pão nosso de cada dia nos dá
hoje. Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o Poder e a Glória para
sempre. Amém.
A: A partir de agora, vamos nos encaminhar para a missão de promover
a unidade, como discípulos missionários de Jesus Cristo.
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Canto: Somos iguais
/: Tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões, em outras religiões. :/
1. Pensamos diferente, louvamos diferente, oramos diferente,
mas numa coisa nós somos iguais: Buscamos o mesmo Deus.
Amamos o mesmo Pai. Queremos o mesmo céu. Choramos os
mesmos ais.
77
2. Falamos diferente, cantamos diferente, pregamos diferente,
mas numa coisa nós somos iguais: Buscamos o mesmo amor,
queremos a mesma luz. Sofremos a mesma dor, levamos a
mesma cruz.
3. Um dia talvez, quem sabe, um dia talvez, quem sabe, um dia
talvez, quem sabe, descobriremos que somos iguais. /: Irmão
vai ouvir irmão, e todos se abraçarão nos braços do mesmo
Deus, nos ombros do mesmo Pai. :/
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
78
12º Encontro
COMUNHÃO ENTRE AS
COMUNIDADES EM CRISTO
“Eu sou a videira, e vós, os ramos. Aquele que permanece em
mim, como Eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada
podeis fazer” (Jo 15, 5).
Ambiente: Bíblia, vela, água, flores, recortes de revistas, jornais
com pessoas agindo em favor de outros, pessoas em comum-união,
se confraternizando.
Acolhida: A própria família que acolhe dá as boas-vindas e pede que todos se saúdem
com palavras de boas-vindas.
Motivação e oração inicial
Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos!
Juntos, vamos rezar e refletir a Palavra de
Deus, a ligação que ela traz para nossa vida
e para o nosso cotidiano. Em comunhão com
Deus Trindade, e com os irmãos e irmãs,
tracemos sobre nós o sinal da cruz, que
expressa nossa fé.
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Vamos lembrar, nesse momento, o que refletimos em nosso último encontro. Vamos pensar no que conseguimos
relacionar com nosso dia-a-dia e praticar durante a semana, partilhando com nossos irmãos e irmãs.
(Tempo para conversa.)
A: Após esse belo momento de partilha, oremos, cantando:
Canto: O pão da vida, a comunhão.
O pão da vida, a comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos,
/: e nos ensina a abrir as mãos para partir, repartir o pão.:/
1. Lá no deserto a multidão com fome segue o Bom Pastor, com
sede busca a nova Palavra. Jesus tem pena, reparte o pão.
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A: Jesus nos une como irmãos e irmãs. Rezemos a oração universal que
une todos os cristãos e cristãs, na sua forma ecumênica:
T: Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha
o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no
céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas
ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E
não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu
é o Reino, o Poder e a Glória para sempre. Amém.
Refletindo o tema
A: No encontro de hoje vamos refletir sobre a comunhão das comunidades
em torno de Cristo, junto aos irmãos e irmãs, e a nossa comum-união
na Igreja, na família, na comunidade, enfim entre todos os filhos e
filhas de Deus.
Leitor(a) 1: Nosso Deus, em seu mistério trinitário, é uma comunidade,
uma família, um grupo.
T: Deus Trindade é comunhão, vive e age em comum-unidade eternamente.
L 2: Viver o amor de Cristo na comunhão das comunidades é estar a serviço, em defesa da vida, nos trabalhos sociais, na Igreja, na comunidade
e na sociedade, na busca da construção do Reino de Deus.
T: “A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem
de todos” (1Cor 12, 7).
A: Vivemos em comum-união, quando ajudamos o povo a conscientizarse de seus próprios direitos e deveres, a se organizar, construindo
verdadeiras comunidades comprometidas com o projeto de Deus no
seguimento de Jesus.
Lado A: Comunidades onde todos participam, tenham voz e vez.
Lado B: Comunidades onde os serviços são repartidos e assumidos com
alegria, por todos, entre todos, em vista do bem comum.
Lado A: Comunidades onde se celebra fé e vida, na escuta da Palavra de
Deus, integrando oração, reflexão e ação.
Lado B: Comunidades onde há partilha, entre-ajuda, igualdade, co-responsabilidade, testemunho e vivência de fé cristã.
T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
80
L 3: A prática da Igreja nas casas, na construção de comunidades, vem da
vivência dos primeiros cristãos no tempo dos apóstolos. Alegremente,
vamos meditar e cantar esse canto:
Canto: Nesta mesa da irmandade
1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a
ti, Senhor. Nosso sonho e nossa luta, nossa fé, nossa conduta,
te entregamos com amor.
/: Novo jeito de sermos Igreja nós buscamos, Senhor, na tua
mesa!:/
A: A maior riqueza de nosso povo é a fé no Deus de amor. Por isso, damos
graças a Deus, acolhendo a beleza e a riqueza de humanidade que
se expressa nas pessoas, nas famílias, nos povos e suas culturas (cf.
DAp).
T: “Pai, que todos sejam um” (Jo 17,21).
L 4: A Igreja, que brota da Trindade, será uma comunidade de diálogo, de
grupo, de união, de participação. Será, portanto, uma Igreja ministerial,
ecumênica, solidária e transformadora.
T: “A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem
de todos” (1Cor 12, 7).
L 1: A Igreja é o povo de Deus, que manifesta sua vida de comunhão no
serviço evangelizador em diversos níveis e sob diversas formas de
ministérios e carismas.
Canto: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra
cantar um novo hino de unidade, amor e paz.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Na mensagem do Evangelho que vamos
ouvir, Jesus nos orienta a vivermos em
união com nossos irmãos e irmãs. Acolhamos a Palavra de Deus no Evangelho
de São João, cantando:
Canto: A Bíblia é a Palavra de Deus, semeada no meio do povo, que cresceu,
cresceu e nos transformou, ensinando-nos a viver num mundo novo.
81
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São João, capítulo
15, versículos de 1 a 6 (Jo 15, 1-6).
(Silêncio para interiorizar a Palavra.)
A: Vamos lembrar o que nos diz o texto bíblico e conversar:
a. O que Jesus fala no primeiro versículo?
b. O que significa para nós, quando Jesus se refere aos ramos e aos
frutos?
c. Vamos reler o versículo cinco (5) do texto.
d. O que entendemos, nesse versículo, de ensinamentos para nossa
vida?
e. Como entendemos a comunhão com Cristo na vida de Igreja e de
comunidade?
Aprofundando a Palavra de Deus
A: No texto percebemos que Jesus é o verdadeiro caminho para a construção da vida, e faz uma comparação com a videira.
T: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
L 2: Podemos comparar: o agricultor é nosso Pai celeste, a videira é Jesus,
os ramos são a comunidade, e os frutos são o amor que nos une.
T: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor...” (Jo 15, 1).
L 3: A videira é Jesus, a construção da vida. Os ramos somos nós, a comunidade, a Igreja, todos chamados a permanecer unidos e testemunhar
seus ensinamentos.
T: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós” (Jo 15, 4).
L 4: Unidos a Jesus, frutificamos para o Pai, no amor fraterno, na unidade
e na caridade, construindo o seu Reino de justiça e de paz.
T: “Eu sou a videira, e vós, os ramos...” (Jo 15, 5).
L 1: A comunidade cristã é sujeito da evangelização, a partir da sua fé,
engajada na transformação da sua realidade, buscando uma vida mais
digna, acolhendo os pobres, os injustiçados e excluídos.
T: “Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo o ramo
que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda” (Jo 15, 2).
82
L 2: A Igreja, unida a Jesus, constrói comunidades de amigos que, com
alegria, partilham os dons em comum e testemunham o amor de
Deus.
T: “Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá fruto;
pois, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5).
Canto: É Jesus este pão da igualdade. Viemos pra comungar com a
luta sofrida de um povo, que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar
é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé, a união,
nossos passos um dia vão chegar.
Assumindo compromisso
A: Para sermos esse ramo que dá bons frutos,
é preciso estar unido a Jesus. Para
viver o Reino de Deus, é preciso estar
unido à comunidade, através de uma
vida firme na fé, comprometida com o
projeto de Jesus. Vamos procurar identificar na comunidade as necessidades
e organizar-nos para buscar soluções,
p.ex:
- procurar junto aos órgãos públicos, se for o caso, o direito à moradia
e escola digna; saúde e saneamento básico; transporte de qualidade e segurança pública; outras necessidades mais urgentes...
(Momento de conversa e encaminhamentos. No próximo encontro, partilhar como
foi praticado o compromisso aqui assumido.)
Oração e bênção final
A: Concluindo nosso encontro, façamos nossas
preces, pedindo à Trindade Santa que nos
revigore com seu amor e nos conceda coragem e força, para nos unirmos nas conquistas
de nossas lutas e vitórias, na promoção da
vida, da justiça e da paz.
T: Senhor, concede-nos a sabedoria, o amor
e a paz.
83
Lado A: Senhor, que o nosso compromisso seja cumprido nesta semana,
e que a comunidade perceba o valor e os frutos dos Grupos Bíblicos
em Família na vida das pessoas.
Lado B: Ajuda-nos, Senhor, a contribuir com a sociedade, para que ela
seja mais justa e igualitária, com a nossa vivência nas pequenas
comunidades.
T: Dá-nos, Senhor, força, coragem e ousadia para enfrentarmos os
desafios do dia-a-dia.
Lado A: Deus Pai de bondade, ensina-nos a viver em comunidade, conforme tua vontade.
Lado B: Deus Filho redentor, guia-nos sempre nos caminhos da verdade,
do amor fraterno, da justiça social e da caridade.
Lado A: Deus Espírito Santo de amor, ilumina-nos e impulsiona-nos a
vivermos unidos e coerentes com a nossa fé.
A: Peçamos a bênção de Deus, com fé, confiança e esperança.
T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto: Caminhar, sorrir e cantar
1. Todo dia eu encontro muita gente que vai, que vem. O que pensa,
o que vive, o que sente, eu não sei se o sabe alguém.
/: Caminhar com razão, eis da vida uma lição. E sorrir, e
cantar, e o mundo a Deus levar.:/
2. Tenho pena de quem anda pela vida sem ter pra quê. É jornada
que se vê quase perdida, quando há tanto que aprender.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
84
13º Encontro
A COMUNHÃO DA COMUNIDADE
NA VIVÊNCIA DO EVANGELHO
“... por causa da vossa comunhão no anúncio do evangelho,
desde o primeiro dia até agora” (Fl 1,5).
Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, vela acesa, fotos de pessoas
em atividade comunitária, se possível, de pessoas da própria
comunidade.
Acolhida: Pela família que recebe o grupo ou pelo animador(a).
Motivação e oração inicial
Animador(a): Como é bom estarmos juntos mais
uma vez para refletir a Palavra de Deus e
as ações que ela nos indica para nossa vida!
Por isso, vamos partilhar as experiências
dos compromissos assumidos no encontro
anterior.
(Tempo para conversar.)
A: No encontro de hoje iremos refletir sobre a
comunhão da comunidade na vivência do Evangelho. Iniciemos com
o sinal da nossa fé:
Todas/os: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
A: Rezemos em dois coros, para que os encontros dos Grupos Bíblicos
em Família sejam mais fortalecidos na fé e sejam um sinal vivo de
união em Jesus Cristo.
T: Como é bom e agradável as irmãs e os irmãos viverem juntos,
em união com Deus (cf. Sl 133,1).
Lado A: Só em Deus repousa minha alma; dele vem minha salvação
62,2).
85
(Sl
Lado B: Só ele é meu rochedo e minha salvação, minha rocha de defesa,
jamais vou vacilar (Sl 62,3).
Lado A: Em Deus está minha salvação e minha glória, meu refúgio seguro,
minha defesa está em Deus (Sl 62,8).
Lado B: Confia sempre nele, ó povo, diante dele derrama teu coração.
Nosso refúgio é Deus (Sl 62,9).
T: Como é bom e agradável as irmãs e os irmãos viverem juntos,
em união com Deus (cf. Sl 133,1).
Canto: /: Juntos, como irmãos, membros da Igreja, vamos caminhando, vamos caminhando. Juntos como irmãos ao encontro do
Senhor. :/
Refletindo o tema
A: A comunidade cristã, que vive os ensinamentos de Jesus, está unida a Deus, às irmãs
e aos irmãos. Este amor a Cristo precisa ser
vivido em atitudes pessoais e comunitárias.
Olhando as fotos que aqui estão (preferencialmente se forem de pessoas da comunidade), o que elas nos indicam?
(Tempo para conversar.)
A: Vamos olhar também algumas realidades que
estão acontecendo à nossa volta.
Leitor(a) 1: No mundo de hoje existem muitos gestos bonitos de pessoas
que, vivendo o evangelho, se unem e buscam soluções para os problemas de uma comunidade ou grupo de pessoas.
