FERRAMENTAS INTERATIVAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: BENEFÍCIOS ALCANÇADOS A PARTIR DA SUA UTILIZAÇÃO Monalisa Alves Barros [email protected] RESUMO Este artigo apresenta conceitos e diversos tipos de ferramentas interativas, sua utilização na educação à distância - EAD, as barreiras no processo de ensino-aprendizagem, os benefícios na inserção de programas interativos no ambiente da EAD e o uso das expressões interação e interatividade usadas de forma indiscriminada para qualificar ambientes, principalmente na área tecnológica, demonstrando que criar conteúdos para EAD não é uma tarefa simples, pois demanda de conhecimento na área, necessita ter domínio destas ferramentas disponíveis para produção e gerenciamento do curso e desta forma, estimular a colaboração e interação entre os participantes de um curso baseado na web, contextualizá-los no panorama atual mostrando sua aplicabilidade e seu papel na área educacional. Palavras-chave: Ferramentas interativas. Educação à distância. Interatividade. INTRODUÇÃO As ferramentas interativas são aquelas utilizadas para facilitar o processo de ensino-aprendizagem e estimular a colaboração e interação entre os participantes de um curso baseado na web (FUKS ET AL, 2004) e se fazem necessárias na Educação a Distância, em virtude da mesma ser uma modalidade que pode se realizar pelo uso de diferentes meios (correspondência postal ou eletrônica, rádio, televisão, telefone, fax, computador, internet, etc.), técnicas que possibilitem a comunicação e abordagens educacionais e que se baseia tanto na noção de distância física entre o aluno e o professor como na flexibilidade do tempo e na localização do aluno em qualquer 2 espaço (ALMEIDA, 2003). O presente artigo apresenta conceitos e diversos tipos de ferramentas interativas, sua utilização na educação à distância - EAD, as barreiras no processo de ensinoaprendizagem, os benefícios na inserção de programas interativos no ambiente da EAD e o uso das expressões interação e interatividade usadas de forma indiscriminada para qualificar ambientes, principalmente na área tecnológica demonstrando que criar conteúdo para EAD não é uma tarefa simples, pois demanda o conhecimento da área; necessita ter conhecimento destas ferramentas disponíveis para produção e gerenciamento do curso, para desta forma estimular a colaboração e interação entre os participantes de um curso baseado na web, contextualizá-los no panorama atual mostrando sua aplicabilidade e seu papel na área educacional. 1 O ENSINO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Os programas de ensino de Educação à Distância - EAD – vêm aumentando nos últimos anos, o que coincide com a crescente universalização da educação. Sejam efetivados por instituições públicas de ensino, quer favorecida por políticas públicas para a democratização da educação no Brasil ou oferecida pelo mercado através de instituições de cunho privado, a EAD ganha novos contornos advindos da crescente interesse e preocupação do governo em democratizar o acesso ao ensino superior público de qualidade e da necessidade de alcançar uma sociedade cada vez mais conectada com as mídias informáticas, principalmente o computador. No Brasil, o Ensino Superior à distância, tem suas bases legais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB - (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996), por sua vez regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no D.O.U. de 20/12/05 (que revogou o Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998) com normatização definida na Portaria Ministerial n.º 4.361, de 2004 (que revogou a Portaria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998 ). O Decreto nº. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 regulamentando o Art. 80 da LDB (Lei nº. 9.394/96) em seu primeiro artigo, por sua vez define que a Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente 3 organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Embora a EAD, como método de educação, não seja novidade e suas primeiras experiências institucionais no ensino superior, conforme investigado por Moore e Kearsley, remontem a 1878 (Círculo Literário e Científico Chautauqua) e 1881 (Chautaqua Correspondence College) nos Estados Unidos, ao longo das décadas a modalidade foi transpassada por uma onde de implementações e adequações, acompanhando de perto o desenvolvimento tecnológico, posteriormente chegando ao modelo correspondente a nossa época baseado no ensino e aprendizagem mediado pelo computador e pela Internet em universidades e classes virtuais. Apropriando-se às tecnologias vigentes a cada época a EAD viveu atingiu pelo menos cinco mutações ou gerações significativas, conforme discorrem Moore e Kearsley (2007): Geração Década Mídia e Características Contexto 1ª >1880 Ensino por correspondência. Inicio dos serviços postais e expansão das redes ferroviárias 2ª >1920 Ensino através de Rádio e televisão. Consolidação do rádio e posterior surgimento da televisão. 