Revista Digital de Investigación Educativa Conect@2
Año IV, Edición Especial. Abril, 2014
EDUCACIÓN COMPARADA
Entrevistas
Entrevista 6
Dra. MARÍA FILOMENA GASPAR
(Portugal)
PRESENTACIÓN
Associate Professor at the Faculty of Psychology and Educational Sciences of
the University of Coimbra. Bachelor (5 years) in Psychology , Masters in
Educational Psychology and a PhD in Educational Psychology from the Faculty
of Psychology and Educational Sciences of the University of Coimbra ( in
collaboration with the University of Oxford in the UK ).
Teaches in first degrees/masters of Science of Education and Social Work and
at the Inter -University Doctoral Program in Clinical Psychology - Family
Psychology and Family Intervention, as well as in the Doctoral Program in
Education , Specialization in Teacher Education.
Is parenting educator in the Incredible Years Programs, Parenting Wisely and
More Family. It is trainer of the Incredible Years Program for early childhood
educators and teachers.
Is family therapist (Portuguese Society of Family Therapy).
Develops research activities in the context of parental education and family
education, early childhood education and socio-educational intervention with
children, youth and families. Coordinator (IR) of the research project PTDC/PSIPED/102556/2008 funded by FCT and entitled "Prevention / early intervention
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behavioral disorders: effectiveness of parental and school programs" (20102013).
Also coordinated an intervention project in Vulnerable Families with Parental
Education funded by the Health sector and designated " An adventure in the
world of family." She does research under the Oxford Centre for Research into
Parenting and Children Department of Social Policy and Social Work, University
of Oxford, UK . Supervise several master's and doctoral'theses.
Scientific Consultant since May 2013 of the RAND EUROPE COMMUNITY
INTEREST COMPANY for providing research and consulting services under the
project "European Platform For Investing in Children".
Member of Pooling Study international network involving the Faculty of
Psychology and Education Sciences, University of Coimbra, the Department of
Social Policy and Intervention, Oxford University, the Institute of Psychiatry,
King's College London, the School of Psychology, Bangor University, the
Personal social Services Research Unit, London School of Economics. The
goal of this project, with funding from the British government.
She has authored several books and national and international papers.
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ENTREVISTA
CON RESPECTO A LAS BASES CURRICULARES
1. El sistema educativo para la Educación Básica, emplea el término
competencias, estas se dejan expuestas como objetivos y metas a
alcanzar en el perfil de egreso. Para usted, ¿Qué es una competencia?
É a capacidade de utilizar conhecimentos e aptidões. Posso ter conhecimentos
e aptidões mas não ter a competencia para os utilizar.
2. Existe una especie de asociación-disociación entre los términos
competencia y competitividad, tomándolos como referentes, ¿considera
que ambos conceptos se encuentran íntimamente relacionados dentro del
ámbito educativo? y ¿Por qué?
Não. Competitividade refere-se a uma atitude que visa atingir algo para provar
que sou melhor. Competência não é uma atitude. É um comportamento.
3. ¿Cuáles considera que son las bases sobre las cuales se diseña el
perfil de egreso?
Bases sociais, incluindo as económicas (não basta ser um cidadão integrado;
tenho de produzir riqueza para que a sociedade possa continuar a promover o
desenvolvimento das gerações mais novas e a cuidar do bem-estar dos adultos
e idosos); bases cognitivas (o pensamento desenvolve-se com treino); bases
emocionais (bem-estar que conduz a equilibrio emocional); bases físicas
(cuidar e promover o desenvolvimento físico saudável).
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CON RESPECTO A LA PRÁCTICA DOCENTE
1. ¿Cómo condiciona el trabajo por competencias la planificación e
implementación de las enseñanzas en la educación básica?
A planificação tem de ser flexivel, ou seja, tem de haver um fio condutor mas o
professor tem de ter a flexibilidade para o ir adaptando às necessidades de
cada aluno em cada momento. Na implementação o centro passa a ser a
interação e o feedback ao aluno individual em cada momento e não debitar
conteúdos sem promover a reflexão e a sua utilização na resolução de
problemas.