L 2: Mas também existem situações em que há muito individualismo, pois,
muitas vezes, somos levados a pensar mais em nós mesmos do que
nos outros.
L 3: Outras vezes, percebemos até indiferença com os problemas que
estão à nossa volta, quer das pessoas ou de uma comunidade.
L 4: Para superar essas dificuldades, precisamos nos espelhar nas atitudes
das primeiras comunidades cristãs:
T: “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos,
na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).
86
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos ouvir o que Paulo escreve aos Filipenses, a respeito da vivência da comunhão do amor a Cristo na comunidade.
Canto: /: A vossa Palavra, Senhor, é sinal
de interesse por nós.:/
Leitor(a) da Palavra: Leitura da carta de São
Paulo aos Filipenses, capítulo 1º, versículos de 3 a 11 (Fl 1,3-11).
A: Vamos reler o texto, na Bíblia, para entender melhor, e, depois, fazer uma partilha.
1. O que me chamou atenção?
2. O que é causa de alegria para Paulo?
3. O que é necessário para que uma comunidade viva em comunhão?
(Tempo para conversa.)
Aprofundando o tema com a Palavra
A: Paulo escreve aos Filipenses para encorajá-los a permanecerem firmes
no amor a Cristo e na vida em comunhão, no anúncio do evangelho.
L 1: Anunciar o evangelho em comunhão significa viver em comunhão o
evangelho.
L 2: A comunidade dos Filipenses permaneceu em comunhão com Cristo,
e com todos os irmãos e irmãs.
T: “É com alegria que faço minha oração, por causa da vossa comunhão no anúncio do evangelho, desde o primeiro dia até agora”
(Fl 1, 5).
L 3: Paulo está convicto de que foi por meio de Jesus que a obra da evangelização se firmou no meio da comunidade.
L 4: A comunidade também ficou atenta às necessidades de Paulo para o
anúncio do evangelho.
87
T: “...Pois vos trago no coração e sei que, tanto na minha prisão
como na defesa e confirmação do evangelho, vós todos comungais comigo na graça que me foi concedida” ( Fl 1, 7).
L 1: O crescimento do amor e de conhecimento para discernir o que é
melhor é fundamental para uma comunidade.
L 2: Uma comunidade não pode parar, ela precisa sempre caminhar em
busca de aperfeiçoamento, segundo o Espírito de Deus.
T: “Completai a minha alegria, deixando-vos guiar pelos mesmos
propósitos e pelo mesmo amor, em harmonia, buscando a unidade” (Fl 2,2).
A: A comunidade dos Filipenses procurou ajudar Paulo, quando ele estava preso em Éfeso, enviando os recursos de que ele necessitava,
através de Epafrodito, que também permaneceu à sua disposição, por
um longo tempo.
T: “Nada façais por ambição ou vanglória, mas, com humildade,
cada um considere os outros como superiores a si e não cuide
somente do que é seu, mas também do que é dos outros. Haja
entre vós o mesmo sentir e pensar que no Cristo Jesus” (Fl 2,3-5).
Canto: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com
alegria. /: Deus espera que os dons de cada um se repartam com
amor no dia-a-dia. :/
Assumindo compromissos
A: A comunidade precisa viver em comunhão com a paróquia, com a
comarca e a diocese no anúncio do Evangelho. Embora existam realidades diferentes, o trabalho missionário e o testemunho do evangelho necessitam caminhar em sintonia, buscando sempre os mesmos
objetivos. A partir das realidades de nossa comunidade, o que pode
ser feito neste sentido?
1. Que pessoas ou grupos precisam de mais estímulo para viver em
comunhão o testemunho e a vivência do evangelho?
2. O que fazer e como fazer?
(Tempo para conversar e definir um compromisso.)
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Oração e bênção final
A: Encerrando o nosso encontro, pedimos as bênçãos de Deus, entregando em suas mãos os Grupos Bíblicos em Família, nossa comunidade,
nossa paróquia e nossa Arquidiocese.
Canto: Nesta mesa da irmandade
/: Novo jeito de sermos Igreja nós
buscamos, Senhor, na tua mesa.:/
1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a ti, Senhor.
Nosso sonho e nossa luta, nossa fé, nossa conduta te entregamos com amor.
A: Como sinal de nossa comunhão rezemos de
mãos dadas:
T: Pai Nosso..., Glória ao Pai...
A: A comunhão da Trindade Santa seja nossa força em nossa caminhada.
T: Abençoe-nos Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto: Hino do Centenário
/: De graça recebestes, de graça dai! :/
1. Discípulos e missionários de Jesus Cristo, fiéis ao Evangelho,
seguindo sua cruz. Cem anos já foram passados que a diocese,
criada por Pio Décimo, foi dom de Deus.
2. Queremos, Pai, ser vosso povo. Igreja santa, sinal do vosso
amor, comunhão e missão! O nosso ouvido está atento à voz
do Espírito. O Espírito que fala à Igreja e nos diz:
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
89
14º Encontro
A BÍBLIA NOS GRUPOS BÍBLICOS
EM FAMÍLIA
“Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou outrora aos
nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos,
falou-nos por meio de seu Filho...” (Hb 1,1-2)
Ambiente: Casinha, vela, diversas Bíblias (se possível, de
edições diferentes: CNBB, Pastoral, Ave Maria...).
Acolhida: Cordial e espontânea, pelas pessoas da casa e pelo(a) animador(a).
Motivação e oração inicial
Animador(a): Na alegria de aqui nos reunirmos de
novo, façamos uma breve partilha da experiência que fizemos com o compromisso da
semana passada.
(Tempo para conversar.)
A: Somos um grupo que se reúne em torno
da Bíblia. Esta é a nossa característica, a
nossa identidade, sobre a qual queremos
refletir um pouco no encontro de hoje. Vamos colocar-nos na presença
do Deus da Bíblia, que inspirou os autores sagrados, que falou pelos
profetas. Ele se manifestou sobretudo em Jesus Cristo, que se fez
humano como nós e nos revelou o grande mistério que lembramos e
celebramos cada vez que fazemos o sinal da cruz, o sinal da nossa fé.
Todos(as): Em nome do Pai (breve silêncio) e do Filho (id) e do Espírito
Santo (id). Amém.
A: Rezemos com o povo da Bíblia alguns versículos do Salmo 25 (Sl 25,1.46.14).
Lado A: A ti, Senhor, elevo a minha alma, meu Deus, em ti me refugio: que
eu não fique decepcionado!
Lado B: Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me tuas veredas.
90
Lado A: Faz-me caminhar na tua verdade e instrui-me, porque és o Deus
que me salva, e em ti sempre esperei.
Lado B: Lembra-te, Senhor, do teu amor e da tua fidelidade desde
sempre.
Lado A: Todas as veredas do Senhor são amor e verdade para quem observa sua aliança e seus preceitos.
Lado B: O Senhor se faz íntimo de quem o teme, dá-lhe a conhecer sua
aliança.
T: Glória ao Pai...
Refletindo o tema de estudo
A: A própria palavra “Bíblia” significa “livros”, um conjunto de livros. Então
surge a pergunta: Quantos livros tem a Bíblia? Nosso arcebispo Dom
Murilo publicou um artigo sobre esse assunto no Jornal da Arquidiocese, em setembro do ano passado. Queremos hoje tomar o texto
desse artigo e fazer dele um estudo, uma reflexão e oração. Peçamos
as luzes do Espírito Santo:
Canto: Vem, Espírito Santo
/: Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar! :/
1. O nosso encontro vem iluminar! Nossas ideias vem iluminar!
Nossos caminhos vem iluminar! Nossos grupos vem iluminar!
A: Para muitas pessoas aparece uma primeira surpresa:
T: Por que as bíblias católicas têm 73 livros, e as evangélicas 66?
Qual é a razão dessa diferença?
Leitor(a) 1: E uma segunda surpresa, ainda maior:
T: A própria Bíblia não tem uma lista dos livros canônicos, isto é,
oficiais, inspirados pelo Espírito Santo.
L 2: De fato, comparando uma Bíblia católica com uma evangélica, verificamos que na católica há 7 livros a mais, que são os seguintes:
T: Tobias, Judite, 1º. e 2º. Livro dos Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (também chamado Sirácida) e Baruc.
L 3: Além disso, há na Bíblia católica alguns capítulos que não constam
na evangélica. Vejamos quais são:
91
T: Daniel, capítulo 3, versículos de 24 a 90 (Dn 3,24-90) e capítulos 13 e
14; e Ester, capítulo 10, versículos de 4 a 16 e 24 (Est 10, 4-16,24).
A: Essas diferenças apontadas são todas do Antigo Testamento. Quanto
ao Novo Testamento, não há divergências: católicos e evangélicos
aceitam os mesmos 27 livros.
Canto: Toda a Bíblia
/: Toda a Bíblia é comunicação de um Deus amor, de um
Deus irmão. É feliz quem crê na revelação, quem tem Deus
no coração. :/
1. Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem de Deus Pai. Ele é vida
e verdade, a suprema caridade.
A: A origem da diferença do número de livros do Antigo Testamento é um
pouco complexa, pois, até o tempo de Jesus Cristo, os judeus tinham
os diversos livros sagrados, mas não tinham ainda estabelecido uma
lista oficial dos livros canônicos. Aqui se precisa conhecer um pouco
a situação histórica:
L 4: Muitos judeus viviam no exterior (na “diáspora”), fora da Palestina, e
falavam o grego, que era então uma língua internacional.
L 1: Assim, desde 4 séculos antes de Cristo, existia uma próspera colônia
judaica em Alexandria, no Egito. Para poder ler os livros sagrados,
foi preciso traduzi-los do hebraico, falado na Palestina, para o grego,
falado em Alexandria.
L 2: Essa tradução, feita pouco a pouco, entre os anos 300 e 150 antes de
Cristo, tomou o nome de “Versão dos Setenta” (ou Septuaginta), porque
foi atribuída a 72 tradutores, ou também conhecida como “Alexandrina”,
porque feita em Alexandria.
L 3: Entre os anos 80 e 100 da era cristã, pouco depois da destruição da
cidade e do templo de Jerusalém, os judeus da Palestina decidiram
definir o catálogo sagrado, isto é, quais livros seriam ou não aceitos
como oficiais, como inspirados.
Canto: /: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar! Ela é luz e
verdade, precisamos acreditar. :/
A: Para decidir essa questão, resolveram fazer um Sínodo na cidade
de Jâmmia, no litoral sul da Palestina, onde florescia uma importante
escola rabínica, e ali adotaram os seguintes critérios para o livro ser
considerado inspirado:
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Lado A: Deveria ser antigo, isto é, não escrito depois do tempo de Esdras,
do século V antes de Cristo;
Lado B: deveria ter sido escrito e conservado em hebraico, e não em aramaico nem em grego;
Lado A: deveria ter sido escrito na Palestina, e não em terras estrangeiras;
Lado B: deveria estar em conformidade com a Lei de Moisés.
A: Conforme esses critérios, os judeus reunidos em Jâmmia não reconheceram aqueles sete livros que pertenciam à biblioteca sagrada dos
judeus de Alexandria, no Egito, pelas seguintes razões:
L 4: O livro do Eclesiástico, o 1º e 2º dos Macabeus e o Livro da Sabedoria
tinham sido escritos depois de Esdras;
L 1: Além disso, o Livro da Sabedoria e o 2º livro dos Macabeus foram
escritos em grego e em terras estrangeiras;
L 2: Os livros de Tobias e Judite foram redigidos em aramaico, provavelmente após Esdras;
L 3: Baruc e alguns fragmentos do livro de Daniel apenas se encontravam
em textos não hebraicos.
A: Portanto, desde o final do primeiro século depois de Cristo, havia dois
catálogos bíblicos entre os judeus: o dos Setenta, que teve origem em
Alexandria, e o Hebraico, que teve origem em Jâmmia.
Canto: /: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que
cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos viver um
mundo novo. :/
Ouvindo a Palavra de Deus
A: Os apóstolos e evangelistas, escrevendo
os 27 livros do Novo Testamento, quando
citam passagens do Antigo Testamento,
não se referem ao texto Hebraico, mas
à versão dos Setenta. Portanto, a Igreja
Católica, desde o começo, reconhece
como inspirados todos os 46 livros do
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Antigo Testamento. Ouçamos agora o belo texto do início da Carta
aos Hebreus.
Canto: /: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos ouvir. :/
Leitor(a) da Palavra: Leitura da Carta aos Hebreus, capítulo 1º, versículos
de 1 a 4 (Hb 1,1-4).
(Tempo para interiorizar a Palavra de Deus.)
A: Vejamos algumas expressões do texto e como as entendemos:
- Muitas vezes – e de muitos modos – Deus falou – outrora – aos
nossos pais – pelos profetas.
- Nestes dias – que são os últimos – falou-nos por meio do Filho.
(Tempo para conversar.)
