1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO EMPRESARIAL NOS PAÍSES MEMBROS COMPONENTES DO GRUPO DOS BRICS – UMA ABORDAGEM PROSPECTIVA Carlos Alberto Gonçalves Alfredo ORIENTADOR: Professor Sergio Majerowicz 2 DEDICATÓRIA Dedico a conclusão deste curso à minha querida e inesquecível Mestra Professora Mary Sue, que com a sua doce e bela presença me levou e me reconduziu ao encantamento dos meus primeiros dias no Banco Escolar. Mary Sue: Você é uma presença, uma eterna fonte e doce inspiração na minha vida. 3 RESUMO Esta monografia tem como objetivo, discorrer a gestão empresarial nos países membros componentes do grupo dos BRICS, acrônimo que representa o bloco dos quatro principais países emergentes do mundo, a saber: Brasil, Rússia, Índia e China, criado em 2002 após a assinatura de tratados de cooperação e comércio entre os quatro países membros acima citados. De acordo com a opinião do Embaixador Roberto de Oliveira Campos, já falecido, em matéria publicada no jornal “O Globo” na edição de 11/05/1997, o mundo vive o seu quarto período global, no qual com a economia globalizada, existe uma tendência para a formação de blocos econômicos regionais criados para facilitar as transações comerciais entre os países membros, geralmente formados por países vizinhos ou que tenham afinidades culturais ou comerciais. Esta é uma nova tendência comercial e geopolítica, pois, os blocos econômicos regionais são criados com a finalidade de eliminar entraves burocráticos, barreiras tarifárias e alfandegárias, na busca de soluções em comuns para o desenvolvimento das suas economias, pois, viver isoladamente fora de um bloco econômico, significa viver isolado do mundo comercial, como de acordo com a opinião do Embaixador Rubens Ricupero em entrevista concedida ao Programa Canal Livre em sua edição de 18/09/2011, o Brasil deve atualmente adotar uma atitude um “pouco menos globalizante”, o que não significa protecionismo, mas sim, dar maior destaque ao desenvolvimento da sua economia interna. Conforme mostrado na figura 1, na parte introdutória deste documento existem atualmente quinze blocos econômicos regionais: ALCA, NAFTA, ALADI, PACTO ANDINO, CARICOM, MERCOSUL, MCCA, SADC, UNIÃO EUROPEIA, EFTA, CEI, APEC, ASEAN, ANZCERTA e BRICS. 4 METODOLOGIA A metodologia utilizada nesta monografia consiste na junção de dados e fontes de informações pesquisadas pelo autor deste trabalho, existentes separadamente, contribuindo para a compilação de um conjunto de elementos descritivos relativos ao título deste estudo, trabalho, reunindo-os em um todo compreensível para elaboração e apresentação deste texto. Porém, graças ao crescimento de publicações especializadas em diversas áreas do conhecimento humano e, consequentemente de trabalhos publicados, verifica-se a expansão da TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO quer na área bibliográfica e também na área digital, aumentando a retenção, a aquisição, armazenamento, transporte e análise de dados na forma digital, contribuindo para a disseminação do conhecimento. A evolução dessa teoria força os pesquisadores à busca de novas metodologias de pesquisas, capazes de oferecer novos mecanismos de acesso mais rápidos e eficazes em torno dos objetivos alvos a serem pesquisados. As fontes de pesquisas utilizadas nesta monografia estão suportadas na TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, abrangendo: • Pesquisas bibliográficas; • Pesquisas digitais; • Pesquisas de mídia; • Outras fontes e referências informativas. As fontes pesquisas estão citadas no índice bibliográfico no final deste trabalho, com as respectivas referências de acesso e localização. 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I Fundamentação Teórica 10 CAPÍTULO II Origem e formação dos BRICS 16 CAPÍTULO III Gestão Empresarial nos Países componentes do Grupo dos BRICS 22 CAPÍTULO IV A inserção do Brasil na Economia Regional e Global 35 CONCLUSÃO 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42 ÍNDICE 6 INTRODUÇÃO Os historiadores atribuem ao sociólogo canadense Professor da Universidade de Toronto, Herbert Marshall McLuhan, a criação do moderno conceito de globalização, que em 1964 publicou um livro chamado “Undertanding Media”, traduzido para a língua portuguesa sob o título “Os meios de comunicação como extensões do homem”, ao afirmar na época de modo visionário, que no futuro se tornaria realidade, a existência que "uma rede mundial de computadores tornará acessível, em alguns segundos minutos, todo o tipo de informação as pessoas do mundo inteiro". Em tempos de internet, essa frase é óbvia., porém, quando foi pronunciada há 46 anos, parecia extraída de um livro de ficção. Na época, McLuhan foi chamado foi chamado de sonhador a louco, conforme a simpatia que suas idéias provocavam. McLuhan propôs que, até o surgimento da televisão, vivíamos na "galáxia de Gutenberg" onde todo o conhecimento era visto apenas em sua dimensão visual. Sua afirmação é simples: antigamente, o conhecimento era transmitido oralmente, por lendas, histórias e tradições, mas, a criação da imprensa por Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (1398 / 1468), bispo da Arquidiocese de Mogúncia, na Europa Central permitindo que o conhecimento fosse mais difundido, o qual até propriedade da Igreja Católica, sendo reproduzido nos Mosteiros manualmente em pergaminhos pelos monges. Quando McLuhan publicou o seu livro, talvez não imaginasse que estava lançando um dos clássicos da comunicação – mais discutido do que lido, mais desprezado do que estudado, no qual tornou conhecida a expressão ALDEIA GLOBAL citando uma nova práxis social que seria proporcionada pelas mídias eletrônicas, alterando os processos cognitivos, expandindo a TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO. 7 Para McLuhan (1911-1980), os meios eletrônicos levariam a humanidade a uma identidade coletiva com base tribal, a ALDEIA GLOBAL, conceito já conhecido na época do lançamento do livro, que alcançou mais visibilidade com a disseminação da internet. McLuhan é apontado por muitos como um visionário da Internet. A figura 1 mostra os quatorze blocos econômicos regionais atualmente existentes no mundo, exclusive o bloco dos BRICS Disponível em: http://vejabemvr.blogspot.com/2011/05/o-mundo-esta-se-dividindo-emblocos.html - Acesso em 19/08/2011 O assunto-título deste trabalho “GESTÃO EMPRESARIAL NOS PAÍSES MEMBROS COMPONENTES DO GRUPO DOS BRICS – UMA ABORDAGEM PROSPECTIVA” será abordado a partir dos Capítulos componentes desta monografia. 