Instituto de Educação — infantil e juvenil
Primavera, 2012. Londrina, ______ de ____________________.
Nome: ____________________________________Ano:____________
tempo Início: ____________ Término: __________ Total: ____________
Edição XV MMXII
Fase 3 grupo C
CHIC[ÉRRIMO]: ETIQUETA EM NOVO REGIME
ETIQUETA NÃO TEM IDADE
Quando o Homem começou a viver em sociedade
estabeleceu algumas normas de convívio. Com o
desenvolvimento da civilização, as leis de bom
comportamento
tornaram-se
mais
abrangentes
e
detalhadas.
É impossível imaginar um grupo de pessoas sem
regras de convivência, com cada um fazendo o que bem
entende, sem se importar com o outro. Cada sociedade
possui cultura e padrões próprios de comportamento e de
etiqueta. Há também parâmetros de educação universais.
Ser uma pessoa bem educada é conhecer e utilizar
regras que facilitam e tornam possível a vida em sociedade.
Quando as boas maneiras
fazem parte do cotidiano familiar,
tornam-se hábito para as crianças e se
transformam em atitudes naturais,
dando ares de leveza e deixando o
convívio prazeroso.
NOVOS TEMPOS, NOVOS CÓDIGOS
Apesar do atual "momento umbigo", temos também que reconhecer os enormes progressos que
fizemos, ao menos no campo jurídico, em favor de uma vida melhor e mais justa. Bem ou mal,
vivemos num mundo mais igualitário: a escravidão foi abolida, é crime e dá cadeia discriminar por
questões de cor, sexo, classe social. Até nos elevadores há placas com essas advertências. Diante de
tantas transformações, é natural que os códigos, o comportamento, as regras de etiqueta também
mudassem.
Cada vez que o mundo passa por grandes transformações, ele tem que se adaptar e fazer uma
revisão dos antigos códigos. Os comportamentos entram em novos regimes. Um dos primeiros bestsellers do mundo foi um manual de etiqueta. Em 1530, o pensador
Erasmo de Rotterdam publica um manual de etiquetas para crianças: De
civilitate morum puerilium [Sobre a civilidade no comportamento das
crianças]. Teve uma circulação imensa: em seis anos, mais de trinta
reedições - e, até o século XVIII, 130 edições. É praticamente ilimitado
o número de traduções feitas até hoje. Por que tamanho interesse?
O que Erasmo fez foi delimitar o modo como as pessoas
deveriam se comportar nas principais situações da vida social, numa
época em que começava a surgir uma nova classe - a burguesia
comercial que transitava por toda a Europa e, depois, América e o resto
do mundo. "O estranho que chega ao país enfrenta tempos
especialmente difíceis. Os outros olham-no fixamente, como se ele fosse um animal fabuloso vindo da
África. Além do mais essas pessoas reconhecem como seres humanos apenas os nobres de seu país" justifica Erasmo em escritos anteriores.
Então, como essa gente nova deveria comer na casa de um nobre? Como um nobre deveria
cumprimentar este burguês de quem começava a depender para obter inúmeros serviços e
mercadorias? Como os jovens da província deveriam se comportar na capital, nas grandes cidades,
onde tudo passou a acontecer? Cidade e civilidade estão unidas desde o princípio, e não é por acaso
que têm a mesma raiz etimológica.
Erasmo ensina, por exemplo, as pessoas a assoar o nariz com o lenço, em vez de usar os dedos.
Explica que é feio lamber os dedos gordurosos ou secá-los no casaco: melhor usar a toalha da mesa ou
o guardanapo. Ou que não se deve palitar os dentes com a faca com que se cortam alimentos, matam
porcos ou inimigos. Dá para imaginar o cenário daquele momento?
Questão 1
O comportamento mudou bastante mesmo!
Observe, novamente a figura ao lado e,
compare-a com o texto que descreve as cenas
da Idade Média!
Questão 2
“Teve uma circulação imensa: em seis anos,
mais de trinta reedições - e, até o século
XVIII, 130 edições.”
Quantos livros eram editados, em média, por ano,nas seis primeiras edições?
A IMPORTÂNCIA DAS BOAS MANEIRAS
As boas maneiras são tão importantes como ler, escrever ou contar. A partir dos
dois anos, quando a criança começa a falar, já são ensinadas as palavras mágicas “por
favor” e “obrigado” sempre que quiser ou que lhe derem alguma coisa. Depois dos três
ou quatro anos, ela já é capaz de entender os conceitos de cortesia bastante bem para
saber o que significa compartilhar, mostrar respeito pelos outros, desculpar-se. Por volta
dos quatro ou cinco anos, os pais não mais devem ter que lembrá-lo de dizer “por favor”,
“obrigado” e de apertar mãos.