3ª >1960 Perspectiva sistêmica (Impresso, correspondência, rádio, TV, audiotapes, telefone). Surgimento das universidades abertas. 4ª >1980 Audio/videoconferência (teleconferência). Era do satélite de comunicação. 5ª >1990 Computador e Internet. Surgimento da Internet. Fonte: adaptado de Moore e Kearsley (2007). Na corrente do tempo, atravessamos a quinta geração da EAD tendo com uma de suas principais características as aulas universidades e classes virtuais transmitidas através do computador e da Internet. Diferente e ao mesmo tempo com características semelhantes as da terceira geração, essa se assemelha no fato da integração e da perspectiva sistêmica no uso das diferentes mídias nos espaços de aprendizagem, porém desprende-se pelo fato de que pelo menos boa parte dos recursos midiáticos está disponível em apenas uma interface de informação e comunicação: o computador conectado a web 2.0. 4 O professor assume um novo papel ofuscando sua atuação tradicional se transformando em “conteudista” e/ou “tutor”. Ocorre uma separação física e temporal, que, portanto, determina, na realidade, a necessidade do professor conceber, planejar e trabalhar conteúdos que desempenham um grau de interatividade e interação capaz de ir além de suprir a ausência do professor, mas que desempenhe significativamente um papel vital de condutor, instigador, orientador, simulador e construtor no processo de aprendizagem do aluno, de modo significativamente diferente daquele do ambiente presencial (MOORE; KEARSLEY, 2007). Cada vez mais, programas tendem a ser desenvolvidos com base nas tecnologias comunicacionais concentrando suas atividades na mídia digital. Deste modo uma característica marcante se dá no fato de que Na EAD, a organização do “espaço” pedagógico muda, pois as “aulas” passam a ser as lições, contidas no material didático. As “aulas” na EAD estão organizadas dentro de um espaço pedagógico chamado material didático. Com isso elas oferecem maior flexibilidade para que cada aluno planeje os seus estudos sem estar condicionados a uma estrutura sequencialmente presa aos parâmetros da presencialidade. Está no ambiente físico (presencial) para um ambiente “mediado", possibilitado pela mídia, oferece ao aluno maior flexibilidade para transitar pelas “aulas” ou lições, não necessariamente de forma linear, porém, mais de acordo com as suas próprias necessidades, ritmos e estilo pessoal de leitura e aprendizagem (BERRENECHEA, 2001) Assim sendo, os cursos à distância têm que se adaptar o quanto antes à evolução das novas tecnologias, para atender a demanda de mercado e a inserção dos profissionais que estão se formando, a partir desta nova modalidade de ensino. 2 INTERAÇÃO E INTERATIVIDADE De acordo com Lippman (1998), a interatividade pode ser definida como uma atividade mútua e simultânea da parte de dois agentes, normalmente trabalhando em direção a um mesmo objetivo podendo provocar mudanças comportamentais entre eles. Com relação a este conceito, pode-se acrescentar a característica da bidirecionalidade do processo, onde o fluxo se dá em duas direções e os agentes (emissor e receptor) dialogam entre si durante a construção da mensagem. 5 Landim (1997) é mais específica quando coloca que a interatividade na EAD envolve as mediações que constituem o tratamento dos conteúdos e as formas de expressão e relação comunicativa. No entanto, interagir com pessoas que têm diferentes princípios de vida, costumes, habilidades, conhecimentos, preconceitos, limitações, exige atenção e flexibilidade, no sentido de se resolverem dificuldades, bloqueios, incompreensões e objeções. A interação não se dá apenas entre aluno e material; acontece entre alunos, alunos e tutor, alunos e instituição de ensino, como também entre os demais elementos que compõem o universo do aluno (história de vida, família, trabalho, etc.). Diante dessa diversidade, é preciso atenção para valorizar as diferenças, estimular idéias opiniões e atitudes, desenvolver a capacidade de aprender a aprender. 