FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA MARIA ALDENI PEREIRA CARNEIRO O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NUMA PERSPECTIVA CRÍTICA EM UMA TURMA DE PRÉ-ESCOLAR II ELDORADO DO CARAJÁS 2011 A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO NO ENSINO E APRENDIZAGEM Geralmente tem-se notado nas instituições públicas de Educação Infantil espaços disponíveis a construção tanto de salas de aulas quanto de outros tipos de ambientes para o uso das crianças, mas trata-se também a precariedade das políticas voltada a essa modalidade e ensino, como está inerente o problema da formação de educadores que atuam junto à mesma. Não há pretensão ao aprofundamento relacionado às políticas públicas. A intenção aqui é despertar5 para uma visão mais clara e abrangente quanto à questão do desenvolvimento da primeira infância, conscientizar-los, refletir sobre as atividades pedagógicas, trazer-lhe noção do quanto é importante se trabalhar num ambiente onde o espaço é organizado e a rotina é adequada a propiciar o desenvolvimento da criança. De uma vez que a organização física não está desvinculada com a rotina. É a má organização física pela falta de verbas e uma rotina costumeira atrapalha o desenvolvimento. É importante frisar também que, uma boa organização espacial e uma rotina pensada nas necessidades da criança favorecem, ainda, o processo de socialização e autonomia. Quando o ambiente é favorável às relações entre adulto-criança e criança-criança, tornam-se mais freqüentes, o que contribui para o processo de crescimento e desenvolvimento integral e pleno da criança. A escola em que a criança passa certo período da sua vida é, hoje um dos locais mais favoráveis para se impulsione o processo de desenvolvimento infantil e, por esse motivo, a instituição deveria ser valorizada e encarada como um local fundamental e importante para a sociedade contemporânea. A estrutura da sociedade atual é formada por uma pirâmide que denota uma composição política e economicamente desigual, as camadas menos favoráveis, ou seja, com menor poder aquisitivo não possuem condições mínimas para educar seus filhos, seja por falta de recursos tecnológicos ou financeiros, seja por minimização dos anos escolares. Diante dessa situação exposta, colocamos uma questão bastante a ser analisada e discutida: estariam as instituições educacionais voltadas à Educação Infantil preparadas para receber essas crianças e oferecer condições mínimas adequadas para o seu desenvolvimento pleno e integral através de rotinas de atividades diárias e organização física? A má organização física e uma rotina estruturada de maneira inadequada atrapalham o processo de desenvolvimento das crianças atendidas pela instituição educacional. Além desse problema, tem-se notado que há despreparo dos professores, diretores e funcionários para organizar um trabalho que vise formação plena e integral dessas crianças. As maiorias dos professores que atuam junto a Educação Infantil, não possuem formação adequada para dar andamento às atividades que garantam um caráter educativo pedagógico. Constantino (2003), com base em suas pesquisas, nos enfatiza essa questão quanto o despreparo dos professores e o problema de uma rotina inadequada, dizendo: Encontraram-se principalmente, nas creches, um fazer descompromissado de qualquer conteúdo pedagógico, uma improvisão de tarefas, procurando atender apenas as necessidades do momento, soluções imediatas, sem qualquer planejamento. (CONSTANTINO, 2003, P.19). Cabe ressaltar que a rotina é a estrutura básica da espinha dorsal das atividades do dia. A rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a sequência de diferentes atividades que acontecem no dia a dia na educação infantil e na creche e é esta sequência que vai possibilitar que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular sua socialização. A rotina é um elemento importante da educação infantil, onde proporciona à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também possibilita a criança maior organização, como também liberta a criança de sentimentos de estresse; a rotina deve ser rica, alegre e prazerosa, proporcionando espaço para as construções diárias das atividades e projetos pedagógicos. Geralmente a rotina na educação infantil não vem sendo coerente com o que deveria ser, ou seja, uma rotina diversificada as crianças. Ela na maioria das vezes é maçante e confundida como algo costumeiro, manipulador de costumes