Refletindo a Palavra
A: O texto da Carta aos Hebreus, escrita provavelmente pelo ano 70
depois de Cristo, nos faz pensar em toda a lição sobre o Antigo Testamento, que hoje aprendemos com Dom Murilo.
L 4: Dizer que Deus falou outrora, muitas vezes e de muitos modos, significa que esses livros foram inspirados, são Palavra de Deus.
L 1: Os “nossos pais” de que a Bíblia fala, também chamados “os patriarcas”, a quem Deus falou outrora, são os pais do povo judeu: Abraão,
Isaac e Jacó.
T: São, também, os pais do novo Povo de Deus, do povo cristão,
nossos pais na fé.
L 2: Deus falou pelos profetas, que são nomeados na Bíblia, alguns mais
conhecidos, outros menos:
T: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, e vários outros.
L 3: “Nestes dias”, diz o texto, “Deus falou-nos por meio do Filho”
T: “...herdeiro de todas as coisas...”. “resplendor da glória do Pai” (Hb 1,2-3).
A: Como entender a expressão: “nestes dias, que são os últimos”? Todos
os dias são sempre os últimos de um determinado momento: de um mês,
de um Tempo Litúrgico, de um ano, de um século, de um milênio. Em
todos esses “últimos dias”, Deus continua a falar-nos por seu Filho.
94
Canto: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre! Ontem, hoje e sempre,
aleluia!
Compromisso
A: Para aplicar ao nosso tempo e à nossa realidade o que aprendemos
nesta reflexão de hoje, poderíamos, nesta semana:
- prestar atenção às “muitas vezes” e aos “muitos modos” como
Deus nos fala hoje – por pessoas, por situações, na leitura da
Bíblia, do Jornal da Arquidiocese, nos temas dos encontros dos
nossos grupos, na Liturgia da Palavra e da Eucaristia na Missa
dominical;
- partilhar uma experiência assim feita com o grupo, no próximo
encontro;
- lembrar as pessoas que preparam com todo o empenho os temas
que refletimos e rezamos semana por semana nos nossos encontros de Grupos Bíblicos em Família e rezar por elas.
Oração e bênção final
A: Ao final deste encontro, digamos a Jesus, com toda a simplicidade
dos apóstolos:
T: Senhor, ensina-nos a rezar!
A: Ouvindo a sua resposta, rezemos:
T: Pai nosso, que estais no céu...
A: Pedindo a sua bênção, digamos:
T: Desça sobre nós e permaneça sempre conosco a vossa bênção,
Deus Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Canto: Hino dos GBF
/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/
2. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, / resposta divina a humanas questões. / Assim, a oração, reflexão da Palavra / motiva e
orienta concretas ações.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
95
15º Encontro
DÍZIMO – PARTILHA DE FÉ,
COMUNHÃO NO AMOR
“E traziam o preço do que tinham vendido e o depositavam
aos pés dos Apóstolos”. Repartiam, então,à medida que
alguém tinha necessidade” (At. 4,35).
Ambiente: Preparar uma mesa com uma bíblia, vela acesa,
cruz (crucifixo), casinha, pão, flores, figuras ou fotografias de
pessoas partilhando.
Acolhida: Pelos donos da casa.
Motivação e oração inicial
Animador(a): Iniciemos o nosso encontro com a
partilha do compromisso assumido na semana que passou.
(Tempo para conversar.)
A: Sejam todos e todas bem-vindos e bemvindas ao nosso encontro. Iniciemos com o
sinal de nossa fé:
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Hoje vamos conversar sobre a importância do dízimo em nossa Igreja.
As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese já nos dizem:
T: O sustento financeiro de todas as atividades pastorais e de pessoas qualificadas em diversas áreas é missão da Pastoral do
Dízimo.
Leitor (a) 1: Mais que uma oferta em dinheiro, o dízimo é oferta de um
dom, oferta de nossa vida.
L 2: É a nossa gratidão a Deus pelos dons recebidos de graça.
T: “De graça recebestes, de graça dai!” (Mt 10,8).
Canto: Ofertar nossa vida
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Ofertar nossa vida queremos, como um gesto de amor, doação.
Procurando criar mundo novo, trazer para o povo a libertação.
/: De braços erguidos a Deus ofertamos aquilo que somos
e tudo que amamos.Os dons que nós temos compartilharemos. Aqueles que sofrem sorrir os faremos :/
A: Rezemos juntos a Oração do dizimista:
T:
Recebei, Senhor, minha oferta. Não é esmola, porque não sois
mendigo. Não é uma contribuição, porque não precisais. Não é
o resto que me sobra que vos ofereço. Esta importância, Senhor,
representa meu reconhecimento, meu amor. Pois, se tenho, é
porque me destes. Amém.
A: Canto: /:Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens
com alegria. Deus espera que os dons de cada um se repartam
com amor no dia-dia.:/
Refletindo o tema
A: A oferta do dízimo é, antes de tudo, uma atitude do coração. É um
agradecimento por tudo que recebemos de Deus.
T: “Faze todas as tuas oferendas com semblante alegre, e com
exultação consagra o teu dízimo” (Eclo 35, 11).
L 3: Mas, o que é dizimo?
L 4: Dízimo é uma experiência maravilhosa de vida. É um ato de amor a
Deus e aos irmãos e irmãs. É um exercício de gratidão e de confiança
na Divina Providência.
T: “Dá ao Altíssimo segundo a doação que Ele te fez e com generosidade, segundo o produto de tuas mãos, porque o Senhor é
aquele que retribui...” (Eclo 35, 12).
A: Como fazer, para sermos dizimistas conscientes?
L 1: O dízimo deve começar com uma conversa em nossa casa: a família
dialoga sobre o assunto e decide manifestar sua gratidão a Deus.
Assim, devemos ofertar a Deus conforme as nossas possibilidades e
a generosidade de nosso coração.
T: Cada um dê conforme decidir seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem dá com alegria” (2 Cor 9, 6-7).
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L 2: Ser dizimista é acreditar na Igreja-comunhão e na sua ação evangelizadora. Todos somos chamados a servir na construção do Reino de
Deus.
L 3: O dízimo é como uma boa semente. Desta colheita temos a certeza
que virão bons frutos.
T: Quem semeia pouco, pouco colherá; quem semeia com generosidade, com generosidade há de colher”.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos acolher a Palavra de Deus, que
ilumina a nossa vida, e ouçamos um
texto do livro dos Atos dos Apóstolos que
nos mostra a consciência de partilha na
comunidade dos primeiros Cristãos.
Canto: Escuta, ó Israel
1. Escuta, ó Israel, Javé, teu Deus, vai
falar.
/:Fala, Senhor Javé, Israel quer
te escutar.: /
Leitor/a da Palavra: Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 4, versículos de 32-35 (At 4, 32-35)
(Convidar outro leitor(a) para reler o texto. Após a leitura, os participantes repetem
alguns versículos).
Aprofundar a Palavra
A: Vimos, pelo texto que acabamos de ouvir, que na espiritualidade dos
Apóstolos, além da oração e do atendimento, um ponto forte é a partilha. A partir daí, a comunidade vai crescendo na participação e na
fé.
L 4: Trata-se de uma partilha livre e consciente, porque todos sentiam a
necessidade de cada um.
L 1: É o espírito de partilha e comunhão que gera a concórdia fraterna na
comunidade.
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Canto: Sabes, Senhor, o que temos é tão pouco pra dar, mas este
pouco nós queremos com os irmãos compartilhar.
A: Muita gente pergunta: Para onde vai o dízimo da igreja da minha
comunidade? Eis algumas respostas:
L 2: Tudo na Igreja tem custo. As despesas são muitas e tendem a crescer
sempre mais.
L 3: A nossa oferenda do dízimo é empregada na manutenção e nas reformas da igreja e demais dependências, tornando-a um local bonito,
agradável e alegre para celebrar.
L 4: Vemos os objetos do altar, chamados alfaias, as partículas (hóstias) e
o vinho que são consagrados. Tudo é importante na celebração. Nós
ajudamos a adquiri-los.
T: Dízimo é oferta de gratidão a Deus e de
partilha com a comunidade.
L 1: Para uma boa evangelização, precisamos de
formação. Com a nossa oferenda do dízimo,
estamos ajudando na preparação das lideranças da comunidade.
L 2: Também há necessidade de atender as pessoas carentes de nossas comunidades. A nossa contribuição do dízimo
se faz presente neste serviço social da Igreja na comunidade.
T: “Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que
possuíam bens os vendiam, traziam o dinheiro e o colocavam
aos pés dos Apóstolos; depois, ele era distribuído a cada um
conforme a sua necessidade ” (At 4,34-35)
L 3: Cabe à Ação Social da Paróquia ter um projeto social de ir ao encontro
daquele mendigo que dorme na frente da igreja. Não é só dando alimento que se resolve esse problema, mas oferecendo um atendimento
na promoção da vida e da dignidade humana.
L 4: Uma parcela da oferenda do dízimo deve-se destinar a essas necessidades, e, junto à Ação Social, contribuir na busca de soluções para
a inclusão dos excluídos da sociedade.
T: O dizimista participa de toda a ação evangelizadora que a Igreja
realiza.
Canto: Recebei, ó Deus de amor
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/: Pai santo, recebei a nossa gratidão. Fazei-nos à imagem
do vosso coração.
1. Recebei, ó Deus de amor, os dons da criação. Com eles entregamos o nosso coração.
2. Nesse gesto de oferenda, trazemos sobre as mãos a vida e o
trabalho de todos os irmãos.
3. Os frutos do trabalho, as lutas e o sofrer, queremos todos juntos
ao Pai oferecer.
Compromissos
A: Sendo o Dízimo partilha de fé e também
comunhão no amor, vamos assumir
como compromisso um ato de amor e
gratidão. Poderíamos:
1. Conversar em família e ser mais generosos e generosas nas oferendas
de gratidão a Deus, colaborando
com a Igreja na missão de evangelização;
2. Se ainda não somos participantes ativos como dizimistas, procurar
contribuir mais, tanto na oferta do dízimo como na festa do padroeiro, nas confraternizações, campanhas e em outros momentos
especiais realizados na comunidade.
Oração e bênção final
A: Rezemos em dois lados, pedindo que nossas
oferendas de gratidão a Deus sejam generosas.
Lado A: Senhor, não quero me apresentar diante
de ti de mãos vazias.
Lado B: A ti devemos oferecer sempre o melhor.
Lado A: Exultem e alegrem-se contigo todos os
que te buscam.
Lado B: Porque tu, meu Deus, ouves aqueles que
passam necessidade.
100
T: E os que amam a tua salvação repitam sempre: Deus é grande.
A: Vamos juntos pedir a Deus a bênção para o pão que queremos partilhar
no final deste encontro:
T: Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, abençoa o pão que aqui trazemos, fruto do trabalho humano e de partilha entre nós. Amém!
A: Estendendo a mão uns para os outros, rezemos juntos:
T: O Deus que nos enviou seu Filho Jesus e nele nos mostrou sua
face bondosa de Pai, derrame sobre nós seu amor e sua esperança
e permaneça conosco, agora e para sempre.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Canto: Vejam, eu andei pelas vilas,
1. Vejam, eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me
pediu. Portas, eu cheguei para abri-las, eu curei as feridas como
nunca se viu.
/:Por onde formos também nós, que brilhe a tua luz! Fala,
Senhor, na nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho então conduz. Queremos ser assim! Que o pão da vida nos
revigore no nosso sim.
2. Vejam, fiz de novo a leitura das raízes da vida, que meu Pai vê
melhor. Luzes, acendi com bravura, para a ovelha perdida não
medi meu suor.
A: Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo.
T: Para sempre seja louvado!
(Como sinal de amor, doação e gratidão, vamos repartir o pão.)
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
101
16º Encontro
A PRESENÇA DAS MULHERES NA
VIDA DO POVO DE DEUS
“Estávamos convencidos de que Deus acabava de nos chamar para anunciar, aí, a Boa Nova” (At 16,10b).
Ambiente: Casinha, Bíblia, pão (de preferência caseiro),
artesanato feito por mulheres da comunidade.
Acolhida: Pelas pessoas que acolhem o grupo.
Motivação e oração
Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos.
Quando nos encontramos nos Grupos Bíblicos em Família, temos sempre muitas coisas
para partilhar.
- Vamos fazer memória da semana, partilhar os compromissos assumidos na
semana passada, falar das alegrias,
desafios e esperanças.
(Tempo para conversar.)
A: Hoje queremos refletir um pouco sobre a presença das mulheres na
sociedade e na vida da Igreja. Em comunhão com Deus Trindade,
comecemos com o sinal da cruz.
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Pedindo a Maria, bendita entre as mulheres, que interceda a Deus por
nós, rezemos a oração do Ángelus (Anjo).
Lado A: O Anjo do Senhor anunciou a Maria,
Lado B: E ela concebeu do Espírito Santo.
