PLANO DE CONTENÇÃO DE EMERGÊNCIA
APLICÁVEL AOS TRANSFORMADORES ELEVADORES
DA SE 440KV DA UHE JUPIÁ
Autores:
Aguinaldo Lima de Moraes Jr.
José Natalino Bezerra
Luiz Tomohide Sinzato
CESP - Companhia Energética de São Paulo
Apoio Fidelidade:
1 - RESUMO
O Plano de Contenção de Emergência Aplicável aos Transformadores Elevadores da
SE 440kV da UHE Jupiá, tem como objetivo descrever as principais atividades a serem
adotadas quando da ocorrência de incêndio ou explosões nos equipamentos
localizados no interior da SE 440kV da UHE Jupiá.
O plano padroniza procedimentos, estabelece responsabilidades, contempla a adoção
de ações iniciais, linha de comando, lista de contatos imediatos, utiliza fluxograma de
ações, fornece informações suplementares e conclusões.
Fornece também informações de interesse para o desenvolvimento das atividades dos
serviços de operação da UHE Jupiá, principalmente durante a vigência de situações
anormais (incêndio).
Apoio Fidelidade:
2 – INTRODUÇÃO
Face a algumas ocorrências de incêndio de transformadores de corrente na SE 440kV
da UHE Jupiá, foram levantadas dificuldades quanto a definição das condições
necessárias para isolamento dos equipamentos elétricos envolvidos e adjacentes, bem
como, a falta de coordenação das ações para o combate ao incêndio por parte dos
Operadores, Brigada de Incêndio e Corpo de Bombeiros, criando condições inseguras
para atuação dessas equipes, o que motivou a implementação de um plano de combate
que preservasse a segurança das pessoas envolvidas e minimizasse os danos aos
equipamentos.
Vista da SE durante Incêndio no TC da UG09.
Apoio Fidelidade:
Detalhe do TC em chamas.
3 - DESENVOLVIMENTO
Descrição geral da SE 440kV da UHE Jupiá
A SE 440kV da UHE Jupiá localiza-se nas cotas 271,50 m, 273,50 m e 292,10 m da
Casa de Força, em três pisos distintos, sendo eles: piso dos transformadores, piso dos
disjuntores e piso das seccionadores e barramentos, respectivamente.
A SE 440kV da UHE Jupiá é constituída de dois Barramentos (Barras I e II), quatro
Bays de Linha de Transmissão (TAQ, TRI, BAU C-1 e BAU C-2), doze Bays de
Unidades Geradoras (UGs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12), um Bay de
Transformador (TR - 15) e dois Bays de Paralelos (1824-1 e 3).
Esta subestação é importante para o Sistema Interligado Nacional (SIN), pois faz parte
do corredor de 440kV JUP/BAU/CAV/EMG para o restabelecimento do sistema elétrico
no caso de blecaute.
Vista geral da Subestação
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Detalhe de um bay de linha de transmissão
Sistema de combate a incêndio
O Sistema de combate a incêndio da SE 440kV da UHE Jupiá é composto por hidrantes
equipados com bombas e carretas móveis de Líquido Gerador de Espuma (LGE).
Constitui-se de um conjunto de 13 estações de comando com 13 unidades de moto
bombas centrifugas, 13 unidades de hidrantes de coluna, 07 unidades de carreta de
espuma, mangueiras, esguichos de jato regulável, rede hidráulica de alimentação que
abastece todas as estações de comando e reservatório de água potável abastecido
pela estação de tratamento de água da usina.
A pressão da moto bomba funcionando com jato d’água (sem espuma) é em torno de
7kg/cm² e o jato d’água alcança a distância em torno de 30 metros.
A pressão da moto bomba funcionando com jato d’água (com espuma) é em torno de
7,5kg/cm² e o jato d’água/espuma alcança a distância em torno de 13 metros.
O sistema antincêndio quando operado sem bomba, trabalha com pressão 2,9kgf/cm² e
não opera com espuma.
Visão geral da rede do sistema antincêndio
da SE.
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Vista da estação de comando do sistema
antincêndio.
Plano
A SE 440kV da UHE Jupiá está classificada como atividade de grau de risco 3, portanto
as ações pró-ativas voltadas para a segurança e saúde dos empregados é de vital
importância.
O Plano de Contenção de Emergência inicialmente propicia a padronização de
procedimentos e estabelece responsabilidades conforme segue:
Observador do sinistro
Qualquer pessoa que detectar um incêndio deverá tomar as seguintes medidas:
•
Manter-se à distância segura da área, determinar a natureza, extensão da
situação
e
identificar
quaisquer
substâncias
químicas
e
equipamentos
envolvidos;
•
Acionar por telefone o operador da Sala de Comando;
•
Permanecer à distância segura e próximo à uma rota de saída.
Operador da Sala de Comando
O operador acionará a Brigada de Incêndio e Corpo de Bombeiros, conforme o Manual
da Brigada de Incêndio da UHE Jupiá e notificará o Gerente da Unidade de Produção
ou na ausência deste, um dos Supervisores e fornecerá as seguintes informações:
•
Local exato, extensão e equipamentos envolvidos no sinistro;
•
Ocorrência de vítimas;
•
Materiais perigosos envolvidos se for o caso.