Aqui estão algumas formas básicas de boas maneiras que todas as crianças
devem aprender:
a) cumprimentar as pessoas;
b) dizer “por favor”, “obrigado”, “com licença” e “desculpe”;
c) apertar as mãos para cumprimentar;
d) mostrar respeito pelos mais velhos;
e) respeitar a privacidade dos pais e das outras pessoas;
f) responder, quando lhe falarem;
g) não interromper a conversa dos adultos;
h) ficar quieta em lugares públicos;
i) não tocar nem brincar com os objetos das outras pessoas, a não ser quando as
convidarem a fazer isso;
j) relacionar-se com os irmãos e as outras pessoas.
Questão 3
Eis
uma
situação-problema
interessante!
Em
uma
reunião,
8
pessoas
compareceram. Elas se cumprimentavam umas as outras apertando suas mãos.
Quantos apertos de mãos podem ser realizados nessa reunião? Como você pensou
para resolvê-la?
A Revista Veja, de 21 de março de 2001, publicou um pequeno manual dos bons modos
infantis. (Leia a transcrição abaixo da figura.) Confira para saber se você faz tudo dentro
da etiqueta social.
Pequeno manual dos bons modos infantis
A refeição
Os outros
Embora a criatividade
das crianças seja
ilimitada para inventar
comportamentos
indesejáveis, a falta de
educação gira em
torno de alguns temas
básicos. Aqui, as
orientações para os
problemas mais
comuns e repetidos,
segundo educadores e
consultores de
etiqueta.
*Não fale de boca cheia, mastigue
sem fazer barulho e nunca encha
as bochechas com alimento.
*Evite tomar líquidos com a boca
cheia de comida.
*Não faça bolinhas com o miolo do
pão nem com o guardanapo de
papel.
*Não cheire a comida, não chupe o
macarrão diretamente pelo fio nem
sopre a sopa (espere esfriar um
pouco).
*Não use a colher do açucareiro
para mexer o suco ou o café.
*Ao terminar de comer, deixe os
talheres no prato, um do lado do
outro, a faca com o corte para
dentro.
*Tenha sempre na ponta da língua
as palavrinhas mágicas:
"obrigado", "por favor", "desculpe"
e "com licença".
*Não entre no quarto dos pais ou
irmãos sem bater na porta. Antes
de abrir, pergunte se pode entrar.
*No ônibus, não empurre as
pessoas e sempre se lembre de
pedir licença. Dê lugar aos mais
velhos.
*Trate com respeito os
empregados, pedindo "por favor"
e agradecendo depois.
*Trate os mais velhos que não
conhece bem por "senhor" ou
"senhora", a não ser que a
pessoa peça para ser chamada
de você".
A festinha
As visitas
O telefone
*Nunca entregue o
convite a um
amiguinho na frente de
outro que não será
chamado para a festa.
*O aniversariante deve
estar pronto, no local
da festa, um pouco
antes do horário
combinado.
*Os convidados
sempre devem levar
um presente quando
forem a uma festa de
aniversário.
*Quando os pais recebem visita, as
crianças devem ir cumprimentá-la,
mas só estender a mão se o adulto
tomar a iniciativa antes.
*Quando receber os amiguinhos,
deixe que brinquem com seu
brinquedo favorito.
*Ofereça sempre um lanche, um
refrigerante ou um suco a seu
amigo.
*Quando for visitar alguém, não
abra as gavetas nem a geladeira
da casa.
*Se for passar um fim de semana,
respeite o horário das refeições,
*A primeira coisa ao atender ao
telefone é dizer o número, sem
gritar.
*Só pergunte quem está falando
depois que a pessoa disser quem
está procurando.
*Ao receber recados, anote o
nome de quem ligou, o número do
telefone e a mensagem. Se não
tiver idade ainda, chame um
adulto.
*Sempre que telefonar para
alguém pergunte se a pessoa
pode falar no momento ou se está
ocupada.
*Mesmo que você não não deixe roupas espalhadas e
tenha gostado do
mantenha a ordem no banheiro.
presente, demonstre
que gostou.
*Antes de sentar à
mesa, espere que lhe
mostrem seu lugar e só
se levante depois que
os donos da casa
derem o sinal verde.
*Ao se despedir, não bata o
telefone. A pessoa que liga é
quem deve encerrar a conversa,
mas, se você precisar desligar,
explique o motivo.
Questão 4
Vamos conferir se todas as regras de boas maneiras foram
aprendidas! Depois de tudo o que você aprendeu, faça o
Manual de Boas Maneiras para ser usado em uma festa! O
Manual deve conter 4 páginas, do tamanho de ¼ da folha de
sulfite. Use frente e verso para escrever. Não se esqueça de
fazer a capa do Manual!
