ESTRATÉGIAS COLABORATIVAS Negócios Internacionais Docente: Professor Doutor João Pedro Couto Discentes: Filipe Ourique Isabel Resendes Objectivos do trabalho Explicar principais motivações que guiam os gestores aquando da escolha das medidas colaborativas Definir principais tipos de medidas colaborativas Descrever o que as empresas têm em consideração quando entram em negociações com outras empresas Discutir o que faz com que as medidas colaborativas tenham sucesso ou falhem Discutir formas de gestão para as medidas colaborativas Estratégias Colaborativas O processo de internacionalização das empresas implica que as empresas façam-no por um dos seguintes modos: Autonomamente ou por um processo colectivo (cooperação com outras empresas); Esta escolha é influenciada por diversos factores INFLUÊNCIAS EXTERNAS Factores Físicos e Sociais Concorrência OPERAÇÕES – Factor Interno Objectivos Estratégia Meios Motivos para Medidas Colaborativas A internacionalização implica que as empresas estabeleçam acordos colaborativos diferentes dos acordos estabelecidos nos seus mercados domésticos. Ex: Cisco Joint Venture Índia As leis Indianas proíbem que empresas internacionais representem a totalidade do capital da empresa no seu território Relação entre as Alianças Estratégicas e os Objectivos OBJECTIVOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO Aumentar Vendas Aquisição de Recursos Minimizar Riscos Motivos Gerais para Medidas Colaborativas Reduzir Custos Especialização nas suas competências Evitar a concorrência Segurar as ligações verticais e horizontais Aprender com outras empresas Motivos Específicos para Medidas Colaborativas Aquisição de bens de locais específicos Superar punições legais Expansão geográfica Minimizar exposição ao risco Motivos para acordos colaborativos: Gerais Reduzir Custos Produzir fora do mercado doméstico implica o aumento dos custos fixos; Empresas com baixo volume de negócios sentem maior dificuldade em cobrir os custos de produção; A subcontratação da produção permite a redução dos custos; A empresa deverá ter excesso de produção ou capacidade de venda que possa ser utilizada para produzir ou vender noutra empresa. Motivos para acordos colaborativos: Gerais Especialização em Competências A empresa pretende melhorar a sua performance concentrando as suas actividades em função das competências que dispõe; Quando uma empresa não possui competências suficientes, fica a depender de outras empresas; As empresas deverão ser capazes de reunir as suas competências através de acordos colaborativos. O facto de actuarem acompanhadas, permite-lhes tirar maiores proveitos. Ex: Caterpillar, Coca Cola e Philip Morris as suas marcas não estão viradas para segmento do vestuário, como tal, permitiram que os seus logótipos fossem usados por outras marcas para os usarem em peças de roupa. Motivos para acordos colaborativos: Gerais Evitar a concorrência Por vezes os mercados não tem dimensão suficiente para suportar uma diversidade de empresas no mesmo negócio. Como tal, as empresas juntam-se criando acordos entre ambas, evitando a extinção de alguma; Ex: 30 empresas no mercado das comunicações deram origem à New World aglomerando empresas dos EU, da América Latina e Caraíbas Empresas com menor dimensão acumulam recursos, tentando fazer frente ás empresas líderes de mercado; Ex: Coca Cola e a Danone formaram uma Joint Venture no mercado das águas engarrafadas nos EUA, por forma a terem dimensão para fazer frente á PepsiCo e à Nestlé, empresas com a maior quota de mercado neste segmento Nota: Existe uma troca de competências contudo as empresas competem no mesmo mercado Motivos para acordos colaborativos: Gerais Segurar as ligações verticais e horizontais A estrutura vertical de uma empresa apesar de permitir a redução de alguns custos, apresenta desvantagens como a falta de competências necessárias ao controlo total da cadeia de valor de um processo; Uma estrutura horizontal permite a uma empresa obter economias de escala na distribuição de produtos pois verifica-se uma combinação da força de vendas; O segmento industrial, que envolve projectos de grande dimensão, é uma área onde se tem verificado um crescimento veloz de estratégias colaborativas. Ex: Lukoil tem abundância de reservas todavia, apresenta problemas na distribuição como tal estabeleceu acordos colaborativos em determinados países que a distribuição desse mesmo petróleo Motivos para acordos colaborativos: Gerais Processo de aprendizagem com outras empresas Diversas empresas estabelecem acordos de estratégias colaborativas por forma a apreender novas tecnologias, métodos operacionais, ou até mesmo para melhorar as suas próprias competências. Ex: As autoridades Chinesas permitiram a entrada de empresas estrangeiras no seu território, acordando que essas empresas teriam de transferir tecnologia, e