8 CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS E A GLOBALIZAÇÃO O advento deste quarto período global revelou ao mundo um novo cenário econômico e político, principalmente após a queda do Muro de Berlim em 1989 e a o fim da União Soviética em 1991, encerrando uma hegemonia política bipolarizada, representada de um lado pelo Bloco Ocidental com a liderança dos Estados Unidos e pelo outro pela extinta URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, após o término da segunda guerra mundial, dando início ao período histórico conhecido como “Guerra Fria” que durou 46 anos, de 1945 até 1991, com o fim da União Soviética nesse mesmo ano. No atual período global, estamos vivendo uma verdadeira revolução financeira e industrial, onde os continentes geopoliticamente os continentes tornaram-se um todo unificado. Esse novo cenário pode ser chamado de GLOBALIZAÇÃO, caracterizando-se como um movimento econômico e político irreversível que fixou âncoras nos cinco continentes, implantando novas tecnologias de ponta está o Brasil, imerso em um mercado de bens e serviços altamente competitivo. Na visualização do processo global, os países perceberam que as negociações comerciais se tornariam mais eficientes com uma sinergia setorial das suas economias, iniciando-se desse modo a formação dos BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS atualmente formado por quinze blocos, por países com afinidades culturais ou comerciais, dando origem à criação dos atuais 9 blocos econômicos regionais mundiais, pela necessidade de ocupação dos espaços econômicos dentro do processo global. Os blocos econômicos regionais não constituem blocos fechados entre si, mantendo relações comerciais interblocos. Contudo, os blocos econômicos regionais que buscam ocupar espaços dentro do processo global, se deparam com blocos econômicos formados pelas maiores economias do mundo, destacando-se: • UNIÃO EUROPEIA – foi o primeiro grande bloco econômico, formado em 1957, também conhecido como COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPEIA, dando origem à atual União Européia, formada por 27 Estados-membros, após a assinatura do Tratado de Maastricht em 1992. • G8 - Bloco econômico formado pelas economias mais desenvolvidas do mundo, criado em 1975. É formado pelos seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, Alemanha, Itália, Canadá e Japão. A Rússia participa como país observador desde 1990. 10 PAÍSES MEMBROS COMPONENTES DO GRUPO DO G8 Figura 2 Disponível em: http://geopensar.blogspot.com/2008/07/os-pases-do- g8.html - Acesso em 24/09/2011 • NAFTA - Criado em 1994, o Tratado Norte-Americano de LivreComércio formado é por três países, Estados Unidos, México e Canadá tendo o Chile como membro associado. O G20 FINANCEIRO – Representa o grande bloco financeiro mundial, caracterizando um grupo financeiro formado por dezenove ministros e presidentes de Bancos Centrais, existindo também um outro G20 formado por nações emergentes em vias de desenvolvimento; é um bloco com grande influência e de grande tamanho, pois os países membros detém juntos 11 aproximadamente 90% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio internacional e cerca de 65% da população do planeta. Fazem parte do G20 Financeiro os países membros do G8, além dos seguintes países: Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul e Turquia. A União Européia em bloco é vigésimo membro. O FMI, e o Banco Mundial também participam do G20. A BACIA DO PACÍFICO Com a morte de Mao-Tsé Tung em 1976, Deng Xiaoping assumiu a liderança do Partido Comunista Chinês, colocando em prática colocando em prática um programa de reformas econômicas que transformariam a China num país com o maior crescimento do planeta, implantando o chamado “SOCIALISMO DE MERCADO”, canalizando para o país um volume de investimentos sem precedentes na história no país, tendo a China passado por uma abertura diplomática. Em 1979, Deng Xiaoping foi o primeiro governante chinês a visitar os Estados Unidos. Inicialmente foram criadas zonas econômicas especiais, onde as empresas estrangeiras podiam se instalar, desde que em parceria com as empresas chinesas. As reformas econômicas chinesas foram alocadas em quatro setores, destacando-se a agricultura, indústria e comércio, ciência e tecnologia e na área militar. Para implantar o programa de modernização de modernização da economia, o governo utilizou a TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, criando CLUSTERS INDUSTRIAIS que desenvolvem pesquisas tecnológicas patrocinadas pelos Institutos Públicos de Tecnologia, cujos acervos, os pesquisadores usam com total liberdade, servindo como exemplo a Legend que originou a Lenovo, fabricante de equipamentos de informática, cujos PCs já estão vendidos no Brasil, permitindo uma conexão próxima inter-clusters, cuja utilização é empregada ao máximo pelos chineses. 12 Os chineses também procuram explorar ao máximo o processo cognitivo, criando e utilizando simultaneamente tecnologias combinadas, valendo-se delas em todas as etapas produtivas, além também de usar também a última tecnologia disponível, a penúltima, a anti-penúltima e até a primitiva, prática que as empresas ocidentais não conseguem combinar. Toda a cadeia de fornecedores dessas indústrias está reunida em pólos industriais próximos uns dos outros, com mais de mil empresas em cada pólo, com um forte intercâmbio entre elas. É um sistema radicalmente diferente do Just in time. Nos distritos industriais chineses, cada empresa faz uma parte do produto final, mas todas trabalham lado a lado, com foco no produto. Essa prática faz com que a China consiga disputar o mercado internacional com as grandes empresas ocidentais, vendendo a preços mais competitivos. A esse respeito, a revista Exame em sua edição nº 670 do dia 16/06/2010, traz duas excelentes reportagens sobre a China, mostrando o diaa-dia de uma empresa chinesa, a HUAWEI fabricante de equipamentos de telecomunicações, que em 2009 faturou dois bilhões de dólares em 2009; a reportagem mostra que o senso de urgência é uma das principais características dessa empresa, que se transformou num dos ícones do socialismo de mercado chinês, que investe uma parte do seu orçamento em pesquisas de inovação. Segundo o World Intellectual Patent Application (WIPO), a agência das Nações Unidas responsável por proteger a propriedade intelectual, duas empresas têm se revezado no posto de número 1 do mundo em inovação nos últimos anos. Uma delas é a japonesa Panasonic, tradicional fabricante de equipamentos e uma das maiores pesquisadoras de robótica do Japão. A outra é a Huawei. Em 2009, a empresa registrou 1 847 patentes - 11 vezes o 13 número registrado pela aclamada Apple de Steve Jobs, que somou 159. Para alcançar esse número, foi preciso criar uma estrutura de pesquisa e desenvolvimento gigantesca, onde os investimentos em inovação, chegam a 2 bilhões de dólares. A comparação entre o desenvolvimento do Império Romano e os Blocos Econômicos asiáticos, encontram na Geopolítica um elo inseparável, pois, segundo os historiadores, a expansão do Império Romano ocorreu graças ao Oceano Mediterrâneo, na época chamado pelos romanos de MARE NOSTRUM. Desse modo o Oceano Mediterrâneo estava para o Império Romano, assim como hoje o Oceano Pacífico está para a expansão do Mercado Asiático, sendo considerado por alguns analistas como o MARE NOSTRUM de hoje. Quem conseguir tirar proveito da sua extensão, também conseguirá expandir o comércio mundial na direção do Oriente. O surgimento da China como nação-potência foi antevisto por Napoleão Bonaparte, no século XVI, quando disse: "A China é um gigante que está dormindo. Deixem-no dormir, pois quando acordar ele irá sacudir o mundo". SINOPSE DO CAPÍTULO I Neste primeiro capítulo conceituamos o processo de formação dos BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS E A GLOBALIZAÇÃO. O segundo capítulo discorrerá sobre o processo de ORIGEM E FORMAÇÃO DOS BRICS 14 CAPÍTULO II ORIGEM E FORMAÇÃO DOS BRICS Em decorrência da expansão da economia mundial neste quarto período mundial, diversos países reuniram-se em BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS, de modo a inserir suas economias no processo global. Um desses blocos regionais é formado por quatro países, BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA e CHINA, sendo reconhecido pelo acrônimo BRIC fundado em 2002 mediante um tratado