Questão 5
Pense, agora, no prato de sopa! Não fica bem
esfriá-la soprando-a.... Mas, se você soprar algo quente, ela vai mesmo
esfriar? Explique como você pensou
Etiqueta, batata frita e salto alto
Uma travessa de batatas fritas, douradas e sequinhas, atiça o que o ser humano
tem de pior. Dá vontade de avançar, empurrar as crianças, dar cotoveladas em quem
estiver do lado, agarrar o prato e comê-lo inteiro com as mãos, até a última lasca salgada
e crocante. Quem não passou pela agonia de ter que se controlar e esperar com dignidade
a hora de se servir, enquanto vê as batatas desaparecendo rapidamente da travessa, sinal
de que sobrariam muito poucas ou nenhuma na sua vez? É. Não é nada fácil ser civilizado.
Mas, sem civilização, sem códigos de convivência, seria a barbárie, a lei do mais
forte, do salve-se quem puder, e a vida nas cidades ou em qualquer agrupamento se
tornaria impossível. Por isso as leis, por isso a etiqueta. Funcionou a partir das cavernas,
funciona até hoje.
Gostemos ou não, viver em grupo exige regras. Estamos sempre sendo avaliados seja pela nossa aparência ou pelo modo como nos comportamos. Por isso, o conhecimento
dos códigos pode facilitar muito a vida.
O problema é: onde estão esses códigos? Quem ensina? Antigamente era em volta
da mesa que se aprendia a comer de boca fechada, a usar os talheres, a tomar sopa sem
fazer barulho (e não avançar na batata frita). Era também o lugar onde se discutiam os
problemas da escola, as brigas com os colegas, as cenas vistas nas ruas, nos escritórios, a
roupa certa para um casamento, para uma festa, e todos os dilemas éticos que surgiam
nos relacionamentos. Com a correria dos dias de hoje, esse ritual tão comum foi
praticamente abandonado. As famílias ficaram pequenas, todo mundo trabalha até tarde;
os fornos de microondas permitem esquentar pratinhos individuais que serão comidos em
frente da tevê ou do computador. Não tem mais mesa, não tem mais muita conversa - e,
apesar do afeto e impressão de proximidade, a verdade é que quase não há mais trocas
de valores e de experiências. Sem mencionar os pais modernos, que não educam, com
medo de reprimir.
O caso é que, um dia, para grande surpresa de todos, as regras começam a fazer
falta; descobrimos, em pânico, que não sabemos o que vestir e como nos portar num
jantar de lugar marcado, quando somos obrigados a comer e conversar com gente que
não se conhece, diante de pratos com nomes impossíveis de decifrar.
Calma. É justamente nessas horas que é preciso parar para reavaliar os parâmetros de
comportamento, manter os que ainda fazem sentido e assimilar os novos. É tempo de
recuperar o prazer da civilidade - ao menos para os que teimam em acreditar que a
civilização é uma necessidade e um prazer sofisticado. É tempo de um novo regime.
Questão 6
Uma travessa de batatas fritas, douradas e sequinhas, atiça o
que o ser humano tem de pior. Dá vontade de avançar, empurrar
as crianças, dar cotoveladas em quem estiver do lado, agarrar o
prato e comê-lo inteiro com as mãos, até a última lasca salgada
e crocante.
Afinal, que fenômenos ocorrem conosco quando esse “quadro” se
desencadeia à simples visão de um prato de batatas fritas? Use
explicações científicas!!!
Observe a imagem.
“Na hora de
montar
a
mesa,
é
comum pintar
a confusão de
onde colocar
a colher de
sobremesa, a
faca de pão...Pensando nisso, a Imaginarium criou
um jogo americano que dá uma mãozinha para
todo mundo fazer bonito durante o jantar. O novo
jogo americano Etiqueta (R$ 9,50) é feito de
emborrachado preto com silk branco, o produto
destaca um grafismo com rabiscos inusitados que
marcam a posição correta dos talheres em volta do
prato. Só ficam faltando os copos.” (comercial da
loja na Internet).
Questão 7
E agora, para que serem todos esses talheres? Identifique-os, enumerando a ordem do uso de
cada um deles!
Questão 8
Vamos fazer uma brincadeira! A figura acima mostra como você vê a disposição dos
utensílios em uma mesa de jantar. Uma pessoa sentou-se à sua frente de olhos vendados.
Explique para ela:
a) como ela deve proceder para pegar o garfo grande.
b) como deve proceder para pegar o copo.
c) Como deve proceder para pegar a faca pequena.
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