e hábitos. Percebem-se claramente os problemas desse caráter nas instituições infantis, não havendo uma rotina de atividades planejada par a criança, e o professor frente a essa situação, acaba se acomodando não se atendo a rever sua práxis pedagógica, ou seja, em refletir e analisar se está agindo coerentemente com a formação e o desenvolvimento infantil. O professor deve possuir percurso planejado, um rodízio diversificado em suas ações pedagógicas, pois caso contrário, de nada valeria. Muitos profissionais da educação, geralmente da educação infantil, não possuem essa consciência de ter integrado ao seu trabalho uma rotina diversificada para essas crianças. Exemplos disso podem ser percebidos no cotidiano das instituições de educação infantil. Refletir sobre todas essas questões nos coloca frente ao que chamamos de qualidade na educação infantil. Procuramos colocar e apresentar a questão da organização espacial na educação infantil como sinônimo de qualidade e de equidade, destacando que a qualidade na educação infantil está intrinsecamente relacionada ao conhecimento dos direitos das crianças, direitos esses em aprender e desenvolver-se integralmente. Ao relacionar a organização e equidade cabe abordar que quanto à qualidade na educação infantil, estamos em um campo aberto às discussões. De maneira sucinta falamos sobre a importância de uma educação de qualidade e sua relação como organização espacial, tendo como eixo norteador das discussões aqui desenvolvidas a questão de equidade. A maioria dos estudos e pesquisas sobre a educação procura aduzir caminhos, estratégias e novas metodologias com o objetivo de sanar ou minimizar os problemas nela encontrados. Essa busca pela cura resulta em melhoria na qualidade da educação. E um eixo norteador para se pensar em qualidade na educação infantil está pautado na equidade, ou seja, só haverá qualidade em um sentido amplo nessa modalidade de ensino a partir do momento em que for reconhecido igualmente o direito da criança com base nas suas necessidades. (ROSEMBERG, 1991, P.155). Claramente se contempla em algumas instituições a falta de uma organização com base nas necessidades das crianças, se vê, além disso, um módulo predominante tradicional. Essas instituições infantis parecem como ROSEMBERG (1991), intitulou de “cartão de visita” e “espaço pensado para visitantes não vem pensado para as necessidades infantis, sua organização, forma e disposição vem sendo projetada para adultos, dificultando assim o fazer compromissado da ação pedagógica”. Tem se percebido que a educação vem sendo usada como um instrumento político. Há interesse por trás disso tudo, certamente se a escola transmite uma sensação de cartão de visita é por que ela está sendo usada como um local de propaganda dos governantes. Outro problema que não pode ser deixado de mencionar aqui é o excessivo número de crianças que se encontram nas escolas de educação infantil e creches. Não há possibilidade de fazer um trabalho com qualidade com base nas necessidades das crianças com um grande número delas em sala de aula. Como se sabe, as condições de infraestrutura e a formação dos profissionais que trabalham com educação infantil, especialmente em creches, são bastante precárias se olharmos para o país como um todo (CONSTANTINO, 2003, P.92). Na maior parte das escolas de educação infantil que fazem parte do sistema público de ensino no Brasil, a infraestrutura não é adequada para comportar o número de crianças matriculadas sejam as crianças que já frequentam ou as que procuram por vagas. Além disso, muitos professores não têm acesso à formação continuada, ou seja, cursaram apenas o magistério de nível médio e têm uma visão superficial das necessidades infantis. Quanto ao espaço e a rotina podemos dizer que o espaço é o resultado das atividades desenvolvidas dentro da escola. Se o professor tiver em mãos uma rotina com atividades planejadas e pensadas em função das crianças, os espaços físicos tende a serem organizados para isso concretize. Parece óbvio que o espaço deve estar organizado, em primeiro lugar, em função da atividade que será desenvolvida no mesmo. A atividade é sem dúvida, o elemento que condiciona mais claramente a estrutura do espaço. (ZABALZA, 1998, p.255). As Instituições de Educação Infantil necessitam serem contempladas em suas estruturas, locais, diferentes para as atividades serem realizadas junto às crianças no decorrer do dia, ou seja, é necessário haver o “cantinho