assinado entre os quatro países membros. Na década de 50, ficou conhecida a expressão PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS criada pelo sociólogo francês Jean Yves Lacoste, referindo-se às nações mais pobres do planeta. Posteriormente, o economista Albert Sauvy criou a expressão "TERCEIRO MUNDO” substituindo a expressão criada por Lacoste caracterizando o mesmo tipo de nações, criando um ESTIGMA GEOPOLÍTICO de grande repercussão mundial, que de certa forma conduziu os países em fase de desenvolvimento para posições desfavoráveis no cenário da economia mundial. Para fazer frente a essa ESTIGMATIZAÇÃO GEOPOLÍTICA surgiu em 1960 o MOVIMENTO DOS PAÍSES NÃO ALINHADOS formado por países de recente independência, sem qualquer comprometimento junto aos dois poderosos blocos políticos antagônicos representados pelos Estados Unidos e União Soviética. Conforme anteriormente ressaltado no Capítulo introdutório, o advento deste quarto período global redimensionou e alargou as fronteiras econômicas, conduzindo os países, tanto os desenvolvidos e os em desenvolvimento, à criação de BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS, buscando criar uma sinergia entre as suas economias, existindo atualmente no mundo quinze blocos regionais econômicos regionais, sendo um destes o bloco dos BRICS, formado 15 por quatro países, BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA E CHINA, cujas economias pelo perfil geopolítico, ocupam atualmente lugar destaque pelo que representam em meio a atual crise da economia mundial, concentrando 40% da população mundial, 28% do território e quase 25% das riquezas de todo o globo. O BRASIL E OS BRICS Analisado perfil do Brasil como membro componente do Grupo dos BRICS, podemos concluir que o país tem excelentes possibilidades de se destacar dentro do Bloco, devido aos seguintes fatores: TEMOS: • Um estoque genético riquíssimo que estimula a adaptação e a tolerância; • Um importante mercado interno; • Uma boa matriz energética • Uma promissora disponibilidade futura de petróleo; • Terra, água e tecnologia para expandir sua agricultura; • Uma única língua. NÃO TEMOS: • Problemas fronteiriços; • Problemas étnicos e religiosos sensíveis; • Somos uma democracia constitucional consolidada com um Supremo Tribunal Federal independente que “garante” nossas liberdades individuais. • Temos uma taxa anual projetada de crescimento da economia projetada de 5% ao ano. 16 • Nossa ambição de crescimento é modesta (5% ao ano), o que nos situa bem na economia mundial. A figura 3 abaixo mostra a posição dos BRICS e o crescimento projetado até 2030 Disponível em: http://sind-geoblog.blogspot.com/2010/04/os-brics-pordelfim-netto.html – Acesso em 26/09/2011 Conforme descrito o Brasil apresenta características sociais que o colocam em condições competitivas frente aos outros três países membros componentes do Bloco dos BRICS, que tem características culturais diversificadas em relação ao Brasil, com as quais o Brasil tem que lidar em suas trocas comerciais. Esses aspectos são muitos bem explicados pelo cientista político Samuel Huntington no livro “O choque das civilizações e a recomposição da nova ordem mundial. Em um artigo escrito em 1993 na revista Foreign Affairs, Huntington declara: 17 “ Minha hipótese é que a fonte fundamental de conflitos neste mundo novo não será principalmente ideológica ou econômica. As grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos séra cultural. Os Estados-nações continuarão a ser os atores mais poderosos no cenário mundial, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre países e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global. As falhas geológicas entre civilações serão as frentes de combate do futuro” Com base nessa declaração tentaremos fazer uma sinopse das características dos demais tres membros componentes membros do Grupo dos BRICS: RÚSSIA • É o maior país do mundo em extensão territorial e ocupa o território de 17.075.400 Km². Em comparação com o Brasil, é cerca de duas vezes maior; • Tem uma economia de mercado com enormes recursos naturais, particularmente petróleo e gás natural. Tem a 12ª maior economia do mundo por PIB nominal e a 6ª maior por paridade do poder de compra; • Composição da População: russos 80%, tártaros 4%, ucranianos 2%, chuvaches 1%, outros 10% (2002). • Idioma: Russo (Oficial), chuvache, calmuco, chechene. • Religião: Cristianismo 76,2% (ortodoxos 75,0%, católicos 0,3%, protestantes 0,9%), islamismo 5%, judaísmo 0,2%, outras 8,0% (maioria ateista) (1995). ÍNDIA A economia indiana é atualmente uma das maiores do mundo (4° economia em poder de paridade de compra) com um mercado promissor para 18 vasta gama de produtos. Com um PIB de US$ 1.099 trilhões, e um crescimento de 9.2% do mesmo (est. 2007) a Índia vem se consolidando como uma das principais economias em crescimento no mundo, com um setor externo com um desempenho compatível com o quadro econômico global. Apesar do grande desenvolvimento, crescimento e investimentos a economia Indiana ainda enfrenta desafios, convivendo com as desigualdades ainda muito presentes na Índia, pois ainda hoje, 27% da população vive abaixo da linha de pobreza e é através do desenvolvimento econômico que o governo pretende mudar esses números e continuar o desenvolvimento do país mais igualitariamente. CHINA É o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, com 56 etnias, com predominância da etnia HAN que é predominante no país (91% da população), com uma moderada tolerância com os grupos religiosos existentes no país: catolicismo, budismo, taoismo, islamismo e outras crenças, porém, quem é filiado ao PC chinês não pode ter religião. Como membro do bloco dos BRICS, o Brasil deve desenvolver estratégias de relacionamento diplomático capazes de conviver hamoniosamente com essa ampla diversidade cultural existente nos demais tres componentes dos BRICS. As projeções indicam que aé 2030 a China poderá ser a primeira potência econômica mundial, ultrapassando os Estados Unidos. No início deste capítulo descrevemos as condições brasileiras de inserção no bloco dos países membros dos BRICS. Contudo, a maior barreira a ser superada pelo país está na educação, área que precisa de grandes 19 investimentos em todos os níveis para colocar o Brasil em um patamar competitivo com as demais nações e também com os demais membros dos BRICS, que alcançam posições elevadas no ranking educacional em relação ao Brasil. SINOPSE DO CAPÍTULO II Abordamos neste segundo capítulo a origem e a formação dos BRICS. O terceiro capítulo será dedicado ao tema título desta monografia “GESTÃO EMPRESARIAL NOS PAÍSES COMPONENTES DO GRUPO DOS BRICS” 20 CAPÍTULO III GESTÃO EMPRESARIAL NOS PAÍSES COMPONENTES DO GRUPO DOS BRICS Este terceiro capítulo foi escrito com base no artigo escrito pelo monografando, intitulado “PANORAMA E PERSPECTIVAS DOS MOVIMENTOS DE GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA”, considerando que o seu conteúdo traz uma contribuição a este trabalho, descrevendo aspectos relacionados com o quarto período global no qual estamos inseridos, com repercussões na formação do bloco dos BRICS, do qual o Brasil é membro, discorrendo sobre os impactos que a globalização está tendo nos países emergentes. Um dos aspectos marcantes deste quarto período global é determinado pela implantação de modernas tecnologias de ponta, que proporcionam a produção de Bens de Capital e Serviços em altas velocidades (modernização), na busca