Educação Aberta e a Distância_11010_12_03 Turma 3 Fernanda Maria Ramos Gonçalves Estudante nº 1100707 Formação para e-formadores Módulo: e-formador e os modelos pedagógicos na educação online A atividade proposta na formação será: os estudantes serão convidados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para apresentarem um Pecha Kucha sobre o papel do e-formador e os modelos pedagógicos na educação online, assim como as vantagens da formação online aos alunos e professores da escola. Para a realização desta atividade eu proponho aos alunos para procederem à formação de três grupos, sendo cada grupo constituído por cinco elementos e a formularem inicialmente um glossário que lhes poderá ser muito útil na realização do trabalho, a partir daqui os alunos serão responsáveis pela sua própria organização e aprendizagem, tendo claro sempre que necessário o meu apoio. A escolha desta atividade foi pelo facto de se poder realizar em grupo, e os estudantes poderem constituir o seu próprio grupo, organizando-se de forma a cumprirem o que lhes é pedido, será uma atividade que proporcionará a partilha de ideias, discussões, negociações e argumentações entre os participantes, pois será necessário que os grupos cheguem a um acordo de como apresentar a matéria, qual a matéria mais importante, os tópicos principais da matéria, as cores a utilizar, o tipo de letra, enfim a organização total do Pecha Kucha, podendo tornar-se muito enriquecedora em questões de aprendizagem, pois com as características deste grupo será muito importante o envolvimento de todos os elementos, as experiências e conhecimentos individuais serão de certeza muito diversificados e a partilha muito enriquecedora. A minha intervenção no ambiente de trabalho será apenas como orientadora e incentivadora, garantindo que se forme um bom ambiente entre os grupos, pois tal como está descrito nos recursos para que tenham uma aprendizagem construtivista num modelo pedagógico cooperativo e centrado no aluno será necessário que tenham todos um bom relacionamento e proximidade, só assim se permitirá que todos os elementos se envolvam e colaborem sem qualquer constrangimento, sabendo que podem sempre contar com o feedback dos colegas. Pois segundo (Dillenbourg, 2003, Torres e Marriot, 2006), colaboração implica a ideia de empenhamento dos participantes na construção conjunta de significados sobre as coisas e situações, ou seja de conhecimento. Os objetivos desta formação serão os alunos desenvolverem competências para identificarem e selecionarem os modelos pedagógicos adequados em função do contexto e dos recursos disponíveis, assim como desenvolver estratégias pedagógicas relevantes para o seu papel de e-formador, ou seja, para a sua interação com os formandos. As ferramentas escolhidas serão fóruns e listas de correio eletrónico, pelo facto de serem ferramentas assíncronas, pois são ferramentas que permitem a flexibilidade no tempo e no espaço, permitindo assim que 1 Educação Aberta e a Distância_11010_12_03 Turma 3 Fernanda Maria Ramos Gonçalves Estudante nº 1100707 cada elemento participe na hora e no lugar que melhor lhe convém, sendo que também oferecem a possibilidade do interveniente integrar outras fontes de informação, podendo refletir, estudar, redigir e corrigir as suas intervenções, tornando a aprendizagem mais construtiva e autónoma, pois esta é uma formação com modelo centrado no aluno e segundo (Bourne et al, 1997 e Mason, 1998) estes modelos baseiam-se sobretudo na autoformação e na autoaprendizagem. O chat é uma ferramenta com grandes vantagens para o ensino e-larning, pois simula o ambiente da sala de aula permitindo o contacto em tempo real, estimulando a participação e envolvimento dos alunos, no entanto é uma ferramenta que exige ao aluno a obrigatoriedade de estar online num determinado momento, facto que poderá ser impossível para muitos dos alunos, sendo esta na minha opinião a sua principal desvantagem. Outra será o facto de se basearem em textos, pois nem todas as pessoas têm rapidez e destreza suficientes para participar numa sessão de chat, como tal e pelas características do grupo, esta não é na minha opinião uma ferramenta aconselhada para esta formação, pois será difícil agendar as sessões, uma vez que os horários diferem muito entre os países em que têm formandos presentes, e o domínio da língua também poderá ser um condicionante para a participação destes