Demostrações Financeiras 2011 Demonstrações Financeiras 2011 www.cteep.com.br Demonstrações Financeiras 2011 02 Relatório da Administração 08 Balanços Patrimoniais 10 Demonstração do Resultado do Exercício 11 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 12 Demonstração dos Fluxos de Caixa 14 Demonstração do Valor Adicionado 15 Notas explicativas às Demonstrações Financeiras 71 R elatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras 73 Parecer do Conselho Fiscal 74 D eclaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes 74 Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras 2011 1 Relatório da administração Exercício Social 2011 Senhores Acionistas, projetos reforçam a disponibilidade e a confiabilidade da trans- A Administração da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica missão de energia elétrica.. Paulista (CTEEP), em cumprimento às disposições legais e estatu- A energia das nossas conquistas vem de uma equipe tárias, submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração motivada e comprometida com as metas, à qual manifestamos e as correspondentes Demonstrações Contábeis, com o Relató- nosso agradecimento por toda a colaboração ao longo do ano. rio dos Auditores Independentes e do Parecer do Conselho Fiscal, Agradecemos aos parceiros e fornecedores pelo desenvolvi- referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. mento de uma relação duradoura e eficiente. Também agradecemos os acionistas, conselheiros e demais diretores pelo Mensagem da Administração suporte, dedicação e empenho na construção de uma Compa- Chegamos ao final do ano de 2011 certos de que os esforços nhia rentável, sustentável e dedicada à sua missão. foram transformados em bons resultados. Não apenas traduzidos em nossos números que, proporcionalmente, estão 1. PERFIL DA COMPANHIA entre os melhores do mercado, mas principalmente na con- Maior concessionária privada do serviço público de trans- fiança e na satisfação dos nossos stakeholders. missão de energia do Brasil, a Companhia de Transmissão de De acordo com a gestão integral, que incorpora o acom- Energia Elétrica Paulista (CTEEP) é responsável pelo transporte panhamento da estratégia definida por nosso Conselho de anual de 30% de toda a energia elétrica produzida no País, Administração, as dimensões financeira e operacional, e capa- 60% da energia consumida na Região Sudeste e quase 100% cidade de gerenciar projetos, nos permitiram obter resultados no estado de São Paulo. Ao final de 2011, contava com uma dignos de comemoração. O EBITDA em 2011 foi 23,84% maior equipe de 1.458 funcionários. A receita operacional líquida foi do que em 2010, totalizando R$ 1.456,5 milhões com mar- de R$ 2,9 bilhões e o lucro líquido de R$ 915,3 milhões. gem de 50,2%. O lucro líquido somou R$ 915,3 milhões, o que representa avanço de 12,7% ante o ano de 2010. Com sede na cidade de São Paulo, a CTEEP está presente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Com o apoio do nosso corpo de colaboradores, melho- Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, ramos ainda mais nosso desempenho operacional. Com Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Paraíba e Pernambuco. Possui isso, mais uma vez a CTEEP colocou o seu nível de energia ainda participação em empresas constituídas para a prestação não suprida (ENS) em posição de destaque, figurando entre dos serviços públicos de transmissão de energia elétrica: 100% os melhores índices das empresas de transmissão do Brasil. nas subsidiárias IEMG – Interligação Elétrica de Minas Gerais, Pi- Não obstante, pelo terceiro ano consecutivo, a Companhia nheiros – Interligação Elétrica Pinheiros e Serra do Japi – Interli- recebeu o maior prêmio adicional de Receita Anual Permitida gação Elétrica Serra do Japi; 50% IESul – Interligação Elétrica Sul, (RAP), pela disponibilidade dos ativos de transmissão. 51% IEMadeira – Interligação Elétrica Madeira; 25% IENNE – In- Foram fundamentais para tal desempenho os investimentos em manutenção e modernização, como por exemplo, terligação Elétrica Norte e Nordeste e 51% IEGaranhuns – Interligação Elétrica Garanhuns. a digitalização das subestações, seguindo a norma da IEC Em 2011, um total de 141.127 GWh de energia trafegaram 61.850, e a criação de redundância nos sistemas que ainda pelo sistema elétrico da CTEEP, uma rede formada por 12.993 não contavam com tal benefício. Ao longo do ano, foram in- km de linhas de transmissão, 18.782,41 km de circuitos, 2.488 vestidos R$ 91,4 milhões em manutenção e R$ 10,4 milhões km de cabos de fibra ótica e 106 subestações com tensão de em digitalizações de subestações. até 550 kV, o que totaliza capacidade instalada de 45.131 MVA. Em 2011, a CTEEP e suas subsidiárias, Pinheiros e Serra do Essa rede interliga pontos de conexão de empresas geradoras Japi, adicionaram 3.000 MVA ao estado de São Paulo, valor cor- e de outras transmissoras até a rede das distribuidoras, que respondente a 30% do consumo da cidade de São Paulo. Esses levam a energia elétrica até os consumidores finais. 2 Demonstrações Financeiras 2011 A inovação tecnológica e o investimento anual na expansão, reforço e manutenção da rede, necessários para garantir a Ações Preferenciais – TRPL4 (58% do total) qualidade e confiabilidade das operações, expressam a missão da Companhia de buscar excelência na prestação de serviços e a satisfação dos clientes por meio de uma gestão sustentável que busque a perenidade da Companhia, retorno adequa- 35,55% do aos acionistas e o desenvolvimento da comunidade. COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA Ações Ordinárias – TRPL3 (42% do total) 9,75% 53,86% 0,75% 10,59% Secretaria da Fazenda Eletrobras Demais Acionistas Capital Social Total (%) 89,50% 37,81% Eletrobras ISA Capital do Brasil 35,23% Demais Acionistas 6,12% 20,84% Secretaria da Fazenda Eletrobras ISA Capital do Brasil Demais Acionistas Demonstrações Financeiras 2011 3 Governança Corporativa tamente, trazendo à sociedade discussões relevantes como A CTEEP trabalha continuamente para evoluir e aperfeiço- a convivência com as linhas de transmissão e o seu papel ar seus processos de gestão e sistemas de controle. Como na sustentabilidade. resultado desta constante busca pela melhoria, a Compa- Uma boa gestão é factível com colaboradores compro- nhia foi a primeira do setor de energia elétrica no estado de metidos e preparados para os desafios. Assim investimentos São Paulo a aderir ao Nível 1 de Governança Corporativa, e são continuamente realizados na qualificação, treinamento e, também faz parte do Índice de Governança Corporativa (IGC) principalmente, segurança para exercício das atividades. Em da BM&FBovespa, composto por empresas que apresentam 2011, seus 1.458 colaboradores, em média, participaram de maior transparência no relacionamento com seus stakeholders. 52,6 horas de treinamentos. O modelo de gestão adotado pela CTEEP está em conso- Para garantir hoje a CTEEP das décadas futuras, a Compa- nância com as melhores práticas do mercado. Diante disso, nhia focou na visão inovadora para seus projetos de pesquisas e com o objetivo de nortear as decisões e atuações de seus e desenvolvimento, visando à eficiência energética, produtivi- profissionais, a Companhia conta com o Código de Ética e o dade e a prospecção de novas tecnologias. Código de Governança Corporativa, aprovados pelo Conseadministração e de seus colaboradores com a transparência 2. AMPLIAÇÃO E EXPANSÃO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO na gestão e no relacionamento com os stakeholders. Grandes esforços são continuamente empregados no sen- lho de Administração. Ambos afirmam a disposição da alta tido de melhor operar, manter e expandir a capacidade de Gestão Sustentável transmissão da CTEEP com altos indicadores de qualidade. A Companhia adota um modelo de gestão estratégica integra- A confiabilidade e a excelência operacional são prioridades do, com base na aplicação da metodologia balance scorecard e que norteiam sua atuação. busca contínuo aprimoramento na tradução da sua estratégia. Em 2011, o planejamento de manutenção, os empreen- Como produto, em 2011, a CTEEP revisou seu mapa estratégico dimentos que entraram em operação e a gestão da opera- definindo três direcionadores de mercado: sustentabilidade do ção foram fundamentais para a performance dos indicadores, negócio, tecnologia em transmissão e confiabilidade do servi- que figuram entre os melhores do setor, sobretudo diante dos ço, que apontam para a estratégia de garantir a perenidade do fenômenos meteorológicos e a instabilidade climática que negócio com contínua agregação de valor ao acionista. prevaleceu sobre a região de atuação da Companhia. A CTE- Ao longo de 2011, a Companhia apontou avanços nos EP atua no sentido de mitigar os riscos de ocorrências, por compromissos estabelecidos com seus públicos de relacio- meio de investimentos e manutenção. Entretanto, quando es- namento: clientes, acionistas e investidores, fornecedores, so- tes eventualmente ocorrem, sua resposta é imediata com ob- ciedade, colaboradores e Estado. Atentos aos seus clientes, a jetivo de circunscrever a ocorrência por meio do ilhamento e CTEEP alcançou excelentes indicadores operacionais, expres- proceder ao imediato restabelecimento. são dos serviços com qualidade a custos competitivos, da alta Em linha com a estratégia de expandir sua atuação, em disponibilidade de ativos e da interação constante com este setembro de 2011, a CTEEP, em consórcio com a Companhia grupo. Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), arrematou em leilão Existe na CTEEP um compromisso muito claro com a realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) o sociedade: criar melhores condições para fazer a gestão do lote composto por duas subestações e quatro linhas de trans- negócio, não apenas no presente, mas visualizando o futuro. missão localizadas na Paraíba e em Pernambuco, destinadas A CTEEP enxerga como dever a sua contribuição para o desen- a aumentar a confiabilidade do sistema de transmissão no volvimento da sociedade e, nesse sentido, é signatária do Pacto Nordeste brasileiro. Global das Nações Unidas, adere à metodologia GRI em seu Arrematou ainda a subestação Itapeti, que visa melhorar relatório de sustentabilidade e participa dos indicadores ETHOS. a qualidade e a confiabilidade do sistema de transmissão na A Companhia investiu R$ 2.200 mil na realização de ini- região nordeste da Grande São Paulo, compreendida entre os ciativas que contribuem para a inclusão social a partir da municípios de Mogi das Cruzes e região até o Vale do Paraíba. educação e da promoção de projetos culturais. Com isso be- Os lotes arrematados em leilão totalizaram RAP de R$ 73,3 neficiou diretamente 4.665 pessoas e mais de 50.000 indire- 4 Demonstrações Financeiras 2011 milhões e investimentos estimados de R$ 693 milhões. 3. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO ções importantes ocorridas no exercício: (i) reversão de provisão As receitas de construção totalizaram R$ 1.103.686 mil em no montante de R$ 27.603 mil; (ii) constituição de provisão para 2011, comparada com R$ 693.803 mil em 2010, impactadas perdas com estoques no total de R$ 17.971 mil; (iii) aumento nas positivamente pelo avanço das obras da Serra do Japi e das despesas de contratação de serviços no valor de R$ 5.999 mil; e obras da IEMadeira, bem como das obras de reforços e am- (iv) acréscimo na despesa com pessoal no valor de R$ 3.207 mil pliação no sistema de transmissão da CTEEP. devido basicamente ao dissídio do período. para contingências, referente a ganho de processo trabalhista, As receitas de operação e manutenção totalizaram A margem EBITDA foi de 50,2%, totalizando R$ 1.456.517 R$ 555.127 mil em 2011, comparada com R$ 442.469 mil em mil em 2011 em comparação a 52,1%, R$ 1.176.130 mil 2010, sobretudo, pela correção da Receita Anual Permitida em 2010. (RAP) do ciclo 2010/2011 para o ciclo 2011/2012, de acordo com a variação do IGPM acumulado. O resultado financeiro atingiu despesa de R$ 200.520 mil em 2011 apresentando aumento de 91,5% em relação a As receitas financeiras, oriundas dos contratos de con- R$ 104.696 mil em 2010 devido a maior alavancagem cessão, somaram R$ 1.589.969 mil em 2011, comparada com financeira. A CTEEP captou em 2011, R$ 500,0 milhões em R$ 1.398.245 mil em 2010, refletindo a remuneração do saldo Notas Promissórias e R$ 250,0 milhões em CCB internacional de contas a receber de construção, que teve variação positi- e Commercial Paper, gerando despesa financeira adicional de va de 21%. Adicionalmente, em julho de 2011, a Companhia aproximadamente R$ 47 milhões. As controladas, Serra do Japi e e suas controladas reconheceram os ajustes positivos oriun- IEMadeira, tiveram um aumento nas captações de curto pra- dos do reposicionamento tarifário anual, que afetaram os zo e as controladas Pinheiros, IESul e Serra do Japi tiveram seus fluxos de caixa no montante de R$ 246.871 (em 2010 novas captações de longo prazo junto ao BNDES, geran- R$ 86.360) como ajuste na receita financeira anual. Tendo do uma despesa financeira adicional de aproximadamente em vista que os ativos financeiros oriundos da concessão são R$ 24,0 milhões. Cabe ressaltar o aumento do CDI de 2010 classificados como empréstimos recebíveis. para 2011 que elevou o custo total da dívida em aproxima- As deduções da receita operacional atingiram R$ 367.884 mil damente 1,68% a.a. Devido, substancialmente, a maior capta- em 2011 e R$ 295.257 mil em 2010, representado por tributos ção de curto prazo, sobretudo pelas controladas Serra do Japi e encargos que refletem o crescimento da receita operacional. e IEMadeira, que estão em fase de construção das linhas de Em decorrência dos fatores mencionados acima, a receita operacional líquida aumentou 28,6%, atingindo R$ 2.900.805 mil transmissão, o capital circulante líquido consolidado em 31 de dezembro de 2011 estava negativo em R$ 83,2 milhões. em 2011, comparada com R$ 2.256.286 mil em 2010, em decor- As despesas com imposto de renda e contribuição social rência do aumento de 59,1% das receitas de construção, 25,5% aumentaram 32,5% somando R$ 303.844 mil em 2011 contra das receitas de operação e manutenção; de 13,7% das receitas R$ 229.376 mil em 2010. A taxa efetiva de imposto de renda financeiras, e 23,5% de deduções da receita operacional. e contribuição social foi de 24,9% em 2011 comparado com Os custos de construção e de operação/manutenção tive- 22,0% em 2010, as principais diferenças permanentes que ram aumento de 39,6%, alcançando R$ 1.323.409 mil em 2011 justificam a variação entre a taxa efetiva e a taxa nominal são frente aos R$ 948.270 mil em 2010, em decorrência de acrésci- despesas de juros sobre capital próprio, resultado de equiva- mos de R$ 366.576 mil referente a gastos de materiais e servi- lência patrimonial e reversão da provisão para manutenção de ços aplicados, substancialmente, as obras da Serra do Japi e da integridade do patrimônio líquido. IEMadeira. As despesas operacionais líquidas não apresentaram variações relevantes no total, em 2011 R$ 157.772 mil e em 2010 Em decorrência dos fatores mencionados acima, o lucro líquido de 2011 totalizou R$ 915.260 mil, montante 12,7% superior quando comparado a R$ 812.171 mil em 2010. R$ 161.773 mil, entretanto, destacamos algumas movimenta- Demonstrações Financeiras 2011 5 4. INVESTIMENTOS Plano de Investimentos Plurianual 2012/2014 Em 2011, os investimentos realizados pela CTEEP em reforços, Em reunião realizada em 23 de janeiro de 2012, o Conselho de modernizações e melhorias dos ativos existentes, na capitali- Administração aprovou o Plano de Investimentos Plurianual zação de mão de obra e em aportes nas subsidiárias totaliza- para o triênio 2012/2014, com base nas estimativas de execu- ram R$ 661,4 milhões. ção de investimentos da Companhia. (R$ milhões) 2012 2013 2014 Próprio (A) Corporativo Projeto Telecom Reforços Tipo 1 Reforços Tipo 2 Novas conexões PMT PMIS Capitalização de pessoal Participação nas subsidiárias (B) IENNE IEPinheiros IESul IEMadeira Serra do Japi IEGaranhuns Total (A+B) 312,1 15,6 0,1 107,6 29,9 27,8 78,9 38,0 14,1 333,3 1,6 50,8 14,5 251,9 5,7 8,7 645,4 442,5 8,4 0,0 178,3 21,8 91,5 73,1 54,7 14,7 76,3 0,0 4,7 0,0 2,0 0,0 69,6 518,8 350,6 8,4 0,0 97,5 20,5 107,4 62,6 38,8 15,5 83,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 83,1 433,7 Para garantir a efetividade do Plano de Investimentos Plurianual, a CTEEP buscará apoio financeiro de diferentes fontes para financiar seus investimentos nos projetos de reforços, novas conexões, manutenção (PMT e PMIS) e Telecom, bem como nos aportes em suas subsidiárias. 5. MERCADO DE CAPITAIS A CTEEP também participa do programa patrocinado de As ações ordinárias e preferenciais da CTEEP (BM&FBovespa: American Depositary Receipts (ADR) Nível 1, lastreados em TRPL3 e TRPL4) encerraram 2011 cotadas a R$ 54,00 e ações ordinárias e preferenciais à razão de um Depositary R$ 57,99, respectivamente, o que representa uma variação Share para cada uma ação de ambas as espécies. No encerra- de -11,62% e +5,25%, também respectivamente, em relação mento do exercício social de 2011, a base acionária da Com- a 2010. Somando os proventos pagos aos acionistas ao valor panhia era composta por 23.724 ADRs referentes às ações da ação, o retorno referente às ações ordinárias foi de -1,79% ordinárias e 2.098.918 ADRs referentes às ações preferenciais. e 18,03% sobre as ações preferenciais. Durante o exercício de 2011, o Ibovespa desvalorizou-se 18,11% e o Índice de Energia Remuneração aos Acionistas Elétrica (IEE) valorizou 19,72%. Em relação ao lucro líquido registrado em 2011, incluindo os Ao longo do ano, as ações preferenciais da CTEEP apresen- dividendos pagos em janeiro de 2012, os acionistas receberam taram volume médio diário de negociação na BM&FBovespa R$ 757,7 milhões, na forma de proventos, o que corresponde de R$ 7,2 milhões, com uma média diária de 743 negócios. a R$ 4,98 por ação de ambas as espécies. Tal remuneração representou dividend yield de 8,59% e payout de 82,78%. 6 Demonstrações Financeiras 2011 6. AUDITORES INDEPENDENTES e Eficiência Energética (PEE), regulados pelas Resoluções No que diz respeito à prestação de serviços não relacio- nos 316/2008 e 300/2008 da Agência Nacional de Energia nados à auditoria externa, a CTEEP segue princípios que pre- Elétrica (ANEEL), contratado em 29/06/2011, com duração de servam a independência do auditor, que não deve auditar seu 14 meses. Esta prestação de serviço correspondeu a 30,6% do próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais, ou ainda contrato anual de Auditoria das Demonstrações Financeiras. advogar por seu cliente. As políticas da Companhia e de suas controladas vedam As demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a contratação de seus auditores independentes para a pres- com relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, tação de serviços que possam gerar conflito de interesses ou foram auditadas pela Ernst & Young Auditores Independentes perda de objetividade dos mesmos. S.S. (“Ernst & Young Terco”). Em atendimento à Instrução CVM n° 381/03, de 14 de janeiro de 2003, a CTEEP informa que o valor dos serviços prestados pela Ernst & Young em 2011 foi de R$ 80 mil e refere-se à Auditoria Contábil e Financeira dos Projetos, Planos de Gestão e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) A Administração Demonstrações Financeiras 2011 7 Balanços Patrimoniais Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber (ativo de concessão) Estoques Valores a receber – Secretaria da Fazenda Tributos e contribuições a compensar Despesas pagas antecipadamente Instrumentos financeiros derivativos Créditos com controladas Dividendos a receber Outros Não circulante Realizável a longo prazo Contas a receber (ativo de concessão) Valores a receber – Secretaria da Fazenda Beneficio fiscal – ágio incorporado Imposto de renda e contribuição social diferidos Cauções e depósitos vinculados Créditos com controladas Estoques Instrumentos financeiros derivativos Outros Investimentos Imobilizado Intangível Total do ativo As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. 8 Demonstrações Financeiras 2011 Nota 5 6 7 8 29 28 28 6 7 9 27 10 28 29 11 12 13 Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 151.021 1.434.110 50.044 14.906 7.840 1.786 3.291 529 74.078 40.334 1.413.681 44.791 22.938 9.780 1.828 146 35.798 207.295 1.474.794 50.052 14.906 11.326 3.190 1.673 74.529 54.983 1.424.390 44.791 22.938 11.230 2.611 35.802 1.737.605 1.569.296 1.837.765 1.596.745 3.423.417 810.750 119.079 61.886 145.395 53.736 21.007 3.231.704 681.129 147.911 28.050 42.248 56.338 184.264 1.267 5.335.027 810.750 119.079 61.886 145.395 54.195 27.617 4.225.309 681.129 147.911 28.050 42.248 184.264 6.624 4.635.270 4.372.911 6.553.949 5.315.535 883.515 8.655 8.946 531.314 9.044 9.944 8.784 8.998 9.194 9.944 901.116 550.302 17.782 19.138 5.536.386 4.923.213 6.571.731 5.334.673 7.273.991 6.492.509 8.409.496 6.931.418 Passivo Nota Circulante Empréstimos e financiamentos Debêntures Fornecedores Tributos e encargos sociais a recolher Impostos parcelados – Lei nº 11.941 Encargos regulatórios a recolher Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar Provisões Valores a pagar – Fundação CESP Instrumentos financeiros derivativos Outros 14 15 16 17 18 22(b) 19 20 29 Não circulante Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos Debêntures Impostos parcelados – Lei nº 11.941 PIS e Cofins diferidos Imposto de renda e contribuição social diferidos Encargos regulatórios a recolher Provisões Obrigações especiais – reversão/amortização Patrimônio líquido Capital social Reservas de capital Adiantamento para futuro aumento de capital Reservas de lucro Proposta de distribuição de dividendo adicional 14 15 17 27 18 19 21 22 (a) 22 (c) 22 (d) 22 (b e d) Total do passivo e do patrimônio líquido Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 693.472 168.217 48.781 77.471 12.273 27.497 232.156 22.830 6.244 27.226 25.750 133.317 2.154 48.856 87.731 10.353 49.244 193.822 22.284 6.503 12.885 1.007.673 389.825 83.056 80.273 12.273 28.824 232.156 23.277 6.244 27.226 30.185 332.413 2.154 93.964 88.745 10.353 49.559 193.822 22.662 6.503 13.874 1.341.917 567.149 1.921.012 814.049 653.233 389.636 145.236 44.334 1.982 32.334 101.832 24.053 450.577 553.639 144.964 24.430 2.174 161.688 24.053 984.264 389.636 145.236 229.519 42.176 32.334 101.832 24.053 540.032 553.639 144.964 117.632 9.352 2.174 161.688 24.053 1.392.640 1.361.525 1.949.050 1.553.534 1.162.626 2.202.281 666 1.142.512 31.349 1.119.911 2.231.113 666 1.014.124 198.021 1.162.626 2.202.281 666 1.142.512 31.349 1.119.911 2.231.113 666 1.014.124 198.021 4.539.434 4.563.835 4.539.434 4.563.835 7.273.991 6.492.509 8.409.496 6.931.418 As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. Demonstrações Financeiras 2011 9 Demonstrações dos Resultados do Exercício Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado Nota Receita operacional líquida Custo dos serviços de construção, operação e manutenção 23 24 Lucro bruto (Despesas) receitas operacionais Gerais e administrativas Honorários da administração Outras despesas, líquidas Resultado de equivalência patrimonial 24 24 e 28 26 11 Lucro antes das receitas e despesas financeiras e dos impostos sobre o lucro Despesas financeiras Receitas financeiras 25 25 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social Corrente Diferido 27 27 Lucro líquido do exercício Controladora 2011 2010 2.025.847 (588.380) 1.735.190 (474.656) 2.900.805 (1.323.409) 2.256.286 (948.270) 1.437.467 1.260.534 1.577.396 1.308.016 (111.660) (5.145) (30.878) 57.594 (90.089) (118.028) (5.966) (23.842) 12.553 (135.283) (120.634) (6.383) (30.755) (157.772) (129.851) (8.082) (23.840) (161.773) 1.347.378 1.125.251 1.419.624 1.146.243 (277.851) 118.898 (158.953) (133.712) 43.553 (90.159) (336.577) 136.057 (200.520) (152.253) 47.557 (104.696) 1.188.425 1.035.092 1.219.104 1.041.547 (243.130) (30.035) (273.165) (222.549) (372) (222.921) (244.206) (59.638) (303.844) (222.630) (6.746) (229.376) 915.260 812.171 915.260 812.171 Lucro básico por ação 22 (e) 6,02735 5,36207 Lucro diluído por ação 22 (e) 5,90743 5,23721 As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. 10 Demonstrações Financeiras 2011 Consolidado 2011 2010 Demonstrações Financeiras 2011 11 As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. Em 31 de dezembro de 2011 Aumento de capital (nota 22 (a)) Realização da reserva de lucros a realizar Pagamento de dividendos adicionais propostos (nota 22 (b)) Juros sobre capital próprio prescritos Dividendos prescritos Lucro líquido do exercício Destinação do lucro: Constituição da reserva legal (nota 22 (d)) Constituição da reserva estatutária (nota 22 (d)) Constituição da reserva de retenção de lucros (nota 22 (d)) Juros sobre capital próprio (R$ 1,674188 por ação) (nota 22 (b)) Dividendos intermediários (R$ 3,307749 por ação) (nota 22 (b)) Dividendos adicionais propostos (R$ 0,205349 por ação) (nota 22 (b)) Em 31 de dezembro de 2010 Aumento de capital (nota 22 (a)) Realização da reserva de lucros a realizar Pagamento de dividendos adicionais propostos (nota 22 (b)) Juros sobre capital próprio prescritos Dividendos prescritos Lucro líquido do exercício Destinação do lucro: Constituição da reserva legal (nota 22 (d)) Constituição da reserva estatutária (nota 22 (d)) Juros sobre capital próprio (R$ 1,660255 por ação) (nota 22 (b)) Dividendos intermediários (R$ 2,120969 por ação) (nota 22 (b)) Dividendos adicionais propostos (R$ 1,304237 por ação) (nota 22 (b)) Em 31 de dezembro de 2009 (reapresentado) (28.832) 2.202.281 42.715 1.162.626 2.231.113 - 1.119.911 (28.832) - 2.259.945 56.862 - 1.063.049 Capital Reservas social de capital Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado 666 - - 666 - - 666 Adiantamento para futuro aumento de capital 232.525 16.762 - - 215.763 40.609 - - 175.154 116.263 4.272 - - 111.991 5.686 - - 106.305 31.076 - (2.217) - 33.293 - (3.240) - 36.533 Reserva Reserva Lucros legal estatutária a realizar Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido 762.648 109.571 - - 653.077 - - 653.077 - (16.762) (4.272) (109.571) (254.540) (503.139) (31.349) 2.217 841 1.315 915.260 - (40.609) (5.686) (251.593) (322.024) (198.021) 3.240 774 1.748 812.171 - 31.349 31.349 (198.021) - 198.021 198.021 (368.282) - 368.282 Proposta de Reserva de Lucros distribuição retenção de acumulados de dividendos lucros adicionais Reservas de lucros 4.539.434 (254.540) (503.139) - 13.883 (198.021) 841 1.315 915.260 4.563.835 (251.593) (322.024) - 28.030 (368.282) 774 1.748 812.171 4.663.011 Total Demonstrações dos Fluxos de Caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado Controladora 2011 2010 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro líquido do exercício Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao caixa gerado (utilizado) nas atividades operacionais PIS e Cofins diferidos Depreciação e amortização (Notas 12, 13 e 24) Imposto de renda e contribuição social diferidos Provisão para contingências Custo residual de ativo permanente baixado Beneficio fiscal – ágio incorporado (Nota 9) Juros e variações monetárias e cambiais sobre ativos e passivos Perda na variação de participação em controlada em conjunto (Nota 11) Realização da perda em controlada em conjunto (Nota 11) Resultado de equivalência patrimonial (Nota 11) (Aumento) diminuição de ativos Contas a receber Estoques Valores a receber – Secretaria da Fazenda Tributos e contribuições a compensar Cauções e depósitos vinculados Instrumentos financeiros derivativos Outros Aumento (diminuição) de passivos Fornecedores Tributos e encargos sociais a recolher Impostos parcelados – Lei nº 11.941 Encargos regulatórios a recolher Provisões Valores a pagar Fundação CESP Outros Caixa líquido gerado (utilizado) nas atividades operacionais 12 Demonstrações Financeiras 2011 Consolidado 2011 2010 915.260 812.171 915.260 812.171 19.901 6.116 30.035 1.589 20 28.832 191.216 28.490 (2.445) (57.594) 7.534 6.021 372 31.522 1.534 28.832 127.063 160 (12.553) 105.754 6.138 59.638 1.589 29 28.832 210.688 28.490 (2.445) - 60.023 6.047 6.746 31.522 1.562 28.832 127.063 160 - 1.161.420 1.002.656 1.353.973 1.074.126 (216.432) 33.592 (121.589) 1.940 (19.638) (4.780) (16.036) (1.145.961) (58.873) 33.584 (122.256) (121.589) 202.935 122 1.698 (19.638) (2.088) (71.599) (5.879) (582.470) (58.873) (122.256) 202.055 1.704 (76.114) (326.907) (64.131) (1.261.449) (635.954) (75) (10.259) (9.592) 8.413 (60.899) (259) 12.870 1.359 292 8.407 (43.026) (414) (9.295) (8.335) (8.519) (9.592) 9.252 (60.843) (259) (39.624) 22.746 396 8.445 (42.787) (414) 47.730 (59.801) (42.677) (117.920) 36.116 774.712 895.848 (25.396) 