de um futuro adequado, ao evoluir através de um oceano de imensos impactando o desenvolvimento de alguns Blocos Econômicos regionais, a exemplo dos BRICS do qual o Brasil faz parte. Coincidentemente, os quatro processos de globalização sempre foram liderados pelo bloco dos países desenvolvidos, ou do primeiro mundo das suas respectivas épocas, deixando bloco dos países emergentes a reboque das suas lideranças, sociais, políticas, militares e econômicas. Neste aspecto, o problema das nações emergentes, que não pertencem ao bloco dos países do primeiro mundo, foi sempre o da sobrevivência, que, significa o equilíbrio com o meio externo, a solidariedade social e, muitas vezes, a hostilidade violenta contra os de fora. 21 Este quarto período global trouxe consigo um problema quase irreversível para os países em desenvolvimento, ou seja, do advento da tecnologia, que, encontrou na informática o vetor mais preponderante, devido a velocidade crescente com que essa ciência se desenvolve, criando uma nova classe de analfabetos: a dos analfabetos em computação, pessoas despreparadas para lidar com as novas ferramentas de trabalho, ou que não conseguiram se adaptar às novas exigências que essa ferramenta nos trouxe, gerando um novo paradigma educacional, a curto, médio e longo prazo, sendo necessário aos países em desenvolvimento, para que os mesmos possam pelo menos, não fazer frente de imediato a essa nova tecnologia, mas, para que até certo ponto possam alcançar um certo grau de nivelamento tecnológico a médio prazo, que exige recursos financeiros inexistentes e necessários à formação de um contingente de mão-de-obra especializada nesse setor, pois, os países emergentes precisarão de 25 anos ou mais, para sair do atual estágio de desenvolvimento e alcançar as nações mais desenvolvidas, mas, nesse tempo, essas nações já estarão mais 50 anos adiante e, as nações emergentes estarão a reboque das tecnologias de ponta, talvez sempre com meio século de dependência tecnológica, pois a velocidade da TI deixou para trás os países emergentes. Enquanto isso, somente os Estados Unidos, gastam anualmente cerca de US$ 220 bilhões em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias. Ao lado dos investimentos em tecnologia, os países desenvolvidos contam com a aplicação da GESTÃO DO CONHECIMENTO, principalmente nos Estados Unidos, onde o assim chamado “ESPÍRITO DA GARAGEM” tem sido o responsável pelo nascimento de grandes empresas americanas, como por exemplo: Microsoft, Yahoo, HP, Apple, Boeing, e tantas outras. Além desse tipo de empreendedorismo, a área acadêmica também responde por boa parte da criação de empresas inovadoras, como por exemplo, a GOOGLE fruto de duas teses de Doutorado escritas por Sergey 22 Brin e Larry Page – dois estudantes de ciências da computação da Universidade de Stanford. Outro exemplo de inovação está no Mouse, ferramenta periférica para Computadores criada e desenvolvida em 1963 pelo Engenheiro Elétrico Doug Engelbart, formado pela Universidade de Stanford. Toda essa gigantesca concentração de macro-poder tecnológico retida pelos países desenvolvidos, gerou o que os especialistas estão chamando de “a praga do fim e do início do novo século”: o desemprego em massa, pois, ao entrar na quarta globalização, entramos também um uma nova fase da revolução tecnológica: do salto da produtividade em mercadorias (sociedade industrial), para o estágio da cadeia de produtividade (a sociedade do conhecimento) na qual a mão-de-obra tradicional se torna descartável, privilegiando-se os trabalhadores supertreinados, capazes de manipular informática e a robótica, criando-se assim um descompasso: a mão-de-obra de treinamento médio, aceitável nas sociedades industriais e pós-industriais, porém, não demandada na sociedade do conhecimento, surgindo assim o fenômeno do “desemprego tecnológico”, que não é novidade na história econômica, ocorrendo sempre nas súbitas transições de patamares tecnológicos, como, por exemplo, a descoberta da máquina a vapor no século XVIII. A atual revolução tecnológica se processa com espantosa velocidade, exigindo ajustes dolorosos e profundos, sendo inútil tentarmos contrariar as atuais tendências de informatização, robotização e globalização. Ao lado da praga do desemprego, assistimos também neste início de século, o desenvolvimento de um velho fenômeno das economias capitalistas: a concentração de renda nos países mais desenvolvidos, graças à maciça utilização da TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO utilizada principalmente na indústria petrolífera cujas atividades se desenvolvem em larga escala na região do Oriente Médio, que é a grande produtora de petróleo, 23 onde estruturas sociais arcaicas locais predominam, forçando o povo a um padrão de vida abaixo do desejável, principalmente através do domínio do fundamentalismo religioso. Dessa forma, a transferência de renda para os países desenvolvidos ocorre, principalmente, devido à aquisição de Bens de Capital necessários aos países em desenvolvimento, mas, não fabricados pelos mesmos. Além da aquisição de Bens de Capital, os países desenvolvidos também arrecadam renda graças ao elenco de tecnologias que exportam para os países emergentes, e da conseqüente rede de prestação de serviços para a manutenção das tecnologias exportadas, além do fornecimento de BENS DE CAPITAL INFRAESTRUTURAIS na participação de grandes empreendimentos a exemplo da construção da USINA HIDRELÉTRICA DAS TRÊS GARGANTAS na China, onde um Consórcio Internacional forneceu as 26 turbinas operadas pela gigantesca Usina que, atualmente é a maior do mundo em operação. Após essas considerações iniciais podemos analisar um pouco mais detalhamente o tema-título desta monografia “GESTÃO EMPRESARIAL NOS PAÍSES COMPONENTES DO GRUPO DOS BRICS”, em ordem descritiva e seqüencial da composição do acrônimo relativo à composição do bloco. BRASIL Inserido na economia global e membro do Bloco regional dos BRICS, o Brasil, se defronta com sérios problemas de GESTÃO EMPRESARIAL, principalmente quando se trata do relacionamento comercial com os mercados internacionais. Temos no Brasil um diversificado leque de empresas e modelos de gerenciamento empresariais: empresarial, representado pelos seguintes segmentos 24 • Empresas genuinamente brasileiras de origem familiar, onde as práticas de inovação constituem um óbice ao desenvolvimento dos processos de Gestão empresarial; • Empresas genuinamente brasileiras também de origem familiar, que contam com a participação de investimentos estrangeiros, facilitando a absorção de novos processos de Gestão empresarial; • Grandes grupos empresariais brasileiros não familiares, a exemplo da EMBRAER que depende da importação de BENS DE CAPITAL de tecnologia de ponta como itens essenciais para a operação das suas aeronaves: Motores, Trem de pouso, Avionics e alguns outros itens, cujo valor formam cerca de 70% do preço de uma aeronave aqui fabricada; • Empresas multinacionais instaladas no Brasil que se valem do know how trazido dos seus países de origem e implantados no país, conforme é o Consórcio Modular instalado pela Montadora Volkswagen na sua Unidade Fabril na cidade de Resende no Estado do Rio de Janeiro. Para tentar contornar esses problemas, as Empresas e o Governo Brasileiro tem criado mecanismos de estímulo para o desenvolvimento da GSTÃO DO CONHECIMENTO aplicado na área industrial, cujo resultado não virá de imediato, mas a médio e longo prazo. Além disso, as empresas