3 BARREIRAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM À DISTÂNCIA E OS BENEFÍCIOS DA INSERÇÃO DE PROGRAMAS INTERATIVOS EM AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Segundo Isotani (2009) existem diversas barreiras no processo de ensino aprendizagem à distância, dentre elas podemos citar: falta de motivação pessoal; avaliação demorada ou inadequada; falta de contato com o professor; despreparo técnico do aluno ou do professor; sensação de alienação e isolamento; conteúdo desorganizado e em formato inadequado; falta de suporte técnico. Em contrapartida, seus benefícios ultrapassam estas barreiras, fazendo com que seja possível existir cursos de boa qualidade, quando existe uma prática em busca do alcance destes como, por exemplo: possibilidade de usar diferentes formas de apresentação do mesmo material; possibilita a análise contínua do curso; pode aumentar as taxas de aprendizado; permite criar ambientes para aprendizagem no modo autodidata; provê recursos para inibir a sensação de isolamento ou alienação e permite o armazenamento das interações do aluno com o conteúdo. Desta forma, vemos a necessidade de que sejam ultrapassadas estas barreiras, para que não ocorra o fracasso desta modalidade de ensino e seus benefícios contribuam para o processo de ensino-aprendizagem. 6 4 FERRAMENTAS INTERATIVAS Para Fuks et al (2004), “ferramentas interativas são aquelas utilizadas para facilitar o processo de ensino-aprendizagem e estimular a colaboração e interação entre os participantes de um curso baseado na web”. 4.1 Tipos de Ferramentas Interativas 4.1.1 Ferramentas assíncronas “são aquelas que independem de tempo e lugar e podem revolucionar o processo de interação entre professores e estudantes” (LINS, MOITA, 2009). Tendo como exemplos: E-mail, que é considerada a ferramenta mais utilizada na Internet e que permite a troca de mensagens e compartilhamento de informações; o envio e recebimento de textos simples, arquivos de áudio, planilhas eletrônicas, imagens, anexos (arquivos atachados), podendo utilizar dispositivos de segurança para criptografar as mensagens. Fórum ou Lista de discussão, possibilita a comunicação entre membros de um projeto ou de pessoas interessadas em temas específicos; Podem ser abertas ou restritas a participação de novos indivíduos. Webblogs ou Blogs é um diário virtual. Sendo a ferramenta mais conhecida e utilizada no contexto educativo; FTP – file protocolo é disponibilização de arquivos contendo áudio, textos, imagens ou vídeo (MEHLECKE, TAROUCO, 2009). 4.1.2 Ferramentas síncronas são aquelas que exigem a participação dos professores e estudantes em eventos marcados, com horários específicos para que possam acontecer. Ocorrem em tempo real (on line), dão aos alunos da EAD e aos professores, como também a todos envolvidos na instituição, grupos e comunidades interação de forma instantânea e a sensação de perseverar a continuidade do seu curso. 7 O desenvolvimento da agilidade na comunicação acontece de forma harmoniosa no processo da aprendizagem, pela facilidade da relação entre professores-alunos, alunosprofessores e alunos-alunos, onde todos são envolvidos pela interação e a interatividade (LINS, MOITA, 2009). Tendo como exemplos: Chat (Sala de bate-papo), meio com potencial didático a ser estudado, pouco utilizado nas atividades pedagógicas, permite a comunicação síncrona, entre distintas pessoas que se encontram conectada em determinado momento. Estudos na literatura sobre o uso pedagógico do chat ainda são iniciais, a maior parte destes materiais se limitam a assinalar suas características gerais, sem entrar em detalhes sobre suas possibilidades concretas. Assim, faz-se necessário realizar estudos experimentais relacionados com seu uso como ferramenta de comunicação e ferramenta pedagógica gerando aprendizagem e mecanismos de superação das dificuldades e limitações oferecidas no uso do Chat na aprendizagem (MERCADO, 2009) Videoconferência, que Segundo Santos N. (1998), é uma forma de comunicação interativa que permite que duas ou mais pessoas que estejam em locais diferentes possam se encontrar face-a-face com áudio e comunicação visual em tempo real. Seu uso apresenta uma série de vantagens: economia de tempo, evitando o deslocamento físico para uma local especial e economia, com a redução dos gastos com viagens mais um recurso de pesquisa, já que a reunião pode ser gravada e disponibilizada posteriormente. Audioconferência, sistema de transmissão de áudio, recebido por um ou mais usuários simultaneamente. Disponibilização de arquivos contendo áudio, textos, imagens ou vídeo. (MEHLECKE, TAROUCO, 2009). A interação entre os indivíduos ocorre através de um canal de áudio onde pode ouvir e interagir; curso, palestra, reunião, entre outros. Canal de texto, pelo Chat em uma sala virtual, onde os participantes podem contribuir com perguntas, opiniões, fazendo suas colocações sem atrapalhar a fala do outro que está falando no momento. Esse tipo de ferramenta tem suas vantagens sobre as outras ferramentas sem precisar de muita sofisticação, permitindo sua real funcionalidade, com um computador com figurações mínimas; caixa de som; microfone ou um headphone; conexão com a internet, mesmo sendo uma linha discada. 