CAPÍTULO 17. BIOMAS TROPICAIS
OBJETIVOS:
1. Localizar os biomas tropicais no globo.
2. Diferenciar as condições climáticas das florestas
tropicais úmidas, florestas nubladas, florestas
monçônicas e savanas tropicais;
3. Relacionar as condições climáticas da floresta
tropical úmida com seu biota;
4. Comparar as adaptações da biota na floresta
monçônica com as da biota na savana tropical.
CAPÍTULO 17. BIOMAS TROPICAIS
Os ecossistemas tropicais se encontram
entre as latitudes 22 graus Norte e 22 graus
Sul.
Os ecossistemas predominantes na maioria
das áreas tropicais são as florestas
tropicais e as savanas.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
A floresta tropical pluvial pode ser encontrada nas
extensas áreas de terras baixas da Bacia Amazônica
(América do Sul), nas Índias Orientais e na Bacia do
Congo (África Ocidental).
O clima é quente e úmido durante todo o ano.
A precipitação atinge mais de 1000 mm /m2 ano e as
temperaturas variam pouco. Nenhum outro bioma
terrestre tem um clima tão uniforme.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
Uma vegetação exuberante cobre a topografia
da selva tropical pluvial.
Abaixo das árvores mais altas (abóbada) está a
sub-selva que consiste de árvores pequenas
adaptadas à sombra.
Mais abaixo ainda, estão as ervas e arbustos
tolerantes a condições sombrias.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
Nos tecidos dos ramos das árvores se encontram as
lianas (trepadeiras tropicais silvestres).
Os ramos das árvores e as lianas servem como suporte
para as plantas epífitas; este tipo de planta cresce
aderida às árvores, mas extrai seus nutrientes da
água que goteja destas.
As epífitas mais comuns na selva tropical pluvial são
as orquídeas, bromélias e samambaias.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
A densa camada de árvores perenes
absorvem a maior parte da luz, em
consequência poucas plantas crescem no chão
geralmente livre de vegetação.
Unicamente ao longo dos rios ou nos limites
(claridades e beira da mata) há uma espessa
muralha de vegetação que se estende até o
piso.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
A floresta tropical úmida produz um estoque de
matéria orgânica diferente, composto de raízes e de
troncos muito resistentes (fortes o suficiente para
sustentar as pesadas árvores no solo encharcado).
Devido às altas temperaturas e a tantos tipos de
insetos, fungos e bactérias, as folhas se decompõem
rapidamente, por isso se observa que existe apenas
uma camada fina de leito vegetal.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
A vida animal na abóbada é abundante.
Entre os moradores das copas das árvores estão
um grande número de insetos, pássaros e
mamíferos, sapos arborícolas, serpentes e
lagartos arborícolas,.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
As selvas tropicais pluviais produzem muitas
madeiras de lei, valiosas e belas, como o
jacarandá, a caoba, o ebano e outros.
Centenas de outros produtos úteis ao homem
provém de espécies da selva tropical pluvial,
tais como a borracha, o cacau, o guaraná e o
curare (um extrato resinoso utilizado como
relaxante muscular ou para envenenar flechas).
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
As florestas tropicais pluviais detém a maior
reserva mundial de genes, alguns deles
potencialmente muito valiosos, que ainda não
foram usados pela humanidade. Porém o
enorme crescimento das populações humanas
nas regiões tropicais está causando uma rápida
destruição das florestas. As espécies da selva
tropical pluvial não conseguem viver
separadas do complexo ecossistema que as
suporta.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
A floresta tropical úmida se ilustra na Figura 17.1,
nela cada símbolo representa centenas de espécies. O
diagrama permite fazer algumas observações:
A chuva molha às plantas epífitas na copa das
árvores, antes de atingir o solo.
As abelhas e os pássaros controlam a polinização, e
os morcegos, tucanos e papagaios controlam a
distribuição das sementes.
17.1 FLORESTA TROPICAL ÚMIDA.
As sementes distribuídas pelos animais brotam
e crescem, podendo se converter em árvores
da sub-copa e, se as condições permitem, vir a
ser grandes árvores e ocupar a copa.
Diversos animais ajudam ao processo de
decomposição e reciclagem dos nutrientes os
quais após serem degradados podem ser
absorvidos pelas raízes das árvores.
Figura 17.1 Ecossistema da selva tropical pluvial.
17.2 FLORESTAS TROPICAIS DE ALTURA
(NUBLADAS).
A medida que se sobe ao nível das nuvens nas
montanhas tropicais (cerca de 1000 a 1500 m),
a umidade aumenta até alcançar 100% de
umidade relativa.
A evapotranspiração se reduz ao mínimo. As
florestas tropicais das montanhas são
chamadas florestas nubladas.
17.2 FLORESTAS TROPICAIS DE ALTURA
(NUBLADAS).