conhecimento ás empresas Chinesas; Motivos para os acordos colaborativos: Específicos Aquisição de bens de locais específicos As diferenças sócio-culturais, e económicas entre os países por vezes tornam-se numa barreira ao processo de internacionalização. Como tal, torna-se imprescindível a colaboração de empresas locais. Ex: A Wal Mart decidiu entrar no mercado japonês por sua conta, mas face ao insucesso das suas vendas viu-se obrigada a recorrer a um parceiro japonês, Seiyu. O mercado japonês dadas as suas características torna-se mais fácil de entrar quando apoiado por empresas japonesas, que garantem maior eficácia na distribuição dos produtos, bem como realizam uma maior força de vendas. Motivos para os acordos colaborativos: Específicos Superar punições legais Diversos países apresentam uma legislação rígida que impede que as empresas consigam se introduzir directamente no mercado; Diversos países limitam que empresas nacionais sejam participadas de capitais estrangeiros. Ex: Mercado da industria do óleo no México e empresas de voos domésticos nos EUA Motivos para os acordos colaborativos: Específicos Superar punições legais Factores legais como as taxas de juro ou a percentagem das receitas que podem ser reencaminhadas para o país de origem da empresa, poderão ser um entrave à entrada de empresas nos mercados; Por forma a proteger os direitos de propriedade intelectual (marcas, patentes) as empresas estabelecem acordos colaborativos com empresas locais, garantido que ninguém registe a sua marca no mercado local. Motivos para os acordos colaborativos: Específicos Expansão geográfica Operando em diversos países uma empresa pode mais suavemente acumular vendas e ganhos pois os negócios são cíclicos; Se as condições do produto favorecerem a diversificação, existem mais razões para estabelecer uma medida colaborativa. Motivos para os acordos colaborativos: Específicos Minimizar a exposição ao risco As mudanças políticas e económicas vão afectar a segurança e a rendibilidade nos mercados não domésticos; Minimizar as perdas provenientes das mudanças politicas é minimizar os nossos activos situados no estrangeiro ou partilhá-los (os activos deverão estar repartidos e não concentrados num só mercado). Objectivos Explicar principais motivações que guiam os gestores aquando da escolha das medidas colaborativas • Definir principais tipos de medidas colaborativas • Descrever o que as empresas têm em consideração quando entram em negociações com outras empresas • Discutir o que faz com que as medidas colaborativas tenham sucesso ou falhem • Discutir como as empresas conseguem diversificar as medidas colaborativas Tipos de Medidas Colaborativas Variáveis chaves na determinação das medidas colaborativas apropriadas: Controlo Quanto mais uma empresa depende dos negócios estrangeiros é mais provável perder controlo das decisões. Isto porque cada parceiro da colaboração tem a dizer nessas decisões e o desempenho global de cada um pode melhorar diferentemente A perda de controlo sobre flexibilidade, rendimentos e competição é uma variável importante que guia a selecção dos modos de operar no estrangeiro Tipos de Medidas Colaborativas Variáveis chaves na determinação das medidas colaborativas apropriadas: Expansão prévia da empresa Quando uma empresa já opera no país estrangeiro, algumas vantagens de se juntar a uma outra empresa para tratar da produção ou das vendas deixa de ser predominante. A empresa sabe operar naquele país sem a empresa estrangeira e pode ter excesso de capacidade que pode utilizar para novas produções. Mas também depende se o negócio ou o comportamento da empresa estrangeira está muito relacionada com o novo produto, serviço ou actividade que vai para o estrangeiro. Similaridade Dissimilaridade Tipos de Medidas Colaborativas Licensing A empresa ( licensor) concede direitos de propriedade intangível a outra empresa (licensee) a fim de usar uma área geográfica específica durante um determinado período. Em troca o licensee geralmente paga royalties ao licensor. Direitos: Exclusivos ( o “licensor” não pode dar direitos a outra empresa) Não exclusivos ( podem dar direitos) Propriedade Intangível Patentes, invenções, fórmulas, processos, projectos, modelos Direitos de autorias literárias, musical ou combinação artística Marca registrada, nome comercial, nome da marca Franchises, licenses, contratos Métodos, programas, produtores, sistemas Tipos de Medidas Colaborativas Licensing Motivos para licenciar: 1. O produto é somente uma pequena parte do output total da empresa e por um tempo limitado; 2. Baixas expectativas de volume de vendas; 3. A empresa local pode ser capaz de produzir um produto mais barato; Tipos de Medidas Colaborativas Licensing Motivos para licenciar: 4. A empresa local pode ter um tempo de arranque mais baixo; 5. Os custos de negócio são menores (o