multinacionais praticam no Brasil a conhecida “DRENAGEM DE CEREBROS” (Drain Brain) batendo às portas das nossas melhores Universidades oferecendo oportunidades de mercado com as quais as Empresas brasileiras não tem condições de competir. Para inserir-se de forma competitiva na economia global, o Brasil terá que desenvolver e implantar um modelo de desenvolvimento industrial semelhante ao modelo chinês baseado na criação de clusters industriais que é uma tendência, tanto em âmbito nacional quanto internacional, na área 25 acadêmica e nos meios empresariais e governamentais: a de empresas, especialmente micro, pequenas e médias, procurarem se organizar em redes estratégicas de cooperação interorganizacionais, para se manterem competitivas nos mercados em que atuam ou mesmo para assegurar sua sobrevivência ante a acirrada competição advinda deste quarto período global; esse processo funciona com pleno êxito no Vale do Silício na Califórnia, pólo de desenvolvimento e criação de tecnologias de ponta na área de informática. RÚSSIA Existe no universalismo diplomático uma PRAXIS conceitual que articular concretamente a prática das relações internacionais entre as nações: “A CHINA É UM IMPÉRIO E A RÚSSIA É UM MISTÉRIO”. Não se trata apenas de uma simples colocação semântica, mas de uma realidade que no caso russo pode ser vista sob dois ângulos distintos: • Até a dissolução da URSS em 25 de dezembro de 1991 e após a sua dissolução em 25 de dezembro em 1991. Após a dissolução da URSS criou-se a CEI – COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES, formada por doze repúblicas que integravam a ex URSS. Em março de 1992, foi criada a Federação russa através de um tratado assinado pelo Presidente Boris Yeltsin, face às reivindicações das minorias étnicas que a compõem, sendo formada por 18 das 20 repúblicas autônomas que a integram. Na era da URSS o governo russo evitava difundir informações internas do país, conforme aconteceu com o terrível acidente nuclear ocorrido na Usina Nuclear de Chernobyl no dia 26 de abril de 1986, somente revelado ao mundo no dia 29 de abril, quatro dias mais tarde, por um Laboratório de pesquisas nucleares da Dinamarca. 26 O mesmo procedimento foi seguido em 1991 quando ocorreu o acidente com o submarino nuclear russo dia 12 de agosto de 2000, quando navegava em exercícios de rotina no mar de Barents ao norte da Rússia, com 118 tripulantes a bordo, causando a morte de todos, porém, o governo russo só admitiu oficialmente o acidente quatro dias mais tarde, quando solicitou ajuda internacional a diversos países para resgatar os sobrevivente; a justificativa apresentada pela Marinha Russa era a necessidade de se preservarem os segredos militares do submarino nuclear. Esses dois relatos revelam uma peculiaridade extensiva ao modo russo de se comunicar no mundo dos negócios, que é negociar sem alardes, como ocorreu com a recente venda de helicópteros russos para a FAB. O Brasil como membro dos BRICS terá que assimilar esse “modus operandi” para negociar com os russos, através de eficazes modos de Gestão Empresarial na área internacional quer na área regional, quer na área global. Contudo, apesar de manterem um estilo peculiar de negociar, os russos detém atualmente a supremacia absoluta em duas áreas de alta tecnologia de ponta, nas quais os países ocidentais não conseguem ocupar os espaços dominados pelas empresas russas, representados respectivamente pelo setor de cargas aéreas e pelo setor aeroespacial. No primeiro, após o desmanche da URSS em 1991 uma frota de gigantescos aviões cargueiros de grande capacidade operacional, até então, usados para imediatamente finalidades diversas militares empresas foram desmobilizados, particulares para criando-se operar esses equipamentos em escala comercial, que atualmente voam em todo o globo. A frota de aviões cargueiros russas, formada por cinco modelos distintos (AN-225, AN-124, AN-22, ILYUSHIN IL-76, AN-12 e mais o Helicptero MI-26, é a única no mundo com capacidade de transporte de cargas indivíseis de grande porte, tais como locomotivas, turbinas, geradores, equipamentos petrolíferos , helicópteros e cargas similares. O modelo AN-124 detém o 27 recorde mundial de transporte de cargas pesadas indivisíveis, ao transportar uma locomotiva sobre uma carreta da Austria para o Canadá em um vôo sem escalas. A taxa de ocupação dos aviões cargueiros russos é de 100%, sendo necessário mais de três meses de espera para contratar um carregamento. A Petrobras é um constante usuário do modelo AN-225 utilizado no transporte de equipamentos petrolíferos. O outro setor onde também atualmente os russos detém a supremacia absoluta é o aeroespacial, no qual o país, através do Centro de lançamentos de Baikonur localizado na República do Cazaquistão na Ásia Central, realiza sob contratos internacionais lançamentos de astronautas de diversas nacionalidades e suprimentos rumo a Estação Espacial Internacional, da qual a Rússia é um dos 15 membros participantes do Consórcio. Recentemente com o encerramento do programa dos ônibus espaciais americanos, em julho de 2011, a NASA assinou com a ROSCOSMOS (Agência Federal Espacial Russa), um contrato para quatro lançamento entre 2013 e 2014, ao custo de US$ 335 milhões, passando a depender dos russos até 2015 quando ficará pronto um novo veículo de lançamento de lançamento espacial. ÍNDIA Dentro do bloco dos BRICS, a Índia vem se destacando como uma das principais potências emergentes ao lado dos seus quatro parceiros. É um país de dimensões continentais que tem algumas características em comum com o Brasil, pois ambos tem grandes extensões territoriais e um grande contingente populacional; ambos ainda convivem com grandes desigualdades sociais, má distribuição de renda, porém, exercem grande atratividade como mercados emergentes. 28 Internamente o país busca a secularização do Estado tentando abolir o tradicional sistema de castas, além de lidar com os constantes confrontos religiosos entre os fundamentalistas hindus e muçulmanos em seu território. No entanto, a Índia conquistou um alto destaque na área acadêmica, pois, as suas Universidades são mundialmente respeitadas, sendo o segundo maior polo gerador e exportador de Softwares, detendo a formação absoluta do maior número de PhDs do mundo. O país vem obtendo um grande desenvolvimento no desenvolvimento de tecnologias de ponta, especialmente na área espacial, nuclear e biológica. A sua comunidade científica é considerada a terceira do mundo, atrás dos Estados Unidos e da Rússia. Apesar desses indicadores, a Índia convive com grandes desigualdades sociais, com 27% da população vivendo abaixo da linha de pobreza, com o governo tentando através do desenvolvimento econômico, tentando mudar essa realidade e transformar o país. É a grande potência do Sul da Ásia. Uma grande parte das empresas indianas é de origem familiar, porém, existem grandes grupos empresariais que projetam o país no cenário da economia global, tais como: Tatá Motors, Ranbaxy Laboratories Ltd., IDI – Indian Dyestuff Industries Ltd. e outras. CHINA A China é atualmente a segunda economia do mundo. A meta agora é ultrapassar os Estados Unidos. O país é também o maior credor dos Estados Unidos e vem procurando se qualificar cada vez mais para competir nos mercados globais. Em consumo de energia, o país ultrapassou os Estados Unidos. A Gestão Empresarial chinesa se caracteriza por utilizar métodos inexistentes em outros países, onde a cadeia produtiva é