São florestas relativamente pequenas com chuvas
estacionais e neblina o ano inteiro, permanecem
encharcadas ainda quando a precipitação não é
grande, e apresentam uma grande população de
epífitas.
Como há pouca evapotranspiração, 90% da chuva se
drena e pode ser utilizada pelas populações das terras
baixas. As selvas nubladas promovem excelente
proteção contra erosão.
17.3 FLORESTAS TROPICAIS DECIDUAIS.
Na Índia e no Sudeste Asiático ocorre uma inversão
anual dos ventos denominado monções. Deve-se ao
aquecimento e esfriamento periódico das terras do
Tibet.
No verão levam o ar tropical pluvial à Índia.
No inverno, o vento se inverte e leva ar quente
desde as montanhas da Ásia Central onde se
encontram as florestas pluviais. Esse ar quente seca a
vegetação e na primavera, em toda essa região o
ambiente está quente e seco.
17.3 FLORESTAS TROPICAIS DECIDUAIS.
Muitos animais, como as serpentes, se
escondem e ficam inativos aguardando que
que os ventos mudem de direção e as chuvas
voltem.
Como muitas árvores perdem suas folhas na
estação seca, o bioma pode descrever-se como
uma floresta tropical decidual (floresta
monçônica).
17.3 FLORESTAS TROPICAIS DECIDUAIS.
As florestas estacionais típicas estão na Ásia
Meridional.
Na África e na América do Sul se encontram
florestas semelhantes que formam um cinturão,
entre a selva tropical pluvial e a savana. Essas
áreas têm pluviosidade suficiente para suportar as
selvas tropicais pluviais, mas possuem curtas
estações secas. Muitas das árvores da abóbada
perdem suas folhas durante a época seca e por ele
mais luz alcança o nível da sub-selva perene.
17.3 FLORESTAS TROPICAIS DECIDUAIS.
As árvores expostas a mudanças periódicas
armazenam reservas alimentícias que são utilizadas
para promover o brotamento das folhas.
Muitas dessas árvores podem resistir à desfolhação
(destruição das folhas) provocado por herbicidas.
Sua sobrevivência se observou logo depois do
lançamento massivo de herbicidas nas selvas
tropicais, durante a Guerra do Vietnã.
17.3 FLORESTAS TROPICAIS DECIDUAIS.
Nos biomas mais tropicais, a vegetação a nível do
solo está tão dispersa que uma pessoa pode andar
para qualquer direção facilmente.
Todavia, depois de que uma selva foi cortada, sua
rápida regeneração produz uma densa vegetação que
é difícil de penetrar.
Algumas vezes, a palavra "selva" é apropriada. Mais
tarde, são obscurecidas pelo surgimento das árvores
da abóbada.
17.4 SAVANAS TROPICAIS.
As savanas são pradarias tropicais com uma
pequena quantidade de árvores ou arbustos
dispersos.
Desenvolvem-se em regiões de alta temperatura,
com estações seca e úmida de marcada diferença.
Na estação úmida o crescimento é rápido. Na estação
seca as plantas se secam e o crescimento para.
As savanas tropicais cobrem áreas extensas na
América do Sul, África, Índia, Sudeste Asiático e
Austrália Setentrional.
17.4 SAVANAS TROPICAIS.
Na África, a savana é o lugar de grandes mamíferos
herbívoros (zebras, anus, antílopes, elefantes) que são
controlados por grandes carnívoros, tais como leões,
leopardos e cheetas. Os restos das vítimas desses
predadores são removidos por hienas e abutres.
O fogo regular é importante para este sistema, dele
depende a manutenção das pradarias em lugares onde
as manadas não são tão numerosas.
Um diagrama deste ecossistema seria similar ao da
Figura 16.1.
17.4 SAVANAS TROPICAIS.
O crescimento animal e vegetal na savana tropical,
depende das alterações periódicas.
Os grandes animais emigram em busca de água, e
seus ciclos reprodutivos correspondem à
disponibilidade de crescimento de novas plantas
suculentas.
Muitos animais se reúnem em grandes manadas. É
necessário uma grande área de produção
fotossintética para alimenta-lhos.
QUESTÕES
1. Defina os seguintes termos:
a. floresta tropical pluvial
b. lianas
c. epífitas
d. arborícola
e. selva monçônica
f. savana
2. Faça uma lista das principais áreas do mundo,
onde existem selvas tropicais pluviais.
QUESTÕES
3. Porque nas selvas tropicais pluviais a camada de
leito é tão fina?
4. Dê os nomes de vários animais arborícolas que se
pode encontrar na selva tropical pluvial.
5. Relacione as características de uma selva nublada.
6. Desenhe uma cadeia alimentar da savana africana.
7. Contraste e compare os padrões de temperatura e
de precipitação da selva tropical pluvial, da
selva tropical pluvial decidual da savana
tropical.
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