FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
MARIA ALDENI PEREIRA CARNEIRO
O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NUMA PERSPECTIVA CRÍTICA EM
UMA TURMA DE PRÉ-ESCOLAR II
ELDORADO DO CARAJÁS
2011
A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO NO ENSINO E APRENDIZAGEM
Geralmente tem-se notado nas instituições públicas de Educação Infantil espaços
disponíveis a construção tanto de salas de aulas quanto de outros tipos de ambientes para o
uso das crianças, mas trata-se também a precariedade das políticas voltada a essa
modalidade e ensino, como está inerente o problema da formação de educadores que atuam
junto à mesma. Não há pretensão ao aprofundamento relacionado às políticas públicas. A
intenção aqui é despertar5 para uma visão mais clara e abrangente quanto à questão do
desenvolvimento da primeira infância, conscientizar-los, refletir sobre as atividades
pedagógicas, trazer-lhe noção do quanto é importante se trabalhar num ambiente onde o
espaço é organizado e a rotina é adequada a propiciar o desenvolvimento da criança. De
uma vez que a organização física não está desvinculada com a rotina. É a má organização
física pela falta de verbas e uma rotina costumeira atrapalha o desenvolvimento. É
importante frisar também que, uma boa organização espacial e uma rotina pensada nas
necessidades da criança favorecem, ainda, o processo de socialização e autonomia. Quando
o ambiente é favorável às relações entre adulto-criança e criança-criança, tornam-se mais
freqüentes, o que contribui para o processo de crescimento e desenvolvimento integral e
pleno da criança.
A escola em que a criança passa certo período da sua vida é, hoje um dos locais mais
favoráveis para se impulsione o processo de desenvolvimento infantil e, por esse motivo, a
instituição deveria ser valorizada e encarada como um local fundamental e importante para a
sociedade contemporânea.
A estrutura da sociedade atual é formada por uma pirâmide que denota uma
composição política e economicamente desigual, as camadas menos favoráveis, ou seja,
com menor poder aquisitivo não possuem condições mínimas para educar seus filhos, seja
por falta de recursos tecnológicos ou financeiros, seja por minimização dos anos escolares.
Diante dessa situação exposta, colocamos uma questão bastante a ser analisada e
discutida: estariam as instituições educacionais voltadas à Educação Infantil preparadas para
receber
essas
crianças
e
oferecer
condições
mínimas
adequadas
para
o
seu
desenvolvimento pleno e integral através de rotinas de atividades diárias e organização
física?
A má organização física e uma rotina estruturada de maneira inadequada atrapalham
o processo de desenvolvimento das crianças atendidas pela instituição educacional. Além
desse problema, tem-se notado que há despreparo dos professores, diretores e funcionários
para organizar um trabalho que vise formação plena e integral dessas crianças. As maiorias
dos professores que atuam junto a Educação Infantil, não possuem formação adequada para
dar andamento às atividades que garantam um caráter educativo pedagógico.
Constantino (2003), com base em suas pesquisas, nos enfatiza essa questão quanto
o despreparo dos professores e o problema de uma rotina inadequada, dizendo:
Encontraram-se principalmente, nas creches, um fazer descompromissado de
qualquer conteúdo pedagógico, uma improvisão de tarefas, procurando atender
apenas as necessidades do momento, soluções imediatas, sem qualquer
planejamento. (CONSTANTINO, 2003, P.19).
Cabe ressaltar que a rotina é a estrutura básica da espinha dorsal das atividades do
dia. A rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a sequência de
diferentes atividades que acontecem no dia a dia na educação infantil e na creche e é esta
sequência que vai possibilitar que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se
desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite
que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular sua socialização.
A rotina é um elemento importante da educação infantil, onde proporciona à criança
sentimentos de estabilidade e segurança.
Também possibilita a criança maior organização, como também liberta a criança de
sentimentos de estresse; a rotina deve ser rica, alegre e prazerosa, proporcionando espaço
para as construções diárias das atividades e projetos pedagógicos.