organizada de modo 29 a maximizar o uso intensivo da mão-de-obra, com os operários trabalhando em dois ou três turnos e residindo em moradias nas próprias empresas, com condições de trabalho inferiores a dos países ocidentais; porém, o governo chinês tem patrocinado programa de formação de Gestores em diversas áreas do conhecimento, de modo a criar modelos de gestão mais competitivos, favorecendo o desenvolvimento econômico e aumentando a inserção industrial do país na economia global. Contudo, a China tem tido avanços significativos na área de tecnologia de ponta, principalmente no setor aeroespacial, pois foi o terceiro país a colocar no espaço uma cápsula tripulada com três tripulantes em um vôo orbital com uma hora de duração. Mais recente, o país lançou o primeiro módulo da sua própria estação espacial, que é a base em torno da qual serão acoplados os módulos que formarão a estação espacial chinesa que deverá estar pronta em meados de 2020, sendo também o único país que está construindo uma estação espacial própria, além de estar desenvolvendo o seu próprio sistema de GPS. O país espera participar do Consórcio Internacional mantenedor da Estação Internacional, cujo acesso foi negado pelos Estados Unidos por motivos políticos. Apesar do grande desenvolvimento tecnológico alcançado pela China na área aeroespacial, os crescentes investimentos chineses no exterior ainda refletem os hábitos as práticas gerenciais praticadas na China, com longas jornadas de trabalho, horas-extras, teleconferências de madrugada e algumas outras características culturais que os chineses só se adaptam aos países nos quais se estabelecem ao longo do tempo. Por essa razão, a Petrobras que é uma das grandes empresas, que fazem negócios com a China, mantém um programa de treinamento para os seus executivos de modo a prepará-los antes que negociar com a China, o que 30 é necessário para conhecer-se a cultura, a economia e as condições políticas da China. A China que já tem um volume considerável de exportações para a América do Sul aguarda a conclusão do Corredor Interoceânico do Chile ao Brasil mostrado na figura 4 para intensificar o fluxo comercial com a América Latina CORREDOR INTEROCEÂNICO DO CHILE AO BRASIL É uma grande estrada de 3,8 mil quilômetros que reduzindo em semanas o comércio do Brasil com a China e as ligações do Chile com a Europa e a África. O trecho brasileiro, entre Mato Grosso e São Paulo está pronto. A parte chilena é bem curta e está finalizada. Falta apenas concluir o trecho de 1,8 quilômetros que passa pelo território boliviano. A figura 5 mostra detalhadamente o futuro fluxo comercial marítimo da Ásia e Oceania para a America Latina, passando pelo Canal do Panamá e pelo Corredor Interoceânico entre o Chile e o Brasil 31 FIGURA 6 PAÍSES MEMBROS COMPONENTES DO BLOCO DOS BRICS: BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA E CHINA SINOPSE DO CAPÍTULO III Alguns especialistas em geopolítica consideram existir entre os países membros do bloco dos BRICS, um papel a desempenhar, cabendo ao Brasil e Rússia a produção de alimentos e petróleo respectivamente e também de matérias primas, cabendo a Índia e China, o desenvolvimento de negócios de 32 serviços e de manufatura devido à concentração de mão-de-obra e os baixos custos industriais nesses dois países. O Brasil tem condições potenciais para se inserir nessa beneficiar nessa corrida conjunta para a economia global, porém, o seu grande gargalo ainda é a sua taxa de crescimento, resultado de contínuas políticas públicas míopes. O fator mais favorável ao Brasil está em suas reservas naturais de água, fauna e flora, além de um grande lençol petrolífero. A Índia e a China poderão em 2030 ocupar o segundo e o terceiro lugar na economia global. Atualmente a China passa por um processo de transição do capitalismo de Estado para o capitalismo de mercado, mas ainda não se sabe se o governo irá continuar totalitarista ou se a China irá evoluir completamente para um país democrático nos moldes ocidentais. Ainda é um pouco cedo para sabermos que a aliança dos BRICS tende à perenização, pois, conforme nota publicada na edição Online do jornal O Estado de São Paulo de 26 de janeiro de 2007, os ministros das relações exteriores da Rússia, China e Índia se encontraram em Nova Délhi, para expandir a cooperação no formato trilateral Rússia-China-Índia porque, segundo o presidente russo, esses três países já exercem uma grande influência no atual cenário econômico global. Talvez essa iniciativa possa ter sido o primeiro passo para a criação de um novo bloco econômico regional composo pelos três países que seria composto pelo acrônimo RIC (Rússia, Índia e China), no qual o Brasil participaria como observador, a exemplo da Rússia onde o país participa como membro observador do G20 desde 1990, conforme mostra a figura 7 33 MAPA DESTACANDO A PROXIMIDADE FRONTEIRIÇA ENTRE A RÚSSIA, CHINA E ÍNDIA, FAVORECENDO A CRIAÇÃO DE UM POSSÍVEL NOVO BLOCO ECONÔMICO REGIONAL (RIC) Disponível em: http://professsormarcianodantas.blogspotcom/2011/bric-brasil-russia-india-e-china.html Acesso em 04/10/2011 De acordo com a nota publicada na edição do jornal BBC BRASIL On line de 04 de outubro de 2011, o primeiro ministro-russo, Vladimir Putin, pediu que haja uma integração mais próxima entre as antigas repúblicas soviéticas, seguindo o modelo da União Europeia. Em um artigo de jornal, dias após anunciar que está concorrendo à presidência, Putin propôs uma "União Eurasiana", destacando que o novo bloco se tornaria um grande centro de poder e mudaria a atual configuração geopolítica e geoeconômica do mundo, ressaltando a união já estava a caminho, com Rússia, Belarus e Cazaquistão em processo de integração econômica, negando que estaria propondo a recriação da União Soviética, dizendo que a nova integração seria baseada em valores diferentes. A inserção brasileira quer no bloco dos BRICS, quer na economia global vai depender de mudanças estruturais internas no país que ainda é um adolescente entre o bloco dos BRICS. 34 CAPITULO IV A INSERÇÃO DO BRASIL NA ECONOMIA REGIONAL E GLOBAL Conforme descrito no capítulo 3 a inserção econômica e social do Brasil neste quarto período global, vai depender de mudanças estruturais internas no país, que ainda é um adolescente entre o bloco dos BRICS. Porém, neste quarto período global, a evolução dos processos tecnológicos deu-se de forma mais acentuada em relação aos períodos anteriores. O autor deste trabalho descreve uma experiência pedagógica que não pode ser considerada como um fato tecnológico isolado dos demais, que está desde 2009 sendo vivido pelo corpo docente e discente da AVM-FACULDADE INTEGRADA, abaixo descrito: • Até meados de 2009 a orientação monográfica era realizada presencialmente (aluno e orientador). Em meados de 2009, a instituição implantou a tecnologia de orientação à distância, passando a fazer parte do sistema de EAD, onde todo o processo de orientação monográfica passou a ser feito através da Internet; naquele ano, logo no período inicial de implantação do novo sistema, o autor deste trabalho entrou em contato com o suporte de TI do AVM solicitando informações a respeito do retorno da análise do seu orientador, recebendo como resposta a informação de que naquele período, mais de duas mil monografias haviam sendo enviadas aos orientadores, gerando um congestionamento nos servidores da Instituição; Considerando-se que a monografia é essencial para obtenção do certificado final de curso, e