elementos nestas sessões. A avaliação da formação será avaliação continua e será efetuada pelo envolvimento e participação dos formandos nos fóruns de discussão, assim como a responsabilidade pessoal na realização da atividade, pois segundo (Palloff e Pratt, 2004) os fóruns de discussão são instrumentos que poderão ser usados de modo formativo ou sumativo, e sendo esta uma formação que decorre em exclusivo regime e-learning, penso que esta será uma forma positiva de avaliar os formandos. Tal como Alda Pereira (working paper, 2oo8, pág. 2) refere, para se planear um módulo para a educação online, deveremos obedecer a uma estratégia que se divide em três fases: a primeira, a fase de análise onde deveremos selecionar o que irá ser aprendido; a segunda, a fase de desenho, em que se especifica como vai correr o processo de aprendizagem; e a terceira, a fase de desenvolvimento, onde se seleciona e produz as matérias para a formação. A formação será sobre o módulo e-formador e os modelos pedagógicos na educação online, decorrerá exclusivamente em regime e-learning num LMS (Learning Menagement System) inspirado num modelo pedagógico colaborativo e centrado no estudante, tem a duração de duas semanas, o público-alvo será um grupo constituído por 15 formandos, 2 que estão no Brasil, 3 em Angola, 1 em Timor e os restantes em Portugal continental. Esta formação assenta em metodologias de trabalhos colaborativos, embora tenha também as metodologias de trabalho individual, pois as leituras dos recursos e as reflexões dessas leituras são trabalhos 2 Educação Aberta e a Distância_11010_12_03 Turma 3 Fernanda Maria Ramos Gonçalves Estudante nº 1100707 individuais necessários para proceder depois a um trabalho de grupo partilhando e discutindo as elações que cada um tirará desse trabalho individual. Na formação com as características aqui descritas, eu na qualidade de e-formadora, irei ter um papel de organizadora e facilitadora, tendo como função promover, estimular, orientar e apoiar as interações dos alunos, como tal antes de iniciar a formação, terei de organizar a plataforma para que os estudantes acedam sem dificuldade aos devidos fóruns onde poderão iniciar a formação com um fórum de apresentação, fazendo uma breve apresentação sobre mim e ao mesmo tempo dando também as boas vindas aos formando pois será uma forma de promover a primeira socialização entre os formandos e de lhes transmitir o meu apoio, servindo também de “treino” para a utilização destas ferramentas pois não podemos esquecer que nem todos os formandos têm o mesmo grau de alfabetização tecnologias e eu como formadora terei que ter essa consciência e apoiar estes formandos para que não se sintam frustrados, facto que poderá levar á desistência, este é outro fator que na minha opinião cabe ao formador evitar, dando-lhes sempre feedback, pois o incentivo e o apoio é para estes formandos fundamental para que cheguem ao final da formação. Para finalizar, posso dizer que a formação e-learning abre-nos os horizontes, permitindo estudar ao nosso ritmo e sempre com o apoio dos colegas e dos professores. Este método de ensino é sem dúvida uma mais-valia para toda a sociedade, tornando-se ainda mais abrangente com o desenvolvimento da Web 2.0 que com as novas ferramentas, como blogs, wikis, envolvem-nos cada vez mais em aprendizagens colaborativas. Bibliografia consultada: Majumbar, S. (s/d). Definir um sistema pedagógico para a formação online. Revista Europeia, Formação Profissional, nº 28, pp.21-31. Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos de ensino online: Problemas e virtualidades. In: Discursos, III Série, nº especial, Universidade Aberta, pp.125-138. Okada, A. (set./dez. 2004). A construção de ambientes virtuais de aprendizagem com artefactos gratuitos disponíveis na web. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.13, p. 161-174. Pereira, A. (2008). Cenários de aprendizagem em elarning. Working paper, Universidade Aberta, pp.1-11. Rodrigues, E. (2004). O papel do e-formador: Formador a distância. Universidade do Minho - Serviços de Documentação, pp. 1-29. J. Vermeersch (Cood). (2006). Iniciação ao Ensino a Distância: Como começar no ensino a distância, Brussels: Het Gemeenschasonderwijs, cap. II, pp.16-31. J. Vermeersch (Cood). (2006). Iniciação ao Ensino a Distância: Aspetos didáticos no ensino a distância. Brussels: Het Gemeenschasonderwijs, cap. V, pp.55-64. 3