Geralmente a rotina na educação infantil não vem sendo coerente com o que deveria
ser, ou seja, uma rotina diversificada as crianças. Ela na maioria das vezes é maçante e
confundida como algo costumeiro, manipulador de costumes e hábitos. Percebem-se
claramente os problemas desse caráter nas instituições infantis, não havendo uma rotina de
atividades planejada par a criança, e o professor frente a essa situação, acaba se
acomodando não se atendo a rever sua práxis pedagógica, ou seja, em refletir e analisar se
está agindo coerentemente com a formação e o desenvolvimento infantil. O professor deve
possuir percurso planejado, um rodízio diversificado em suas ações pedagógicas, pois caso
contrário, de nada valeria. Muitos profissionais da educação, geralmente da educação
infantil, não possuem essa consciência de ter integrado ao seu trabalho uma rotina
diversificada para essas crianças. Exemplos disso podem ser percebidos no cotidiano das
instituições de educação infantil. Refletir sobre todas essas questões nos coloca frente ao
que chamamos de qualidade na educação infantil.
Procuramos colocar e apresentar a questão da organização espacial na educação
infantil como sinônimo de qualidade e de equidade, destacando que a qualidade na
educação infantil está intrinsecamente relacionada ao conhecimento dos direitos das
crianças, direitos esses em aprender e desenvolver-se integralmente.
Ao relacionar a organização e equidade cabe abordar que quanto à qualidade na
educação infantil, estamos em um campo aberto às discussões. De maneira sucinta falamos
sobre a importância de uma educação de qualidade e sua relação como organização
espacial, tendo como eixo norteador das discussões aqui desenvolvidas a questão de
equidade.
A maioria dos estudos e pesquisas sobre a educação procura aduzir caminhos,
estratégias e novas metodologias com o objetivo de sanar ou minimizar os problemas nela
encontrados.
Essa busca pela cura resulta em melhoria na qualidade da educação. E um eixo
norteador para se pensar em qualidade na educação infantil está pautado na
equidade, ou seja, só haverá qualidade em um sentido amplo nessa modalidade de
ensino a partir do momento em que for reconhecido igualmente o direito da criança
com base nas suas necessidades. (ROSEMBERG, 1991, P.155).
Claramente se contempla em algumas instituições a falta de uma organização com
base nas necessidades das crianças, se vê, além disso, um módulo predominante
tradicional.
Essas instituições infantis parecem como ROSEMBERG (1991), intitulou de “cartão de
visita” e “espaço pensado para visitantes não vem pensado para as necessidades
infantis, sua organização, forma e disposição vem sendo projetada para adultos,
dificultando assim o fazer compromissado da ação pedagógica”.
Tem se percebido que a educação vem sendo usada como um instrumento político.
Há interesse por trás disso tudo, certamente se a escola transmite uma sensação de cartão
de visita é por que ela está sendo usada como um local de propaganda dos governantes.
Outro problema que não pode ser deixado de mencionar aqui é o excessivo número
de crianças que se encontram nas escolas de educação infantil e creches.
Não há possibilidade de fazer um trabalho com qualidade com base nas
necessidades das crianças com um grande número delas em sala de aula. Como se
sabe, as condições de infraestrutura e a formação dos profissionais que trabalham
com educação infantil, especialmente em creches, são bastante precárias se olharmos
para o país como um todo (CONSTANTINO, 2003, P.92).
Na maior parte das escolas de educação infantil que fazem parte do sistema público
de ensino no Brasil, a infraestrutura não é adequada para comportar o número de crianças
matriculadas sejam as crianças que já frequentam ou as que procuram por vagas.
Além disso, muitos professores não têm acesso à formação continuada, ou seja,
cursaram apenas o magistério de nível médio e têm uma visão superficial das necessidades
infantis.
Quanto ao espaço e a rotina podemos dizer que o espaço é o resultado das atividades
desenvolvidas dentro da escola. Se o professor tiver em mãos uma rotina com
atividades planejadas e pensadas em função das crianças, os espaços físicos tende a
serem organizados para isso concretize. Parece óbvio que o espaço deve estar
organizado, em primeiro lugar, em função da atividade que será desenvolvida no
mesmo. A atividade é sem dúvida, o elemento que condiciona mais claramente a
estrutura do espaço. (ZABALZA, 1998, p.255).
As Instituições de Educação Infantil necessitam serem contempladas em suas
estruturas, locais, diferentes para as atividades serem realizadas junto às crianças no
decorrer do dia, ou seja, é necessário haver o “cantinho da conversa”, “cantinho dos
joguinhos”, onde se localiza peças de brinquedos, “cantinho da leitura”, onde ficam expostos
livros às crianças, “cantinho da pintura” e assim por diante.