que a mesma tem um peso de 50% nas grades curriculares, a repentina mudança do processo presencial 35 para o semipresencial, nos leva à conclusão de que a nomenclatura “presencial” não corresponde mais a nomenclatura desse processo. Este orientando faz o seu quinto curso de Pós-Graduação na AVMFaculdade Integrada, observando o impacto que esse sistema causa nos seus pares, pois alguns não estão adaptados ao mesmo, sentindo os efeitos da falta de contato direto requerido nesse processo de orientação pedagógica; no entanto, os avanços tecnológicos ignoram esses aspectos, exigindo do Ser Humano novos padrões gregários até então inexistentes. A descrição desse exemplo caso mostra que a tecnologia avança em todas as áreas do conhecimento humano, exigindo uma reciclagem profissional constante, rumo a novos patamares, especialmente na área Pedagógica, exigindo que novos conhecimentos tecnológicos sejam absorvidos pelos profissionais de educação em curto prazo, face ao crescente minimalismo tecnológico e também pelos discentes, por se tratar de um caminho sem volta. Dentro desse escopo, passamos a citar as mudanças ocorridas e as possíveis mudanças tecnológicas que deverão ocorrer, com forte influência sobre a área pedagógica empresarial, sendo a principal a implantação do sistema de Educação à distância (EAD); 4.1.1 – MUDANÇAS PROJETADAS: • Transformação dos grandes espaços físicos universitários em CENTROS DE TELECONFERÊNCIAS EDUCATIVAS, com a interação entre Professores e alunos, dinamizando ainda mais o processo de EAD; • Reciclagem dos profissionais da área de TI, com o domínio das técnicas e modelos de PESQUISA OPERACIONAL, que é uma ciência voltada para a resolução de problemas reais, permitindo simulações de protótipos operacionais facilitando o processo de análise e decisão, permitindo a experimentação de protótipos, significando decisões mais bem avaliadas e testadas antes da fase de implementação. 36 Devido ao seu caráter multidisciplinar, a Pesquisa Operacional pode fornecer contribuições em, praticamente, todos os domínios da atividade humana, atingindo também a área educacional. É uma ciência que baseia sua aplicação, com base no conceito de utilização de modelos, dentre os quais se destacam: • Teoria das Filas; • Programação Estocástica; • Programação Dinâmica; • Programação linear; • Conjugação de modelos de Pesquisa Operacional. Contudo, o pleno conhecimento do problema a ser resolvido, é que determina a implantação do melhor método de PO – PESQUISA OPERACIONAL, exigindo análises conjugadas à praticidade na formulação das alternativas. Para melhor exemplificar a aplicação de um modelo de PO utilizado na solução de problemas reais, abordamos o problema ocorrido durante a primeira fase de implantação do sistema de orientação à distância implantado pelo AVM em meados de 2009 descrito no início deste capítulo, o qual é considerado pela PO como um modelo enquadrado na TEORIA DAS FILAS que é um sistema de filas composto por seis componentes, sendo os três primeiros obrigatórios e os três últimos se ao informados são obrigatoriamente conhecidos, considerando-se aqui como dados apresentados, a quantidade de monografias enviadas durante um determinado período de tempo, a capacidade de recebimento (estoque) de monografias recebidas pelos servidores e o tempo de retorno ao aluno (orientando): 1) Modelo de chegada dos usuários ao serviço: o modelo de chegada é usualmente especificado pelo tempo usuários/serviços, sendo determinístico, isto é, entre as chegadas dos as chegadas ocorrem em intervalos de tempo exatamente iguais (tempo entre as chegadas é constante), 37 ou então trata-se de chegadas é uma variável aleatória, quando o tempo entre as variável e segue uma distribuição de probabilidades presumivelmente conhecida. Além de sabermos se o modelo de chegada é determinístico ou é uma variável aleatória, precisamos também saber a taxa de chegada l. A constante l é a taxa média de chegadas dos usuários por unidade de tempo; 2) Modelo de serviço (atendimento aos usuários): o modelo de serviço é normalmente especificado pelo tempo de serviço, isto é, o tempo requerido pelo atendente para concluir o atendimento. Da mesma forma que o modelo de chegada, pode ser determinístico (constante) ou uma variável aleatória (quando o tempo de atendimento é variável, seguindo uma distribuição de probabilidades presumivelmente conhecida; 3) Número de servidores: é o número de atendentes disponíveis no sistema; 4) Capacidade do sistema: representa o número de usuários que o sistema é capaz de atender, incluindo a quantidade de usuários que estão sendo atendidos mais os que esperam na fila. Se este parâmetro não for informado, o sistema é considerado com capacidade ilimitada (¥). 5) Tamanho da população: número potencial de clientes que podem chegar a um sistema. Pode ser finito ou infinito. 6) Disciplina das filas: é o modo como os usuários são atendidos. A disciplina da fila pode ser: * FIFO (first in, first out): primeiro a chegar é o primeiro a ser atendido; * LIFO (last in, first out): último a chegar é o primeiro a ser atendido; * ALEATÓRIO, isto é, os atendimentos são feitos sem qualquer preocupação com a ordem de chegada; Conforme citado, a quantidade de monografias enviadas aos servidores do AVM na primeira semana de operação do sistema foi de 2.000 monografias. 38 Atualmente com a criação de novos cursos, será necessário utilizar o modelo de TEORIA DAS FILAS, para otimizar as operações do sistema de EAD, que está ocorrendo de forma exponencial. Esse fato, também acarreta o número de monografias a serem distribuídas a cada orientador, que está do outro lado do aluno, de modo que cada um possa reter uma capacidade de respostas, que seja a mais otimizada possível, de modo a evitar gargalos na devolução dos trabalhos enviados pelos orientandos para análise dos orientadores. • Outra habilidade a ser apreendida pelos PEDAGOGOS consiste no desenvolvimento de habilidades de comunicação à distância, preparando-se para o advento da implantação de centros de TELECONFERÊNCIAS, que gradativamente substituirão os modelos presenciais, onde as salas de aula tendem à extinção, tendendo à implantação cada vez mais acentuada do EAD, onde for possível, caracterizando a presença da minimalização tecnológica na área educacional. • Assimilação da Neurociência pedagógica, para conhecer de modo mais profundo a capacidade de absorção cognitiva dos alunos. • Será também necessário aos PEDAGOGOS que trabalham com a EAD a melhor assimilação da ANDRAGOGIA utilizada como instrumento de comunicação à distância; • A EAD deverá ser baseada no conceito de “capital intelectual”, representado pelo binômio “facilitador/aluno”; 39 SINOPSE DO CAPÍTULO IV Conforme descrito neste quarto e último capítulo, será (ao) necessária (as) aos Pedagogos que trabalham com a EAD o envolvimento com um elenco de conhecimentos, abrangendo os atuais recursos tecnológicos utilizados na área educacional, assim como absorver as novas tecnologias educacionais que estão a caminho: • COMPETÊNCIAS COGNITIVAS E NEUROPEDAGÓGICAS; • COMPETÊNCIAS RELACIONAIS; • COMPETÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS; • COMPETÊNCIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS; • COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS GERAIS E ESPECÍFICAS; que devem ser assimiladas tanto no aspecto teórico quanto na prática, tendo como conseqüência a substituição dos conteúdos programáticos na área de formação