T: Ave Maria...
Lado A: Eis aqui a serva do Senhor,
Lado A: Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
102
T: Ave Maria...
Lado A: E o Verbo divino se fez carne,
Lado A: E habitou entre nós.
T: Ave Maria...
A: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
A: Oremos: Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim
de que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de Jesus
Cristo, vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e morte, à glória da
ressurreição.
T: Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém. Glória ao Pai...
Canto: /: Ave, cheia de Graça, ave, cheia de Amor! Salve, ó Mãe de
Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor! :/
Olhando a realidade
A: Refletir sobre a presença e a atuação da mulher em nossa realidade
logo nos faz pensar nos preconceitos e na discriminação que a mulher tantas vezes sofre. A presença da mulher que erra e que acerta.
Que é também discípula e missionária, protagonista da comunhão na
comunidade.
Leitor(a) 1: Nossa sociedade, infelizmente, é marcada por todo tipo de
violência, discriminação e preconceito, e a mulher é muitas vezes alvo
dessa triste realidade.
L 2: A violência contra a mulher atinge todas as idades, classes sociais e
raças. Em qualquer parte do mundo, em qualquer lugar, existe pelo
menos uma que já sofreu ou sofre algum tipo de violência.
L 3: A mulher, conhecida como sexo frágil, na verdade precisa ser muito
forte.
A: Recentemente, em um programa da TV, em homenagem ao Dia da
Mulher, foram apresentadas algumas entrevistas. Entre elas, foram
abordadas as seguintes situações:
L 4: Maria Aparecida teve seu parto antecipado, em consequência dos
maus tratos do marido. Com a cabeça presa, ela era esmurrada e
asfixiada com o travesseiro.
103
L 1: Mônica, que teve que sair de casa, diz: Eu sei que, se eu voltar, é só
esperar a próxima violência. Só não sei como e por quê será.
L 2: Na mesma reportagem, a Delegacia da Mulher declara que a segundafeira é conhecida como o dia do olho roxo.
L 3: Existem no País algumas casas que acolhem as mulheres que sofrem
agressões. Mas são insuficientes, diante de tantos casos. Diariamente,
mulheres que as procuram retornam para casa sem atendimento.
A: Mas existe também, graças a Deus, o outro lado. Foi relatada, também,
a coragem de algumas mulheres que, mesmo diante desse contexto de
ameaças, agressões e chantagens as mais variadas, se organizaram
e formaram uma cooperativa.
L 4: Trinta e seis mulheres, lideradas por Karla Cristina, decidem ser produtoras de flores.
L 1: Karla diz que seu maior objetivo é mostrar a outras mulheres que,
com coragem, dignidade e trabalho limpo, é possível se libertar de
seus opressores, manter seu sustento, criar os filhos e, ainda, ajudar
outras pessoas.
L 2: Sabemos que muitas mulheres ultrapassam as barreiras do machismo e assumem cargos importantes na vida política: são presidentas,
ministras, governadoras, prefeitas...
A: Mulheres como Zilda Arns, que criou a Pastoral da Criança e se doa
pela causa, buscam uma luta coletiva na promoção da dignidade
humana e sonham com uma sociedade justa, fraterna, solidária e
igualitária.
Canto: Maria, Maria é um dom, uma certa magia. Uma força que nos
alerta, uma Mulher que merece viver e amar, como outra qualquer
do planeta.
A: Queremos ressaltar o valor da parceria, do respeito, da colaboração
e da comunhão entre mulher e homem. O Documento de Aparecida
nos diz:
L 3: A relação entre a mulher e o homem é de reciprocidade e colaboração
mútua. Trata-se de harmonizar, complementar e trabalhar somando
esforços. A mulher é co-responsável, junto com o homem, pelo presente e pelo futuro da nossa sociedade.
T: Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de
Cristo. Não há Judeu, nem Grego. Não há escravo, nem livre. Não
104
há homem, nem mulher, pois todos sois um só, em Jesus Cristo
(Gl 3,27-28).
Canto: /: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais. Pra
cantar um novo hino, de unidade, amor e paz! :/
A: A Bíblia, em seu Primeiro Testamento, devido à autoridade que privilegiava o pai de família, apresenta uma realidade machista, excluindo as
mulheres. No Segundo Testamento, Jesus acolhe as mulheres entre
seus discípulos, ainda que isso não fique sempre muito evidente.
T: Os doze iam com ele e também algumas mulheres... Madalena,
Joana, Suzana e outras... (Lc 8 1-2).
L 4: Na vivência com Jesus, as mulheres experimentaram o poder libertador de Deus. É Jesus quem as liberta da discriminação na sociedade
judaica. Paulo dá continuidade a essa forma de libertação de Jesus.
T: “Sentamo-nos e começamos a falar com as mulheres que estavam
reunidas” (At 16,13).
Iluminando a vida com a Palavra de Deus
A: Vamos aclamar e, em seguida, ouvir com
carinho o texto bíblico, que descreve a
chegada de Paulo e Silas em Filipos e
o encontro com Lídia.
Canto: A Palavra de Deus
/: A Palavra de Deus vai chegando, vai. :/
1. É Palavra de libertação. É Palavra
de vida aos profetas.
Leitor(a) da Palavra: Leitura dos Atos dos Apóstolos, capitulo 16, versículos
de 11 a 15 (Atos 16, 11-15).
(Momento para interiorizar a Palavra.)
A: Conversemos um pouco sobre o texto lido:
- O que estava acontecendo junto ao rio? Quem estava lá?
- O que aconteceu com Lídia e sua família, depois da conversa
com os missionários?
(Para conversar.)
105
Aprofundando a Palavra
A: O texto nos introduz na história de Lídia, incluindo-a no roteiro missionário de Paulo. Este quer exercer sua missão na Macedônia.
L 1: Em Filipos, não havia sinagogas. Só havia mulheres que se reuniam
para rezar, perto do rio, debaixo de umas árvores.
T: No sábado, fomos pela porta da cidade, para um lugar junto ao
rio, onde parecia haver oração (Atos 16, 13b).
L 2: É por lá que, no sábado, depois de alguns dias na cidade, os missionários se dirigem para participar da oração. É nesse local que Paulo
e Silas se deparam com um grupo de mulheres tementes a Deus,
simpatizantes da religião judaica.
T: “Lidia acreditava em Deus e escutava com atenção” (At 16,14b).
L 3: Sentados no chão, conversaram com o grupo. Entre eles estava Lídia, comerciante de púrpura, temente a Deus, isto é, uma pagã que
simpatizava com a religião dos judeus.
T: “O Senhor abrira seu coração para que aderisse às palavras de
Paulo” (At, 16,14).
L 4: Escutando a Palavra de Paulo, ela sentiu o coração arder. Aceitou
a Boa Nova e se fez batizar. Disse aos missionários: “Se vocês me
consideram fiel, venham hospedar-se em minha casa”.
T: “Então Paulo e Silas continuaram anunciando a Palavra do Senhor” (At 16,32ª).
L 1: Foi o que aconteceu lá, na casa de Lídia. Nasceu, naquela região, a
primeira comunidade cristã em solo europeu, tendo, como coordenadora, uma mulher.
Canto: Igreja nas casas
1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia,
Palavra de Deus.
Refletem, conversam, e rezam, e cantam,/ na prece entrelaçam
a terra e os céus.
/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/
A: Muitas mulheres ajudaram a escrever a história do povo de Deus,
mas não aparecem explícitas na Bíblia. Os anos foram passando, e
as mulheres continuaram fazendo história.
106
T: Santa Catarina, padroeira do nosso Estado - Estado feminino.
Terra de heroínas!
Lado A: Terra de Anita Garibaldi, de Maria Rosa, de Santa Paulina, de
Beata Albertina...
Lado B: Terra de Santa Catarina de Alexandria. Terra de Marias...!
T: De Marias animadoras dos Grupos Bíblicos em Família, mulheres
de espiritualidade libertadora, encarnada na luta do povo, fazendo história e proclamando: Um mundo mais justo e igualitário é
possível.
Assumindo compromisso
A: Lídia viveu no tempo em que os cristãos
não eram bem aceitos. Mesmo correndo o risco, ela acolhe em casa um
grupo, entre eles os missionários, para
testemunhar Jesus Cristo. E nós, que
tal exercitarmos um pouco mais a nossa coragem, colocando-nos a serviço
do Evangelho, estando a serviço da
vida, onde a nossa presença se faz
necessária?
- Onde e como podemos marcar essa presença, criando algo novo
em benefício da comunidade, do bairro, da cidade?
(Tempo para pensar e assumir um compromisso.)
Oração e bênção
A: Que o amor de Deus, a ternura e a fé nos envolvam nesta oração.
T: Senhor nosso Deus, graças te damos pelo dom da vida; pela
alegria do encontro e pela solidariedade entre as pessoas. Que
a tua graça, Senhor, nos acompanhe nas nossas alegrias, tristezas e esperanças. Que teu Espírito Santo nos impulsione e nos
leve a ações transformadoras, e que, juntos, mulheres e homens,
possamos gerar frutos de justiça, comunhão e paz.
A: Por intercessão de Maria, nossa Mãe, desça sobre nós, e sobre o pão
aqui presente, a bênção de Deus.
107
T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
(O pão será repartido, representando a partilha e a comunhão que queremos viver
em nossas famílias e comunidades.)
Canto: Maria, Maria
1. Maria, Maria. É o som, é a cor, é o suor. É a dose mais forte
e lenta de uma gente que ri, quando deve chorar. E não vive,
apenas aguenta.
/: Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter
gana sempre. Quem traz no corpo a marca Maria, mistura a
dor e a alegria. Mas é preciso ter manha. É preciso ter graça.
É preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca,
possui a estranha mania de ter fé na vida. :/
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
108
17º Encontro
O ENVIO PARA A MISSÃO
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura”
(Mc 16,15).
Ambiente: Bíblia, casinha, vela, sandálias, pão, jarra com água
(ou suco de uva), flores.
Acolhida: De forma descontraída, simples, alegre, feita pelas
pessoas da casa e/ou pelo(a) animador(a).
Uma olhada no ambiente: Além da Bíblia, casinha e vela, temos a sandália que
simboliza o peregrino, o anunciador, o missionário; o pão e água (ou suco), o
sustento, o ânimo, energia para a caminhada; as flores simbolizam nossa alegria
de sermos cristãos, discípulos de Jesus e seus missionários.
Motivação e oração inicial
Animador(a): Felizes por nos encontrarmos em
nome de Jesus, tracemos sobre nós o sinal
da cruz, exaltando a Santíssima Trindade.
(recitado ou cantado)
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Irmãos e irmãs, nas últimas semanas, em
nossos encontros, tratamos do ENCONTRO
de cada um e cada uma de nós com JESUS
CRISTO; de como foi a nossa, a minha resposta, minha CONVERSÃO; de como amadureci no conhecimento
do Mestre Jesus, a ponto de me reconhecer seu DISCÍPULO, sua
DISCÍPULA; de como vivenciei em comunidade, na família, esse amor,
a COMUNHÃO com Cristo. Vamos partilhar como foi nossa prática
neste período em que não nos encontramos.
(Tempo para partilha.)
A: Confiantes na graça de Deus que conduz a nossa vida, queremos
viver e crescer em comunidade como discípulos missionários.
T: Senhor, Deus da vida e do amor,/ abri nossos ouvidos para escutar
a vossa Palavra,/ fonte de vida e missão./ Fazei-nos discípulos
109
missionários, movidos pelo dom do vosso Espírito,/ comprometidos com o anúncio do Evangelho,/ caminhando ao encontro
dos afastados, pobres e excluídos./ Transformai nossa Igreja
em comunidades orantes e acolhedoras,/ testemunhas de fé, de
esperança e caridade.
A: Hoje vamos ler, refletir, cantar e nos motivar em torno de nossa MISSÃO de cristãos. Enquanto cantamos, pensemos no que a letra do
canto nos diz.
Canto: Agora é tempo de ser Igreja
/: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. :/
1. Somos povo escolhido e na fronte assinalado com o nome do
Senhor, que caminha ao nosso lado.
2. Somos povo em missão, já é tempo de partir; é o Senhor que
nos envia em seu nome a servir.
Refletindo o tema à luz da Palavra
A: Missão é o que cumpre ao discípulo fazer, acatando o mandato do
Divino Mestre Jesus Cristo. É uma ação evangelizadora no anúncio,
no diálogo, no serviço e no testemunho. Missão é evangelizar.
T: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).
Leitor(a) 1: A missão da Igreja e de todos nós é: Evangelizar, a partir do
encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, promovendo
a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando na
construção de uma sociedade justa e solidária.
T: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” ( Jo 14,6).
L 2: Todo discípulo é enviado em MISSÃO, a qual é realizada de diversas
maneiras, de acordo com a própria vocação da pessoa.
