www.cni.org.br http://www.portaldaindustria.com.br/cni/iniciativas/programas/brics/2014/10/1,50555/politicas-publicas.html Políticas públicas Comércio MELHORIA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS (ITEM 3.6 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial entende que os países do BRICS devem conferir tratamento nacional às empresas de cada membro do bloco econômico, pois é de interesse dos empresários brasileiros que o conceito de reciprocidade seja considerado e qualquer tipo de discriminação seja eliminada quando da efetivação de negócios no BRICS. Defende-se, como um primeiro passo para a melhoria do ambiente de negócios, o estabelecimento pelos governos de um ponto focal, para que informações sobre regras relativas a comércio e investimentos possam ser mais facilmente obtidas. Além disso, um mecanismo para a notificação de tais regras e a troca de experiências poderia ser instituído no âmbito do Conselho. O Brasil informará aos parceiros do BRICS, os mecanismos que garantem o acesso a informação disponíveis no Brasil e demanda às contrapartes do Conselho Empresarial do BRICS que façam o mesmo. REDUÇÃO DO USO DE DÓLAR AMERICANO EM TRANSAÇÕES COMERCIAIS (ITEM 4.2 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial do BRICS considera pertinente que os países do BRICS iniciem diálogo para a redução do uso de dólar americano em transações comerciais. Para tanto, propõe a realização de estudo sobre sistemas que poderiam ser adotados pelo bloco, com base em mapeamento das possibilidades existentes. Uma alternativa poderia ser o estabelecimento de mecanismo plurilateral de compensação de pagamentos, cujo fim seria permitir o comércio em moeda local. Isso poderia ser feito por meio de um Convênio de Pagamentos e Crédito Recíproco, conforme experiência da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). O mecanismo tem impactos positivos, em particular, para o comércio internacional de pequenas e médias empresas. Dado o avanço das discussões sobre o tema no Grupo de Trabalho de Serviços Financeiros, solicita-se ao grupo a apresentação de uma posição até a próxima Cúpula do BRICS, previsa para julho de 2015, na Rússia. FACILITAÇÃO DO FLUXO DE PESSOAS (ITEM 3.1 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial apoia a proposta de se desenvolver um arranjo especial para obtenção de vistos de negócios e para agilizar o processo de imigração entre os países do BRICS. Uma possibilidade é a criação de um BRICS Business Travel Card, nos moldes daquele desenvolvido no âmbito da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, em inglês). Para tanto, propõe-se a avaliação do tema junto ao Itamaraty e o levantamento da rede de acordos bilaterais do Brasil com os parceiros do BRICS. No âmbito internacional, solicita-se aos parceiros do BRICS que avaliem o tema junto a seus governos, de modo a buscar uma aproximação entre os órgãos responsáveis por políticas migratórias no bloco. FACILITAÇÃO DO COMÉRCIO (ITEM 4.1 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial julga apropriado que os países do BRICS trabalhem de forma cooperativa para a implementação do Acordo sobre Facilitação de Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC). As aduanas poderiam desenvolver iniciativas conjuntas sobre programas, como o de Operador Econômico Autorizado (OEA). Nesse caso, o objetivo final seria tanto dar agilidade à implementação do Acordo da OMC, quanto permitir a assinatura de Acordo de Reconhecimento Mútuo de OEA entre o BRICS, o que facilitaria ainda mais o comércio no bloco. Além disso, entende-se que a cooperação técnica entre aduanas teria impactos substantivos para o comércio regional e deveria ser explorada pelos governos. Um primeiro passo nesse sentido será a promoção de uma Mesa Redonda entre as aduanas dos países do BRICS, no próximo encontro do Conselho. NORMAS E PADRÕES TÉCNICOS E MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS (ITEM 3.3 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial encoraja maior diálogo entre as agencias responsáveis pelo estabelecimento de normas e padrões técnicos e medidas sanitárias e fitossanitárias no âmbito do BRICS. Para tanto, a Seção Brasileira do Conselho Empresarial entende que os GT-s estabelecidos devam considerar a introdução do tema em suas agendas de trabalho, com o objetivo de propor meios para a aproximação e o diálogo dos técnicos responsáveis nos países do BRICS. No médio prazo, a Seção Brasileira do Conselho Empresarial defende a negociação de acordos sobre tais temas, em particular um acordo plurilateral sobre medidas sanitárias e fitossanitárias que amplie e aprofunde, entre os países do BRICS, as regras já previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). SUBSÍDIOS ÀS EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS (ITEM 7.3 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial defende que o Conselho se posicione de modo contrário à provisão de subsídios às exportações agrícolas pelos países do bloco. Tais subsídios têm impacto negativo sobre o comércio internacional e prejudicam produtores domésticos. Investimentos NOVO BANCO DE DESENVOLVIMENTO (ITEM 3.2 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial defende o rápido estabelecimento do Novo Banco de Desenvolvimento, para que as empresas do BRICS possam contar com novas linhas de financiamento voltadas para projetos no BRICS e em terceiros países. Entende, dessa forma, que a ratificação acelerada do acordo de criação do Banco pelo Congresso Nacional e pelo Poder Executivo brasileiros deve ser uma das prioridades do setor privado macional, assim como a manutenção de um diálogo permanente com as autoridades responsáveis pelas negociações referentes à institucionalização da nova organização internacional. Dada a importância desse diálogo com as autoridades negociadoras, a Seção Brasileira estimula suas contrapartes a buscar uma aproximação com seus governos, a fim de garantir a participação do Conselho Empresarial nos debates sobre a institucionalização do Banco, que deverá responder, também, aos anseios do setor produtivo dos países do BRICS. COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS (ITEM 4.2 DO RELATÓRIO ANUAL) A Seção Brasileira do Conselho Empresarial entende que a cooperação entre governos para a facilitação de investimentos deve ser estimulada pelos setores privados do BRICS. Os países poderiam colocar em vigor iniciativas que permitissem a identificação de entraves, assim como discutir a pertinência de uma Declaração Conjunta sobre Princípios de Investimentos. O Conselho Empresarial do BRICS buscará elaborar proposta, com indicação dos princípios de investimentos divididos pelo setor privado do BRICS.