Esses locais destinados às atividades são muito importantes para o desenvolvimento
da criança. Se o professor tenciona oferecer certas atividades às crianças, obviamente o
espaço tende a efetivação das atividades propostas. Nesse sentido, se o professor objetiva o
desenvolvimento e a aprendizagem nas crianças, ele primeiramente deve organizar o espaço
para depois aplicar atividade ou planejar sua rotina.
O espaço jamais é neutro. A sua estruturação, os elementos que o formam
comunicam ao indivíduo uma mensagem, que pode ser coerente ou contraditaria com
aquilo que o educador (a) quer fazer chegar à criança. O educador (a) não pode
conformar-se com o meio tal como ele é, deve incidir transformar, personalizar o
espaço onde desenvolve a sua tarefa, torna-lo seu, projetar-se fazendo deste espaço
um lugar onde a criança encontre o ambiente necessário para desenvolver-se (POL;
MORALES, 1982, P.05).
Se a estruturação do espaço não favorece o que o educador tem a intenção de
desenvolver, o mesmo não deve desanimar-se e dizer que não há como trabalhar porque
não tem material ou porque o espaço não oferece condições, ou seja, conformar-se com o
meio tal como ele é, mas antes transforma-lo, faze-lo viável às suas atividades.
Enfim, buscamos apresentar esses assuntos aos leitores, trazendo algumas
considerações sobre a importância da educação infantil para o desenvolvimento integral e
pleno da criança. É importante frisar que as mais pesquisas devem ocorrer na área, pois a
educação infantil ainda é uma modalidade de ensino que está se estruturando quanto forma
efetiva de educação fundamental para o desenvolvimento infantil, só através de pesquisas
direcionadas a ela poderá mudar a concepção que muitos pais e educadores têm da
educação infantil.
A rotina na sala de aula é um elemento importante da educação infantil, por
proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. A cada momento cabe ao
educador planejar suas ações para que possa alcançar os objetivos, organizar um espaço
adequado para que todos os alunos possam participar promovendo articulação, intervenção,
o respeito entre professor-aluno e aluno-aluno. Quanto às brincadeiras na educação infantil é
o momento prazeroso-valioso e essencial onde a criança pode expressar suas ideias
sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e seus colegas como é o seu mundo com a
oportunidade de aprender a conviver com as pessoas muito diferentes de si; de compartilhar
ideias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo.
Frisando também uma rotina adequada para: (MUNTANOLA, 1980, ARRIBAS 2004 (p.364) e
(p.92): Considerando a quantidade de horas que as crianças passam no cenário escolar, é
fácil relevante na história e na vida delas e que, portanto, deve ser devidamente pensando e
planejado em função dos objetivos, dos sujeitos.
Segundo PIAGET (APUD HORN, 2004): A representação do espaço para a criança é
uma construção internalizada a partir das ações e das manipulações sobre o ambiente
espacial próximo do qual ela faz parte.
Não basta a criança está em um espaço organizado de modo a desafiar suas
competências; é preciso que ela interaja com esse espaço para vivê-lo intencionalmente
(HORN, 2004, p.18).
Considerando que o meio constitui um fator essencial para o desenvolvimento dos
indivíduos e faz parte constitutiva desse processo; que as crianças, ao interagirem com o
meio e com os outros parceiros, aprendem pela própria interação e imitação é de fato muito
importante a forma como organizamos o espaço. Quanto mais este espaço permite que as
crianças descentrem da figura do adulto. Quanto mais esse espaço for desafiador e pra
mover atividades conjuntas, mais fortemente se constituirá como parte integrante da ação
pedagógica.
(DEVID e WEINSTEIN (APUD OLIVEIRA, 2004), afirmam que todos os ambientes
construídos para crianças deveriam atender as cincos funções relativas ao
desenvolvimento infantil, no sentido de promover: identidade pessoal,
desenvolvimento, desenvolvimento de competência, oportunidade para o crescimento,
sensação de segurança e confiança, bem como oportunidade para contato social e
privacidade.
Exemplificado cada uma das funções desses fatores afirmados podem permitir que
cada criança tenha a sua individualidade dentro do espaço escolar, está auxiliando no
desenvolvimento da identidade pessoal é importante que a criança reconheça seus próprios
objetos, personalize seu espaço e, sempre que possível participe da organização da sala,
proporcionar o máximo de oportunidades para que ela adquira mais e mais competências.