L 3: O discípulo, à medida que conhece e ama o seu Senhor, sente a necessidade de compartilhar com outros a sua alegria de ser enviado
para anunciar o Evangelho da vida, a Ressurreição de Cristo.
T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura”
(Mc 16,15).
L 4: A Igreja deve cumprir sua missão, seguindo os passos de Jesus e
adotando suas atitudes.
110
T: “Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas,
porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”
(cf. Mt 9,36).
L 1: Portanto, a Igreja é convocada a ser luz no mundo, dar testemunho
de fé na prática da caridade, do serviço e do compromisso com os
pobres, marginalizados, excluídos e afastados.
T: “Vós sois a luz do mundo. Assim brilhe vossa luz diante da humanidade, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem
vosso Pai que está no céu” (Mt 4,14.16).
L 2: Como discípulos de Jesus, reconhecemos que Ele é o primeiro e maior
evangelizador, enviado por Deus.
T: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus..., pois é para
isso que fui enviado” (cf. Lc 4,43).
A: Assim como os discípulos de Emaús sentiram o coração arder, ao ouvir Jesus explicando as Escrituras, também os discípulos de hoje, ao
conhecer melhor Jesus, devem sentir a necessidade de compartilhar
com outros sua alegria.
T: “Não estava ardendo o nosso coração, quando Ele nos falava
pelo caminho e explicava as Escrituras?” (Lc 24,32).
L 3: Assim como aqueles discípulos, após reconhecer Jesus na fração
do pão, se puseram a caminho, para dar a boa notícia aos demais,
também os discípulos de hoje (cada um e cada uma de nós) somos
lembrados de que também devemos anunciar Jesus.
T: “Voltaram para Jerusalém... e contaram o que tinha acontecido
no caminho e como tinham reconhecido Jesus” (cf. Lc 24, 35).
A: Paulo também escutou Jesus falar-lhe no caminho de Damasco;
converteu-se, tornando-se seu discípulo, e partiu para a missão.
T: “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).
L 4: Anunciar Jesus é falar de sua morte e ressurreição, de seus ensinamentos, de seu exemplo e sua vida; é amar e servir, principalmente
os mais necessitados, como ele amou e serviu.
T: “Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós”
(Jo 13,15).
L 1: A nossa prática de discípulos missionários autênticos e fieis ao
Evangelho se dá no trabalho que exercemos na família, na Igreja, na
comunidade, na sociedade, nos diferentes serviços e ministérios.
111
T: “Vós sereis minhas testemunhas, no meio de todos os povos”
(cf. At 1,8).
A: Dizia D. Helder Câmara: Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de
si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu. Missão
é abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e amá-los.
T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura”
(Mc 16,15).
Canto: Vai, vai, Missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com
ardor. Cristo também chegou para anunciar. Não tenhas medo
de evangelizar.
A: A missão dos Grupos Bíblicos em Família é um belo modo de ser
Igreja: Igreja missionária, Igreja nas ruas, nas casas, Igreja Povo de
Deus; saindo da sacristia, da secretaria paroquial; saindo ao encontro
dos afastados, na comunidade, levando a Palavra de Deus, seu amor
e seus ensinamentos.
T: “A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi ao Senhor
da messe que envie operários para sua messe” (cf. Mt 9,37-38).
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos ouvir Jesus, no Evangelho de São
Marcos, falando com toda a autoridade,
enviando os discípulos a anunciar a BoaNova, com oportunas e animadoras recomendações
Canto: Como são belos os pés
1. Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz;
Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor
/: Ele vive. Ele reina. Ele é Deus e Senhor! :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo
Marcos, capítulo 16, versículos de 14 a 20 (Mc 16, 14-20).
A: Vamos refletir sobre o texto que foi proclamado e partilhar o que entendemos.
1. Por que motivo Jesus criticou a incredulidade dos discípulos?
112
2. E hoje, a quem as pessoas costumam dar ouvidos? Por quê?
(Tempo para partilhar.)
Canto: Quero ouvir teu apelo, Senhor
1. Quero ouvir teu apelo, Senhor. Ao teu chamado de amor responder. Na alegria te quero servir, e anunciar o teu reino de amor.
/: E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor, pois disponível
estou para servir-te, Senhor. :/
O documento de Aparecida ilumina
A: Agora que ouvimos e refletimos esse envio
de Jesus, vamos ouvir o que o Documento
de Aparecida nos diz sobre a Missão dos
discípulos missionários:
L 2: “A missão própria e específica dos fiéis leigos
se realiza no mundo, de tal modo que, com
seu testemunho e sua atividade, contribuam
para a transformação das realidades e para
a criação de estruturas justas segundo os
critérios do Evangelho.
L 3: O espaço próprio de sua atividade evangelizadora é o mundo vasto e
complexo da política, da realidade social e da economia, como também
da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos meios
de comunicação social de massa.
L 4: Esse espaço também inclui outras realidades abertas à evangelização,
como o amor, a família, a educação das crianças e adolescentes, o
trabalho profissional e o sofrimento.
L 1: Além disso, os fieis têm o dever de testemunhar a fé que professam,
mostrando autenticidade e coerência em sua conduta”.
T: “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que, nele, nossos
povos tenham vida”.
A: Jesus não disse: Quando tiverem terminado o curso... ou: quando se
tornarem adultos...ou: quando se aposentarem... ou: quando terminar a
novela, ou o campeonato... Ele manda seus discípulos sair e anunciar
a Boa-Nova.
113
T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura”
(Mc 16,15).
L 2: Isso significa sair de nosso conforto, comodismo, indiferença, mesquinhos interesses, e encarar desafios em nome de Cristo. É a Missão.
L 3: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Quem foi batizado, é discípulo, discípula; não esperemos outros sinais ou convites especiais.
L 4: A hora é agora, na nossa casa, na comunidade, no serviço, na rua.
A: No meu lugar, o que Cristo faria? Como falaria? De que forma
agiria?
(Refletir em silêncio.)
Assumindo compromisso
A: Ao final deste encontro, em que fomos
motivados a agir como cristãos, qual o
gesto concreto que vamos praticar ao
longo da semana, ou daqui para frente?
Além das ideias que surgirem no grupo,
que tal:
- ensinar as orações aos filhos e/ou
netos?
- participar ativamente da catequese
dos filhos e/ou netos?
- dizer-se cristão, católico, e testemunhar Jesus Cristo por atitudes
coerentes, lá no serviço, na roda de amigos, no clube, no bar?
(Tempo para o compromisso)
Oração e bênção final
A: Concluindo nosso encontro, demos graças a Deus Trindade por termos
tido esse momento de convivência, reflexão e oração.
T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.
A: Digamos juntos:
T: O Senhor nos abençoe e nos guarde, abençoe o fruto da terra
que nos sustenta na caminhada; o Senhor faça brilhar sobre nós
114
sua face e se compadeça de nós; o Senhor volte para nós o seu
rosto e nos dê a paz. Amém!
A: Vamos concluir nosso encontro, cantando.
Canto: Ide por todo o universo
1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar. Dizei a todos os povos que vim pra
salvar! Quero que todos conheçam a luz
da verdade, possam trilhar os caminhos
da felicidade.
/: Ide anunciar minha paz. Ide, sem
olhar para trás. Estarei convosco e
serei vossa luz na missão:/
2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários. Ide salvar
o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida
promove; meu Evangelho ilumina e as trevas remove.
(Partilha do pão e da água ou suco.)
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
115
18º Encontro
ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICA
“O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no jardim
do Éden, para o cultivar e guardar” (Gn 2,15).
Ambiente: Bíblia, casinha, globo terrestre ou mapa do mundo,
terra, água, fogo, folhagens, flores, pedras, sementes, imagem
ou estampa de São Francisco.
Acolhida: Pelos donos da casa ou por quem estiver conduzindo o
encontro.
Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos ao nosso encontro. Vamos
lembrar os compromissos assumidos no último encontro e partilhar as
experiências que tivemos, ao colocá-los em prática.
(Tempo para a partilha.)
Motivação e oração inicial:
A: Caminhando no seguimento de Jesus, hoje
refletiremos sobre o cuidado com a nossa
vida e com toda a Criação, inspirados no
exemplo de São Francisco de Assis. Em
comunhão com o Deus da vida, cantemos
o sinal da cruz.
Canto: Em nome do Pai. Em nome do Filho...
A: Em dois lados, vamos rezar ou cantar o
Salmo 104 (103), que é um hino ao Deus
da Criação, o Senhor da vida.
Canto: /: Envia o teu Espírito, Senhor! E renova a face da terra.:/
Lado A: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, Senhor meu Deus, como és
grande! (cf. Sl 104, 1)
Lado B: Como são numerosas tuas obras, ó Senhor. A terra está cheia de
tuas criaturas! (cf. Sl 104,24).
Lado A: A glória do Senhor seja para sempre, alegre-se o Senhor com
suas obras (cf. Sl 104, 31).
116
Lado B: Que o meu canto ao Senhor seja agradável. É nele que está minha
alegria (cf. Sl 104, 33).
Canto: /: Envia o teu Espírito, Senhor! E renova a face da terra.:/
T: Glória ao Pai...
Refletindo o tema:
A: Lembramos que no tempo de São Francisco não havia preocupação
com a preservação da natureza e seus ecossistemas. Hoje estamos
percebendo mudanças muito grandes e perigosas no clima e nas
condições de vida de nosso planeta Terra. Com frequência, ouvimos
falar da palavra ecologia, do aquecimento global, da formação de
novos desertos.
Leitor(a) 1: A palavra eco-logia quer dizer “estudo ou cuidado da casa”.
L 2: Ela nos faz compreender a nós mesmos e ao nosso ambiente como
partes da natureza.
L 3: Vemos e ouvimos notícias, debates, campanhas, passeatas, enfim,
muita discussão sobre esse assunto.
A: Mas, afinal, por que o tema da ecologia é tão importante?
L 4: Porque tornou-se evidente que a maioria dos problemas atuais, que
o ser humano vem enfrentando, tem relação direta com a ecologia e
com a degradação da natureza.
T: Crescimento populacional; poluição ambiental; fome e muitos
outros fatores.
L 1: Através da vivência da espiritualidade ecológica, compreendemos
melhor que somos parte da obra da criação.
L 2: Essa espiritualidade pressupõe e afirma a importância do respeito
pela terra e pela natureza, por todos os seus habitantes no mundo,
ajudando a propor um novo modelo de sociedade.
L 3 : Tudo que existe é parte de toda a criação. Assim, devemos valorizar
todas as formas de vida.
T: “Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom” (Gn 1, 31).
A: Hoje, quando se fala em ecologia, pensa-se em muitas coisas mais,
envolvendo questões ligadas à economia, agricultura, política, industrialização e bem-estar social.
117
L 4: A natureza e seus riquíssimos recursos têm sido vistos, por muitos,
simplesmente como matéria prima a ser explorada pela tecnologia
humana.
L 1: O crescimento econômico tornou-se mais importante para a sociedade
do que a atenção à vida e o respeito pela natureza.
A: Seria este o projeto de Deus? Foi este o desejo de Deus, quando criou
o mundo? (Silêncio)
T: Que São Francisco nos ajude a sermos irmãos e irmãs de todas
as criaturas, e a entendermos melhor o projeto de Deus, percebendo que a terra pede, de nós, compaixão e cuidado.
Canto: Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, gloria e louvor. Todas
as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: Amém.
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Vamos aclamar a Palavra de Deus, cantando,
e, em seguida, ouvir e refletir um trecho
do livro do Gênesis, que fala da criação
do universo e da humanidade.
Canto: /:Toda a Bíblia é comunicação de
um Deus amor, de um Deus irmão.
É feliz quem crê na revelação, quem
tem Deus no coração.:/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Livro
do Gênesis, capítulo primeiro, versículos de 26 a 31 (Gn 1,26-31).
A: Para ajudar nossa reflexão, vamos rever o texto bíblico e destacar
algumas palavras ou frases que mais nos chamaram a atenção. Vejamos qual é o plano de Deus para toda a criação.
(Tempo para conversar e partilhar.)
Aprofundando o tema com a Palavra
A: Vimos, no texto, que tudo o que Deus criou “era muito bom”. O homem
e a mulher recebem de Deus a incumbência de proteger e cultivar a
criação.
118
T: “Deus criou o ser humano..., os abençoou e lhes disse:
“Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submeteia!” (Gn 1, 28).
L 2: Deus também diz: “Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu
e todos os animais que se movem pelo chão” (Gn 1, 28).
L 3: A palavra “dominai”, que aparece no versículo 28, expressada por
Deus, é muitas vezes mal interpretada.
L 4: Por causa da ganância e da prepotência, muitos compreendem isso
de forma errada, usando e abusando de todos os seres e recursos
naturais para beneficio próprio, destruindo a natureza, um bem que
Deus deu para toda a humanidade.