da conversa”, “cantinho dos joguinhos”, onde se localiza peças de brinquedos, “cantinho da leitura”, onde ficam expostos livros às crianças, “cantinho da pintura” e assim por diante. Esses locais destinados às atividades são muito importantes para o desenvolvimento da criança. Se o professor tenciona oferecer certas atividades às crianças, obviamente o espaço tende a efetivação das atividades propostas. Nesse sentido, se o professor objetiva o desenvolvimento e a aprendizagem nas crianças, ele primeiramente deve organizar o espaço para depois aplicar atividade ou planejar sua rotina. O espaço jamais é neutro. A sua estruturação, os elementos que o formam comunicam ao indivíduo uma mensagem, que pode ser coerente ou contraditaria com aquilo que o educador (a) quer fazer chegar à criança. O educador (a) não pode conformar-se com o meio tal como ele é, deve incidir transformar, personalizar o espaço onde desenvolve a sua tarefa, torna-lo seu, projetar-se fazendo deste espaço um lugar onde a criança encontre o ambiente necessário para desenvolver-se (POL; MORALES, 1982, P.05). Se a estruturação do espaço não favorece o que o educador tem a intenção de desenvolver, o mesmo não deve desanimar-se e dizer que não há como trabalhar porque não tem material ou porque o espaço não oferece condições, ou seja, conformar-se com o meio tal como ele é, mas antes transforma-lo, faze-lo viável às suas atividades. Enfim, buscamos apresentar esses assuntos aos leitores, trazendo algumas considerações sobre a importância da educação infantil para o desenvolvimento integral e pleno da criança. É importante frisar que as mais pesquisas devem ocorrer na área, pois a educação infantil ainda é uma modalidade de ensino que está se estruturando quanto forma efetiva de educação fundamental para o desenvolvimento infantil, só através de pesquisas direcionadas a ela poderá mudar a concepção que muitos pais e educadores têm da educação infantil. A rotina na sala de aula é um elemento importante da educação infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. A cada momento cabe ao educador planejar suas ações para que possa alcançar os objetivos, organizar um espaço adequado para que todos os alunos possam participar promovendo articulação, intervenção, o respeito entre professor-aluno e aluno-aluno. Quanto às brincadeiras na educação infantil é o momento prazeroso-valioso e essencial onde a criança pode expressar suas ideias sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e seus colegas como é o seu mundo com a oportunidade de aprender a conviver com as pessoas muito diferentes de si; de compartilhar ideias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo. Frisando também uma rotina adequada para: (MUNTANOLA, 1980, ARRIBAS 2004 (p.364) e (p.92): Considerando a quantidade de horas que as crianças passam no cenário escolar, é fácil relevante na história e na vida delas e que, portanto, deve ser devidamente pensando e planejado em função dos objetivos, dos sujeitos. Segundo PIAGET (APUD HORN, 2004): A representação do espaço para a criança é uma construção internalizada a partir das ações e das manipulações sobre o ambiente espacial próximo do qual ela faz parte. Não basta a criança está em um espaço organizado de modo a desafiar suas competências; é preciso que ela interaja com esse espaço para vivê-lo intencionalmente (HORN, 2004, p.18). Considerando que o meio constitui um fator essencial para o desenvolvimento dos indivíduos e faz parte constitutiva desse processo; que as crianças, ao interagirem com o meio e com os outros parceiros, aprendem pela própria interação e imitação é de fato muito importante a forma como organizamos o espaço. Quanto mais este espaço permite que as crianças descentrem da figura do adulto. Quanto mais esse espaço for desafiador e pra mover atividades conjuntas, mais fortemente se constituirá como parte integrante da ação pedagógica. (DEVID e WEINSTEIN (APUD OLIVEIRA, 2004), afirmam que todos os ambientes construídos para crianças deveriam atender as cincos funções relativas ao desenvolvimento infantil, no sentido de promover: identidade pessoal, desenvolvimento, desenvolvimento de competência, oportunidade para o crescimento, sensação de segurança e confiança, bem como oportunidade para contato social e privacidade. Exemplificado cada uma das funções desses fatores afirmados podem permitir que cada criança tenha a sua individualidade dentro do espaço escolar, está auxiliando no