desenvolvimento de um produto por si só seria muito mais dispendioso); 6. Cross-licensing: empresas trocam tecnologias em vez de competirem uns com os outros. Tipos de Medidas Colaborativas Franchising Forma especializada de licenciar, na qual o “ Franchisor” não só vende a um “ Franchisee” independente o uso de propriedade intangível essencial ao negócio do Franchising mas também apoia o negócio através de promoções e preparação. Em muitos casos o “ Franchisor” fornece o material. Tipos de Medidas Colaborativas Franchising Organização do franchising: Um Franchisor pode entrar num país estrangeiro operando directamente com Franchisees ou por abrir um franchise “ Mestre” e dar a essa organização o direito de abrir unidades por sua conta ou desenvolver subfranchisees no pais ou região; Empresas estão mais aptas a usar um sistema de franchise “Mestre” quando não estão confiantes em relação à avaliação de potenciais franchisees e quando sai caro viajar e controlar as operações dos franchisees directamente; Pessoas usualmente estão dispostas a investir em franchises conhecidas porque o nome é uma garantia de qualidade que atrai os clientes. Tipos de Medidas Colaborativas Franchising Modificações Operacionais (Problemas): Garantir boas localizações para franchises; Encontrar fornecedores de material pode acrescentar dificuldades e despesa; Restrições governamentais e legais dificultam a permissão operacional satisfatória; Falhas de expansão de Franchise resultam do Franchisor não desenvolver o suficiente a penetração no mercado doméstico. Franchisors precisam de obter dinheiro suficiente e administração profunda antes de considerar em expandir para o exterior. Tipos de Medidas Colaborativas Franchising Factores de sucesso: Standardização do produto e do serviço; Identificação alta através da promoção; Controlo de custos efectivos. Quando se entra em muitos países estrangeiros, Franchisors podem encontrar dificuldades em transferir estes factores de sucesso. Ao mesmo tempo quantos mais ajustamentos fizer nas diferentes condições do pais hospedeiro, o Franchisor tem menos a oferecer a um Franchisee potencial. Tipos de Medidas Colaborativas Contratos de gestão: São meios pelos quais uma empresa pode transferir talentos de gestão para dar apoio a uma empresa estrangeira durante um determinado período de tempo, com uma propina já estabelecida Procuram este tipo de medida quando acreditam que uma empresa estrangeira pode gerir suas existências ou novas operações mais eficientemente; Tipos de Medidas Colaborativas “Turnkey”: Medidas nas quais uma empresa contrata outra para construir um edifício completo, com infra-estruturas prontas a usar; Empresa que constrói: Fábricas de equipamento industrial e empresas de construção; Cliente: agência governamental. Tipos de Medidas Colaborativas “Turnkey”: O que as distingue das outras é o facto dos seus contratos serem de grande dimensão; A natureza destes contratos é de grande importância nas audiências dos executivos com contactos de topo no estrangeiro como também em cerimónias e construções com reputação. Tipos de Medidas Colaborativas “Turnkey”: Factores precisos para vender contratos desta magnitude: Relações Públicas; Preço; Exportar finanças; Qualidade de Gestão e Tecnológica; Experiência e Reputação; Tipos de Medidas Colaborativas “Turnkey”: Muitos contratos “Turnkey” são feitos para construir em áreas remotas; Operadores “Turnkey” devem ter perícia quer na contratação de trabalhadores, dispostos a trabalhar em áreas remotas, e em transporte e uso de material em condições adversas. Tipos de Medidas Colaborativas Joint Ventures ( Exploração comum): Tipo de propriedade popular partilhada entre empresas internacionais; Medidas em que mais do que uma organização possui uma empresa; Quando mais do que duas empresas estão envolvidas Consórcio Tipos de Medidas Colaborativas Joint Ventures ( Exploração comum): Combinações de parceiros existentes: Duas empresas do mesmo país entram num mercado estrangeiro; Empresa estrangeira juntando-se a uma empresa local; Empresas de dois ou mais países que se juntam a um terceiro país; Empresa privada e governo local formam uma exploração comum. Tipos de Medidas Colaborativas Equity Alliances: Medida em que pelo menos um dos parceiros tem uma pequena representação sobre as outras; Ex: General Motors representa 20 % da Fiat e a Fiat ficou com 5% da General Motors Propósito Solidificar o contrato da colaboração Objectivos Explicar principais motivações que guiam os gestores aquando da escolha das medidas colaborativas Definir principais tipos de medidas colaborativas Descrever o que as empresas têm em consideração quando entram em negociações com outras empresas • Discutir o que faz com que as medidas colaborativas tenham sucesso ou falhem • Discutir como as empresas conseguem diversificar as medidas