8 Teleconferência é todo tipo de conferência a distância em tempo real, envolvendo transmissão e recepção dos diversos tipos de mídia, com sons e imagens direto de um local. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização das ferramentas interativas na EAD ocorrerá quando se enfatizar que o essencial não é a tecnologia, mas um novo estilo de pedagogia sustentado por uma modalidade comunicacional que supõe interatividade, isto é, participação, cooperação, bidirecionalidade e multiplicidade de conexões entre informações e atores envolvidos. Mais do que nunca, o professor está desafiado a modificar sua comunicação em sala de aula e na educação (SILVA, 2009), pois criar conteúdo para EAD não é uma tarefa simples, demanda conhecimento da área e necessita ter conhecimento das ferramentas disponíveis para produção e gerenciamento do curso. Isto é reforçado por Santos E. (2003, p. 217), quando diz que: Em educação online, se a ambiência comunicacional não rompe com a lógica unidirecional própria da mídia de massa e dos sistemas tradicionais de ensino, pouca ou nenhuma mudança qualitativa acontecerá em termos de educação e, obviamente, de comunicação. Não basta apenas mexer com a forma e com o conteúdo dos materiais ou estratégias de ensino. É necessário modificar o processo de comunicação dos sujeitos envolvidos e articular os saberes multirreferenciais da equipe envolvida desde o projeto de desenho instrucional até a vivência e dinâmica do curso. Portanto, para que tudo isto seja concretizado, é preciso à criação de políticas para a prática na modalidade de EAD, visando alcançar os benefícios das ferramentas interativas no processo de ensino aprendizagem. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. E. B. de Educação, ambientes virtuais e interatividade. In: SILVA, M. (Org.). Educação online: teorias, práticas, legislação, formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003. p. 201-15. 9 BERRENECHEA, C.A. Planejamento do material didático em EAD. In: Universidade Federal do Paraná. Educação e comunicação em EAD. Universidade Federal do Mato Grosso (Orgs) NEDER, M. L. C; MARTINS, O. B.; POLAK, Y. N. S. Curitiba: NEAD/UFPR, 2001. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. Brasília: DP&A, 2000. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis Acesso em 18 Jan. 2010. BRASIL, MEC. As novas Diretrizes Curriculares que Mudam o Ensino Médio Brasileiro. Brasília, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/encarte.pdf. Acesso em: 18 Jan. 2010. FUKS, Hugo ET AL. O modelo de colaboração 3C no ambiente AulaNet. Informática na Educação: Teoria e Prática, Porto Alegre, v. 7, n. 1, p. 25-48, 2004. Disponível em: http://ritv.les.inf.puc-rio.br Acesso em: 19 set. 2009. ISOTANI , Seiji. http://www.ei.sanken.osakau.ac.jp/~isotani/mestrado/html/footnode.html - fnm2Desenvolvimento de ferramentas no iGeom: utilizando a geometria dinâmica no ensino presencial e a distância. Dissertação Apresentada Ao Instituto De Matemática E Estatística Da Universidade De São Paulo. Disponível em: http://www.ei.sanken.osakau.ac.jp/~isotani/mestrado/html/dissertacao.html . Acesso em: 19 set 2009. LANDIM, Claudia Maria das Mercês Paes Ferreira. Educação à Distância: algumas considerações. Rio de Janeiro: Vozes, 1997. LINS, R. M.; MOITA, M. H. V. Interatividade na Educação a Distância. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR540364_8555.pdf. Acesso em: 19 set. 2009. MEHLECKE, Q. T. C.; TAROUCO, L. M. R. Ambientes de suporte para educação à distância: a mediação para aprendizagem cooperativa. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/querte_ambientes.pdf. Acesso em: 19 set. 2009 MOORE, M. e KEARSLEY, G. Educação a Distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning, 2007. SANTOS, Edméa Oliveira. Articulação de saberes na EAD online. In: SILVA, Marco (Org.). Educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2003. p. 217-230. SANTOS, Neri dos. Educação à distância e as novas tecnologias de Informação e Aprendizagem. 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