pedagógica. Devido à crescente presença do MINIMALISMO, em todas as áreas do conhecimento humano e também devido aos altos custos tecnológicos, o Governo poderia incentivar a criação de clusters educacionais em larga escala envolvendo as Universidades públicas e privadas, diretamente conectadas com os Institutos Públicos de Tecnologia e Universidades, que atuariam como pólos fornecedores de tecnologias educacionais, PEDAGÓGICO praticado na China. . a exemplo do modelo 40 CONCLUSÃO Esta monografia escrita sob o título “GESTÃO EMPRESRIAL EMPRESARIAL NOS PAÍSES COMPONENTES DO GRUPO DOS BRICS – UMA ABORDAGEM PROSPECTIVA”, procura abordar ainda que de modo singelo o desenvolvimento a criação, o desenvolvimento e a presença desse bloco regional econômico que vem se inserindo na economia global. Conforme descrito no capítulo 3 a inserção econômica e social do Brasil neste quarto período global, vai depender de mudanças estruturais internas no país, que ainda é um adolescente entre o bloco dos BRICS e também na economia global, pois, neste quarto período global a evolução dos processos tecnológicos deu-se de forma mais acentuada em relação aos períodos anteriores. Na conclusão deste trabalho, o monografando descreve uma experiência pedagógica real vivida pelo mesmo, que não pode ser considerada como um fato tecnológico isolado dos demais, visto que está diretamente relacionada com a inserção do Brasil na economia regional e global, o qual é o mais jovem membro dos BRICS dentre os outros três componentes do bloco. Este quarto período global nos trouxe um novo modo de viver e pensar, novas estruturas familiares, e novas estruturas minimalistas, com milhares de pessoas sintonizadas com o novo ritmo. Outras, mais temerosas, buscam uma fuga inútil para um passado sem volta. Esse é apenas um dos desafios a serem enfrentados pelos Pedagogos neste início do século XXI, antecipando-se, através da aplicação da Teoria do Conhecimento às mente-se as novas tecnologias educacionais emergentes, trazendo o futuro para o presente, em um mundo no qual novas competências educacionais serão impostas, exigindo de todos nós, processos de educação e adaptação continuada, que são os únicos instrumentos capazes de inserir o Brasil em mundo globalizado cada vez mais competitivo. É preciso agir rápido, pois, cada vez o mundo é dos mais “rápidos” em perceber as mudanças e dos “flexíveis” para realizá-las. 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS , HERBERT MARSHALL MCLUHAN, 1977 – A formação do homem tipográfico – Editora Nacional, Rio de Janeiro _____________________________. Filósofo e Educador canadense, introdutudor do conceito da ALDEIA GLOBAL. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marshall_McLuhan - Acesso em 20/08/2011 _____________________________JEAN YVES LACOSTE, 1994 – Experience and the absolute questions on humanity of man – Presses Universitairs de France DEMETRIO MARTINELLI MAGNOLI - Sociólogo e geógrafo brasileiro, Doutor em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dem%C3%A9trio_Magnoli – acesso em 27/08/2011 CITAÇÕES REFERÊNCIAIS NO TEXTO: COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPÉIA - Organização internacional criada por um dos dois Tratados de Roma de 1957 (em vigor desde 1958), com a finalidade de estabelecer um mercado comum europeu. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_Econ%C3%B3mica_Européia Acesso em 26/08/2011 UNIÃO EUROPÉIA (UE) anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE), Comunidade Europeia (CE) e Mercado Comum Europeu (MCE), é um bloco econômico e político de 27 Estadosmembros, estabelecido após a assinatura do Tratado de Maastricht, a 7 de fevereiro de 1992, pelos doze primeiros países da antiga CEE, uma das três Comunidades Europeias. 42 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia – Acesso em 26/08/2011 TRATADO DE MAASTRICHT - Também conhecido como Tratado da União Europeia (TUE) foi assinado a 7 de Fevereiro de 1992 na cidade holandesa de Maastricht, sendo um marco no processo da unificação europeia, resulltando na substituição da denominação Comunidade Europeia pelo termo atual União Europeia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Maastricht - Acesso em 26/08/2011 MARE NOSTRUM ("nosso mar", em latim), nome dado pelos antigos romanos para o mar Mediterrâneo, na época do Inpério Romano.. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mare_Nostrum http://pt.wikipedia.org/wiki/Mare_Nostrum - Acesso em 26/08/2011 ALBERT SAUVY – Economista francês criador da expressão TERCEIRO MUNDO. Disponível em: http://vocesabedemais.blogspot.com/2009/bric/06.html - Acesso em 02/09/2011 G8 - Corresponde ao Grupo dos oito países mais ricos e influentes do mundo. Fazem parte do G8, os Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Rússia. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/g8.htm - Acesso em: 07/09/2011 O G20 FINANCEIRO MUNDIAL – http://www.brasilescola.com/geografia/g-20-financeiro.htm Disponível - acesso em: em 10/09/2011 JEAN YVES LACOSTE, 1994 – Experience and the absolute questions on humanity of man – Presses Universitairs de France 43 AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA, 1989 – Dicionário On –Line; Disponível no Site: http://aurelio.ig.com.br/dicaureliopos/manual/biografia.asp - Acesso em 23/08/2010 ARTIGOS CARLOS ALBERTO GONÇALVES ALFREDO – Panorama e perspectivas dos movimentos de globalização econômica, 2000 – Rio de Janeiro – escrito pelo monografando. REVISTA EXAME, - EDIÇÃO DE 16/06/2010, NÚMERO 970 – ANO 11, Nº 44 – EDIÇÃO DE 16/06/2010 - Os chineses estão nós e a vida numa fábrica chinesa, Abril Editôra – São Paulo A HISTÓRIA DA CHINA E A CHINA ATUAL – Disponível em: www,tg3.com.br/historiadachina - Acesso em 25/09/2011 A CHINA MUDA A GEOPOLÍTICA DE TUDO – Disponível em: Disponível em: www.administradores.com.br – Acesso em 25/09/2011 A CHINA MUDA O FATOR GEOPOLÍTICO – www.eudemd.net>libros – Acesso em 25/09/2011 O DESCOBRIMENTO DOS ARQUÉTIPOS DA CHINA – Disponível em www.unicist.org/br/ - Acesso em 27/09/2011 WIPO – WORLD INTELLECTUAL PATENT APPLICATION – Eucouraging creativity and innovation; Disponível em: http://www.wipo.int/portal/index.html. en - Acesso em 23/09/2011 PENSADORES BRASILEIROS – Disponível em: http://home.com.cast.net/~pensadoresbrasileiros/RobertoCampos/a_quartaglobalização.htm - Acesso em 24/09/2011 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wikipedia.org/wijipedia/Rep./.C3./.BAclica_Popular_da China – Acesso em 23/09/2011 44 DENG XIAOPING – Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deng_Xiaoping Acesso em 23/09/2011 DEMÉTRIO MIGNOLI REGIONAIS E A FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS A GLOBALIZAÇÃO – http://www.cefetsp.br/edu/eso/blocosregionalizacao.html Disponível em: - em Acesso 24/0p9/2011 ENTREVISTAS GRAVADAS: PROGRAMA CANAL LIVRE (REDE BANDEIRANTES) • CHEN DUQINC – EX-EMBAIXADOR CHINÊS NO BRASIL – Edição de 24 de agosto de 2010; • ECONOMISTA ANTONIO DELFIM NETTO – Edição de 08/08/2011; • SOCIÓLOGO DEMÉTRIO MAGNOLI – Edição de 29/08/2011; • EMBAIXADOR RUBENS RICUPERO – Edição de 18/09/2011. 45 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO DEDICATÓRIA RESUMO METODOLOGIA SUMÁRIO INTRODUÇÃO 01 02 03 04 05 06 CAPÍTULO I Fundamentação teórica 08 CAPÍTULO II Origem e formação dos BRICS 14 CAPÍTULO III Gestão empresarial nos países componentes do grupo dos BRICS 20 CAPÍTULO IV A inserção brasileira na economia regional e global 34 CONCLUSÃO 40 ÍNDICE 45