colaborativas Problemas nas medidas colaborativas Importância da colaboração para parceiros: Parceiro pode dar mais atenção de gestão a uma medida colaborativa do que outro; A diferença de atenção pode ser devido à diferença de tamanho dos parceiros Problemas nas medidas colaborativas Objectivos divergentes: Os seus objectivos podem se envolver diferentemente, apesar de entrarem nessas medidas por terem capacidades complementares. Problemas nas medidas colaborativas Objectivos divergentes: Ex: Um pode querer reinvestir lucros para crescimento, o outro pode querer receber dividendos; Um quer expandir a linha de produção e as vendas territoriais, o outro pode ver isso como competição com as suas próprias operações; Um quer vender ou comprar através da exploração comum, o outro pode discordar com os preços; Podem ter critérios de desenvolvimento diferentes; Problemas nas medidas colaborativas Problemas de controlo: Perca de controlo por partilharem activos, recursos com outra empresa; Problemas num país são rapidamente comunicados aos consumidores de outros países; Embora o controlo ser cedido a uma das partes ambos têm responsabilidade pelos problemas; Quando nenhuma empresa singular tem controlo da medida colaborativa, a operação pode perder direcção. Problemas nas medidas colaborativas As contribuições do parceiro e apropriações (o “elo” mais fraco”) : A habilidade de um parceiro em contribuir tecnologicamente, com capital, ou outro activo, pode ir diminuindo ao longo do tempo; Um parceiro pode suspeitar que o outro está a tirar mais partido da operação do que ele; Existe o perigo de um parceiro utilizar os activos contribuintes do outro tornando-se competidor; Para empresas que competem frente a frente pelo seu negócio principal (core business) em alguns mercados é difícil cooperarem pelo mesmo negócio em outro mercado. Problemas nas medidas colaborativas Diferenças culturais: Empresas diferem por nacionalidade em como avaliam o sucesso das suas operações; Essas diferenças significam que um parceiro está satisfeito e o outro não; Algumas empresas não gostam de colaborar com empresas que têm culturas diferentes. Objectivos Explicar principais motivações que guiam os gestores aquando da escolha das medidas colaborativas Definir principais tipos de medidas colaborativas Descrever o que as empresas têm em consideração quando entram em negociações com outras empresas Discutir o que faz com que as medidas colaborativas tenham sucesso ou falhem • Discutir formas de gerir medidas colaborativas Estratégia Colaborativa e Ajustamento Operacional Uma empresa necessita de examinar constantemente a relação entre a colaboração e as suas estratégias devido às constantes mudanças da realidade. Por isso têm de ter em conta a forma como vão ajustar as suas actividades operacionais aos seus objectivos. Estratégia Colaborativa e Ajustamento Operacional Dinâmica das Medidas Colaborativas O conhecimento fruto das estratégias colaborativas tem um custo que poderá ser bastante elevado quando transferido para um outro mercado; Quantos mais acordos colaborativos se verificarem entre as empresas melhor será a performance destas. Assim poderão escolher mais facilmente os melhores parceiros e tirar melhores sinergias das suas relações. Estratégia Colaborativa e Ajustamento Operacional Procurar Parceiros Compatíveis É necessário avaliar o nosso parceiro não só pelos seus recursos mas também pela sua motivação e capacidade de trabalho com outra empresa; É possível encontrar parceiros através de jornais, conferências técnicas e actividades sociais; A empresa deverá passar a sua imagem participando em feiras, distribuindo brochuras, distribuindo o seu contacto por diversas entidades. Estratégia Colaborativa e Ajustamento Operacional Processo de negociação É importante que a informação partilhada entre as empresas não seja divulgada ( Princípio); Existem determinados aspectos que não deverão ser divulgados de forma a evitar a cópia desses processos; O vendedor não vai querer dar informação sem uma garantia de um pagamento. No entanto o comprador não vai querer pagar sem a avaliação da informação. Estratégia Colaborativa e Ajustamento Operacional Provisões Contratuais Transferir direitos para uma outra empresa pode criar problemas de controlo como a fraca qualidade do produto; Os contratos devem de explicitar certas regras que deverão de ser cumpridas por ambas as partes por forma a garantir o sucesso da estratégia colaborativa. Estratégia Colaborativa e Ajustamento Operacional Medição da Performance Os gerentes deverão medir a qualidade do desempenho do seu parceiro; Os objectivos comuns deverão ser definidos para que ambas as partes saibam o que é esperado e as expectativas deverão ser escritas no contrato; A empresa deve avaliar periodicamente quando é que o tipo de colaboração poderá mudar ou terminar.