desenvolvimento da identidade pessoal é importante que a criança reconheça seus próprios objetos, personalize seu espaço e, sempre que possível participe da organização da sala, proporcionar o máximo de oportunidades para que ela adquira mais e mais competências. Permitir que a criança pegasse água, sua toalha e objetos de higiene, acenda e apague as luzes, tenha fácil acesso a prateleiras e estantes com materiais e brinquedos, auxilia nesses desafios. Além disso, as barreiras, como caixas, estantes, colchonetes, ajudam no desenvolvimento das competências, pois tornam mais fácil à criança planejar e executar atividades com maior concentração e menos interrupções, do adulto ou de outras crianças. Para tornar um ambiente mais rico e variado, dois requisitos são importantes: dar oportunidades aos pequenos realizarem movimentos corporais e estimular os sentidos. O primeiro item deve proporcionar que as crianças andem, corram, subam, desçam e pulem com segurança. Permitindo tentativas, erros e mais tentativas. Durante o período sensóriomotor (três primeiros anos de vida), um ambiente ideal deveria oferecer todas estas oportunidades. Neste momento, os colchonetes, rampas, escadas e balanços são itens indispensáveis no espaço ocupado pelas crianças. A estimulação dos sentidos é sempre importante nesta faixa etária. Os aromas da natureza devem entrar nas salas através de janelas que proporcionem uma boa ventilação. Os cheiros que vêm do refeitório, ou das fraldas quando estão sujas, também são estímulos que devem ser significados para as crianças. A variação da estimulação deve ser procurada em todos os sentidos: cores e formas, música e vozes; aromas de flores e de alimentos. O toque deve ser oferecido através de materiais duros e macios, ásperos e lisos, quentes e frios. A estimulação dos sentidos também ocorre com a variação de características: grande, pequeno, alto, baixo. A criança deve, acima de tudo, sentir-se segura e confiante para poder explorar o ambiente ao seu redor. Levando isso em conta, as mudanças realizadas no ambiente devem ser moderados,, ou seja, não realizar nada bruscamente, para que os pequenos tenham referências do ambiente. As sensações táteis também são importantes para transmitir segurança. À medida que características físicas do ambiente convidam ao toque, aumenta e sensação de segurança, permitindo à criança explorar o espaço mais importante. Todo ambiente estruturado para as crianças deve oferecer a possibilidade tanto de contato social como de privacidade. Os objetos colocados neste local devem ser escolhidos pensando nestas opções, ou seja, a criança pode explorar o objeto sozinho, ou pode optar por brincar em dupla, ou com um grupo de crianças. Com a separação dos cantinhos através de estantes, por exemplo, podemos colocar neste ambiente: cadeiras pequenas, plataformas ou degraus, para que as outras crianças possam observar quem está brincando através do móvel e que atividades estão sendo desenvolvidas. Além da sala de aula, devemos lembrar que uma saca onde professores e funcionários possam ficar em seu horário livre também torna o ambiente de trabalho mais prazeroso. Cada função requer ambientes específicos, de acordo com a necessidade. O ambiente para trabalhos em grupo, para as refeições, para as funções administrativas, deve ser estabelecido para que todos se sintam valorizados. A acolhida aos pais também se faz importante. Desde a apresentação da escola, a primeira conversa sobre a proposta de trabalho e, posteriormente, com a educadora, deve ser realizada em ambientes adequados. De acordo com a necessidade do centro de Educação Infantil, devem-se adequar os espaços usando muita imaginação e criatividade, tornando-os acolhedores e seguros para a família, crianças e funcionários. A escola deve atender diversas necessidades como: físicas, psicológicas, sociológicas, biológicas e culturais. A sala de aula é provavelmente o lugar onde você e seus alunos passarão a maior jornada escolar. Portanto, este lugar deve ser acolhedor e, acima de tudo, satisfazer todas as necessidades educativas das crianças. Segundo BASSEDAS, HUGUET E SOLE (1999), o importante não é a quantidade de espaço, e sim as possibilidades de jogos e brinquedos que oferecem e a possível ação das crianças. Alguns itens importantes na organização da sala são: A entrada: esta pode ser dentro ou fora da sala e deverá ter um espaço para as mochilas, casacos e brinquedos trazidos de casa. Cada criança