474.288 Demonstrações dos Fluxos de Caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado Controladora 2011 2010 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Imobilizado (Nota 12) Intangível (Nota 13) Investimentos (Nota 11) Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa da IEMG no momento da aquisição do controle Consolidado 2011 2010 (2.465) (2.284) (321.181) (3.575) (222.184) (2.475) (2.336) (15.283) (3.605) - - - 2.174 - Caixa líquido utilizado nas atividades de investimentos (325.930) (225.759) (17.920) (3.605) Fluxo de caixa das atividades de financiamento Adições de empréstimos Pagamentos de empréstimos (inclui juros) Pagamento de instrumentos financeiros derivativos Dividendos e juros sobre capital próprios pagos Integralização de capital 834.830 (267.661) (3.931) (915.216) 13.883 709.017 (633.691) (751.675) 28.030 1.554.266 (453.374) (3.931) (915.216) 13.883 993.458 (728.747) (751.675) 28.030 Caixa líquido gerado (utilizado) nas atividades de financiamentos (338.095) (648.319) 195.628 (458.934) Aumento líquido em caixa e equivalentes de caixa 110.687 21.770 152.312 11.749 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 151.021 40.334 40.334 18.564 207.295 54.983 54.983 43.234 Variação em caixa e equivalentes de caixa 110.687 21.770 152.312 11.749 As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. O valor total de juros pagos pela Companhia no período foi O valor total de juros pagos pela Companhia e suas de R$ 123.463 (R$ 135.548 em 2010), referentes aos emprésti- controladas no período foi de R$ 138.976 (R$ 139.810 em mos e financiamentos descritos na Nota 14. O total de imposto 2010), referentes aos empréstimos e financiamentos descri- de renda e contribuição pagos pela Companhia no período foi tos na Nota 14. O total de imposto de renda e contribuição de R$ 243.930 (R$ 76.230 em 2010). pagos pela Companhia e suas controladas no período foi de R$ 244.188 (R$ 76.230 em 2010). Demonstrações Financeiras 2011 13 Demonstrações do Valor Adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado Controladora 2011 2010 Receitas Operacionais Outras operacionais Consolidado 2011 2010 2.302.698 35.677 1.977.057 6.028 3.268.689 35.798 2.551.543 6.030 2.338.375 1.983.085 3.304.487 2.557.573 (14.778) (482.620) (11.876) (17.485) (381.944) (1.218.343) (13.163) (864.427) (497.398) (393.820) (1.235.828) (877.590) 1.840.977 1.589.265 2.068.659 1.679.983 (6.116) (6.021) (6.138) (6.047) 1.834.861 1.583.244 2.062.521 1.673.936 57.594 118.898 12.553 43.553 136.057 47.557 Valor adicionado total a distribuir 2.011.353 1.639.350 2.198.578 1.721.493 Distribuição do valor adicionado Pessoal Remuneração direta Benefícios FGTS (149.280) (34.863) (9.983) (118.649) (31.673) (10.176) (153.876) (35.639) (10.199) (121.546) (32.074) (10.306) (194.126) (160.498) (199.714) (163.926) (592.463) (618) (18.270) (509.895) (596) (12.576) (715.422) (696) (18.270) (570.070) (595) (12.576) (611.351) (523.067) (734.388) (583.241) (13.032) (277.584) (10.661) (132.953) (13.176) (336.040) (10.661) (151.494) (290.616) (143.614) (349.216) (162.155) (789.028) (771.638) (789.028) (771.638) 126.232 40.533 126.232 40.533 Insumos adquiridos de terceiros Custos dos serviços prestados Materiais, energia, serviços de terceiros e outros Valor adicionado bruto Retenções Depreciação e amortização Valor adicionado líquido produzido pela entidade Recebido em transferência Resultado de equivalência patrimonial Receitas financeiras Impostos, taxas e contribuições Federais Estaduais Municipais Remuneração de capitais de terceiros Aluguéis Juros e variações monetárias e cambiais Remuneração de capitais próprios Juros sobre capital próprio e dividendos Lucros retidos As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras. 14 Demonstrações Financeiras 2011 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 Em milhares de reais, exceto quando de outra forma indicado 1. Contexto Operacional ações ordinárias de emissão da CTEEP. A empresa vencedora do leilão foi a Interconexión Eléctrica S.A. E.S.P. 1.1. Objeto social A liquidação financeira da operação realizou-se em 26 de A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista julho de 2006 com a consequente transferência da titularida- (CTEEP ou Companhia) é uma sociedade de capital aberto, de das citadas ações à ISA Capital do Brasil S.A. (ISA Capital), autorizada a operar como concessionária de serviço público sociedade brasileira controlada pela Interconexión Eléctrica de energia elétrica, tendo como atividades principais o pla- S.A. E.S.P. (ISA), sediada na Colômbia, constituída para ope- nejamento, a construção e a operação de sistemas de trans- rar no Brasil, que, dessa forma passou a ser a controlado- missão de energia elétrica, bem como programas de pesquisa ra da CTEEP. A referida operação teve anuência da ANEEL, e desenvolvimento no que tange a transporte de energia e em 25 de julho de 2006, conforme Resolução Autorizativa outras atividades correlatas à tecnologia disponível, sendo nº 642/06, publicada no Diário Oficial de 26 de julho de 2006. suas atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). As ações da Companhia são negociadas na Bovespa. Adicionalmente, a CTEEP possui programa de American A Companhia é oriunda de cisão parcial da Com- Depositary Receipts (ADRs) – Regra 144 A nos Estados Unidos. panhia Energética de São Paulo (CESP), tendo iniciado O depositário dos ADRs é o The Bank of New York, e o Banco suas operações comerciais em 1º de abril de 1999. Em Itaú S.A. é o custodiante. 10 de novembro de 2001, incorporou a Empresa Paulis- Em setembro de 2002, a Companhia aderiu às práticas dife- ta de Transmissão de Energia Elétrica S.A. (EPTE), empre- renciadas de Governança Corporativa – Nível 1, da BM&FBovespa. sa oriunda da cisão parcial da Eletropaulo – Eletricidade de Os compromissos assumidos por conta da referida adesão São Paulo S.A. garantem maior transparência da Companhia com o merca- Em leilão de privatização realizado em 28 de junho de 2006, na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa, nos ter- do, investidores e acionistas, facilitando o acompanhamento dos atos da Administração. mos do Edital SF/001/2006 o Governo do Estado de São Paulo, A Companhia tem suas ações preferenciais incluídas no Índice até então acionista majoritário, alienou 31.341.890.064 ações Ibovespa da BM&FBovespa e também integra o Índice de Gover- ordinárias de sua propriedade, correspondentes, a 50,10% das nança Corporativa (IGC) e o Índice de Energia Elétrica (IEE). Demonstrações Financeiras 2011 15 1.2. Concessões A Companhia possui o direito de explorar, direta ou indiretamente, os seguintes contratos de concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica: Concessionária CTEEP CTEEP IEMG Pinheiros Pinheiros Pinheiros Pinheiros Serra do Japi IENNE IESul IESul IEMadeira IEMadeira IEGaranhuns Contrato Part (%) 059/2001(*) 143/2001 004/2007 012/2008 015/2008 018/2008 021/2011 026/2009 001/2008 013/2008 016/2008 013/2009 015/2009 022/2011 100 100 100 100 100 100 25 50 50 51 51 51 Prazo (anos) Vencimento 20 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 07.07.15 20.12.31 23.04.37 15.10.38 15.10.38 15.10.38 09.12.41 18.11.39 16.03.38 15.10.38 15.10.38 25.02.39 25.02.39 09.12.41 Revisão tarifária periódica Receita Anual Permitida (RAP) RAP em Índice de MêsPrazo Próxima R$ mil degrau correção base 4 anos N/A 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 2013 N/A 2012 2014 2014 2014 2017 2015 2013 2014 2014 2014 2014 2017 Não Sim Sim Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não IGPM 1.992.484 06/11 IGPM 15.793 06/11 IPCA 14.193 06/11 IPCA 7.386 06/11 IPCA 13.474 06/11 IPCA 3.174 06/11 IPCA 4.400 09/11 IPCA 25.200 06/11 IPCA 36.435 06/11 IPCA 4.447 06/11 IPCA 8.006 06/11 IPCA 176.249 11/08(**) IPCA 151.788 11/08(**) IPCA 68.900 09/11 (*) O contrato de concessão nº 059 da CTEEP subdivide-se em: SE (Serviço Existente) referente às instalações energizadas até 31 de dezembro de 1999; e NI (Novos Investimentos) referente às instalações energizadas a partir de 1º de janeiro de 2000. As informações relativas à revisão tarifária periódica referem-se apenas ao contrato de concessão nº 059 NI. (**) Conforme contrato de concessão a Receita Anual Permitida (RAP) será reajustada anualmente, após a entrada em operação do empreendimento. A Companhia estima que a IEMadeira inicie suas operações em meados de 2012 (lote D) e 2013 (lote F). Em decorrência da aquisição do controle acionário da CTEEP Em 19 de maio de 2010, a Linha Verde protocolizou, jun- pela ISA Capital, ocorrida em 28 de junho de 2006, foi celebrado to à ANEEL, pedido de anuência prévia para a operação de Termo Aditivo ao contrato de concessão 059/2001 – ANEEL da transferência das ações detidas pela CTEEP para a Abengoa CTEEP, em 29 de janeiro de 2007, de modo a refletir essa realidade Concessões Brasil Holding S.A. Em 15 de março de 2011 a ANEEL do novo controlador. Nesse aditivo, foram mantidas as condições deliberou através da Resolução Autorizativa nº 2.814, o pedido pactuadas inicialmente e agregada cláusula definindo que o ágio de transferência das ações detidas pela CTEEP para a Abengoa pago no leilão, assim como as obrigações especiais e os valores Concessões Brasil Holding S.A. Em 7 de abril de 2011, a CTEEP decorrentes da Lei Estadual nº 4.819/58, previstos no Edital de transferiu, pelo valor patrimonial, as ações da Linha Verde de sua Alienação SF/001/2006, não serão considerados pela ANEEL propriedade para a Abengoa Concessões Brasil Holding S.A. para efeito da avaliação do equilíbrio econômico-financeiro da concessão. Ainda em decorrência desse aditivo, a ISA Capital e a Lote D – LT Porto Velho – Rio Branco ISA comprometem-se a fazer aportes de capital na CTEEP. Este lote refere-se ao segundo circuito da LT em 230 kV entre Todos os contratos de concessão acima preveem o direito Porto Velho (Rondônia), Abunã e Rio Branco (Acre), totalizan- de indenização sobre os ativos relacionados à concessão no do 487 km. Para exploração dessa LT foi constituída, em 2 de término de sua vigência. julho de 2009, a Rio Branco Transmissora de Energia S.A. Em 29 de outubro de 2010, a Rio Branco protocolizou, Participação em leilões junto à ANEEL, pedido de anuência prévia para a operação de transferência das ações detidas pela CTEEP para a Centrais (i) Leilão 001/2009 Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte). Em 15 de fevereiro de 2011 a ANEEL deliberou através da Resolução Lote C – LT Porto Velho – Jauru Autorizativa nº 2.774, o pedido de transferência das ações O lote C refere-se ao terceiro circuito da Linha de Transmissão (LT) detidas pela CTEEP para a Centrais Elétricas do Norte do Brasil em 230 kV entre Jauru (Mato Grosso) e Porto Velho (Rondônia), S.A. (Eletronorte). Em 5 de maio de 2011, a CTEEP transferiu, totalizando 987 km. Para a exploração dessa LT foi constituída, em pelo valor patrimonial, as ações da Rio Branco de sua proprie- 2 de julho de 2009, a Linha Verde Transmissora de Energia S.A. dade para as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. 16 Demonstrações Financeiras 2011 Lote E – LT Jauru – Cuiabá e a subestação Jauru As demonstrações financeiras consolidadas, identificadas Este lote refere-se a LT em 500 kV entre Jauru e Cuiabá como Consolidado, foram elaboradas e estão sendo apresen- (Mato Grosso), totalizando 348 km, e a subestação Jauru, de tadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas 500/230 kV. Para exploração dessas instalações foi constituí- no Brasil, as quais abrangem as disposições contidas na Lei da, em 2 de julho de 2009, a Transmissora Matogrossense de das Sociedades por Ações, pronunciamentos, interpretações Energia S.A. Em 14 de maio de 2010, a CTEEP transferiu, pelo e orientações emitidas pelo CPC e aprovadas pela CVM, que valor patrimonial, as ações da Matogrossense de sua proprie- estão em conformidade com as IFRS emitidas pelo Internatio- dade para a Mavi Engenharia e Contruções Ltda. nal Accounting Standards Board (IASB). Como não existe diferença entre o patrimônio líquido (ii) Leilão 001/2011 consolidado e o resultado consolidado atribuíveis aos acio- Em 10 de junho de 2011, através do leilão ANEEL nº 001/2011, nistas da controladora, constantes nas demonstrações finan- em sessão pública realizada na BM&FBovespa, a CTEEP ceiras consolidadas preparadas de acordo com as IFRS e as constituiu, juntamente com a Companhia Hidro Elétrica do práticas contábeis adotadas no Brasil, e o patrimônio líquido São Francisco (Chesf), o consórcio Extremoz, que arrematou da controladora e o resultado da controladora, constantes nas o lote A, composto pelas LT Ceará-Mirim – João Câmara II, demonstrações financeiras individuais preparadas de acordo em 500 kV com 64 km; LT Ceará-Mirim – Campina Grande III, com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Companhia em 500 kV com 201 km; LT Ceará-Mirim – Extremoz II, em optou por apresentar essas demonstrações financeiras indi- 230 kV com 26 km; LT Campina Grande III – Campina Grande II, viduais e consolidadas em um único conjunto, lado a lado. com 8,5 km; SE João Câmara II 500 kV, SE Campina Grande III 500/230 kV e SE Ceará-Mirim 500/230 kV. Exceto quanto ao resultado do exercício, a Companhia não possui outros resultados abrangentes. Dessa forma, a Este projeto tem investimento estimado em R$ 622 mi- demonstração dos resultados abrangentes não está sen- lhões e RAP de R$ 31,9 milhões, base junho de 2011. A parti- do apresentada, pois equivale à demonstração do resultado cipação acionária da Companhia no empreendimento é de do exercício. 51%. A entrada em operação está prevista para agosto de 2013. As demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, foram elaboradas com base no custo histórico, exceto quan- 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras do informado de outra forma, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. 2.1. Bases de elaboração e apresentação As demonstrações financeiras individuais, identificadas como 2.2. Moeda funcional e de apresentação Controladora, foram elaboradas e estão sendo apresenta- As demonstrações financeiras da controladora e de cada uma das em conformidade com as práticas contábeis adotadas de suas controladas, incluídas nas demonstrações financeiras no Brasil, as quais abrangem as disposições contidas na Lei consolidadas, são apresentadas em reais, a moeda do princi- das Sociedades por Ações, pronunciamentos, interpreta- pal ambiente econômico no qual as empresas atuam (“moeda ções e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamen- funcional”). tos Contábeis (CPC) e aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em conformidade com a legislação brasileisentam a avaliação dos investimentos em controladas e em 2.3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas empreendimentos controlados em conjunto pelo método da A preparação das demonstrações financeiras individuais e equivalência patrimonial. Desta forma, essas demonstrações consolidadas requer que a Administração faça julgamentos, financeiras individuais não são consideradas como estando utilizando estimativas e premissas baseadas em fatores obje- conforme as Normas Internacionais de Relatório Financeiro tivos e subjetivos, para determinação dos valores adequados (IFRS), que exigem a avaliação desses investimentos pelo seu para registro de determinadas transações que afetam ativos, valor justo ou pelo seu valor de custo. passivos, receitas e despesas. Os resultados reais dessas tran- ra vigente, essas demonstrações financeiras individuais apre- sações podem divergir dessas estimativas. Demonstrações Financeiras 2011 17 Esses julgamentos, estimativas e premissas são revistos ao para refletir os fluxos estimados de caixa reais e revisados, menos anualmente e eventuais ajustes são reconhecidos no sendo o ajuste reconhecido como receita ou despesa no período em que as estimativas são revisadas. resultado. Julgamentos, estimativas e premissas considerados críticos estão relacionadas aos seguintes aspectos: contabilização • Determinação das receitas de construção dos contratos de concessão, momento de reconhecimento Quando a concessionária presta serviços de construção, é do ativo financeiro, determinação das receitas de constru- reconhecida a receita de construção pelo valor justo e os ção e de operação e manutenção, definição da taxa efetiva respectivos custos transformados em despesas relativas ao de juros do ativo financeiro, análise do risco de crédito e de serviço de construção prestado e, dessa forma, por con- outros riscos para a determinação da necessidade de pro- sequência, apura margem de lucro. Na contabilização das visões, inclusive a provisão para contingências fiscais, cíveis receitas de construção a Administração da Companhia ava- e trabalhistas. lia questões relacionadas à responsabilidade primária pela prestação de serviços de construção, mesmo nos casos em • Contabilização de contratos de concessão (ICPC 01 e OCPC 05) que haja a terceirização dos serviços, custos de gerencia- Na contabilização dos contratos de concessão a Companhia mento e/ou acompanhamento da obra, levando em consi- efetua análises que envolvem o julgamento da Administra- deração que os projetos embutem margem suficiente para ção, substancialmente, no que diz respeito a: aplicabilidade cobrir os custos de construção mais determinadas despesas da interpretação de contratos de concessão, determinação do período de construção. Todas as premissas descritas são e classificação dos gastos de construção, ampliação e refor- utilizadas para fins de determinação do valor justo das ativi- ços como ativo financeiro. O tratamento contábil para cada dades de construção. contrato de concessão da Companhia e suas características estão descritos nas notas explicativas 3.23 e 6. • Valor do ativo indenizável Conforme definido nos contratos, a extinção da concessão • Momento de reconhecimento dos ativos financeiros determinará, de pleno direito, a reversão ao poder conce- A Administração da Companhia avalia o momento de dente dos bens vinculados ao serviço, procedendo-se os reconhecimento dos ativos financeiros com base nas levantamentos e avaliações, bem como a determinação do características econômicas de cada contrato de concessão. montante da indenização devida à concessionária, obser- A contabilização de adições subsequentes ao ativo finan- vados os valores e as datas de sua incorporação ao sistema ceiro somente ocorrerão quando da prestação de serviço elétrico. A Companhia considera que o valor da indeniza- de construção relacionado com ampliação/melhoria/refor- ção a que terá direito deve corresponder ao Valor Novo de ço da infraestrutura que represente potencial de geração de Reposição ajustado pela depreciação acumulada de cada receita adicional. Para esses casos, a obrigação da constru- item. Considerando as incertezas existentes hoje no merca- ção não é reconhecida na assinatura do contrato, mas o será do de energia, a Companhia estimou o valor de indenização no momento da construção, com contrapartida de ativo de seus ativos com base nos seus respectivos valores de financeiro. O ativo financeiro de indenização é reconhecido livros, sendo este o montante que a Administração entende quando a construção é finalizada, e incluído como remune- ser o mínimo garantido pela regulamentação em vigor. Con- ração dos serviços de construção. siderando que a Administração monitora de maneira constante a regulamentação do setor, em caso de mudanças • Determinação da taxa efetiva de juros do ativo financeiro nesta regulamentação que, por ventura alterem a estimativa A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente sobre o valor de indenização dos ativos, os efeitos contá- os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados beis destas mudanças serão tratados de maneira prospectiva durante a vida esperada do instrumento. Esta taxa de juros nas Demonstrações Financeiras. No entanto, a Administra- é determinada por contrato de concessão, podendo ser ção reitera seu compromisso em continuar a defender os fixa ou variar conforme novos investimentos. Se a entidade interesses dos acionistas da Companhia na realização des- revisa as suas estimativas de pagamentos, receitas ou taxa tes ativos, visando a maximização do retorno sobre o capital de juros, a quantia escriturada do ativo financeiro é ajustada investido na concessão, dentro dos limites legais. 18 Demonstrações Financeiras 2011 • Determinação das receitas de operação e manutenção O controle é obtido quando a Companhia tem o poder de Quando a concessionária presta serviços de operação e manu- controlar as políticas financeiras e operacionais de uma enti- tenção, é reconhecida a receita pelo valor justo e os respectivos dade para auferir benefícios de suas atividades. custos, conforme estágio de conclusão do contrato. As controladas e controladas em conjunto (joint venture) são consolidadas integral e proporcionalmente, respectiva- 2.4. Procedimentos de consolidação mente, a partir da data em que o controle, controle comparti- As demonstrações financeiras consolidadas incluem as lhado, se inicia até a data em que deixa de existir. demonstrações financeiras da CTEEP, de suas controladas e de suas controladas em conjunto. Em 31 de dezembro de 2011 as participações nas controladas se apresentavam da seguinte forma: Data-base das demonstrações financeiras 2011 2010 Controladas Interligação Elétrica de Minas Gerais S.A. (IEMG) Interligação Elétrica Pinheiros S.A. (Pinheiros) Interligação Elétrica Serra do Japi S.A. (Serra do Japi) 31.12.2011 31.12.2011 31.12.2011 100 100 100 60 100 100 Controladas em conjunto Interligação Elétrica Norte e Nordeste S.A. (IENNE) Interligação Elétrica do Sul S.A. (IESul) Interligação Elétrica do Madeira S.A. (IEMadeira) Interligação Elétrica Garanhuns S.A. (IEGaranhuns) 31.12.2011 31.12.2011 31.12.2011 31.12.2011 25 50 51 51 25 50 51 - Os seguintes procedimentos foram adotados na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas: Participação % A DCR conterá uma conciliação entre o resultado apresentado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) elaborada para fins societários e o resultado apresentado na • eliminação do patrimônio líquido das controladas; Demonstração Regulatória do Resultado do Exercício (DRRE), • eliminação do resultado de equivalência patrimonial; bem como a conciliação entre os saldos apresentados dos • eliminação dos saldos de ativos e passivos, receitas e despe- grupos e subgrupos de contas que compõe o balanço patri- sas entre as empresas consolidadas. As práticas contábeis foram aplicadas de maneira unifor- monial societário e o regulatório. 3. Principais Práticas Contábeis me em todas as empresas consolidadas e o exercício social dessas empresas coincide com o da controladora. Todas as 3.1. Apuração do resultado empresas consolidadas tiveram suas demonstrações finan- O resultado das operações é apurado em conformidade com ceiras examinadas ou revisadas por auditores independentes o regime contábil de competência. para fins de consolidação. Não há participação de acionistas não controladores a serem destacados nas Demonstrações Financeiras Consolidadas. 3.2. Reconhecimento de receita As receitas são reconhecidas em conformidade com o estabelecido pela ICPC 01 (IFRIC 12 e OCPC 05 vide Nota 3.23). 2.5. Demonstrações Contábeis Regulatórias Os concessionários devem registrar e mensurar a receita dos Em consonância com a Resolução Normativa nº 396 da ANEEL serviços que prestam obedecendo aos pronunciamentos téc- publicada em 23 de fevereiro de 2010, a Companhia está obriga- nicos CPC 17 (IAS 11) – Contratos de Construção e CPC 30 da a divulgar as Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCR), a (IAS 18) – Receitas (serviços de operação e manutenção), partir do exercício findo em 31 de dezembro de 2011. mesmo quando prestados sob um único contrato de concessão. As receitas da Companhia são: Demonstrações Financeiras 2011 19 (a) Receita de construção Os impostos diferidos ativos decorrentes de diferenças Refere-se aos serviços de construção, ampliação e refor- temporárias foram constituídos em conformidade com a ço das instalações de transmissão de energia elétrica. São Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002 e do CPC 32 reconhecidos conforme o estágio de conclusão das obras (IAS 12) – Tributos sobre o Lucro, e consideram o histórico e calculadas acrescendo-se às alíquotas de PIS e Cofins ao de rentabilidade e a expectativa de geração de lucros tributá- valor do investimento, uma vez que os projetos embutem veis futuros fundamentados em estudo técnico de viabilidade margem suficiente para cobrir os custos de construção mais aprovado pelos órgãos da administração. determinadas despesas do período de construção, conside- A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revi- rando que boa parte de suas instalações é construída através sada no final de cada exercício e, quando não for mais provável de contratos terceirizados com partes não relacionadas. que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo (b) Receita financeira é ajustado pelo montante que se espera que seja recuperado. Refere-se aos juros reconhecidos pelo método linear com Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados base na taxa efetiva de juros sobre o montante a receber pelas alíquotas aplicáveis no período no qual se espera que da receita de construção. A taxa efetiva de juros é apura- o passivo seja liquidado ou o ativo seja realizado, com base da descontando-se os fluxos de caixa futuros estimados nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final durante a vida prevista do ativo financeiro sobre o valor de cada exercício, ou quando uma nova legislação tiver sido contábil inicial deste ativo financeiro. substancialmente aprovada. Os impostos diferidos ativos e passivos são compensados (c) Receita de operação e manutenção Refere-se aos serviços de operação e manutenção das apenas quando há o direito legal de compensar o ativo fiscal corrente com o passivo fiscal corrente e quando eles estão instalações de transmissão de energia elétrica visando a relacionados aos impostos administrados pela mesma auto- não interrupção da disponibilidade dessas instalações. ridade fiscal e a Companhia pretende liquidar o valor líquido dos seus ativos e passivos fiscais correntes. 3.3. Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido São apurados observando-se as disposições da legislação aplicá- 3.4. Impostos e taxas regulamentares sobre a receita vel, com base no lucro líquido, ajustado pela inclusão de despesas não dedutíveis, exclusão de receitas não tributáveis e inclu- (a) Impostos sobre vendas são e/ou exclusão de diferenças temporárias. A partir de 2009, a Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos Companhia optou pelo regime do Lucro Real Trimestral. dos impostos sobre vendas, exceto quando os impostos O imposto de renda e a contribuição social do exercício sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não correntes e diferidos são calculados com base nas alíquotas forem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributá- em que o imposto sobre vendas é reconhecido como par- vel excedente de R$ 240 para imposto de renda e 9% sobre o te do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líqui- conforme o caso. do, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real, (b) Taxas regulamentares quando existente. Exceto pela Interligação Elétrica de Minas Os Encargos Setoriais, abaixo descritos, fazem parte das po- Gerais S.A. (IEMG), Interligação Elétrica Pinheiros S.A. (Pinhei- líticas de Governo para o Setor Elétrico e são todos defini- ros), Interligação Elétrica do Sul S.A. (IESul) e a Interligação Elé- dos em Lei. Seus valores são estabelecidos por Resoluções trica Norte e Nordeste S.A. (IENNE), que optaram pelo regime ou Despachos da ANEEL, para efeito de recolhimento pelas do Lucro Real, as demais controladas são consideradas, para concessionárias dos montantes cobrados dos consumido- fins fiscais, em fase pré-operacional, não sendo apurado tribu- res por meio das tarifas de fornecimento de energia elétrica tos correntes sobre o lucro. e estão classificados sob a rubrica “Encargos regulatórios a recolher no balanço patrimonial”. 