L 1: Deus deu ao ser humano o livre arbítrio, a liberdade de pensar, organizar, agir e ser feliz, entregando a criação em suas mãos, para ser
cuidada com respeito e, assim, tirar dela o seu sustento e tudo que
favorece seu bem-estar.
T: “Eis que vos dou, sobre toda a terra, todas as plantas que dão
semente e todas as árvores que dão frutos... para vos servirem
de alimento” (Gn 1, 29).
A: Preservar a criação e toda a vida que nela existe é a recomendação
de Deus criador. E a nossa relação com Ele se completa no respeito
e no amor a toda a sua obra.
L 2: O ser humano rompe a aliança com Deus, quando deixa de ser colaborador d’Ele e passa a ser depredador, destruindo florestas, poluindo
rios, contaminando os mares, só para acumular riquezas.
T: “O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no jardim do
Éden, para o cultivar e guardar” (Gn 2,15).
A: A espiritualidade de São Francisco, no relacionamento com a criação
de Deus, é um valor importante para a nossa vivência no dia-a-dia.
Com esse respeito, e essa harmonia com toda a obra de Deus, vamos,
por um momento, olhar as pessoas, aqui presentes (pausa) e também
os símbolos diante de nós, preciosas criaturas de Deus.
(Podemos olhar, tocar, segurar, dizendo qual a beleza e o valor que têm para nós.)
Canto: Hino CF 2008
1. Com carinho desenhei este planeta, com cuidado aqui plantei
o meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso para a vida,
dom de amor que não tem fim.
119
/: Ponho, então, à tua frente dois caminhos diferentes: vida
e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o
pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás.: /
Compromissos
A: Viver uma espiritualidade ecológica pressupõe
reconhecer que Deus é o criador de
tudo, respeitando e defendendo todos
os tipos de vida no planeta. É viver em
harmonia com a natureza, cuidando do
meio ambiente. O que podemos fazer
para nos conscientizar sempre mais e
ajudar outras pessoas a fazerem o
mesmo?
- Cultivar o respeito pelo valor da natureza, sem agredi-la, desfrutando com responsabilidade de seus bens essenciais para nossa
vida.
- Reivindicar junto aos órgãos públicos, empresas, ONGs, e outras
entidades o cuidado pela natureza, meio ambiente, saneamento,
água...
- Apoiar as iniciativas que visam à melhor utilização dos recursos do
planeta: água, terra, ar, energia solar, o vento (energia eólica),...
Oração e bênção final:
A. Que Deus nos conceda a graça de tomarmos
consciência dos problemas ambientais, que
cuidemos de nosso meio ambiente e asseguremos o amanhã para nós e nossos filhos. Em
harmonia com a mãe natureza, rezemos, em
dois lados, uma prece pela ecologia.
T: Senhor Deus, criador de todas as criaturas!
Lado A: Abençoa o ar que respiramos e o vento
que suaviza; a água cristalina das fontes e a chuva que refresca; a
terra que nos dá o alimento, as árvores com saborosos frutos, que
perfumam os campos.
120
Lado B: Abençoa também o sol e a lua, o arco-íris e as estações do ano,
os peixes e os pássaros, as espécies animais e vegetais. Com teu
sopro divino, afasta as impurezas que mancham o belo espetáculo
do horizonte e o brilho fascinante das estrelas.
T: Ó Mestre do universo! Dá-nos a coragem de denunciar as injustiças que prejudicam a natureza. Suscita em nós o espírito
ecológico e orienta nossas mentes e corações, pois cabe a nós,
seres humanos, o compromisso da vida, maravilhosa obra de tua
criação. Amém!
A: Que Deus nos abençoe e nos ilumine, para vivermos bem os seus
ensinamentos em harmonia com toda a criação.
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Canto: Senhor, meu Deus
1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas
obras de tuas mãos, no céu azul, de estrelas pontilhado, o teu
poder mostrando a criação,
/: Então minh’alma canta a ti, Senhor. Quão grande és Tu!
Quão grande és Tu! :/
2. Quando a vagar nas matas e florestas, o passaredo alegre ouço
a cantar, olhando os montes, vales e campinas, em tudo vejo o
teu poder sem par.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
121
19º Encontro
MISSÃO: PROMOÇÃO DA PAZ
“A paz esteja convosco” (Jo 20, 21).
Ambiente: Bíblia, vela, casinha, recortes de revistas, jornais
ou fotos com pessoas em caminhada ou manifestação pela
paz, ou símbolo que expressa a paz, cartaz escrito com o
título do encontro.
Acolhida: A família que acolhe dá as boas-vindas, desejando a paz.
Motivação e oração Inicial
Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos. Vamos partilhar
como foi a nossa semana e o que conseguimos colocar em prática,
do compromisso assumido na semana que passou.
(Tempo para partilhar.)
A: O grande desejo de Deus é que tenhamos paz e felicidade. Por isso,
Ele enviou com muito amor seu Filho Jesus, para nos dar a paz e
para que seu Reino de justiça se realize entre nós. Façamos o sinal
da cruz, com esperança e muita fé.
Todos(as): Em nome do Pai...
A: Num mundo marcado por violência, somos chamados e chamadas
a reconstruir a paz. Vamos rezar pela reconciliação, pela unidade e
pela paz entre as pessoas, povos e Igrejas, e para que a família dos
filhos e filhas de Deus conviva na alegria, com a paz de Cristo.
T: Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos vossos Apóstolos...
Canto: Paz, paz, paz de Cristo! Paz, paz, que vem do amor, lhe desejo,
irmão! Paz que é felicidade de ver em você Cristo, nosso irmão!
Refletindo o tema
A: Nos dias de hoje, a paz e o amor de Jesus são tão almejados por todas
as pessoas, e precisam ser conquistados e experimentados dia após
dia, em nossos corações, em nossas famílias, nas comunidades e
na sociedade.
122
T: “Eu vos deixo a paz. Eu vos dou a minha paz” (Jo, 14,27).
Leitor(a) 1: Participar da paz de Cristo e anunciá-la é aceitar o testemunho
dos discípulos e discípulas que seguem Jesus, professando sua fé na
Ressurreição e na salvação.
T: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos
envio” (Jo 20, 21).
L 2: Viver em paz consigo mesmo e com os irmãos e irmãs é um desafio
no nosso dia-a-dia, pois vivenciamos muitas experiências doloridas,
consequências da violência gerada pela injustiça social.
T: “A paz é fruto da justiça” (Is 32, 27).
L 3: Compreende-se que, para viver a paz, temos que viver primeiro o amor.
Só o amor constroi a paz e a justiça, transformando a sociedade.
L 4: No encontro com Jesus Cristo e com o seu amor libertador, renovamos
nossa esperança, nossa fé e nosso testemunho de vida plena para
todos os irmãos e irmãs.
T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”
(Jo10,10).
A: Ao fazermos a experiência da escuta da Palavra, da reflexão e da
oração, nos encontramos com Jesus e nos reconciliamos com o Pai,
na busca da comunhão e da unidade no caminho da salvação.
L 1: Participando dos Grupos Bíblicos em Família, abrimo-nos ao impulso
do Espírito Santo, na alegria de sermos discípulos missionários, de
levar a paz de Cristo a todos os lugares e situações de vida.
T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”
(Mt 16,15).
A: O processo de conversão pessoal de cada cristão e cristã batizado é
estar em estado permanente de missão, no anúncio do amor libertador de Jesus, a serviço da humanidade, para uma vida em paz com
Cristo.
Canto: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra
cantar um novo hino de unidade, amor e paz.
123
A Palavra de Deus ilumina
A: A Palavra de Deus aquece nosso cora-ção e nos impulsiona a testemunhar a beleza do anúncio do Evangelho de Jesus. Acolhamos a
Palavra de Deus, cantando:
Canto: A bíblia é a palavra de Deus semeada no meio do povo, que
cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos a viver num
mundo novo.
Leitor (a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São João, capítulo
20, versículos de 19 a 22 (Jo 20, 19-22).
(Silêncio para interiorizar a Palavra.)
A: Vamos relembrar o que nos diz o texto bíblico e conversar um pouco
entre nós:
a. O que Jesus disse ao encontrar-se com os discípulos?
b. Quem se alegrou ao ver Jesus?
c. Vamos ver, no texto, o que nos que dizem os versículos 21 e 22.
d. Quem nos envia para a missão?
e. Como podemos dar continuidade à missão de Jesus?
Aprofundando a Palavra de Deus
A: Olhando para nossa realidade, vemos que o texto nos impulsiona a
anunciar o Evangelho para aqueles que não conhecem Jesus e não
o seguem.
T: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 10, 21).
L 2: Os apóstolos e os seguidores e seguidoras de Jesus receberam a paz
como bênção e envio para a missão. Assim como eles, também nós
somos responsáveis por desejar a paz entre nós, no anúncio da vida
nova em Cristo.
Canto: /: Quero te dar a paz do meu Senhor, com amor. :/
L 3: O anúncio da Ressurreição de Jesus e de sua paz foi a missão dos
Apóstolos, de Paulo e dos seus seguidores; é a missão que ressoa
aos nossos ouvidos neste mundo turbulento, transformando nossos
medos em coragem, nossos egoísmos em partilha, no cumprimento
de nossa missão.
T: “Deus anunciou a Boa-Nova da paz, por meio de Jesus Cristo,
que é o Senhor de todos”... (At 10,36)
124
L 4: A paz de Cristo chega até nós por meio dos acontecimentos da história
e pela alegria de servir com amor e gratuidade. T: “Tende entre vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2, 5).
A: A ressurreição de Cristo é a nossa esperança. Vivamos a alegria do
Cristo Ressuscitado, testemunhando, professando, e cultivando a paz
no nosso coração e em todos os ambientes em que convivemos.
T: A paz e o amor de Cristo estejam sempre conosco.
L 1: Somos convocados à missão, assumindo o estilo de vida de Jesus
Cristo como nosso projeto de vida, praticando seus ensinamentos com
fé e esperança.
T: “Estarei convosco até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).
A: A nossa ação missionária no seguimento de Jesus é descobrir a essência do Evangelho, meditar, escutar, aprender, ser evangelizado
para evangelizar, assumindo o compromisso de nosso batismo.
Canto: Pelo Batismo recebi uma missão, vou trabalhar pelo Reino do
Senhor. Vou anunciar o Evangelho para os povos, vou ser profeta,
sacerdote, rei, pastor. Vou anunciar a boa-nova de Jesus; como
profeta, recebi esta missão. Onde for, serei fermento, sal e luz,
levando a todos a mensagem de cristão.
Assumindo Compromisso
A: Vimos que no batismo somos chamados a
sermos profetas, anunciadores da Boa
Nova e denunciadores das injustiças.
Essa é a nossa grande missão na construção do Reino de Deus. Vejamos algumas propostas de ação:
- Dar mais atenção às pessoas de nossa
convivência ou de encontros casuais,
seja na comunidade, no trabalho, na família ou por onde andarmos.
- Procurar conhecer as eventuais necessidades das famílias do nosso bairro (comunidade), para encontrar modos de ajuda discreta
e eficaz.
- Organizar e participar de caminhadas, movimentos, debates e
outras iniciativas em promoção da paz.
(Momento para conversar e ver o que se pode assumir como compromisso, levando em consideração a realidade de nossa comunidade.)
125
Oração e bênção final
A: Encerramos o nosso encontro, fazendo nossos
pedidos a Deus Pai.
L 2: Pai de bondade, ensina-nos a viver bem a vida
de comunidade, para que saibamos revelar o
rosto da Igreja seguidora de Jesus Cristo.
L 3: Pai de bondade, dá-nos força e coragem para
sermos mensageiros e mensageiras da tua
paz.
(Podemos continuar, fazendo algumas preces espontâneas.)
A: Deus Pai criador, guia-nos sempre nos caminhos da verdade. Deus
Filho redentor, ensina-nos a viver a alegria de servir no amor e na
gratuidade. Deus Espírito Santificador, mostra-nos o caminho da paz
e da salvação.
T: Que Maria, Nossa Senhora da paz, interceda por nós, pedindo que
Deus nos abençoe, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Amém.
Canto: Maria mãe.
/: Nossa Senhora da paz, Maria, mãe de Jesus. :/
1. Maria, mãe da vida, Maria, mãe do amor.
2. Maria, mãe do mundo, Maria, mãe da luz.
3. Maria, mãe da terra, Maria, mãe do céu.
4. Maria, mãe da Igreja, Maria, mãe da fé.
5. Maria, mãe do povo, Maria, nossa mãe.
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
126
20º Encontro
JOVEM: DISCIPULO E
MISSIONÁRIO DE JESUS
“Não tenhas medo deles, pois eu estou contigo para defender-te” (Jr 1, 8).
Ambiente: Casinha, Bíblia, cartaz dos Grupos Bíblicos em
Família (se possível), recortes de Jornal, revista que mostre
a realidade dos jovens hoje (no trabalho, na rua, na Igreja, com
amigos e outros).