poderá ter um espaço com seu nome, onde dera responsável por colocar sua mochila na chegada e depois retira-la ao sair. Também saberá onde pegar uma roupa ou a toalha, caso precise. Os móveis na sala de aula devem ser baixos, com prateleiras ao alcance das crianças, podendo também servir para dividir os espaços. A altura deles também serve para que o educar tenha uma visão geral da sala e para as crianças terem a segurança de avistar o educador. As mesinhas com cadeiras para as atividades com papel, lá, giz, etc. são importantes para a ambientação das crianças com esta metodologia de trabalho. Porém, se a sala for pequena, é essencial que as mesas possam ser tiradas para que o espaço se amplie e as crianças tenham maior mobilidade e opções de atividades livres. O cantinho de almofadas (para as histórias ou a hora da conversa) facilita a comunicação entre os alunos e para que eles saibam que ali é lugar de aconchego e relaxamento. É necessário citar a importância do “cuidar” e do “educar” principalmente o cuidado pessoal com a saúde, entendendo a saúde como sendo o bem estar, físico e social da criança. A higiene, o sono e a alimentação são algumas das principais condições para sua vida, é necessária uma atenção maior em relação à limpeza e aos hábitos adequados de higiene. Também a alimentação é muito importante e não deve ser encarada com momento de dificuldade e de tensão. É importante observarmos alguns detalhes, tais como: o uso do guardanapo, a utilização correta dos talheres e a ingestão de líquidos no momento adequado. O sono é um dos fatores relevantes para a saúde da criança, o ideal é que sejam ofertadas outras opções de atividades para as crianças que não querem ou não conseguem dormir. É importante que a criança nunca deva dormir sem a presença de um adulto para atender qualquer textualidade, da criança e não do profissional, de uma vez que neste momento está trabalhando. Assim também como o banho que é especial para a criança, cuidar da temperatura da água, arrumar a roupa da criança antecipadamente, escolher os brinquedos para atender as necessidades das crianças antes, durante e depois do banho. Já as atividades dirigidas são importantes que o aluno coordene as atividades a fim de sentirem-se seguras para escolher a forma de participar. Isso significa respeitar o seu ritmo, acreditar na sua capacidade de ação e na liberdade que tem para expressar seus sentimentos. Já as atividades livres cabem ao educador organizar o espaço e o momento para que todas as crianças livremente explorem o ambiente e escolham suas atividades específicas com a coordenação e intervenção do professor quando for necessário apenas como participante. É importante também diferenciar os dois conceitos: hábitos e rotina de uma vez que a rotina é um costume pessoal mecanizado por convivência. Já o hábito é um mecanismo estável que cria habilidade ou destreza. Pode ser utilizado em diversas situações e modificado se preciso for. Não pretendo aqui aprofundar em relação à questão de hábitos e sim a questão de divisão e organização do tempo na educação infantil referente a conscientização e reflexão relacionado a promover o desenvolvimento das nossas crianças. Todo tempo e educativo e deve ser aproveitado, como tal. Do momento em que os pais deixam os pequenos na escola até o momento de buscá-los espera-se que os estímulos recebidos, trocados e compartilhados entre educadores e crianças e entre elas mesmas sejam ricos e repletos de experiências. Quanto ao tempo é aliado do trabalho pedagógico e, é muito importante, nesta idade que as atividades tenham certa regularidade, é nesta fase que os pequenos começam a se orientar em relação a determinada situação, por exemplo: antes do lanche lavar as mãos; após lanchar escovar os dentes; ir ao parque ou realizar atividade. Quanto mais novas são as crianças, maiores são os imprevistos que podem quanto às diversas situações deve ser grande. Temos sempre que contar com os imprevistos, como a chuva ou o estado físico e mental das crianças. Outro fato importante é o tempo de atenção que nossos alunos possuem. Durante toda a fase da educação infantil, é imprescindível considera este fator. Atividades rápidas, motivadoras e adequadas para esta faixa etária são importantes. A mudança da sala ou do local da atividade também ajuda. Intercalar atividades relaxantes com atividades mais agitadas, que estimulem um grau de atividades físicas, deve fazer a partir do planejamento. O que