2.
¿Cómo
considera
que
se
está
desarrollando
el
trabajo
por
competencias, y como se evalúa la adquisión de la misma? ¿existen
modelos que orienten el cambio o seguimos utilizando pruebas básicas
de conocimientos?
Considero que a grande maioria dos professores NÃO SABE trabalhar por
competências e por isso também não as sabe avaliar. Continuamos ou num
modelo tradicional centrado no professor que é o especialista que debita
conteúdos, que os alunos memorizam sem perceber e são avaliados para ver
se memorizaram; ou num modelo apenas centrado no aluno, em que não lhe é
exigido que com o suporte do professor e a resolução de situações problema
aplique os conhecimentos adquiridos, e em que a avaliação é realizada com
base em trabalhos de pesquisa que só exigem reproduzir textos que encontram
na internet.
3. De acuerdo a sus funciones, al manejo de información y a la
experiencia generada en su trayecto profesional, ¿Cuáles es la diferencia
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sistemática que encuentra entre el Plan de Estudios anterior y el actual?
(incidiendo en las fortalezas y debilidades de cada programa).
Os Planos de Estudo atuais do ponto de vista formal são mais fortes: centramse em competências e não em conteúdos e visam uma progressão em que a
etapa seguinte se alicerça na anterior, com orientações para a prática
pedagógica e a avaliação mais claras. Porém há uma grande distancia entre
ese currículo OFICIAL e formal e o currículo REAL: na prática continuamos
com as mesmas fraquezas dos currículos anteriores, mas camufladas por um
currículo oficial que diz o contrario. Nesse sentido estamos piores porque é
uma prática paradoxal: não fazemos o que dizemos fazer.
CON RESPECTO A SU PERFIL DE EGRESO
1. Las reformas educativas tienen una base económica, política,
financiera, social, etc. desde su punto de vista, ¿de qué manera las
reformas educativas pretenden preparar a las nuevas generaciones de
alumnos para que estos puedan afrontar los diversos retos o
adversidades? ¿y que cambios sociales y/o económicos considera
importantes a tal efecto?
Nos currículos oficiais há um discurso que visa preparar os alunos para serem
não apenas cidadãos ativos, mas também empreendedores e produtivos. Na
prática tal não acontece. É necessário formar os professores neste novo
paradigma através de formação próxima e prática no seu dia a dia docente.
2. ¿Qué estrategias considera que deben emplear los docentes para
formar alumnos para trabajos que aun no existen?
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Estratégias de reflexão sobre o que cada aluno necesita para avançar para o
patamar seguinte, sendo o feedback a estratégia mais eficaz para que isso
aconteça. O docente tem de ser um observador permanente, lendo cada aluno
e dando-lhe o feedback que ele precisa para avançar.
3. Con la puesta en marcha de las Reforma Educativa, ¿Considera que la
articulación entre niveles educativos se da de manera efectiva?, ¿Por
qué?
Não há uma articulação porque os alunos transitam por blocos de anos letivos
e todos vão aprender os mesmos conteúdos com as mesmas estratégias no
ano seguinte ter tenham tido nível 3, 4 ou 5 a essa disciplina, quando deveria
haver uma progressão por níveis e cada aluno iniciaría o ano seguinte no nível
em que ficou no ano anterior e não serem todos os alunos considerados ao
mesmo nível, como acontece atualemente porque o ensino é feito para a turma
em bloco e não para grupos de alunos de níveis diferentes dentro da turma.
4. ¿Qué tipo de características básicas y que modelo de selección si fuera
necesario, cree necesarios para el ingreso en la carrera formadora de
futuros docentes?
Competências de dinamização de grupos; de observação; de feedback; de
comunicação; de dominio dos conteúdos em causa.
CON RESPECTO A LA INFRAESTRUCTURA
1. Las reformas educativas demandan acciones para alcanzar la calidad
incluyendo a las de tipo estructural, ¿considera que las necesidades de
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infraestructura están cubiertas en su totalidad tanto en los entornos
urbanos como en los rurales?, ¿Por qué?