Acolhida: Pelas pessoas da casa
Motivação e oração Inicial
Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos.
Iniciamos o nosso encontro, partilhando
os compromissos assumidos na semana
passada.
(Tempo para partilha.)
A: Irmãos e irmãs: Jesus Cristo, ainda jovem
em idade, entregou sua vida por amor ao
Pai e pela salvação da humanidade. Em
comunhão com Ele, e com todos os jovens, rezemos o Salmo 139.
Lado A: Senhor, tu me sondaste, e me conheces (Sl 139, 1).
Lado B: Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe entendes
o meu pensamento (Sl 139, 2).
Lado A: Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus
caminhos (Sl 139, 3).
Lado B: A palavra ainda não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda (Sl 139, 4).
Todos(as): Em nome do Pai...
Canto: Se calarem a voz dos profetas
127
1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem
os poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura
a verdade, nestas margens estreitas demais, Deus criou o infinito
pra vida ser sempre mais.
É Jesus esse pão de igualdade, viemos pra comungar com
a luta sofrida do povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com
fé e união, nossos passos um dia vão chegar.
Refletindo o tema
A: Hoje vamos refletir sobre a juventude, seus medos, inseguranças,
dificuldades e situações que afetam significativamente sua vida, seu
desenvolvimento e a possibilidade de serem profetas do Reino de
Deus.
T: “Não tenhas medo..., pois estou contigo para defender-te” (cf. Jr 1, 8).
Leitor(a) 1: A fase da vida chamada de juventude vai dos 16 aos 29 anos
de idade. É fase cheia de sentimentos, ações e atitudes imediatistas,
muitas vezes não compreendidas pela sociedade e pelos próprios
jovens.
L 2: Na sociedade moderna, a fase de juventude é vista como tempo de
construção da sua identidade pessoal. Mas, nessa fase, o jovem
depara-se com uma sociedade em que muitas vezes prevalece o
individualismo, o consumismo e o competitivismo, como meio de
sobrevivência.
Canto: Deixe-me ser jovem
/: Deixe-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida
me convida a uma missão realizar. :/
1. Deixe-me ser jovem, ser livre pra sonhar, não reprima, não reprove o meu jeito de amar.
3. Muitos jovens, sem saber, esbanjaram sua idade, alienados, se
entregaram aos dragões da sociedade.
A: Em meio à crise social, política, econômica, religiosa e cultural, o
jovem corre o perigo de tornar-se uma pessoa confusa, na busca de
um projeto de vida.
128
L 3: Com isso, várias mudanças podem ocorrer na fase de adolescência,
como: perda de valores e princípios, mudando seu estilo de vida.
T: “Tu és meu filho amado, em ti encontro o meu agrado” (Lc 3, 22).
L 4: Os meios de comunicação podem conduzir o jovem a mundos distantes e fantasiosos, onde, ilusoriamente, quase todo desejo pode ser
satisfeito, através do consumismo e do desejo do ter.
T: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?”
(Sl 119,9).
A: Nesse contexto, é importante que a Igreja busque se adaptar à realidade das mudanças da juventude, oferecendo meios para que também os
jovens possam liberar suas energias e contribuir na evangelização.
L 1: A evangelização da juventude deve acontecer nos diversos espaços
em que os jovens se encontram, seja no esporte: futebol, vôlei, skate,
surfe... ou em outras atividades artísticas e culturais, promovidas pela
Igreja em parceria com os órgãos públicos.
T: “Devo anunciar a Boa Noticia do Reino de Deus... pois foi para
isso que fui enviado” (Lc 4, 43).
L 2: A Igreja tem o compromisso de chamar e estimular a juventude para
participar de grupos de jovens na própria comunidade e nas paróquias,
no grupo de escotismo, nos grupos de movimentos sociais ou artísticos
e outros locais em que o jovem mostre sua capacidade e talento.
L 3: Essas opções apresentadas são maneiras de ajudar o jovem na formação de sua identidade e ajudá-lo a dizer não ao caminho da droga,
do álcool, da violência e do crime.
T: “Para mim, o viver é Cristo” (Fp 1, 21).
Canto: O rosto de Deus é jovem também. E o sonho mais lindo é ele
quem tem. Deus não envelhece, tampouco morreu. Continua
vivo no povo que é seu. Se a juventude viesse a faltar, o rosto de
Deus iria mudar.
A Palavra de Deus ilumina
A: Vamos ouvir e ver como a mensagem do Evangelho pode iluminar a realidade
da nossa Juventude. Com alegria, acolhamos a Palavra de Deus, cantando:
Canto: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor! /: Lâmpada para
meus pés, Senhor, Luz para o meu caminho! :/
129
Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do profeta
Jeremias, capítulo 1º, versículos de 4
a 8 (Jr 1, 4-8).
(Silêncio para interiorizar a Palavra.)
A: Vamos partilhar o que entendemos do
texto bíblico.
- Qual foi a resposta de Jeremias
ao saber que era um profeta?
- Existe relação entre a resposta de
Jeremias e a do jovem de hoje?
- Como podemos motivar os jovens a depositarem confiança em si
mesmos, para despertar o compromisso de anunciar a mensagem
de Jesus?
(Tempo para conversar.)
Aprofundando a Palavra
A: O jovem Jeremias, ao receber sua missão, sentiu-se incapacitado de
levar a mensagem de Deus, mas o Senhor garantiu que estaria junto
dele.
L 4: Os jovens que são chamados a participar da ação pastoral da Igreja,
com seu testemunho de vida e com ações no campo da evangelização,
atendendo às necessidades dos desafios que o mundo apresenta,
também se sentem muitas vezes incapazes de levar a Boa-Nova.
T: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, porque sou jovem” (Jr 1, 6).
L 1: A juventude tem direito a ser estimulada e orientada para conhecer e
amar a Deus e conhecer os valores cristãos.
T: “Não tenhas medo, pois estou contigo para defender-te” (Jr 1, 8).
L 2: Muitos jovens encontraram seu caminho na Igreja, participando da
liturgia, da catequese, de ministérios, bandas e grupos de jovens.
L 3: A Igreja precisa colocar a juventude como prioridade pastoral e
possibilitar o desenvolvimento de uma pastoral atraente, com novos
conceitos, e que leve a mensagem de um Cristo amigo.
T: “A juventude deve ser realmente uma prioridade do nosso trabalho
pastoral” (Bento XVI).
A: Também Dom Hélder Câmara tem palavras fortes neste sentido:
130
Lado A: “Demos à juventude, enquanto é tempo, um crédito de confiança, corajoso e ilimitado. Os jovens não aceitam uma confiança pela
metade”.
Lado B: “Enfim, meus irmãos adultos: os jovens são ou não são vossos
filhos? No dia em que a juventude for comedida, prudente e fria como
a velhice, o país morrerá de tédio.”
Canto: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver do teu amor. Pra fazer tua vontade, pra viver do teu
amor. Eis-me aqui, Senhor!
Assumindo compromisso
A: Na Arquidiocese de Florianópolis existe o Setor Juventude, que abrange os vários Grupos de Jovens: Pastoral da Juventude (PJ), Emaús,
Pólen, e outros: Renovação Carismática Católica-RCC, Cursilhos... Os
jovens se organizam, através dos grupos de base, onde se encontram,
vivem a sua fé e participam da comunidade, levando a mensagem de
Cristo.
- E nós, como podemos auxiliar o jovem, que vive em meio a tantos
caminhos, a encontrar sua verdadeira missão e o seu lugar na
Igreja e na sociedade?
- Como podemos apoiar os grupos de jovens de nossa paróquia
e incentivar que mais jovens participem dos grupos de música,
catequese e em outras atividades?
(Momento para conversar e assumir compromissos.)
Oração e bênção final
A: Vamos rezar por todos os jovens, em dois lados, a “Oração da Juventude”.
T: Senhor, somos jovens de vários cantos e encantos.
Lado A: Em nossos rostos, a história de dores, alegrias, desafios e esperanças. Sonhamos com a Civilização do Amor, onde a justiça, a
solidariedade e a paz sejam vivenciadas intensamente.
Lado B: Queremos caminhar guiados pelo vosso poder, amor e sabedoria,
colocando todo o nosso potencial a serviço da vida e da esperança.
Lado A: Nós, jovens, acreditamos na força do diálogo, da verdade, da
justiça, da partilha, da união e da felicidade.
131
Lado B: Pedimos o dom do discernimento, para que sejamos protagonistas
de nossa caminhada neste novo milênio.
Lado A: Dai- nos a lucidez crítica e a verdadeira liberdade; o testemunho
coerente e a audácia; a criatividade em festa e a esperança utópica.
Lado B: Que, através de nossos grupos de jovens, consigamos articular
todas as forças vivas diante dos novos questionamentos e desafios,
transformando nossa realidade e recriando um Novo Céu e uma
Nova Terra. Amém
T: O Senhor esteja à nossa frente para nos mostrar o caminho. O
Senhor esteja ao nosso lado para nos amparar nas dificuldades.
O Senhor esteja dentro de nós para nos consolar, quando estivermos tristes. O Senhor esteja conosco e com sua Igreja, sempre
unida e a serviço de todas as pessoas. O Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Amém.
Canto: Utopia
1. Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança brilhar, eu vou cantar! Quando o povo nas ruas sorrir, e a roseira
de novo florir, eu vou cantar! Quando as cercas caírem no chão,
quando as mesas se encherem de pão, eu vou cantar! Quando
os muros que cercam os jardins, destruídos, então os jasmins
vão perfumar!
/: Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo. No
olhar do homem a certeza do irmão: reinado do povo.:/
Se o Grupo de Jovens de sua comunidade estiver precisando
de ajuda, materiais, assessorias, entrem em contato com a
Secretaria da Pastoral da Juventude:
Guilherme Pontes
Contato: (48) 3224-4799 ou [email protected]
Rua Esteves Junior, 447 – Centro
Cep: 88015-130 – Florianópolis – SC
Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo
encontro, lendo o tema e o texto bíblico.
É importante levar a Bíblia em todos os encontros.
132
21º Encontro
IDE ANUNCIAR
“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 16-18).
Ambiente: Bíblia, casinha, sandálias, cruz, flores, globo ou
outro símbolo que represente os cinco continentes, imagem ou
estampa de Nossa Senhora Aparecida ou de Nossa Senhora
de Guadalupe.
Acolhida: Pelas pessoas da casa ou pelo animador(a).
Motivação e oração inicial
Animador(a): Sejam todos bem-vindos e bemvindas. Vamos conversar sobre o compromisso assumido na semana passada.
(Tempo para partilhar como o colocamos em prática.)
A: Com grande alegria pela caminhada feita,
agradecemos a Deus no final deste Tempo
Litúrgico em que refletimos, como discípulos
missionários, sobre muitos assuntos ligados
à vida social e comunitária, à vida da Igreja e à vida e missão de
Jesus. Encerramos o Tempo Comum com a festa de Cristo Rei, e já
nos aproximamos do novo tempo litúrgico, o “Tempo do Advento”, que
nos encaminha para a grande festa do Natal do Senhor. Com alegria,
cantemos o sinal da cruz:
Canto: /: Em nome do Pai, do Filho também. Em nome do Espírito
Santo. Amém. :/
A: Rezar é abrir-se ao Espírito, para que Ele renove em cada discípulo
do Senhor o ânimo permanente de ser missionário. Rezemos com
Maria, mãe, discípula e missionária de Jesus.
Todos(as): Ave Maria...
Canto: Companheira Maria
133
1. Companheira Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Modelo dos consagrados, nosso “sim” ao chamado do Senhor
confirmai.
/: Ave, Maria, cheia de graça, plena de graça e beleza. Queres com certeza que a vida renasça. Santa Maria, Mãe do
Senhor, que se fez pão para todos, criou mundo novo só
por amor. :/
2. Intercessora Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Justiça
dos explorados, combate o pecado, torna a todos iguais.
Refletindo o tema
A: O Documento de Aparecida nos convoca a abraçar o compromisso
missionário, para que sejamos fieis ao anúncio do Evangelho de Jesus.
Pedimos que o Espírito Santo ilumine nossa reflexão.
Canto: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar.
Leitor(a) 1: No caminho aberto pela Conferência de Aparecida, foi elaborado o novo Projeto Nacional de Evangelização: “O Brasil na Missão
Continental”, com o lema:
T: “A alegria de ser discípulo missionário”.
L 2: A Missão Continental visa a despertar um grande impulso missionário na nossa Igreja na América Latina e no Caribe, para tomarmos
consciência de que a dimensão missionária faz parte da identidade
da Igreja e do cristão.
Canto: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar.
A: O projeto “A Missão Continental” tem como objetivo: “Abrir-se ao impulso do Espírito Santo e incentivar, nas comunidades e em cada pessoa,
o processo de conversão pessoal e pastoral ao estado permanente
de missão para a vida plena”.