20 Demonstrações Financeiras 2011 (i) Conta de Consumo de Combustível (CCC) sa, cogeração qualificada e pequenas centrais hidrelétricas, Criado pelo Decreto nº 73.102, de 7 de novembro de 1973. devem aplicar, anualmente, um percentual de sua receita Tem como finalidade reembolsar parte do custo total de operacional líquida em projetos de Pesquisa e Desenvol- geração para atendimento ao serviço público de ener- vimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica (P&D), gia elétrica nos sistemas isolados. Esse custo abrange segundo regulamentos estabelecidos pela ANEEL. custos relativos ao preço da energia e da potência associada contratadas pelos agentes de distribuição, encargos e impostos não recuperados, prestação de serviço de ener- (vi) Taxa de Fiscalização do Serviço Público de Energia Elétrica (TFSEE) gia elétrica em regiões remotas e contratação de reserva Criada pela Lei nº 9.427/1996 incide sobre a produção, de capacidade para garantir a segurança do suprimento de transmissão, distribuição e comercialização de energia energia elétrica. elétrica. Calculada anualmente pela ANEEL. (ii) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) 3.5. Instrumentos financeiros Criada pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, com a finalidade de prover recursos para: (i) o desenvolvimen- (a) Ativos financeiros to energético dos Estados; (ii) a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, pequenas centrais (i) Classificação e mensuração hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral, nas Ativos financeiros são classificados nas seguintes catego- áreas atendidas pelos sistemas elétricos interligados; rias específicas: ativos financeiros a valor justo por meio (iii) promover a universalização do serviço de energia elé- do resultado, investimentos mantidos até o vencimento, trica em todo o território nacional. ativos financeiros disponíveis para venda e empréstimos e recebíveis. Quando um instrumento de patrimônio não é (iii) Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) Instituído pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, tem cotado em um mercado ativo e seu valor justo não pode ser mensurado com confiança, este é mensurado ao custo e testado para impairment. o objetivo de aumentar a participação de fontes alterna- A classificação depende da finalidade dos ativos finan- tivas renováveis na produção de energia elétrica no País, ceiros e é determinada na data do reconhecimento ini- tais como: energia eólica (ventos), biomassa e pequenas cial. Todas as aquisições ou alienações normais de ativos centrais hidrelétricas. financeiros são reconhecidas ou baixadas com base na data de negociação. As aquisições ou alienações normais (iv) Reserva Global de Reversão (RGR) correspondem a aquisições ou alienações de ativos finan- Encargo criado pelo Decreto nº 41.019, de 26 de feve- ceiros que requerem a entrega de ativos dentro do prazo reiro de 1957. Refere-se a um valor anual estabelecido estabelecido por meio de norma ou prática de mercado. pela ANEEL, pago mensalmente em duodécimos pelas O método de juros efetivos é utilizado para calcular o concessionárias, com a finalidade de prover recursos para custo amortizado de um instrumento da dívida e alocar reversão e/ou encampação dos serviços públicos de ener- sua receita de juros ao longo do período correspondente. gia elétrica, como também para financiar a expansão e A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente melhoria desses serviços. os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada do instrumento da dívida ou, quando apropriado, (v) Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) durante um período menor, para o valor contábil líquido As concessionárias de serviços públicos de distribuição, na data do reconhecimento inicial. A receita é reconhe- transmissão ou geração de energia elétrica, as permissioná- cida com base nos juros efetivos para os instrumentos de rias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica dívida não caracterizados como ativos financeiros ao valor e as autorizadas à produção independente de energia elé- justo por meio do resultado. trica, excluindo-se, por isenção, aquelas que geram energia Ativos e passivos financeiros são compensados e o exclusivamente a partir de instalações eólica, solar, biomas- valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando Demonstrações Financeiras 2011 21 há um direito legalmente aplicável de compensar os • Ativos financeiros mantidos até o vencimento valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em Os investimentos mantidos até o vencimento correspon- uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo dem a ativos financeiros não derivativos com pagamen- simultaneamente. tos fixos ou determináveis e data de vencimento fixa que a Companhia tem a intenção positiva e a capacidade de • Ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado manter até o vencimento. Após o reconhecimento inicial, os Os ativos financeiros são classificados ao valor justo por investimentos mantidos até o vencimento são mensurados meio do resultado quando são mantidos para negocia- ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos, ção ou designados pelo valor justo por meio de resul- menos eventual perda por redução ao valor recuperável. tado. Os ativos financeiros ao valor justo por meio do Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a Companhia resultado são demonstrados ao valor justo, e quaisquer não possuía ativos financeiros classificados como manti- ganhos ou perdas resultantes são reconhecidos no re- dos até o vencimento. sultado. Ganhos ou perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os dividendos ou juros auferidos • Ativos financeiros disponíveis para venda pelo ativo financeiro, sendo incluídos na rubrica “Outros Os ativos financeiros disponíveis para venda correspon- ganhos e perdas”, na demonstração do resultado. dem a ativos financeiros não derivativos designados como Um ativo financeiro é classificado como mantido “disponíveis para venda” ou não são classificados como: para negociação se (i) for adquirido principalmente para (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos mantidos ser vendido a curto prazo; ou (ii) no reconhecimento ini- até o vencimento, ou (c) ativos financeiros ao valor justo cial é parte de uma carteira de instrumentos financeiros por meio do resultado. identificados que a Companhia administra em conjunto Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no e possui um padrão real recente de obtenção de lucros a valor justo de ativos financeiros classificados como disponí- curto prazo; ou (iii) for um derivativo que não tenha sido veis para venda, quando aplicável, são registrados na rubrica designado como um instrumento de hedge efetivo. “Outros resultados abrangentes”, no patrimônio líquido, até Um ativo financeiro além dos mantidos para negociação pode ser designado ao valor justo por meio do o momento da liquidação do ativo financeiro, quando, por fim, são reclassificadas para o resultado do exercício. resultado no reconhecimento inicial se (i) tal designação Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a Companhia eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência não possuía nenhum ativo financeiro classificado como de mensuração ou reconhecimento que, de outra forma, disponível para venda. surgiria; ou (ii) o ativo financeiro for parte de um grupo gerenciado de ativos ou passivos financeiros ou ambos, e • Empréstimos e recebíveis seu desempenho for avaliado com base no valor justo, de São incluídos nessa classificação os ativos financeiros não acordo com a estratégia documentada de gerenciamen- derivativos com recebimentos fixos ou determináveis, que to de risco ou de investimento da Companhia, e quando não são cotados em um mercado ativo. São registrados no as informações sobre o agrupamento forem fornecidas ativo circulante, exceto, nos casos aplicáveis, aqueles com internamente com a mesma base; ou (iii) fizer parte de um prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do ba- contrato contendo um ou mais derivativos embutidos e o lanço, os quais são classificados como ativo não circulante. CPC 38 e IAS 39 permitir que o contrato combinado seja Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo valor totalmente designado ao valor justo por meio do resultado. de custo amortizado utilizando o método de juros efetivos, Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os ativos financeiros deduzidos de qualquer perda por redução do valor recupe- classificados nesta categoria estão relacionados aos equiva- rável. A receita de juros é reconhecida através da aplicação lentes de caixa e instrumentos financeiros derivativos. da taxa de juros efetiva, exceto para créditos de curto prazo quando o reconhecimento dos juros seria imaterial. 22 Demonstrações Financeiras 2011 Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os ativos finan- (b) Passivos financeiros ceiros da Companhia classificados nesta categoria, com- Os passivos financeiros são classificados como ao valor jus- preendiam, principalmente, o contas a receber (ativo de to por meio do resultado quando são mantidos para nego- concessão) e valores a receber – Secretaria da Fazenda. ciação ou designados ao valor justo por meio do resultado. Os outros passivos financeiros (incluindo empréstimos) são (ii) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando o Ativos financeiros, exceto aqueles designados pelo valor método de juros efetivos. justo por meio do resultado, são avaliados por indicadores de redução ao valor recuperável no final de cada perío- (c) Instrumentos derivativos e atividades de cobertura – do de relatório. As perdas por redução ao valor recupe- hedge rável são reconhecidas se, e apenas se, houver evidência Em 2011, a Companhia e sua controlada IEMadeira passa- objetiva da redução ao valor recuperável do ativo finan- ram a utilizar instrumentos financeiros derivativos. ceiro como resultado de um ou mais eventos que tenham Os instrumentos financeiros derivativos designados ocorrido após seu reconhecimento inicial, com impacto em operações de cobertura – hedge são inicialmente nos fluxos de caixa futuros estimados desse ativo. reconhecidos ao valor justo na data em que a operação O valor contábil do ativo financeiro é reduzido direta- de derivativo é contratada, sendo reavaliados, subsequen- mente pela perda por redução ao valor recuperável para temente, também ao valor justo. Quaisquer ganhos ou todos os ativos financeiros, com exceção das contas a perdas resultantes de mudanças no valor justo de deri- receber, em que o valor contábil é reduzido pelo uso de vativos durante o exercício são lançados diretamente na uma provisão. Recuperações subsequentes de valores ante- demonstração de resultado. riormente baixados são creditadas à provisão. Mudanças no Para que uma operação de cobertura – hedge seja qua- valor contábil da provisão são reconhecidas no resultado. lificada para contabilidade de hedge (hedge accounting) é Durante o exercício de 2011, a Administração não identifi- necessário que os seguintes requisitos sejam atendidos: cou evidência objetiva de redução ao valor recuperável dos ativos, não sendo necessária a constituição de provisão. •Para a data de início da operação, existe documentação formal da operação de cobertura, especificando sua clas- (iii) Baixa de ativos financeiros sificação, bem como o objetivo e a estratégia de gestão A Companhia baixa um ativo financeiro, apenas quando os de risco da administração para levar a efeito o hedge. Essa direitos contratuais aos fluxos de caixa provenientes desse documentação deve incluir a identificação do instru- ativo expiram, ou transfere o ativo, e substancialmente todos mento de hedge, o item ou transação objeto de hedge, a os riscos e benefícios da propriedade para outra empresa. natureza do risco objeto de hedge, a natureza dos riscos Se a Companhia não transferir nem retiver substancialmente excluídos da relação de hedge, a demonstração prospec- todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, tiva da eficácia da relação de hedge e a forma em que a mas continuar a controlar o ativo transferido, a participação Companhia irá avaliar a eficácia do instrumento de hedge retida e o respectivo passivo nos valores que terá de pagar são para fins de compensar a exposição a mudanças no valor reconhecidos. Se retiver substancialmente todos os riscos e justo do item objeto de hedge ou fluxos de caixa relacio- benefícios do ativo da propriedade do ativo financeiro trans- nados ao risco objeto de hedge; ferido, a Companhia continua reconhecendo esse ativo, além •Existe a expectativa de que a cobertura seja altamente eficaz; de um empréstimo garantido pela receita recebida. •A eficácia da cobertura possa ser mensurada de forma Quando da baixa de um ativo financeiro em sua totali- confiável; dade, a diferença entre o valor contábil do ativo e a soma •A cobertura é avaliada numa base contínua e efetivamen- da contrapartida recebida e a receber e o ganho ou a per- te determinada como sendo altamente efetiva ao longo da acumulados será reconhecida em “Outros resultados do período da vida útil da estrutura de hedge accounting. abrangentes” e acumulado no patrimônio. Durante o exercício de 2011, não ocorreram baixas de ativos financeiros que impactaram os direitos contratuais. Demonstrações Financeiras 2011 23 Em 31 de dezembro de 2011, a Companhia e sua con- sistema elétrico. A Companhia considera que o valor da trolada IEMadeira possuem instrumentos derivativos clas- indenização a que terá direito deve corresponder ao Valor sificados como hedge de valor justo. Novo de Reposição ajustado pela depreciação acumulada Um instrumento é classificado pelo valor justo atra- de cada item. Considerando as incertezas existentes hoje vés do resultado se for mantido para negociação ou no mercado de energia, a Companhia estimou o valor de designado como tal quando do reconhecimento inicial. indenização de seus ativos com base nos seus respectivos Os instrumentos financeiros são registrados pelo valor jus- valores de livros, sendo este o montante que a Administração to através do resultado se a Companhia e/ou suas contro- entende ser o mínimo garantido pela regulamentação em ladas gerencia esses investimentos e toma as decisões de vigor. Considerando que a Administração monitora de maneira compra e venda com base em seu valor justo de acordo constante a regulamentação do setor, em caso de mudanças com a estratégia de investimento e gerenciamento de ris- nesta regulamentação que, por ventura alterem a estimativa co documentado pela Companhia e/ou suas controladas. sobre o valor de indenização dos ativos, os efeitos contábeis Após reconhecimento inicial, as mudanças do valor justo destas mudanças serão tratados de maneira prospectiva nas do instrumento de hedge e as mudanças do valor justo Demonstrações Financeiras. No entanto, a Administração do item objeto de hedge atribuíveis ao risco coberto são reitera seu compromisso em continuar a defender os reconhecidas na linha da demonstração de resultado rela- interesses dos acionistas da Companhia na realização destes cionada ao item objeto de hedge. ativos, visando a maximização do retorno sobre o capital investido na concessão, dentro dos limites legais. 3.6. Caixa e equivalentes de caixa Com base na avaliação de recuperabilidade efetuada pela Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, Companhia, não foi constituída provisão para créditos de depósitos bancários e investimentos de curto prazo. liquidação duvidosa de clientes. Para que um investimento de curto prazo seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilida- 3.8. Estoques de imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito Os estoques são apresentados por itens de almoxarifado de a um insignificante risco de mudança de valor. Portanto, um manutenção, e registrados pelo menor valor entre o valor de investimento normalmente qualifica-se como equivalente de custo e o valor líquido realizável. Os custos dos estoques são caixa somente quando tem vencimento de curto prazo, por determinados pelo método do custo médio. exemplo, três meses ou menos, a contar da data da aquisição. 3.9. Investimentos 3.7. Contas a receber (ativo de concessão) Nas Demonstrações Financeiras Individuais a Companhia Ativos financeiros classificados como empréstimos e rece- através do método de equivalência patrimonial. reconhece e demonstra os investimentos em controladas bíveis, inclui os valores a receber referentes aos serviços de construção, da receita financeira e dos serviços de operação e 3.10. Imobilizado manutenção, bem como o valor do ativo indenizável. Representado, basicamente, pelos ativos administrativos. A O ativo indenizável, registrado ao término da construção, refere-se à parcela estimada dos investimentos realizados depreciação é calculada pelo método linear considerando o tempo da vida útil-econômica estimado dos bens. e não amortizados até o final da concessão e ao qual Outros gastos são capitalizados apenas quando há um a Companhia terá direito de receber caixa ou outro aumento nos benefícios econômicos desse item do imobili- ativo financeiro, ao término da vigência do contrato de zado. Qualquer outro tipo de gasto é reconhecido no resulta- concessão. Conforme definido nos contratos, a extinção da do como despesa quando incorrido. concessão determinará, de pleno direito, a reversão ao poder A Companhia não considerou relevante o saldo do ativo concedente dos bens vinculados ao serviço, procedendo-se imobilizado e, consequentemente, optou por não adotar a os levantamentos e avaliações, bem como a determinação prática do “custo atribuído” (deemed cost), conforme previsto do montante da indenização devida à concessionária, no ICPC 10 (IAS 16 e 40) – Interpretação sobre a Aplicação observados os valores e as datas de sua incorporação ao Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento. 24 Demonstrações Financeiras 2011 Adicionalmente, os efeitos de depreciação decorrentes da (b) A Companhia como arrendadora primeira análise periódica do prazo de vida útil-econômica A receita de aluguel oriunda de arrendamento operacional remanescente dos bens do ativo imobilizado conforme de- é reconhecida pelo método linear durante o período de terminado pelo ICPC 10 (IAS 16 e 40) não foram considerados vigência do arrendamento em questão. Os custos diretos relevantes pela administração da Companhia. iniciais incorridos na negociação e preparação do leasing operacional são adicionados ao valor contábil dos ativos 3.11. Intangível arrendados e reconhecidos também pelo método linear Representado, basicamente, pelos gastos incorridos na pelo período de vigência do arrendamento. implantação do sistema ERP – SAP. A amortização é calculada pelo método linear considerando o tempo da vida útil estimado do referido sistema. Adicionalmente, os efeitos de amortização decorrentes da 3.13. Demais ativos circulante e não circulante São apresentados pelo seu valor líquido de realização. primeira análise periódica do prazo de vida útil-econômica Provisões são constituídas por valores considerados de im- remanescente dos bens do ativo intangível, conforme deter- provável realização dos ativos na data dos balanços patrimoniais. minado pelo ICPC 10 (IAS 16 e 40), não foram considerados relevantes pela administração da Companhia. 3.14. Passivos circulante e não circulante São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acres- 3.12. Arrendamentos cidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data do balanço. (a) A Companhia como arrendatária • Arrendamentos operacionais 3.15. Provisões Os pagamentos referentes aos arrendamentos operacio- As provisões são reconhecidas para obrigações presentes nais são reconhecidos como despesa pelo método line- (legal ou construtiva) resultante de eventos passados, em ar pelo período de vigência do contrato, exceto quando que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja outra base sistemática é mais representativa para refletir liquidação seja provável. o momento em que os benefícios econômicos do ativo O valor reconhecido como provisão é a melhor estimati- arrendado são consumidos. Os pagamentos contingen- va das considerações requeridas para liquidar a obrigação no tes oriundos de arrendamento operacional são reconhe- final de cada exercício, considerando-se os riscos e as incer- cidos como despesa no período em que são incorridos. tezas relativos à obrigação. Quando a provisão é mensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obriga- • Arrendamentos financeiros No início do contrato, os arrendamentos financeiros são ção, seu valor contábil corresponde ao valor presente desses fluxos de caixa. reconhecidos como ativos e passivos nos seus balanços Quando alguns ou todos os benefícios econômicos por quantias iguais ao valor justo da propriedade arren- requeridos para a liquidação de uma provisão são esperados dada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhe- mínimos do arrendamento. cido se, e somente se, o reembolso for virtualmente certo e o A taxa de desconto utilizada no cálculo do valor pre- valor puder ser mensurado de forma confiável. sente dos pagamentos mínimos do arrendamento mer- As provisões são quantificadas ao valor presente do cantil é a taxa de juros implícita no arrendamento mer- desembolso esperado para liquidar a obrigação, usando-se cantil, se for praticável determinar essa taxa, se não for, é a taxa adequada de desconto de acordo com os riscos rela- utilizada a taxa incremental de financiamento do arren- cionados ao passivo. São atualizadas até as datas dos balan- datário. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário ços pelo montante estimado das perdas prováveis, observa- são adicionados à quantia reconhecida como ativo. das suas naturezas e apoiadas na opinião dos advogados da Companhia e de suas controladas. Demonstrações Financeiras 2011 25 As provisões para ações judiciais são reconhecidas 3.17. Dividendos e juros sobre capital próprio quando a Companhia e suas controladas têm uma obri- A política de reconhecimento de dividendos está em confor- gação presente resultante de eventos passados, sen- midade com o CPC 24 (IAS 10) e ICPC 08, que determinam do provável que uma saída de recursos seja necessá- que os dividendos propostos que estejam fundamentados em ria para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado obrigações estatutárias devem ser registrados no passivo cir- com segurança. culante. O estatuto da Companhia estabelece um dividendo Os fundamentos e a natureza das provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas estão descritos na nota explicativa 19(a). mínimo obrigatório equivalente à 10% do capital social, condicionados à existência de lucros. A parcela dos dividendos superior ao dividendo mínimo obrigatório, declarada pela Administração após o período contábil a 3.16. Plano de aposentadoria e outros benefícios a empregados que se referem as demonstrações financeiras, mas antes da data A Companhia patrocina planos de aposentadoria e assistência ceiras, é registrada na rubrica “Dividendo adicional proposto”, no médica aos seus empregados, administrados pela Fundação patrimônio líquido, conforme nota explicativa 22(b). CESP. de autorização para emissão das referidas demonstrações finan- A Companhia distribui juros sobre o capital próprio, os Os pagamentos a planos de aposentadoria de contribuição quais são dedutíveis para fins fiscais e considerados parte dos definida são reconhecidos como despesa quando os serviços dividendos obrigatórios e estão demonstrados como destina- que concedem direito a esses pagamentos são prestados. ção do resultado diretamente no patrimônio líquido. No caso dos planos de aposentadoria de benefício definido, o custo da concessão dos benefícios é determinado 3.18. Segmento de negócio pelo Método da Unidade de Crédito Projetada com base em Segmentos operacionais são definidos como atividades de avaliação atuarial realizada anualmente no final de cada perí- negócio das quais pode se obter receitas e incorrer em des- odo de relatório. Ganhos e perdas atuariais que excedam 10% pesas, com disponibilidade de informações financeiras indivi- do maior valor no exercício anterior, entre o valor presente dualizadas e cujos resultados operacionais são regularmente das obrigações com os benefícios definidos e o valor justo revistos pela administração no processo de tomada de decisão. dos ativos do plano, são amortizados no período médio res- No entendimento da administração da Companhia, tante esperado de vida laboral dos empregados participantes. embora reconheça receita para as atividades de construção, e O custo de serviços passados é reconhecido imediatamente, de operação e manutenção, considerando que essas receitas na medida em que os benefícios já foram concedidos, ou en- são originadas por um único contrato de concessão de ser- tão, amortizado pelo método linear pelo período médio até viço público de transmissão de energia elétrica relevante, a que os benefícios tenham sido adquiridos. CTEEP possui apenas um segmento de negócio: transmissão Eventual obrigação com benefícios de aposentadoria de energia elétrica. reconhecida no balanço patrimonial representa o valor presente da obrigação com os benefícios definidos, ajustada por 3.19. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) ganhos e perdas atuariais não reconhecidos e pelo custo dos Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza serviços passados não reconhecido, reduzido pelo valor justo criada pela Companhia e sua distribuição durante determi- dos ativos do plano. Qualquer ativo resultante desse cálculo nado período e é apresentada pela Companhia, conforme está limitado ao montante das perdas atuariais não reconhe- requerido pela legislação societária brasileira, como parte de cidas e do custo dos serviços passados, acrescido do valor suas Demonstrações Financeiras Individuais e como Informa- presente de restituições disponíveis e reduções em futuras ção suplementar às Demonstrações Financeiras Consolida- contribuições ao plano. das, pois não é uma demonstração prevista e nem obrigatória Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a Companhia não possuía ativos ou passivos atuariais reconhecidos contabilmente, conforme mencionado na nota explicativa 20. conforme as IFRS. A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das Demonstrações Financeiras e seguindo as disposições contidas no CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado. 26 Demonstrações Financeiras 2011 Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Com- 3.22.Lucro por ação panhia, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, A Companhia efetua os cálculos do lucro por ações utilizando incluindo os tributos incidentes sobre a mesma, as outras o número médio ponderado de ações ordinárias e preferenciais receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação totais em circulação, durante o período correspondente ao duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das resultado conforme pronunciamento técnico CPC 41 (IAS 33). vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de ter- O lucro básico por ação é calculado pela divisão do lucro ceiros, incluindo os tributos incluídos no momento da aqui- líquido do período pela média ponderada da quantidade de sição, os efeitos das perdas e recuperação de valores ativos, e ações emitidas. O cálculo do lucro diluído é afetado por ins- a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido trumentos conversíveis em ações, conforme mencionado na de terceiros (resultado da equivalência patrimonial, receitas nota explicativa 22(e). financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apree contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remu- 3.23.Contratos de concessão (ICPC 01 e OCPC 05 – IFRIC 12) neração de capitais próprios. A partir de 1º de janeiro de 2009 a Companhia adotou e uti- senta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas lizou para fins de classificação e mensuração das atividades 3.20. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) de concessão as previsões da interpretação ICPC 01 emitida A Demonstração dos Fluxos de Caixa foi preparada pelo de contabilidade conforme emitido pelo IASB”). Esta Inter- método indireto e está apresentada de acordo com a Delibe- pretação orienta os concessionários sobre a forma de con- ração CVM n° 547, de 13 de agosto de 2008, que aprovou o tabilização de concessões de serviços públicos a entidades pronunciamento contábil CPC 03 (R2) – Demonstração dos privadas, quando: pelo CPC (“equivalente ao IFRIC12 das normas internacionais Fluxos de Caixa, emitido pelo CPC. • o concedente controle ou regulamente quais serviços 3.21. Ajuste a valor presente de ativos e passivos devem ser prestados, a quem os serviços devem ser prestados e o seu preço que deve ser cobrado; Os ativos e passivos monetários de longo prazo e os de curto • o concedente controle – por meio de titularidade, usufruto prazo, quando o efeito é considerado relevante em relação às ou de outra forma – qualquer participação residual significa- demonstrações financeiras tomadas em conjunto, são ajusta- tiva na infraestrutura no final do prazo da concessão. dos pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente é calculado levando em conside- Para os contratos de concessão qualificados para a aplica- ração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, ção do ICPC 01 (IFRIC 12), a infraestrutura construída, amplia- e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passi- da, reforçada ou melhorada pelo operador não é registrada vos. Dessa forma, os juros embutidos nas receitas, despesas como ativo imobilizado do próprio operador porque o contra- e custos associados a esses ativos e passivos são desconta- to de concessão não transfere ao concessionário o direito de dos com o intuito de reconhecê-los em conformidade com o controle (muito menos de propriedade) do uso da infraestru- regime de competência de exercícios. Posteriormente, esses tura de serviços públicos. É prevista apenas a cessão de posse juros são realocados nas linhas de despesas e receitas finan- desses bens para realização dos serviços públicos, sendo eles ceiras no resultado por meio da utilização do método da taxa (imobilizado) revertidos ao concedente após o encerramento efetiva de juros em relação aos fluxos de caixa contratuais. do respectivo contrato. O concessionário tem direito de ope- As taxas de juros implícitas aplicadas foram determinadas rar a infraestrutura para a prestação dos serviços públicos em com base em premissas e são consideradas estimativas con- nome do concedente, nas condições previstas no contrato. tábeis. Nas datas das demonstrações financeiras a Companhia Assim, nos termos dos contratos de concessão den- e suas controladas não possuíam ajustes a valor presente de tro do alcance do ICPC 01 (IFRIC 12), o concessionário montantes significativos. atua como prestador de serviço. O concessionário constrói, amplia, reforça ou melhora a infraestrutura (serviços de construção) usada para prestar um serviço público além Demonstrações Financeiras 2011 27 de operar e manter essa infraestrutura (serviços de opera- Todas as concessões foram classificadas dentro do ção e manutenção) durante determinado prazo. O conces- modelo de ativo financeiro, sendo o reconhecimento da sionário deve registrar e mensurar a receita dos serviços receita e custos das obras relacionadas à formação do ati- que presta de acordo com os Pronunciamentos Técnicos vo financeiro através do método de percentual de evolução. CPC 17 – Contratos de Construção (equivalente ao IAS 11, O ativo financeiro de indenização é reconhecido quando a conforme emitido pelo IASB) e CPC 30 – Receitas (equivalente construção é finalizada e incluído como remuneração dos ao IAS 18, conforme emitido pelo IASB). Caso o concessioná- serviços de construção. rio realize mais de um serviço (ex.: serviços de construção ou As disposições da ICPC 01 (IFRIC 12) foram aplicadas para melhoria e serviços de operação) regidos por um único con- as concessões das controladas IEMadeira, IESul, IENNE, IEMG, trato, a remuneração recebida ou a receber deve ser alocada Serra do Japi e Pinheiros. Dada à impossibilidade de recons- com base nos valores justos relativos dos serviços prestados truir de forma confiável os dados históricos, a aplicação pros- caso os valores sejam identificáveis separadamente. Assim, a pectiva, a partir de 1º de janeiro de 2009, foi adotada para contra partida pelos serviços de construção ou melhorias efe- os contratos de concessão celebrados pela CTEEP, existentes tuadas nos ativos da concessão passa a ser classificada como naquela data. ativo financeiro, ativo intangível ou ambos. Conforme definido nos contratos, a extinção da concessão O ativo financeiro se origina na medida em que o opera- determinará, de pleno direito, a reversão ao poder conceden- dor tem o direito contratual incondicional de receber caixa ou te dos bens vinculados ao serviço, procedendo-se os levan- outro ativo financeiro do concedente pelos serviços de cons- tamentos e avaliações, bem como a determinação do mon- trução; o concedente tem pouca ou nenhuma opção para evi- tante da indenização devida à concessionária, observados os tar o pagamento, normalmente porque o contrato é executável valores e as datas de sua incorporação ao sistema elétrico. A por lei. O concessionário tem o direito incondicional de rece- Companhia considera que o valor da indenização a que terá ber caixa se o concedente garantir em contrato o pagamento direito deve corresponder ao Valor Novo de Reposição ajusta- (a) de valores preestabelecidos ou determináveis ou (b) insu- do pela depreciação acumulada de cada item. Considerando ficiência, se houver, dos valores recebidos dos usuários dos as incertezas existentes hoje no mercado de energia, a Com- serviços públicos com relação aos valores preestabelecidos panhia estimou o valor de indenização de seus ativos com base ou determináveis, mesmo se o pagamento estiver condicio- nos seus respectivos valores de livros, sendo este o montan- nado à garantia pelo concessionário de que a infraestrutu- te que a Administração entende ser o mínimo garantido pela ra atende a requisitos específicos de qualidade ou eficiência. regulamentação em vigor. Considerando que a Administração O ativo intangível se origina na medida em que o operador monitora de maneira constante a regulamentação do setor, recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos ser- em caso de mudanças nesta regulamentação que, por ventura viços públicos. Esse direito não constitui direito incondicional alterem a estimativa sobre o valor de indenização dos ativos, de receber caixa porque os valores são condicionados à uti- os efeitos contábeis destas mudanças serão tratados de ma- lização do serviço pelo público. Se os serviços de construção neira prospectiva nas demonstrações financeiras. No entanto, a do concessionário são pagos parte em ativo financeiro e parte Administração reitera seu compromisso em continuar a defen- em ativo intangível, é necessário contabilizar cada compo- der os interesses dos acionistas da Companhia na realização nente da remuneração do concessionário separadamente. destes ativos, visando a maximização do retorno sobre o capital A remuneração recebida ou a receber de ambos os compo- investido na concessão, dentro dos limites legais. Esta indeniza- nentes deve ser inicialmente registrada pelo seu valor justo ção faz parte da remuneração dos serviços de construção e é recebido ou a receber. reconhecido no momento em que a obra é finalizada. Os critérios utilizados para a adoção da interpretação das A Companhia determinou o valor justo dos serviços de concessões detidas pela Companhia e o impacto da sua ado- construção considerando que os projetos embutem margem ção inicial são descritos abaixo: suficiente para cobrir os custos de construção mais determina- A interpretação ICPC 01 (IFRIC 12) foi considerada aplicá- das despesas do período de construção. A taxa efetiva de juros vel a todos os contratos de serviço público-privado em que a que remunera o ativo financeiro advindo dos serviços de cons- Companhia faz parte. trução foi determinada considerando a expectativa de retorno dos acionistas sobre um ativo com estas características. 28 Demonstrações Financeiras 2011 Os ativos financeiros foram classificados como emprésti- será recuperado através da venda. Esta emenda entra em mos e recebíveis e a receita financeira apurada mensalmente vigor para os períodos anuais iniciando em ou após 1º de é registrada diretamente no resultado. janeiro de 2012. As receitas com construção e receita financeira apurada sobre o ativo financeiro de construção estão sujeitas (c) IAS 19 – Benefícios aos Empregados ao diferimento de Programa de Integração Social (PIS) e da Em junho de 2011, o IASB modificou o IAS 19 com o Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social objetivo de introduzir melhorias nas seguintes áreas: (Cofins) cumulativos, registrados na conta “Impostos diferidos” (a) reconhecimento de mudanças no ativo/passivo líqui- no passivo não circulante. dos dos planos de benefícios definidos; (b) mudanças, reduções nos benefícios ou liquidação do plano; (c) divul- 4. Normas e Interpretações Novas e Revisadas e Ainda não Adotadas gação sobre planos de benefício definido; (d) contabilização Novos pronunciamentos, alterações nos pronunciamen- diversos relacionados com (i) a classificação de benefí- tos existentes e novas interpretações listadas a seguir foram cios a empregados; (ii) estimativas da taxa de mortalidade; publicados e são obrigatórios para os exercícios iniciados em (iii) custos administrativos e tributários; (iv) riscos com- 1° de janeiro de 2012 ou posteriores. partilhados e aspectos condicionais de indexação. Esta de benefícios relacionados com desligamento; e (e) itens O CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos norma passa a vigorar para exercícios sociais iniciados e modificações relacionados às IFRS novas e revisadas apre- a partir de 1º de janeiro de 2013. Os principais impactos sentadas nesta nota explicativa. Em decorrência do compro- decorrente da aplicação dessa norma são (i) a eliminação misso do CPC e da CVM de manter atualizado o conjunto de do critério do corredor e (ii) o cálculo da estimativa do normas emitido com base nas atualizações feitas pelo IASB, é retorno dos ativos utilizando a mesma taxa de desconto esperado que esses pronunciamentos e modificações sejam utilizada no cálculo do passivo atuarial. A aplicação dessa editados pelo CPC e aprovados pela CVM até a data de sua norma requererá a descontinuação do método do corre- aplicação obrigatória. dor e consequente registro do ganho ou perda atuarial não A Companhia e suas controladas não adotaram de forma an- registrado em contrapartida à conta de ajuste de avaliação tecipada tais alterações em suas demonstrações financeiras con- patrimonial e a utilização da taxa de desconto do passivo solidadas de 31 de dezembro de 2011 e não tiveram a oportuni- atuarial no cálculo do retorno dos ativos. dade de avaliar possível impacto da adoção dessas alterações. (d) IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e (a) IAS 1 – Apresentação das Individuais Demonstrações Financeiras O IAS 27 foi modificado em 2011 em consequência da Em junho de 2011, o IASB efetuou modificações no emissão do IFRS 10 – Demonstrações contábeis consoli- IAS 1, relacionadas com a apresentação dos itens registrados dadas. Dessa forma, o IAS 27 passou a conter requerimen- em ajustes de avaliação patrimonial (other compreensive tos somente sobre a elaboração de demonstrações contá- income), no patrimônio líquido. Essas modificações beis separadas. Esta norma passa a vigorar para exercícios requerem que a Companhia agrupe os itens apresenta- sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013. dos nessa rubrica de acordo com sua potencial realização (transferência) para lucros (prejuízos) acumulados. (e) IAS 28 – Contabilização de Investimentos em Associadas e Joint Ventures (b) IAS 12 – Imposto de Renda O IAS 28 foi modificado em 2011 para incluir os empreen- Esta emenda esclareceu a determinação de imposto di- dimentos em conjunto no escopo desse pronunciamen- ferido sobre as propriedades de investimento mensurado to, em razão de o método de equivalência patrimonial ser pelo valor justo. Introduz a presunção refutável de que o aplicável tanto para os investimentos em coligadas como imposto diferido sobre as propriedades de investimento em empreendimentos em conjunto. Esta norma passa a mensurado pelo modelo de valor justo no IAS 40 deveria vigorar para exercícios sociais iniciados a partir de 1º de ser definido com base no fato de que seu valor contábil janeiro de 2013. Demonstrações Financeiras 2011 29 (f) IFRS 9 – Instrumentos Financeiros – Classificação e pelas partes no arranjo deverá levar em conta a estrutura e Mensuração a forma legal do arranjo, os termos contratuais do arranjo A IFRS 9 encerra a primeira parte do projeto de substituição e, se relevante, outros fatos e circunstâncias. Esta norma da “IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento passa a vigorar para exercícios sociais iniciados a partir de e Mensuração”. A IFRS 9 requer que todos os ativos finan- 1º de janeiro de 2013. ceiros sejam classificados na mesma base do modelo de negócio utilizado na administração de ativos financeiros e (i) IFRS 12 – Divulgação de Participação em Outras Entidades nas características contratuais do fluxo de caixa dos ativos O IFRS 12 requer a divulgação de informações para permitir financeiros. Os ativos são inicialmente mensurados pelo aos usuários das demonstrações contábeis a: (i) compreen- seu valor justo ajustados pelos custos da transação, exceto der os julgamentos e premissas utilizados na determinação quando se tratar de um ativo avaliado pelo valor justo por da natureza da participação em outras entidades ou arran- meio do resultado. Ativos são avaliados subsequentemen- jos em conjunto; (ii) a participação que não controladores te pelo método do custo amortizado ou pelo valor justo. tem na atividades e no fluxo de caixa do grupo; (iii) avaliar a A norma exige ainda a adoção de apenas um método para natureza e extensão de restrições no acesso ou uso de ati- determinação de perdas no valor recuperável de ativos. vos e liquidação de passivos do grupo; (iv) avaliar a natureza Esta norma passa a vigorar para exercícios sociais iniciados dos, e mudanças nos, riscos associados com a participa- a partir de 1º de janeiro de 2013. ção nas entidades consolidadas; (v) a natureza e extensão de sua participação em entidades não consolidadas, bem (g) IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas com a natureza dos, e mudança nos, riscos associados com O IFRS 10 requer que a controladora apresente demons- essas entidades; (vi) a natureza e extensão de sua participa- trações contábeis consolidadas. A IFRS 10 define os princí- ção em arranjos com outros empreendedores, bem com pios de controle e estabelece que os controles são a base a natureza dos, e mudança nos, riscos associados com para determinação de quais entidades devem ser incluídas essas operações; (vii) avaliar as mudanças na participação na consolidação das demonstrações contábeis. Um inves- dos controladores nas subsidiária, quando não resultar em tidor controla uma investida se está exposta, ou tem o mudança de controle; e (viii) avaliar as consequências da direito, a retornos variáveis decorrentes de seu envol- perda de controle em subsidiárias durante o período em vimento com a investida e tem a habilidade de impac- curso. Esta norma passa a vigorar para exercícios sociais ini- tar esses retornos através do poder exercido sobre essa ciados a partir de 1º de janeiro de 2013. investida. Esta norma passa a vigorar para exercícios sociais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013. (j) IFRS 13 – Mensuração de Valor Justo O IFRS 13 define o valor justo como o preço que po- (h) IFRS 11 – Contratos entre Empreendedores deria ser recebido para vender um ativo ou pago pela Esse IFRS substitui o IAS 31 – Investimento em Empreendi- transferência de um passivo, em uma transação organi- mentos em Conjunto. O IFRS 11 requer que um participan- zada entre participantes de mercado, em uma data de te de um empreendimento em conjunto determine o tipo avaliação (ex.: um preço de saída). Esta definição de va- de contrato no qual está envolvido através da avaliação lor justo ressalta que o valor justo é baseado na avalia- de seus direitos e obrigações provenientes desse arranjo. ção do mercado e não em uma avaliação específica de O IFRS classifica os empreendimentos em conjunto em uma entidade. Portanto, a intenção de uma entidade em dois tipos – operações em conjunto e empreendimentos manter o ativo ou liquidar ou honrar um passivo não é em conjunto. Em uma operação em conjunto as partes relevante na determinação do seu valor justo. Esta norma mantém os direitos sobre os ativos e passivos relaciona- passa a vigorar para exercícios sociais iniciados a partir de dos com o contrato. Em um empreendimento em con- 1º de janeiro de 2013. junto as partes têm direitos sobre o patrimônio líquido do empreendimento. A avaliação dos direitos e obrigações 30 Demonstrações Financeiras 2011 A CVM aprovou os seguintes pronunciamentos técnicos do CPC: • CPC 21 R1 – Demonstração Intermediária – Deliberação CVM nº 673 de 20 de outubro de 2011; • CPC 00 R1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divul- • CPC 15 R1 – Combinação de Negócios – Deliberação CVM nº 665 de 4 de agosto de 2011; • CPC 19 R1 – Investimentos em Empreendimentos Controlados em Conjunto – Deliberação CVM nº 666 de 4 de agosto de 2011; • CPC 35 R1 – Demonstrações Separadas – Deliberação CVM nº 667 de 4 de agosto de 2011; • CPC 36 R2 – Demonstrações Consolidadas – Deliberação CVM nº 668 de 9 de agosto de 2011; gação de Relatório Contábil Financeiro – Deliberação CVM nº 675 de 13 de dezembro de 2011; • CPC 26 R1 – Apresentação das Demonstrações Contábeis – Deliberação CVM nº 676 de 13 de dezembro de 2011; • ICPC 01 R1 – Contratos de Concessão – Deliberação CVM nº 677 de 13 de dezembro de 2011; • ICPC 17 – Contratos de Concessão: Evidenciação – Deliberação CVM nº 677 de 13 de dezembro de 2011. • CPC 20 R1 – Custo de Empréstimos – Deliberação CVM nº 672 de 20 de outubro de 2011; 5. Caixa e Equivalentes de Caixa Controladora 2011 2010 Caixa e bancos Aplicações financeiras (i) Consolidado 2011 2010 830 150.191 599 39.735 1.876 205.419 628 54.355 151.021 40.334 207.295 54.983 (i) A composição das aplicações financeiras é como segue: % do CDI CDB Compromissada (*) 97,5% a 103,0% 97,0% a 102,3% Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 21.047 129.144 39.735 - 50.146 155.273 54.355 - 150.191 39.735 205.419 54.355 As aplicações financeiras estão mensuradas ao valor justo através do resultado e possuem liquidez diária. A análise da administração da Companhia quanto à exposição desses ativos a riscos de taxas de juros, dentre outros, são divulgadas na nota explicativa 29(c). (*) As operações compromissadas são títulos emitidos pelos bancos com o compromisso de recompra do título por parte do banco, e de revenda pelo cliente, com taxas definidas, e prazos predeterminados, lastreados por títulos privados ou públicos dependendo da disponibilidade do banco e são registradas na CETIP. Demonstrações Financeiras 2011 31 6. Contas a Receber (Ativo de Concessão) As contas a receber estão compostas como a seguir: Contas a receber serviços de construção (a) Contas a receber serviços de O&M (b) Termo de confissão de dívida e acordo de pagamento (c) Controladora 2011 2010 2011 Consolidado 2010 4.616.717 240.810 - 4.401.528 175.510 68.347 6.565.661 244.160 - 5.405.440 175.912 68.347 4.857.527 4.645.385 6.809.821 5.649.699 Circulante 1.434.110 1.413.681 1.474.794 1.424.390 Não circulante 3.423.417 3.231.704 5.335.027 4.225.309 (a) Refere-se ao valor a receber referente aos serviços de construção, ampliação e reforço das instalações de transmissão de energia elétrica e inclui a parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados até o final da concessão e ao qual a Companhia terá direito de receber caixa ou outro ativo financeiro, ao término da vigência do contrato de concessão. São remunerados pela taxa efetiva de juros apurada para cada contrato de concessão. (b) Operação e Manutenção (O&M) refere-se à parcela do faturamento mensalmente informado pelo ONS destacada para remuneração dos serviços de operação e manutenção, com prazo médio de recebimento inferior a 60 dias. (c) Em 13 de janeiro de 2009, a Companhia assinou “termo de confissão de dívida e acordo de pagamento” com distribuidoras que apresentavam contas a receber vencidas. Este acordo previa o recebimento do saldo em 36 parcelas. Até dezembro de 2011, todas as parcelas foram recebidas conforme previsto. Esses ativos financeiros estão classificados como empréstimos e recebíveis. As contas a receber estão assim distribuídas por vencimento: Controladora 2011 2010 A vencer Vencidos até 30 dias de 31 a 60 dias há mais de 61 dias (i) Consolidado 2011 2010 4.832.256 4.628.894 6.784.301 5.633.208 1.121 581 23.569 1.498 846 14.147 1.353 598 23.569 1.498 846 14.147 25.271 16.491 25.520 16.491 4.857.527 4.645.385 6.809.821 5.649.699 (i) Alguns participantes do sistema questionaram judicialmente os saldos faturados referente à Rede Básica. Em virtude dessa discussão, são efetivados depósitos judiciais dos valores considerados devidos por estes participantes. A Companhia acredita que os valores faturados estão de acordo com as autorizações das entidades regulatórias e, desta maneira, não registra nenhuma provisão para perda relacionada a estas discussões. A Companhia não apresenta histórico de perdas em contas a receber, que são garantidas por estruturas de fianças e/ou acessos a contas correntes operacionalizadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) ou diretamente pela Companhia e, portanto, não constituiu provisão para créditos de liquidação duvidosa. A movimentação do contas a receber é como segue: Saldos em 31.12.2009 Receita de construção Receita financeira Receita de operação e manutenção Liquidação Saldos em 31.12.2010 Receita de construção Receita financeira Receita de operação e manutenção Liquidação Saldos em 31.12.2011 32 Demonstrações Financeiras 2011 Controladora Consolidado 4.628.295 5.087.285 147.659 1.371.585 440.789 (1.942.943) 693.803 1.398.245 442.469 (1.972.103) 4.645.385 5.649.699 265.387 1.476.988 540.616 (2.070.849) 1.103.686 1.589.969 555.127 (2.088.660) 4.857.527 6.809.821 7. Valores a Receber – Secretaria da Fazenda – Controladora e Consolidado Contrato de reconhecimento e consolidação de obrigações (a) Alienação de imóvel (b) Processamento da folha de pagamento – Lei nº 4.819/58 (c) Processos trabalhistas – Lei nº 4.819/58 (d) Salário-família – Lei nº 4.819/58 (e) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2011 2010 Circulante Não circulante Total Total 12.341 2.565 - 658.764 151.986 2.218 (2.218) 12.341 2.565 658.764 151.986 2.218 (2.218) 30.069 6.250 533.866 133.882 2.218 (2.218) 14.906 810.750 825.656 704.067 (a) Em 2 de maio de 2002, foi assinado Instrumento de sejam pagos pelo Governo do Estado. O aumento em Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, com a relação ao ano anterior é decorrente do cumprimento da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, em que o obrigação que a CTEEP tem de repassar os recursos aos Estado reconhece e confessa ser devedor à Companhia dos aposentados, conforme montantes estipulados mensal- valores correspondentes aos desembolsos originalmen- mente pela Fundação CESP. te efetuados pela CESP, no período de 1990 a 1999, para (d) Referem-se a determinadas ações trabalhistas quitadas pagamento de folhas de complementações de aposentado- pela Companhia, relativas aos empregados aposentados rias e pensões, decorrentes de benefícios nos termos da Lei sob o amparo da Lei Estadual nº 4.819/58, que são de res- Estadual nº 4.819/58, estando o montante então con- ponsabilidade do Governo do Estado. Sobre esse saldo fessado atualizado até janeiro de 2002, de acordo com a não é aplicada atualização monetária e não é registrado variação da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP, qualquer tipo de rendimento, até que sejam pagos pelo e a partir de fevereiro de 2002, de acordo com a variação Governo do Estado. mensal do IGP-M, acrescida de 6% ao ano. O ressarcimento (e) A CESP efetuou adiantamentos para pagamento de despe- dar-se-á em 120 parcelas mensais, tendo início em 1º de sas mensais referentes a salários-família, decorrentes dos agosto de 2002 e término previsto para 1º de julho de 2012. benefícios da Lei Estadual nº 4.819/58, sendo transferidos (b) Em 31 de julho de 2002, foi assinado Instrumento Particular à Companhia quando da cisão parcial da CESP. Conside- de Transação, com promessa de alienação de imóvel, reco- rando a expectativa de perda, a Administração constituiu nhecimento de obrigações e compromisso de pagamento, provisão para créditos de liquidação duvidosa, no ativo não com a Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, em circulante, no montante de R$ 2.218. que o Estado reconhece e confessa ser devedor à Companhia de montante correspondente ao valor de mercado da Não houve alterações significativas nos andamentos dos totalidade da área do imóvel ocupado pelo Estado, utiliza- respectivos processos em relação a 31 de dezembro de 2010. do, parcialmente, para a construção de unidades prisionais. O Estado comprometeu-se, portanto, a ressarcir a Compa- 8. Tributos e Contribuições a Compensar nhia do total mencionado em 120 parcelas mensais, tendo início em 1º de agosto de 2002 e término previsto para 1º de julho de 2012, com atualização de acordo com a variação mensal do IGP-M acrescida de juros de 6% ao ano. (c) Refere-se a valores a receber para liquidação de parcela da folha de pagamento do plano de complementação de aposentadoria regido pela Lei Estadual nº 4.819/58, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2011 (Nota 33). Sobre esse saldo não é aplicada atualização monetária Imposto de renda retido na fonte Contribuição social retido na fonte Cofins PIS Outros Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 5.530 4.279 8.517 5.619 797 877 275 361 741 3.211 790 759 939 1.016 305 549 776 3.273 803 759 7.840 9.780 11.326 11.230 e não é registrado qualquer tipo de rendimento, até que Demonstrações Financeiras 2011 33 9. Benefício Fiscal – Ágio Incorporado da Controladora – Controladora e Consolidado O ágio pago pela ISA Capital no processo de aquisição do controle acionário da CTEEP tem como fundamento econômico a perspectiva de resultados durante o prazo de exploração da concessão e tem origem na aquisição do direito de concessão delegado pelo Poder Público, nos termos da alínea A movimentação no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 é a seguinte: Saldos em 31.12.2009 Realização no período Saldos em 31.12.2010 Realização no período Saldos em 31.12.2011 Ágio Provisão Líquido 519.834 (343.091) (84.800) 55.968 435.034 (287.123) (84.800) 55.968 350.234 (231.155) 176.743 (28.832) 147.911 (28.832) 119.079 b, do § 2º, do artigo 14 da Instrução CVM nº 247, de 27 de março de 1996, com as alterações introduzidas pela Instrução A amortização está registrada na demonstração do resultado, sob a rubrica “Outras despesas, líquidas”. CVM nº 285 de 31 de julho de 1998. Com o objetivo de evitar que a amortização do ágio nistas, foi constituída uma Provisão para Manutenção da 10. Cauções e Depósitos Vinculados – Controladora e Consolidado Integridade do Patrimônio Líquido (PMIPL) de sua incor- No ativo não circulante, tendo em vista as incertezas quan- poradora e Reserva Especial de Ágio na Incorporação to ao desfecho das ações objeto de depósitos, a Companhia (Nota 22(c)), de acordo com o estabelecido na Instrução CVM tem por procedimento mantê-los por seu valor nominal, não nº 349, de 6 de março de 2001. registrando nenhum tipo de atualização monetária ou rendi- afete de forma negativa o fluxo de dividendos aos acio- A amortização do ágio, líquida da reversão da provisão e mento. O saldo está composto da seguinte forma: do crédito fiscal correspondente, resulta em efeito nulo no resultado do exercício e, consequentemente, na base de cálculo dos dividendos. O ágio, que em 31 de dezembro de 2007 totalizava R$ 689.435, está sendo amortizado pelo período remanescente de exploração da concessão, em parcelas mensais e segundo a projeção de rentabilidade futura e, conforme autorizado Depósitos judiciais Trabalhistas (Nota 19(a)(i)) Fiscais – Cofins (b) Previdenciárias – INSS (Nota 19(a)(iii)) Autuações – ANEEL (a) Outros por meio da Resolução ANEEL nº 1.164, de 18 de dezembro de 2007, está assim composta: Ano Amortização – % a.a. Contrato de concessão Total 059/2001 143/2001 2008 a 2012 2013 a 2015 2016 a 2031 12,20 12,73 - 0,10 0,02 0,25 12,30 12,75 0,25 2011 2010 52.867 2.745 6.076 198 27.914 5.668 2.745 5.723 198 61.886 42.248 (a) Referem-se a depósitos com o objetivo de anular autuações da ANEEL: (i) Depósito efetuado em 17 de janeiro de 2000, no valor de R$ 3.040, foi requerido em ação anulatória iniciada pela Companhia contra a ANEEL, decorrente de auto de infração nº 001/1999-SFE que impôs multa à Companhia sob alegação de prática de violações por dificultar Objetivando uma melhor apresentação da situação fi- o trabalho de fiscalização relacionado às perturbações nanceira e patrimonial da Companhia nas demonstrações fi- decorrentes da interrupção da transmissão e distribui- nanceiras, o valor líquido de R$ 119.079 (R$ 147.911 em 31 de ção de energia elétrica em grande parte das Regiões dezembro de 2010), que, em essência, representa o crédito Sudeste, Sul e Centro-Oeste; não cumprir as determi- fiscal incorporado, foi classificado no balanço no ativo não nações do “relatório de fiscalização”; e não cumprir a circulante realizável a longo prazo como benefício fiscal ágio incumbência legal de prestar serviço adequado. incorporado, com base na expectativa de sua realização. 