Permitir que a criança pegasse água, sua toalha e objetos de higiene, acenda e
apague as luzes, tenha fácil acesso a prateleiras e estantes com materiais e brinquedos,
auxilia nesses desafios. Além disso, as barreiras, como caixas, estantes, colchonetes,
ajudam no desenvolvimento das competências, pois tornam mais fácil à criança planejar e
executar atividades com maior concentração e menos interrupções, do adulto ou de outras
crianças.
Para tornar um ambiente mais rico e variado, dois requisitos são importantes: dar
oportunidades aos pequenos realizarem movimentos corporais e estimular os sentidos. O
primeiro item deve proporcionar que as crianças andem, corram, subam, desçam e pulem
com segurança. Permitindo tentativas, erros e mais tentativas. Durante o período sensóriomotor (três primeiros anos de vida), um ambiente ideal deveria oferecer todas estas
oportunidades. Neste momento, os colchonetes, rampas, escadas e balanços são itens
indispensáveis no espaço ocupado pelas crianças.
A estimulação dos sentidos é sempre importante nesta faixa etária. Os aromas da
natureza devem entrar nas salas através de janelas que proporcionem uma boa ventilação.
Os cheiros que vêm do refeitório, ou das fraldas quando estão sujas, também são estímulos
que devem ser significados para as crianças.
A variação da estimulação deve ser procurada em todos os sentidos: cores e formas,
música e vozes; aromas de flores e de alimentos. O toque deve ser oferecido através de
materiais duros e macios, ásperos e lisos, quentes e frios. A estimulação dos sentidos
também ocorre com a variação de características: grande, pequeno, alto, baixo.
A criança deve, acima de tudo, sentir-se segura e confiante para poder explorar o
ambiente ao seu redor. Levando isso em conta, as mudanças realizadas no ambiente devem
ser moderados,, ou seja, não realizar nada bruscamente, para que os pequenos tenham
referências do ambiente. As sensações táteis também são importantes para transmitir
segurança. À medida que características físicas do ambiente convidam ao toque, aumenta e
sensação de segurança, permitindo à criança explorar o espaço mais importante.
Todo ambiente estruturado para as crianças deve oferecer a possibilidade tanto de
contato social como de privacidade. Os objetos colocados neste local devem ser escolhidos
pensando nestas opções, ou seja, a criança pode explorar o objeto sozinho, ou pode optar
por brincar em dupla, ou com um grupo de crianças.
Com a separação dos cantinhos através de estantes, por exemplo, podemos colocar
neste ambiente: cadeiras pequenas, plataformas ou degraus, para que as outras crianças
possam observar quem está brincando através do móvel e que atividades estão sendo
desenvolvidas.
Além da sala de aula, devemos lembrar que uma saca onde professores e
funcionários possam ficar em seu horário livre também torna o ambiente de trabalho mais
prazeroso. Cada função requer ambientes específicos, de acordo com a necessidade. O
ambiente para trabalhos em grupo, para as refeições, para as funções administrativas, deve
ser estabelecido para que todos se sintam valorizados.
A acolhida aos pais também se faz importante. Desde a apresentação da escola, a
primeira conversa sobre a proposta de trabalho e, posteriormente, com a educadora, deve
ser realizada em ambientes adequados.
De acordo com a necessidade do centro de Educação Infantil, devem-se adequar os
espaços usando muita imaginação e criatividade, tornando-os acolhedores e seguros para a
família, crianças e funcionários.
A
escola
deve
atender
diversas necessidades
como:
físicas,
psicológicas,
sociológicas, biológicas e culturais.
A sala de aula é provavelmente o lugar onde você e seus alunos passarão a maior
jornada escolar. Portanto, este lugar deve ser acolhedor e, acima de tudo, satisfazer todas as
necessidades educativas das crianças. Segundo BASSEDAS, HUGUET E SOLE (1999), o
importante não é a quantidade de espaço, e sim as possibilidades de jogos e brinquedos que
oferecem e a possível ação das crianças.
Alguns itens importantes na organização da sala são:
A entrada: esta pode ser dentro ou fora da sala e deverá ter um espaço para as
mochilas, casacos e brinquedos trazidos de casa. Cada criança poderá ter um espaço com
seu nome, onde dera responsável por colocar sua mochila na chegada e depois retira-la ao
sair. Também saberá onde pegar uma roupa ou a toalha, caso precise.