Sim. Há infraestruturas. Os docentes não as sabem rentabilizar para um ensino
por competências.
2. El Estado debe tener a los centros escolares en optimas condiciones y
con los servicios básicos, sin embargo, esto en ocasiones, no es una
realidad; para poder llegar a una calidad educativa efectiva ¿cual
considera que debe ser el orden de las acciones a emprender?, ¿reforma
curricular y posteriormente infraestructuras, primer infraestructuras y
posteriormente cambios curriculares o a la par?, ¿Por qué?
Em primeiro lugar avaliação da prática docente que existe. Depois comparar
essa prática docente com a que se deseja e identificar as necesidades. Em
seguida ouvir todos os docentes sobre se sentem essas necesidades, pois só
se implicarão na formação se se identificarem a esas necesidades. Só depois
fazer formação de docentes: de proximidade; nas próprias escolas; e usando o
modelo de ensino por competências que se quer que eles implementem: o
formador tem de ser o MODELO. Só depois as infraestruturas.
3. ¿Cómo considera que se están incorporando las nuevas tecnologías a
los diferentes niveles educativos?, ¿Se están llevando a cabo programas
que considera efectivos?, ¿En qué sentido?
A maioria dos docente NÃO SABE rentabilizar as nuevas tecnologías e
continua a usá-las num modelo tradicional de ensino. Não considero que
existam programas efectivos porque os que existem são pontuais e para
grupos muito restritos de professores.
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CON RESPECTO A LA PROFESIONALIZACIÓN DOCENTE
1. La profesionalización docente se encuentra bajo la lupa de las reformas
educativas, sin embargo, ¿Cuál considera que sea el principal factor por
el cual las capacitaciones que se les da a los docentes no siempre estén
impactando en el aula?
Porque a formação nas universidades prepara especialistas em conteúdos e
não especialistas em docência; o foco é nos conteúdos que vão ensinar e não
nas estratégias de ensino eficazes. Os formadores de docentes também não
dominam o ensino de competências e assim não são MODELOS eficazes.
2. Las instituciones educativas privadas están asumiendo un rol
determinante en los procesos de formación docente, ¿Qué tan viable es
su acción como agentes formadores de docentes? y ¿Cuál es la
tendencia que están marcando en su país?
Considero que a formação de docentes é responsabilidade do estado e por
isso não debe ser privada. No meu país a grande maioria dos docentes é
formado em escolas públicas e os que se formam em escolas privadas são
apenas ao nível do ensino pré-escolar e 1º ciclo (1º ao 4º ano de escolaridade)
em modelos pedagógicos específicos (Montessori; João de Deus; …)
3. ¿Qué sistema de evaluación del profesorado se está siguiendo en los
diferentes niveles educativos, que garantice la calidad de los procesos de
formación?
Depende do número de anos de serviço dos docentes e dos graus de ensino.
As aulas assistidas (um avaliador externo vai avaliar duas aulas do docente) é
uma estratégia que está a acontecer e discute-se a realização de uma prova de
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avaliação para entrada na profissão (já depois da formação docente em
universidades e institutos politécnicos).
¿Quisiera comentar alguna otra consideración en torno a las reformas
educativas que considere relevante y no haya sido incluida entre el grupo
de preguntas?
A relação da escola com os outros agentes educativos da comunidade e com
as famílias. O problema da rede de explicadores paralela ao ensino público e
privado: as famílias com mais capital económico colocam os seus filos em
explicadores privados e até em escolas privadas de ensino de línguas para
garantir notas mais elevadas que depois vão permitir o acesso a cursos
universitarios que exigem médias mais elevadas (em Portugal a Medicina, a
Arquitetura, a Farmácia; algunas escolas de Gestão). Muitos desses
explicadores são professores no ensino público e usam estratégias de ensino
eficazes na explicação (feedback e resolução de problemas) que não usam no
ensino na escola pública. As escolas privadas onde se pagam mensalidades
elevadas (entre 400 e 500 euros) garantem aos alunos do ensino secundário
notas mais elevadas e assim acesso mais facilitado aos cursos do ensino
superior que exigem médias mais altas.
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