34 Demonstrações Financeiras 2011 (ii) Depósito efetuado em 29 de agosto de 2008, no em 1º de abril de 2009, no setor de 88kV da SE Baixada valor de R$ 2.139, com o objetivo de anular a autuação Santista, consistente em um desligamento automático nº 062/2007 referente ao não cumprimento da data do banco de transformadores devido ao sobreaqueci- fixada para instalação do 3º banco de transformadores mento provocado pelo sistema de resfriamento da su- 345/88 kV da SE Baixada Santista, autorizado pela Reso- bestação que teria ocorrido por culpa da Companhia. lução ANEEL nº 197 de 04 de maio de 2004. (b) Depósitos judicial – Cofins (iii) Depósito efetuado em 17 de setembro de 2008, no valor de A Companhia questionou judicialmente a constitucionali- R$ 544, com o objetivo de anular a autuação nº 001/2008 dade da ampliação da base de cálculo da Cofins, no mon- referente ao não cumprimento da data fixada para a en- tante original de R$ 11.132, obtendo desfecho favorável, trada em operação da Linha de Transmissão, em 345 kV, cujo recebimento ocorreu em outubro de 2009. Adicio- Guarulhos – Anhanguera, autorizado pela Resolução nalmente, em setembro de 2011, a Companhia recebeu Autorizativa nº 064/2005 de 31 de janeiro de 2005. o montante de R$ 11.594, referente atualização monetária (iv) Depósito efetuado em 18 de abril de 2011, no valor de dos depósitos judiciais. A Companhia registrou um ganho R$ 353, com o objetivo de anular a autuação nº 022/10 no resultado financeiro, uma vez que o montante registra- que impôs multa à Companhia devido à fato ocorrido do era de R$ 5.668. 11. Investimentos (a) Informações sobre investimentos em controladas Database Qtde. de Participação ações no capital Capital Patrimônio Resultado ordinárias integralizado integralizado líquido do exercício possuídas –% IEMG 31.12.2011 31.12.2010 78.855.292 47.313.175 100,0 60,0 78.855 78.855 52.319 85.689 12.196 2.166 Pinheiros 31.12.2011 31.12.2010 206.699.000 198.199.000 100,0 100,0 206.700 198.200 216.735 202.142 6.093 3.236 Serra do Japi 31.12.2011 31.12.2010 75.448.000 19.348.000 100,0 100,0 75.448 19.348 80.180 19.869 4.211 520 Interligação Elétrica de Minas Gerais S.A. (IEMG) A operação estava condicionada ao cumprimento de de- A IEMG foi constituída em 13 de dezembro de 2006, com o terminadas condições suspensivas, dentre elas a aprovação objetivo de explorar a concessão do serviço público de transmis- pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), são de energia elétrica, em particular a linha de transmissão em pelo BNDES e pela ANEEL, ocorridas em 7 de dezembro 500 kV Neves 1 – Mesquita (Minas Gerais), totalizando 172 km. de 2010, 16 de dezembro de 2010 e 21 de dezembro de 2010, Em 2009, a IEMG recebeu autorização para operar comercialmente. Em correspondência datada de 6 de agosto de 2010, a Cymi Holding S.A. notificou à CTEEP sua intenção em alienar, respectivamente. Além das aprovações mencionadas, dentre as condições suspensivas figuravam determinados documentos que seriam providenciados pela vendedora e que foram apresentados em 28 de janeiro de 2011. a um terceiro, pelo preço de R$ 14.531 mil, sua participação Após o cumprimento de todas as condições suspensivas, correspondente a 40% do capital social da IEMG. Em reu- em 3 de fevereiro de 2011 a CTEEP pagou, à vista, pela aquisi- nião do Conselho de Administração da CTEEP realizada em ção da participação na IEMG o valor de R$ 15.283, correspon- 6 de setembro de 2010, foi aprovado o exercício do direito de dente ao preço ofertado atualizado monetariamente. preferência na compra de 40% das ações do capital social da IEMG detidos pela Cymi Holding S.A., nos termos e condições da oferta feita por terceiro. Demonstrações Financeiras 2011 35 A administração julgou o valor ofertado por terceiro como sendo o valor justo dos ativos líquidos da IEMG. R$ mil Valor justo dos ativos líquidos Participação anterior Valor justo do investimento (A) 38.206 60% 22.924 R$ mil Valor ofertado por terceiro Participação negociada Valor ofertado equivalente a 100% 15.283 40% 38.206 Nesse sentido, a Companhia reavaliou sua participação anterior de 60% no capital social da IEMG pelo valor justo na R$ mil Ativos líquidos (data-base 31 de dezembro de 2010) Participação anterior da CTEEP Valor contábil do investimento (B) Perda na aquisição do controle da IEMG (B-A) 85.690 60% 51.414 28.490 data da aquisição, como se o montante de R$ 38.206 fosse ofertado para 100% da participação no capital social, e reco- Como resultado dessa operação o saldo do investimento nheceu no resultado do segundo trimestre de 2011, a perda da Companhia na IEMG na data da transação passou a ser o resultante: valor justo, ou seja, R$ 38.206, diferenciando-se do valor contábil do patrimônio líquido da IEMG. Os valores justos dos ativos e passivos identificáveis adquiridos da IEMG são os seguintes: Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Outros ativos circulantes Contas a receber – concessão Imposto de renda e contribuição social diferidos Outros ativos não circulantes Empréstimos e financiamentos Fornecedores Outros passivos circulantes Empréstimos e financiamentos – não circulante Imposto de renda e contribuição social diferidos PIS e Cofins diferidos Provisões para contingências Contábil 31.12.2010 Ajustes valor justo Valor justo dos ativos líquidos 5.436 10.898 545 150.341 2.977 (68.342) 24.461 - 5.436 10.898 545 81.999 24.461 2.977 170.197 (43.881) 126.316 (5.291) (1.428) (1.045) (57.425) (3.778) (15.540) - (3.603) (5.291) (1.428) (1.045) (57.425) (3.778) (15.540) (3.603) (84.507) (3.603) (88.110) 85.690 (47.484) 38.206 A metodologia utilizada pela Companhia para determina- missão de energia elétrica, em particular as linhas de transmis- ção do valor justo do contas a receber da concessão foi o fluxo são e subestações arrematadas nos Lotes E, H e K do Leilão de caixa futuro descontado pela taxa efetiva de juros efetiva na nº 004/2008 e Lote K do Leilão nº 004/2011 da ANEEL: data da aquisição. O ajuste de valor justo do contas a receber é realizado na mesma proporção dos fluxos financeiros de caixa, Lote e reconhecido contabilmente no resultado (Nota 26). E Interligação Elétrica Pinheiros S.A. (Pinheiros) H A Pinheiros foi constituída em 22 de julho de 2008, com o K K objetivo de explorar a concessão do serviço público de trans- 36 Demonstrações Financeiras 2011 Composição Linha de transmissão Interlagos – Piratininga II (SP) Subestação Piratininga II (SP) Subestações Mirassol II, Getulina e Araras (SP) Subestação Atibaia II (SP) Subestação Itapeti (SP) Tensão (kV) 345 345/138/88 440/138 345/138 345/88 O projeto dos lotes E, H e K do Leilão nº 004/2008 tem Interligação Elétrica Serra do Japi S.A. (Serra do Japi) investimento estimado em R$ 349 milhões e RAP de R$ 24 A Serra do Japi foi constituída em 1º de julho de 2009, com o milhões (Nota 1.2). A subestação de Araras entrou em ope- objetivo de explorar a concessão do serviço público de trans- ração em 5 de setembro de 2010. A subestação Getulina en- missão de energia elétrica, em particular as subestações Jandira trou em operação em 10 de março de 2011, a subestação de e Salto arrematadas no Lote I do Leilão nº 001/2009 da ANEEL. Mirassol entrou em operação em 17 de abril de 2011. A subes- Esse projeto tem investimento estimado em R$ 175,4 mi- tação Piratininga II entrou em operação em 26 de dezembro lhões e RAP de R$ 25,2 milhões (Nota 1.2). A subestação Salto de 2011. A subestação Atibaia II possui previsão de entrada em entrou em operação em 18 de janeiro de 2012 e a subestação operação no segundo trimestre de 2012. Jandira possui entrada em operação prevista para ocorrer no O projeto do lote K do leilão 004/2011, tem investimento primeiro trimestre de 2012. estimado em R$ 43 milhões e RAP de R$ 4,4 milhões. A entrada em operação está prevista para agosto de 2013. (b) Informações sobre investimentos em controladas em conjunto Database Qtde. de Participação ações no capital Capital Patrimônio Resultado ordinárias integralizado integralizado líquido do exercício possuídas -% IENNE 31.12.2011 31.12.2010 81.554.000 81.079.000 25,0 25,0 326.214 324.314 367.859 338.188 27.771 9.305 IESul 31.12.2011 31.12.2010 60.303.999 44.135.999 50,0 50,0 120.607 88.272 127.424 90.339 4.751 1.744 IEMadeira 31.12.2011 31.12.2010 346.800.000 123.164.490 51,0 51,0 680.000 241.499 740.360 251.321 50.538 8.430 IEGaranhuns 31.12.2011 31.12.2010 1.020.000 - 51,0 - 2.000 - 2.000 - - Interligação Elétrica Norte e Nordeste S.A. (IENNE) A IENNE foi constituída em 3 de dezembro de 2007 com o Lote F objetivo de explorar a concessão do serviço público de transmissão de energia elétrica, em particular as linhas de transmissão Colinas (Tocantins) – Ribeiro Gonçalves (Piauí) e Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí (Piauí), ambas em 500 kV, totalizando 720 km. I Composição Tensão (kV) Linha de transmissão Nova Santa Rita – Scharlau (RS) Subestação Scharlau (RS) Linha de transmissão Joinville Norte (SC) – Curitiba C2 (PR) Linha de transmissão Jorge Lacerda B – Siderópolis C3 (SC) Subestação Forquilhinha (SC) 230 230/138 230 230 230/69 Em 2011, a IENNE recebeu autorização e iniciou a sua operação comercialmente. Esse projeto tem investimento estimado em R$ 187,5 milhões e RAP de R$ 12,5 milhões (Nota 1.2). A Linha de Trans- Interligação Elétrica Sul S.A. (IESul) missão Nova Santa Rita – Scharlau e a Subestação Scharlau A IESul foi constituída em 23 de julho de 2008 com o objeti- entraram em operação comercial em 6 de dezembro de 2010. vo de explorar a concessão do serviço público de transmis- A subestação Forquilhinha entrou em operação em 10 de ou- são de energia elétrica, em particular as linhas de transmis- tubro de 2011. A linha de transmissão Jorge Lacerda B – Side- são e subestações arrematadas nos Lotes F e I do Leilão rópolis possui entrada em operação prevista para ocorrer no nº 004/2008 da ANEEL: primeiro trimestre de 2012. A linha de transmissão Joinville Norte – Curitiba possui a entrada em operação prevista para ocorrer no segundo trimestre de 2013. Demonstrações Financeiras 2011 37 Interligação Elétrica do Madeira S.A. (IEMadeira) A IEMadeira foi constituída em 18 de dezembro de 2008 com o objetivo de explorar a concessão do serviço público de transmissão de energia elétrica, em particular as linhas de transmissão e subestações arrematadas nos lotes D e F do Leilão nº 007/2008 da ANEEL: Lote Descrição D F Linha de transmissão Coletora Porto Velho – Araraquara 2, nº 01, Em CC, 2375 Km Estação retificadora nº 02 CA/CC, 3150 MW; Estação Inversora nº 02 CC/CA, 2950 MW Tensão (kV) Esse projeto tem investimento estimado em R$ 3.150,4 mi- 500/600 500/600 Interligação Elétrica Garanhuns S.A. (IEGaranhuns) lhões e RAP de R$ 328,0 milhões (Nota 1.2), base novembro de A IEGaranhuns foi constituída em 7 de outubro de 2011 com o ob- 2008. A entrada em operação das respectivas instalações está jetivo de explorar a concessão do serviço público de transmissão prevista para ocorrer em 2012 (lote D) e 2013 (lote F). de energia elétrica, em particular as linhas de transmissão e subestações arrematadas no lote L do Leilão nº 004/2011 da ANEEL: Lote Descrição L Linha de transmissão Luiz Gonzaga – Garanhuns (AL, PE) Linha de transmissão Garanhuns – Pau Ferro (PE) Linha de transmissão Garanhuns – Campina Grande III (PE, PB) Linha de transmissão Garanhuns – Angelim I (PE) Subestação Garanhuns (PE) Subestação Pau Ferro (PE) Tensão (kV) 500 500 500 500 500/230 500 Este projeto tem investimento estimado em R$ 650,0 milhões e RAP de R$ 68,9 milhões, base setembro de 2011. A participação acionária da Companhia no empreendimento é de 51%. A entrada em operação está prevista para junho de 2014. (c) Movimentação dos investimentos Saldos em Integralização 31.12.2009 de capital Pinheiros Serra do Japi IENNE IEMG IESul IEMadeira Equivalência Perda na variação patrimonial de participação Saldos em 31.12.2010 127.877 10.204 48.044 50.114 7.157 53.341 71.029 9.145 34.177 37.300 70.533 3.236 520 2.326 1.300 872 4.299 (160) - 202.142 19.869 84.547 51.414 45.169 128.173 296.737 222.184 12.553 (160) 531.314 Perda na Realização Saldos em Aquisição de Integralização Equivalência aquisição da perda na Dividendos Saldos em 31.12.2010 participação de capital patrimonial de aquisição a receber 31.12.2011 controle de controle IEMG Pinheiros Serra do Japi IENNE IESul IEMadeira IEGaranhuns 51.414 202.142 19.869 84.547 45.169 128.173 - 15.283 - 8.500 56.100 475 16.167 223.636 1.020 12.196 6.093 4.211 6.943 2.376 25.775 - (28.490) - 2.445 - (529) - 52.319 216.735 80.180 91.965 63.712 377.584 1.020 531.314 15.283 305.898 57.594 (28.490) 2.445 (529) 883.515 38 Demonstrações Financeiras 2011 12. Imobilizado Refere-se, substancialmente, a bens móveis utilizados pela Companhia e não vinculados ao contrato de concessão. 2011 Máquinas e equipamentos Benfeitorias em imóveis de terceiros Móveis e utensílios Veículos Outros Custo Depreciação acumulada 10.283 3.148 2.632 1.536 1.111 18.710 (4.901) (3.086) (997) (803) (268) (10.055) 2010 Líquido -% 4.685 818 1.708 943 890 9.044 16,0% 20,0% 10,0% 21,0% 4,0% 5.382 62 1.635 733 843 8.655 2011 Máquinas e equipamentos Benfeitorias em imóveis de terceiros Móveis e utensílios Veículos Outros Custo Depreciação acumulada 10.371 3.148 2.728 1.536 1.111 (4.935) (3.086) (1.018) (803) (268) 18.894 (10.110) Controladora Taxas médias anuais de depreciação 2010 Consolidado Taxas médias anuais de depreciação Líquido -% 5.436 62 1.710 733 843 4.775 818 1.768 943 890 16,0% 20,0% 10,0% 21,0% 4,0% 8.784 9.194 A movimentação do ativo imobilizado é como segue: Saldos em 31.12.2009 Máquinas e equipamentos Benfeitorias em imóveis de terceiros Móveis e utensílios Veículos Outros 5.144 1.530 2.168 304 940 2.524 25 202 824 - (1.839) (737) (272) (185) (50) (1.144) (390) - 4.685 818 1.708 943 890 10.086 3.575 (3.083) (1.534) 9.044 Saldos em 31.12.2010 Máquinas e equipamentos Benfeitorias em imóveis de terceiros Móveis e utensílios Veículos Outros Adições Depreciação Controladora Saldos em Baixas 31.12.2010 Adições Depreciação Controladora Saldos em Baixas 31.12.2011 4.685 818 1.708 943 890 2.219 176 70 - (1.503) (756) (248) (280) (47) (19) (1) - 5.382 62 1.635 733 843 9.044 2.465 (2.834) (20) 8.655 Demonstrações Financeiras 2011 39 Máquinas e equipamentos Benfeitorias em imóveis de terceiros Móveis e utensílios Veículos Outros Consolidado Saldos em Baixas 31.12.2010 Saldos em 31.12.2009 Adições Depreciação 5.213 1.530 2.241 336 940 2.558 25 197 825 - (1.853) (737) (282) (187) (50) (1.143) (388) (31) - 4.775 818 1.768 943 890 10.260 3.605 (3.109) (1.562) 9.194 Saldos em Adições Depreciação 31.12.2010 Máquinas e equipamentos Benfeitorias em imóveis de terceiros Móveis e utensílios Veículos Outros 4.775 818 1.768 943 890 9.194 2.197 206 70 2 2.475 Consolidado Saldos em Baixas 31.12.2011 (1.517) (756) (257) (280) (46) (2.856) (19) (7) (3) (29) 5.436 62 1.710 733 843 8.784 13. Intangível Refere-se, substancialmente, aos gastos incorridos no projeto de implantação/estruturação do ERP-SAP, com exceção dos gastos de treinamento que foram registrados no resultado. O projeto que teve início em abril de 2008 e conclusão em fevereiro de 2009, está sendo amortizado, linearmente, no prazo de cinco anos. A movimentação do intangível, é como segue: Controladora Consolidado 12.882 (2.938) 9.944 2.284 (3.282) 8.946 12.882 (2.938) 9.944 2.336 (3.282) 8.998 Saldo em 31.12.2009 Adições Amortização Saldo em 31.12.2010 Adições Amortização Saldo em 31.12.2011 14. Empréstimos e Financiamentos A composição dos saldos de empréstimos e financiamentos é como segue: Moeda nacional BNDES (a) (i) BNDES (a) (ii) Notas Promissórias 4ª emissão (b) (i) 5ª emissão (b) (iii) Eletrobras Arrendamentos mercantis financeiros Total em moeda nacional 40 Demonstrações Financeiras 2011 Vencimento Encargos final Controladora 2011 2010 2,3% a.a. acima da TJLP 1,8% a.a. acima da TJLP 15.06.2015 15.06.2015 328.318 196.251 421.146 160.605 CDI + 0,4% a.a. CDI + 0,4% a.a. 8,0% a.a. 12.01.2012 05.07.2012 15.11.2021 223.048 316.885 391 619 1.065.512 441 1.702 583.894 Moeda estrangeira com contabilidade de cobertura (hedge) CCB Internacional – Banco IBBA (c) (i) Commercial Paper – Banco JP Morgan (c) (ii) Total em moeda estrangeira Total em moeda nacional e estrangeira Circulante Não circulante Encargos Vencimento final Variação US$ + 4% a.a. Variação US$ + 2,1% a.a. 26.04.2013 21.10.2013 Vencimento Encargos final Moeda nacional BNDES (a) (i) BNDES (a) (ii) BNDES (a) (iii) BNDES (a) (iv) BNDES (a) (v) BNDES (a) (vi) BNDES (a) (vii) BNDES (a) (viii) BNDES (a) (viii) Notas Promissórias 4ª emissão (b) (i) 5ª emissão (b) (ii) Banco Bradesco (d) Banco do Nordeste (e) Citibank (f) Eletrobras Arrendamentos mercantis financeiros 2011 2010 122.077 159.116 281.193 1.346.705 693.472 653.233 583.894 133.317 450.577 Consolidado 2011 2010 2,3% a.a. acima da TJLP 1,8% a.a. acima da TJLP 2,4% a.a. acima da TJLP 2,8% a.a. acima da TJLP 2,8% a.a. acima da TJLP 2,4% a.a. acima da TJLP 2,6% a.a. acima da TJLP 1,9% a.a. acima da TJLP 1,5% a.a. acima da TJLP 15.06.2015 15.06.2015 15.04.2023 15.07.2012 15.07.2012 15.05.2025 15.05.2025 15.06.2026 15.06.2026 328.318 196.251 57.631 229.947 71.890 9.568 125.434 48.282 42.217 421.146 160.605 37.630 185.134 - CDI + 0,4% a.a. CDI + 0,4% a.a. CDI + 2,0% a.a. 10,0% a.a. CDI + 1,5% a.a. 8,0% a.a. 12.01.2012 05.07.2012 19.05.2030 11.03.2011 15.11.2021 223.048 316.885 4.365 55.898 391 619 1.396 56.094 8.297 441 1.702 1.710.744 872.445 Total em moeda nacional Moeda estrangeira com contabilidade de cobertura (hedge) Encargos Vencimento final 2011 2010 Variação US$ + 4% a.a. Variação US$ + 2,1% a.a. 26.04.2013 21.10.2013 122.077 159.116 - 281.193 - Total em moeda nacional e estrangeira 1.991.937 872.445 Circulante 1.007.673 332.413 984.264 540.032 CCB Internacional – Banco IBBA (c) (i) Commercial Paper – Banco JP Morgan (c) (ii) Total em moeda estrangeira Não circulante (a) BNDES parcelas mensais. Como garantia, a Companhia ofe- (i) Em 17 de setembro de 2007, a CTEEP assinou contra- receu fianças bancárias contratadas com vigência até to de empréstimo com o Banco Nacional de Desen- 15 de dezembro de 2015, junto aos bancos Bradesco, volvimento Econômico e Social (BNDES) no montante Santander e Banco do Brasil, ao custo de 0,7% a.a., com de R$ 764,2 milhões, reduzido para R$ 601,7 milhões vencimentos trimestrais. Os indicadores financeiros esta- em dezembro de 2008. O valor corresponde a 70,0% belecidos no contrato são: Dívida Líquida/EBITDA = 3,5 e do investimento total realizado, que inclui obras de Dívida Líquida/(Dívida Líquida + Patrimônio Líquido) = 0,6. melhoria sistêmica, reforços, modernizações do sistema de transmissão existente e novos projetos, e é parte do Plano de Investimentos Plurianual 2006/2008, com amortização a partir de janeiro de 2009 em 78 Demonstrações Financeiras 2011 41 (ii) Em 18 de novembro de 2008, a CTEEP assinou contrato missão e Subestações constantes nos contratos de de empréstimo com o BNDES no montante de R$ 329,1 concessão. A amortização será em parcela única junta- milhões, com amortização a partir de janeiro de 2011 em mente com os encargos em 15 de julho de 2012. Como 54 parcelas mensais, sendo que, até o início da amorti- garantia foi oferecida fiança bancária junto ao Banco zação, os encargos foram pagos trimestralmente. Como Itaú BBA, ao custo de 0,3% a.a. garantia, a Companhia ofereceu fiança bancária contra- (vi) Em 21 de dezembro de 2010, a controlada IESul assinou tada com vigência até 15 de junho de 2015 junto ao ban- contrato de empréstimo com o BNDES no montante de co Bradesco S.A., ao custo de 1,2% a.a, com vencimentos R$ 18,1 milhões, cujo valor foi liberado em 24 de feve- trimestrais. Os indicadores financeiros estabelecidos no reiro de 2011. O recurso destina-se a financiar a cons- contrato são: Dívida líquida/EBITDA = 3,5 e Dívida Líqui- trução das Linhas de Transmissão e Subestações cons- da/(Dívida Líquida + Patrimônio Líquido) = 0,6. tantes nos contratos de concessão. A amortização é (iii) Em 14 de janeiro de 2009, a controlada IEMG assi- feita em 168 parcelas mensais a partir de 15 de junho nou contrato de empréstimo com o BNDES no mon- de 2011. Como garantia foi oferecida fiança bancária tante de R$ 70,6 milhões, cujo valor foi liberado em contratada com vigência até 21 de dezembro de 2012, 27 de março de 2009. O recurso destina-se a financiar, junto ao Banco do Brasil, ao custo de 0,95% a.a., com aproximadamente, 50,0% da Linha de Transmissão (LT) vencimentos semestrais. A IESul precisa manter duran- entre as subestações Neves 1 e Mesquita, com amorti- te todo o período de amortização e após a liberação zação a partir de 15 de maio de 2009, em 168 parcelas das fianças o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida mensais. Como garantia foi oferecida fiança bancária (ICSD) de no mínimo 1,3, apurado anualmente. contratada com vigência até 18 de março de 2010, (vii) Em 30 de dezembro de 2010, a controlada Pinheiros junto ao banco HSBC. A fiança bancária foi dispensada assinou contrato de empréstimo com o BNDES no pelo BNDES, tendo em vista que a IEMG alcançou o montante de R$ 119,9 milhões. Foram liberados R$ 91,3 Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) em milhões e R$ 28,6 milhões em 28 de janeiro e 27 de 1,3 e atendeu a condição do contrato de financiamento. abril de 2011, respectivamente o total dos recursos. O (iv) Em 11 de agosto de 2010, a controlada IEMadeira assi- recurso destina-se a financiar a construção das Linhas nou contrato de empréstimo com o BNDES, nos valores de Transmissão e Subestações constantes nos contra- de R$ 292,6 e R$ 108,7 milhões. Foram liberados R$ 163,0, tos de concessão. A amortização será em 168 parcelas R$ 110,0, R$ 37,7, R$ 36,7, R$ 40,0 e R$ 13,9 milhões em mensais a partir de 15 de setembro de 2011. Como 30 de agosto, 26 de outubro, 24 de novembro e 27 de garantia foi oferecida fiança bancária contratada com dezembro de 2010, 27 de junho e 14 de dezembro vigência até 17 de janeiro de 2013, junto ao Banco Bra- de 2011, respectivamente o total dos recursos. O recur- desco S.A., ao custo de 0,48% a.a., com vencimentos so destina-se a financiar a construção das Linhas de trimestrais. A Pinheiros deverá manter, durante todo o Transmissão e Subestações constantes nos contratos de período de amortização e após a liberação das fianças concessão. A amortização, em parcela única juntamente o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) de com os encargos, foi prorrogada de 15 de janeiro de 2012 no mínimo 1,3, apurado anualmente. para 15 de julho de 2012 (Nota 34). Como garantia foi ofe- (viii) Em 28 de outubro de 2011, a controlada Serra do Japi recida fiança bancária, junto aos bancos Bradesco, Banco assinou contrato de empréstimo com o BNDES no Espírito Santo (BES) e Santander, ao custo de 0,7% a.a. montante de R$ 93,3 milhões. Foram liberados R$ 75 e (v) Em 14 de dezembro de 2011, a controlada IEMadeira R$ 15 milhões em 18 de novembro e 12 de dezembro assinou contrato de empréstimo com o BNDES, nos de 2011, respectivamente. As demais liberações estão valores de R$ 280 milhões. Foram liberados R$ 140,8 previstas para fevereiro de 2012. O recurso destina-se milhões em 29 de dezembro de 2011. O recurso des- a financiar as Linhas de Transmissão e Subestações tina-se a financiar a construção das Linhas de Trans- constantes no contrato de concessão. A amortização 42 Demonstrações Financeiras 2011 será em 168 parcelas mensais a partir de 15 de junho fator de correção a 103,50% do CDI. Os efeitos da contra- de 2012. Como garantia foi oferecida fiança bancária tação do instrumento estão descritos na Nota 29. A ope- contratada com vigência até 28 de fevereiro de 2014, ração tem o vencimento final em 26 de abril de 2013. O junto ao Banco Bradesco S.A., ao custo de 0,65% a.a. banco Itaú BBA possui como garantia, os direitos credi- com vencimentos trimestrais. A Serra do Japi deverá tórios decorrentes de eventual saldo do ajuste positivo da manter, durante todo o período de amortização e após operação de Swap. a liberação das fianças, o Índice de Cobertura do Serviço (ii) Em 17 de outubro de 2011, foi assinado o contrato de da Dívida (ICSD) de no mínimo 1,2 apurado anualmente. empréstimo externo de longo prazo com o Banco JP Morgan Chase, no valor de USD 85.787.818,13 com ven- (b) Notas promissórias cimento em 21 de outubro de 2013 e remuneração de (i) 4ª Emissão – emitidas em 17 de janeiro de 2011, no variação cambial (VC) + 2,1% a.a. Adicionalmente hou- montante de R$ 200,0 milhões e com liquidação em ve a contratação de Swap com o Banco JP Morgan 11 de janeiro de 2012. Os encargos nominais correspon- e Notional no valor de R$ 150,0 milhões e o fator de dem ao CDI + 0,4% a.a. Os custos de emissão dessas correção a 98,3% do CDI. Os efeitos da contratação do notas promissórias totalizaram R$ 132 mil e, em confor- instrumento estão descritos na Nota 29. midade com o CPC 08 (IAS 39), foram registrados deduzindo o valor de captação e apropriados ao resultado no (d) Conta garantida com limite de R$ 20,0 milhões da con- prazo da transação. Não foram oferecidas garantias para trolada IENNE junto ao Banco Bradesco S.A. Os encargos as notas promissórias. nominais correspondem a 100,0% do CDI + 2,0% a.a. (ii) 5ª Emissão – emitidas em 11 de julho de 2011, no mon- (e) Em 19 de maio de 2010, a controlada IENNE assinou contrato tante de R$ 300,0 milhões e com vencimento em 5 de de financiamento junto ao Banco do Nordeste do Brasil S.A., julho de 2012. Os encargos nominais correspondem ao no montante de R$ 220 milhões, cujo valor foi liberado nas CDI + 0,4% a.a. Os custos de emissão dessas notas pro- datas de 20 e 30 de julho, 3 de setembro e 11 de outubro missórias totalizaram R$ 190 e, em conformidade com de 2010. O recurso destina-se a financiar, aproximadamente, o CPC 08 (IAS 39), foram registrados deduzindo o valor 40% da Linha de Transmissão, entre as subestações de de captação e apropriados ao resultado no prazo da Colinas do Tocantins a São João do Piauí. A amortização será transação. Não foram oferecidas garantias para as notas em 216 parcelas mensais a partir de junho de 2012, sendo promissórias. que, até o início da amortização, os encargos serão pagos As notas promissórias emitidas pela controlada trimestralmente. Como garantia foi oferecida fiança bancária IEMadeira em 18 de maio de 2011, no montante de contratada com vigência até 15 de julho de 2011, junto ao R$ 180,0 milhões, foram liquidadas em 15 de setem- banco Bradesco S.A., ao custo de 1,8% a.a., com vencimentos bro de 2011. trimestrais. Em 9 de junho de 2011, a fiança bancária teve seu As notas promissórias emitidas pela controlada vencimento prorrogado para 8 de julho de 2012. Serra do Japi em 27 de abril de 2011, no montante de (f) Em 4 de agosto de 2010, a controlada IESul assinou contra- R$ 70 milhões, foram liquidadas em 27 de julho de 2011. to de cédula de crédito bancário com o banco Citibank S.A., com um limite de R$ 17 milhões e liquidada em 3 de março (c) M oeda estrangeira com contabilidade de cobertura (hedge) (i) Em 20 de abril de 2011, a CTEEP assinou o contrato de de 2011. Os encargos incidentes sobre esta operação foram pagos mensalmente. cédula de crédito bancária internacional com o Banco Itaú BBA Nassau, nos termos da Lei nº 4.131 de 3 de setembro Todas as exigências e cláusulas restritivas (covenants) es- de 1962, no valor de USD 63.694.267,52 com a remune- tabelecidas nos contratos estão sendo devidamente obser- ração de variação cambial (VC) + 4% a.a. Adicionalmen- vadas e cumpridas pela Companhia e suas controladas até a te houve a contratação de instrumento de Swap com o presente data. Banco Itaú BBA com o Notional de R$ 100 milhões e o Demonstrações Financeiras 2011 43 Os vencimentos das parcelas a longo prazo estão distribuídos como segue: Controladora 2011 2010 2012 2013 2014 2015 2016 Após 2016 429.482 149.036 74.521 43 151 653.233 Consolidado 2011 2010 128.771 128.671 128.626 64.316 43 150 450.577 451.771 172.425 98.201 23.975 237.892 984.264 132.449 132.963 133.201 69.183 5.161 67.075 540.032 A movimentação dos empréstimos e financiamentos é como segue: Controladora Consolidado Saldos em 31.12.2009 Adições de empréstimos Pagamentos (principal e juros) Variação de participação em controlada (IESul) Juros e variações monetárias e cambiais 938.476 160.428 (578.839) 63.829 1.049.410 444.869 (673.895) (11.768) 63.829 Saldos em 31.12.2010 Adições Pagamentos (principal e juros) Juros e variações monetárias e cambiais 583.894 834.830 (197.448) 125.429 872.445 1.350.266 (383.161) 152.387 1.346.705 1.991.937 Saldos em 31.12.2011 15. Debêntures Vencimento Quantidade 1ª série 2ª série Série única IEMadeira 15.12.2014 15.12.2017 15.09.2012 Encargos 49.100 CDI + 1,3% a.a. 5.760 IPCA + 8,1% a.a. 420 106,5 % do CDI a.a. Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 490.736 67.117 - 490.405 65.388 - 490.736 67.117 221.608 490.405 65.388 - 557.853 555.793 779.461 555.793 Circulante 168.217 2.154 389.825 2.154 Não circulante 389.636 553.639 389.636 553.639 Em dezembro de 2009, a CTEEP emitiu 54.860 debêntures Os indicadores financeiros estabelecidos no contrato são: no montante total de R$ 548,6 milhões, com entrada do recur- Dívida Líquida/EBITDA = 3,5 e EBITDA/Resultado financeiro = 3,0. so em janeiro de 2010. A primeira série terá amortizações nas Em setembro de 2011, a IEMadeira emitiu 420 debên- seguintes datas: 15 de dezembro de 2012, de 2013 e de 2014; e tures no montante total de R$ 420,0 milhões, com entrada a remuneração será paga semestralmente, nos dias 15 de junho do recurso de 400 debêntures em 15 de setembro de 2011 e e de dezembro de cada ano, sendo a terceira paga em 15 de 20 debêntures em 3 de outubro de 2011. Estas debêntures junho de 2011 e a quarta em 15 de dezembro de 2011. estão previstas para serem resgatadas em sua totalidade com A segunda série terá amortizações nas seguintes datas: 15 de junho de 2014, 15 de dezembro de 2015, de 2016 e de 2017; e a recursos provenientes da contratação de financiamento de longo prazo junto ao BNDES. remuneração será paga nas seguintes datas: 15 de junho de 2011, Todas as exigências e cláusulas restritivas (covenants) esta- de 2012, de 2013, de 2014, 15 de dezembro de 2015, de 2016 e de belecidas nos contratos estão sendo devidamente observadas e 2017, tendo a primeira ocorrida em 15 de junho de 2011. cumpridas pela Companhia e suas controladas até a presente data. 44 Demonstrações Financeiras 2011 Os vencimentos das parcelas a longo prazo estão distribuídos como segue: Controladora 2011 2010 2012 2013 2014 2015 2016 Após 2016 163.204 177.939 16.164 16.163 16.166 389.636 168.092 163.206 176.878 15.153 15.155 15.155 553.639 Consolidado 2011 2010 163.204 177.939 16.164 16.163 16.166 389.636 168.092 163.206 176.878 15.153 15.155 15.155 553.639 A movimentação das debêntures é como segue: Controladora Consolidado Saldos em 31.12.2009 Adições Pagamentos (principal e juros) Juros e variações monetárias e cambiais 548.589 (54.852) 62.056 548.589 (54.852) 62.056 Saldos em 31.12.2010 Adições Pagamentos (principal e juros) Juros e variações monetárias e cambiais 555.793 (70.213) 72.273 555.793 204.000 (70.213) 89.881 Saldos em 31.12.2011 557.853 779.461 16. Tributos e Encargos Sociais a Recolher Controladora 2011 2010 Imposto de renda Contribuição social Cofins PIS Programa bolsa estudos INSS ISS Outros 38.249 13.924 7.678 1.665 864 6.430 2.790 5.871 77.471 45.952 16.633 7.141 1.549 1.542 6.014 3.630 5.270 87.731 Consolidado 2011 2010 38.391 13.983 7.976 1.730 864 7.524 3.421 6.384 80.273 45.952 16.633 7.210 1.564 1.542 6.206 3.936 5.702 88.745 17. Impostos Parcelados – Lei nº 11.941 – Controladora e Consolidado bitos tributários perante a Receita Federal e optou pelo par- Devido a questões relacionadas ao modo de preenchimento, a celamento em 180 meses para cálculo das parcelas a serem Companhia retificou as declarações de Débitos e Créditos Tribu- pagas a partir de 30 de junho de 2011. Do total de parcelas tários Federais (DCTFs) referentes aos anos de 2004 a 2007, apu- foram deduzidas as antecipações feitas no período de 30 de rando um débito referente, substancialmente, às contribuições novembro de 2009 a 31 de maio de 2011 e que representa- ao PIS e à Cofins. Para a quitação do débito a Companhia aderiu vam 19 parcelas já pagas. Após as deduções das antecipações ao programa de parcelamento de débitos fiscais instituído pela foram geradas 161 parcelas para serem pagas a partir de 30 de Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, pagando R$ 141.162, em junho de 2011, no montante de R$ 975, sujeitas a atualização 30 de novembro de 2009, com benefício de redução da multa monetária com base na Selic acumulada contado a partir de e juros no montante de R$ 42.257. O saldo remanescente será dezembro de 2009. Em 30 de junho de 2011, a Companhia consolidou os dé- pago em 180 meses a partir de novembro de 2009. Demonstrações Financeiras 2011 45 Em virtude da opção de pagamento em 180 meses a Companhia gerou uma receita de redução de multa e juros no valor de R$ 21.013 sobre o valor total devido, reconhecido no resultado financeiro. Esta receita para fins de imposto de renda e contribuição social não integrará o resultado tributável da empresa conforme Lei nº 11.941/09. A movimentação no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 é a seguinte: Saldo inicial Redução de multa e juros (benefício da Lei) Atualização monetária sobre o débito Pagamentos efetuados (*) Circulante Não circulante 2011 2010 155.317 (21.013) 30.202 (6.997) 147.738 7.580 (1) 157.509 155.317 12.273 145.236 10.353 144.964 (*) Até que ocorresse a homologação do parcelamento pela Receita Federal do Brasil, o pagamento mensal era no montante de R$ 100,00 (cem reais). 18. Encargos Regulatórios a Recolher Controladora 2011 2010 Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) (i) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) Reserva Global de Reversão (RGR) Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) Taxa de fiscalização (ANEEL) Circulante Não circulante Consolidado 2011 2010 50.086 1.834 2.592 4.050 1.269 - 39.033 2.179 3.620 5.443 1.143 - 50.364 1.834 2.592 4.917 1.269 182 39.114 2.179 3.620 5.629 1.143 48 59.831 51.418 61.158 51.733 27.497 32.334 49.244 2.174 28.824 32.334 49.559 2.174 A Companhia e suas controladas reconheceram passivos relacionados a valores já faturados em tarifas (1% da Receita Operacional Líquida), mas ainda não aplicados no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), atualizados mensalmente, a partir do segundo mês subsequente ao seu reconhecimento até o momento de sua efetiva realização, com base na taxa Selic, conforme as Resoluções ANEEL nos 300/2008 e 316/2008. Os saldos dos projetos serão liquidados quando da finalização de cada projeto. 19. Provisões Controladora 2011 2010 Férias e encargos sociais Participação nos Lucros e Resultados (PLR) Programa de Desligamento Voluntário (PDV ) Contingências (a) Circulante Não circulante 46 Demonstrações Financeiras 2011 Consolidado 2011 2010 17.405 5.419 6 101.832 16.417 5.786 87 161.682 17.840 5.419 6 101.844 16.795 5.786 87 161.682 124.662 183.972 125.109 184.350 22.830 101.832 22.284 161.688 23.277 101.832 22.662 161.688 (a) Provisão para contingências Trimestralmente, as contingências são avaliadas e classificadas segundo probabilidade de perda para a Companhia, como demonstrado a seguir: Controladora 2011 2010 Trabalhistas (i) Cíveis Fiscais – IPTU (ii) Previdenciárias – INSS (iii) ANEEL (iv) Consolidado 2011 2010 87.795 3.347 7.608 1.439 1.643 145.993 3.844 7.527 3.635 683 87.807 3.347 7.608 1.439 1.643 145.993 3.844 7.527 3.635 683 101.832 161.682 101.844 161.682 (i) Trabalhistas ram revertidos à União e baixados contra o resultado, sob a A Companhia assumiu a responsabilidade por certos pro- rubrica “Despesas gerais administrativas”, considerando que cessos judiciais, perante diferentes tribunais, advindos não havia sido constituída provisão para essa contingência. principalmente dos processos de cisão parcial da CESP e da EPTE. A Companhia possui depósitos judiciais trabalhis- (iv) ANEEL tas no montante de R$ 52.867 (R$ 27.914 em 31 de dezem- A Companhia foi notificada pela ANEEL pelo não cumpri- bro de 2010), conforme Nota 10. mento da data fixada para instalação do terceiro banco de transformadores 345/88 kV da SE Baixada Santista, autorizada (ii) Fiscais – IPTU pela Resolução ANEEL nº 197 de 04 de maio de 2004 com A Companhia efetua provisão para fazer face aos débitos multa no valor de R$ 1.981, e pelo não cumprimento da data junto à prefeitura de diversos municípios do estado de São fixada para a entrada em operação da Linha de Transmissão, Paulo, relacionados a processos de regularização de áreas, em 345 kV, Guarulhos – Anhanguera, autorizada pela Resolu- no montante de R$ 7.608. ção Autorizativa nº 064/2005 de 31 de janeiro de 2005 com multa no valor de R$ 886, perfazendo o total de R$ 2.867. Em (iii) Previdenciárias – INSS 30 de junho de 2010, a provisão foi revertida contra o resulta- Em 10 de agosto de 2001, a Companhia foi notificada pelo do, sob a rubrica despesas gerais administrativas. Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por não recolher Adicionalmente, a Companhia mantém provisão refe- contribuições sobre remunerações pagas aos emprega- rente ao processo decorrente do auto de infração da ANEEL dos, a título de vale-refeição, lanche matinal, cesta-básica e 001/1999-SFE que impôs multa, relacionada a interrupção vale-transporte, relativas ao período de abril de 1999 a julho da transmissão e distribuição de energia elétrica em grande de 2001. A Administração iniciou procedimento de defe- parte das Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. sa efetuando depósito judicial no montante de R$ 8.243, contabilizado no ativo não circulante, na rubrica “Cauções (v) Processos com perdas possíveis e depósitos vinculados”. Em janeiro de 2010, transitou em A Companhia possui ações de natureza tributária, trabalhis- julgado decisão desfavorável à Companhia nos proces- ta e cível, envolvendo riscos de perda que a administração, sos relacionados à vale-refeição, lanche matinal e parte da com base na avaliação de seus consultores jurídicos, clas- cesta básica, permanecendo os demais em andamento. sificou como perda possível, no montante estimado de Consequentemente, a parcela correspondente aos valores R$ 119.512 (R$ 101.252 em 2010), concentradas principal- depositados judicialmente, no montante de R$ 5.498, fo- mente em trabalhistas, que em 2011 totalizava R$ 65.736 (R$ 59.517 em 2010) para as quais não foi constituída provisão. Demonstrações Financeiras 2011 47 (vi) Movimentação das provisões para contingências: Fiscais – Cível IPTU Trabalhista Controladora Previdenciárias – INSS ANEEL Total Saldos em 31.12.2009 147.344 3.219 8.239 5.398 3.642 167.842 Constituição Reversão/pagamento Atualização 12.523 (23.396) 9.522 966 (687) 346 (838) 126 (2.256) 493 (2.959) - 13.489 (30.136) 10.487 Saldos em 31.12.2010 145.993 3.844 7.527 3.635 683 161.682 Constituição Reversão/pagamento Atualização 25.908 (85.781) 1.675 1.948 (2.668) 223 (79) 160 (2.381) 185 960 27.856 (90.909) 3.203 Saldos em 31.12.2011 87.795 3.347 7.608 1.439 1.643 101.832 Fiscais – Cível IPTU Previdenciárias – INSS ANEEL Total Trabalhista Controladora Saldos em 31.12.2009 147.344 3.219 8.239 5.398 3.642 167.842 Constituição Reversão/pagamento Atualização 12.523 (23.396) 9.522 966 (687) 346 (838) 126 (2.256) 493 (2.959) - 13.489 (30.136) 10.487 Saldos em 31.12.2010 145.993 3.844 7.527 3.635 683 161.682 Constituição Reversão/pagamento Atualização 25.920 (85.781) 1.675 1.948 (2.668) 223 (79) 160 (2.381) 185 960 27.868 (90.909) 3.203 Saldos em 31.12.2011 87.807 3.347 7.608 1.439 1.643 101.844 20. Valores a Pagar – Fundação CESP – Controladora e Consolidado (b) Plano “B” e “B1” – suplementação de aposentadorias Os Planos “B” e “B1”, regidos pela Lei nº 6.435/77 e admi- A Companhia patrocina planos de complementação e suple- nistrados pela Fundação CESP, têm por entidade patrocina- mentação de aposentadoria e pensão e de assistência médi- dora a própria Companhia, proporcionando benefícios de ca mantidos junto à Fundação CESP, que apresenta saldo de suplementação de aposentadorias e pensão, cujas reservas R$ 6.244 em 31 de dezembro de 2011 (R$ 6.503 em 2010), refe- são determinadas pelo regime financeiro de capitalização. rente às parcelas mensais a pagar como contribuição ao fundo. O chamado Plano “B” refere-se a Benefício Suplementar Proporcional Saldado (BSPS), calculado nas datas de 31 de (a) Plano “A” – complementação de aposentadorias dezembro de 1997 (CTEEP) e 31 de março de 1998 (EPTE), Regido pela Lei Estadual nº 4.819/58, que se aplica aos em- de acordo com o regulamento vigente, sendo o seu equi- pregados admitidos até 13 de maio de 1974, prevê bene- líbrio econômico-financeiro atuarial equacionado à época. fícios de complementação de aposentadorias e pensão, O resultado técnico atuarial anual desse plano (déficit ou licença-prêmio e salário-família. Os recursos necessários superávit) é de responsabilidade integral da Companhia. para fazer face aos encargos assumidos nesse plano são Em 1º de janeiro de 1998 (CTEEP) e em 1º de abril de de total responsabilidade dos órgãos competentes do 1998 (EPTE), a Companhia, respectivamente, implantou o Governo do Estado de São Paulo, portanto, sem risco e Plano “B1”, que define contribuições e responsabilidades paritá- custo adicional para a Companhia (Nota 33). rias entre a Companhia e os participantes, a fim de manter o equilíbrio econômico-financeiro atuarial do plano. Esse plano 48 Demonstrações Financeiras 2011 proporciona benefícios de aposentadorias e pensão para seus (ii) Movimentação do ativo do plano empregados, ex-empregados e respectivos beneficiários, com o objetivo de suplementar os benefícios fornecidos pelo sistema oficial da Previdência Social. O plano tem como característica principal o modelo misto, composto de 70% como Benefício Definido (BD) e 30% como Contribuição Definida (CD). Na data da aposentadoria o Plano de Benefícios de Contribuição Definida (CD) torna-se de Benefício Definido (BD). (c) Plano PSAP – Transmissão Paulista 2011 2010 Valor justo do ativo no início do exercício Contribuições do empregador Contribuições do empregado Retorno dos investimentos Benefícios pagos 2.515.067 2.036 2.886 281.493 (116.900) 2.001.707 2.128 2.707 612.858 (104.333) Valor justo do ativo no final do exercício 2.684.582 2.515.067 Em 1º de janeiro de 2004, os planos patrocinados pela Companhia, bem como os da extinta EPTE, foram fusio- (iii) Movimentação do passivo atuarial nados financeiramente, sendo mantidas as características individuais dos respectivos planos, constituindo-se, assim, o Plano PSAP – Transmissão Paulista. (d) Avaliação atuarial Na avaliação atuarial, elaborada por atuário independente, dos planos de previdência PSAP patrocinados pela Companhia foi adotado o método do crédito unitário projetado. As principais informações econômico-financeiras, em 2011 2010 Valor presente da obrigação atuarial líquida no início do exercício 1.800.653 Custos dos serviços correntes 911 Custos dos juros 188.384 Contribuição dos participantes 2.886 Ganho/perda atuarial 132.234 (116.900) Benefícios pagos 1.628.613 (200) 178.110 2.707 95.756 (104.333) Valor presente da obrigação atuarial líquida no final do exercício 2.008.168 1.800.653 atendimento ao CPC nº 33 e à Deliberação CVM nº 600 (IAS 19), com base nos pareceres atuariais são as seguintes: (iv) Participantes dos planos (número de pessoas) (i) Conciliação dos ativos e passivos Valor justo do ativo Valor presente da obrigação de benefício definido Restrição do reconhecimento do ativo Passivo líquido 2011 2010 2.684.582 2.515.067 (2.008.168) (1.800.653) (676.414) (714.414) - - Ativos Inativos Aposentados Aposentados por invalidez Pensionistas 2011 2010 1.447 1.446 1.882 37 103 2.022 3.469 1.852 40 85 1.977 3.423 (v) Premissas atuariais utilizadas Taxa de desconto do valor presente do passivo atuarial Taxa de retorno esperada sobre os ativos do plano Taxa de crescimento salarial futuro Índice de reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada Tábua geral de mortalidade Tábua de entrada em invalidez Tábua de mortalidade de inválidos 2011 2010 10,50% 11,50% 4,50% 4,50% AT-83 Light-Média AT-49 10,75% 12,00% 7,64% 4,50% AT-83 Light-Média AT-49 Demonstrações Financeiras 2011 49 21. Obrigações Especiais – Reversão/Amortização foi concedido, aos acionistas, período de 30 dias para exer- Referem-se aos recursos derivados da reserva de reversão, cício do direito de preferência. Encerrado esse período em amortização e parcela retida na Companhia, das quotas mensais 7 de abril de 2010, foram subscritas 661.263 ações ordiná- da Reserva Global de Reversão (RGR), relativas a aplicações de rias, no montante de R$ 32.071 e 511.158 ações preferen- recursos em investimentos para expansão do serviço público de ciais, no montante de R$ 24.791. Nos termos do disposto no artigo 171 da Lei nº 6.404/76, energia elétrica e amortização de empréstimos captados para a mesma finalidade, ocorridos até 31 de dezembro de 1971. Anual- Em reunião do Conselho de Administração realizada em 23 de abril de 2010, foram: mente, conforme despacho ANEEL, a Companhia paga 5% sobre Aprovados por unanimidade a homologação do aumento o valor da Reserva, à título de juros. Não está definida pelo Poder do capital social da CTEEP, aprovado em reunião do Conse- Concedente a forma de liquidação dessas obrigações. lho de Administração realizado em 8 de março de 2010, nos montantes e quantidades mencionados no parágrafo anterior, 22. Patrimônio Líquido além do cancelamento de 3.709 ações ordinárias e de 409.053 ações preferenciais, todas emitidas pela CTEEP e não subscri- (a) Capital social tas pelos acionistas no prazo designado em reunião do Con- O capital social autorizado da Companhia em 31 de dezem- selho de Administração realizada em 8 de março de 2010. bro de 2011 e 2010 é de R$ 1.469.090, sendo R$ 615.696 em Em reunião do Conselho de Administração realizada ações ordinárias e R$ 853.394 em ações preferenciais, todas em 25 de abril de 2011, rerratificada em 6 de maio de 2011, nominativas escriturais e sem valor nominal. foi aprovado aumento de capital social no montante de A composição do capital social subscrito e integraliza- R$ 76.673, mediante a emissão privada de até 1.508.487 do é de R$ 1.162.626 (R$ 1.119.911 em 2010) e está repre- novas ações ao preço unitário de R$ 51,66 por ação ordi- sentado por ações ordinárias e preferenciais, como segue: nária e R$ 50,24 por ação preferencial. Do valor total do au- 2011 R$ mil 2010 R$ mil ON 64.484.433 491.095 63.860.513 471.044 PN 88.177.132 671.531 87.968.467 648.867 1.162.626 151.828.980 1.119.911 152.661.565 mento, R$ 28.832, equivalentes a 558.113 ações, couberam ao acionista controlador e foram integralizadas mediante a capitalização da reserva de capital (reserva especial de ágio na incorporação) correspondente ao benefício fiscal – ágio incorporado da controladora (Nota 9), decorrente da reestruturação societária concluída em fevereiro de 2008. Nos termos do disposto no artigo 171 da Lei As ações ordinárias conferem ao titular o direito a um voto nas deliberações das assembleias gerais. nº 6.404/76, foi concedido, aos acionistas, período de 30 dias para exercício do direito de preferência. Encerra- As ações preferenciais não possuem direito a voto ten- do esse período em 26 de maio de 2011, foram subscri- do, no entanto, prioridade no reembolso de capital e no tas 560.915 ações ordinárias, no montante de R$ 28.977 recebimento de dividendos de 10% ao ano, não cumula- e 105.596 ações preferenciais, no montante de R$ 5.305. tivos, calculados sobre o capital integralizado correspondente a essa espécie de ações. Ainda nos termos do disposto no artigo 171 da Lei nº 6.404/76, foi concedido, aos acionistas que subscreve- Em reunião do Conselho de Administração, realizada em ram ações no período supracitado, a opção de subscrever 8 de março de 2010, foi aprovado aumento do capital social sobras de ações na proporção das subscrições efetivadas no montante de até R$ 76.881, mediante a emissão privada de do seu direito de preferência durante o período de 2 a 9 de novas ações ao preço unitário de R$ 48,50 por ação. Do va- junho de 2011, ao mesmo preço e condições, com inte- lor total do aumento, R$ 28.832, equivalentes a 594.477 ações, gralização à vista, no ato da subscrição. caberão ao acionista controlador e serão integralizados me- Conforme apurado após o prazo de subscrição das sobras, diante a capitalização da reserva de capital (reserva especial foram subscritas no período de 2 a 9 de junho 2011, 198 ações de ágio na incorporação) correspondente ao benefício fiscal ordinárias e 215.545 ações preferenciais, pelo preço de emis- – ágio incorporado da controladora (Nota 9) decorrente da são de R$ 51,66 por ação ordinária e R$ 50,24 por ação prefe- reestruturação societária concluída em fevereiro de 2008. rencial, totalizando o valor de R$ 10.839 do aumento de capital. 50 Demonstrações Financeiras 2011 Em 28 de outubro de 2011, a CVM autorizou o Regis- Conselho de Administração realizado em 25 de abril tro de Oferta Pública das Sobras de Ações da Companhia. O de 2011, rerratificada em 6 de maio de 2011, no mon- leilão das sobras de ações foi realizado no dia 4 de novem- tante de R$ 42.715, mediante a emissão de 623.920 bro de 2011 das 16h00 às 16h15 na BM&FBovespa. Os preços ações ordinárias e 208.665 ações preferenciais. mínimos foram os mesmos praticados nas etapas anteriores ao processo de aumento de capital e as quantidades ofertadas corresponderam a sobras das ações não subscritas. (ii) Aprovado por unanimidade o cancelamento de 339 ações ordinárias e de 675.563 ações preferenciais, todas Ao final do leilão foram subscritas 63.146 ações ordi- emitidas pela CTEEP e não subscritas pelos acionistas nárias, correspondentes a R$ 3.262, dessa forma restando no prazo designado em reunião do Conselho de Admi- 563.087 ações preferenciais não subscritas. Assim a Com- nistração realizada em 25 de abril de 2011, rerratificada panhia concedeu aos seus acionistas que subscreveram em 6 de maio de 2011. ações no âmbito do aumento de capital, o direito de rever sua decisão em relação à subscrição das ações, total ou (b) Dividendos e juros sobre capital próprio parcialmente, até o dia 11 de novembro de 2011. Após o Em reuniões extraordinárias realizadas em 11 de janei- período de retratação apurou-se 112.815 ações retratadas, ro, 30 de março e 28 de junho de 2010, o Conselho de correspondentes a R$ 5.668, que foram canceladas. Final- Administração deliberou sobre o pagamento, em 22 de mente restaram 675.902 ações não subscritas, sendo 339 janeiro, 20 de abril e 23 de julho de 2010, de dividendos ações ordinárias e 675.563 ações preferenciais. referentes ao lucro de 2009, nos montantes de R$ 161.000, Em reunião do Conselho de Administração, realizada R$ 129.980 e R$ 77.302, correspondentes a R$ 1,068656, R$ 0,862756 e R$ 0,509143 por ação, respectivamente. em 21 de dezembro de 2011, foi: Em 2010, o Conselho de Administração deliberou (i) Aprovada por unanimidade a homologação do aumento do capital social da CTEEP, aprovado em reunião do sobre a distribuição de juros sobre o capital próprio e dividendos intermediários como segue: Juros sobre capital próprio Total Por ação Data 30.03.2010 28.06.2010 30.09.2010 17.12.2010 61.920 62.926 63.720 63.027 251.593 0,411002 0,414452 0,419682 0,415119 1,660255 Dividendos intermediários Total Por ação Pagamento 63.671 146.280 112.073 322.024 0,419364 0,963453 0,738152 2,120969 20.04.2010 23.07.2010 25.10.2010 28.01.2011 Em reuniões realizadas em 31 de março de 2011 e 30 de junho de 2011, o Conselho de Administração deliberou sobre o pagamento, em 29 de abril de 2011 e 28 de julho de 2011, de dividendos referentes ao lucro de 2010, no montante de R$ 181.307, R$ 16.714, correspondentes a R$ 1,194154 e R$ 0,110087 por ação, respectivamente. Em 2011, o Conselho de Administração deliberou sobre a distribuição de juros sobre o capital próprio e dividendos intermediários como segue: Data RCA 31.03.2011 30.06.2011 30.09.2011 21.12.2011 Juros sobre capital próprio Total Por ação 65.693 63.461 61.228 64.158 254.540 0,432676 0,417975 0,403273 0,420264 1,674188 Dividendos intermediários Total Por ação Pagamento 160.525 172.772 169.842 503.139 1,057275 1,137935 1,112539 3,307749 29.04.2011 28.07.2011 31.10.2011 30.01.2012 Demonstrações Financeiras 2011 51 O total de dividendos e juros sobre capital próprio pagos em 2011 é de R$ 915.216 (R$ 751.675 em 2010). Conforme facultado pelo CPC nº 13, a Companhia optou por manter o saldo existente em 31 de dezembro O saldo de dividendos e juros sobre capital próprio a de 2007 referente à CRC, bem como as demais doações e pagar para partes relacionadas é de R$ 84.827 (Nota 28) e subvenções para investimentos registrados como reserva R$ 147.329 para os demais acionistas. de capital no patrimônio líquido, até sua total utilização O estatuto social da Companhia prevê dividendos nas formas previstas na Lei das Sociedades por Ações. obrigatórios correspondentes a 10% do capital social, correspondente a R$ 116,2 milhões, sempre que houver saldo (ii) Remuneração das imobilizações em curso de lucro após a constituição da reserva legal. Trata-se de créditos resultantes da capitalização da remu- 2011 2010 Lucro líquido do exercício Constituição da reserva legal Realização da reserva de lucros a realizar Dividendos e juros sobre o capital próprio prescritos 915.260 (16.762) 812.171 (40.609) 2.217 3.240 2.156 2.522 Base de cálculo de dividendos 902.871 777.324 Dividendos mínimos obrigatórios Dividendos intermediários adicionais Constituição da reserva estatutária Constituição da reserva de retenção de lucros Destinação para dividendos adicionais propostos (116.263) (111.991) (641.416) (461.626) (4.272) (5.686) (109.571) - 31.349 198.021 utilizados durante a construção de ativos imobilizados, aplicada às obras em andamento e que somente pode ser utilizada para aumento de capital. A partir de 1999, a Companhia abandonou essa prática, conforme facultado pelo Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica. (d) Reservas de lucro Reserva legal (i) Reserva estatutária (ii) Reserva de lucros a realizar (iii) Reserva de retenção de lucros (iv) 2011 633.053 633.053 150.489 6.743 150.489 6.743 147.912 176.744 2.202.281 2.231.113 2010 215.763 111.991 33.293 653.077 31.349 198.021 1.173.861 1.212.145 2010 1.264.084 1.264.084 2011 232.525 116.263 31.076 762.648 1.142.512 1.014.124 Dividendos adicionais propostos (c) Reservas de capital Subvenções para investimento – CRC (i) Remuneração das imobilizações em curso (ii) Doações e subvenções para investimentos Incentivos fiscais – FINAM Reserva Especial de Ágio na Incorporação (Nota 9) neração calculada sobre os recursos de capital próprio (i) Reserva legal Constituída em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer destinação, até o limite de 20% do capital social. Em 31 de dezembro de 2011, a reserva legal já representa 20% do capital social. (ii) Reserva estatutária O Estatuto Social da Companhia prevê a constituição de reserva para investimento na expansão das atividades à (i) Subvenções para investimentos – CRC taxa de 20% do lucro líquido do exercício, deduzido da A Conta de Resultados a Compensar (CRC) foi instituí- reserva legal e dos dividendos mínimos obrigatórios, da pelo Decreto nº 41.019/1957 e pela Lei nº 5.655/1971. até o limite de 10% do capital social. Em 31 de dezembro para remunerar as concessionárias de energia elétri- de 2011, a reserva estatutária já representa 10% do ca por certos investimentos por ela realizados. A Lei capital social. nº 8.631/1993 extinguiu a CRC e, posteriormente, a Lei nº 8.724/1993 estabeleceu que os créditos de CRC, fossem registrados no patrimônio líquido como subvenção para investimento à conta “Reserva de Capital”. 52 Demonstrações Financeiras 2011 (iii) Reserva de lucros a realizar reserva especial de ágio na incorporação, constante do Os lucros não realizados resultam de saldo credor de patrimônio líquido da Companhia, este beneficio pode- correção monetária líquida de balanço até 1995. rá ser capitalizado em favor da sua controladora, sendo Essa reserva é realizada na proporção da depreciação garantido aos demais acionistas a participação nesse do ativo imobilizado. Os montantes realizados são trans- aumento de capital, de forma a manter sua participação feridos para a conta “Lucros acumulados” mensalmente. acionária na Companhia. As ações emitidas de acordo com esta realização serão (iv) Reserva de retenção de lucros consideradas diluidoras para o cálculo do lucro por ação da Em conformidade com a Lei das Sociedades por Companhia, considerando a hipótese de que todas as con- Ações, a parcela remanescente do lucro líquido das dições para sua emissão foram atendidas. Em 31 de dezem- distribuições e demais destinações estatutárias foram bro de 2011, as condições para emissão de ações de capital destinadas a esta reserva para fazer jus ao atendimento social relacionadas à amortização do ágio foram atendidas. ao orçamento de capital, bem como para o capital de O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações giro da Companhia. (e) Lucro por ação O lucro básico por ação é calculado por meio do resultado atribuível aos acionistas controladores e não controladores da Companhia, com base na média ponderada das ações ordinárias e preferenciais em circulação no respectivo período. O lucro diluído por ação é calculado por meio utilizados no cálculo dos lucros básico e diluído por ação: Lucro líquido – R$ mil Média ponderada de ações Ordinárias Preferenciais da referida média das ações em circulação, ajustada pelos Para o cálculo do lucro por ação diluído pelas ações que poderão ser emitidas através da capitalização do ágio 2010 915.260 812.171 63.877.151 87.974.031 63.655.793 87.810.218 151.851.182 151.466.011 instrumentos potencialmente conversíveis em ações, com efeito diluído nos períodos apresentados. 