Os móveis na sala de aula devem ser baixos, com prateleiras ao alcance das crianças,
podendo também servir para dividir os espaços. A altura deles também serve para que o
educar tenha uma visão geral da sala e para as crianças terem a segurança de avistar o
educador.
As mesinhas com cadeiras para as atividades com papel, lá, giz, etc. são importantes
para a ambientação das crianças com esta metodologia de trabalho. Porém, se a sala for
pequena, é essencial que as mesas possam ser tiradas para que o espaço se amplie e as
crianças tenham maior mobilidade e opções de atividades livres.
O cantinho de almofadas (para as histórias ou a hora da conversa) facilita a
comunicação entre os alunos e para que eles saibam que ali é lugar de aconchego e
relaxamento.
É necessário citar a importância do “cuidar” e do “educar” principalmente o cuidado
pessoal com a saúde, entendendo a saúde como sendo o bem estar, físico e social da
criança. A higiene, o sono e a alimentação são algumas das principais condições para sua
vida, é necessária uma atenção maior em relação à limpeza e aos hábitos adequados de
higiene. Também a alimentação é muito importante e não deve ser encarada com momento
de dificuldade e de tensão. É importante observarmos alguns detalhes, tais como: o uso do
guardanapo, a utilização correta dos talheres e a ingestão de líquidos no momento
adequado.
O sono é um dos fatores relevantes para a saúde da criança, o ideal é que sejam
ofertadas outras opções de atividades para as crianças que não querem ou não conseguem
dormir. É importante que a criança nunca deva dormir sem a presença de um adulto para
atender qualquer textualidade, da criança e não do profissional, de uma vez que neste
momento está trabalhando. Assim também como o banho que é especial para a criança,
cuidar da temperatura da água, arrumar a roupa da criança antecipadamente, escolher os
brinquedos para atender as necessidades das crianças antes, durante e depois do banho.
Já as atividades dirigidas são importantes que o aluno coordene as atividades a fim de
sentirem-se seguras para escolher a forma de participar. Isso significa respeitar o seu ritmo,
acreditar na sua capacidade de ação e na liberdade que tem para expressar seus
sentimentos. Já as atividades livres cabem ao educador organizar o espaço e o momento
para que todas as crianças livremente explorem o ambiente e escolham suas atividades
específicas com a coordenação e intervenção do professor quando for necessário apenas
como participante.
É importante também diferenciar os dois conceitos: hábitos e rotina de uma vez que a
rotina é um costume pessoal mecanizado por convivência. Já o hábito é um mecanismo
estável que cria habilidade ou destreza. Pode ser utilizado em diversas situações e
modificado se preciso for.
Não pretendo aqui aprofundar em relação à questão de hábitos e sim a questão de
divisão e organização do tempo na educação infantil referente a conscientização e reflexão
relacionado a promover o desenvolvimento das nossas crianças. Todo tempo e educativo e
deve ser aproveitado, como tal. Do momento em que os pais deixam os pequenos na escola
até o momento de buscá-los espera-se que os estímulos recebidos, trocados e
compartilhados entre educadores e crianças e entre elas mesmas sejam ricos e repletos de
experiências.
Quanto ao tempo é aliado do trabalho pedagógico e, é muito importante, nesta idade
que as atividades tenham certa regularidade, é nesta fase que os pequenos começam a se
orientar em relação a determinada situação, por exemplo: antes do lanche lavar as mãos;
após lanchar escovar os dentes; ir ao parque ou realizar atividade.
Quanto mais novas são as crianças, maiores são os imprevistos que podem quanto às
diversas situações deve ser grande. Temos sempre que contar com os imprevistos, como a
chuva ou o estado físico e mental das crianças.
Outro fato importante é o tempo de atenção que nossos alunos possuem. Durante
toda a fase da educação infantil, é imprescindível considera este fator. Atividades rápidas,
motivadoras e adequadas para esta faixa etária são importantes. A mudança da sala ou do
local da atividade também ajuda. Intercalar atividades relaxantes com atividades mais
agitadas, que estimulem um grau de atividades físicas, deve fazer a partir do planejamento.
O que você educador (a), deve ser claro é o objetivo da atividade e o que esta está
acrescentando ao desenvolvimento dos pequenos.