Canto: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar.
L 3: O discípulo se forma para a missão e, por sua vez, a missão forma o
discípulo. Somos chamados a dar novos passos, como evangelizadores, através de nosso testemunho e nossa ação, e contribuir para
que todos os povos tenham vida plena em Jesus.
Canto: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar.
134
A: O Projeto da Missão Continental deseja unir, na fé, os povos latinoamericanos e caribenhos.
L 4: Através da ação do Espírito Santo, o cristão tem a coragem de lutar
para que, em Cristo, todos os povos tenham vida. Esta é a nossa
esperança: ver nosso Continente repleto do Amor de Deus.
Canto: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar.
L 1: A Missão Continental vai além da missão no nosso continente. É a
missão para o mundo, a partir de nosso continente. O Espírito Santo
nos move e nos coloca em estado permanente de Missão.
L 2: Somos chamados a viver a missão que Jesus Cristo confiou a cada um
de nós, pois o espaço da missão é o coração do ser humano, de modo
que o Evangelho chegue a todos os homens e mulheres sedentos de
Deus.
L 3: A Igreja peregrina é por natureza missionária, pois ela se origina da
missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio
de Deus Pai (AG 2).
Canto: Quero ouvir teu apelo, Senhor
1. Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder. Na alegria te quero servir, e anunciar teu reino de amor.
/: E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor, pois disponível
estou par servir-te, Senhor!:/
A Palavra de Deus nos ilumina
A: Ouvimos no Evangelho que Jesus envia
seus discípulos a anunciar o Evangelho
a todos os povos, a viver conforme seu
projeto, seu jeito de viver. Cantemos:
Canto: Eu vim para escutar
1.
Eu vim para escutar. /: Tua Palavra, tua
Palavra, tua Palavra de amor. :/
2.
Eu quero entender melhor. /: Tua Palavra, tua Palavra, tua Palavra de amor. :/
Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho segundo São Mateus,
capítulo 28, versículos de 16 a 20 (Mt 28, 16-20).
135
A: A missão de anunciar a Boa Nova foi dada por Jesus a seus discípulos
e a todos e todas nós. Vamos conversar um pouco sobre o mandato
de Jesus.
1. Jesus enviou seus discípulos a levar o Evangelho a todos os povos.
Como eu sinto este chamado? (Conversar de 2 em 2 pessoas.)
2. Como nosso grupo de famílias pode ajudar a anunciar a mensagem
de Jesus em nossa comunidade e no mundo?
(Tempo para conversar.)
Aprofundar a Palavra
A: Jesus é a única autoridade entre os seres humanos e Deus. Ele ordenou que os discípulos anunciassem a sua mensagem, seu modo
de viver e agir.
T: “Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28, 20).
L 4: Todos as pessoas são chamadas a participar de uma nova comunidade, a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, tornando-se
seus discípulos.
T: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 16-19).
L 1: O texto encerra, afirmando que Jesus está vivo e sempre presente no
meio da comunidade, que vivencia o seu amor na luta por um mundo
mais justo e solidário.
T: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”
(Mt 28, 20).
L 2: A missão de Jesus é a nossa missão. Somos todos convocados a
olhar para a nossa realidade e perceber a necessidade de intensificar
o anúncio do Reino e a prática de Jesus.
L 3: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Canto: /:Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que
eu Te siga, respondo: Eis-me aqui:/
Compromisso
A: A escuta da Palavra de Deus nos capacita para a ação na força do
Espírito Santo e nos impulsiona a ir ao encontro de toda pessoa, fa-
136
lando a linguagem do testemunho, da fraternidade e da solidariedade.
Queremos assumir em grupo um compromisso que ajude as pessoas
a contribuírem na missão da Igreja.
1. Convidar as crianças e adolescentes para participar da Pastoral
de Coroinhas, Infância Missionária, Grupos de Adolescentes, na
sua comunidade.
2. Ajudar a suprir as necessidades das pessoas que partem em
missão para outros Estados brasileiros ou para fora do Brasil.
3. Ser missionário(a) na própria comunidade, participando dos Grupos
Bíblicos em Família e fortalecendo a criação de novos grupos.
Oração e bênção final
A: Para viver a missão a que fomos chamados,
precisamos estar atentos às necessidades
das pessoas e ao que Deus nos pede. Pedimos que o Senhor nos dê sua luz e nos fortaleça, rezando, em dois coros, a Oração do
Brasil na Missão Continental:
,
T: Senhor, Deus da vida e do amor, enviastes
o vosso Filho para nos libertar das forças
da morte e conduzir-nos no caminho da
esperança. Movei-nos pelo dom do vosso
Espírito!
Lado A: Fazei-nos discípulos, comprometidos com o anúncio do Evangelho
em nossa Pátria, em comunhão com a Missão Continental.
Lado B: Fazei-nos missionários, caminhando ao encontro de nossos irmãos
e irmãs, acolhendo a todos, sobretudo os jovens, os afastados, os
pobres, os excluídos.
T: Virgem Mãe Aparecida, intercedei junto ao vosso Filho, para que
sejamos fieis ao nosso compromisso de discípulos missionários.
Amém!
A: É tempo de pensarmos em nos preparar para um novo tempo litúrgico,
o “Tempo do Advento”. Deus se faz humano no meio de nós, e nos
diz, através de seu Filho Jesus: “Como o Pai me enviou, Eu também
vos envio” (Jo 20, 22).
(Colocando a mão sobre o ombro de quem está ao nosso lado, rezemos:)
137
T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para
anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a
libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para
dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano da graça do
Senhor” (Lc 4,18).
A: Que Maria, a mãe de Jesus, Estrela da Evangelização, nos faça sentir
a alegria de sermos verdadeiramente discípulos missionários de seu
Filho. Maria, grande missionária, continuadora da missão de seu Filho
Jesus, interceda por nós.
T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Canto: Mãe do céu morena
1. Mãe do céu morena, Senhora da América Latina. De olhar e
caridade tão divina, de cor igual à cor de tantas raças. Virgem
tão serena, Senhora destes povos tão sofridos, patrona dos
pequenos e oprimidos, derrama sobre nós as tuas graças.
/: Derrama sobre os jovens tua luz, aos pobres vem mostrar
o teu Jesus. Ao mundo inteiro traz o teu amor de mãe. Ensina
quem tem tudo a partilhar, ensina quem tem pouco a não
cansar, e faz o nosso povo caminhar em paz.:/
2. Derrama a esperança sobre nós, ensina o povo a não calar a
voz. Desperta o coração de quem não acordou. Ensina que a
justiça é condição de construir um mundo mais irmão, e faz o
nosso povo conhecer Jesus.
Lembrete:
Na espera do novo Livreto do Advento/Natal, propomos que
os grupos continuem se encontrando. Sugestão: Fazer o
planejamento de atividades para o próximo ano e incluir no
cronograma da Paróquia. Fazer a avaliação para encaminhar
à Coordenação Arquidiocesana dos GBF. Praticar os passos
da Leitura Orante da Palavra de Deus.
138
Anexo 1
Oração dos Grupos Bíblicos em Família
D. Murilo S. R. Krieger
Senhor Jesus, tu nos garantiste:
“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio
deles” (Mt 18,20).
Por isso, acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos Grupos
Bíblicos em Família.
Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Palavra,
fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça.
Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como
nós, querem ser discípulos e missionários teus.
Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai;
a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na
esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12).
Por que queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e
entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus
é amor.
Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor,
quando somos convidados a nos reunir ao redor de teu Altar.
Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão
da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia.
Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias
e nossos grupos, para que saibam imitar a Família de Nazaré.
Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a Santíssima
Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém.
139
Anexo 2
Hino dos Grupos Bíblicos em Família
Letra: Ir. Clea Fuck e Música: Pe. Ney Brasil
1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram
em torno da Bíblia, Palavra de Deus.
Refletem, conversam, e rezam, e cantam,
na prece entrelaçam a terra e os céus.
/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família:/
2.
Igreja nas casas! Assim foi no início,
aí se encontravam os grupos cristãos.
Por isso, o símbolo é hoje a casinha,
a mística é o grupo de irmãs e irmãos.
3.
Igreja nas casas! Modelo é a Trindade.
Pessoas diversas constroem comunhão.
Partilham suas buscas, seus sonhos,
problemas, e tudo se torna fraterna oração.
4.
Igreja nas casas! O centro é a Bíblia,
resposta divina a humanas questões.
Assim, a oração, reflexão da Palavra,
motiva e orienta concretas ações.
5.
Igreja nas casas! São células vivas
da comunidade em torno a Jesus.
Ninguém é cristão isolado, sozinho,
amor verdadeiro à unidade conduz.
6.
Igreja nas casas! A arquidiocese
nos chama e convida a evangelizar.
Os grupos refletem o rosto da Igreja,
que é graça presente em todo lugar.
/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família:/
140
Equipe de elaboração e revisão do conteúdo
Adelir Raupp
Anita Kirchner
Carla Cristina de Oliveira Guimarães
Celso Loraschi
Diác. José Antônio Schweitzer
Diác.Wilson Fábio de Castro
Djalma Lemes
Eden Silvana De Mare
Edson Luíz Mendes
Elísio Marcelo Finato
Eva Linhares
Guilherme Pontes
Ir. Clea Fuck
Ir. Edenir Biancato Alberton
Ir. Marlene Bertoldi
Jupira Silva da Costa
Marciel Manuel Linhares
Maria Angelina da Silva
Maria Glória da Silva Luz
Pe. Alcides Albony Amaral
Pe. Vitor Galdino Feller
Tiago Vicente Santana
Silvia Togneri
Equipe de Editoração
Digitação: Maria Glória da Silva Luz
Revisão Redacional: Diác. José Antônio Schweitzer
Revisão Teológica: Dom Vito Schlickmann
Apresentação: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Revisão Final: Ir. Clea Fuck
Capa: Atta (José Valmeci de Souza)
Editoração eletrônica: Marcelo Luiz Zapelini
Coordenação Arquidiocesana de Pastoral
Leda Cassol Vendrúscolo
Pe. Vitor Galdino Feller
141
Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos
Bíblicos em Família
Coordenação Arquidiocesana
Maria Glória da Silva Luz (48) 3224 4799 ou (48)9634-4667
Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro. CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC
E-mail: [email protected]
Equipes de Articulação Comarcal
Comarca de Santo Amaro
Diác. Osvaldo Prim – (48) 3245 9020
Diác. Bruno João e Anita Steffen Degering – (48) 3252 0164
Comarca de São José
Jelcinei Paz – (48) 3254 0201
Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247 8886
Maria Ida Gonçalves – (48) 3242 3697 / 48 9979 6758
Comarca da Ilha
Lucelene Faustina Sabino – (48) 3232 7004
Diác. Pedro Carbonera – (48) 3333 7897
Volmar de Souza Netto – (48) 3733 4941/ (48)9998 6800
Roberto G. da Costa – (48)3269 6707 (48)9618 7962
Comarca do Estreito
Margarete Severino Pereira – (48) 8425.4674 (48)3258 3802
Diác. Wilson Fábio de Castro – (48) 3034 7264
Comarca de Biguaçu
Maria da Glória Agassi – (48) 3246 5945
Ir. Viola Feltrim – (48) 3243 5014
Maria Helena Campos Siqueira - (48) 3243 4600
Comarca de Tijucas
Pe. Revelino Seidler – (47) 3369 4062
Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265 0807
Comarca de Itajaí
Pe. Flávio Feller – (47) 3363 9796
Maria da Graça Vicente – (47) 3268 1954
Noêmia Mariana da Silva – (48) 3344 2561
Glória Maria Dal Castel – (47)3348 5726
Comarca de Brusque
Ana Regina Stocker Petermann – (47) 3350 5679/(47) 9914 2782
Regina Martinenghi- (47)3355 7819
Elza Crepps Bosio - (47) 3355 2673
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AVALIAÇÃO
As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em
Família pedem que você colabore com o sucesso dessa Prioridade Pastoral
de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando
a resposta, até o dia 20 de dezembro de 2009, endereçado à Coordenação
Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: gbf@arquifln.
org.br
1) Quanto aos grupos:
a) Quantos grupos há na sua comunidade?
2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?
– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões?
Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).
– Existe a preocupação de convidar outras pessoas, principalmente as
que se encontram afastadas da Igreja?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
3) O conteúdo do livreto:
– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja,
para a sua paróquia, para a sua comunidade?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
4) A linguagem do livreto:
– Dá para entender bem tudo o que está escrito?
Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).
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– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?
5) Os cantos:
– Os cantos estão de acordo com os temas tratados?
Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).
– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo?
Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).
6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na
sua Paróquia?
7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comunidade
e na sua paróquia:
– Três pontos positivos:
– O que e como poderia ser melhor:
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encontro com jesus cristo - Arquidiocese de Florianópolis/SC