2011 Lucro básico e diluído por ação Média ponderada ajustada de ações Ordinárias Preferenciais 66.959.787 87.974.031 67.266.926 87.810.218 em favor do acionista controlador a Administração da 154.933.818 155.077.144 Companhia realizou estimativa para efeito de divulgação em 31 de dezembro de 2011. Lucro básico por ação 6,02735 5,36207 Lucro diluído por ação 5,90743 5,23721 De acordo com o permitido na Instrução CVM nº 319, a medida em que seja realizado o benefício fiscal da Demonstrações Financeiras 2011 53 23. Receita Operacional Líquida 23.1. Composição da receita operacional líquida Controladora 2011 2010 Consolidado 2011 2010 Receita bruta Construção (a) Operação e manutenção (a) Financeira (b) Aluguéis Prestação de serviços 265.387 540.616 1.476.988 13.703 6.004 147.659 440.789 1.371.585 12.797 4.228 1.103.686 555.127 1.589.969 13.703 6.204 693.803 442.469 1.398.245 12.797 4.229 Total da receita bruta 2.302.698 1.977.058 3.268.689 2.551.543 Tributos sobre a receita Cofins PIS ISS (104.089) (22.378) (301) (85.236) (18.487) (212) (177.541) (38.325) (301) (128.896) (27.967) (212) (126.768) (103.935) (216.167) (157.075) (40.737) (26.021) (52.730) (18.177) (32.524) (27.197) (46.808) (16.117) (40.737) (26.021) (54.042) (18.499) (32.524) (27.197) (46.972) (16.202) (12.418) (150.083) 2.025.847 (15.287) (137.933) 1.735.190 (12.418) (151.717) 2.900.805 (15.287) (138.182) 2.256.286 Encargos regulatórios Conta de Consumo de Combustível (CCC) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) Reserva Global de Reversão (RGR) Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) A receita relacionada aos serviços de construção ou me- 23.2. Revisão periódica da Receita Anual Permitida (RAP) lhoria sob o contrato de concessão de serviços é reconhe- Em conformidade com os contratos de concessão, por inter- cida baseada no estágio de conclusão da obra realizada. médio da ANEEL, a cada quatro e cinco anos, após a data de As receitas dos serviços de operação e manutenção são assinatura dos contratos, a ANEEL procederá à revisão periódica reconhecidas no período no qual os serviços são presta- da RAP de transmissão de energia elétrica, com o objetivo de dos pela Companhia. Quando a Companhia presta mais promover a eficiência e modicidade tarifária. (a) Serviços de construção e operação e manutenção de um serviço em um contrato de concessão de serviços, a remuneração recebida é alocada por referência aos va- A revisão compreende o reposicionamento da receita mediante a determinação: lores justos relativos dos serviços entregues. (a) da base de remuneração regulatória para RBNI; (b) Receita financeira A receita financeira é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pela taxa (b) dos custos operacionais eficientes; (c) da estrutura ótima de capital e definição da remuneração das transmissoras; (d) identificação do valor a ser considerado como redutor tarifário – Outras Receitas. de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta exata- • Primeiro ciclo de revisão tarifária periódica mente os recebimentos de caixa futuros apurados durante Por intermédio da Resolução nº 488, de 26 de junho a vida estimada do ativo financeiro em relação ao valor de 2007, foi homologado o resultado da primeira revisão contábil líquido inicial deste ativo. tarifária periódica da Companhia, reduzindo a RAP 54 Demonstrações Financeiras 2011 em 26,15%, que foi aplicado sobre as parcelas Rede Bási- Em virtude dos efeitos retroativos da nova receita, o ca Novas Instalações (RBNI) e Demais Instalações Novos valor de R$ 82.086 arrecadado a maior no período de 1º de Investimentos (RCDM) vigentes em 1º de julho de 2005. julho de 2009 a 30 de junho de 2010, foi compensado em O resultado desse reposicionamento teve seus efeitos retroagidos à data de 1º de julho de 2005. A arrecadação a 12 (doze) meses, por meio do mecanismo contratual da parcela de ajuste. maior no período de julho de 2005 a 30 de junho de 2007, no montante de R$ 66.688, foi compensada em 24 (vinte e 23.3. Parcela Variável (PV) e Adicional à RAP quatro) meses, por meio do mecanismo contratual da par- A Resolução Normativa nº 270 de 9 de julho de 2007, regu- cela de ajuste. lamenta a Parcela Variável (PV) e o Adicional à RAP. A Parcela Variável é o desconto na RAP das transmissoras em função da • Segundo ciclo de revisão tarifária periódica indisponibilidade ou restrição operativa das instalações inte- A revisão periódica prevista contratualmente para ocorrer grantes da Rede Básica. O Adicional à RAP corresponde ao valor em julho de 2009 foi postergada para julho de 2010. Em a ser acrescentado à receita das transmissoras como incentivo 21 de dezembro de 2009, a ANEEL publicou Resolução à melhoria da disponibilidade das instalações de transmissão. Normativa nº 386, que estabelece os conceitos gerais, as São reconhecidos como receita e/ou redução de receita de metodologias aplicáveis e os procedimentos para realização operação e manutenção no período em que ocorrem. do Segundo Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas (RTP) das concessionárias de serviço público de transmissão de ener- 23.4. Reajuste anual da receita gia elétrica. Em 28 de junho de 2011, foi publicada a Resolução Homo- O artigo 6º da Resolução Normativa nº 386/09, logatória nº 1.171, estabelecendo as receitas anuais permiti- define que o resultado do reposicionamento tarifário terá das da CTEEP e suas controladas, pela disponibilização das seus efeitos a partir de 1º de julho de 2009. Consideran- instalações de transmissão integrantes da Rede Básica e das do tal retroatividade e a redução do custo de capital, para Demais Instalações de Transmissão, para o ciclo de 12 meses, este segundo ciclo, de 9,18% para 7,24%. Ajustes positivos e compreendendo o período de 1º de julho de 2011 a 30 de negativos oriundos do reposicionamento tarifário afetam os junho de 2012. fluxos de caixa esperados pela Companhia para os seus ati- De acordo com a citada Resolução, a RAP da CTEEP, que era vos financeiros classificados como empréstimos e recebí- de R$ 1.760.758 em 1º de julho de 2010, passou para R$ 2.008.277 veis e, portanto, são reconhecidos como ajustes na receita em 1º de julho de 2011, apresentando um incremento de financeira no período em que ocorrem. R$ 247.519, equivalente a 14,1%. A RAP da Companhia em con- O resultado do segundo ciclo de Revisão Tarifaria Perió- junto com suas controladas, que era de R$ 1.861.195 em 1º de dica foi homologado pela Resolução nº 994 de 8 de junho julho de 2010, passou para R$ 2.120.592 em 1º de julho de 2011, de 2010 a ANEEL, tendo sido fixado o reposicionamento apresentando um incremento de R$ 259.397, equivalente a 13,9%. tarifário da Companhia em menos 20,4%, a ser aplicado sobre A RAP da Companhia a ser auferida em duodécimos no período de 1º de julho de 2011 até 30 de junho de 2012 apre- a parcela RBNI e RCDM vigentes em 1º de junho de 2009. senta a seguinte composição, na base junho de 2011: Contrato de concessão 59/2001 143/2001 Demais Instalações de Transmissão (DIT) Novos Parcela de Ativos Novos Parcela Licitada investimentos ajuste existentes investimentos de ajuste Rede básica Ativos existentes Total 1.241.581 - 314.290 - 15.925 (17.795) (132) 360.076 - 106.099 - (11.767) 1.992.484 15.793 1.241.581 314.290 15.925 (17.927) 360.076 106.099 (11.767) 2.008.277 Demonstrações Financeiras 2011 55 A RAP da Companhia e suas controladas a ser auferida em duodécimos no período de 1º de julho de 2011 até 30 de junho de 2012 apresenta a seguinte composição, na base junho de 2011: Contrato de concessão 59/2001 143/2001 004/2007 012/2008 015/2008 018/2008 026/2009 001/2008 013/2008 016/2008 Demais Instalações de Transmissão (DIT) Novos Parcela de Ativos Novos Parcela Licitada investimentos ajuste existentes investimentos de ajuste Rede básica Ativos existentes Total 1.241.581 14.193 13.474 36.435 4.447 8.006 314.290 - 15.925 7.386 3.174 25.200 - (17.795) (132) - 360.076 106.099 - - (11.767) 1.992.484 15.793 14.193 7.386 13.474 3.174 25.200 36.435 4.447 8.006 1.318.136 314.290 51.685 (17.927) 360.076 106.099 (11.767) 2.120.592 24. Custos dos Serviços de Construção e de Operação e Manutenção e Despesas Gerais e Administrativas Pessoal Serviços Depreciação Materiais Arrendamentos e aluguéis Contingências Outros Pessoal Serviços Depreciação Materiais Arrendamentos e aluguéis Contingências Outros Controladora 2011 2010 Total Total Custos Despesas (166.772) (223.469) (170.457) (8.272) (19.410) (37.392) (40.838) (6.116) (1.303) (4.760) (1.598) (24.798) (204.164) (264.307) (6.116) (171.760) (13.032) (1.598) (44.208) (196.777) (203.991) (6.021) (128.543) (10.661) (31.522) (21.135) (588.380) (116.805) (705.185) (598.650) Consolidado 2011 2010 Total Total Custos Despesas (169.516) (422.100) (703.797) (8.298) (19.698) (41.235) (45.659) (6.138) (1.481) (4.878) (1.598) (26.028) (210.751) (467.759) (6.138) (705.278) (13.176) (1.598) (45.726) (201.592) (380.682) (6.047) (425.779) (10.661) (31.522) (29.920) (1.323.409) (127.017) (1.450.426) (1.086.203) Os custos de construção da controladora totalizaram Nota 23.1, são calculadas acrescendo-se as alíquotas de PIS e R$ 240.839 em 2011 e R$ 134.001 em 2010. Os custos de cons- Cofins ao valor do custo do investimento, os projetos embutem trução consolidados totalizaram R$ 970.176 em 2011 (R$ 604.495 margem suficiente para cobrir os custos de construção mais de- em 2010). A respectiva receita de construção, demonstrada na terminadas despesas do período de construção. 56 Demonstrações Financeiras 2011 25. Resultado Financeiro Controladora 2011 2010 Receitas Rendimento de aplicações financeiras Juros ativos Ajuste Mark-to-Market (MtM) (CCB Internacional e Commercial Paper) Variações monetárias Variações cambiais (CCB Internacional e Commercial Paper) Ajuste de operações de cobertura (Swap – CCB Internacional e Commercial Paper) Ajuste de operações de cobertura (NDF) Outras Consolidado 2011 2010 16.708 9.493 2.478 17.975 69.778 2.466 24.234 9.451 8.382 1.486 25.635 9.495 2.478 17.975 69.778 7.263 3.433 28.237 9.451 8.382 1.487 118.898 Despesas Juros sobre empréstimos (50.587) Juros passivos (13.896) Encargos sobre notas promissórias (40.340) Encargos sobre debêntures (68.253) (5.312) Encargos (CCB Internacional e Commercial Paper) Variações monetárias (2.212) (48.474) Variações cambiais (CCB Internacional e Commercial Paper) Ajuste de operações de cobertura (Swap – CCB Internacional e Commercial Paper) (47.197) Ajuste de operações de cobertura (NDF) (1.580) Outras 43.553 136.057 47.557 (56.685) (8.922) (7.911) (57.686) (2.508) (72.891) (14.934) (44.129) (75.603) (5.312) (2.212) (48.474) (47.197) (3.440) (22.385) (71.892) (9.690) (7.911) (57.686) (5.074) (277.851) (133.712) (336.577) (152.253) (158.953) As captações internacionais, ao fim do exercício, apresentaram uma despesa de variação cambial líquida de R$ 30.499 (90.159) (200.520) (104.696) de hedge (NDF) é de R$ 3.440. Os saldos são proporcionais a participação da Companhia na controlada. e encargos de R$ 2.834. Em contrapartida, o ajuste de Swap gerou uma receita líquida de R$ 22.581. Foram realizadas duas operações para captação de recursos externos, sendo: 26. O utras Receitas (Despesas) Operacionais Outras receitas (despesas) operacionais referem-se, substancialmente, à perda na aquisição de controle da IEMG A operação de CCB Internacional com o Banco Itaú BBA, no (Nota 11(a)), no montante de R$ 28.490; à amortização do acumulado do exercício, apresentou despesa de variação cam- ágio incorporado da controladora (Nota 9), no montante de bial líquida de R$ 19.553 e encargos de R$ 4.663. Em contraparti- R$ 28.832; e à venda de terrenos ocorrida no terceiro trimestre da, o ajuste de Swap gerou uma receita líquida de R$ 15.686 para de 2011, no montante de R$ 26.427. o mesmo período que mantém o custo a 103,5% do CDI. A captação sob a Lei nº 4.131 junto ao Banco JP Morgan, 27. Imposto de Renda e Contribuição Social apresentou no acumulado do exercício, despesa de variação A Companhia provisiona mensalmente as parcelas para im- cambial líquida de R$ 10.946 e encargos 2,1% a.a. de R$ 649 e no posto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, MtM (Mark-to-Market) gerou a receita de R$ 2.478. Em contra- obedecendo ao regime de competência. partida, o ajuste de Swap obteve uma receita líquida de R$ 6.895 para o mesmo período que mantém o custo a 98,3% do CDI. Na controlada IEMadeira o ajuste positivo acumulado de hedge (NDF) é de R$ 7.263 e o ajuste negativo acumulado Em virtude do Regime Tributário de Transição (RTT) apenas a Companhia e suas controladas IEMG, IENNE, IESul e Pinheiros estão apresentando resultados para fins fiscais. Os impostos estão sendo calculados conforme o regime de lucro real. Demonstrações Financeiras 2011 57 A despesa de imposto de renda e contribuição social do exercício pode ser conciliada com o lucro contábil como segue: Controladora 2011 2010 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social Consolidado 2011 2010 1.188.425 1.035.092 1.219.104 1.041.547 34% Alíquotas nominais vigentes Despesa de imposto de renda e contribuição social esperada 34% 34% 34% (404.065) (351.931) (414.495) (354.126) Imposto de renda e contribuição social sobre diferenças permanentes Juros sobre capital próprio Redução de multa e juros benefício do Refis (Nota 17) Reversão da provisão para manutenção da integridade do patrimônio líquido (Nota 9) Equivalência patrimonial Outros 86.258 7.144 85.541 - 86.258 7.144 85.541 - 19.029 19.582 (1.113) 19.029 4.267 20.173 19.029 (1.780) 19.029 20.180 Despesa de imposto de renda e contribuição social efetiva (273.165) (222.921) (303.844) (229.376) Imposto de renda e contribuição social Corrente Diferido (243.130) (222.549) (244.206) (222.630) (30.035) (372) (59.638) (6.746) (273.165) (222.921) (303.844) (229.376) 22,9% Alíquota efetiva 21,5% 24,9% 22,0% A alíquota utilizada nas conciliações de 2011 e 2010 é a alíquota de 34%, devida pelas pessoas jurídicas no Brasil sobre os lucros tributáveis, conforme previsto pela legislação tributária dessa jurisdição. A composição dos saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos, ativos e passivos, está apresentada a seguir: Controladora 2011 2010 Ativos/(Passivos) Provisão para contingências Contrato de concessão (ICPC 01) Provisão para perdas (i) Imposto diferido sobre prejuízo fiscal Provisão para imposto de renda e contribuição social sobre prejuízos fiscais (ii) Outras diferenças temporárias Líquido 34.623 (94.606) 35.926 22.075 55.307 34.623 (46.955) (134.800) 35.926 718 (718) 19.698 22.075 55.307 (56.307) 115 (115) 19.698 (1.982) 28.050 (42.176) 18.698 - 28.050 - 28.050 1.982 - 42.176 9.352 Ativo Passivo (*) Consolidado 2011 2010 (*) Em 31 de dezembro de 2010, o saldo do passivo consolidado refere-se ao saldo das controladas, por isso, não encontra-se líquido. (i) Refere-se basicamente a provisão registrada em 31 de sobras contábeis e físicas, que ainda estão em processo de dezembro de 2011 no montante de R$ 82.121, resultan- reconciliação. A Administração decidiu provisionar os valo- te do procedimento efetuado para atender o advento da res de sobra contábil identificadas, até o momento, e ao tér- Resolução Normativa ANEEL nº 367/2009 que estabelece o mino do trabalho de conciliação o saldo remanescente será "Novo Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico" a reconhecido como perda efetiva. Para fins de IFRS este valor Companhia efetuou inventário físico cadastral de todos os foi ajustado pela revisão do valor justo dos ativos financei- seus ativos físicos, este trabalho resultou na identificação de ros, registrados no contas a receber (ativo de concessão). 58 Demonstrações Financeiras 2011 (ii) As controladas IEMG, IENNE e IESul possuem prejuízos ativo decorrentes de diferenças temporárias serão reali- fiscais acumulados. Tendo em vista que essas controladas zados na proporção das contingências e realização dos não apresentam histórico de lucro tributável, uma vez que eventos que originaram as provisões para perda, no prazo a operação comercial é recente, a administração decidiu médio estimado de cinco anos. por provisionar a totalidade do imposto de renda e contri- 28. Transações com Partes Relacionadas buição social diferidos. A Administração da Companhia considera que os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos Os principais saldos e transações com partes relacionadas no período são como segue: 31.12.2011 Natureza da operação Parte relacionada Benefícios de curto prazo (*) Pessoal-chave da administração Dividendos ISA Capital IEMG Sublocação ISA Capital IEMG IENNE Pinheiros IESul Serra do Japi Prestação de serviços ISA Capital IEMG Pinheiros IEMadeira Mútuo financeiro IESul Pinheiros Serra do Japi Ativo Passivo 529 43 7 8 5 15 30 3.226 - 84.827 - 31.12.2010 2011 2010 Receita/ Receita/ Ativo Passivo (Despesa) (Despesa) 39 1 8 3 2 7 132 52.651 3.687 65.844 - (5.145) 252 34 99 58 82 85 86 105 3.226 543 1.025 (5.966) 249 15 100 32 24 86 1.658 1.571 1.231 24 (*) Referente aos honorários da administração, conforme divulgado na Demonstração do Resultado da Companhia e no consolidado apresenta saldo de R$ 6.383 (R$ 8.082 em 2010). A política de remuneração da Companhia não inclui ou em parte pelo prazo de até 24 meses. Os encargos inci- benefícios pós-emprego, outros benefícios de longo prazo, dentes sobre esta operação corresponderam a taxa do CDI benefícios de rescisão de contrato de trabalho ou remunera- acrescido de 2,5%. Em 31 de dezembro de 2011 não há saldos ção baseada em ações. em aberto referente a este contrato. O contrato de sublocação compreende a área ocupada Em 2010, foi assinado contrato de mútuo financeiro com a pela ISA Capital e pelas controladas no edifício sede da Com- Pinheiros no valor total de até R$ 100.000, sendo utilizado no panhia, bem como rateio das despesas condominiais e de todo ou em parte pelo prazo de até 24 meses. Os encargos manutenção, entre outras. incidentes sobre esta operação corresponderam a taxa do CDI Em 2008, foi assinado contrato de prestação de serviços com a ISA Capital abrangendo, entre outros, os serviços de escrituração contábil e fiscal, apuração de impostos e processamento da folha de pagamento. acrescido de 1,3%. Em 31 de dezembro de 2011 não há saldos em aberto referente a este contrato. Em 2010, foi assinado contrato de mútuo financeiro com a Serra do Japi no valor total de até R$ 55.500, sendo utilizado Em 2009, entrou em vigência o contrato em que a Com- no todo ou em parte pelo prazo de 24 meses. Os encargos panhia presta serviços de operação e manutenção das insta- incidentes sobre esta operação corresponderam a taxa do CDI lações da IEMG. Em 2011, foi assinado termo de distrato, de- acrescido de 1,3%. Em 31 de dezembro de 2011 não há saldos terminando a cessação da prestação do serviço. em aberto referente a este contrato. Em 2011, entrou em vigência o contrato em que a Com- Em 2011, entrou em vigência o contrato em que a Compa- panhia presta serviços de operação e manutenção das insta- nhia presta serviços de Consultoria Técnica de Suporte à Ges- lações da Pinheiros. tão dos Serviços de Engenharia do Proprietário, a serem exe- Em 2010, foi assinado contrato de mútuo financeiro com a cutados pela IEMadeira e/ou por empresas por ela contratadas. IESul no valor total de até R$ 63.000, sendo utilizado no todo Demonstrações Financeiras 2011 59 Essas operações são realizadas em condições especificas, negociadas contratualmente entre as partes. 29. Instrumentos Financeiros (a) Identificação e valorização dos principais instrumentos financeiros Controladora 2011 2010 Ativos financeiros Valor justo através do resultado Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e recebíveis Contas a receber Circulante Não circulante Valores a receber – Secretaria da Fazenda Circulante Não circulante Créditos com controladas Cauções e depósitos vinculados Instrumentos financeiros derivativos Circulante Não circulante Passivos financeiros Custo amortizado Empréstimos e financiamentos Circulante Não circulante Debêntures Circulante Não circulante Fornecedores Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar Valor justo através do resultado Instrumentos financeiros derivativos Circulante Não circulante Consolidado 2011 2010 151.021 40.334 207.295 54.983 1.434.110 3.423.417 1.413.681 3.231.704 1.474.794 5.335.027 1.424.390 4.225.309 14.906 810.750 61.886 22.938 681.129 56.338 42.248 14.906 810.750 61.886 22.938 681.129 42.248 53.736 - 1.673 54.195 - 693.472 653.233 133.317 450.577 1.007.673 984.264 332.413 540.032 168.217 389.636 48.781 232.156 2.154 553.639 48.856 193.822 389.825 389.636 83.056 232.156 2.154 553.639 93.964 193.822 27.226 - - 27.226 - - Os valores contábeis dos instrumentos financeiros, ativos A controlada IEMadeira celebrou em 29 de abril de 2011, e passivos, quando comparados com os valores que pode- contrato de instrumento financeiro derivativo (NDF), designado riam ser obtidos com sua negociação em um mercado ativo à cobertura de risco de taxa de câmbio para a contração de for- ou, na ausência deste, e valor presente líquido ajustado com necimento de cantoneiras de aço, alumínio e cabos de alumínio. base na taxa vigente de juros no mercado, aproximam-se A Companhia e sua controlada IEMadeira classificam os substancialmente de seus correspondentes valores de merca- derivativos contratados como Hedge de Valor Justo (Fair do. Não há instrumentos financeiros negociados em mercado Value Hedge), segundo os parâmetros descritos na norma ativo, sendo que esses foram valorizados conforme Nível II, contábil brasileira CPC 38 e na Norma Internacional IAS 39, a como requerido pelo CPC vigente. Companhia adotou o “Hedge Accounting”. A Companhia celebrou em 26 de abril e 17 de outubro A gestão de instrumentos financeiros está aderente à Políti- de 2011, contrato de Instrumentos Financeiros derivativos ca de Gestão Integral de Riscos e Diretrizes de Riscos Financeiros Swap, como proteção para o risco de taxa de câmbio, de- da Companhia e suas controladas. Os resultados auferidos des- signado à cobertura do risco de taxa de câmbio da Contrata- tas operações e a aplicação dos controles para o gerenciamento ção do Empréstimo em Moeda Estrangeira nos termos da Lei deste risco, fazem parte do monitoramento dos riscos financeiros nº 4.131 de 03 de setembro de 1962. adotado pela Companhia e suas controladas, conforme a seguir: 60 Demonstrações Financeiras 2011 Curto prazo Posição ativa: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) Posição passiva: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) Valor líquido Longo prazo Posição ativa: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) Posição passiva: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) Valor líquido Vencimento 7.135 6.823 7.135 6.823 - Abril de 2012 Outubro de 2013 (7.135) (6.823) - (14.396) (26.788) (27.226) (7.261) (19.965) (27.226) Vencimento Valor a receber (pagar) 31.12.2011 31.12.2011 Valor Justo 114.941 152.293 114.941 152.293 - Abril de 2012 Outubro de 2013 (114.941) (152.293) - (88.063) (125.435) 53.736 26.878 26.858 53.736 Posição ativa: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) NDF (Instituições Financeiras) Abril de 2012 Outubro de 2013 Junho a setembro de 2013 Abril de 2012 Outubro de 2013 Junho a setembro de 2013 Valor líquido Longo prazo Vencimento Posição ativa: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) NDF (Instituições Financeiras) Abril de 2012 Outubro de 2013 Junho a setembro de 2013 Valor líquido Valor de referência (Nocional) 31.12.2011 Abril de 2012 Outubro de 2013 Vencimento Posição passiva: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) NDF (Fornecedor) Controladora Valor a receber Valor Justo (pagar) 31.12.2011 31.12.2011 Abril de 2012 Outubro de 2013 Curto prazo Posição passiva: Swap (Banco Itaú) Swap (Banco JP Morgan) NDF (Fornecedor) Valor de referência (Nocional) 31.12.2011 Abril de 2012 Outubro de 2013 Junho a setembro de 2013 Valor de referência (Nocional) 31.12.2011 Consolidado Valor a receber Valor Justo (pagar) 31.12.2011 31.12.2011 7.135 6.823 34.067 7.135 6.823 35.740 1.673 48.025 49.698 1.673 (7.135) (6.823) (34.067) (14.396) (26.788) (34.067) (7.261) (19.965) - (48.025) (75.251) (27.226) - (25.553) (25.553) Valor de referência (Nocional) 31.12.2011 Valor a receber (pagar) 31.12.2011 31.12.2011 Valor Justo 114.941 152.293 14.039 114.941 152.293 14.498 459 281.273 281.732 459 (114.941) (152.293) (14.039) (88.063) (125.435) (14.039) 26.878 26.858 - (281.273) (227.537) 53.736 - 54.195 54.195 Demonstrações Financeiras 2011 61 (b) Financiamentos O valor contábil dos empréstimos e financiamentos e das debêntures tem suas taxas atreladas à variação da TJLP, do CDI e IPCA e se aproximam do valor de mercado. • Índice de endividamento O índice de endividamento no final do período é o seguinte: Controladora 2011 2010 Empréstimos e financiamentos Circulante Não circulante Debêntures Circulante Não circulante Consolidado 2011 2010 693.472 653.233 133.317 450.577 1.007.673 984.264 332.413 540.032 168.217 389.636 2.154 553.639 389.825 389.636 2.154 553.639 1.904.558 1.139.687 2.771.398 1.428.238 151.021 40.334 207.295 54.983 Dívida líquida 1.753.537 1.099.353 2.564.103 1.373.255 Patrimônio líquido 4.539.434 4.563.835 4.539.434 4.563.835 38,6% 24,1% 56,5% 30,1% Dívida total Caixa e equivalentes de caixa Índice de endividamento líquido A CTEEP e suas controladas possuem contratos de (iii) Risco de taxas de juros – A atualização dos contratos empréstimos e financiamentos com covenants apurados de financiamento está vinculada à variação da TJLP, com base nos índices de endividamento. As companhias IPCA e do CDI (Notas 14 e 15). estão adimplentes com todas as cláusulas e exigências dos contratos, conforme mencionados na nota explicativa 14. (iv) Risco de taxa de câmbio – A Companhia eliminou o risco da taxa de câmbio do seu passivo, contratando Instrumento Derivativo Swap, designado como hedge (c) Gerenciamento de riscos de valor justo do Contrato de Empréstimo em Moeda Os principais fatores de risco inerentes às operações da Com- estrangeira (Nota 14(c)). A sua controlada IEMadeira eli- panhia e suas controladas podem ser assim identificados: minou o risco de taxa de câmbio, contratando instrumento de derivativo, designado como hedge de valor (i) Risco de crédito – A Companhia e suas controladas man- justo. A Companhia e suas controladas não possuem têm contratos com o Operador Nacional do Sistema Elé- contas a receber e outros ativos em moeda estrangei- trico (ONS), concessionárias e outros agentes, regulando a ra. Demais exposições aos efeitos de oscilações cam- prestação de seus serviços vinculados à rede básica a 216 biais são consideradas irrelevantes e correspondem a usuários, com cláusula de garantia bancária. Igualmente, a eventuais importações de equipamentos. Companhia e suas controladas mantêm contratos regu- (v) Risco de captação – A Companhia e suas controladas lando a prestação de seus serviços nas Demais Instalações poderão no futuro enfrentar dificuldades na captação de Transmissão (DIT) com 30 concessionárias e outros de recursos com custos e prazos de reembolso ade- agentes, também com cláusula de garantia bancária. quados a seu perfil de geração de caixa e/ou a suas (ii) Risco de preço – As receitas da Companhia e de suas obrigações de reembolso de divida. controladas são, nos termos do contrato de concessão, (vi) Risco de seguros – A Companhia e suas controladas reajustadas anualmente pela ANEEL, pela variação do contratam seguros de risco operacional e de responsabi- IGP-M, sendo parte das receitas sujeita à revisão perió- lidade civil para suas subestações. Entretanto, face às difi- dica, a cada quatro anos (Nota 23.2). culdades em contratar seguradoras para cobrir eventuais 62 Demonstrações Financeiras 2011 danos