Segundo JAUME (apud arribas, 2004). Toda a segurança que a criança irá sentir no
ambiente escolar se dar no adequado planejamento das atividades. Portanto, o tempo
é o fator essencial neste planejamento. São necessários pontos de referências
estáveis, que se repitam diariamente. É desta forma que a criança se estrutura tendo
a segurança do que a criança se estrutura tendo a segurança do que virá depois.
Teremos assim, alunos mais tranquilos, sem ansiedades e insegurança.
Mais tarde, abordaremos os tópicos que nos auxiliam na determinação e divisão das
atividades.
Precisamos levar em conta que nossos alunos apresentam-se em momentos
diferenciados durante o dia. Dentro de nossa rotina é necessário termos flexibilidade para
suprir as necessidades dos pequenos. Nem sempre o que planejamento irá sair como
imaginamos. O sono, as mudanças climáticas ou o excessivo cansaço após umas atividades
mais agitadas podem alterar nossos planos. Como educadores de crianças pequenas,
precisamos ser observadores e receptores de informações acerca deste público, para que
possamos alterar a atividade planejada e assim obter êxito em nossa rotina escolar.
METODOLOGIA
Quanto à abordagem do presente trabalho cabe frisar que foi realizada uma pesquisa
científica de uma vez que a mesma possui um referencial acadêmico e social, em busca de
novos conhecimentos, relações e conceitos, como afirma “LUNA (1996, p.15) APUD MELO e
URBANETZ (2009, p.19): A pesquisa com esse diferencial deve ser relevante social e
teoricamente, além de ser fidedigno o que significa que podemos confiar nos resultados
alcançados pelo pesquisador”.
Quanto aos métodos de pesquisas foi utilizada a pesquisa tanto qualitativa quanto
quantitativa de uma vez que cada um possui termos metodológicos diferenciados, vale
ressaltar que o método de pesquisa qualitativa foi que abrangeu totalmente essa abordagem,
por ser de caráter de participação, de compreensão e interpretação.
Já os instrumentos para coletas de dados utilizaram-se a observação, como afirma:
LÜDK, ANDRÉ) APUDE MELO; e URBANETZ, (2009, p.112) Para que se torne um
instrumento válido e fidedigno de investigação científica e observação precisa ser
antes de tudo controlada e sistemática, isso implica a existência de um planejamento
cuidadoso do trabalho e uma preparação rigorosa do pesquisador”.
A observação foi realizada em uma escola privada no município de Eldorado dos
Carajás-PA, com intuito de abarcar os objetivos estipulados no pré-projeto inicial. A mesma
aconteceu de forma direta através de coletas de dados, anotações, registros de
comportamento dos indivíduos observados. Ocorrem de forma controlada e sistematizada
voltada a um olhar apurado sobre a realidade estudada e planejada, através de descrição
das ações tanto do professor quanto dos alunos onde a cada término de uma atividade
desenvolvida, a professora utilizou intervenções, quanto a nova atividade para que os alunos
acompanhassem os ritmos e envolvessem para uma possível interação. Quanto aos alunos
que possuem a idade entre 4 e 5 anos, a maioria são filhos de funcionários públicos e
comerciantes com nível financeiro médio, os mesmos possuem comportamentos regulares
típico à essa idade. Diante de alguns questionamentos eles relatam que atividades que mais
gostam são as brincadeiras fora e dentro da sala de aula, como brincadeiras de roda
realizadas no pátio da escola e jogo de futebol que são realizadas na quadra da mesma,
alguns dizem que gostam de histórias contadas pelo professor e as tarefas que mais lhe
chamam atenção são cruzadinhas.
Durante a observação foi possível refletir sobre o papel do professor diante da
organização da rotina diária de uma vez que deve ser adequar às atividades envolvidas com
o espaço e com o tempo para que através da mesma o aluno seja capaz de organizar-se e
acompanhar passo a passo da rotina diária sem haver rejeição para a realização de cada
atividade, mesmo tendo preferências por algumas atividades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista Científica Eletrônica de Pedagogia ISSN: 1678-300 x. Ano V. número 10 – Julho de
2007, PERIÓDICO SEMESTRAL.
http://monografiabrasileira.com/pedagogia/arotina-na-educacaoinfantilhtm
Caderno de Estudo Pedagogia da Educação Infantil Prof.ª. Ana Pamplona da Silva Müler.
Editora Grupo Uniasselvi 2008, Educação a distância.
Download

faculdade internacional de curitiba maria aldeni pereira