você educador (a), deve ser claro é o objetivo da atividade e o que esta está acrescentando ao desenvolvimento dos pequenos. Segundo JAUME (apud arribas, 2004). Toda a segurança que a criança irá sentir no ambiente escolar se dar no adequado planejamento das atividades. Portanto, o tempo é o fator essencial neste planejamento. São necessários pontos de referências estáveis, que se repitam diariamente. É desta forma que a criança se estrutura tendo a segurança do que a criança se estrutura tendo a segurança do que virá depois. Teremos assim, alunos mais tranquilos, sem ansiedades e insegurança. Mais tarde, abordaremos os tópicos que nos auxiliam na determinação e divisão das atividades. Precisamos levar em conta que nossos alunos apresentam-se em momentos diferenciados durante o dia. Dentro de nossa rotina é necessário termos flexibilidade para suprir as necessidades dos pequenos. Nem sempre o que planejamento irá sair como imaginamos. O sono, as mudanças climáticas ou o excessivo cansaço após umas atividades mais agitadas podem alterar nossos planos. Como educadores de crianças pequenas, precisamos ser observadores e receptores de informações acerca deste público, para que possamos alterar a atividade planejada e assim obter êxito em nossa rotina escolar. METODOLOGIA Quanto à abordagem do presente trabalho cabe frisar que foi realizada uma pesquisa científica de uma vez que a mesma possui um referencial acadêmico e social, em busca de novos conhecimentos, relações e conceitos, como afirma “LUNA (1996, p.15) APUD MELO e URBANETZ (2009, p.19): A pesquisa com esse diferencial deve ser relevante social e teoricamente, além de ser fidedigno o que significa que podemos confiar nos resultados alcançados pelo pesquisador”. Quanto aos métodos de pesquisas foi utilizada a pesquisa tanto qualitativa quanto quantitativa de uma vez que cada um possui termos metodológicos diferenciados, vale ressaltar que o método de pesquisa qualitativa foi que abrangeu totalmente essa abordagem, por ser de caráter de participação, de compreensão e interpretação. Já os instrumentos para coletas de dados utilizaram-se a observação, como afirma: LÜDK, ANDRÉ) APUDE MELO; e URBANETZ, (2009, p.112) Para que se torne um instrumento válido e fidedigno de investigação científica e observação precisa ser antes de tudo controlada e sistemática, isso implica a existência de um planejamento cuidadoso do trabalho e uma preparação rigorosa do pesquisador”. A observação foi realizada em uma escola privada no município de Eldorado dos Carajás-PA, com intuito de abarcar os objetivos estipulados no pré-projeto inicial. A mesma aconteceu de forma direta através de coletas de dados, anotações, registros de comportamento dos indivíduos observados. Ocorrem de forma controlada e sistematizada voltada a um olhar apurado sobre a realidade estudada e planejada, através de descrição das ações tanto do professor quanto dos alunos onde a cada término de uma atividade desenvolvida, a professora utilizou intervenções, quanto a nova atividade para que os alunos acompanhassem os ritmos e envolvessem para uma possível interação. Quanto aos alunos que possuem a idade entre 4 e 5 anos, a maioria são filhos de funcionários públicos e comerciantes com nível financeiro médio, os mesmos possuem comportamentos regulares típico à essa idade. Diante de alguns questionamentos eles relatam que atividades que mais gostam são as brincadeiras fora e dentro da sala de aula, como brincadeiras de roda realizadas no pátio da escola e jogo de futebol que são realizadas na quadra da mesma, alguns dizem que gostam de histórias contadas pelo professor e as tarefas que mais lhe chamam atenção são cruzadinhas. Durante a observação foi possível refletir sobre o papel do professor diante da organização da rotina diária de uma vez que deve ser adequar às atividades envolvidas com o espaço e com o tempo para que através da mesma o aluno seja capaz de organizar-se e acompanhar passo a passo da rotina diária sem haver rejeição para a realização de cada atividade, mesmo tendo preferências por algumas atividades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Revista Científica Eletrônica de Pedagogia ISSN: 1678-300 x. Ano V. número 10 – Julho de 2007, PERIÓDICO SEMESTRAL. http://monografiabrasileira.com/pedagogia/arotina-na-educacaoinfantilhtm Caderno de Estudo Pedagogia da Educação Infantil Prof.ª. Ana Pamplona da Silva Müler. Editora Grupo Uniasselvi 2008, Educação a distância.