em linhas de transmissão contra prejuízos decor- emissões de CCB Internacional, em abril de 2011 no mon- rentes de incêndios, raios, explosões, curtos-circuitos e tante de US$ 63,7 milhões, e Commercial Paper em outubro interrupções de energia elétrica, estas não fazem seguros de 2011 no montante de US$ 85,7 milhões (Nota 14(c)). Para contra esses riscos. Assim sendo, eventuais danos ocorri- assegurar que oscilações significativas na cotação da mo- dos nas linhas de transmissão poderão acarretar custos e eda estrangeira, a que está sujeito seu passivo, não afetem investimentos adicionais significativos. seu resultado e o fluxo de caixa, a Companhia possui ins- (vii) Risco de liquidez – A principal fonte de caixa da Companhia e suas controladas é proveniente de suas trumentos financeiros derivativos Swap – hedge cambial, representando 100% do principal desses endividamentos. operações, principalmente do uso do seu sistema de Na sua controlada IEMadeira o risco decorre da pos- transmissão de energia elétrica por outras conces- sibilidade da perda devido elevação das taxas de câmbio, sionárias e agentes do setor. Seu montante anual, ocasionando o aumento dos saldos dos contratos de for- representado pela RAP vinculada às instalações de rede necimentos de cantoneiras de aço, alumínio e cabos de básica e Demais Instalações de Transmissão (DIT) é de- alumínio em moeda estrangeira. Para assegurar que os- finida, nos termos da legislação vigente, pela ANEEL. cilações significativas na cotação da moeda estrangeira, A Companhia gerencia o risco de liquidez mantendo a que está sujeito seu passivo, não afetem seu resultado e linhas de crédito bancário e linhas de crédito para cap- o seu fluxo de caixa, a controlada IEMadeira possui instru- tação de empréstimos que julgue adequados, através mentos financeiros derivativos – hedge cambial, represen- do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa pre- tando 100% do valor principal desse endividamento. vistos e reais, e pela combinação dos perfis de venci- Para fins de definição de um cenário provável da análise de sensibilidade do risco taxa de câmbio, juros e índice mento dos ativos e passivos financeiros. de preços utilizamos as mesmas premissas estabeleci(d) Análise de sensibilidade das para o planejamento econômico financeiro de longo Em conformidade com a instrução CVM nº 475 de 17 de prazo da Companhia. Essas premissas se baseiam, dentre dezembro de 2008, a Companhia realiza a análise de sen- outros aspectos, na conjuntura macro econômica do País sibilidade aos riscos de taxa de juros e câmbio. A adminis- e opiniões de especialistas de mercado. tração da Companhia não considera relevante sua exposi- Dessa forma, para avaliar os efeitos da variação no fluxo de caixa da Companhia, a análise de sensibilidade, ção aos demais riscos descritos anteriormente. Na Companhia o risco de taxa de câmbio decorre da abaixo demonstrada, considera como cenário provável a possibilidade de perda devido elevação das taxas de câm- cotação da taxa de câmbio e de juros em 31 de março bio, ocasionando o aumento dos saldos de passivo dos em- de 2012, que são informadas nos quadros de Riscos de préstimos e financiamentos em moeda estrangeira. Foram variação cambial e Riscos de juros. Sobre essas taxas foram realizadas captações no mercado internacional através das aplicadas as variações positivas e negativas 25% e 50%. Risco de variação cambial – efeitos no fluxo de caixa – Controladora Quadro 1 – com apreciação da taxa Operação R$ Mil Risco Cenário Provável USD USD USD USD 111.937 145.900 (111.937) (145.900) 139.922 182.376 (139.922) (182.376) 167.906 218.851 (167.906) (218.851) - - - 1,72 25% 2,15 50% 2,58 Cenário II Cenário III Ativos e passivos financeiros CCB Internacional (Banco Itaú) Commercial Paper (JP Morgan) Swap ponta ativa – CCB Internacional (Banco Itaú) Swap ponta ativa – Commercial Paper (Banco JP Morgan) Variação Referência para ativos e passivos financeiros Taxa do dólar USD/R$ Apreciação da taxa em Demonstrações Financeiras 2011 63 Quadro 2 – com depreciação da taxa Operação R$ Mil Risco Cenário Provável USD USD USD USD 111.937 145.900 (111.937) (145.900) 83.953 109.425 (83.953) (109.425) 55.968 72.950 (55.968) (72.950) - - - 1,72 25% 1,29 50% 0,86 Cenário II Cenário III Ativos e passivos financeiros CCB Internacional (Banco Itaú) Commercial Paper (JP Morgan) Swap ponta ativa – CCB Internacional (Banco Itaú) Swap ponta ativa – Commercial Paper (Banco JP Morgan) Variação Referência para ativos e passivos financeiros Taxa do dólar USD/R$ Depreciação da taxa em Risco de variação cambial – efeitos no fluxo de caixa – Consolidado Quadro 1 – com apreciação da taxa Operação R$ Mil Risco Cenário Provável USD USD GBP USD USD USD GBP USD 111.937 145.900 46.164 2.266 (111.937) (145.900) (46.164) (2.266) 139.922 182.376 57.663 2.832 (139.922) (182.376) (57.663) (2.832) 167.906 218.851 69.332 3.399 (167.906) (218.851) (69.332) (3.399) - - - 1,72 2,69 25% 2,15 3,36 50% 2,58 4,04 Cenário II Cenário III Ativos e passivos financeiros CCB Internacional (Banco Itaú) Commercial Paper (JP Morgan) NDF (Instituições Financeiras) ponta passiva NDF (Instituições Financeiras) ponta passiva Swap ponta ativa – CCB Internacional (Banco Itaú) Swap ponta ativa – Commercial Paper (Banco JP Morgan) NDF (Instituições Financeiras) ponta ativa NDF (Instituições Financeiras) ponta ativa Variação Referência para ativos e passivos financeiros Taxa do dólar USD/R$ Taxa da libra GBP/R$ Apreciação da taxa em Quadro 2 – Com depreciação da taxa Operação R$ Mil Risco Cenário Provável USD USD GBP USD USD USD GBP USD 111.937 145.900 46.164 2.266 (111.937) (145.900) (46.164) (2.266) 83.953 109.425 34.666 1.699 (83.953) (109.425) (34.666) (1.699) 55.968 72.950 23.168 1.133 (55.968) (72.950) (23.168) (1.133) - - - 1,72 2,69 25% 1,29 2,02 50% 0,86 1,35 Cenário II Cenário III Ativos e passivos financeiros CCB Internacional (Banco Itaú) Commercial Paper (JP Morgan) NDF (Instituições Financeiras) ponta passiva NDF (Instituições Financeiras) ponta passiva Swap ponta ativa – CCB Internacional (Banco Itaú) Swap ponta ativa – Commercial Paper (Banco JP Morgan) NDF (Instituições Financeiras) ponta ativa NDF (Instituições Financeiras) ponta ativa Variação Referência para ativos e passivos financeiros Taxa do dólar USD/R$ Taxa da libra GBP/R$ 64 Demonstrações Financeiras 2011 Depreciação da taxa em Risco de juros – efeitos no fluxo de caixa – Controladora Quadro 1 – Risco de elevação dos indexadores Operação Risco Cenário Provável R$ Mil Cenário II Cenário III Ativos financeiros Aplicações financeiras 101% CDI 402 498 593 1.833 7.944 13.396 2.336 6.682 3.775 1.834 9.755 16.221 2.582 7.854 4.480 1.849 11.536 19.000 2.825 9.015 5.178 2.524 3.569 3.128 4.423 3.721 5.265 (41.657) (49.779) (57.796) 9,98% 12,47% 14,97% 9,98% 9,88% 10,23% 9,71% 6,00% 6,00% 12,47% 12,35% 12,78% 12,14% 7,50% 7,50% 14,97% 14,82% 15,34% 14,57% 9,00% 9,00% Passivos financeiros Notas Promissórias – 4ª emissão Notas Promissórias – 5ª emissão Debêntures 1ª série Debêntures 2ª série FINEM BNDES I FINEM BNDES II CDI + 0,40% CDI + 0,48% CDI + 1,30% IPCA + 8,10% TJLP + 2,30% TJLP + 1,80% Derivativos Swap IBBA (Posição MtM) Swap JP Morgan (Posição MtM) 103,5% CDI 98,30% CDI Efeito líquido da variação Referência para ativos financeiros 101% CDI (março de 2012) Referência para passivos financeiros 101% CDI (março de 2012) 100% CDI (março de 2012) 103,5% CDI 98,30% CDI TJLP% a.a. IPCA % (acumulado 12 meses) Quadro 2 – Risco de queda dos indexadores Operação Risco Cenário Provável R$ Mil Cenário II Cenário III Ativos financeiros Aplicações financeiras 101% CDI 402 304 205 1.833 7.944 13.396 2.336 6.682 3.775 1.407 6.102 10.523 2.088 5.496 3.063 973 4.229 7.600 1.837 4.298 2.343 2.524 3.569 1.910 2.699 1.285 1.815 (41.657) (32.984) (57.796) 9,98% 7,48% 4,99% 9,98% 9,88% 10,23% 9,71% 6,00% 6,00% 7,48% 7,41% 7,67% 7,28% 4,50% 4,50% 4,99% 4,94% 5,11% 4,86% 3,00% 3,00% Passivos financeiros Notas Promissórias – 4ª emissão Notas Promissórias – 5ª emissão Debêntures 1ª série Debêntures 2ª série FINEM BNDES I FINEM BNDES II CDI + 0,40% CDI + 0,48% CDI + 1,30% IPCA + 8,10% TJLP + 2,30% TJLP + 1,80% Derivativos Swap IBBA (Posição MtM) Swap JP Morgan (Posição MtM) Efeito líquido da variação Referência para ativos financeiros 101% CDI (março de 2012) Referência para passivos financeiros 101% CDI (março de 2012) 100% CDI (março de 2012) 103,5% CDI 98,30% CDI TJLP% a.a. IPCA % (acumulado 12 meses) 103,5% CDI 98,30% CDI Demonstrações Financeiras 2011 65 Risco de juros – efeitos no fluxo de caixa – Consolidado Quadro 1 – Risco de elevação dos indexadores Operação Risco Cenário Provável R$ Mil Cenário II Cenário III Ativos Financeiros Aplicações financeiras Aplicações financeiras 101% CDI 99,5% CDI 402 212 498 262 593 312 1.833 7.944 13.396 2.336 6.682 3.775 126 1.193 6.551 198 2.660 943 787 5.613 1.834 9.755 16.221 2.582 7.854 4.480 151 1.400 7.636 233 3.111 1.116 938 6.953 1.849 11.536 19.000 2.825 9.015 5.178 176 1.605 8.710 267 3.557 1.287 1.089 8.270 2.524 3.569 3.128 4.423 3.721 5.265 (59.516) (71.055) (82.445) 9,83% 9,98% 12,29% 12,47% 14,75% 14,97% 9,71% 9,83% 9,88% 9,98% 10,23% 6,00% 6,00% 12,14% 12,29% 12,35% 12,47% 12,78% 7,50% 7,50% 14,57% 14,75% 14,82% 14,97% 15,34% 9,00% 9,00% Passivos financeiros Notas Promissórias – 4ª emissão Notas Promissórias – 5ª emissão Debêntures 1ª série Debêntures 2ª série FINEM BNDES I FINEM BNDES II Banco Bradesco BNDES ( IEMG) BNDES (IEMadeira) BNDES (IESul) BNDES (Pinheiros) BNDES (Serra do Japi) Sub A BNDES (Serra do Japi) Sub B Debêntures IEMadeira CDI + 0,40% CDI + 0,48% CDI + 1,30% IPCA + 8,10% TJLP + 2,30% TJLP + 1,80% CDI + 2,0% TJLP + 2,40% TJLP + 2,80% TJLP + 2,40% TJLP + 2,60% TJLP + 1,95% TJLP + 1,55% 106,5% do CDI Derivativos Swap IBBA (Posição MtM) Swap JP Morgan (Posição MtM) Efeito líquido da variação Referência para ativos financeiros 99,5% CDI (março de 2012) 101% CDI (março de 2012) Referência para passivos financeiros 98,30% CDI 99,5% CDI (março de 2012) 100%CDI (março de 2012) 101%CDI (março de 2012) 103,5% CDI TJLP% a.a. IPCA % (acumulado 12 meses) 66 Demonstrações Financeiras 2011 103,5% CDI 98,30% CDI Quadro 2 – Risco de queda dos indexadores Operação Cenário Provável Risco R$ Mil Cenário II Cenário III Ativos financeiros Aplicações financeiras Aplicações financeiras 99,5% CDI 101% CDI 212 402 160 304 108 205 CDI + 0,40% CDI + 0,48% CDI + 1,30% IPCA + 8,10% TJLP + 2,30% TJLP + 1,80% CDI + 2,0% TJLP + 2,40% TJLP + 2,80% TJLP + 2,40% TJLP + 2,60% TJLP + 1,95% TJLP + 1,55% 106,5% do CDI 1.833 7.944 13.396 2.336 6.682 3.775 126 1.193 6.551 198 2.660 943 787 5.613 1.407 6.102 10.523 2.088 5.496 3.063 101 984 5.454 163 2.204 769 633 4.248 973 4.229 7.600 1.837 4.298 2.343 75 773 4.345 128 1.744 592 478 2.859 103,5% CDI 98,30% CDI 2.524 3.569 1.910 2.699 1.285 1.815 (59.516) (47.380) (35.061) 9,83% 9,98% 7,37% 7,48% 4,92% 4,99% 9,71% 9,88% 9,88% 9,98% 10,23% 6,00% 6,00% 7,28% 7,41% 7,41% 7,48% 7,67% 4,50% 4,50% 4,86% 4,94% 4,94% 4,99% 5,11% 3,00% 3,00% Passivos financeiros Notas Promissórias – 4ª emissão Notas Promissórias – 5ª emissão Debêntures 1ª série Debêntures 2ª série FINEM BNDES I FINEM BNDES II Banco Bradesco BNDES ( IEMG) BNDES (IEMadeira) BNDES (IESul) BNDES (Pinheiros) BNDES (Serra do Japi) Sub A BNDES (Serra do Japi) Sub B Debêntures IEMadeira Derivativos Swap IBBA (Posição MtM) Swap JP Morgan (Posição MtM) Efeito líquido da variação Referência para ativos financeiros 99,5% CDI (março de 2012) 101% CDI (março de 2012) Referência para passivos financeiros 98,30% CDI 100% CDI (março de 2012) 100%CDI (março de 2012) 101%CDI (março de 2012) 103,5% CDI TJLP% a.a. IPCA % (acumulado 12 meses) 30. Compromissos Assumidos – Arrendamentos Mercantis Operacionais Os principais compromissos assumidos pela Companhia e suas controladas estão relacionados às operações de arrendamento mercantil operacional de veículos e equipamentos de informática, cujos pagamentos mínimos futuros, no total e para cada um dos períodos, são apresentados a seguir: Até um ano Mais de um ano até cinco anos 2011 2010 6.210 8.002 14.212 3.133 3.411 6.544 As operações de arrendamento mercantil envolvendo a Companhia como arrendatário são operações de sublocação para com sua controladora e suas controladas, e estão divulgadas na Nota 28 – transações com partes relacionadas. Demonstrações Financeiras 2011 67 31. Seguros A especificação por modalidade de risco de vigência dos seguros está demonstrada a seguir: Modalidade Patrimonial (a) Responsabilidade civil geral (b) Transportes nacionais (c) Acidentes pessoais coletivos (d) Automóveis (e) Vigência Importância segurada – R$ mil Controladora Prêmio – R$ mil 01.09.11 a 01.09.12 01.09.11 a 01.09.12 30.09.11 a 30.09.12 01.05.11 a 01.05.12 02.03.11 a 02.03.12 2.401.635 20.000 214.613 26.767 Valor de mercado 2.643 223 34 1 35 2.936 Modalidade Patrimonial (a) Responsabilidade civil geral (b) Transportes nacionais (c) Acidentes pessoais coletivos (d) Automóveis (e) Vigência Importância segurada – R$ mil Controladora Prêmio – R$ mil 09.07.09 a 19.12.12 01.09.09 a 19.12.12 16.07.09 a 15.12.12 01.05.11 a 01.05.12 02.03.11 a 02.03.12 2.635.324 33.000 231.632 26.767 Valor de mercado 2.947 415 51 1 35 3.449 nos elétricos para os principais equipamentos instalados nas 32. Ação de Cobrança da Eletrobras Contra a Eletropaulo e EPTE subestações de transmissão, prédios e seus respectivos con- Em 1989, a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) ajuizou teúdos, almoxarifados e instalações, conforme o contrato de ação ordinária de cobrança contra a Eletricidade de São Paulo Concessão nº 059/2001, Cláusula Quarta, Oitava Subclaúsula, S.A. (Eletropaulo) (atual Eletropaulo Metropolitana Eletricidade Inciso II, Item D, onde a transmissora deverá manter apóli- de São Paulo S.A. (Eletropaulo)), referente a saldo de contra- ces de seguro para garantir a cobertura adequada dos equi- to de financiamento. A Eletropaulo discordava do critério de pamentos mais importantes das instalações do sistema de atualização monetária de referido contrato de financiamento transmissão, cabendo à Transmissora definir os bens e as ins- e consignou em pagamento, depositando judicialmente os talações a serem segurados. valores (b) Responsabilidade Civil Geral – Cobertura às reparações Em 1999, foi proferida sentença referente à ação mencionada, por danos involuntários, pessoais e/ou materiais causados a condenando a Eletropaulo ao pagamento do saldo apurado terceiros, em consequência das operações da Companhia. pela Eletrobras. (a) Patrimonial – Cobertura contra riscos de incêndio e da- que considerava como efetivamente devidos. (c) Transportes Nacionais – Cobertura a danos causados aos Nos termos do protocolo de cisão parcial da Eletropau- bens e equipamentos da Companhia, transportados no terri- lo, realizada em 31 de dezembro de 1997 e que implicou a tório nacional. constituição da EPTE e de outras empresas, as obrigações de (d) Acidentes Pessoais Coletivos – Cobertura contra aciden- qualquer natureza referentes a atos praticados até a data de tes pessoais a executivos e aprendizes. cisão são de responsabilidade exclusiva da Eletropaulo, exce- (e) Automóveis – Cobertura contra colisão, incêndio, roubo ção feita às contingências passivas cujas provisões tivessem e terceiros. sido alocadas às incorporadoras. No caso em questão, não houve, à época da cisão parcial, a alocação à EPTE de provi- As premissas adotadas para a contratação dos seguros, são para essa finalidade, restando claro para a Administração dada sua natureza, não fazem parte do escopo de uma audi- da CTEEP e de seus assessores legais que a responsabilidade toria. Consequentemente não foram examinadas pelos nos- pela citada contingência era exclusivamente da Eletropaulo. sos auditores independentes. Houve à época da cisão, apenas, a versão ao ativo da EPTE de depósito judicial no valor histórico de R$ 4,00 constituído em 1988, pela Eletropaulo, referente ao valor que aquela empresa 68 Demonstrações Financeiras 2011 entendia ser devido à Eletrobras referente ao saldo do citado a contingência, que entende ser de responsabilidade da Eletro- contrato de financiamento, e a alocação no passivo da EPTE paulo e que dessa forma vem sendo cobrada pela Eletrobras. de igual valor referente a este saldo. portanto, a EPTE seria titular do ativo transferido e a Eletropau- 33. Plano de Complementação de Aposentadoria Regido pela Lei nº 4.819/58 lo seria responsável pela contingência passiva referente ao valor O plano de complementação de aposentadoria regido pela demandado judicialmente pela Eletrobras. Em outubro de 2001, Lei Estadual nº 4.819/58, a qual dispunha sobre a criação do a Eletrobras promoveu execução de sentença referente ao Fundo de Assistência Social do Estado, aplica-se aos empre- citado contrato de financiamento, cobrando R$ 429 milhões da gados servidores de autarquias, sociedades anônimas em que Eletropaulo e R$ 49 milhões da EPTE, entendendo que a EPTE o Estado fosse detentor da maioria das ações e dos serviços satisfaria o pagamento desta parte com os recursos corrigidos industriais de propriedade e administração estadual, admitidos do citado depósito judicial. A CTEEP incorporou a EPTE em 10 de até 13 de maio de 1974, e previa benefícios de complemen- novembro de 2001, sucedendo-a nas suas obrigações e direitos. tação de aposentadorias e pensão, licença-prêmio e salário- Em decorrência do protocolo de cisão parcial da Eletropaulo, Em 26 de setembro de 2003, foi publicado acórdão do família. Os recursos necessários para fazer face aos encargos Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro excluindo a assumidos nesse plano são de responsabilidade dos órgãos Eletropaulo da execução da mencionada sentença. Em decor- competentes do Governo do Estado de São Paulo, cuja im- rência dos fatos, a Eletrobras protocolou, em 16 de dezembro plementação ocorreu conforme convênio firmado entre a de 2003, Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça e Fazenda do Estado de São Paulo e a Companhia, em 10 de Recurso Extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, visando dezembro de 1999, com vigência até 31 de dezembro de 2003. manter a mencionada cobrança referente à Eletropaulo. Recur- Tal procedimento foi realizado regularmente até dezem- sos semelhantes aos da Eletrobras foram interpostos pela CTEEP. bro de 2003 pela Fundação CESP, mediante recursos da O Superior Tribunal de Justiça deu provimento, em 29 de Secretaria da Fazenda do Estado, repassados por meio da junho de 2006, ao Recurso Especial da CTEEP, no sentido de CTEEP. A partir de janeiro de 2004, a Secretaria da Fazenda reformar a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de passou a processar diretamente aqueles pagamentos, sem a Janeiro que havia excluído a Eletropaulo do polo passivo da interveniência da CTEEP e da Fundação CESP. ação de execução movida pela Eletrobras. Decisão da 49ª Vara do Trabalho de São Paulo foi comu- Em decorrência do referido provimento do Superior Tribu- nicada à CTEEP, em 11 de julho de 2005 deferindo a conces- nal de Justiça, em 4 de dezembro de 2006, a Eletropaulo ofer- são de tutela antecipada para que a Fundação CESP voltasse tou embargos de declaração, os quais foram rejeitados, confor- a processar os pagamentos de benefícios decorrentes da Lei me acórdão publicado em 16 de abril de 2007, bem como os Estadual nº 4.819/58, segundo o respectivo regulamento, da Recursos Especial e Extraordinário que mantiveram a decisão forma realizada até dezembro de 2003, mediante recursos do Superior Tribunal de Justiça, cujo trânsito em julgado ocor- repassados pela CTEEP. Para o cumprimento das decisões reu em 30 de outubro de 2008. Diante dessas decisões enten- judiciais, a CTEEP requer mensalmente os recursos neces- dendo descabida a Exceção de Pré-Executividade ofertada pela sários à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, para Eletropaulo, a ação de execução movida pela Eletrobras segue efetivar o repasse à Fundação CESP, que deve processar os seu curso normal na forma originalmente proposta. respectivos pagamentos aos beneficiários. A CTEEP com o fulcro de viabilizar uma dilação probatória A Secretaria da Fazenda do Estado vem repassando à CTEEP, para apurar a efetiva responsabilidade atribuída no protocolo desde setembro de 2005, valor inferior ao necessário para o de cisão parcial propôs ação declaratória em face das demais fiel cumprimento da citada decisão da 49ª Vara do Trabalho. partes envolvidas em conexão com a ação de execução. Em decorrência dos fatos acima tratados e por força da Acerca dessa dívida e à luz dos documentos formais refe- citada decisão judicial da 49ª Vara do Trabalho de São Paulo, rentes à cisão parcial da Eletropaulo, a CTEEP, segundo o en- bem como da decisão do Superior Tribunal da Justiça, a CTEEP tendimento da sua Administração e de seus assessores legais, repassou à Fundação CESP no período de janeiro de 2005 a é titular apenas do depósito judicial a ela transferido como ati- dezembro de 2011, o valor de R$ 1.927.563 para pagamento de vo constituído em 1988, devendo prosseguir na defesa desse benefícios da Lei Estadual nº 4.819/58, tendo recebido da Secre- direito. De outra parte, a Companhia não constituiu provisão para taria da Fazenda do Estado o valor de R$ 1.268.799 para aquela Demonstrações Financeiras 2011 69 finalidade. A diferença entre os valores repassados à Fundação Em 13 de janeiro de 2012, foram assinados os aditivos CESP e ressarcidos pela Secretaria da Fazenda, no montante de aos contratos de financiamentos entre o BNDES e a contro- R$ 658.764 (Nota 7(c)), foi requerida pela Companhia inicial- lada IEMadeira (Nota 14(iv)) alterando o vencimento de 15 mente em processo administrativo, tendo sido proposta em de janeiro de 2012 para 15 de julho de 2012 ou na data de dezembro de 2010 a competente ação judicial de cobrança desembolso da primeira parcela do crédito que venha a contra a Fazenda do Estado de São Paulo. ser aberto pelo BNDES por meio de contrato de financia- A CTEEP continua empenhada em tornar nula a citada mento de longo prazo, o que ocorrer primeiro. decisão da 49ª Vara do Trabalho de modo a permitir o retorno do procedimento de pagamento direto da folha de benefí- (b) Entrada em operação de subestação cios da Lei Estadual nº 4.819/58 pela Secretaria da Fazenda. A subestação Salto da controlada Serra do Japi, entrou em A CTEEP reitera também o entendimento da sua área jurídica operação em 18 de janeiro de 2012. e de seus consultores externos de que as despesas decorrentes da Lei Estadual nº 4.819/58 e respectivo regulamento (c) Dividendos e juros sobre capital próprios são de responsabilidade integral da Fazenda do Estado de São Em 30 de janeiro de 2012 a Companhia efetuou o paga- Paulo e prossegue na adoção de medidas adicionais para res- mento e/ou deixou à disposição os dividendos e juros so- guardar os interesses da Companhia. Em decorrência destes bre capital próprios deliberados em reunião do Conselho fatos, a Companhia registra essa diferença como valores a re- de Administração em 21 de dezembro de 2011 (Nota 22(b)). ceber da Fazenda do Estado (Nota 7(c)). 34. Eventos Subsequentes 35. Aprovação das Demonstrações Financeiras (a) Empréstimos e financiamentos As demonstrações financeiras foram aprovadas e autorizadas Em 11 de janeiro de 2012, ocorreu a sexta emissão de para publicação pelo Conselho de Administração em 6 de notas promissórias no montante de R$ 400,0 milhões e março de 2012. com vencimento em 5 de janeiro de 2013. Os encargos nominais correspondem a 104,9% do CDI. Em 11 de janeiro de 2012 foi liquidada a quarta emissão de notas promissórias. 70 Demonstrações Financeiras 2011 Estas demonstrações financeiras, bem como as demonstrações contábeis regulatórias, mencionadas na Nota 2.5, estarão disponíveis no sítio da Companhia a partir de 15 de março e 30 de abril de 2012, respectivamente. Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Aos Administradores e Acionistas Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) São Paulo – SP Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) (“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) (“Companhia”) em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Demonstrações Financeiras 2011 71 Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) (“Companhia”) em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfases Conforme descrito na nota explicativa 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) (“Companhia”) essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. Conforme descrito na nota explicativa 33, a Lei nº 4.819/58 concedeu aos servidores das empresas sob controle do estado de São Paulo as vantagens já concedidas aos demais servidores públicos, com destaque para a complementação de aposentadoria e concessão de pensões, e estabeleceu que as despesas decorrentes da mesma são de responsabilidade integral do Governo do Estado. A operacionalização dos pagamentos envolve a Fundação CESP, que prepara a folha de pagamento e o Governo do Estado, que repassa o valor à CTEEP (que por sua vez repassa à Fundação CESP para pagamento ao beneficiário final). Esse tem sido o procedimento desde a cisão da CESP que criou a CTEEP e, até dezembro de 2003, foi integralmente cumprido por todas as partes. A partir de 2004 o Governo do Estado de São Paulo requereu o direito de processar a folha de pagamento e efetuar o pagamento aos beneficiários diretamente. Entretanto, em janeiro de 2006, a Fazenda do Estado, diante de parecer emitido pela Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo passou a glosar parte dos benefícios pagos aos aposentados e, desde então, tem gerado o contas a receber junto ao Governo, uma vez que a Companhia efetua o pagamento das parcelas glosadas para integralizar os benefícios, conforme requerido pela decisão da 49ª Vara do Trabalho. A Administração da Companhia, além de ampla e fortemente amparada por opinião de seus assessores legais e, também baseada no fato que a Fazenda do Estado não discute sua integral responsabilidade de prover os recursos financeiros pelos pagamentos dos benefícios relacionados à aplicação da Lei nº 4.819/58 por ele instituída, entende que nenhuma obrigação ou provisão para perdas em relação a esse contas a receber deve ser registrada nas demonstrações financeiras da Companhia. Nossa opinião não está ressalvada em função destes assuntos. Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, a demonstração individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. São Paulo, 6 de março de 2012. ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/O-6 Luiz Carlos Passetti Contador CRC 1SP144343/O-3 72 Demonstrações Financeiras 2011 Marcos Alexandre S. Pupo Contador CRC 1SP221749/O-0 Parecer do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal da CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Companhia), no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, dando cumprimento ao que dispõe o Art. 163 da Lei nº 6.404/76, examinou as Demonstrações Contábeis da Companhia, relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011, elaboradas segundo os princípios estabelecidos no Capítulo XV do referido diploma legal e o Relatório da Administração sobre os negócios sociais e principais fatos administrativos do exercício social. Com fundamento no exame realizado e no Parecer dos Auditores Independentes, o Conselho Fiscal é de opinião que as Demonstrações Contábeis e as informações complementares estão aptas a serem submetidas à apreciação e aprovação dos Senhores Acionistas. São Paulo, 07 de março de 2012 Manuel Domingues de Jesus e Pinho Celso Clemente Giacometti Antonio Luiz de Campos Gurgel Egídio Schoenberger Demonstrações Financeiras 2011 73 Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras Os diretores da Companhia declaram que reviram, discutiram Os diretores da Companhia declaram que reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos au- e concordam com as Demonstrações Financeiras. ditores independentes. São Paulo, 06 de março de 2012 São Paulo, 06 de março de 2012 César Augusto Ramírez Rojas César Augusto Ramírez Rojas Presidente Presidente Pío Adolfo Bárcena Villarreal Pío Adolfo Bárcena Villarreal Diretor Administrativo Diretor Administrativo Marcio Lopes Almeida Marcio Lopes Almeida Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Celso Sebastião Cerchiari Celso Sebastião Cerchiari Diretor de Operações Diretor de Operações Jorge Rodríguez Ortiz Jorge Rodríguez Ortiz Diretor de Empreendimentos Diretor de Empreendimentos 74 Demonstrações Financeiras 2011 Rua Casa do Ator, 1.155 São Paulo – SP – CEP: 04546-004 Tel.: (11) 3138-7000 www.cteep.com.br Demostrações Financeiras 2011 Demostrações Financeiras 2011 www.cteep.com.br