Operador local
O Operador após detectar a existência de incêndio na SE, deverá providenciar a
isolação elétrica dos equipamentos ou instalação e providenciar o pronto uso do
sistema anti-incêndio (alimentação elétrica). Quando no processo de combate ao
incêndio, orientar os envolvidos para atuação com segurança em relação a outros
equipamentos adjacentes porventura energizados.
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A isolação elétrica se dará com o desligamento e isolamento dos equipamentos da alta
tensão e desligamento do sistema auxiliar de baixa tensão, desligando as alimentações
de 440 VAC e 125 VCC para o armário de comando do disjuntor e para o sistema de
resfriamento do transformador elevador.
Nos casos com Unidade Geradora envolvida, após a parada da UG deverão ser
desligadas as chaves de 125 VCC (8C, 8L e 8AL).
Brigada de Incêndio
Os responsáveis pelo combate ao princípio de incêndio, quando adentrarem a
instalação, deverão entrar em contato com o Operador “responsável”, para se inteirar
das providencias tomadas e dos limites para sua atuação, tendo em vista que na área
envolvida poderá haver equipamentos energizados.
Havendo risco quanto à integridade física, a Brigada de Incêndio deverá abandonar a
área imediatamente.
As seguintes medidas de proteção deverão ser tomadas:
•
Restringir a área àqueles que estão atuando no sinistro;
•
Combater ao princípio de incêndio;
•
Se possível, usar extintores de incêndio para evitar que o fogo se espalhe;
•
Remover substâncias que possam causar ignição, ou explosão, devido ao calor;
•
Tratar todo o material de extinção de incêndio (ex.: água, espuma, etc.),
considerando-os como derrames. Utilizar materiais absorventes para evitar o
deslocamento de resíduos para o sistema de drenagem;
•
Prestar primeiros socorros às vítimas, se houver.
•
Certificar-se de que o pessoal ferido receba assistência médica e/ou providenciar
transporte para o hospital;
•
Coordenar a evacuação do local, se necessário.
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Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros deverá acessar o local conforme definido no Projeto do Auto de
Vistoria, orientado pela Brigada ou Operador local.
Deverá combater incêndio sempre orientado quanto aos equipamentos elétricos
eventualmente energizados.
Etapas do plano:
•
Elaboração de fluxograma de acionamento;
•
Definição das responsabilidades;
•
Definição das condições de segurança com o isolamento dos equipamentos da
alta tensão e sistemas auxiliares VCA e VCC, elaboração de lista contendo os
alimentadores
a
serem
desligados
com sua
localização,
agilizando
o
atendimento;
•
Definição do posicionamento dos envolvidos no combate, em relação ao
equipamento sob sinistro, equipamentos energizados e alcance do jato d’água;
•
Elaboração relatório do incidente;
•
Aplicação de medidas corretivas;
•
Discussão do incidente com os empregados.
4 - CONCLUSÔES
O plano é projetado para a gestão de situações de emergência, manutenção e controle
dos recursos necessários, transição organizada da situação de emergência para a
normal, sempre visando proteger vidas humanas e reduzir ao mínimo os prejuízos.
DIRETRIZ DE SEGURANÇA DA CESP
“Nenhum trabalho pode ser feito sem segurança. Nem urgência, nem importância,
nem qualquer outra razão poderão ser invocadas para justificar a falta de
segurança no trabalho.”
Apoio Fidelidade:
5 – ILUSTRAÇÕES
Estação de Comando local do sistema antincêndio.
1
Registro de chegada d’água na estação local
2
Registro e bocal de engate rápido de água com pressão por gravidade
3
4
Registro e bocal de engate rápido de água sobre pressão
Manômetro de pressão da água de chegada
5
Manômetro de pressão da água de saída sobre pressão
6
Moto bomba de pressão d’água
7
Painel de comando local
8
Sinalizador de painel energizado
9
Sinalizador de motor ligado
10
Botoeira para ligar a moto bomba
11
Sinalizador de sobrecarga da moto bomba
12
Botoeira para desligar a moto bomba
13
Bocal de engate rápido de entrada da carreta de espuma
14
Bocal de engate rápido de saída da carreta de espuma
15
Mangueira de água (2)
16
Esguicho formador de espuma
17
Carreta de espuma
18
Reservatório de liquido gerador de espuma
Apoio Fidelidade:
Visão geral da UHE Jupiá.
Operador responsável
elétrica da área.
Brigada de Incêndio responsável pelo
combate ao princípio de incêndio.
pela
isolação
Necessidade de avaliação de isolação
elétrica dos bays adjacentes.
6 - REFERÊNCIAS
-
PGE – Plano de Gestão de Emergência da UHE Jupiá;
-
Projeto do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros da UHE Jupiá;
-
Manual de Operação do sistema de combate a incêndio na SE 440kV da UHE
Jupiá.
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Download

limpeza dos filtros da tomada d´água do sistema de resfriamento